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Eureka 36

Este documento apresenta os problemas e soluções da Primeira Fase da XXXIII Olimpíada Brasileira de Matemática, incluindo os níveis 1 e 2, com 20 problemas cada um. Além disso, traz informações sobre as fases subsequentes da competição e uma lista de coordenadores regionais.
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Eureka 36

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CONTEÚDO

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA 2


Problemas e soluções da Primeira Fase

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA 15


Problemas e soluções da Segunda Fase

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA 32


Problemas e soluções da Terceira Fase

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA 55


Problemas e soluções da Primeira Fase – Nível Universitário

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA 63


Problemas e soluções da Segunda Fase – Nível Universitário

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA 79


Premiados

COORDENADORES REGIONAIS 87
Sociedade Brasileira de Matemática

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Problemas e soluções da Primeira Fase

PROBLEMAS – NÍVEL 1

1. Em maio, o valor total da conta de telefone celular de Esmeralda foi R$119,76,


sem os impostos. Esse valor corresponde aos itens: chamadas, acesso à internet,
envio de mensagens. Se ela gastou R$29,90 com acesso à Internet e R$15,50 com o
serviço de envio de mensagens, quanto foi que ela gastou com chamadas?
A) R$74,36 B) R$74,46 C) R$84,36 D) R$89,86 E) R$104,26

2. Numa padaria, uma lata de 200g de achocolatado em pó CHOCOBM custa


R$3,00, uma lata de 400g custa R$5,00 e a de 800g custa R$9,00. Lara precisa de
1,2kg de CHOCOBM para fazer um enorme bolo. Qual das opções a seguir é a
maneira mais econômica de comprar 1,2kg de CHOCOBM nessa padaria?
A) 6 latas de 200g
B) 1 lata de 400g e 1 lata de 800g
C) 4 latas de 200g e 1 lata de 400g
D) 2 latas de 200g e 1 lata de 800g
E) 2 latas de 200g e 2 latas de 400g

3. O gráfico mostra a variação dos preços de alguns produtos alimentícios no


primeiro semestre em uma certa região. Com base no gráfico é possível afirmar
com certeza que

A) o milho sempre foi mais barato que o arroz e o feijão


B) o preço do arroz foi o mais estável no período
C) o feijão sempre custou mais caro que o milho
D) nunca houve dois produtos com o mesmo preço
E) o produto com menor variação de preços foi o feijão
EUREKA! N°36, 2012
2
Sociedade Brasileira de Matemática

4. Uma data curiosa neste ano é o dia 11/11/11, pois o dia, mês e dois últimos
dígitos do ano são iguais. No ano passado, esse padrão aconteceu em 10/10/10.
Quantos dias há desde 10/10/10 até 11/11/11, incluindo o dia 10 e o dia 11?
A) 396 B) 398 C) 400 D) 402 E) 404

5. Luana colou com fita adesiva 6 triângulos equiláteros nos lados de um


hexágono, conforme a figura, obtendo um polígono de 12 lados.

Se ela trocar 3 triângulos por 2 quadrados e 1 pentágono regular, todos com lado de
mesmo tamanho do lado do hexágono, ela vai obter um polígono com quantos
lados?
A) 14 B) 16 C) 17 D) 18 E) 25

6. Por conta de uma erupção de um vulcão, 10% dos voos de um aeroporto foram
cancelados. Dos voos restantes, 20% foram cancelados pela chuva. Que
porcentagem do total de voos deste aeroporto foram cancelados?
A) 28% B) 30% C) 35% D) 38% E) 70%

7. O produto de três números naturais é 105 e a sua soma é a maior possível. Qual é
essa soma?
A) 15 B) 23 C) 27 D) 39 E) 107

8. O retângulo da figura abaixo está dividido em 10 quadrados. As medidas dos


lados de todos os quadrados são números inteiros positivos e são os menores
valores possíveis.

A área desse retângulo é:


A) 180 B) 240 C) 300 D) 360 E) 450

EUREKA! N°36, 2012


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Sociedade Brasileira de Matemática

9. Numa classe de 36 alunos, todos têm alturas diferentes. O mais baixo dos
meninos é mais alto do que cinco meninas, o segundo menino mais baixo é mais
alto do que seis meninas, o terceiro menino mais baixo é mais alto do que sete
meninas e assim por diante, observando-se que o mais alto dos meninos é mais alto
do que todas as meninas. Quantas meninas há nessa classe?
A) 12 B) 14 C) 16 D) 18 E) 20

10. Esmeralda escolheu quatro números e, ao somar cada um deles à média


aritmética dos outros três, achou os números 60, 64, 68 e 72. Qual é a média
aritmética dos quatro números que ela escolheu no início?
A) 30 B) 31 C) 32 D) 33 E) 66

11. Luca comprou uma revista por R$9,63 e deu uma nota de R$10,00 para pagar.
De quantas maneiras ele pode receber o troco de 37 centavos em moedas, se as
moedas disponíveis no caixa são as de 1, 5, 10 e 25 centavos? Suponha que há
muitas moedas de cada tipo.
A) 10 B) 12 C) 15 D) 24 E) 30

12. Dois triângulos equiláteros de perímetro 36 cm


cada um são sobrepostos de modo que sua interseção
forme um hexágono com pares de lados paralelos,
conforme ilustrado no desenho. Qual é o perímetro
desse hexágono?
A) 12 cm B) 16 cm C) 18 cm
D) 24 cm E) 36 cm

13. Numa corrida com 2011 participantes, Dido chegou à frente do quádruplo do
número de pessoas que chegaram à sua frente. Em que lugar chegou o Dido?
A) 20º B) 42º C) 105º D) 403º E) 1005º

14. Quantos números inteiros positivos menores do que 30 têm exatamente quatro
divisores positivos?
A) 9 B) 10 C) 11 D) 12 E) 13

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Sociedade Brasileira de Matemática

15. Um cubo de madeira, pintado de


vermelho, foi serrado em 27 cubos
menores iguais e as faces desses cubos
ainda não pintadas o foram de branco.
Qual é a razão entre a área da superfície
total pintada em vermelho e a área da
superfície total pintada de branco?

A) 1:2 B) 1:1 C) 2:1 D) 1:3 E) 2:3

16. Esmeralda rasgou uma folha de papel em n pedaços e, em seguida, pegou uma
dessas partes e rasgou-a também em n pedaços. Não satisfeita, pegou uma destas
últimas partes e também a rasgou em n partes. Qual dos números a seguir poderia
ser a quantidade total de pedaços obtida por Esmeralda?
A) 15 B) 18 C) 24 D) 26 E) 28

17. O número n  9999 99 tem 2011 algarismos e todos iguais a 9. Quantos


algarismos 9 tem o número n 2 ?
A) nenhum B) 11 C) 2010 D) 2011E) 4022

18. No desenho, três cubos iguais apoiados


sobre uma mesa têm suas faces pintadas com
os números 0, 1, 3, 4, 5 e 9. Qual é a soma
dos números de todas as faces em contacto
com a mesa?
A) 6 B) 8 C) 9 D) 10 E) 12

19. Representamos por n! o produto de todos os inteiros positivos de 1 a n. Por


exemplo, 5!  1  2  3  4  5 . Calculando a soma
1!2!3!4!   2010!2011! , qual é o algarismo das unidades do
resultado obtido?
A) 1 B) 3 C) 4 D) 7 E) 9

20. Esmeralda tem 11 notas de dois reais, Rosa tem 7 notas de cinco reais e Nelly
tem 3 notas de dez reais. Qual é o menor número possível do total de notas que
devem mudar de mãos de forma que todas as moças fiquem com a mesma quantia?
A) 5 B) 6 C) 7 D) 8 E) 9

EUREKA! N°36, 2012


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Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMAS – NÍVEL 2

1. A figura ao lado representa um mapa de


estradas. Os números escritos nas setas
indicam quanto de pedágio um viajante
deve pagar ao passar pela estrada. Todas as
estradas são de mão única, como indicam
as setas. Qual o valor mínimo de pedágio
pago por um viajante que sai da cidade A e
chega na cidade B?

A) 11 B) 14 C) 12 D) 10 E) 15

2. O pai de Esmeralda comprou um terreno


retangular de 120 metros de comprimento
por 80 metros de largura. Devido a leis
ambientais, ele deve plantar árvores em
20% do terreno. Ele faz isso plantando-as
em duas faixas de mesma largura nas
laterais do terreno, conforme mostra a
figura. Qual é essa largura?

A) 6m B) 8m C) 10m D) 16m E) 24m

3. Veja o problema Nº 18 do Nível 1

4. Qual é o valor da expressão 20112011 2  20112003 2  16  20112007 ?


A) 2  20112007 2 B) 2  20112003 2 C) 2  20112007
D) 2  20112003 E) 2  20112011 2

5. Quantos triângulos não congruentes de perímetro 7 têm todos os lados com


comprimentos inteiros?
A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5

6) Veja o problema Nº 12 do Nível 1

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Sociedade Brasileira de Matemática

7. Qual é o produto da quantidade de vogais pela quantidade de consoantes na


alternativa correta? (Não considere as letras A, B, C, D, E das alternativas na
contagem.)
A) Vinte e quatro. B) Trinta e seis. C) Quarenta e dois.
D) Quarenta e oito. E) Cinquenta e seis.

8. Luca comprou um gibi por R$4,63 e pagou com uma nota de R$5,00. De
quantas maneiras ele pode receber seu troco de 37 centavos, com moedas de 1, 5,
10 e 25 centavos? Suponha que há muitas moedas de cada tipo.
A) 10 B) 12 C) 15 D) 24 E) 25

9. Quantos números inteiros positivos menores que 30 têm exatamente quatro


divisores positivos?
A) 6 B) 7 C) 8 D) 9 E) 10

ˆ C )  50  , a bissetriz do
10. Em um triângulo ABC com m( ABˆ C )  m( BA
ângulo AC ˆ B intersecta o lado AB em D. Seja E o ponto do lado AC tal que
m(CD ˆ E )  90  . A medida do ângulo AD
ˆ E é:
o o o
A) 25 B) 30 C) 40 D) 45o E) 50o

13
11. Subtraindo um mesmo número do numerador e do denominador da fração
14
14
, obtemos a fração . A soma dos algarismos desse número é:
13
A) 1 B) 3 C) 5 D) 7 E) 9

12. Se multiplicarmos todos os inteiros positivos menores que 2011 que não são
múltiplos de 5, qual será o algarismo das unidades do número obtido?
A) 2 B) 4 C) 6 D) 7 E) 8

13. Seja XOY um triângulo retângulo com XOˆ Y  90  . Sejam M e N os pontos


médios de OX e OY, respectivamente. Dado que XN = 19 e YM = 22, determine a
medida do segmento XY.
A) 24 B) 26 C) 28 D) 30 E) 32

14. Safira rasgou uma folha de papel em n pedaços e, em seguida, pegou um desses
pedaços e rasgou também em n pedaços. Não satisfeita, ela pegou um desses

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Sociedade Brasileira de Matemática

últimos pedaços e também rasgou em n pedaços. Qual dos números a seguir pode
representar a quantidade final de pedaços em que Safira rasgou a folha?
A) 15 B) 26 C) 28 D) 33 E) 36

15. Qual é a maior quantidade de números do conjunto 1,2,3, ,20 que


podemos escolher de modo que nenhum deles seja o dobro do outro?
A) 10 B) 11 C) 12 D) 13 E) 14

16. Topázio desenhou cada figura a seguir, exceto uma, tirando o lápis do papel
exatamente uma vez e nunca passando pela mesma linha duas vezes. Qual das
figuras abaixo ela não desenhou?

A) B) C) D) E)

17. No triângulo ABC, os pontos D e E


pertencem ao lado BC e são tais que BD =
BA e CE = CA. Dado que
m ( DAˆ E )  40  , quanto mede, em graus,
o ângulo BA ˆC ?
A) 80 B) 90 C) 100
D) 110 E) 120
18. Em um teste de múltipla escolha com 24 problemas, cada um pode receber uma
das seguintes pontuações: 4 pontos se a resposta é correta, menos 1 ponto se a
resposta é incorreta e 0 ponto se a resposta está em branco. Sabendo que um
estudante recebeu exatamente 52 pontos, qual o número máximo de respostas
corretas que ele pode ter obtido?
A) 14 B) 15 C) 16 D) 17 E) 18

19. A calculadora de Esmeralda está quebrada: quando ela aperta o botão ,a


calculadora faz, ao acaso, uma das duas seguintes operações: tirar a raiz quadrada

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Sociedade Brasileira de Matemática

(como deveria fazer) ou dividir o número por 100 (como não deveria fazer).
Esmeralda digitou o número 201120112011 na calculadora e começou a apertar o
botão repetidamente. Quantas vezes, no máximo, Esmeralda aperta o botão até
aparecer pela primeira vez um número menor que 2?
A) 2 B) 4 C) 5 D) 8 E) 9

20. Renan quer pintar os quadradinhos da figura ao lado,


usando até três cores diferentes, de modo que
quadradinhos que compartilham um lado em comum
possuam cores diferentes. Quantas pinturas distintas
Renan poderá fazer?
A) 39 B) 246 C) 178 D) 150
E) 120

21. No Planeta Nérdia, existem três espécies de nerds: ET-nerds, UFO-nerds e


OVNI-nerds. A primeira mente quando chove e diz a verdade quando não chove; a
segunda sempre mente; a terceira sempre diz a verdade. Certo dia Bruberson, um
nerd muito camarada, se encontra com quatro nerds. E eles falam:
X: "Hoje está chovendo."
Y: "O nerd que acabou de falar está mentindo."
Z: "Hoje não está chovendo."
W: "O primeiro nerd mentiu ou eu sou um ET-nerds."
Com quantos ET-nerds Bruberson falou no máximo?
A) 0 B) 1 C) 2 D) 3 E) 4

22. Qual é o primeiro dígito não nulo após a vírgula na representação decimal da
1
fração 12 ?
5
A) 1 B) 2 C) 4 D) 5 E) 7

23. Esmeralda tem 2011 balas e quer colocá-las em fileiras, cada fileira com a
mesma quantidade de balas. Ela estabelece que tanto a quantidade de fileiras como
a quantidade de balas em cada fileira devem ser maiores do que 32. Ela sabe que
não consegue fazer isso com 2011 balas, pois 2011 é primo, então faz isso com a
maior quantidade de balas que puder usar e dá as balas que sobrarem para Jade.
Quantas balas Jade ganhou?
A) 1 B) 2 C) 5 D) 7 E) 11

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Sociedade Brasileira de Matemática

24. Uma circunferência passando pelos vértices B, A, D do paralelogramo ABCD


encontra o segmento CD em Q. Sabendo que m( BA ˆ D )  60  e AD  10 , o
tamanho do segmento CQ é:
5 3
A) 10 B) 20 C) D) 10 3 E) 15
2
25. Rosa escreveu os números de 1 a 6 nos vértices do
hexágono ao lado. Em seguida, para cada lado do
hexágono, ela multiplicou os números escritos nas
suas extremidades, obtendo seis números. Qual o valor
mínimo da soma dos seis números obtidos?
A) 69 B) 58 C) 59 D) 61
E) 57

PROBLEMAS – NÍVEL 3

1. Veja o problema Nº 1 do Nível 2

2. Um cubo de madeira, pintado de vermelho, foi


serrado em 27 cubos menores iguais e as faces desses
cubos ainda não pintadas o foram de branco. Qual é a
razão entre a área da superfície total pintada em
vermelho e a área da superfície total pintada de
branco?
A) 1:2 B) 1:1 C) 2:1
D) 1:3 E) 2:3
3. Numa padaria, uma lata de 200g de achocolatado em pó CHOCOBM custa
R$3,00, uma lata de 400g custa R$5,00 e a de 800g custa R$9,00. Lara precisa de
1,2kg de CHOCOBM para fazer um enorme bolo. Qual das opções a seguir é a
maneira mais econômica de comprar 1,2kg de CHOCOBM nessa padaria?
A) 6 latas de 200g
B) 1 lata de 400g e 1 lata de 800g
C) 4 latas de 200g e 1 lata de 400g
D) 2 latas de 200g e 1 lata de 800g
E) 2 latas de 200g e 2 latas de 400g

4. Os inteiros positivos 30, 72 e N possuem a propriedade de que o produto de


quaisquer dois é divisível pelo terceiro. Qual o menor valor possível de N?
A) 60 B) 30 C) 30  72 D) 360 E) 6

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Sociedade Brasileira de Matemática

5. Numa classe de 36 alunos, todos têm alturas diferentes. O mais baixo dos
meninos é mais alto do que cinco meninas, o segundo menino mais baixo é mais
alto do que seis meninas, o terceiro menino mais baixo é mais alto do que sete
meninas e assim por diante, observando-se que o mais alto dos meninos é mais alto
do que todas as meninas. Quantas meninas há nessa classe?
A) 12 B) 14 C) 16 D) 18 E) 20

6. Qual é o produto da quantidade de vogais pela quantidade de consoantes na


alternativa correta? (Não considere as letras A, B, C, D, E das alternativas na
contagem.)
A) Vinte e quatro. B) Trinta e seis. C) Quarenta e dois.
D) Quarenta e oito. E) Cinquenta e seis.

ab
7. Sendo a e b reais tais que 0 < a  1 e 0 < b  1, o maior valor que pode
ab
assumir é:
1 1 1
A) 0 B) C) D) E) 1
4 3 2

8. Por conta de uma erupção de um vulcão, 10% dos voos de um aeroporto foram
cancelados. Dos voos restantes, 20% foram cancelados pela chuva. Que
porcentagem do total de voos deste aeroporto foram cancelados?
A) 28% B) 30% C) 35% D) 38% E) 70%

9. Qual é o valor da expressão 20112011 2  20112003 2  16  20112007 ?


A) 2  20112007 2 B) 2  20112003 2 C) 2  20112007
D) 2  20112003 E) 2  20112011 2

10. Luca comprou uma revista por R$9,63 e deu uma nota de R$10,00 para pagar.
De quantas maneiras ele pode receber o troco de 37 centavos em moedas, se as
moedas disponíveis no caixa são as de 1, 5, 10 e 25 centavos? Suponha que há
muitas moedas de cada tipo.
A) 10 B) 12 C) 15 D) 24 E) 30

11. Quantos números inteiros positivos menores que 30 têm exatamente quatro
divisores positivos?
A) 6 B) 7 C) 8 D) 9 E) 10

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Sociedade Brasileira de Matemática

ˆ C )  50  , a bissetriz do
12. Em um triângulo ABC com m( ABˆ C )  m( BA
ângulo AC ˆ B intersecta o lado AB em D. Seja E o ponto do lado AC tal que
m(CD ˆ E )  90  . A medida do ângulo AD
ˆ E é:
o
A) 25 B) 30o C) 40o D) 45o E) 50o

13. Esmeralda tem 11 notas de dois reais, Rosa tem 7 notas de cinco reais e Nelly
tem 3 notas de dez reais. Qual é o menor número possível do total de notas que
devem mudar de mãos de forma que todas as moças fiquem com a mesma quantia?
A) 5 B) 6 C) 7 D) 8 E) 9

14. Qual é o primeiro dígito não nulo após a vírgula na representação decimal da
1
fração 12 ?
5
A) 1 B) 2 C) 4 D) 5 E) 7

15. No Planeta Nérdia, existem três espécies de nerds: ET-nerds, UFO-nerds e


OVNI-nerds. A primeira mente quando chove e diz a verdade quando não chove; a
segunda sempre mente; a terceira sempre diz a verdade. Certo dia Bruberson, um
nerd muito camarada, se encontra com quatro nerds. E eles falam:
X: "Hoje está chovendo."
Y: "O nerd que acabou de falar está mentindo."
Z: "Hoje não está chovendo."
W: "O primeiro nerd mentiu ou eu sou um ET-nerds."
Com quantos ET-nerds Bruberson falou no máximo?
A) 0 B) 1 C) 2 D) 3 E) 4

