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Este documento discute o movimento uniformemente variado, que ocorre quando a velocidade de um corpo varia em uma taxa constante, ou seja, com aceleração escalar constante. É definido como um movimento onde a relação espaço-tempo é do segundo grau e as equações que descrevem a posição, velocidade e aceleração em função do tempo são apresentadas. Exemplos como a queda livre e frenagem de veículos ilustram este tipo de movimento. Resoluções de exercícios aplicando as equações de movimento uniforme
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Este documento discute o movimento uniformemente variado, que ocorre quando a velocidade de um corpo varia em uma taxa constante, ou seja, com aceleração escalar constante. É definido como um movimento onde a relação espaço-tempo é do segundo grau e as equações que descrevem a posição, velocidade e aceleração em função do tempo são apresentadas. Exemplos como a queda livre e frenagem de veículos ilustram este tipo de movimento. Resoluções de exercícios aplicando as equações de movimento uniforme
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C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 73

Cinemtica Dinmica Mdulos


25 Movimento uniformemente variado 37 Cinemtica vetorial
26 Exerccios 38 Exerccios
27 Velocidade escalar mdia 39 Movimento
e Equao de Torricelli circular e uniforme
28 Propriedades grficas no MUV 40 Exerccios
41 Exerccios
29 Exerccios
42 Exerccios
30 Exerccios
43 A fsica da bicicleta
31 Exerccios 44 1.a Lei de Newton
32 Queda livre 45 2.a Lei de Newton
33 Lanamento vertical 46 Exerccios
34 Vetores 47 Peso
35 Operaes com Vetores 48 2.a Lei de Newton em
36 Versores movimentos verticais
Evangelista Torricelli (1608-1647)
Equao de Torricelli

Data
Movimento _____/_____/_____
25 e 26 uniformemente variado Acelerao

Existem na natureza e no nosso dia-a-dia situaes em que a velocidade de um corpo


varia em uma taxa constante, isto , para o mesmo intervalo de tempo a variao de veloci-
dade sempre a mesma. Isto se traduz dizendo-se que a acelerao escalar constante.
Quando um carro de corridas arranca, a partir do repouso, durante um certo intervalo de
tempo, ele tem uma acelerao escalar constante, da ordem de 5,0m/s2. Isto significa que,
a cada segundo que passa, sua velocidade escalar aumenta 5,0m/s.
Quando um avio a jato est aterrissando, ele tem uma acelerao escalar constante da
ordem de 8,0m/s2, o que significa que sua velocidade escalar diminui 8,0m/s, em cada
segundo que passa.
Quando um corpo abandonado em queda livre, ele tem uma acelerao escalar
constante de 9,8m/s2.
Isto significa que sua velocidade est aumentando numa taxa constante de 9,8m/s
em cada segundo.
Todos esses movimentos em que a velocidade varia, porm numa taxa constante (ace-
lerao escalar constante), so chamados de uniformemente variados (variados porque a
velocidade varia e uniformemente porque a variao da velocidade ocorre de um modo uni-
forme, isto , com acelerao escalar constante). Acima, temos uma fotografia es-
troboscpica mostrando a queda de
1. Definio duas esferas de massas diferentes
no vcuo.
Um movimento chamado UNIFORMEMENTE VARIADO quando a relao Observe que as esferas caem com a
espao-tempo do 2.o grau, isto , da forma: mesma acelerao e num mesmo in-
tervalo de tempo, mostrando de
s = A + Bt + Ct2 maneira irrefutvel que o tempo de
queda independe das massas das
em que A, B e C so parmetros constantes com C 0. partculas.

FSICA 73
C2_1a_Fis_Alelex_prof 20/12/10 10:45 Pgina 74

Podemos ter movimento uniformemente variado em


qualquer trajetria.
s = s0 + V0t + t 2
2
2. Interpretao
fsica dos parmetros
Ou, ainda: s = V0t + t2
Parmetro A 2
Para t = 0 (origem dos tempos), temos s0 = A e,
portanto, o parmetro A representa o espao inicial. Relao velocidade escalar-tempo
Retomando-se a relao V = B + 2Ct e substituindo-se
A = s0 os parmetros B e C pelas suas interpretaes fsicas,
vem:
A velocidade escalar V dada por:
ds V = V0 + t
V = = B + 2Ct
dt
Para t = 0 (origem dos tempos), temos V0 = B e, Acelerao escalar
portanto, o parmetro B representa a velocidade escalar
Como = 2C, conclumos que:
inicial.
B = V0
NO MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO, A
ACELERAO ESCALAR CONSTANTE E DIFE-
Parmetro C RENTE DE ZERO.
A acelerao escalar dada por:
dV Sendo a acelerao escalar constante, os valores
= = 2C C = mdio e instantneo so iguais:
dt 2
V
O parmetro C representa a metade da acelerao = m = = constante 0
escalar. t

3. Relaes no MUV A denominao UNIFORMEMENTE VARIADO


Relao espao-tempo deriva do fato de a velocidade escalar ser varivel (mo-
vimento variado), porm com acelerao escalar cons-
Na relao s = f(t), substituindo-se os parmetros A, tante, isto , a velocidade escalar varia, porm de uma
B e C pelas suas interpretaes fsicas, vem: maneira uniforme (em uma taxa constante).

Exerccios Resolvidos Mdulo 25

(UNICAMP) As faixas de acelerao das


b) Usando-se a equao horria do movimento
uniformemente variado (acelerao escalar
(MODELO ENEM) Para desferir um gol-
auto-estradas devem ser longas o suficiente pe em sua vtima, uma serpente movimenta
constante), vem:
para permitir que um carro, partindo do sua cabea com uma acelerao escalar de
repouso, atinja a velocidade escalar de 50m/s2. Se um carro pudesse ter essa acelera-
s = V0 t + t2
108km/h em uma estrada horizontal. Um carro 2 o escalar, partindo do repouso, ele atingiria
popular capaz de acelerar de 0 a 108km/h em uma velocidade escalar de 180km/h
15s. Suponha que a acelerao escalar seja 2,0 a) aps 1,0s e aps percorrer uma distncia de
d = 0 + (10)2 (m) d = 100m
constante. 2 50m.
a) Qual o valor da acelerao escalar? b) aps 1,0s e aps percorrer uma distncia de
b) Qual a distncia percorrida em 10s? 25m.
c) O comprimento mnimo da faixa de acele-
Resoluo c) aps 3,6s e aps percorrer uma distncia de
rao corresponder distncia percorrida
a) 1) A velocidade escalar final dada por 324m.
pelo carro ao acelerar de 0 a 100 km/h, isto
d) aps 3,6s e aps percorrer uma distncia de
km 108 , a distncia percorrida em 15s.
V = 108 = m/s = 30m/s 648m.
h 3,6
e) aps 10s e aps percorrer uma distncia de
s = V0 t + t2
2 250m.
2) A acelerao escalar dada por Resoluo
2,0
D = 0 + (15)2 (m) D = 225m 1) A velocidade escalar de 180 km/h, em m/s,
V 30 2
= = (m/s2) = 2,0m/s2 dada por:
t 15 km 180
Respostas: a) 2,0m/s2 b) 100m c) 225m V = 180 = m/s V = 50m/s
h 3,6

74 FSICA
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2) O tempo calculado pela equao das Quando o motorista do carro v o sinal ficar ama- carro mantm sua velocidade escalar cons-
velocidades do MUV: relo ele imprime ao carro uma acelerao escalar tante (V0 = 36km/h = 10m/s) e percorrer
V = V0 + t constante de 2,0m/s2 para tentar ultrapassar a uma distncia d1 dada por:
50 = 0 + 50 T T = 1,0s avenida antes de o sinal ficar vermelho. d1 = V0TR = 10 . 0,5(m) = 5,0m
A luz permanece amarela durante 5,5s e o
2) Quando o carro vai comear a acelerar, a
3) A distncia percorrida pode ser calculada tempo de reao do motorista de 0,5s.
sua frente estar a 70m do final da avenida
pela equao horria do MUV: No exato instante em que o sinal fica vermelho:
e para ultrapass-la completamente dever
a) a frente do carro estar chegando ao incio
percorrer, nos 5,0s restantes, uma distncia
s = V0 t + t2 da avenida.
2 total de 73m.
b) a frente do carro estar chegando ao final
da avenida. 3) Clculo da distncia percorrida pelo carro
50
D = 0 + (1,0)2 (m) D = 25m c) a traseira do carro estar chegando ao final nos 5,0s:
2
da avenida. s = V0t + t2 (MUV)
Resposta: B d) a traseira do carro estar 2,0m alm do final 2
da avenida.
 (MODELO ENEM) Um carro, de compri- e) a traseira do carro estar a 2,0m aqum do
2,0
d2 = 10 . 5,0 + (5,0)2 (m) = 75m
mento 3,0m, est com velocidade de mdulo final da avenida. 2
V0 = 36km/h, descrevendo uma trajetria re- Dado: o tempo de reao da pessoa (0,5s) o Como a traseira do carro estava a 73m do
tilnea e se aproximando de um semforo. intervalo de tempo entre a viso do sinal final da avenida e o carro percorreu 75m at
Quando a frente do carro est a 50m de uma amarelo e a atitude de acelerar o carro. o sinal ficar vermelho, ento a traseira do car-
avenida cuja largura de 25m, a luz do sem- Resoluo ro estar 2,0m frente do final da avenida.
foro fica amarela. 1) Durante o tempo de reao (TR = 0,5s), o Resposta: D