16. Um peso de papel tem a forma de um C


triângulo de lados BC = 6 cm e AB = AC = 5 A
cm e está parcialmente preenchido com água. 5 5 6 5
Quando o peso de papel se apoia sobre o lado 3 h
BC, a água tem uma altura de 3 cm. Qual é a
B 6 C B 5 A
altura da água, em cm, quando o peso de papel
se apoia sobre o lado AB?
4 3 8 18 24
A) B) C) D) E)
3 2 5 5 5

17. O maior inteiro positivo n tal que (2011!)! é divisível por ((n!)!)! é:
A) 3 B) 4 C) 5 D) 6 E) 7

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Sociedade Brasileira de Matemática

18. A calculadora de Esmeralda está quebrada: quando ela aperta o botão ,a


calculadora faz, ao acaso, uma das duas seguintes operações: tirar a raiz quadrada
(como deveria fazer) ou dividir o número por 100 (como não deveria fazer).
Esmeralda digitou o número 201120112011 na calculadora e começou a apertar o
botão repetidamente. Quantas vezes, no máximo, Esmeralda aperta o botão até
aparecer pela primeira vez um número menor que 2?
A) 2 B) 4 C) 5 D) 8 E) 9

19. Existem 3 valores inteiros positivos de n > 1 tais que 10 pode ser escrito como
soma de n inteiros positivos e distintos:
n = 2: 10 = 3 + 7
n = 3: 10 = 2 + 3 + 5
n = 4: 10 = 1 + 2 + 3 + 4
Quantos valores inteiros e positivos de n > 1 existem para os quais é possível
expressar 2011 como soma de n inteiros positivos e distintos?
A) 59 B) 60 C) 61 D) 62 E) 63

20. Qual é a maior quantidade de números do conjunto 1,2,3, ,20 que


podemos escolher de modo que nenhum deles seja o dobro do outro?
A) 10 B) 11 C) 12 D) 13 E) 14

21. Seja ABC um triângulo retângulo em A. O B


ponto D pertence ao lado AC e é tal que BD =
CD. Sejam M o ponto médio de BC e N a M
interseção de AM e BD. Sendo N o ponto N
médio de AM, qual a medida, em graus, do
ângulo BC ˆA ?
A D C
A) 15 B) 22,5 C) 30 D) 37,5
E) 45

22. Sendo a e b inteiros tais que 1  2   a  b 2 , 1  2 


2011 2010
é igual a
A) a  2b  (a  b) 2 B) a  2b  ( a  b) 2
C) a  2b  (b  a ) 2 D) 2b  a  (b  a ) 2
E) a  2b  ( a  b ) 2
1 1 1 1
23. Se a, b e c são inteiros positivos tais que a  b  c e    , qual é
a b c 2011
o menor valor possível de a?
A) 2011B) 2012 C) 2013 D) 2014 E) 2011 2012

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13
Sociedade Brasileira de Matemática

24. Três polígonos regulares, de 8, 12 e 18 lados respectivamente, estão inscritos


em uma mesma circunferência e têm um vértice em comum. Os vértices dos três
polígonos são marcados na circunferência. Quantos vértices distintos foram
marcados?
A) 20 B) 24 C) 26 D) 28 E) 30

25. Seja ABCD um quadrilátero inscritível (ou seja, cujos vértices pertencem a uma
circunferência) com AB = 4, BC = 8 3 , AC = 4 13 e AD = 2 13 . Sendo E a
interseção das diagonais AC e BD, o comprimento do segmento BE é:
12 3 13 3 15 3 16 3
A) B) C) 2 3 D) E)
7 7 7 7

GABARITO
NÍVEL 1 (6º ou 7º anos do Ensino Fundamental)
1) A 6) A 11) D 16) E
2) B 7) E 12) D 17) C
3) E 8) C 13) D 18) D
4) B 9) E 14) A 19) B
5) B 10) D 15) A 20) C

NÍVEL 2 (8º ou 9º a nos do Ensino Fundamental)


1) B 6) D 11) B 16) C 21) A
2) E 7) E 12) B 17) D 22) D
3) B 8) B 13) D 18) C 23) D
4) B 9) E 14) D 19) C 24) C
5) C 10) D 15) C 20) C 25) B

NÍVEL 3 (Ensino Médio)


1) E 6) C 11) E 16) B 21) D
2) C 7) D 12) C 17) A 22) A
3) B 8) B 13) B 18) A 23) B
4) D 9) D 14) A 19) B 24) E
5) D 10) D 15) A 20) C 25) B

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Problemas e soluções da Segunda Fase

EUREKA! N°36, 2012


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Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMAS – NÍVEL 1 – PARTE A


(Cada problema vale 5 pontos)

01. Na figura, os vértices do retângulo PQRS


pertencem aos lados do retângulo ABCD. Sendo
AP = 3cm, AS = 4 cm, SC = 6 cm e CR = 8 cm,
qual é a área do retângulo PQRS, em cm2?

02. Em cada vértice de um cubo foi escrito um número. Esmeralda calcula a soma
dos números escritos nos vértices de cada face e encontra os números 8, 10, 11, 12,
13 e x. Se a face de soma 8 é oposta à face de soma x, qual é o valor de x?

03. Duas tribos vivem numa ilha. Os da tribo azul só dizem a verdade e os da
vermelha, só mentira. Um dia, 100 pessoas da ilha se reuniram num círculo e um
repórter se dirigiu a cada uma delas, com a pergunta: “O seu vizinho à direita é um
mentiroso?”. Terminada a pesquisa, verificou-se que 48 pessoas responderam
“sim”. No máximo, quantas pessoas da tribo vermelha poderiam estar no círculo?

04. Com cubinhos de mesmo tamanho construiu-se um cubo 4 �4 �4 . Os cubinhos


são feitos de madeiras diferentes e foram colados assim: cubinhos com três cubos
vizinhos (cubos com faces comuns) pesam 10 gramas, com quatro vizinhos pesam
8 gramas, com cinco vizinhos pesam 6 gramas e com seis vizinhos pesam 4
gramas. Qual é a massa do cubo, em gramas?

05. Quantos números de três algarismos diferentes de zero têm pelo menos dois
algarismos iguais?

06. Dizemos que dois ou mais números são irmãos quando têm exatamente os
mesmos fatores primos. Por exemplo, os números 10  2 �5 e 20  22 �5 são
irmãos, pois têm 2 e 5 como seus únicos fatores primos. O número 60 tem quantos
irmãos menores do que 1000?

PROBLEMAS – NÍVEL 1 – PARTE B


(Cada problema vale 10 pontos)

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Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMA 1
A sequência 1, 5, 4, 0, 5, ... é formada pelos algarismos das unidades das somas a
seguir
12  1
12  22  5
12  22  32  14
12  22  32  42  30
12  22  32  42  52  45
L
12  22  32  42  52  K  K ??
a) Escreva a sequência formada pelos algarismos das unidades das dez primeiras
somas obtidas da forma descrita acima.
b) Qual é o algarismo das unidades da soma 12  22  K  20112 ?

PROBLEMA 2
Vamos chamar de selo de um número inteiro positivo o par  x; y  no qual x é o
número de divisores positivos desse número menores do que ele e y é a soma
desses divisores. Por exemplo, o selo do número 10 é  3;8  pois o número 10 tem
como divisores menores do que ele os números 1, 2 e 5, cuja soma é 8. Já o selo do
número primo 13 é  1;1 .
a) Qual é o selo do número 9?
b) Qual número tem o selo  2;3 ?
c) Há números cujo selo é  6;m  . Qual é o menor valor possível para m?

PR OBLEMA 3
Amarrando um pedaço de barbante em um dos
pregos do seu geoplano, Diamantino consegue
formar quadrados, sem passar o barbante duas
vezes pelo mesmo lado desses quadrados. A figura
ao lado mostra um quadrado obtido desta maneira.

A figura abaixo representa de forma simplificada uma parte do geoplano em que


foram obtidos dois quadrados da maneira descrita acima, partindo-se de qual quer
um dos pregos.

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a) Desenhe, na parte do geoplano representada ao lado, a


maior quantidade de quadrados iguais que Diamantino
pode obter com um único pedaço de barbante. Coloque
as flechinhas como no exemplo para indicar como foi
colocado o barbante.

b) Diamantino garante que pode obter 11 quadrados no seu geoplano. Mostre que
você também pode obter a mesma quantidade na figura abaixo. Não se esqueça
das flechinhas no desenho.

PROBLEMAS – NÍVEL 2 – PARTE A


(Cada problema vale 5 pontos)

01. Sejam a e b números reais não nulos tais que a equação x2 + ax + b = 0 possui
soluções a e b. Determine a – b.

02. Quantos números compostos de dois algarismos distintos podem ser formados
usando os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6?

03. O triângulo ABC é retângulo em B. As bissetrizes interna e externa do ângulo


BÂC cortam a reta BC em D e E, respectivamente. Dado que AD = 360 e AE = 480,
determine a medida do lado AB.

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04. O número 7, quando elevado à quarta potência, termina com 01: 7 4 = 2401.
Quantos são os números de dois algarismos que, quando elevados à quarta
potência, terminam com 01?

ˆ C mede 30º e o
05. Na figura a seguir, o triângulo ABC é equilátero, o ângulo BD
ângulo AC ˆ D mede 70º. Determine, em graus, a medida do ângulo BÂD.

PROBLEMAS – NÍVEL 2 – PARTE B


(Cada problema vale 10 pontos)

PROBLEMA 1
Inicialmente o número 5 está escrito na tela de um computador. Em qualquer
momento, o número n escrito na tela do computador pode ser trocado por qualquer
número da forma a  b sendo a e b inteiros positivos tais que a + b = n.

a) Mostre como obter o número 19 realizando tais operações.


b) É possível obter o número 2011? Não se esqueça de justificar sua resposta.

PROBLEMA 2
Sejam a, b e c números reais positivos tais que a(b + c) = 152, b(c + a) = 162 e c(a
+ b) = 170. Determine o valor de abc.

PROBLEMA 3
Quantos são os pares ordenados (a,b), com a, b inteiros positivos, tais que

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a  b  mdc(a, b)  33 ?

PROBLEMA 4
No quadrilátero convexo ABCD, os pontos X e Y dividem o lado AB em três
segmentos iguais enquanto que os pontos Z e T dividem o lado DC em três
segmentos iguais (veja a figura abaixo). Se a área do quadrilátero ABCD é 60,
mostre que a área do quadrilátero XYZT não depende do formato do quadrilátero
ABCD e calcule tal área.

PROBLEMAS – NÍVEL 3 – PARTE A


(Cada problema vale 4 pontos)

01. A equação do segundo grau x2 – 5x + m = 2011 tem pelo menos uma solução
inteira. Qual é o menor valor inteiro positivo possível de m?

02. Uma sequência de letras, com ou sem sentido, é dita alternada quando é
formada alternadamente por consoantes e vogais. Por exemplo, EZEQAF,
MATEMÁTICA, LEGAL e ANIMADA são palavras alternadas, mas DSOIUF,
DINHEIRO e ORDINÁRIO não são. Quantos anagramas da palavra
FELICIDADE (incluindo a palavra FELICIDADE) são sequências alternadas?

03. O ângulo interno do vértice A de um triângulo acutângulo ABC mede 75 graus.


A altura relativa ao vértice A toca o lado BC no ponto D. As distâncias de D ao
vértice B e ao ortocentro do triângulo são ambas iguais a 10 cm. Qual é a área do
triângulo ABC, aproximada para o inteiro mais próximo? Se necessário, use
3  1,732 .

04. Qual é o maior valor possível do mdc de dois números distintos pertencentes ao
conjunto {1,2,3,…,2011}?

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05. Seja f uma função dos reais não nulos nos reais não nulos tal que
 ( f ( x)  f ( y )  f ( z )) 2  ( f ( x)) 2  ( f ( y )) 2  ( f ( z )) 2 para todos x, y, z
reais não nulos tais que x + y + z = 0;
 f (  x)   f ( x) para todo x real não nulo;
 f(2011) = 1.
Encontre o inteiro mais próximo de f(33).

PROBLEMAS – NÍVEL 3 – PARTE B


(Cada problema vale 10 pontos)

PROBLEMA 1
No triângulo ABC, o ângulo BÂC mede 45º. O círculo de diâmetro BC corta os
lados AB e AC em D e E, respectivamente. Dado que DE = 10, encontre a distância
do ponto médio M de BC à reta DE.

PROBLEMA 2
Encontre todas as soluções reais (x, y, z) do sistema

1
2y  x 
x
1
2z  y 
y
1
2x  z 
z

PROBLEMA 3
Seja P(x) um polinômio de coeficientes inteiros. Sabe-se que P(x) = 2011 tem pelo
menos duas raízes inteiras distintas iguais a 1 e t, e que P(x) = 0 tem pelo menos
uma raiz inteira. Determine todos os possíveis valores de t.

PROBLEMA 4
Esmeralda tem um círculo de cartolina dividido em n setores circulares, numerados
de 1 a n, no sentido horário. De quantas maneiras Esmeralda pode pintar a
cartolina, pintando cada setor com uma cor, tendo disponíveis k cores e de modo
que quaisquer dois setores circulares vizinhos (isto é, que têm um segmento em
comum como fronteira) tenham cores diferentes? Note que isso implica que os
setores de números 1 e n devem ter cores diferentes.

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SOLUÇÕES NÍVEL 1 – SEGUNDA FASE – PARTE A

Problema 01 02 03 04 05 06
Resposta 0050 0015 0076 0448 0225 0018

01. Por simetria, os triângulos APS e DRQ são congruentes, assim como os
triângulos SCR e QBP. Assim, os lados do retângulo ABDC são AS + SC = 4 + 6 =
10 cm e CR + RD = CR + AP = 8 + 3 = 11 cm. Deste modo, a área do retângulo
PQRS é obtida subtraindo as áreas dos triângulos APS, DRQ, SCR e QBP da área
3 4 6 8
do retângulo ABDC, ou seja, é 8  11  2   2  50 cm2.
2 2
02. Se em cada face estiver escrita a soma dos números dos vértices
correspondentes a face, então a soma dos números em duas faces opostas é igual a
soma dos números de todos os vértices do cubo. Logo se 8 e x é um par de faces
opostas, então outro par de faces opostas é 10 e 13 e o terceiro par é 11 e 12, para
que 10 + 13 = 11 + 12 = soma dos números em todos os vértices. Portanto
8  x  23  x  15 .

03. Observe que se uma pessoa responde “sim”, então esta pessoa e a da direita não
são da mesma tribo, mas se responder “não”, então ela e a pessoa à sua direita são
da mesma tribo. Assim, se 48 pessoas responderam “sim”, então ao percorrer o
círculo no sentido horário, observaremos 48 trocas de cor da tribo. Para que haja 48
trocas, devem haver pelo menos 24 pessoas da tribo azul e 24 da tribo vermelha
dispostas alternadamente. Como queremos o máximo de pessoas da tribo vermelha,
então podemos colocar as 100 – 24 – 24 = 52 pessoas restantes juntas num mesmo
bloco vermelho, como indicado a seguir:
AVAVA  VAV
     VV
  VV

24 AV 's 52V 's

Logo há no máximo 100 – 24 = 76 pessoas da tribo vermelha.

04. No cubo 4  4  4 , há 8 cubinhos nos vértices (que tem 3 vizinhos),


2  12  24 cubinhos nas arestas (que tem 4 vizinhos), 4  6  24 cubinhos nas
faces (que tem 5 vizinhos) e 8 cubinhos no interior do cubo maior (que tem 6
vizinhos). Assim, o cubo maior pesa 8  10  24  8  24  6  8  4  448 g.

05. Há 9  9  9  729 números de três algarismos não nulos. Destes,


9  8  7  504 tem os três algarismos distintos. Portanto, há 729  504  225
números com pelo menos dois algarismos iguais.

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06. 60  2 2  3  5 tem os fatores 2, 3 e 5, logo os irmãos de 60 são múltiplos de


1000 
2  3  5  30 . Como há    33 múltiplos de 30 menores que 1000, então 60
 30 
tem no máximo 32 irmãos. Destes múltiplos, os que tem outros fatores além de 2, 3
e 5 são 7  30 , 11  30 , 13 30 , 14  30 , 17  30 , 19  30 , 21 30 , 22  30 ,
23 30 , 26  30 , 28  30 , 29  30 , 31 30 e 33  30 . Logo, 60 tem
32  14  18 irmãos.

SOLUÇÕES NÍVEL 1 – SEGUNDA FASE – PARTE B

PROBLEMA 1
a) Para calcular os termos, basta considerar os dígitos das unidades na soma e no
resultado. Assim, como os dígitos das unidades de 12 ,2 2 , ,10 2 são 1, 4, 9, 6, 5,
6, 9, 4, 1 e 0, então começando por 1, temos: 1, 1 + 4 = 5, 5 + 9 = 14, 4 + 6 = 10, 0
+ 5 = 5, 5 + 6 = 11, 1 + 9 = 0, 0 + 4 = 4, 4 + 1 = 5 e 5 + 0 = 5, logo os 10 primeiros
termos da seqüência são 1, 5, 4, 0, 5, 1, 0, 4, 5 e 5.
b) Observe que a partir do 11º termo, vamos começar a somar novamente os dígitos
1, 4, 9, 6, 5, 6, 9, 4, 1 e 0, já que os dígitos das unidades de 11 2 ,12 2 , ,20 2 , são
os mesmos dígitos das unidades de 12 ,2 2 ,  ,10 2 . Assim, na soma
12  2 2    2011 2 , faremos as somas dos dígitos das unidades de 12 a 10 2
 2011 
 10   201 vezes e adicionaremos 1 de 2011 . Assim, o algarismo das
2
 
unidades da soma 12  2 2    2011 2 é o mesmo algarismo das unidades de
201 1  4  9  6  5  6  9  4  1  0  1  201 25  1  5026 , que é 6.

PROBLEMA 2
a) Os divisores positivos de 9 menores que 9 são 1 e 3, logo o selo do número 9 é o
par (2, 4).
b) Observe que todo número inteiro positivo tem 1 como divisor. Como o número
que estamos procurando tem apenas dois divisores menores que ele, 1 terá que ser
um desses divisores e como a soma dos dois divisores é 3, então o outro divisor
deve ser 2. Como não há outros divisores, então o número que procuramos é uma
potência de 2, e para ter apenas dois divisores menores que ele próprio, então o
número deve ser 4.
c) Seja n um número com selo (6, m). n possui 7 divisores contando com ele
próprio, logo a única possibilidade é que ele seja da forma p6, com p primo, e m é

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igual a 1  p  p 2    p 5 . Para que m seja mínimo, p terá que ser mínimo, logo p
= 2 e m  1  2  2 2    2 5  63 .