Exerccios Propostos Mdulo 25


 (AFA) A tabela abaixo fixa os valores da velocidade RESOLUO:
escalar de um mvel em funo do tempo.

t(s) 1,0 2,0 3,0 4,0 1) s = V0t + t2 (MUV)
2
V(m/s) 5,0 8,0 11,0 14,0
1,0 = (1,0)2 = 2,0m/s2
2
A partir dos dados disponveis, conclumos que o movimento
pode 2) V = V0 + t
a) ser uniforme. Vf = 0 + 2,0 . 10,0 (m/s) Vf = 20,0m/s
b) ter acelerao escalar sempre nula.
c) ser uniformemente acelerado com velocidade escalar inicial Resposta: D
nula.
d) ser uniformemente variado com velocidade escalar inicial de
2,0m/s.
e) ser circular uniforme.

RESOLUO:
V 3,0
Da tabela: = = (m/s2) = 3,0m/s2
t 1,0  (FUVEST) Um veculo parte do repouso com acelerao
escalar constante e igual a 2,0m/s2.
Aps 3,0s de movimento, calcule
V  5,0 = V
t1 = 1,0s
V = V0 + t + 3,0 . 1,0 V0 = 2,0m/s a) a distncia percorrida;
0
1 = 5,0m/s
Resposta: D
b) a velocidade escalar adquirida.

RESOLUO:
t2 2,0 (3,0)2
a) s = v0 t + s = 0 . 3,0 + (m) s = 9,0m
2 2

b) V = V0 + . t V = 0 + 2,0 (3,0) (m/s)


 Uma ciclista parte do repouso e percorre 1,0m em 1,0s,
v = 6,0m/s

com acelerao escalar constante, que mantida durante 10,0s. Respostas:a) 9,0m b) 6,0m/s
Aps os 10,0s de movimento acelerado, a velocidade escalar
da bicicleta torna-se constante.
A velocidade escalar final da bicicleta (aps os 10,0s iniciais) vale
a) 1,0m/s b) 2,0m/s c) 10,0m/s
d) 20,0m/s e) 40,0m/s

FSICA 75
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 (MODELO ENEM) Em uma propaganda na televiso, foi


RESOLUO:
km 108
anunciado que um certo carro, partindo do repouso, atinge a 1) V = 108 = (m/s) = 30m/s
h 3,6
velocidade escalar de 108km/h em 10s. Admitindo-se que a
acelerao escalar do carro seja constante, assinale a opo que V 30
2) = = (m/s2) = 3,0m/s2
traduz corretamente os valores da acelerao escalar e da t 10
distncia percorrida pelo carro neste intervalo de tempo de 10s.

3) s = V0t + t2
Acelerao Escalar (m/s2) Distncia Percorrida (m) 2
a) 6,0 3,0 . 102 3,0
D = (10)2 (m) D = 1,5 . 102m
b) 1,5 7,5 . 101 2
c) 3,0 3,0 . 102 Resposta: D

d) 3,0 1,5 . 102


e) 1,5 1,5 . 102

Exerccios Resolvidos Mdulo 26


 (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) Em
8,0 
144,0
uma pista retilnea, um atleta A com velocidade tE = (s) tE = 10,0s
escalar constante de 4,0m/s passa por outro B, 2
que se encontra parado. Aps 6,0s desse Resposta: B
instante, o atleta B parte em perseguio ao
atleta A, com acelerao escalar constante e o  (ITA-MODELO ENEM) Billy sonha que
alcana em 4,0s. A acelerao escalar do atleta embarcou em uma nave espacial para viajar at
B tem o valor de o distante planeta Gama, situado a 2,5 anos-luz
a) 5,0m/s2 b) 4,0m/s2 c) 3,5m/s2 da Terra. Tanto na ida como na volta, metade do
d) 3,0m/s 2 e) 2,5m/s2
percurso percorrida com acelerao cons-
Resoluo tante de mdulo 0,15m/s2, e o restante com
desacelerao constante de mesma magni-
No momento registrado pelo cartum, a mqui-
tude. Desprezando-se a atrao gravitacional e
na j est com velocidade escalar de 4,0m/s,
efeitos relativsticos, calcule o tempo total de
enquanto o atleta mantm velocidade escalar
ida e volta da viagem do sonho de Billy.
constante de 6,0m/s. Se a distncia que separa
1) Em 6,0s o atleta A percorreu uma distn- a) 10 anos b) 20 anos c) 30 anos
o homem da mquina de 5,0m, e ambos,
cia D dada por d) 40 anos e) 50 anos
mquina e corredor, mantiverem sua marcha
D = VA t (MU) Dados:
sobre o mesmo caminho retilneo, o tempo de
D = 4,0 . 6,0 (m) = 24,0m 1) Ano-luz a distncia que a luz percorre no
vida que resta ao desatento corredor , em s,
vcuo em um ano.
2) Adotando-se a posio inicial de B como de aproximadamente,
2) Mdulo da velocidade da luz no vcuo:
origem dos espaos e o instante de sua a) 6,0 b) 10,0 c) 12,0
3,0 . 108m/s.
partida como origem dos tempos, vem: d) 14,0 e) 16,0
3) 1 ano = 3,2 . 107s.
xA = x0 + VAt (MU) Resoluo
Resoluo
xA = 24,0 + 4,0 t (SI) (1) s = V t
1 ano-luz = 3,0 . 10 8 . 3,2 . 10 7m = 9,6 . 10 15m
B
xB = x0 + V0 Bt + t2 (MUV)
2 (2) d = 2,5 anos-luz = 2,4 . 10 16m
1) Equaes horrias:
(3) Do exposto no texto, o tempo de ida e o
B B
xB = 0 + 0 + t2 xB = t2 tempo de volta so iguais e, alm disso, o
2 2 H: sH = s0 + vt (MU) tempo gasto na primeira metade do
Para t = 4,0 s, temos xA = xB sH = 5,0 + 6,0t (SI) percurso igual ao tempo gasto na
segunda metade do percurso.
B T: sT = s0 + v0 t + t 2 (MUV)
24,0 + 4,0 . 4,0 = (4,0)2 2 (4) Para a 1.a. metade do percurso de ida,
2
sT = 4,0t + 0,25 t 2 (SI) temos:
0,15 2
s = V0t + t2 1,2 . 1016 = t1
40,0 = 8,0 B B = 5,0m/s2 2) sH = sT 2 2
2
Resposta: A 5,0 + 6,0 tE = 4,0 tE + 0,25 tE
2 t1 = 16 . 1016 t1 = 4,0 . 108s

 (VUNESP-FMTM-MG-MODELO ENEM)
2
0,25 tE 2,0 tE 5,0 = 0 (5) O tempo total de trajeto T dado por
Neste antigo cartum, o atleta de meia idade, em 2
tE 8,0 tE 20,0 = 0 T = 4 T1 =16,0 . 108s
total concentrao durante uma corrida, no
16,0 . 10 8
8,0  T = anos
percebe a aproximao do rolo compressor que T = 50 anos
64,0 + 80,0
desce a ladeira, desligado e sem freio, com ace- tE = (s) 3,2 . 10 7
lerao escalar constante de 0,50m/s2. 2 Resposta: E

76 FSICA
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Exerccios Propostos Mdulo 26

 (PUC-RJ) Um corredor velocista corre a prova dos 100m


Para t = 1s s1 = = d
rasos em, aproximadamente, 10s. Considerando-se que o 2
corredor parte do repouso, tendo acelerao escalar constante,
e atinge sua velocidade escalar mxima no final dos 100m, a Para t = 2s s2 = (2)2 = 4 . = 4d
2 2
acelerao escalar do corredor durante a prova em m/s2 :
Resposta: C
a) 1,0 b) 2,0 c) 3,0 d) 4,0 e) 5,0