PROBLEMA 3
a) Observe que para cada prego do geoplano deve entrar e sair o mesmo número de
flechas (o barbante ao passar por um prego deve entrar em uma direção e sair em
outra), com exceção de onde começa e termina o barbante. Logo nos pregos onde
não começa ou termina o barbante temos um número par de flechas, metade
entrando e metade saindo. Mas no geoplano 4  4 , há 8 pregos com 3 arestas cada
(os da borda do geoplano), logo em 6 deles haverá pelo menos uma aresta por onde
o barbante não pode passar. No melhor caso, conseguimos fazer com que um
quadrado contenha 2 dessas arestas, assim não poderemos completar 3 quadrados.
Na figura abaixo temos um exemplo onde 9 – 3 = 6 quadrados são formados, em
que o barbante começa no vértice S e termina no vértice T:

b) Uma maneira de construir 11 quadrados com o barbante está descrita abaixo:

SOLUÇÕES NÍVEL 2 – SEGUNDA FASE – PARTE A

Problema 01 02 03 04 05 06
Resposta 3 17 ou 20 288 6 0225 100

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01. Utilizando o produto das raízes, obtemos:


ab  b
a 1
pois b �0. Utilizando a soma das raízes, obtemos:
a  b  a
1  b  1
a b  3

02. Todos os números terminados em 2, 4, 5 e 6 são compostos. Existem 4 �4  16


tais números. Dos números terminados em 3, apenas 63 é composto.
O enunciado apresenta uma ambiguidade. Outra interpretação seria considerar os
números de dois algarismos constituídos por dois números distintos do conjunto
{2,3,4,5,6}. Nesse caso, a resposta correta é 5  4 = 20.
Ambas as respostas devem ser consideradas corretas .

03.

Da semelhança dos triângulos DABD e obtermos:


360 y 3
 �y x
480 x 4
Pelo Teorema de Pitágoras no triângulo , temos:
x 2  y 2  3602
9
x 2  x 2   360 
2

16
x  288

04. Um número de dois dígitos (ab) elevado à quarta potência possui a seguinte
forma:
 10a  b 
4
 104 a 4  4 �
103 a 3b  6 �
10 2 a 2b 2  4 �
10ab 3  b 4

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Assim, os últimos dois dígitos são determinados por Qualquer número ímpar
diferente de 5 elevado à quarta potência termina em 1. Logo, temos quatro
possibilidades para b:
Se b  1 , para o número terminar em 01 devemos ter
Se , para o número terminar em 01devemos ter ou .
Se , para o número terminar em 01 devemos ter .
Se b  9 , para o número terminar em 01 devemos ter ou a  9.

� mede 30 e B �
05. Como BDC AC é 60, o ponto D está no círculo de centro A e
raio AB. Como o triângulo ACD é isósceles com ângulo da base igual a 70, temos
C� AD  40�e B �
AD  100�

SOLUÇÕES NÍVEL 2 – SEGUNDA FASE – PARTE B

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 1
a) Uma possível sequência de operações é:
23 3 3 45 191
5 � 6 � 9 � 20 � 19

b) Perceba que se é possível obtermos o número também é possível obtermos o


número com a operação e consequentemente poderemos obter todos os inteiros
positivos menores que repetindo essa operação. Então é suficiente obtermos um
inteiro maior que 2011 começando em 5. Uma possível sequência de operações
para isso seria:

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 2
Somando as três equações obtemos:
Daí,

bc  242  a  b  c   90,
ca  242  b  a  c   80.
Logo, e abc  720.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 3
Seja Podemos reescrever a equação como:

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a b 33
 1 .
d d d

O lado esquerdo é uma soma de números inteiros logo, divide 33. Agora
temos que mdc  a / d , b / d   mdc  a / d ,33 / d  1  mdc  b / d ,33 / d  1  1.
Fixado é suficiente encontrarmos os pares de inteiros positivos com
mdc  x,33 / d  1  1 tais que x  y  33 / d  1 pois daí obteremos também que
e que é solução. Vejamos então as possibilidades para d :

Para e , temos 16 soluções, pois basta escolhermos x ímpar.


Para e temos 4 soluções pois não pode ser par nem múltiplo de 5.
Para e temos 1 solução apenas.
Não podemos ter , pois a e b são positivos.
Logo, existem 21 pares de soluções.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 4

Temos as seguintes relações de áreas:


1 1
[ ADT ]  [ BYC ]   [ ADC ]  [ ABC ]    [ ABCD ]   20.
3 3
Portanto a área do quadrilátero é igual à 40. Além disso,
1 1
[ ATX ]  [ YZC ]   [ ATY ]  [ YTC ]    [ ATCY ]   20.
2 2
Consequentemente, [ XTZY ]  [ ATCY ]  [ ATX ]  [ YZC ]  20.

Segunda Solução
Sejam P a interseção de AB e DC, e

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Temos:

2 [ ABCD ] / senAPD   a  3x   b  3 y   ab  9 xy  3bx  3ay


2 [ XYZT ] / senAPD   a  2 x   b  2 y    a  x   b  y   bx  ay  3xy

Logo a área do quadrilátero é um terço da área do quadrilátero

SOLUÇÕES NÍVEL 3 – SEGUNDA FASE – PARTE A

Problema 01 02 03 04 05
Resposta 0037 3600 0237 1005 0061

01. Como m é inteiro positivo, temos x2 – 5x < 2011. Sendo x inteiro e 472 – 5  47
< 2011 < 482 – 5  48, devemos ter x2 – 5x < 2011  x ≤ 47. Assim, o menor valor
de m é 2011 – (472 – 5  47) = 37.

02. As consoantes de FELICIDADE são F, L, C, D, D e as vogais são E, I, I, A, E.


As posições das vogais são as pares ou as ímpares, as consoantes podem se
5!
permutar entre si de  60 maneiras e as vogais podem se permutar
1!1!1!2!
5!
de  30 maneiras. Assim, o total de anagramas alternados de
2!1!2!
FELICIDADE é 2  60  30  3600 .

03. Seja H o ortocentro do triângulo ABC. Então BD = HD = 10 cm. Então o


triângulo retângulo BDH é isósceles e, portanto, m( HBˆ D )  45 . Logo,
considerando o triângulo retângulo de hipotenusa BC, temos
ˆ  ˆ
m(C )  90  m( HBD )  90  45  45 .
  

Assim, m( DAˆ C )  90  m(Cˆ )  90  45  45 e


m( BA ˆ D )  m( A
ˆ )  m( DA ˆ C )  75  45  30  .
Enfim, m( Bˆ )  90  m( BAˆ D )  90  30  60 .

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B D C
Assim, AD  BD tg 60  10 3 cm e CD = AD = 10 3 cm. Portanto a área de
BC  AD (10  10 3 )10 3
ABC é   150  50 3  150  50  1,732  236,6
2 2
cm2, cujo valor inteiro mais próximo é 237 cm2.

04. O mdc de dois números é divisor de cada um dos dois números, ou seja, cada
um dos dois números é múltiplo de seu mdc. Logo queremos o maior valor de d
que tem dois múltiplos positivos menores ou iguais a 2011. O maior dos dois
múltiplos de d é maior ou igual a 2d, logo 2d ≤ 2011  d ≤ 1005. Como 1005 e 2 
1005 = 2010 são ambos menores do que 2011, o valor procurado é 1005.

05. A condição ( f ( x)  f ( y )  f ( z )) 2  ( f ( x)) 2  ( f ( y )) 2  ( f ( z )) 2 para x + y +


1 1 1
z = 0 é equivalente a    0 . Como f(–x) = –f(x), sendo
f ( x) f ( y) f ( x  y)
1 1 1 1
g ( x)  temos    0  g ( x  y )  g ( x)  g ( y ) .
f ( x) f ( x) f ( y ) f ( x  y )
Fazendo y = x, obtemos g(2x) = 2g(x). Fazendo y = 2x, obtemos g(3x) = g(2x) +
g(x) = 2g(x) + g(x) = 3g(x) e, indutivamente, prova-se que g(nx) = ng(x) para n
inteiro positivo. Fazendo x = 1 e n = 2011, obtemos g(2011) = 2011g(1). Como
1 g ( 2011) 1
g ( 2011)   1 , temos g (1)   . Enfim, fazendo x
f ( 2011) 2011 2011
=1 e
1 33
n = 33, temos g (33)  33  g (1)  33   . Logo
2011 2011
1 2011
f (33)   . Como 2011 = 3360 + 31, o inteiro mais próximo de
g (33) 33
f(33) é 61.

SOLUÇÕES NÍVEL 3 – SEGUNDA FASE – PARTE B

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28
Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMA 1
A

45º
E

D
d

B C
M

Temos
 

m( BAˆ C )  m(CB)  m( DE )  2  45  180   m( DM


ˆ E )  m( DMˆ E )  90 
2
. Logo o triângulo DME é retângulo e, sendo M o centro do círculo, isósceles.
Então, sendo a projeção de M sobre DE o ponto médio de DE e, portanto,
circuncentro de DME. Logo DE  2d  10  2d  d  5 .

PROBLEMA 2
Somando as três equações, obtemos
1 1 1 1 1 1
2x  2 y  2z  x  y  z     x yz   .
x y z x y z
1 1
Note que x, y e z têm o mesmo sinal. De fato, se x > 0 então y   x    0 e
2 x
1 1
z  y    0 . Analogamente, se x < 0 então y < 0 e z < 0.
2 y
1 1  1
Agora, veja que, pela desigualdade das médias, y   x    x   1 e,
2 x  x
1 1
analogamente, x  1 e z  1 . Mas isso implicaria x  1 , y  1 e
1 1 1 1 1 1 1
 1, x  y  z  x  y  z  3 e      3.
z x y z x y z

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29
Sociedade Brasileira de Matemática

1 1 1
Mas x yz    , logo todas as desigualdades anteriores são
x y z
igualdades, ou seja, x  y  z  1 . Lembrando que x, y e z têm o mesmo sinal,
as únicas possibilidades são x = y = z = 1 e x = y = z = –1. Verifica-se facilmente
que as duas possibilidades são realmente soluções.

PROBLEMA 3
Seja Q(x) = P(x) – 2011. Então Q(x) = 0 tem coeficientes inteiros e duas de suas
raízes são 1 e r. Logo Q(x) = (x – 1)(x – r)R(x), sendo R(x) um polinômio de
coeficientes inteiros e, portanto, P(x) = (x – 1)(x – r)R(x) + 2011.
Como P(x) = 0  (x – 1)(x – r)R(x) = –2011 tem soluções inteiras, e R(x) é inteiro
para x inteiro, x – 1 e x – r são dois divisores distintos (não necessariamente
positivos) de 2011. Sendo 2011 primo, cada um desses dois fatores pode ser –2011,
–1, 1 ou 2011, com a única restrição sendo que eles não podem ser –2011 e 2011
simultaneamente. Assim, (x – 1) – (x – r) = r – 1 pode ser igual a 2010, –2010,
2012, –2012, 2 ou –2, ou seja, r pode ser igual a 2011, –2009, 2013, –2011, 3 ou –
1.
PROBLEMA 4
Para n = 1, temos k possibilidades (basta escolher a cor da região 1); para n = 2, há
k(k – 1) possibilidades (k escolhas para a região 1 e k – 1 para a região 2, que deve
ter cor diferente da região 1). Suponha n ≥ 3 e seja an a quantidade desejada de
maneiras de pintar um círculo dividido em n setores, sem que haja setores vizinhos
de mesma cor.

Pintemos a região de qualquer uma das k cores e cada uma das regiões 2, 3, …, n
de qualquer uma das k – 1 cores diferentes da cor da região anterior. Observe a cor
da região n: se a cor é diferente da cor da região 1, obtemos uma pintura válida
com n setores; se a cor é igual à cor da região 1, se juntarmos a região 1 e a região
n obtemos uma pintura válida com n – 1 setores. Note que qualquer pintura com n
setores e qualquer pintura com n – 1 setores é obtida de maneira única com esse
procedimento. Assim, an + an–1 = k(k – 1)n–1 para n ≥ 3.

Agora aplique a igualdade repetidas vezes:

an + an–1 = k(k – 1)n–1


–an–1 – an–2 = –k(k – 1)n–2
an–2 + an–3 = k(k – 1)n–3
–an–3 – an–4 = –k(k – 1)n–4

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30
Sociedade Brasileira de Matemática

(–1)n+1a3 + (–1)n+1a2 = (–1)n+1k(k – 1)2

Somando as n – 2 igualdades, obtemos

an + (–1)n+1a2 = k(k – 1)2((k – 1)n–3 – (k – 1)n–4 + … + (–1)n+1) =


( 1) n 1 (( k  1) n  2  1)
k ( k  1) 2
 k 11
an  ( 1) k ( k  1)  ( k  1) (1) ((1) n ( k  1) n  2  1)  ( k  1) n  ( k  1)(1) n
n 2 n

Logo, considerando que a fórmula obtida vale para n ≥ 2, temos


 k , se n  1
an   n n
( k  1)  ( k  1)(1) se n  3

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Problemas e soluções da Terceira Fase
TERCEIRA FASE – NÍVEL 1

PROBLEMA 1
Esmeralda escreveu no quadro negro a sequência de todos os números inteiros de 1
a 2011. Em seguida, apagou todos os números pares da lista.
a) Quantos números restaram?
b) Dos números restantes, quantos foram escritos apenas com os algarismos 0 e 1?

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31
Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMA 2
Temos um cubo vermelho de aresta 2 cm. Qual é o número mínimo de cubinhos
3
�12 � 3
iguais que devemos juntar ao vermelho para obter um cubo de volume � �cm ?
�5 �

PROBLEMA 3
Dizemos que um número inteiro positivo é chapa quando ele é formado apenas por
algarismos não nulos e a soma dos quadrados de todos os seus algarismos é
também um quadrado perfeito. Por exemplo:
- o número 2115522 é chapa, pois 22  12  12  52  52  2 2  2 2  82 e todos os
seus algarismos são não nulos (diferentes de zero);
- o número 403 não é chapa, pois, apesar de , um dos algarismos de 403 é nulo
(igual a zero);
- o número 12 não é chapa, pois 12  22  5 e 5 não é um quadrado perfeito.

a) Qual é o maior inteiro positivo com dois algarismos que é chapa?


b) Existe um inteiro positivo com 2011 algarismos que é chapa? Justifique sua
resposta.

PROBLEMA 4
Na figura, O é o centro do quadrado,
OA  OC  2, AB  CD  4, CD é perpendicular a OC
que é perpendicular a OA , que é perpendicular a AB . A
área do quadrado é 64 cm2.
a) Calcule a área do trapézio ABCO.
b) Calcule a área do quadrilátero BCDE.

PROBLEMA 5

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32
Sociedade Brasileira de Matemática

Num tabuleiro 3 �3 escrevemos os números de 1 a 9, um


em cada casa. Em seguida, achamos a soma dos números
de cada linha, de cada coluna e de cada diagonal e
contamos o número de somas que são múltiplos de três.
Por exemplo, no tabuleiro ao lado as 8 somas (as três
linhas, as três colunas e as duas diagonais) são números
múltiplos de 3.

a) Copie o tabuleiro ao lado na sua folha de respostas e o preencha


com os números de 1 a 9 de modo existam exatamente 3 somas que
são números múltiplos de 3.

b) É possível que nenhuma das 8 somas seja um múltiplo de 3? Lembre-se de que


você deve justificar sua resposta.

TERCEIRA FASE – NÍVEL 2

PRIMEIRO DIA

PROBLEMA 1
Num tabuleiro 3 �3 escrevemos os números de 1 a 9, um em
cada casa. Em seguida, achamos a soma dos números de cada
linha, de cada coluna e de cada diagonal e contamos o número
de somas que são múltiplos de três. Por exemplo, no tabuleiro
ao lado as 8 somas (as três linhas, as três colunas e as duas
diagonais) são números múltiplos de 3.

É possível que nenhuma das 8 somas seja um múltiplo de 3?


Lembre-se de que você deve justificar sua resposta.

PROBLEMA 2
Seja ABCD um quadrilátero convexo tal que AD = DC, AC = AB e
�ADC  �CAB. Se M e N são os pontos médios dos lados AD e AB, prove que o
triângulo MNC é isósceles.

PROBLEMA 3

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33
Sociedade Brasileira de Matemática

Esmeralda e Jade participam de um jogo: Esmeralda faz uma lista de 2011 números
inteiros positivos, mas não mostra para Jade. Jade deve descobrir o produto dos
números. Para isso, ela pode perguntar qual é o mdc ou o mmc dos números de
qualquer subconjunto com mais de um elemento dos 2011 números (por exemplo,
“qual é o mdc do 1º, 2º, 10º e 2000º números da sua lista?” ou “qual é o mmc de
todos os números da lista?”). Jade pode fazer quantas perguntas quiser, mas só
obtém as respostas (corretas) de Esmeralda após fazer todas as suas perguntas
(Esmeralda é generosa e também diz qual é a resposta de cada pergunta). Jade
então pode fazer qualquer uma das quatro operações fundamentais (soma,
subtração, multiplicação e divisão) com os números que obtiver de Esmeralda. Jade
consegue uma estratégia para obter o produto dos 2011 números de Esmeralda?
Justifique sua resposta.

SEGUNDO DIA

PROBLEMA 4
Esmeralda escreveu uma lista de números inteiros positivos em uma folha de papel.
Renan percebeu que todos os números da lista e todas as somas de qualquer
quantidade de números distintos da lista não eram divisíveis por nenhum quadrado
perfeito diferente de 1. Qual a quantidade máxima de números na lista de
Esmeralda?

PROBLEMA 5
No interior de um quadrado de lado 16 são colocados 1000 pontos. Mostre que é
possível colocar um triângulo equilátero de lado 2 3 no plano de modo que ele
cubra pelo menos 16 destes pontos.

PROBLEMA 6
Para qualquer número natural N de 2k dígitos, seja I(N) o número de k dígitos
obtido escrevendo os algarismos de ordem ímpar de N da esquerda para a direita e
P(N) como o número de k dígitos obtido escrevendo os algarismos de ordem par de
N da esquerda para a direita. Por exemplo, I(249035) = 405 e P(249035) = 293.
Provar que não é possível encontrar um natural N de 2k algarismos tal que
N  I (N ) �
P ( N ).

TERCEIRA FASE – NÍVEL 3

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34
Sociedade Brasileira de Matemática

PRIMEIRO DIA

PROBLEMA 1
Dizemos que um número inteiro positivo é chapa quando ele é formado apenas por
algarismos não nulos e a soma dos quadrados de todos os seus algarismos é
também um quadrado perfeito. Por exemplo, 221 é chapa pois 2 2 + 22 + 12 = 9 e
todos os seus algarismos são não nulos, 403 não é chapa, pois, apesar de 4 2 + 02 +
32 = 52, um de seus algarismos de 403 é nulo e 12 não é chapa pois 1 2 + 22 = 5 não
é quadrado perfeito.

Prove que, para todo inteiro positivo n, existe um número chapa com exatamente n
algarismos.

PROBLEMA 2
Um álbum, composto por 2011 figurinhas, está sendo colecionado por 33 amigos.
Uma distribuição de figurinhas entre os 33 amigos é incompleta quando existe pelo
menos uma figurinha que nenhum dos 33 amigos tem. Determinar o menor valor
de m com a seguinte propriedade: toda distribuição de figurinhas entre os 33
amigos tal que, para quaisquer dois dos amigos, faltam, para ambos, pelo menos m
figurinhas em comum, é incompleta.

PROBLEMA 3
Mostre que, para todo pentágono convexo P1P2P3P4P5 de área 1, existem dois
triângulos PiPi+1Pi+2 e PjPj+1Pj+2 (em que P6 = P1 e P7 = P2), formados por três
vértices consecutivos do pentágono, tais que
5 5
área Pi Pi 1 Pi  2   área Pj Pj 1 Pj  2
10

TERCEIRA FASE – NÍVEL 3


SEGUNDO DIA

PROBLEMA 4
Existem 2011 inteiros positivos a1 < a2 < … < a2011 tais que, para todo 1 ≤ i < j ≤
2011, mdc(ai, aj) = aj – ai?

PROBLEMA 5
Seja ABC um triângulo acutângulo e H seu ortocentro. As retas BH e CH cortam
AC e AB em D e E, respectivamente. O circuncírculo de ADE corta o circuncírculo

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35
Sociedade Brasileira de Matemática

de ABC em F  A. Provar que as bissetrizes internas de BFC e BHC se cortam


em um ponto sobre o segmento BC.

PROBLEMA 6
2011
Sejam x1, x2, x3, …, x2011 reais não negativos cuja soma é . Prove que
2
3
 (x
cíc
i  x i 1 )  ( x1  x 2 )( x 2  x 3 )( x 3  x 4 )( x 4  x 5 )  ( x 2009  x 2010 )( x 2010  x 2011 )( x 2011  x1 ) 
1

SOLUÇÕES – NÍVEL 1

PROBLEMA 1:
SOLUÇÃO ADAPTADA DE MATEUS SIQUEIRA TIMÓTEO (MOGI DAS CRUZES – SP)
a) Podemos notar que restarão os números ímpares de 1 a 2011. Começando a
partir do 1, os números inteiros, tomados dois a dois, são compostos de um
par e um ímpar.
�2010 �
Logo, a quantidade de números restantes é de � � 1, cujo resultado é 1006
�2 �
números.
Vamos supor inicialmente que os algarismos 0 e 1 devem de fato aparecer.

b) Podemos perceber que todos os números com algarismos 0 e 1 apenas


deverão ter ao menos três algarismos, já que devem começar a terminar
com 1, pois, além de terem restado apenas algarismos ímpares, nenhum
deles pode começar com zero, e devem ter ao menos um de seus
algarismos zero.
Nesse caso temos:
 Números com três algarismos (1): 101
 Números com quatro algarismos (3): 1001, 1101, 1011.
Quatro desses números foram escritos apenas com alagarismos 0 e 1.
Se incluirmos os números que têm apenas o algarismo 1, temos mais quatro
números: 1, 11, 111 e 1111.

PROBLEMA 2: SOLUÇÃO DE WILLIAM HIDEKI KONDO (SÃO PAULO – SP)


3
�12 �
O lado do cubo vermelho é de 2cm. O lado de um cubo de volume igual a � �
�5 �

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36
Sociedade Brasileira de Matemática

3
�12 � 12
� �   2, 4cm. Ao juntar-se cubinhos iguais com o cubo
3
cm é igual a 3
�5 � 5
3
�12 �
vermelho, formando um cubo de volume � �cm3 , a aresta do cubo vermelho
�5 �
aumenta 2, 4  2  0, 4 cm. Dessa forma, formou-se três tipos de blocos.
Os blocos de dimensões 2 �0, 4 �2cm , cujos volumes são iguais a
2 �0, 4 �2  1, 6cm3 e há 3 destes blocos, sobrepostos a três faces do cubo
vermelho com um vértice em comum.
Os blocos de dimensões 0, 4 �0, 4 �2cm, cujos volumes são iguais a
2 �0, 4 �0, 4  0,32cm3 e há três desses blocos, entre os blocos de dimensões
2 �2 �0, 4cm.
E um bloco cúbico de 0,4cm de lado para preencher o espaço que falta.
Os cubinhos preencherão esses blocos.
O menor lado de todos os blocos é 0,4cm. Para se ter o menor número de cubinhos
usados, os lados dos cubinhos têm que ser os maiores possíveis, ou seja, 0,4cm.
Dessa forma, o volume dos cubinhos seria 0, 4 �
0, 4 �0, 4  0, 064cm3 .
1, 6
Cabem  25 cubinhos destes em um bloco de dimensões 2 �0, 4 �2cm.
0, 064
Como são três blocos, são necessários 25 �3  75 cubinhos.
0,32
Cabem �3  5�3  15 cubinhos em três blocos de dimensões
0, 064
0, 064
0, 4 �0, 4 �2cm. E cabe  1 cubinho no bloco de dimensões
0, 064
0, 4 �0, 4 �0, 4cm.
Logo, o número mínimo de cubinhos a serem usados é 75  15  1  91 cubinhos.

PROBLEMA 3: SOLUÇÃO DE WILLIAM HIDEKI KONDO (SÃO PAULO – SP)


a) Números de 2 algarismos: 10 a 99
9  92  81  81  162 �
2
82  92  145 �
92  82  81  64  145 � 82  7 2  64  49  113 �
92  7 2  81  49  130 �
92  62  81  36  117 �
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37
Sociedade Brasileira de Matemática

92  52  81  25  106 � 82  62  64  36  100
92  42  81  16  97 � �
92  32  81  9  90 �
86 : 82  62  102
92  22  81  4  85 �
92  12  81  1  82 �
86 é o maior inteiro positivo com dois algarismos que é chapa.
b) Sim, é possível.
O número seria 111...111322
14 2 43
2008 "uns"

Esse número seria chapa, pois 1142...1


43  3  2  2
2 2 2 2 2

2008 vezes

 2008  9  4  4  2025  45 . 2

PROBLEMA 4: SOLUÇÃO DE LAURA MELLO D´URSO VIANNA (RIO DE JANEIRO – RJ)


OABC  4 �
4� DCBE  64cm 2
OABC  DCBE  16cm 2

A princípio traçamos quatro figuras iguais a AOCB e encontramos o quadrado


inteiro.
Então ABCO  BCDE  16cm 2

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38
Sociedade Brasileira de Matemática

Traçamos uma reta paralela a reta OA que é a reta s.


Ligamos o ponto C ao ponto A e dividimos a figura ABCO em três triângulos
retângulos isósceles iguais, cada um com catetos medindo 2cm, e logo com área
igual a 2cm 2 .

a) Então a área de ABCO é 2cm 2 �3  6cm 2 .


b) Então a área da figura BCDE é 16cm2  6cm 2  10cm 2 , pois,
ABCO  BCDE  16cm 2
BCDE  16cm 2  ABCO
BCDE  16cm 2  6cm2
BCDE  10cm 2 .

PROBLEMA 5:
a) SOLUÇÃO DE PEDRO HENRIQUE SACRAMENTO DE OLIVEIRA (VINHEDO – SP)

b) Veja a solução do problema 1 do nível 2.

SOLUÇÕES – NÍVEL 2
PROBLEMA 1: SOLUÇÃO DE ANA EMÍLIA HERNANDES DIB (SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
– SP)

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39
Sociedade Brasileira de Matemática

Não é possível.
Basta analisarmos a tabela em módulo 3:
1 �1 mod 3 4 �1 mod 3 7 �1 mod 3
2 �2  mod 3 5 �2  mod 3 8 �2  mod 3
3 �0  mod 3 6 �0  mod 3 9 �0  mod 3
Para que a soma não seja um múltiplo de 3, não podem ocorrer os seguintes casos
nas linhas, colunas ou diagonais:

0, 0, 0 1, 0, 2
1,1,1 1, 2, 0
2, 2, 2 2, 0,1
0,1, 2 2,1, 0
0, 2,1

Assim, concluímos que não poderíamos colocar mais que dois números
congruentes (mod 3) na mesma linha, coluna ou diagonal, ou seja, cada linha,
coluna e diagonal deveria ter dois números congruentes e um diferente.
Os possíveis casos seriam (sendo x, y e z, em qualquer ordem, 0, 1 e 2), e levando
em conta as simetrias que preservam as diagonais, como trocar as posições da
primeira e da terceira linhas:

Que não é possível, já que a soma da diagonal seria


�0  mod 3 .

Que também não é possível, já que, como faltam 1X ,1Y


e 1Z , a soma da diagonal seria �0  mod 3 .

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40
Sociedade Brasileira de Matemática

Os outros casos incluem uma mesma linha ou coluna


com a soma x  y  z �0  mod 3 .

Ou seja, é impossível que nenhuma das oito somas seja múltiplo de 3.


Obs. Um múltiplo de 3 é congruente a 0  mod 3  .

PROBLEMA 2: SOLUÇÃO ADAPTADA DA SOLUÇÃO DE ISABELLE FERREIRA DE


OLIVEIRA (FORTALEZA – CE)
Seja �CDA  �CAN  a e P o ponto médio de CD.
Logo,
CA AB
PM    AN
2 2
Alem disso, como DCDA é isósceles, CP  MA.

a
Veja também que �CPM  180  �DPM  90  .
2
a a
E que �NAM  �MAC  �CAN  90   a  90 
2 2
Portanto, DCPM �DMAN  LAL  � CM  MN � CMN isósceles.

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41
Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMA 3: SOLUÇÃO DE DANIEL SANTANA ROCHA (RIO DE JANEIRO – RJ)


Sim.
Obs: [ a1 ,..., an ] denotará o mmc dos números a1 ,..., an e  a1 ,..., an  o mdc dos
números a1 ,..., an .
[ a, b, c ]  a, b   a, c   b, c 
Lema 1: abc  para todos a, b, c inteiros positivos.
 a, b, c 
Prova: Seja p primo. Usaremos a notação Se p k || n significando que p k | n e
p k 1 | n. pa1 || a , pa 2 || b e pa3 || c �

p min a1 ,a 2  min a1 ,a3  min a 2 ,a3   max a1 ,a 2 ,a 3 min a1 ,a 2 ,a3  ||


[ a, b, c ]  a, b   a, c   b, c  .
Provaremos
 a, b, c 
que o expoente de p é a1  a 2  a 3 . Supondo sem perda de generalidade
a1 �a 2 �a 3 , o expoente do p é a1  a1  a 2  a 3  a1  a1  a 2  a 3 . Logo, pelo
teorema fundamental da aritmética vale a igualdade.
Sejam a1 , a2 ,..., a2011 os números de Esmeralda.
Basta Jade perguntar o mdc  ai , ai 1  e o mmc  ai , ai 1  "i � 1,3,5,..., 2007 e
perguntar também o mdc  a2009 , a2010 , a2011  , mmc  a2009 , a2010 , a2011  ,
mdc  a2009 , a2010  , mdc  a2009 , a2011  , mdc  a2010 , a2011  .
�2007  1 �
Multiplicando os primeiros 2 � � 2006 valores, pelo Lema para c  1,
� 2 �
Jade obterá
mmc  a1 , a2  mdc  a1 , a2  mmc  a3 , a4  mdc  a3 , a4  ...mmc  a2007 , a2008  mdc  a2007 , a2008  
 a1a2 ...a2008 .
Multiplicando os 4 últimos e dividindo pelo quinto de trás para frente Jade
encontra
[ a2009 , a2010 , a2011 ] � a2009 , a2010  � a2009 , a2010  � a2010 , a2011 
 a2009 , a2010 , a2011 
a2009 a2010 a2011 , agora basta Jade multiplicar os dois valores encontrados e obterá
a1a2 ...a2011 , c.q.d..

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PROBLEMA 4: SOLUÇÃO DE DANIEL SANTANA ROCHA (RIO DE JANEIRO – RJ)


A quantidade máxima é 3.
Primeiro vamos escrever uma lista com 3 números:
13, 17, 21. Como
13  17  21  30  21  51  3 �
17
13  17  30  2 ��
3 5
13  21  34  2 �
17
17  21  38  2 �19
13  13
17  17
21  3 �7
Todos os números são livres de quadrados (i.e. não possuem quadrados perfeitos
diferentes de 1 como divisor), pois senão teriam um expoente > 1 na sua fatoração
em primos.
Agora suponha por absurdo que a lista de Esmeralda tenha mais que 3 números.
Então existem pelo menos 4 números digamos a, b, c, d . Note que 4  22 �1 é
quadrado perfeito � 4 | a, 4 | b, 4 | c, 4 | d . Logo, os a, b, c, d só podem ter resto
1, 2,3 na divisão por 4. Pelo princípio da casa dos pombos existem dois que
deixam o mesmo resto. Suponha, sem perda de generalidade, que sejam
a e b �a �
޺
b mod 4 a b 2a mod 4. Como 4 | a  b � 4 | 2a � a ímpar
  ޺ 2a 2 mod 4  se a 2 k 1, 2 a 4k 2  . Logo a  b �2 mod 4. Como
޺ 4|a
 b c c  (a  b) �2 mod 4 e޺ 4|a b d d  (a  b) �2 mod 4. Como
c, d �0 mod 4, os restos da divisão por 4 de c e d são 1 ou 3. Se
c �d mod 4 ޺ c 1 mod 4 e d �3mod 4 ou c �3mod 4 e d �1mod 4 .
De qualquer forma, c  d �d  c �0 mod 4 , absurdo. Logo
c �d mod 4 � c  d �2d mod 4 e de 4 | 2d � d ímpar
� c  d �2d �2 mod 4 � a  b  c  d �2  2 �0 mod 4. Absurdo!

PROBLEMA 5: SOLUÇÃO DE FABIO DA SILVA SOARES (PLANALTINA – DF)


Primeiro vamos encontrar a quantidade de triângulos necessários para colorir o
quadrado.
Note que a altura do triângulo é 3, pelo Teorema de Pitágoras, e sabemos que o
lado do triângulo é 2 3. Usando o seguinte esquema:

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Usaremos 6 fileiras com 11 triângulos, 6 virados para cima e o resto para baixo.
Obs: usamos 6 fileiras pois cada fileira tem altura 3 e com 5 não cobriremos o
quadrado.

Dessa forma, temos que a figura que fizemos é capaz de cobrir o quadrado.
Sabemos ainda que a figura tem 11�6 triângulos, 66.
Nós usaremos essa figura pois o enunciado pede que o triângulo esteja no plano,
assim, se metade do triângulo estiver dentro do quadrado e metade fora, o
enunciado ainda vale.
Cubramos então o quadrado de lado 16 com a figura. Note que existem 66
triângulos que cobrem toda a sua superfície. Pelo Princípio da Casa dos Pombos,
temos que uma casa, ou triângulo, terá mais que 16 pontos, pois suponha que não
acontecesse isso, todo triêngulo teria no máximo 15 pontos nele, totalizando
15 � 66  990. Entretanto faltariam 10 pontos, pois o total de pontos é mil. Logo,
um triângulo terá no mínimo 16 pontos nele. c.q.d..

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PROBLEMA 6: SOLUÇÃO DE ALESSANDRO PACANOWSKI (RIO DE JANEIRO – RJ)


Vamos fazer por indução em k.
Se k = 1, vamos provar que sempre N  I  N  P  N  .
N  ab. Mas N  10a  b  ab   a   b   P  N  I  N  � a  10  b   b  0. Mas
a �0,10  b �0; b �0 � a  10  b   b �0; só ocorrendo igualdade se b = 0 e
a  10  b   0. Como b  0 � 10  b �0 � a  0 � N  00, impossível (N tem 2
dígitos).
Olhemos agora para o caso com N com 2k dígitos. (Suponha, pela indução que,
para todo e qualquer N´, com 2  k  1 dígitos, N ´ P  N´ I  N ´ . )
Seja N  xyN ´ , onde x e y são algarismos e N ´ é um número com 2k  2 dígitos.
Seja P  N ´  e e I  N ´  q � P  N   xe e I  N   yq . Vamos provar que:
N  P( N ) I ( N ) � N  102 k 1 x  102 k  2 y  N ´ P ( N ) I ( N )  ( x �
10k 1  e )( y �
10k 1  q )
(N´ tem 2k  2 dígitos, N  102 k 1 x  102 k  2 y  N ´; q e e têm, ambos, k – 1 dígitos)
� 102 k 1 x  102k 2 y  N´ 10 2k 2 xy  10 k 1  xq  ye   eq . Pela hipótese de indução,
N ´ P  N ´ I  N ´  eq � só precisamos provar que:
102 k 1 x  102 k 2 y  102 k 2 xy  10k 1  xq  ye  . Como q e e tem ambos k  1 dígitos,
temos que: e ,q �10  1 � 10 xy  10  xq  ye  �10 xy  10
k 1 2 k 2 k 1 2 k 2 k 1
10k 1  1  x  y     
10 2k 2
xy  10 2 k 2
x  10 2 k 2
y  10 k 1
 x  y . Então, só precisamos provar que:
10 2 k 1
x  10 2 k 2
y  10 2k 2
xy  10 2 k 2
x  10 2k 2
y  10k 1  x  y  � 102 k 1 x  10k 1  x  y 
x  y  1 .
 102 k  2 �
Agora, observamos que 10
2 k 1
10 2k۳2 x  y 1
x �� 10 y 1 , o que é verdade,
já que y �9.
Assim, como x  y �0 � 10  x  y   0 � 10 x  10  x  y   10 � x  y  1 .
k 1 2 k 1 k 1 2k 2

SOLUÇÕES – NÍVEL 3
PROBLEMA 1: SOLUÇÃO DE RAFAEL KAZUHIRO MIYAZAKI (SÃO PAULO – SP)
555...55,
Se n é quadrado perfeito, n  k 2 , o número é: 14 22 4
3 cujo somatório dos
k

quadrados dos dígitos é 25k   5k  , logo existe um número chapa com essa
2 2

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quantidade de algarismos.
Agora mostraremos como partir deste número obter números chapas de até
2k 2   k  1  k 2  2k  1, conseguimos um algoritmo para obter números
2

chapas a partir de então.



Para k  x 0 �x �k , a configuração é:
2 2

343434...34
1 4 2 4 3 555...5
1 2 3 . O qual tem soma dos quadrados igual a 25k 2   5k  2 .
x vezes 34
2
k  x vezes 5
Vamos ver a partir de qual número esta configuração cobre os inteiros:
2k 2  k 2  2k  1 � k < 1 ޺ 2 e k < 1 2 k 3.
Provamos que a partir de n = 9 construímos um número chapa de tamanho n.
Faltam os casos:
n = 1 : 1 é chapa
n = 2 : 34 é chapa
n = 3 : 221 é chapa
n = 4 : 5555 é chapa
n = 5 : 34555 é chapa
n = 6 : 343455 é chapa
n = 7 : 3434345 é chapa
n = 8 : 34343434 é chapa
n = 9 : 555555555 é chapa
2
n �10 : utilize o algaritmo acima. (só fazer k� �
�n �
e
2 2
x  n� � � � obedecendo as condições do número construído).
� n �< � n �,

PROBLEMA 2: SOLUÇÃO DE ALEXANDRE PEROZIM DE FAVERI (SÃO PAULO – SP)


Inicialmente, m = 1889 não é possível, pois dando a 32 dos amigos, 61 figurinhas
diferentes para cada, e 59 figurinhas (diferentes das distribuídas anteriormente) a
um dos amigos, cada figurinha é possuída por exatamente um amigo. Assim, há
uma distribuição completa. Veja que ela é possível, pois, analisando primeiro o
amigo com 59 figurinhas, ele não possui 1957 figurinhas, 61 das quais cada amigo
possui. Assim, comparando-o com cada amigo, eles não possuem 1891 figurinhas
em comum. Além disso, comparando cada amigo que possui 61 figurinhas com
outro que possui a mesma quantidade, pelo mesmo argumento, como para qualquer
par de amigos essas figurinhas são todas diferentes, eles não possuem
2011   61  61  1889. Assim, existe uma distribuição completa (não

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incompleta) com m = 1889.


É evidente que se m < 1889 , também existirão distribuições completas, pois cada
amigo terá a mesma quantidade ou mais figurinhas, no caso de uma distribuição
como exemplificamos (e ela já é completa). Assim, m  1889.
Agora provaremos que o mínimo é m  1890.
Primeiro, escolha um amigo ao acaso e dê-lhe x figurinhas. Considere dois outros
amigos. Agora, denote por y e z o número de figurinhas exclusivas diferentes que
esses amigos têm. Observe que x  y �121, caso contrário,
2011   x  y  < 1890, e não se cumpre m  1890. Assim, analogamente,
x  z �121 e y  z �121.
363
Somando 2  x  y  z  �363 � x  y  z � � x  y  z �181, pois a soma
2
é inteira. Assim, dados quaisquer 3 amigos, eles têm no máximo 181 figurinhas
181  1991 figurinhas diferentes.
diferentes, o que nos dá, para os 33 amigos, 11 �
Como 1991 < 2011, há figurinhas que ninguém possui, e toda distribuição é
incompleta. Assim, a resposta é: m = 1890.