RESOLUO:
 (UNIOESTE-PR-MODELO ENEM) Em uma competio
esportiva entre escolas, dois alunos, Joo e Pedro, disputam
s = V0t + t2 (MUV)
2 quem vai chegar primeiro posio C. Joo est inicialmente
em repouso na posio A, conforme a figura abaixo, e precisa
100 = 0 + (10)2 = 2,0m/s2 deslocar-se 144m para alcanar o ponto C, seguindo a trajetria
2
retilnea AC. No mesmo instante em que Joo inicia seu movi-
Resposta: B mento com uma acelerao constante de mdulo 0,5m/s2
mantida em todo o trajeto, Pedro est passando pela posio
B com uma velocidade de mdulo 2,0m/s. Pedro segue a
trajetria retilnea BC de comprimento igual a 192m e alcana
o ponto C no mesmo instante que Joo.
 (UNIFOR-CE) A partir do repouso, um corpo inicia mo-
vimento com acelerao escalar constante de 1,0m/s2, na
direo de um eixo x.
Entre os instantes 3,0s e 5,0s, o corpo ter percorrido, em
metros
a) 10,0 b) 8,0 c) 6,0 d) 4,0 e) 2,0

RESOLUO: Assinale a alternativa que fornece o mdulo da acelerao


constante de Pedro, em metros por segundo ao quadrado (com

s = s0 + V0t + t2 (MUV) arredondamento na segunda casa decimal), no trecho BC.
2
a) 0,01 b) 0,11 c) 0,17 d) 0,34 e) 0,50
1,0
s = 0 + 0 + t2
2 RESOLUO:
sJ = 144m; sP = 192m
s= 0,50t2(SI)
V0J = 0; V0P = 2,0m/s
t1 = 3,0s s1 = 0,50 (3,0)2 (m) = 4,5m
aJ = 0,5m/s2; aP = ?
t2 = 5,0s s2 = 0,50 (5,0)2 (m) = 12,5m

s = s2 s1 = 8,0m s = V0t + t2
2
Resposta: B 0,5
1) 144 = T2 T2 = 144 . 4 T = 24s
2

aP aP
2) 192 = 2,0T + T2 192 = 48 + . 576 144 = aP 288
2 2
 (OLIMPADA COLOMBIANA DE FSICA) Um carro se
move em linha reta com acelerao escalar constante, partindo 144
aP = (m/s2) aP = 0,50m/s2
do repouso. 288
Durante o primeiro segundo de movimento, o carro percorre Resposta: E
uma distncia d.
A distncia total percorrida nos dois primeiros segundos de
movimento ser igual a
a) 2d b) 3d c) 4d d) 5d e) 8d

RESOLUO: No Portal Objetivo



s = V0t + t 2
2 Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar,

s = t 2 digite FIS1M201
2

FSICA 77
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Velocidade escalar
27 mdia e Equao de Torricelli Velocidade mdia Torricelli

1. Velocidade V0V V02 [V2 2 V V0 + V 2]


0
escalar mdia no MUV s = +
2 2

Como a relao velocidade escalar-tempo do 1.o grau


em t, a velocidade escalar mdia, entre dois instantes, t1 2 V0V 2V02 + V2 2 V V0 + V02
e t2, pode ser calculada pela mdia aritmtica entre as s =
velocidades escalares nos respectivos instantes: 2

2 s = V2 V02 V 2 = V02 + 2 s
V1 + V2
Vm =
2 A Equao de Torricelli usada quando no h envol-
vimento da varivel tempo, isto , o tempo no dado
2. Equao de Torricelli nem pedido.

A Equao de Torricelli relaciona a velocidade escalar


v com a variao de espao s. ! O Destaque
Para obt-la, basta eliminarmos a varivel tempo (t) EVANGELISTA TORRICELLI
entre as equaes s = f(t) e v = f(t)
Foi o principal discpulo de Galileu
Galilei e, apesar do pouco tempo de
s = V0 t + t2 (1) e V = V0 + t (2) convvio, pde assimilar os principais
2
conceitos de sua obra e, em muitos ca-
V V0 sos, ir alm do mestre. Foi o primeiro a
De (2), vem: t =
construir um instrumento capaz de
medir a presso do ar, chamado Tubo
Em (1), temos: de Torricelli, que posteriormente se fir-
V V0
   
V V0 2 mou com o nome de barmetro.
s = V0 + Morreu em 1647, aos 39 anos, na cidade de Florena.
2

 (VUNESP-FMJ-MODELO ENEM) Nu-


2) s = V0t + t2
O carro B parte do repouso e tem movimento
uniformemente variado.
ma viagem, um motorista passa pela placa 2 No instante t1, as velocidades escalares dos
mostrada na Figura 1, quando sua velocidade
400 = 30T 0,5T2 carros A e B so, respectivamente, iguais a VA
escalar 30m/s. Aciona os freios nesse
T1 = 20s e VB.
instante e, mantendo uma desacelerao cons-
1,0T2 60T + 800 = 0
tante at chegar lombada, passa pela placa T2 = 40s VB
mostrada na Figura 2, quando sua velocidade A razo
Resposta: C VA
escalar 20m/s.
 (MODELO ENEM) Dois carros A e B
1
tm seus movimentos representados esque- a) no est determinada. b) vale .
maticamente no grfico espao x tempo a se- 2
guir. c) vale 1. d) vale 2.
Pode-se afirmar que, para chegar da primeira
e) maior que 2.
placa lombada, ele demorou um intervalo de
Resoluo
tempo, em segundos, de:
Nos instantes t = 0 e t = t1, os carros A e B
a) 10 b) 15 c) 20 d) 25 e) 30
ocupam a mesma posio e, portanto, entre 0
Resoluo
e t1, temos
1) Clculo da acelerao escalar
sB = sA Vm = Vm
V22 = V12 + 2 s (B) (A)
Como A est em movimento uniforme,
(20)2 = (30)2 + 2 . . 250
Vm = VA (constante).
400 = 900 + 500 = 1,0m/s2 (A)

78 FSICA
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Como B est em movimento uniformemente decolar em uma pista horizontal e reta. Para V0 = 0
variado, temos: uma decolagem segura, o avio, partindo do
repouso, deve percorrer uma distncia mxima km 252
V = 252 = (m/s) = 70m/s
V0(B) + VB VB de 1960m at atingir aquela velocidade. Para h 3,6
Vm = =
(B) 2 2 tanto, os propulsores devem imprimir ao avio
uma acelerao escalar mnima e constante de: s = 1960m
VB VB
Portanto: = VA = 2 a) 1,25m/s2 b) 1,40 m/s2 c) 1,50 m/s2
2 VA 2 2 (70)2 = 0 + 2 1960
d) 1,75m/s e) 2,00 m/s
Resoluo 4900 = 3920
Resposta: D Sendo o movimento uniformemente variado
(acelerao escalar constante e no nula),
 (UNIFESP-MODELO ENEM) Um avio a temos:
= 1,25m/s2
jato, para transporte de passageiros, precisa
atingir a velocidade escalar de 252km/h para V2 = V02 + 2 s (Equao de Torricelli) Resposta: A

 Em uma decolagem, um avio parte do repouso e atinge a Quando o carro A alcanar o carro B, a velocidade escalar de A
velocidade escalar final de 100m/s em um intervalo de tempo a) no est determinada. b) valer 60km/h.
de 20s. c) valer 80km/h. d) valer 100km/h.
Supondo-se que a acelerao escalar do avio, durante a deco- e) valer 120km/h.
lagem, seja constante, calcule RESOLUO:
a) a distncia percorrida pelo avio; Vm(A) = Vm(B)
b) a acelerao escalar do avio.
0 + VA
= 60 VA = 120km/h
RESOLUO: 2

s V0 + V s 0 + 100 Resposta: E
a) = = s = 1,0 . 103m = 1,0km
t 2 20 2
b) V = V0 + t
 (FUVEST-SP-MODELO ENEM) A velocidade mxima
100 = 0 + . 20 = 5,0m/s2 permitida em uma autoestrada de 110 km/h (aproximada-
mente 30 m/s) e um carro, nessa velocidade, leva 6,0s para
Respostas: a) 1,0km
b) 5,0m/s2 parar completamente. Diante de um posto rodovirio, os ve-
culos devem trafegar no mximo a 36 km/h (10 m/s). Assim,
para que carros em velocidade mxima consigam obedecer ao
 (OLIMPADA BRASILEIRA DE FSICA) Um automvel limite permitido, ao passar em frente do posto, a placa
esportivo parte do repouso e atinge a velocidade escalar de referente reduo de velocidade dever ser colocada antes
30m/s aps acelerar uniformemente durante um intervalo de do posto, a uma distncia, pelo menos, de
tempo de 10s. a) 40 m b) 60 m c) 80 m d) 90 m e) 100 m
a) Qual a distncia percorrida pelo automvel durante este Admita, na soluo, que durante as freadas a acelerao es-
intervalo de tempo? calar permanea constante e sempre com o mesmo valor.
b) Qual a velocidade escalar mdia do carro durante este
RESOLUO:
intervalo de tempo?
1) Clculo da acelerao escalar: V = V0 + t (MUV)

RESOLUO: 0 = 30 + . 6,0 = 5,0m/s 2

s V0 + V s 0 + 30 2) Clculo da distncia percorrida para a velocidade escalar re-


a) = = s = 150m
t 2 10 2 duzir-se de 30m/s para 10m/s:

s 150m V22 = V12 + 2 s (MUV)


b) Vm = = Vm = 15 m/s
t 10s s = 80m
(10) 2 = (30) 2 + 2 (5,0) s 10 s = 900 100
Respostas: a) 150m Resposta: C
b) 15m/s

 (UNIP-SP) No instante em que um carro A parte do


repouso, com acelerao escalar constante, ele ultrapassado
por um carro B que est em movimento uniforme com
velocidade escalar de 60 km/h.
Os dois carros seguem trajetrias retilneas e paralelas e so
considerados pontos materiais.