PROBLEMA 3: SOLUÇÃO DA BANCA


Vamos provar que existe um triângulo Pj Pj 1 Pj  2 com área maior ou igual a
5 5
a . Suponha, por absurdo, que as áreas de todos os triângulos Pj Pj 1 Pj  2
10
são todas menores de que a .

Seja Q a interseção entre P1 P4 e P3 P5 .


Note que área 1 2 Q �max  área P1 P2 P5 , área PP
PP 1 2 P3  < a e, portanto,
1 4 P5  área P2 P3 P4  1  2a . Assim,
área P1 P2 P4  1  área PP

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PQ área P1 P2Q a
1
 <
P1 P4 área P1 P2 P4 1  2a

PQ área P1 P3 P5
Mas também é verdade que
1
 . Como área P3 P4 P5 < a e
P4Q área P3 P4 P5
(analogamente a P1 P2 P4 ) área P1 P3 P5  1  2a ,
PQ 1  2a PQ 1  2a
1
 � 1  .
P4Q a P1P4 1  a
Logo
1  2a PQ a 5 5 5 5
< 1 < � 5a 2  5a  1 < 0 � <a < ,
1a P1 P4 1  2a 10 10
absurdo.

Analogamente o outro lado da desigualdade pode ser provado, bastando inverter as


desigualdades.

PROBLEMA 4: SOLUÇÃO DE TADEU PIRES DE MATOS BELFORT NETO (FORTALEZA –


CE)
Sim, basta ver a seguinte sequência:
b1 , b1  b2 , b1  b2  b3 ..., b1  b2  b3  ...  b2011 ,
onde b1  mmc  b2  b3  ...  b2011 , b2  b3  ...  b2010 ,..., b2  b3 , b2 
b2  mmc  b3  b4  ...  b2011 , b3  ...  b2010 ..., b3  b4 , b3 
b3  mmc  b4  b5  ...  b2011 , b4  ...  b2010 ..., b4  b5 , b4 
b4  mmc  b5  ...  b2011 , b5  ...  b2010 ,..., b5  b6 , b5 
b2010  b2011k , k �1, k ��* ,
e b2011 , um inteiro positivo qualquer. Agora vejamos que essa sequência é
estritamente crescente, pois sempre estamos somando novos inteiros positivos. E
que: a j  ai  b1  b2  ...  b j   b1  b2  ...  bi   bi 1  bi  2  ...  b j . Mas como
pela construção da sequência bi 1  bi  2  ...  b j bi e bi bi 1 bi  2 ... b1 ; pois cada bi
é múltiplo do bi 1. Assim
bi 1  bi  2  ...  b j b1  b2  ...  bi  ai e

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bi 1  bi  2  ...  b j b1  b2  ...  bi   bi 1  ...  b j   a j



a j  ai ai � a j  ai ai   a j  ai   a j � a j  ai mdc  ai , a j  .

  
Mas mdc ai , a j ai e mdc ai , a j a j � 
mdc  ai , a j  a j  ai � a j  ai  mdc  ai , a j  . Logo tal sequência existe.

PROBLEMA 5: SOLUÇÃO DE KAYO DE FRANÇA GURGEL (FORTALEZA – CE)


Note que o círculo circunscrito ao DADE também passa por H porque
�  ADH
AEH �  180�o que torna o quadrilátero AEHD inscritível.

Note que
� � � �
�F BA �FCA porque ambos "olham" para o arco FA no círculo C1 (ângulos inscritos)

� �F DA
�F EA � porque ambos "olham" para o arco FA
� no círculo C (ângulos inscritos)
2

Com isso, DFEB : DFDC (dois ângulos comuns: a e  180  b  ) e


FB BE

FC DC
� � �
�BEH �F DH  90�
Veja também que DBEH : DCDH pois � � �  O.P.V 
, então
�E H B �DHC

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BE BH

DC HC
� , o teorema da bissetriz interna
Sendo HP a bissetriz interna do ângulo BHC
garante que
BH BP

HC PC
FB BP
Essas três igualdades mostram que  , e isso nos diz que FP é a bissetriz
FC PC
interna do ângulo BFC� , conforme a recíproca do teorema da bissetriz interna no
DBFC . Desse modo fica provado que as duas bissetrizes se encontram em um
ponto comum P sobre BC .

PROBLEMA 6: SOLUÇÃO DA BANCA


No que se segue, tomaremos os índices mod 2011, ou seja, xi  2011  xi para todo i
inteiro.
Lema 1. No caso em que a expressão dada é máxima, não existe i tal que
xi 1 , xi , xi 1 são todos não nulos.

Suponha, por absurdo, que a expressão assume seu valor máximo e que exista xi
tal que xi 1 , xi , xi 1 são todos não nulos (ou, o que é o mesmo, xi 1 xi xi 1  0 ).
Defina os conjuntos A  xi xi  0    
e B  xi xi 1 xi xi 1  0 . Então B �A e
B �0. Seja xk o menor elemento de B e considere xk 1 e xk 1. Temos os seguintes
casos:
 xk < xk 1 e xk < xk 1. Nesse caso, sejam

�0, se xi  0 ou i  k
xi'  � xk
�xi  A 1 , se xi  0 e i �k
Essencialmente, zeramos xk e distribuímos o seu valor uniformemente entre os
demais termos não nulos. Então xi  xi 1 não muda se xi , xi 1 �A e
k � i, i  1 , ou xi , xi 1 �A; aumenta de xi  xi 1  max  xi , xi 1 para
max  xi , xi 1  xk
A 1 se xi �A ou xi 1 �A, nas não ambos; aumenta de

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xk
xk �1  xk  xk �1  xk para xk �1  se k � i, i  1 .
A 1
xk 1 < xk < xk 1. Isso significa que xk 1 �B, e sendo xk �B, xk 1  0, ou

seja, xk 1 �A \ B, ou seja, xk  2  0. Nesse caso, trocamos  xk 1 , xk  por

x '
k 1

, xk'   xk 1  xk , 0  . Nesse caso, xi  xi 1 não muda para
i � k  2, k  1, k  ; para i  k 2 aumenta de xk  2  xk 1  xk 1 para
xk  2  xk' 1  xk 1  xk ; para i  k  1 aumenta de xk 1  xk  xk  xk 1 para
x 'k 1  xk'  xk 1  xk ; para i  k aumenta de xk  xk 1  xk 1  xk para
xk'  xk 1  xk 1.
xk 1  xk  xk 1. Análogo ao anterior.

 xk  xk 1 e xk  xk 1. Isso quer dizer que xk 1 , xk 1 �A \ B, ou seja,
xk  2  xk  2  0. Nesse caso, troque  xk 1 , xk , xk 1  por
x '
k 1 , xk' , xk' 1    xk 1  xk 2, 0, xk 1  xk 2  . Todas as diferenças xi  xi 1 não
mudam exceto para i � k  2, k  1, k , k  1 . O que muda no produto final é
 xk 2  xk 1   xk 1  xk   xk  xk 1   xk 1  xk 2   xk 1  xk  xk 1   xk  xk 1  xk 1
que muda para
x k 2  xk' 1   xk' 1  xk'   xk'  xk' 1   xk' 1  xk 2    xk 1  x2 2 
2
 xk 1  xk 2 
2
.
Mas
 xk 1  xk 2   xk 1  xk 2    xk 1  xk 1  xk   xk2 / 4   xk 1  xk 1  xk   xk2 4 
2 2

 xk 1  xk  xk 1   xk  xk 1  x k 1
 xk 1  xk  xk 1   xk  xk 1  x k 1.

Como todos os casos estão cobertos, e em todos eles obtivemos um produto maior
ou igual ao original, o lema está provado.
Agora só temos grupos de uma ou duas variáveis consecutivas não nulas. Se temos
um grupo  0, xk , 0  , obtemos o produto  xk 1  xk   xk  xk 1   xk2 ; se temos
um grupo  0, xk , xk 1 ,0  , obtemos

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Sociedade Brasileira de Matemática

 xk 1  xk   xk  xk 1   xk 1  xk  2   xk xk 1 xk 1  xk . Note que os grupos agora


podem ser permutados, de modo que podemos deixar todos os grupos com duas
variáveis vizinhas. Com isso, temos agora o seguinte lema:

Lema 2: No caso em que a expressão dada é máxima há exatamente um grupo de


duas variáveis não nulas.

Suponha, por absurdo, que há pelo menos dois grupos de variáveis não nulas
 0, a, b, 0  e  0, a, b, 0  . Pela observação acima, podemos supor sem perda de
generalidade que os grupos são consecutivos, ou seja, são, na ordem,

 0, a, b, 0, c, d , 0  . Troque essas variáveis por 0, a  b 2,0,  b  c  2, 0, d  c 2,0 . 
Trocamos o produto abcd  a  b   c  d  por  a  b 2   b  c  2  d  c 2
2 2 2
.
Mas já vimos que  a  b 2   a a  b ,  d  c   d c  d e, pela desigualdade
2 2

  b  c  2
2
das médias, �bc. Multiplicando tudo, prova-se que obtivemos um
produto maior com a troca, o que prova o lema.
Com isso, podemos supor, sem perda de generalidade, que as variáveis não nulas
são as de índice ímpar, ou seja, x1 , x3 ,..., x2011 . Nesse caso, obtemos o produto
x1 x2011 x1  x2011 x32 x52 ...x2009
2
, e podemos otimizar localmente.
Primeiro, seja x1  x2011  s e suponha, sem perda de generalidade, x1  x2011.
Sejam a , b reais positivos a serem determinados. Então, pela desigualdade das
médias,
1
x1 x2011  x1  x2011    a x1   b x2011   x1  x2011 
ab
a x  b x2011   x1  x2011  �
3
1 �
� � 1 �
ab � 3 �
1 � a  1 x1   b  1 x2011 �
3

 � �
ab � 3 �
a
Para que tudo dê certo, escolhamos e b tais que
 Obtenhamos s no final, ou seja, a  1  b  1 � b  a  2;
 A igualdade possa ocorrer, ou seja,

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Sociedade Brasileira de Matemática

a x1  b x2011  x1  x2011 � x2011   1  a  x1 e x1   b  1 x2011 , ou seja,


1   1  a   b  1 � ab  a  b  2.
Assim, a e b são as raízes da equação t 2  2t  2  0. Assim a  3  1 e
b  1  3, e
3
1 � a  1 x1   b  1 x2011 � 1 � 3  x1  x2011 
3
� 3 3
x1 x2011  x1  x2011  � � � � � s
ab � 3 � 2�� 3 � 18

Agora, vamos otimizar o resto, que é simples. Sendo
2011
x3  x5  ...  x2009   s, temos
2
2008 2008
�x  x  ...  x2009 � 2 s�
�2011
x32 x52 ...x2009
2
�� 3 5 �  �1004 �
� 1004 � � �
Com isso, podemos terminar o problema. Seja g real positivo a ser escolhido.
Então a nossa expressão é
2008 2008
3 2 s�
�2011 3 3� s�
2011

3 
x1 x2011 x1  x2011 x32 x52 ...x2009
2
� s3 �
� �  g s  �2 �
18 �1004 � 18g �1004 �
2011
3 �3g s  2008 �1004 �
2
s 2011

� 3� �
18g �
� 2011 �

3 �2011   3g  2  s �
2011

� 3� �
18g � 2011 �
Escolhemos g  2 3, e enfim temos
3 3
x1 x2011 x1  x2011 x32 x52 ...x2009
2
� .
16

Observações:

 É claro que essa parte final poderia ter sido feita com cálculo, mas evitei
fazê-lo para manter a solução elementar.

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53
Sociedade Brasileira de Matemática

 A igualdade pode ocorrer. Basta refazer as contas: obtemos


x3  x5  ...  x2009  1, x1  3 3
4
e x2011  34 3 .

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Problemas e soluções da Primeira Fase – Nível Universitário

EUREKA! N°36, 2012


54
Sociedade Brasileira de Matemática

PROBLEMA 1
Calcule o valor de
min  m, n
��
m �0 n �0 3m  n
.

PROBLEMA 2
Encontre o volume da região definida por
x 2  y 2 �1, 0 �z �2   x 4  6 x 2 y 2  y 4 
2011
.

PROBLEMA 3
Zé Roberto precisa sortear alguns números primos para elaborar uma questão de
teoria dos números para a Olimpíada de Matemática. Ele resolve jogar um dado
comum e ir somando os pontos até alcançar um primo. Ele pede para o seu filho
mais velho Umberto ir anotando as respostas.
Da primeira vez que ele joga o dado sai o número 2. Umberto anota que o primeiro
primo será p1  2.
No segundo lanamento sai 1. Como 1 não é primo, Zé Roberto volta a lançar o
dado e desta vez sai 4. Umberto anota que o segundo primo será p2  5.
Zé Roberto lança o dado novamente e obtém 6. Neste momento seu segundo filho
Doisberto, que assistia ao sorteio, declara: “Tenho a intuição de que o próximo
primo será p3  11.". Zé Roberto fica um pouco surpreso mas decide continuar a
lançar o dado normalmente. Qual a probabilidade de que o palpite de Doisberto
venha a se confirmar?

PROBLEMA 4
Para n natural, seja f(n) o número de pares ordenados (x, y) com x, y inteiros tais
que
3 x 2  2 xy  3 y 2  n.
Calcule o valor médio de f(n), ou seja, calcule

f  0   f  1  f  2   ...  f  n  1
lim .
n �� n
PROBLEMA 5
A função f : [ 0, � � � é contínua em [ 0, � , derivável em  0, � e
satisfaz
f  x  1  cos  f  x  

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55
Sociedade Brasileira de Matemática

para todo x �[ 0, � . Sabemos que f  0   0 e f ´ 2   1. Mostre que existe


um único número real d tal que o limite abaixo exista e pertença a  0, � :
f  x
a  lim .
x] 0 xd
Determine os valores de d e de a.

PROBLEMA 6
Seja X uma matriz real quadrada n �n. Suponha que existe um inteiro positivo m
 
m
com X 2  I  0.
(a) Mostre que n �2011.
(b) Se n = 2010, é possível concluir que X 2  I  0?

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 1
Para n �0 fixo, seja
min  m, n m n m n
Sn  �  � m � m  � m  (*)
m �0 3 m
0 �m < n 3 m �n 3 0�m <n 3 3n 1
2�
Assim,
m n m 1 n
3S n  �3
0 �m < n
m 1

2�
3n 2
 � m 
0 �m < n 1 3 3n  2
2�
(**)

Substraindo (*) de (**), obtemos


1 n n 1 n 1
2Sn  �3
0 �m < n 1
m

2�
3n 2
 n 1 
3 2�
3n 1
 � m.
0 �m �n 1 3
Somando a PG, obtemos
3 � 1 �
Sn  �1
� .

4 � 3n �
Assim,
min  m, n S
��
m �0 n �0 3 mn
 � nn
n �0 3

1� 1 1 �
 � �
4 �n�1 3 n 1
 � 2 n 1 �
n�13 �

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56
Sociedade Brasileira de Matemática

1 �3 3 �
 � �
4 �2 8 �
9
 .
32

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 2
Em primeiro lugar, notemos que
x4  6x2 y2  y4   x2  y 2   8x2 y 2
2

que, em coordenadas polares, é


r 4  8  r cos q   r sin q   r 4  1  8cos 2 q sin 2 q   r 4  1  2sin 2 2q   r 4 cos 4q
2 2

Assim, em coordenadas cilíndricas, a região fica definida por


0 �z �2   r 4 cos 4q 
2011
0 �r �1,

 
2011
Onde vale a pena notar que, como r �1, tem-se 2  r 4 cos 4q �2  1  1, isto
é, a tampa superior do tronco de cilindro não toca a base z = 0.
Para encontrar o volume, basta colocar tudo em coordenadas cilíndricas
r 1
�2 r 8046 �
 2r 4q  rdrdq  ��
2p 1 2p
V  �� 8044
cos 2011
r  cos 2011 4q � dq
0 0 0
� 8046 �
r 0

2p � cos
2011
4q � 8p
 �� 1 �dq  2p  C �� cos 2011 u du
0
� 8046 � 0

Mas, fazendo a substituição w  sin u


1w2 
8p 0 1005
�cos
2011
u du  � dw  0.
0 0
Portanto, o volume pedido é 2p .

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 3
Para que o palpite de Doisberto venha a se confirmar, o próximo resultado do dado
não pode ser 1, senão a soma até aí seria 1 + 6 = 7, que é um primo menor que 11.
Doisberto estará certo se o próximo resultado do dado após o 6 inicial for maior
que 1 e alguma sequencia de resultados do dado após o 6 inicial tiver a soma igual
a 5 (pois 11 = 6 + 5). As sequências de resultados com essa propriedade são: (5),

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57
Sociedade Brasileira de Matemática

(4, 1), (3, 2), (3, 1, 1), (2, 3) (2, 2, 1), (2, 1, 2) e (2, 1, 1, 1). A probabilidade de que
o palpite de Doisberto venha a se confirmar é, portanto igual à probabilidade de
que, após o 6 inicial, saia uma dessas sequências de resultados, a qual é

1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 3 1 343
 2 2 3 2 3 3 4      .
6 6 6 6 6 6 6 6 6 36 216 1296 1296

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 4
Aplicando uma rotação de 45º à curva determinada pela equação acima, obtemos

2 2
�x  y � �x  y � �x  y � �x  y �
3� � 2 � �� � 3 � � n
� 2 � � 2 � � 2 � � 2 �
x2 y2
�   1.
   