FSICA 79
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 80

28 a 31 Propriedades grficas no MUV rea dos grficos

1. Grficos horrios do MUV Grfico acelerao escalar x tempo


Como a acelerao escalar constante e no nula, o
Grfico espao x tempo grfico acelerao escalar x tempo ser uma reta
Como a relao s = f(t) do 2.o grau em t, o grfico paralela ao eixo dos tempos: acima do eixo para acele-
espao x tempo ser uma parbola, com as seguintes raes positivas ( > 0) e abaixo do eixo para aceleraes
caractersticas: negativas ( < 0).
A concavidade depende do sinal da acelerao
escalar :
> 0 CONCAVIDADE PARA CIMA
< 0 CONCAVIDADE PARA BAIXO
O eixo de simetria da parbola corresponde ao
instante (t1) em que a velocidade escalar se anula e o
mvel inverte o sentido do movimento.

No instante correspondente ao vrtice da parbo-


la, a velocidade escalar se anula e o mvel inverte
o sentido de seu movimento.

2. Interpretaes grficas
Grfico espao x tempo
Para obter graficamente o valor da velocidade esca-
lar, em um instante t1, devemos traar uma reta tan-
gente ao grfico s = f(t) no instante considerado. A
declividade (tg ) dessa reta mede a velocidade escalar
no instante t1.

N
tg = V1
Grfico velocidade escalar x tempo
Como a relao V = f(t) do 1.o grau em t, o grfico A declividade da reta tangente curva s = f(t),
velocidade escalar x tempo ser uma reta inclinada em um instante t1, mede a velocidade escalar no
em relao aos eixos, com as seguintes caractersticas: instante t1.
A reta ser crescente quando a acelerao es-
calar for positiva e decrescente quando for negativa.
O ponto onde a reta intercepta o eixo das velo-
cidades corresponde velocidade escalar inicial V0.
O ponto onde a reta intercepta o eixo dos tempos
corresponde ao instante em que o mvel para e inverte
o sentido de seu movimento.

Grfico velocidade escalar x tempo


No grfico velocidade escalar x tempo, temos
duas interpretaes grficas importantes:
A declividade da reta V = f(t) mede a acele-
rao escalar

80 FSICA
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 81

V + V0 s
Porm, = Vm =
2 t
N s N
Portanto: rea (V x t) = . t rea (V x t) = s
N V t
tg = =
t
Grfico acelerao escalar x tempo
No grfico acelerao escalar x tempo, podemos
calcular a variao de velocidade escalar (V) por meio da
rea sob o grfico = f(t).
A rea sob o grfico V = f(t) mede a variao
de espao s

N
rea (V x t) = s

N V N
rea ( x t) = . t = . t rea ( x t) = V
Demonstrao da propriedade t

N V + V0 A rea sob o grfico acelerao escalar x tempo


rea (V x t) = . t
2 mede a variao de velocidade escalar V.

Exerccios Resolvidos Mdulo 28


 O grfico a seguir representa a posio v0 = 8,0m/s
em funo do tempo para um mvel em
movimento uniformemente variado. v 0 8,0
b) = = (m/s2)
t 4,0

= 2,0m/s2

c) v = v0 + t1
v1 = 2,0m/s
v1 = 8,0 2,0 (5,0)

Respostas:a) 8,0m/s b) 2,0m/s2


c) 2,0m/s
Resoluo
 (UNICAMP) A tabela a seguir mostra os a) Supondo-se que a lei de formao da tabela
Calcule valores da velocidade escalar de um atleta, na valha para quaisquer instantes, em
a) a velocidade escalar inicial; corrida de So Silvestre, em funo do tempo intervalos de tempos iguais quaisquer, o
b) a acelerao escalar; nos 5,0s iniciais de movimento: atleta sofrer variaes de velocidades
c) a velocidade escalar no instante t1 = 5,0s. escalares iguais e o movimento ser
Resoluo t(s) 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 progressivo e uniformemente acelerado.
Considerando-se o intervalo de tempo 0 t 4,0s
V(m/s) 0 1,8 3,6 5,4 7,2 9,0
e lembrando que no instante t = 4,0s ocorre uma
inverso de movimento (v = 0): Para o citado intervalo de tempo:
a) identifique o movimento e construa o gr-
s v0 + v
a) vM = = fico da velocidade escalar em funo do
t 2 tempo;
b) calcule a acelerao escalar do atleta e,
16,0 v0 + 0 supondo-se que ele parta da origem dos
= (m/s) espaos, escreva a equao horria dos
4,0 2
espaos que descreve seu movimento.

FSICA 81
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 82

Se a velocidade escalar inicial do carro fosse Aps quanto tempo esta pessoa ter 1,025m
V 9,0
b) 1) = = (m/s2) 2V0, com o mesmo tempo de reao e com a de altura, sabendo-se que ao nascer ela tinha
t 5,0 mesma acelerao escalar de freada, o carro 50cm?
pararia no instante a) 4,0 anos b) 4,5 anos
= 1,8m/s2 a) t = 7T b) t = 8T c) t = 9T c) 5,0 anos d) 5,5 anos
d) t = 10T e) t = 12T e) 6,0 anos
Resoluo Resoluo
2) s = s0 + V0t + t2 (MUV) O tempo de freada dado por Como V = f(t) funo do 1.o grau, conclumos
2
V = V0 + t que o crescimento um movimento uniforme-
V0
tf = mente variado com V0 = 12cm/a e
0 = V0 a tf a
1,8
s = 0 + 0 + t2 (SI) v 12
2 Para o mesmo a, tf proporcional a V0; se V0 = 0,6 cm/a2
= = (cm/a2)
duplica, o tempo de freada tambm duplica. t 20
s = 0,9t2 (SI) O tempo de freada com velocidade inicial V0
valia 4T. De 50cm para 102,5cm o deslocamento (cres-
O tempo de freada com velocidade inicial 2V0 cimento) vale s = 52,5cm.
 (MODELO ENEM) Um automvel est valer 8T. Aplicando-se a relao espao-tempo do MUV:
com movimento retilneo e uniforme com O tempo total gasto, desde a viso da pessoa
velocidade escalar V0 quando v uma pessoa at o carro parar, ser dado por
que vai atravessar a rua de modo imprudente. s = V0t + t2, vem:
t = tempo de reao + tempo de freada 2
Aps um tempo de reao T, o motorista freia
t = T + 8T t = 9T
o carro uniformemente. O intervalo de tempo 52,5 = 12t 0,3t2
decorrido desde a viso da pessoa (t = 0) at o
carro parar vale 5T. O grfico a seguir ilustra a Resposta: C
0,3t2 12t + 52,5 = 0
velocidade escalar do carro em funo do
tempo, neste intervalo de tempo.  (MODELO ENEM) Uma pessoa possui
12 
velocidade de crescimento dada pelo grfico
144 63
abaixo. t = (a)
0,6

12 9 12 9
t= (a) t = (a)
0,6 0,6

t = 5,0a

Resposta: C

Exerccios Propostos Mdulo 28


 Um mvel descreve uma trajetria retilnea com acele-
RESOLUO:

rao escalar constante. s V0 + V 10,0 V0 + 0


a) = = V0 = 2,0m/s
O grfico a seguir representa a posio do mvel em funo do t 2 10,0 2
tempo durante um intervalo de tempo de 20,0s.
b) V = V0 + t

0 = 2,0 + . 10,0 = 0,20m/s2

c) V = V0 + t
V1 = 2,0 0,20 . 15,0 (m/s)
V1 = 1,0m/s

Respostas: a) 2,0 m/s b) 0,20 m/s2 c) 1,0 m/s

Determine
No Portal Objetivo
a) a velocidade escalar inicial V0;
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
b) a acelerao escalar ;
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar,
c) a velocidade escalar V1 no instante t1 = 15,0s.
digite FIS1M202

82 FSICA
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 83

 (UFMT) Um mvel realiza um movimento uniforme-


RESOLUO:
a)
mente variado. Sua velocidade escalar varia com o tempo
conforme pode ser observado no grfico.