2 2
n2 n4
Ou seja, a curva é uma elipse com semi-eixos n 2 e n 4 e área
n n np
An  p  .
2 4 2 2
Por outro lado, f  0   f  1  f  2   ...  f  n  1 é igual ao número de pontos
 x, y  com coordenadas inteiras tais que 3 x 2  2 xy  3 y 2 �n  1, ou seja, igual ao
número de pontos inteiros no interior da elipse de equação 3 x 2  2 xy  3 y 2  n,
que é essencialmente a área An desta elipse.
Mais precisamente, para cada ponto inteiro (x, y) no interior da elipse de equação
3 x 2  2 xy  3 y 2  n, considere o quadrado de vértices (x, y), (x + 1, y), (x, y + 1),
(x + 1, y + 1). Afirmamos que este quadrado está contido na elipse
3 x 2  2 xy  3 y 2  n  10 n . Como x , y � n , temos
3  x  1  2  x  1  y  1  3  y  1  3x 2  2 xy  3 y 2  4  x  y   4 �n  10 n
2 2

e analogamente para os demais vértices do quadrado. Assim,


f  0   f  1  f  2   ...  f  n  1 �An 10 n
Da mesma forma, prova-se que
f  0   f  1  f  2   ...  f  n  1 �An 10 n

Assim, pelo sanduíche, temos

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58
Sociedade Brasileira de Matemática

An 10 f  0   f  1  f  2   ...  f  n  1 A
lim n
�lim �lim n 10 n
n �� n n �� n n �� n
ou seja,
f  0   f  1  f  2   ...  f  n  1 p
lim  .
n �� n 2 2

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 5
Estritamente falando, o enunciado deste problema está incorreto: é possível que
exista d  0 tal que f  x  < 0 para todo x � 0, d  . O enunciado ficaria correto
com qualquer uma das seguintes alterações:
(a) Tomar f : [ 0, � � [ 0, � ;
f ( x)
(b) Considerar, no enunciado, a  lim .
x �0 xd
(c) Pedir que a ��\  0 .
Vamos resolver o problema com esta última variação no enunciado, talvez a que
menos altera o problema.
De f  x  1  cos f  x  , obtemos f  1  cos f  0   cos 0  1.
Derivando f  x  1  cos f  x  , obtemos
f ´ x  1  sen  f  x   �f ´ x  , "x  0.
Fazendo x = 1, obtemos 1  f ´ 2   sen  f  1  �f ´ 1  sen  1 �f ´ 1 , donde
1
f ´ 1   .
sen1
 1  r  h   h , onde lim
Assim, f  1  h   1  h �0 r  h   0.
sen1

Por outro lado, cos x  1 


 1  s  x   x 2 , onde lim x�0 s  x   0, e logo
2

f  1  h   cos f  h   1 
 
1 s  f  h  f  h
2

. Assim, para h  0, temos


2

1
 1 r  h  h
 f  1 h  1
 
1 s  f  h  f  h
2

, donde
sen1 2

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59
Sociedade Brasileira de Matemática

1
� 2  1  r  h   h �2
f  h  � �,

�1  s  f  h   sen1 �
� � 
E portanto
f  h
12
�2 �
lim � � ,
h] 0 h1 2 �sen1 �

Pois como f é contínua em 0, limh] 0 s  f  h    limh] 0 r  h   0. Assim f tem sinal


constante em um intervalo da forma  0, d  , d  0 pequeno. Assim

f  h
12
�2 �
lim  �� � .
h] 0 h1 2 �sen1 �
Se d < 1 2,
f  h
lim
h] 0 h d
� f (h ) �
�lim 1 2 �lim h1 2 d  0,
�h] 0 h �h] 0
 
e, se d  1 2,
f  h  � f ( h) �
lim
h] 0 h d
�lim 1 2 �lim h1 2 d  �
�h] 0 h �h] 0
 
Donde a não está definido.
Assim, temos necessariamente d  1 2 e a  � 2 sen1.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 6
(a) Se n = 2011, então o polinômio característico de X tem grau 2011, e
portanto deve ter uma raiz real. Em suma, X teria um autovetor real w associado a
um autovalor real l . Mas então:

X 2  I w  l2 1 w   
X  I  w   l 2  1 w  0.
2 m m

 
m
Como w não é nulo, devemos ter l 2  1  0, isto é, l 2  1  0, absurdo.

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60
Sociedade Brasileira de Matemática

(b ) Não. Em primeiro lugar, mostremos que existe uma matriz B4�4 que satisfaz

B  I   0 mas que não satisfaz B 2  I  0. Por exemplo:


2 2

�0 1 0 1 � �1 0 1 0 �
�1 0 0 0 � 2 �0 1 0 1 �
� �
B� �B  �  I  N
�0 0 0 1� �0 0 1 0 �
� � � �
�0 0 1 0� �0 0 0 1�
onde N é uma matriz não-nula, triangular superior e, portanto, nilpotente (aliás,
N 2  0 ). Assim
B 2  I  N �0 mas  B  I   N  0
2 2 2

Enfim, considere
B
� L �
� A L �
X � �
� A �
� �
� A�
0
� 1�
Onde há um bloco B4�4 e 1003 blocos A2�2  � (note que A2   I ; todas
1
� 0��
as entradas em branco são nulas). Então
�B2 L ��I  N L �
� �� �
� A2 L �� I L �
X 2  �M M O M M� � M M O M M�
� �� �
� L A2 �� L I �
� L 2� �
A �� L I �


donde
�N2 L �
� �
� 0 L �
X I
2
2
 �M M O M M� 0.
� �
� L 0 �
� L 0�
� �

EUREKA! N°36, 2012


61
Sociedade Brasileira de Matemática

   0 (e  X 2  I   0 para m = 2, 3, 4...).
2 m
Então X 2  I �0 mas X 2  I

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Problemas e soluções da Segunda Fase – Nível Universitário

PRIMEIRO DIA

PROBLEMA 1

EUREKA! N°36, 2012


62
Sociedade Brasileira de Matemática

Para cada t reta, seja Pt  x   x  12 x  t , e seja


3

  
D  t   max c �� Pt  c   0  min c �� Pt  c   0 
A diferença entre a maior raiz real e a menor raiz real de Pt  x  . Determine o
conjunto de valores que D  t  pode assumir quando t varia.

PROBLEMA 2
Considere um polígono regular de n lados inscrito em um círculo unitário.
Determine a soma das áreas de todos os triângulos cujos vértices são vértices do
polígono.

PROBLEMA 3
Para n inteiro positivo e A um subconjunto do conjunto �  n  dos inteiros módulo
n, definimos f  A   min t�� n A � A  t  , onde A  t   x  t , x �A ��  n  .


Definimos g  n   max f  A  ; A ��  n  , A  �
n 2�. 
(a) Prove que g  n  ��n 4 � 1, "n �1.
(b) Prove que g  n   �
n 4 � 1 para infinitos valores de n �1.

SEGUNDO DIA

PROBLEMA 4
Considere o polinômio
f  x   x3  x 2  4 x  1.
(a) Mostre que se r é raiz de f  x  , então r 2  r  3 também é uma raiz de
f  x .
(b) Sejam a , b e g as três raízes de f  x  , em alguma ordem. Determine
todos os possíveis valores de
a b g
  .
b g a

PROBLEMA 5
Se u1 ,..., uk �� , denote por C  u1 ,..., uk  o cone gerado por u1 ,..., uk :
3

EUREKA! N°36, 2012


63
Sociedade Brasileira de Matemática

C  u1 ,..., uk    a1u1  ...  ak uk ; a1 ,..., ak �[ 0, �  .


Sejam v1 , v2 , v3 , v4 pontos sorteados independentemente e uniformemente na esfera
unitária x 2  y 2  z 2  1.

Qual é a probabilidade de que C  v1 , v2 , v3 , v4   � ?


3
a)
b) Qual é a probabilidade de que cada um dos quatro vertores seja necessário
para gerar C  v1 , v2 , v3 , v4  , isto é, que C  v1 , v2 , v3  �C  v1 , v2 , v3 , v4  ,
C  v1 , v2 , v4  �C  v1 , v2 , v3 , v4  , C  v1 , v3 , v4  �C  v1 , v2 , v3 , v4  e
C  v2 , v3 , v4  �C  v1 , v2 , v3 , v4  ?

PROBLEMA 6
Seja  xn  n �0 uma sequência de números inteiros que satisfaz uma recorrência
linear de ordem k para um certo inteiro positivo k fixado, i.e., existem constantes

k
reais c1 , c2 ,..., ck tais que xn  k  cx
r 1 r n  k  r
, "n �0. Suponha que k é o menor
inteiro positivo com essa propriedade. Prove que c j ��, para todo j com
1 �j �k .

SOLUÇÕES DA SEGUNDA FASE

PROBLEMA 1: SOLUÇÃO DE LUCAS COLUCCI CAVALCANTE DE SOUZA (SÃO PAULO –


SP)
Vamos esboçar o gráfico de f  x   x  12 x.
3

EUREKA! N°36, 2012


64
Sociedade Brasileira de Matemática

Seja Pt  x   x  12 x  t. Como sua derivada tem raízes �


3
2, Pt só pode ter mais
de uma raiz real se houver raiz b tal que 2 �b �2 , pois em ] 2, �[ e
] �, 2[ a derivada  3x 2  12  é positiva.
Assim, vamos separar em casos: Pt é do terceiro grau, logo tem: ou três raízes
reais ou só uma raiz real.
i) Pt só possui uma raiz real: Nesse caso, do gráfico, t  16 ou t < 16,

que Pt é obtido transladando o gráfico de f t unidades para cima. Nesse caso,
D  t   0 (pois a única raiz real é max e min).
ii) Pt possui três raízes reais. (obrig. uma ] �, 2] , outra em [ 2, 2] e
outra
em [ 2, �[ sejam a1 , b , a 3 essas raízes (com a1 �b �a 3 . Na realidade não
podemos ter a1  b  a 3 , já que a derivada de Pt tem duas raízes simples). Das
relações de Girard,
a1  b  a 3  0
� �  b  a1  a 3  *

a1b  a 3 b  a1a 3  12


a1ba 3  t

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65
Sociedade Brasileira de Matemática

Pondo (*) na segunda equação do sistema obtemos


 b  a1a 3  12 � a1a 3  b  12.
2 2

Por fim, note que  a 3  a1    a 3  a1   4a 3a1  48  3b 2 , por (*) e (**).


2 2

Como b �[ 2, 2] , temos o gráfico de D  t  em função de b : Assim,


2

36 ۣ�Dۣ t  D��  t
2
48 6 4 3. Por fim temos que

Im D  t    0 ��
6, 4 3 �
� .

PROBLEMA 2: SOLUÇÃO DE GABRIEL LUÍS MELLO DALALIO (SÃO PAULO – SP)


O primeiro fato útil para o problema é que:

O segundo fato útil é que tomando A, B, C pontos de um polígono regular inscrito


em círculo unitário centrado na origem, se A, B, C estiverem no sentido anti-
horário, tem-se:

EUREKA! N°36, 2012


66
Sociedade Brasileira de Matemática

1
Área ABC  sen  q  B   q  A    sen  q  C   q  B    sen  q  A   q  C   �

2� �
onde q  P  é o ângulo que o ponto P forma com a origem e o eixo x medido no
sentido anti-horário (como no círculo trigonométrico)
Isso ocorre porque:

Se a origem estiver dentro de DABC

Se a origem estiver fora de DABC

Com isso, podemos calcular a área do triângulo com parcelas relativas aos lados.
Numerando os vértices do polígono regular como P0 , P1 ,..., Pn 1 no sentido anti-
horário, temos de contar quantas vezes cada lado aparece em algum triângulo
orientado no sentido anti-horário.
Um lado P0 Pk aparece em  n  k  1 triângulos orientados no sentido anti-horário
 P0 Pk Pk 1 , P0 Pk Pk  2 ..., P0 Pk Pn1  . Isso também vai ocorrer com mais n lados que
tem o mesmo tamanho que P0 Pk  P1 Pk 1 , P2 Pk  2 ... .

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67
Sociedade Brasileira de Matemática

A parcela de área de P0 Pk é dada por:


1 1 �2p �
sen  q  Pk   q  P0    sen � k �Com isso, já é possível desenvolver um
2 2 �n �
somatório que resulta na resposta:
n2
1 2p �
A  �n �  n  k  1 � sen �
� k�
k 1 2 �n �
eiq  e  iq
Agora iremos resolver o somatório utilizando senq  e soma de
2i
progressão geométrica.
2p
Para facilitar façamos a  .
n
n n2 n n 2 n k 1
A �  n  k  1 �
sen  a k   ��sen  a k 
2 k 1 2 k 1 j 1
Trocando a ordem das somatórias e substituindo sen  a k  tem-se:
n n  2 n  j 1 ika
A �� e  eika 
4i j 1 k 1
Com soma de progressão geométrica, tem-se:

A �
n n2 �
�  

 
eia ei  n  j 1 a  1 e ia e i n  j 1 a  1 �

4i j 1 � eia  1 e  ia  1 �
� �
Como eina e  ina
 1:
n n2 � e  ija  eia eija  e ia �
A  �� ia   ia
4i j 1 � e  1 e 1 � �
Utilizando mais uma vez progressão geométrica e soma de termo constante tem-se:

A
n �e 
� ia e i  n  2 a  1  
 n  2  eia

 
eia ei n  2 a  1

 n  2  e ia �

4i �

 e  1  e  1  e  1  e  1  e  1  e  1 �
ia  ia ia ia  ia  ia

A
n �e
�  i

 n 1 a
e  ia
 
 e i  n 1 a
eia

 ia
n  2  eia  n  2  e  ia �
 �
4i � 1  eia  e  ia  1 e 1 e ia  1 �
� �

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68
Sociedade Brasileira de Matemática

n� eia  e  ia  e  ia  eia   n  2    n  2  eia   n  2    n  2  e ia �


A � �
4i � 1  eia  e  ia  1 �
n� n  eia  e ia  �
A � �, Voltando para sen a :
4i �2  2 cos a �
� �
�2p �
n 2sen � �
n n� sena n sena 2
�n �  n cot �p �
2
A � A �A �� .
2  2  2 cos a  4  1  cos a  � �2p �
� 4 �n �
1  cos � �
4� �
� �n ��
PROBLEMA 3:
SOLUÇÃO ADAPTADA DA SOLUÇÃO DE RÉGIS PRADO BARBOSA (FORTALEZA – CE)
a) Dado A �� ( n) com A  m, digamos A   x1 , x2 ,..., xm  ,
1 se x j  i �A
Construímos uma matriz M n�m  mij   1��
i n dada por mij  �

1�j �m
�0 caso contrário
Como dado j �m, x j  i,1 �i �n percorre todo o � ( n) , temos

 1 �i �n x  i �A  m, "j �m, e, como x  n  x �A,


j j j

 1 �i �n  1 x  i �A  m  1, "j �m. Assim, o número de


j 1´s em M é
n 1
m  m  1 , e logo � 1 �j �m  1 x  i �A  m  m  1 , j donde existe
i 1

m  m  1 �

i �n  1 tal que A � i  Σ1
A ��  j m xj i 
A � . Para

� n 1 �
n �n �
 1� � m  m  1 � n
� n �m  m  1 2 �
�2 � n donde � ��� � 1. Assim,
m  �� , � < , � n 1 � �4 �
� 2 � n 1 n 1 4
g  n  �� n � 1.
�4�
b) Vamos mostrar que se n �3  mod 4  é primo então

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69
Sociedade Brasileira de Matemática

� n  1� n�

A  �x 2  mod n  ,1 �x � � é um conjunto com � elementos tal que
� 2 �2�

�n� �n�
f  A   � � 1, donde g  n   � � 1. Isso resolve o problema, pois existem
�4� �4�
infinitos primos n �3  mod 4  .
Dado t com 1 �t �n  1, estimemos o número de pares  x, x  k  , 1 �k �n  1,
x, x  k � �  n   \  0 tais que
x 2  2kx  k 2   x  k   x 2  t  mod n  .
2
Isso equivale a
2kx �t  k 2  mod n  , que tem uma única solução em �  n  , que é distinta de 0
desde que k �t  mod n  .
2

Note que se xk 0 em � n  , então x  k , e


޺ 2kx t k 2  mod n 

2k 2 � t k 2  mod n  , e se x0 em
�  n  , 0  2kx  t  k 2  mod n  , donde t �k 2  mod n  . Note que para um
mesmo t não podem existir 1 �r , k �n  1 com t �r 2  mod n  e
t �k 2  mod n  , senão, pelo pequeno teorema de Fermat teríamos, em
n 1 n 1 n 1 n 1
�  n  ,1  r n 1   r 2  2   k 2  2   1 2  k2 
� 2  k n 1  1, absurdo

n 1
(note que é ímpar, pois n �3  mod 4  ).
2
Agora, dados a, b � �  n   \  0 , existem no máximo 4 pares  x, x  k  com
x, x  k � �  n   \  0 tais que x 2  a e  x  k   b. Como dado t com
2

1 �t �n  1, existem no máximo dois valores de r com 1 �r �n  1 tais que


r 2 �t  mod n  , e no máximo dois valores de k com 1 �k �n  1 tais que
k 2 �t  mod n  , há pelo menos n3 pares  x, x  k  com
x, x  k � �  n   \  0 e  x  k   x 2  t. Portanto,
2

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70
Sociedade Brasileira de Matemática

� n 1 � n3
A � A  t   � u, v  1 �u, v � , u �v, v 2 �u 2  t  mod n  �� 
� 2 4
n�

 � � 1, "t � �  n   \  0 .
4�

PROBLEMA 4: SOLUÇÃO DE LEANDRO FARIAS MAIA (RIO DE JANEIRO – RJ)


a) É fácil perceber que 0 não é raiz do polinômio. Seja r uma raiz de f.
Queremos mostrar que p é raiz de f, onde p  r 2  r  3
Note que:
1
r 3  r 2  4r  1  0 � r  r 2  r   4r  1 � r 2  r  4 
r
Logo,
� 1�
p   r 2  r   3  �4  � 3 � p  1  (*)
1
� r� r
Temos,
� 3 3 1 �� 2 1 �� 4�
p3  p 2  4 p  1  �
1   2  3 � � 1   � �4  � 1 
� r r r � � r r2 � � r �
1 4 1 1  4r  r 2  r 3 0
 3  2  1   3  0.
r r r r3 r
Logo, provamos que p é raiz de f.

b) Vamos mostrar que p 2  p  3 é outra raiz de f, diferente de r e p. Temos:


i) p �r , pois caso p  r � r 2  r  3  r � r  � 3. Porém  3
nem
 3 são raízes de f.
ii) p 2  p  3 �p, pois caso p 2  p  3  p � p 2  3 � p  � 3 e, da
mesma forma, como p também é uma raiz, nem  3 nem  3 é raiz de f.
iii) p 2  p  3 �r. Esta parte é apenas mais trabalhosa.

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Sociedade Brasileira de Matemática

1
iv) Sabemos que p  1  , assim.
r
2
� 1� � 1� � 2 1 � � 1�
�� 1  � � 1  � 3  r � � 1   2 � � 1  � 3  r
������r r r r r
1 3
� 2   1  r  0 �  1  3r    r 2  r 3   0 �
r r
2
�  1  3r    4r  1  0 � 2  7r , porém, r  não é raiz de f.
7
Vamos agora achar os possíveis valores para a expressão do problema. Vamos
dividir em casos.
Caso 1: Se b  a 2  a  3
Perceba que b 2  b  3 �a  passo iii  e b 2  b  3 �b  passo 2  , assim
g  b 2  b  3. Do mesmo raciocínio, tiramos que a  g 2  g  3
�a  b  g  1

Relações de Girard �ab  ag  bg  4
�abg  1

a b g �g 2  g  3 � � a 2  a  3 � �b 2  b  3 �
Logo, T    � � � � � �
b g a � b �� g �� a �
1
Sabemos que se r é raiz, então: r  r  3  1  (de *),
2

r
Assim,
�1 1 � �1 1 � �1 1 � �1 1 1 � �1 1 1 �
T �  � �  � �  � �   � �   
�b bg � �g ag � � a ab � � a b g �� ab bg ag ��
�ab  ag  gb � �a  b  g �  4   1
� � � �   3.
� abg � � abg �  1  1

Caso 2: Se g  a 2  a  3
Do mesmo modo no caso 2, concluímos: g 2  g  3  b e b 2  b  3  a .
Portanto

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a b g �b 2  b  3 � �g 2 g  3 � � a 2 a  3 �
T   � �� 
�� �
b g a � b �� g �� a �
�1 1 1 � �ab  ag  gb �
  a  b  g   3  3 �   � 1  3  3 � �
�a b g� � abg �

 1  3  3 �
 4   1  3  12  10.
 1
Resposta: –10 e +3.

PROBLEMA 5: SOLUÇÃO DE RAFAEL TUPYNAMBÁ DUTRA (BELO HORIZONTE – MG)


Com 3 vetores, é impossível gerar �3 (através do cone). Ou seja,
C  v1 , v2 , v3  ��3 .
a2 a
Prova: se v1 �C  v1 , v2 , v3  , então  v1  a1v1  a2v2  a3v3 � v1  v2  3 v3
1  a1 1  a1
(ou seja, precisamos ter v1 �C  v2 , v3  ), Assim,  v1 , v2 , v3 são L.D. �
3
obviamente não geram � .
Usando o mesmo argumento, se 4 vetores geram �3 (através do cone), precisamos
a2 a a
ter v1  a1v1  a2 v2  a3v3  a4 v4 � v1  v2  3 v3  4 v4 . Ou
1  a1 1  a1 1  a1
seja, v1 �C  v2 , v3 , v4  é condição necessária � vi �C
j �i
vj    . Se tivermos

v1 �C  v2 , v3  , então  v1 , v2 , v3  serão L.D.. Mas precisamos ter


v4 �C  v1 , v2 , v3  . Mas isso implicaria que v4 está no plano gerado por
 v1 , v2 , v3 � os quatro vetores v1 , v2 , v3 , v4 estão no mesmo plano e, assim,
obviamente eles não geram �3 . Concluímos que não podemos ter
v1 �C  v2 , v3  . Ou analogamente, não podemos ter vi �C  v j , vk  .
Mas isso implica que v1  a2 v2  a3v3  a4 v4 com coeficientes a2 , a3 , a4 todos
não nulos � esses coeficientes a2 , a3 , a4 são todos positivos � temos
v1  a2v2  a3v3  a4v4  0. Assim, para termos C  v1 , v2 , v3 , v4   �3 , é
necessário que exista combinação linear de v1 , v2 , v3 , v4 , com todos os coeficientes
positivos que é igual a 0.

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73
Sociedade Brasileira de Matemática

4
Suponha que existem b1 , b 2 , b 3 , b 4 positivos tais que �b v
i 1
i i  0.
4 b

   . Temos i � v j .
j
A partir disso, é evidente que vi �C vj  v 
j �i b j �i i
j 1

Conjectura: Se os vetores v1 , v2 , v3 , v4 forem três a três L.I. (não há 3 coplanares) e


4
existem b1 , b 2 , b 3 , b 4 positivos tais que �b v i i  0, estão C  v1 , v2 , v3 , v4   �3 .
i 1
Note que a recíproca da conjectura já foi provada.
Prova da conjectura: Como  v1 , v2 , v3  são L.I., qualquer vetor v ��pode ser
escrito como a1v1  a 2v2  a 3v3 . Se algum dos a i for negativo, trocamos a i vi por
4 bj
 a i  �
� v j . Fazendo esse processo, obteremos v como combinação linear de
j 1 b i
j �i

v1 , v2 , v3 , v4 com coeficientes todos não negativos.


Sorteamos v1 na esfera S 2 . Depois sorteamos v2 . Temos probabilidade 1 de que
v2 � v1 , v1 .
Então, sorteamos v3 e v4 . Há probabilidade 1 de que não haverá três vetores
coplanares em  v1 , v2 , v3 , v4  . Então, vamos supor que esse é o caso. Sendo assim,
teremos C  v1 , v2 , v3 , v4   � se e só se existem b1 , b 2 , b3 , b 4 positivos tais que
3

�b v i i  0, o que acontece se e só se v4 �C  v1 , v2 , v3  .


i 1

Então, queremos calcular a probabilidade de  v4  �C  v1 , v2 , v3  . Isso depende


apenas do ângulo esférico (área sobre a esfera) do cone C  v1 , v2 , v3  .
A esfera S 2 fica dividida em 8 regiões, cada uma coberta por um cone da forma
C  �v1 , �v2 , �v3  .
Assim, é fácil ver que o valor esperado para o ângulo esférico W do cone
1 p
C  v1 , v2 , v3  é um oitavo do ângulo total E  W   �4p  .
8 2

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74
Sociedade Brasileira de Matemática

Sejam W0 , W1 , W 2 ,..., W7 os oito ângulos esféricos dos cones


C  v1 , v2 , v3  , C  v1 , v2 , v3  , C  v1 , v2 , v3  , C  v1 , v2 , v3  , C  v1  v2 , v3  ,...
7
Temos sempre �W
k 0
k  4p , pois as regiões da esfera delimitadas por esses

ângulos têm interseção de área nula e a união delas é toda a esfera (*). Mas, por
simetria, é obvio que os valores esperados de Wi , Wj são iguais. Assim,
7
p
�E  W   4p � 8 �E  W   4p � E  W   2 .
k 0
k 0 0

p
O valor esperado do ângulo esférico do cone C  v1 , v2 , v3  é .
2
Depois de sortear v1 , v2 , v3 , quando sorteamos v4 , a probabilidade de termos
W0
v4 �C  v1 , v2 , v3  é . Assim, a probabilidade procurada (de que
4p
�W � p 1
C  v1 , v2 , v3 , v4   �3 ) é E � 0 � 2  .
�4p � 4p 8
(*) Estamos supondo  v1 , v2 , v3  L.I . Todo v �S 2 é escrito como
a1v1  a 2v2  a 3v3 . Então, se a1a 2a 3 �0 (o que acontece quase certamente)
x
temos v �C  sign  a1  v1 , sign  a 2  v2 , sign  a 3  v3  , sendo sign  x   .
x
Assim, v está em exatamente 1 dos 8 cones.

b)Temos C  v1 , v2 , v3   C  v1 , v2 , v3 , v4  � v4 �C  v1 , v2 , v3  .
No item a), calculamos a probabilidade de termos  v4  �C  v1 , v2 , v3  e
1
obtivemos .
8
Suponha que v1 , v2 , v3 já foram escolhidos e eles são L.I. Novamente a esfera está
dividida em 8 regiões (“quadrantes”) gerados pelas cores C  �v1 , �v2 , �v3  .
Vamos analisar em quais desses quadrantes o vetor v4 pode ser colocado de forma
a satisfazer o enunciado.
Se v4 �C  v1 , v2 , v3  , então obviamente o enunciado não é satisfeito.

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Sociedade Brasileira de Matemática

Se v4 �C  v1 , v2 , v3  , então temos


a1 a 1
v4  a1v1  a2 v2  a3v3 � v3  v2  2 v2  v4 �C  v1 , v2 , v4  e o
a3 a3 a3
enunciado não é satisfeito.
Analogamente, se v4 �C  v1 , v2 , v3  , temos v2 �C  v1 , v3 , v4  e se
v4 �C  v1 , v2 , v3  , temos v1 �C  v2 , v3 , v4  .
Afirmo que, em qualquer outro caso o enunciado é satisfeito.
De fato, podemos supor que v1 , v2 , v3 , v4 são vetores três a três L.I. (não
coplanares), pois isso ocorre com probabilidade 1.
Se v4 �C  v2 , v2 , v3  , temos v4  a1v1  a2 v2  a3v3  0 para certos a1 , a2 , a3
positivos.
Então, escrevemos v1 como combinação linear (com coeficientes negativos) de
v2 , v3 , v4 . Mas essa escrita é única, pois  v2 , v3 , v4  é L.I.. Então v1 não pode ser
expresso como combinação linear de v2 , v3 , v4 com coeficientes positivos
� v1 �C  v2 , v3 , v4  . Com argumento análogo para v2 e v3 , concluímos que o
enunciado é satisfeito.
Já se v4 �C  v1 , v2 , v3  , temos v4  a1v1  a2 v2  a3v3  0, a1 , a2 , a3 �� .
*

1 a a 1 a a
Assim, v1   v4  2 v2  3 v3 , v2   v4  2 v2  3 v3 ,
a1 a1 a1 a2 a2 a2
1 a a
v3   v4  2 v2  3 v2 � essas combinações lineares não têm todos os
a3 a3 a3
coeficientes positivos. Logo, o enunciado é satisfeito.
Analogamente, os casos v4 �C  v1 , v2 , v3  e v4 �C  v1 , v2 , v3  também
satisfazem o enunciado.
Então 4 dos 8 quadrantes possíveis para v4 satisfazem e os outros 4 não
satisfazem.
E mais. Por simetria, o ângulo esférico de dois quadrantes opostos é igual.
Por exemplo, C  v2 , v2 , v3  e C  v2 , v2 , v3  têm mesmo âgulo esférico. E os
quadrantes que não satisfazem são sempre opostos aos quadrantes que satisfazem.

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76
Sociedade Brasileira de Matemática

Assim, a soma dos âgulos esféricos dos quadrantes que satisfazem é obviamente
1 2p 1
4p  2p e a probabilidade procurada é
�  .
2 4p 2

PROBLEMA 6: SOLUÇÃO DA BANCA


Devemos supor que a sequência  xn  não é identicamente nula.
Notemos inicialmente que os vetores
 x0 , x1 ,..., xk 1  ,  x1 , x2 ,..., xk  ,...,  xk 1 , xk ,..., x2k 2  ��k são linearmente
independentes. De fato, se para algum inteiro r com 1 �r �k  1 tivéssemos
r
x j  r  �di x j  r i , para 0 �j �k  1, por indução em n �k teríamos
i 1
k k r r k r
xn  r  �cs xn  r  s  �cs �di xn  s  r i �di �cs xn  r i  s  �di xn r i , ou seja,
s 1 s 1 i 1 i 1 s 1 i 1
r
 xn  satisfaz uma recorrência linear de ordem r < k , xn  r  �d x i n  r i , "n �0,
i 1
absurdo.
Seja agora A : �k � �k a transformação linear dada por
� k

A  y1 , y2 ,..., yk   �y2 ,..., yk , �cs yk 1 s �. Se v j :  x j , x j 1 ,..., x j  k 1  , para
� s 1 �
j �0, temos A � v j  v j 1 , para todo j �0, donde Ar � v j  v j  r , "j , r �0.
Como vo , v1 ,..., vk 1 têm coordenadas inteiras e formam uma base de �k , e, para
todo r �1, A �
r
v0  vr , Ar �
v1  vr 1 ,..., Ar �
vk 1  vr  k 1 , a matriz de Ar na base
v0 , v1 ,..., vk 1 tem entradas racionais com denominadores uniformemente limitados
(independentemente de r).
Se a1 , a 2 ,..., a k são os autovalores de A, os autovalores de Ar são a1 , a 2 ,..., a k e,
r r r

pelo parágrafo anterior, o polinômio característico de Ar , que é


 x  a   x  a  ... x  a  ,
r
1
r
2
r
k tem coeficientes racionais com denominadores
uniformemente limitados (por um inteiro positivo independente de r), e portanto as
 r

funções simétricas s j : s j a1 , a 2 ,..., a k 
r r r
 � a ir1a ir2 ...a irj ,1 �j �k
1�i1 <i2 <...< i j �k

são racionais com denominadores uniformente limitados.

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77
Sociedade Brasileira de Matemática

Veremos agora, por indução em m + k, que qualquer polinômio simétrico de grau m


em a1 , a 2 ,..., a k com coeficientes inteiros pode ser escrito como um polinômio de
 r
coeficientes inteiros e grau menor ou igual a k nas funções simétricas s j , j , r �1
s s
  b
(de modo que em cada monômio do tipo c�(s ji i ) i temos
i 1
r
�b
i 1
i �k e
s

�b r j
i 1
i i i �n ) – mais especificamente, o polinômio se escreve como um

polinômio em s k  cujos coeficientes são polinômios de graus menores que k nos


1

s j r  ,1 �j �k  1, r �1. Em particular, no nosso caso, os polinômios simétricos


com coeficientes inteiros em a1 , a 2 ,..., a k terão valores racionais com
denominadores uniformemente limitados (independente do polinômio simétrico).
Para provar nossa afirmação, abusando de notação para supor agora que
a1 , a 2 ,..., a k são variáveis, se f  a1 ,..., a k  é o nosso polinômio,
f  a1 ,..., a k 1 , 0  é um polinômio simétrico em k  1 variáveis de grau �m, logo
pode ser escrito como um polinômio g de coeficientes inteiros e grau menor ou
igual a

k  1 nas funções simétricas s j
r
 a1 ,..., a k 1  . Subtraindo de
f  a1 ,..., a k  esse polinômio g nas funções simétricas s j r   s jr   a1 ,..., a k  ,
cujo grau nos a i é menor ou igual a m, obtemos um polinômio que se anula se
a k  0, e logo é múltiplo de a1a 2 ...a k .
Dividindo esse polinômio por a1a 2 ...a k , obtemos um polinômio de grau menor
que m, que, por hipótese de indução, se escreve como um polinômio em s k  cujos
1

 r
coeficientes são polinômios de graus menores que k nos s j ,1 �j �k  1, r �1.
Portanto, podemos escrever nosso polinômio f  a1 ,..., a k  como um polinômio
em s k  a1...a k cujos coeficientes são polinômios simétricos em a1 ,..., a k que
(1)

podem ser escritos como polinômios de coeficientes inteiros de graus menores ou


iguais a k  1 nas funções simétricas s j  a1 ,..., a k  , j , r �1, o que implica nossa
 r

afirmação, pois, para todo s �1 ,  a1a 2 ...a k   s k( s ) .


s

EUREKA! N°36, 2012


78
Sociedade Brasileira de Matemática

Aplicando esse resultado aos polinômios simétricos

 s    a ,...,a  
n
, j �k , n ��, e voltando a tomar a 1 ,..., a k como sendo os
1
j 1 k

autovalores de A, vamos que esses números têm valores racionais com


denominadores uniformemente limitados (independentemente de n), e logo, para
1 �j �k , c j  s j1  a1 ,..., a k  é um inteiro, c.q.d..

XXXIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Premiados

NÍVEL 1 (6º e 7º anos)

Nome Cidade – Estado Total Prêmio


Ouro
Pedro Henrique Sacramento de Oliveira Louveira – SP 297
Ouro
Rogerio Aristida Guimarães Junior Teresina – PI 267
Ouro
Mateus Siqueira Thimóteo Mogi das Cruzes – SP 266
Ouro
William Hideki Kondo São Paulo – SP 253
Ouro
Bruna Malvar Castello Branco Rio de Janeiro – RJ 251
Ouro
Nathan Bonetti Teodoro Curitiba – PR 248
Prata
Mariana Miwa Okuma Miyashiro São Paulo – SP 240
Prata
Lucas dos Anjos Dantas Teixeira São Paulo – SP 233
Prata
Maria Júlia Costa Medeiros Fortaleza – CE 232
Prata
Mateus Pereira Belo Horizonte – MG 232
Prata
Carolina Carvalho Silva Rio de Janeiro – RJ 231
Prata
Laura Mello D´Urso Vianna Rio de Janeiro – RJ 227
Prata
Henrique Gontijo Chiari Belo Horizonte – MG 222
Prata
Nicolas Wolaniuk do Amaral Carvalho Curitiba – PR 219
Prata
Lucas Diniz Gonçalves Villas Boas Salvador – BA 216
Bronze
Leonardo de Matos Fellippetti Mariano Curitiba – PR 213

EUREKA! N°36, 2012


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Sociedade Brasileira de Matemática

Bronze
Lúcia Verônica Copque Aguiar de Souza Rio de Janeiro – RJ 213
Bronze
Adriana Mayumi Shiguihara São Paulo – SP 212
Bronze
Daniel Akira Hasimoto Salto – SP 211
Bronze
Rodrigo Gonçalves Correa Rio de Janeiro – RJ 210
Bronze
César Ricardo Silva Filippi Jundiaí – SP 209
Bronze
Marina Maciel Ansanelli São Paulo – SP 209
Bronze
Henrique Bittencourt Netto Monteiro São Paulo – SP 207
Bronze
Julia Perdigão Saltiel Rio de Janeiro – RJ 207
Bronze
Jonathan Pereira Maria Ribeirão Pires – SP 202
Bronze
Lucas Tokio Kawahara São Paulo – SP 201
Bronze
Sandra Ayumi Nihama São Paulo – SP 201
Bronze
João Guilherme Madeira Araújo Sobral – CE 200
Bronze
Andrey Jhen Shan Chen Campinas – SP 199
Bronze
Bruno Brasil Meinhart Fortaleza – CE 199
Bronze
Daniel Quintão de Moraes Rio de Janeiro – RJ 198
Bronze
Diene Xie Curitiba – PR 198
Menção Honrosa
Felipe Reyel Feitosa Teresina – PI 196
Menção Honrosa
Henrique Corato Zanarella Amparo – SP 195
Menção Honrosa
Alícia Fortes Machado Teresina – PI 194
Menção Honrosa
André Yuji Hisatsuga São Paulo – SP 194
Menção Honrosa
Bernardo Puetter Schaeffer Rio de Janeiro – RJ 193
Menção Honrosa
Bruno Teixeira Gomes Fortaleza – CE 192
Menção Honrosa
Eduardo Reis Cavalcante de Farias Teresina – PI 191
Menção Honrosa
Bruno Vinicius da Silva Alves Curitiba – PR 190
Menção Honrosa
Adriano Henrique de C. A. e Silva Rio de Janeiro – RJ 184
Menção Honrosa
Fernando Seiji B. dos Santos São Paulo – SP 184
Menção Honrosa
Alba Clara Vasconcelos Leopoldo Feitosa Teresina – PI 183
Menção Honrosa
Bruno Kenzo Ozaki São Paulo – SP 182
Menção Honrosa
Eduardo Lennert Rammé Joinville – SC 181
Menção Honrosa
Iara Rohn Kombrink Davies Rio Claro – SP 179
Menção Honrosa
Victor Alves Benevides Fortaleza – CE 179
Menção Honrosa
Samuel Sena Galvão Brasília – DF 178
Menção Honrosa
Vitor Thomaz da Cruz São Paulo – SP 178
Menção Honrosa
Francisco Bruno Dias Ribeira da Silva Teresina – PI 177
Menção Honrosa
Bryan Diniz Borck Porto Alegre – RS 176
Menção Honrosa
Jonathan Aires Pinheiro Fortaleza – CE 176
Menção Honrosa
Nicolas Meira Sinott Lopes Salvador – BA 176
Menção Honrosa
Rafael Tchen Yin Hang Wei Rio de Janeiro – RJ 174
Menção Honrosa
João Alberto Moreira Serôdio Brasília – DF 173
Menção Honrosa
Loïc Dominguez Fortaleza – CE 173

EUREKA! N°36, 2012


80
Sociedade Brasileira de Matemática

Menção Honrosa
Vinícius Soares de Abreu Silva Rio de Janeiro – RJ 173
Menção Honrosa
Breno Maia Baptista Fortaleza – CE 172
Menção Honrosa
Luísa Höller Lee Curitiba – PR 172
Menção Honrosa
Brendon Diniz Borck Porto Alegre – RS 171
Menção Honrosa
Eduardo Emilio Costa Trunci Curitiba – PR 170
Menção Honrosa
Bernardo Gabriele Collaço Fortaleza – CE 168
Menção Honrosa
Lucas Hideki Takeuchi Okamura Suzano – SP 168
Menção Honrosa
Plinio Melo Guimarães Valério Belo Horizonte – MG 166
Menção Honrosa
Rodrigo Vieira Casanova Monteiro Rio de Janeiro – RJ 166
Menção Honrosa
Victor M.K. Tsuda São Paulo – SP 165
Menção Honrosa
Arthur Henrique Craveiro Costa Natal – RN 163
Menção Honrosa
Pedro Orii Antonácio São Paulo – SP 163
Menção Honrosa
Gabriel Moura Braúna Fortaleza – CE 162
Menção Honrosa
Victória Santos Duarte Ramos Rio de Janeiro – RJ 162
Menção Honrosa
Ítalo Rennan Lima Fortaleza – CE 161
Menção Honrosa
Amanda Barbosa Schirmbeck Brasília – DF 160
Menção Honrosa
Thiago Ferreira Teixeira Vinhedo – SP 160
Menção Honrosa
Gabriel Dante Cawamura Seppelfelt São Caetano do Sul – SP 159
Menção Honrosa
Lucas Siqueira Aragão Vitória – ES 159
Menção Honrosa
Milena Delarete Drummond Marques Belo Horizonte – MG 159
Menção Honrosa
Rodrigo Moutinho Faria Belém – PA 159
Menção Honrosa
Daniel Lopes de Castro Brasília – DF 158
Menção Honrosa
João Vitor Vaz Oliveira Recife – PE 158
Menção Honrosa
Matheus Bevilacqua Campinas – SP 158