V 10,0
b) = = (m/s2) = 2,0m/s2
t 5,0


c) s = s0 + V0t + t2 (MUV) s = 10,0 + 15,0t + 1,0t2 (SI)
2

Calcule, em m/s, o valor de Vx.

RESOLUO:
V
 (MODELO ENEM) Para realizar uma pesquisa, um
4,0 Vx 9,0
= = = estudante fez a leitura do velocmetro do carro de seu pai, du-
t 2,0 1,0
rante um trecho de uma viagem e, com os dados obtidos,
construiu o grfico abaixo. Com base no grfico, podemos
Vx 9,0 = 2,0
concluir que o movimento :
Vx = 11,0m/s

a) de acelerao escalar constante.


b) de velocidade escalar constante.
 (UDESC) Algumas empresas de transportes utilizam c) curvilneo e de velocidade escalar decrescente.
computadores de bordo instalados nos veculos e ligados a v- d) retilneo e de velocidade escalar constante.
rios sensores j existentes, e que registram todas as infor- e) retilneo e de velocidade escalar crescente.
maes da operao diria do veculo, como excesso de velo-
cidade, rotao do motor, freadas bruscas etc. Um software RESOLUO:
instalado em um PC na empresa transforma as informaes Como a relao velocidade escalar x tempo do 1.o grau, conclu-
registradas em relatrios simples e prticos, para um eficaz mos que o movimento uniformemente variado e a acelerao
gerenciamento da frota. escalar constante (no nula).
O grfico dado nada nos informa sobre a trajetria.
Um veculo movimenta-se em uma rodovia a 54,0km/h. Em um Resposta: A
determinado instante, o motorista acelera e, depois de 5,0 se-
gundos, o carro atinge uma velocidade de mdulo 90,0km/h.
Admite-se que a acelerao escalar tenha sido constante
durante os 5,0 segundos.
a) Esboce o grfico da velocidade escalar para o intervalo de
tempo dado.
b) Determine o valor da acelerao escalar do movimento.
c) Escreva a funo da posio em relao ao tempo, consi-
derando-se que o espao inicial do veculo de 10,0 metros.

FSICA 83
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Exerccios Resolvidos Mdulo 29

 (MODELO ENEM) O grfico a seguir


foro que passou para o vermelho.
representa a posio (x) de uma pessoa que
est caminhando ao longo do eixo Ox, em
funo do tempo de trajeto (t).

Considere as proposies que se seguem:


(I) Nos primeiros 36,0m, o movimento do
atleta foi uniformemente variado.
(II) Nos primeiros 36,0m, a acelerao do
atleta teve mdulo igual a 2,0m/s2.
(III) Com preciso de centsimo de segundo,
Determine, a partir desse grfico, o tempo gasto pelo atleta para completar a
a) a acelerao escalar do automvel e corrida foi de 10,33s.
b) a distncia percorrida pelo automvel desde (IV) O atleta cruzou a linha de chegada com
Os trechos OA, BCD e DE so arcos de
t = 0s at t = 4,0s. uma velocidade de mdulo igual a
parbola e os trechos AB e EF so retilneos.
Resoluo 43,2km/h.
Assinale a opo correta:
Esto corretas apenas
a) No intervalo de 0 a 60s, o mvel percorreu
a) I, II e III. b) I, II e IV. c) III e IV.
10m;
d) II e III. e) I e IV.
b) No intervalo de 50s a 60s, o mvel tem
Resoluo
movimento uniforme;
c) No instante t = 30s, a acelerao escalar (I) CORRETA.
nula; Se o grfico um arco de parbola cujo eixo
d) A velocidade escalar mdia no intervalo de
de simetria o eixo x, ento:
0 a 60s vale 0,20m/s;
e) A velocidade escalar no instante t = 15s vale V=k 
x V2 = k2x
1,0m/s. Como V2 proporcional a x (Equao de
Resoluo a) A acelerao escalar do carro dada por: Torricelli), o movimento uniformemente
a) Falsa. No referido intervalo de tempo, o
V variado.
mvel percorreu 30m, pois: =
d = |sida| + |svolta| t
(II) CORRETA.
d = 20m + 10m d = 30m 8,0
= (m/s2) = 2,0m/s2 V2 = V02 + 2 s
b) Entre 50s e 60s, o mvel encontra-se em 4,0
repouso. (12,0)2 = 0 + 2 . . 36,0 144 = 72,0
b) A distncia percorrida dada pela rea sob = 2,0m/s2
c) Entre 20s e 40s, o movimento uniforme-
o grfico velocidade escalar x tempo:
mente variado ( = constante 0).
s = rea (V x t)
s 10 0 1 (III) FALSA.
d) vM = = (m/s) vM = m/s
t 60 6 4,0 . 8,0 Na fase de movimento acelerado:
s = (m) s = 16,0m
2 V = V0 + t
e) O trecho AB do diagrama evidencia um
movimento uniforme entre 10s e 20s. As- 12,0 = 0 + 2,0 t1 t1 = 6,00s
sim, nesse intervalo de tempo: Respostas: a) 2,0m/s2
Na fase de movimento uniforme:
b) 16,0m
s 15 5
v = = (m/s) s = Vt
t 20 10
 (MODELO ENEM) Em uma corrida de 64,0 = 12,0t2 t2 = 5,33s

v = 1,0m/s 100m rasos, um atleta, em trajetria retilnea, T = t1 + t2 = 6,00s + 5,33s


teve o desempenho traduzido pelo grfico a
Resposta: E seguir, no qual representamos sua velocidade T = 11,33s
escalar em funo de sua coordenada de posi-
o (espao). IV) CORRETA.
 (VUNESP) O grfico na figura mostra a O trecho curvo um arco de parbola cujo eixo
Vf = 12,0m/s = 12,0 . 3,6km/h = 43,2km/h
velocidade escalar de um automvel em fun- de simetria o eixo dos x e cujo vrtice o
o do tempo, ao se aproximar de um sem- ponto de coordenadas x = 0 e V = 0. Resposta: B

84 FSICA
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Exerccios Propostos Mdulo 29

 (UEPA-MODELO ENEM) Nas corridas de 100m rasos, 2)


x 4,0m
Vm = = 0,7m/s
as velocidades dos atletas so registradas em cada instante e t 6,0s
se observa que cada um tem desempenho mximo em b) 1) De 0 a 2,0s a velocidade escalar constante e dada por:
momentos diferentes da corrida. Quando exibimos em um gr-
x 4,0m
fico a velocidade escalar do atleta em relao ao tempo de seu V1 = = = 2,0m/s
t 2,0s
movimento, podemos determinar a distncia percorrida como
2) No instante t2 = 4,0s (vrtice da parbola) a velocidade
sendo igual rea compreendida entre a linha do grfico e o escalar nula porque corresponde ao ponto de inverso
eixo dos tempos. do movimento.

c) De 2,0s a 6,0s a acelerao escalar constante e dada por:


V 0 2,0
= = (m/s2) = 1,0m/s2
t 2,0

Respostas: a) 8,0m e 0,7m/s


b) 2,0m/s e zero
c) 1,0m/s2

Considerando-se as informaes acima, analise o grfico com  (UNICAMP-SP) O grfico abaixo representa, aproxi-
as velocidades escalares aproximadas de trs atletas em uma madamente, a velocidade escalar de um atleta em funo do
corrida de 100m rasos. Marque a alternativa que indica qual tempo, em uma competio olmpica.
atleta estava em primeiro, em segundo e em terceiro lugares,
respectivamente, no instante 10s.
a) 1.o Maria, 2.o Joana, 3.o Carla
b) 1.o Joana, 2.o Maria, 3.o Carla
c) 1.o Carla, 2.o Maria, 3.o Joana
d) 1.o Maria, 2.o Carla, 3.o Joana
e) 1.o Carla, 2.o Joana, 3.o Maria

RESOLUO:
rea(Maria) > rea(Carla) > rea(Joana)
s(Maria) > s(Carla) > s(Joana)

Resposta: D
a) Em que intervalo de tempo o mdulo da acelerao escalar
 O grfico a seguir apresenta a posio (espao) de um tem o menor valor?
mvel em trajetria retilnea, em funo do tempo. b) Em que intervalo de tempo o mdulo da acelerao escalar
mximo?
c) Qual a distncia percorrida pelo atleta durante os 20s?
d) Qual a velocidade escalar mdia do atleta durante a com-
petio?