Nível 2 (8º e 9º anos do Ensino Fundamental)

Prêmio
Nome Cidade - Estado Total
Ouro
Alessandro A.P. de Oliveira Pacanowski Rio de Janeiro – RJ 364
Ouro
Gabriel Fazoli Domingos Urupês – SP 357
Ouro
Daniel Santana Rocha Rio de Janeiro – RJ 337
Ouro
Vitor Dias Gomes Barrios Marin Presidente Prudente – SP 315
Ouro
Luíze Mello D´Urso Vianna Rio de Janeiro – RJ 307
Prata
Daniel Lima Braga Eusébio – CE 279
Prata
Fábio da Silva Soares Planaltina – DF 278
Prata
João Pedro Sedeu Godoi Rio de Janeiro – RJ 271
Prata
Murilo Corato Zanarella Amparo – SO 259
Prata
Bruno Eidi Nishimoto Sales – SP 252
Prata
Mariana Teatini Ribeiro Belo Horizonte – MG 246
Prata
Samuel Brasil de Albuquerque Fortaleza – CE 243

EUREKA! N°36, 2012


81
Sociedade Brasileira de Matemática

Prata
Lucas Mioranci S. J. do Rio Preto – SP 225
Prata
Mateus Bezrutchka Taboão da Serra – SP 223
Prata
Ana Karoline Borges Carneiro Fortaleza – CE 221
Prata
Ana Emília Hernandes Dib S. J. do Rio Preto – SP 217
Bronze
Pedro Henrique Alencar Costa Fortaleza – CE 211
Bronze
Pedro Augusto Brasileiro Lins Barbosa J. dos Guararapes – PE 207
Bronze
Gabriel Mayrink Verdun Rio de Janeiro – RJ 203
Bronze
Leonardo Santos Matiello Campo Grande – MS 201
Bronze
Matheus Cariús Castro Fortaleza – CE 198
Bronze
Lucca Morais de Arruda Siaudzionis Fortaleza – CE 195
Bronze
Luiz Cláudio Sampaio Ramos Rio de Janeiro – RJ 188
Bronze
Matheus Carioca Sampaio Fortaleza – CE 187
Bronze
José Wanderclesson Nobre Damasceno Filho Fortaleza – CE 181
Bronze
Suzane Eberhart Ribeiro da Silva Campo Grande – MS 179
Bronze
Estevão Waldow Piraquara – PR 178
Bronze
Erika Rizzo Aquino Goiânia – GO 177
Bronze
Pedro Jorge Luz Alves Cronemberger Teresina – PI 175
Bronze
Alexandre Mendonça Cardoso Salvador – BA 173
Bronze
Ricardo Ken Wang Tsuzuki São Paulo – SP 172
Menção Honrosa
Leonardo Alves Ramalho Curitiba – PR 170
Menção Honrosa
Ana Paula Lopes Schuch Porto Alegre – RS 168
Menção Honrosa
Flávia Nakazato Hokama São Paulo – SP 168
Menção Honrosa
Lucas Bastos Germano Fortaleza – CE 168
Menção Honrosa
Helena Veronique Rios São Carlos – SP 166
Menção Honrosa
Isabelle Ferreira de Oliveira Fortaleza – CE 164
Menção Honrosa
Rafael Wilton Barboza Coracini Rinópolis – SP 164
Menção Honrosa
Eduardo Serpa Caucaia – CE 161
Menção Honrosa
Giovana Sachett Maia Belém – PA 161
Menção Honrosa
Paulo Henrique Omena de Freitas São Paulo – SP 159
Menção Honrosa
Amanda Vidotto Cerqueira São Paulo – SP 158
Menção Honrosa
Bruno Cicone de Almeida S. J. dos Campos – SP 158
Menção Honrosa
Gabriel Picanço Costa Fortaleza – CE 156
Menção Honrosa
Guilherme Anitele Silva Presidente Prudente – SP 152
Menção Honrosa
Mateus Arraes Feitosa Borges Fortaleza – CE 152
Menção Honrosa
Rodrigo Zanette de Magalhães São Paulo – SP 152
Menção Honrosa
Luis Eduardo de Sousa Lima Fortaleza – CE 150
Menção Honrosa
Gabriel Vidigal de Paula Santos Rio de Janeiro – RJ 148
Menção Honrosa
Bruno Almeida Costa Fortaleza – CE 147
Menção Honrosa
João Baptista de Paula e Silva Belo Horizonte – MG 144
Menção Honrosa
Gabriel Ribeiro Barbosa Fortaleza – CE 143

EUREKA! N°36, 2012


82
Sociedade Brasileira de Matemática

Menção Honrosa
Kevin Eiji Inashita São Paulo – SP 142
Menção Honrosa
Dimas Macedo de Albuquerque Fortaleza – CE 140
Menção Honrosa
Mauricio Najjar da Silveira São Paulo – SP 139
Menção Honrosa
Juliano Petry Pesarico Laguna Carapã – MS 137
Menção Honrosa
Bruna Caroline Pimentel Gonçalves Fortaleza – CE 134
Menção Honrosa
Gustavo Torres da Silva São Paulo – SP 134
Menção Honrosa
Artur Corassa Martins Brasília – DF 132
Menção Honrosa
Italo Lesione de Paiva Rocha Fortaleza – CE 132
Menção Honrosa
Nathan Antonio de Azevedo Milagres Belo Horizonte – MG 131
Menção Honrosa
Juliana Amoedo Amoedo Plácido Salvador – BA 128
Menção Honrosa
Victória Moreira Reis Cogo Teresina – PI 128
Menção Honrosa
Leandro Alves Cordeiro Ribeirão Pires – SP 126
Menção Honrosa
Rômulo Gabriel Lima da Costa Fortaleza – CE 125
Menção Honrosa
Bruno Vasconcelos Silva Fortaleza – CE 121
Menção Honrosa
Alexandro Vítor Serafim de Carvalho Maceió – AL 120
Menção Honrosa
Cristhian Mafalda Leme – SP 120
Menção Honrosa
Douglas Matos Gomes São Paulo – SP 120
Menção Honrosa
Gabriel Diniz Vieira e Sousa Fortaleza – CE 118
Menção Honrosa
Enrico Pascucci Löffel S. B. do Campo – SP 116
Menção Honrosa
Ricardo Vidal Mota Peixoto Vassouras – RJ 116

Nível 3 (Ensino Médio)

Prêmio
Nome Cidade – Estado Total
Ouro
João Lucas Camelo Sá Fortaleza – CE 295
Ouro
Henrique Gasparini Fiuza do Nascimento Brasília – DF 286
Ouro
Rafael Kazuhiro Miyazaki São Paulo – SP 285
Ouro
André Macieira Braga Costa Belo Horizonte – MG 273
Ouro
Rodrigo Sanches Angelo São Paulo – SP 270
Ouro
Maria Clara Mendes Silva Pirajuba – MG 263
Prata
Victor de Oliveira Bitaraes Betim – MG 245
Prata
Tadeu Pires de Matos Belfort Neto Fortaleza – CE 245
Prata
Rafael Rodrigues Rocha de Melo Fortaleza – CE 237
Prata
Gustavo Haddad Francisco e Sampaio Braga S. J. dos Campos – SP 234
Prata
Daniel Eiti Nishida Kawai Itibaia – SP 234
Prata
Henrique Vieira G. Vaz São Paulo – SP 218
Prata
Carlos Henrique de Andrade Silva Fortaleza – CE 196
Prata
Victor Hugo Corrêa Rodrigues Rio de Janeiro – RJ 189
Prata
Franco Matheus de Alencar Severo Rio de Janeiro – RJ 184
Prata
Gabriel Ilharco Magalhães Rio de Janeiro – RJ 183

EUREKA! N°36, 2012


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Sociedade Brasileira de Matemática

Bronze
Lucas Lourenço Hernandes São Paulo – SP 177
Bronze
Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho Lins – SP 174
Bronze
Kayo de França Gurgel Fortaleza – CE 173
Bronze
Michel Rozenberg Zelazny São Paulo – SP 173
Bronze
Alexandre Perozim de Faveri Neves Paulista – SP 171
Bronze
Davi Coelho Amorim Fortaleza – CE 169
Bronze
Marcos Massayuki Kawakami São Paulo – SP 169
Bronze
Daniel dos Santos Bossle Porto Alegre – RS 167
Bronze
Gabriel Militão Vinhas Lopes Fortaleza – CE 167
Bronze
Mateus Henrique Ramos de Souza Pirapora – MG 162
Bronze
Victor Venturi Campinas – SP 157
Bronze
Ramon Silva de Lima São Paulo – SP 156
Bronze
Gabriel José Moreira da Costa Silva Maceió – AL 152
Bronze
Otávio Augusto de Oliveira Mendes Pilar do Sul – SP 152
Bronze
Marcelo Luiz Gonçalves Franca – SP 150
Menção Honrosa
Artur Dubeux Duarte Recife – PE 145
Menção Honrosa
Natan Lima Viana Fortaleza – CE 142
Menção Honrosa
Bruno Silva Mucciaccia Vitória – ES 141
Menção Honrosa
Juliana Lemes Arai S. J. dos Campos – SP 138
Menção Honrosa
Matheus Henrique Alves Moura Itapipoca – CE 138
Menção Honrosa
Felipe Sampaio Lima Fortaleza – CE 137
Menção Honrosa
Davi Sampaio de Alencar Fortaleza – CE 135
Menção Honrosa
Pedro Morais de Arruda Siaudzionis Fortaleza – CE 135
Menção Honrosa
Luiz Castelo Branco Cavalcante Fortaleza – CE 134
Menção Honrosa
Glauber de Lima Guarinello São Paulo – SP 134
Menção Honrosa
Victor Oliveira Reis Recife – PE 133
Menção Honrosa
José Ney Alves Feitosa Neto Fortaleza – CE 132
Menção Honrosa
Andre Bandeira Pinheiro Fortaleza – CE 131
Menção Honrosa
Fernando Lima Saraiva Filho Eusébio – CE 130
Menção Honrosa
Rafael Tedeschi Eugênio Pontes Barone Araçatuba – SP 130
Menção Honrosa
Vinícius Canto Costa Rio de Janeiro – RJ 130
Menção Honrosa
Lincoln de Queiroz Vieira Fortaleza – CE 128
Menção Honrosa
Thiago Poeiras Silva Belo Horizonte – MG 128
Menção Honrosa
André Amaral de Souza Diadema – SP 124
Menção Honrosa
Carlos Alexandre Silva dos Santos Fortaleza – CE 124
Menção Honrosa
Felipe Viana Sousa Fortaleza – CE 124
Menção Honrosa
Liara Guinsberg São Paulo – SP 122
Menção Honrosa
Otavio Araújo de Aguiar Fortaleza – CE 121
Menção Honrosa
Rodolfo Rodrigues da Costa Fortaleza – CE 121
Menção Honrosa
Caíque Porto Lira Fortaleza – CE 117

EUREKA! N°36, 2012


84
Sociedade Brasileira de Matemática

Menção Honrosa
Kelvin Azevedo Santos S. J. dos Campos – SP 117
Menção Honrosa
Eric Tada de Souza São Paulo – SP 116
Menção Honrosa
Marcelo Cargnelutti Rossato Santa Maria – RS 115
Menção Honrosa
Marina Pessoa Mota Fortaleza – CE 115

Nível Universitário

Prêmio
Nome Cidade – Estado Total
Ouro
Renan Henrique Finder Rio de Janeiro – RJ 278
Ouro
Rafael Tupynambá Dutra Belo Horizonte – MG 271
Ouro
Régis Prado Barbosa Fortaleza – CE 269
Ouro
Guilherme Rodrigues Nogueira de Souza São Paulo – SP 252
Ouro
Davi Lopes Alves de Medeiros Fortaleza – CE 231
Prata
Gabriel Luis Mello Dalalio S. J. dos Campos – SP 207
Prata
Felipe Gonçalves Assis Campina Grande – PB 205
Prata
Darcy Gabriel Augusto de Camargo Cunha Campinas – SP 202
Prata
Hugo Fonseca Araújo Rio de Janeiro – RJ 202
Prata
Matheus Secco Torres da Silva Rio de Janeiro – RJ 192
Prata
Erik Fernando de Amorim Araraquara – SP 180
Prata
Lucas Colucci Cavalcante de Souza São Paulo – SP 175
Bronze
José Leandro Pinheiro Fortaleza – CE 165
Bronze
Reinan Ribeiro Souza Santos Lagarto – SE 162
Bronze
Daniel de Barros Soares São Gonçalo – RJ 158
Bronze
Rafael Endlich Pimentel Vitória – ES 157
Bronze
Carlos Henrique Melo Souza Ap. de Goiânia – GO 156
Bronze
Ivan Guilhon Mitoso Rocha Fortaleza – CE 155
Bronze
Thiago Ribeiro Ramos Varginha – MG 153
Bronze
Lucas de Freitas Smaira Guaxupé – MG 151
Bronze
Paulo Sérgio de Castro Moreira S. J. dos Campos – SP 149
Bronze
Alexandre Azevedo César Rio de Janeiro – RJ 148
Bronze
Ricardo Turolla Bortolotti Rio de Janeiro – RJ 147
Bronze
Robério Soares Nunes Ribeirão Preto – SP 145
Bronze
Marcelo Matheus Gauy S. J. do Rio Preto – SP 144
Bronze
Charles Barbosa de Macedo Brito Natal – RN 143
Menção Honrosa
Renato Dias Costa Rio de Janeiro – RJ 139
Menção Honrosa
Felipe Vincent Yannik Romero Pereira Brasília – DF 139
Menção Honrosa
Rafael Alves da Ponte Fortaleza – CE 136

EUREKA! N°36, 2012


85
Sociedade Brasileira de Matemática

Menção Honrosa
Carlos Coelho Lechner Rio de Janeiro – RJ 135
Menção Honrosa
João Fernando Doriguello Diniz Santo André – SP 134
Menção Honrosa
Luiz Filipe Martins Ramos Niterói – RJ 134
Menção Honrosa
Guilherme de Sena Brandine Fortaleza – CE 133
Menção Honrosa
Bruno de Nadai Sarnaglia Vila Velha – ES 132
Menção Honrosa
Iuri Rezende Souza Mineiros – GO 132
Menção Honrosa
Pedro Veras Bezerra da Silva Rio de Janeiro – RJ 131
Menção Honrosa
Douglas Machado dos Santos Eldorado do Sul – RS 130
Menção Honrosa
Leandro Farias Maia Rio de Janeiro – RJ 128
Menção Honrosa
Willy George do Amaral Petrenko Rio de Janeiro – RJ 127
Menção Honrosa
Cassio Henrique Vieira Morais Belo Horizonte – MG 124
Menção Honrosa
Michel Faleiros Martins Campinas – SP 124
Menção Honrosa
José Armando Barbosa Filho Fortaleza – CE 123
Menção Honrosa
Alysson Espíndola de Sá Silveira Fortaleza – CE 115
Menção Honrosa
Fernando Nascimento Coelho Fortaleza – CE 114
Menção Honrosa
Gabriel Caser Brito Rio de Janeiro – RJ 113
Menção Honrosa
Fernando Fonseca Andrade Oliveira Belo Horizonte – MG 113
Menção Honrosa
Breno Vieira de Aguiar Fortaleza – CE 110
Menção Honrosa
Thales Graça Athanásio São Paulo – SP 108
Menção Honrosa
Tiago Fonseca São Carlos – SP 107
Menção Honrosa
Gabriel Queiroz de Brito Melo Recife – PE 107
Menção Honrosa
Rafael Pereira de Paula de Lucas Simon Recife – PE 105

EUREKA! N°36, 2012


86
Sociedade Brasileira de Matemática

COORDENADORES REGIONAIS
Alberto Hassen Raad (UFJF) Juiz de Fora – MG
Américo López Gálvez (USP) Ribeirão Preto
– SP
Antonio Carlos Nogueira (UFU) Uberlândia – MG
Benedito Tadeu Vasconcelos Freire (UFRN) Natal – RN
Bruno Holanda (CAEN – UFC) Fortaleza – CE
Carmen Vieira Mathias (UNIFRA) Santa María –
RS
Claus Haetinger (UNIVATES) Lajeado – RS
Cláudio de Lima Vidal (UNESP) S.J. do Rio
Preto – SP
Denice Fontana Nisxota Menegais (UNIPAMPA) Bagé – RS
Disney Douglas Lima de Oliveira (UFAM) Manaus – AM
Edson Roberto Abe (Colégio Objetivo de Campinas) Campinas – SP
Edney Aparecido Santulo Jr. (UEM) Maringá – PR
Fábio Brochero Martínez (UFMG) Belo Horizonte – MG
Florêncio Ferreira Guimarães Filho (UFES) Vitória – ES
Francinildo Nobre Ferreira (UFSJ) São João del Rei – MG
Genildo Alves Marinho (Centro Educacional Leonardo Da Vinci) Taguatingua –
DF
Herivelto Martins (USP – São Carlos) São Carlos – SP
Gilson Tumelero (UTFPR) Pato Branco – PR
Ivanilde Fernandes Saad (UC. Dom Bosco) Campo Grande – MS
João Benício de Melo Neto (UFPI) Teresina – PI
João Francisco Melo Libonati (Grupo Educacional Ideal) Belém – PA
Diogo Diniz (UFPB) Campina Grande – PB
José Luiz Rosas Pinho (UFSC) Florianópolis –
SC
José Vieira Alves (UFPB) Campina Grande – PB
José William Costa (Instituto Pueri Domus) Santo André – SP
Krerley Oliveira (UFAL) Maceió – AL
Licio Hernandes Bezerra (UFSC) Florianópolis – SC
Luciano G. Monteiro de Castro (Sistema Elite de Ensino) Rio de Janeiro – RJ
Luzinalva Miranda de Amorim (UFBA) Salvador – BA
Marcelo Dias (Grupo Educacional Etapa) São Paulo – SP
Marcelo Antonio dos Santos FACOS Osório – RS
Marcelo Rufino de Oliveira (Grupo Educacional Ideal) Belém – PA
Newman Simões (Cursinho CLQ Objetivo) Piracicaba – SP
Nivaldo Costa Muniz (UFMA) São Luis – MA
Osnel Broche Cristo (UFLA) Lavras – MG
Uberlândio Batista Severo (UFPB) João Pessoa – PB
Raul Cintra de Negreiros Ribeiro (Colégio Anglo) Atibaia – SP
Reginaldo de Lima Pereira (Escola Técnica Federal de Roraima) Boa Vista – RR
Reinaldo Gen Ichiro Arakaki (UNIFESP) SJ dos Campos – SP

EUREKA! N°36, 2012


87
Sociedade Brasileira de Matemática

Ricardo Amorim (Centro Educacional Logos) Nova Iguaçu – RJ


Ronaldo Alves Garcia (UFGO) Goiânia – GO
Rogério da Silva Ignácio (Col. Aplic. da UFPE) Recife – PE
Rosangela Ramon (UNOCHAPECÓ) Chapecó – SC
Seme Gebara Neto (UFMG) Belo Horizonte – MG
Tadeu Ferreira Gomes (UEBA) Juazeiro – BA
Tomás Menéndez Rodrigues (U. Federal de Rondônia) Porto Velho – RO
Valdenberg Araújo da Silva (U. Federal de Sergipe) São Cristóvão – SE
Wagner Pereira Lopes (CEFET – GO) Jataí – GO
Wanderson Breder (CEFET – RJ) Nova Friburgo – RJ
William Serafim dos Reis (UFT – TO) Arraias – TO

EUREKA! N°36, 2012


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