RESOLUO:
a) No intervalo de 6s a 16s o mdulo da acelerao escalar
mnimo porque vale zero.
b) No intervalo de 0 a 6s, temos:
V 12
1 = = (m/s2) = 2,0m/s2
t 6,0
O trecho 0A retilneo e o trecho ABC um arco de parbola
com vrtice em B. No intervalo de 16s a 20s, temos:
a) Qual a distncia percorrida e a velocidade escalar mdia no V 2,0
3 = = (m/s2) = 0,5m/s2
intervalo de 0 a 6,0s? t 4,0
b) Qual a velocidade escalar nos instantes t1 = 1,0s e
Portanto 1 > 3
t2 = 4,0s?
c) Qual a acelerao escalar no instante t2 = 4,0s? c) s = rea (V x t)
12 4
s = (16 + 10) + (12 + 10) (m)
RESOLUO: 2 2
a) 1) D = DOB + DBC
s = 156 + 44 (m) s = 2,0 . 102m
D = 6,0m + 2,0m = 8,0m

FSICA 85
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 86

s 2,0 . 102m Pedem-se:


d) Vm = = Vm = 10m/s
t 20s a) a velocidade escalar mdia do atleta, neste percurso de
200m;
Respostas: a) 6s a 16s b) 0 a 6s
c) 2,0 . 102m d) 10m/s b) a velocidade escalar (em km/h) com que o atleta cruza a
linha de chegada;
c) a acelerao escalar do atleta no instante t = 5,0s.

RESOLUO:
s 200m
a) Vm = = = 8,0m/s
t 25s
 Em uma corrida olmpica de 200m, um atleta fez o percur-
so total em 25s. b) s = rea (V x t)
O grfico a seguir representa a velocidade escalar do atleta du- Vmx
rante esta corrida. 200 = (25 + 15) Vmx = 10m/s = 36km/h
2
c) De 0 a 10s a acelerao escalar constante e dada por:
V 10
= = (m/s2) = 1,0m/s2
t 10

Respostas: a) 8,0m/s
b) 36km/h
c) 1,0m/s2

Exerccios Resolvidos Mdulo 30

 (UFRGS-MODELO ENEM) Em uma ma-


90,0m, e em seguida desenvolve velocidade
escalar constante.
30,0
90,0 = T1 . T1 = 6,0s
nh de maro de 2001, a plataforma petrolfera 2
O lobo descreve a mesma trajetria retilnea III) Verdadeira.
P-36, da Petrobrs, foi a pique. Em apenas trs
descrita pela lebre.
minutos, ela percorreu os 1320 metros de
O grfico a seguir representa as velocidades
profundidade que a separavam do fundo do
escalares do lobo e da lebre em funo do
mar. Suponha que a plataforma, partindo do
tempo.
repouso, acelerou uniformemente durante os
primeiros 30 segundos, ao final dos quais sua
velocidade escalar atingiu um valor V com
relao ao fundo, e que, no restante do tempo,
continuou a cair verticalmente, mas com velo-
s = rea (v x t)
cidade escalar constante de valor igual a V.
30,0
Nessa hiptese, qual foi o valor V? s = (10,0 + 4,0) (m) s = 210m
a) 4,0m/s; b) 7,3m/s; c) 8,0m/s; 2
d) 14,6m/s; e) 30,0m/s.
Considere as proposies a seguir:
Resoluo
I. Se a lebre no for molestada pelo lobo, ela
chegar sua toca no instante t = 10,0s.
O lobo estava a 240m da toca; como
II. O instante T1, indicado no grfico, corres-
percorreu 210m, ele est a 30,0m da toca.
ponde a 4,0s.
IV) Verdadeira.
III. Quando a lebre chegar toca, o lobo estar
V = V0 + t
a 30,0m da toca e, portanto, no conseguir
alcan-la. 20,0 = 0 + 5,0T T = 4,0s
IV. A velocidade escalar do lobo igual da Resposta: E
lebre no instante t = 4,0s.
s = rea (V x t)
V
Esto corretas apenas:  (UFRGS-MODELO ENEM) A sequncia
1320 = (180 + 150) V = 8,0m/s a) I e III b) I e IV c) II, III e IV de pontos na figura abaixo marca as posies,
2
Resposta: C d) II e IV e) I, III e IV em intervalos de 1 segundo, de um corredor de
Resoluo 100 metros rasos, desde a largada at aps a
 (MODELO ENEM) Uma lebre corre em I) Verdadeira. chegada.
linha reta, com velocidade escalar constante de s = Vt (MU)
20,0m/s, rumo sua toca. 200 = 20T T = 10,0s
No instante t = 0, a lebre est a 200m da toca
e, neste instante, um lobo que est a 40,0m II) Falsa. Assinale o grfico que melhor representa a
atrs da lebre parte do repouso com acelerao De 0 a T1, o lobo percorreu 90,0m. evoluo da velocidade escalar instantnea do
escalar constante de 5,0m/s2, mantida durante s = rea (V x t) corredor.

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Resoluo
At o instante t = 4s o movimento acelerado porque os deslocamentos a cada segundo esto aumentando.
Entre os instantes t = 4s e t = 7s o movimento uniforme porque os deslocamentos em cada segundo so iguais.
Entre os instantes t = 7s e t = 11s o movimento retardado porque os deslocamentos a cada segundo esto diminuindo.
Resposta: C

Exerccios Propostos Mdulo 30

 (UFMG) Um carro est parado no sinal fechado. Quando


b) sB = rea (V x t)

o sinal abre, o carro parte com acelerao escalar constante de 10,0 . 20,0
sB = (m) sB = 100m
2,0m/s2. Nesse mesmo instante, um nibus, que se move com 2
velocidade constante de mdulo igual a 10,0m/s, passa pelo
carro. Os dois veculos continuam a se mover dessa mesma
maneira.
1) No diagrama abaixo, quantifique a escala no eixo de
velocidades e represente as velocidades escalares do carro  Uma partcula se desloca em linha reta com equao
e do nibus em funo do tempo nos primeiros 12,0s aps horria dos espaos dada por:
a abertura do sinal, identificando-as. x = 2,0t2 4,0t + 12,0 (SI)
Calcule, entre os instantes t1 = 0 e t2 = 3,0s:
a) o deslocamento escalar;
b) a distncia percorrida.

RESOLUO:
dx
V = = 4,0t 4,0 (SI)
dt

2) Considerando-se a situao descrita, calcule


a) o tempo decorrido entre o instante em que o nibus passa
pelo carro e o instante em que o carro alcana o nibus;
t1 = 0 V1 = 4,0m/s
b) a distncia percorrida pelo carro desde o sinal at o ponto
em que ele alcana o nibus. t2 = 3,0s V2 = 8,0m/s

RESOLUO: s = rea (V x t)
1)
4,0 8,0
s1 = 1,0 . (m) = 2,0m s2 = 2,0 . (m) = 8,0m
2 2

a) s = s1 + s2 = 6,0m b) d = |s1| + |s2| = 10,0m

Respostas: a) 6,0m b) 10,0m

2) a) sA = sB
tE . 2,0 tE
10,0tE = tE = 10,0s
2

FSICA 87
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 (UFES) Uma partcula, partindo do repouso, ao longo de  (FGV-MODELO ENEM) Durante uma prova de 100m
uma trajetria retilnea, submetida a aceleraes escalares, rasos, um fotgrafo tentou tirar uma foto de um competidor
conforme mostra o grfico a x t da figura. famoso. Para isso, o fotgrafo manteve a cmara fixa em um
trip. Quando o competidor se aproximava, ele disparou a
cmara. Por azar, foram tiradas vrias fotos em uma mesma cha-
pa. O intervalo entre as fotos foi o mesmo. Ao revelar, ele teve
uma surpresa: havia vrias fotos do competidor, mostrando-o em
funo de seu deslocamento. A figura abaixo ilustra esquemati-
camente a foto revelada.

Sabendo-se que o intervalo entre uma foto e outra foi cons-


tante, o grfico que representa a velocidade escalar instan-
a) Construa o grfico da velocidade escalar da partcula em tnea do corredor em funo do tempo :
funo do tempo.
b) Calcule a distncia percorrida pela partcula no intervalo de 0
a 4,0s.
c) Calcule a velocidade escalar mdia da partcula entre os
instantes 0 e 4,0s.

RESOLUO:
a) V = rea (a x t)
V1 = 2,0 . 10(m/s) = 20m/s
V2 = 2,0 . 10(m/s) = 20m/s

b) s = rea (V x t)

4,0 . 20
s = (m) s = 40m
2
RESOLUO:
As fotos aparecem da esquerda para a direita, isto , a 1.a foto a
s 40m da extremidade esquerda e a ltima da extremidade direita.
c) Vm = = Vm = 10m/s
t 4,0s

Respostas:a) ver grfico b) 40m c) 10m/s

Como o intervalo de tempo entre fotos sucessivas sempre o


mesmo t = 1u, temos:

u u u u u
V1 = 4 ; V2 = 2 ; V3 = 1 ; V4 = 2 ; V5 = V6 = 2
u u u u u
A velocidade escalar comea com valor 4, na foto seguinte cai
para 2, na foto seguinte cai para 1, na foto seguinte volta a valer
2 e da para frente permanece constante.
Resposta: D

88 FSICA
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Exerccios Resolvidos Mdulo 31


 (PUCC) O grfico a seguir representa o
b) 0 tA:
tA tB:
uniforme e progressivo
uniformemente variado, pro-
 (MACK-MODELO ENEM) Entre duas de-
espao x em funo do tempo t para o movi- terminadas estaes de uma das linhas do
gressivo e retardado
mento de um corpo, em trajetria retilnea. Metr de So Paulo, o trem percorre o espao
tB tC: repouso
de 900 m no intervalo de tempo t, com veloci-
tC tD: uniformemente variado, pro-
dade escalar mdia de 54,0 km/h. O grfico I
gressivo e acelerado
abaixo representa a velocidade escalar do trem
 (ITA-MODELO ENEM) Um automvel nesse percurso, em funo do tempo, e o gr-
com velocidade escalar de 90km/h passa por fico II, o espao percorrido em funo do tempo.
um guarda num local em que a velocidade
escalar mxima de 60km/h. O guarda comea
a perseguir o infrator com a sua motocicleta,
mantendo acelerao escalar constante, at
que atinge 108km/h em 10s e continua com
essa velocidade escalar at alcan-lo, quando
Os trechos OA e BC so retilneos e os trechos
lhe faz sinal para parar. O automvel e a moto
curvos so arcos de parbola com vrtices em
descrevem trajetrias retilneas paralelas.
B e C e eixos de simetria paralelos ao eixo dos
Pode-se afirmar que
espaos.
a) o guarda levou 15s para alcanar o carro.
a) Construa o grfico da velocidade escalar em
b) o guarda levou 60s para alcanar o carro.
funo do tempo, no local indicado.
c) a velocidade escalar do guarda, ao alcanar
b) Classifique o movimento em cada trecho.
o carro, era de 25m/s.
d) o guarda percorreu 750m desde que saiu
em perseguio at alcanar o motorista
infrator.
e) o guarda no consegue alcanar o infrator.
Resoluo
km 90
1) V1 = 90 = m/s = 25 m/s Considerando-se que os trechos AR e SB do
h 3,6
grfico II so arcos de parbola e o trecho RS
km 108
2) V2 = 108 = m/s = 30 m/s um segmento de reta, os valores de SR e SS
h 3,6 so, respectivamente,
3) Construo do grfico V = f(t) para o auto- a) 125 m e 775 m. b) 200 m e 700 m.
Resoluo c) 225 m e 675 m. d) 250 m e 650 m.
mvel e para a motocicleta.
1) Comeamos o grfico pelos instantes em e) 300 m e 600 m.
que a velocidade nula: instantes tB e tC Resoluo
(vrtices das parbolas). 1) A velocidade escalar mdia dada por:
2) No intervalo entre t = 0 e t = tA, o movi- s 54,0 900
mento uniforme e progressivo porque a Vm = = t = 60s
t 3,6 t
funo x = f(t) do 1.o grau e crescente.
2) No grfico V = f(t), a rea mede o deslo-
3) No intervalo entre t = tA e t = tB, o movi-
camento escalar:
mento uniformemente variado e o grfico
V = f(t) um segmento de reta decres- (t + t/3) V1
900 =
cente. 4) At o encontro (instante T), os desloca- 2
4) No intervalo entre t = tB e t = tC, o espao mentos do automvel e da moto devem 1800 = (60 + 20) V1 V1 = 22,5m/s
constante e o corpo est em repouso. ser iguais:
5) No intervalo entre t = tC e t = tD, o movi- s = rea (V x t) 3) Entre os instantes 0 e t/3, temos:
mento uniformemente variado porque a sA = sM N
SR = rea (V x t)
30
funo x = f(t) do 2.o grau, progressivo 25T = (T + T 10)
2 (t/3) . V1 20 . 22,5
porque x = f(t) crescente e acelerado SR = SR = (m)
porque o mdulo da velocidade est 25T = (2T 10) 15 2 2
aumentado. 5T = (2T 10) 3 5T = 6T 30
SR = 225m
a)
T = 30s t 2
4) Entre os instantes e t, temos:
5) A distncia percorrida pelo automvel e 3 3
pela motocicleta at o encontro dada t
por: s = V1 .
3
sA = VAT
D = 25 . 30 (m) D = 750 m 60
SS 225 = 22,5 . SS = 675m
3
Resposta: D Resposta: C

FSICA 89
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Exerccios Propostos Mdulo 31

 O grfico a seguir representa a posio de uma bicicleta (x)


em funo do instante (t).

a) Construa no local indicado abaixo o grfico da velocidade


escalar da bicicleta em funo do tempo.

RESOLUO:
a)

b) 0 < t < t1: progressivo e retardado


b) Apoiado no grfico, responda em que intervalo de tempo o t = t1: inverso de movimento (v = 0)
movimento retrgrado e acelerado. Justifique a resposta. t1 < t < t2: retrgrado e acelerado
Nota: Os trechos OA e CD so retos e o trecho ABC um arco t2 < t < t3: retrgrado e retardado
de parbola. t = t3: inverso de movimento (v = 0)
t3 < t < t4: progressivo e acelerado
RESOLUO:
a)
 (UFSCar-SP) O diagrama mostra como varia o espao s
em funo do tempo t para uma partcula que se desloca em
trajetria retilnea.

b) O movimento retrgrado e acelerado no intervalo t2 < t < t3.

Os trechos AB, CDE e FG so arcos de parbola com vrtices em


A, D e G, respectivamente. Os trechos BC e EF so retilneos.

 O grfico a seguir representa o espao de um ponto ma-


terial em funo do tempo. Os trechos so arcos de parbola.
a) Construa o grfico velocidade escalar x tempo no local in-
dicado. a) No local indicado, construa o grfico velocidade escalar x tem-
b) Classifique o movimento em cada seco do grfico. po.

90 FSICA
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b) Classifique o movimento nos intervalos de tempo de t2 a t3 Este grfico est mostrando que o carro
e de t5 a t6. a) Partiu com uma certa velocidade escalar, que foi aumen-
tando, e depois freou sem chegar a parar.
RESOLUO: b) Partiu do repouso, aumentou de velocidade escalar, freou
a) at parar e comeou a voltar com movimento acelerado.
c) Partiu com uma certa velocidade escalar, mantendo esta por
um tempo, e comeou a voltar.
d) Partiu do repouso, mantendo uma mesma velocidade
escalar, freando logo depois.
e) Partiu do repouso e acelerou no restante do tempo sem
1) MUV


frear em nenhum momento.
b) 1) t2 a t3: 2) progressivo (V > 0)
3) retardado (V > 0 e < 0) RESOLUO:
A velocidade inicial (ponto A) nula, pois corresponde ao vrtice


1) MUV
da parbola.
2) t5 a t6: 2) retrgrado (V < 0)
De A para B, a velocidade escalar positiva e a acelerao escalar
3) retardado (V < 0 e > 0)
positiva (parbola com concavidade para cima): o movimento
acelerado e o mdulo da velocidade aumentou.
(FCM-MG-MODELO ENEM) O grfico espao x tempo, De B para C, a velocidade escalar continua positiva e a acelerao
a seguir, representa o movimento de um carro numa estrada escalar negativa (parbola com concavidade para baixo): o
retilnea. movimento retardado e o mdulo da velocidade diminuiu.
No ponto C, a velocidade se anula e de C para D a velocidade es-
calar negativa e a acelerao escalar negativa: o movimento
retrgrado (volta) e acelerado.
Resposta: B

No Portal Objetivo

As seces AB e BCD so dois arcos de parbola, com eixos Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
de simetria na direo do eixo dos espaos e vrtices nos OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar,
digite FIS1M203
pontos A e C, respectivamente.

32 Queda livre Acelerao da gravidade

Introduo Em nossos estudos de queda livre (ao exclusiva da


gravidade), vamos adotar a acelerao da gravidade como
Desde a poca de Galileu que o estudo da queda livre constante com um valor aproximado de 10m/s2.
dos corpos foi objeto de curiosidade dos grandes pensa- Apresentamos a seguir uma tabela com a acelerao
dores. da gravidade na superfcie dos oito planetas do sistema
Cada planeta, dependendo de sua massa e de seu raio, solar e do planeta-ano Pluto.
tem nas suas vizinhanas um campo de gravidade que
Acelerao da
traduzido pelo valor da acelerao da gravidade, que a Planeta
acelerao que todos os corpos em queda livre tm, gravidade em m/s2
independentemente de suas massas. Mercrio 3,78
No caso da Terra, o valor da acelerao da gravidade Vnus 8,60
no o mesmo em qualquer local: depende da latitude e
da altitude do lugar. Em consequncia da rotao da Terra, Terra 9,81
a acelerao da gravidade tem valor mximo nos polos Marte 3,72
(9,83m/s2) e valor mnimo no Equador (9,78m/s2). Jpiter 22,9
Em relao altitude, o valor da acelerao da gravi-
Saturno 9,05
dade mximo no nvel do mar e vai diminuindo medida
que nos afastamos da superfcie terrestre. Urano 7,77
A acelerao da gravidade no nvel do mar e na latitude Netuno 11,0
de 45 tem valor de 9,8m/s2, sendo denominada gravi- Pluto 0,50
dade normal.

FSICA 91
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 Uma bolinha de gude abandonada, a par-


como no planeta X e adote para o mdulo da
acelerao da gravidade na Terrra o valor
uma pedra que cai enquanto o carro se move
para debaixo do viaduto. A pedra atinge o vidro
tir do repouso, da janela de um prdio de uma
gT = 10,0m/s2. do carro quebrando-o e forando o motorista a
altura de 45m acima do solo terrestre. Des-
A acelerao da gravidade, no planeta X, tem parar no acostamento mais frente, onde
preze o efeito do ar e adote g = 10m/s2.
mdulo igual a: outro assaltante aguarda para realizar o furto.
Determine
a) 2,5m/s2 b) 5,0m/s2 c) 10,0m/s2
a) o tempo de queda da bolinha at atingir o 2 2
d) 20,0m/s e) 40,0m/s
solo;
Resoluo
b) o mdulo da velocidade com que a bolinha
g
atinge o solo; s = V0t + t2 (MUV) H = T2
2 2
c) o grfico da velocidade escalar da bolinha
em funo do tempo;


d) a velocidade escalar mdia desde o instante 2H
T=
em que a bolinha abandonada at o g
instante em que atinge o solo.


2H Suponha que, em um desses assaltos, a pedra
Resoluo Na Terra: TT :
gT caia por 7,2m antes de atingir o para-brisa de
a) s = V0t + t2
2 um carro. Nessas condies, desprezando-se a


2H resistncia do ar e considerando-se a acelera-
g No planeta X: o da gravidade com mdulo 10m/s2, a dis-
2 gx
H = tQ
2 tncia d da marca de referncia, relativamente
trajetria vertical que a pedra realizar em sua

 
2H 2 . 45 Dado da questo: Tx = 2TT queda, para um trecho de estrada onde os
tQ = = (s) = 3,0s
g 10 carros se movem com velocidade constante de

 
2H 2H mdulo 120km/h, est a
2 =2
b) V2 = V0 + 2 s gx gT
a) 22m b) 36m c) 40m
V2 = 0 + 2g H d) 64m e) 80m
2H 2H
V= 
2gH = 
2 . 10 .45
 (m/s) = 4 .
gx gT
Resoluo
1) Clculo do tempo de queda:
V = 30m/s
gT
4gx = gT gx = = 2,5m/s2 s = V0t + t 2 (MUV)
c) 4 2

Resposta: A 10
7,2 = 0 + tQ2
2
 (FGV-SP-MODELO ENEM) Frequente-
mente, quando estamos por passar sob um tQ2 = 1,44 tQ = 1,2s
viaduto, observamos uma placa orientando o
motorista para que comunique polcia qual-
V0 + V 2) Clculo da distncia d:
d) Vm = = 15m/s quer atitude suspeita em cima do viaduto. O
2 s = Vt (MU)
alerta serve para deixar o motorista atento a
um tipo de assalto que tem se tornado comum 120
 (MODELO ENEM) Uma bola, partindo e que segue um procedimento bastante ela- d = . 1,2 (m)
3,6
do repouso, de uma altura H, gasta um tempo borado. Contando que o motorista passe em
T para atingir o solo terrestre. determinado trecho da estrada com velocidade
A bola levada para um planeta X e, partindo constante, um assaltante, sobre o viaduto, d = 40m
do repouso, de uma mesma altura H, gasta um aguarda a passagem do para-brisa do carro por
tempo 2T para atingir o solo do planeta. uma referncia previamente marcada na estra- Resposta: C
Despreze o efeito da atmosfera tanto na Terra da. Nesse momento, abandona em queda livre

 (UFCG-PB-MODELO ENEM) Veja o que o estudante e, num rpido reflexo para a nota no cair no cho, segurou-a
Cirilo Cerebelo aprontou na sala de aula. com os dedos da mo esquerda. Depois de ter exibido toda a
velocidade de reflexo do seu crebro, Cirilo passou a fazer
Diante da turma da escola, Cirilo Cerebelo pegou uma no- esse teste com seus amigos. Ele fazia assim: segurava a nota
ta de R$1,00 e, com a mo direita, segurou-a pela extremidade com a mo direita e pedia para cada um dos meninos e das me-
entre os dedos indicador e polegar. Na outra extremidade da ninas tentar peg-la com a mo esquerda, como ele havia feito
nota, e sem toc-la, ele deixou abertos os mesmos dedos, s anteriormente. S que ningum conseguiu pegar a nota. [...]
que da mo esquerda. A, ele soltou a nota com a mo direita Cincia Hoje das Crianas, v.17, n.149, ago. 2004, p. 17.

92 FSICA
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Para que os colegas de Cirilo conseguissem apanhar a nota de  Uma bolinha de gude abandonada da janela de um prdio
R$1,00, que tem comprimento de 14 cm, deveriam fechar os de uma altura H = 20m acima do solo terrestre. Adote
dedos da mo esquerda, posicionados de tal forma que a nota, g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar.
ao longo de seu comprimento, se encontrasse entre o O tempo de queda da bolinha, at chegar ao cho, vale T e a
indicador e o polegar abertos ao mximo e prestes a apanh-la. velocidade de impacto contra o cho tem mdulo V. Os valores
Considerando-se o mdulo da acelerao da gravidade igual a de T e V so:
10 m/s2, o intervalo de tempo necessrio para que seus a) T = 2,0s e V = 20m/s b) T = 3,0s e V = 20m/s
colegas segurassem a nota, contado a partir do momento em c) T = 4,0s e V = 20m/s d) T = 3,0s e V = 30m/s
que vissem Cirilo abandon-la, um valor mais prximo de: e) T = 1,0s e V = 10m/s
a) 0,17 s b) 0,28 s c) 1,2 s d) 1,4 s e) 1,7 s
RESOLUO:
RESOLUO:

1) s = V0 t + t2
s = V0t + t2 (MUV) 2
2

10 g
0,14 = 0 + T2 H = T2
2 2

T2 = 0,028 T 0,17s 2H 2 . 20
T= = (s) T = 2,0s
g 10
Resposta: A

2) V2 = V02 + 2 s

V2 = 2 g H

V= 
 = 
2gH 2
. 
10 . 20 (m/s) V = 20m/s

Resposta: A
 (VUNESP-MODELO ENEM) A indstria de alimentos
com seus novos materiais que os embalam, tem mostrado sua
preocupao ambiental com respeito reorganizao desse
material para a reciclagem. Essa preocupao est impressa
nessas embalagens, quando observamos a figura que se
segue
 (UFCG-PB-MODELO ENEM) Num certo momento, no
faroeste Justia Selvagem de 1933, John Wayne est prestes
a saltar sobre um fora-da-lei, espreitando-o sobre uma rvore.
A altura do heri, medida verticalmente, em relao sela do
cavalo, que se move em movimento retilneo uniforme com
velocidade escalar de 10m/s, de 3,2m. Despreze o efeito do
ar e adote g = 10m/s2.
Imagine que voc, segurando uma pilha a uma distncia de
1,8m do fundo de um cesto, a abandone em queda livre.
Desconsiderando-se a ao do ar sobre a pilha e supondo-se
que a acelerao da gravidade tem mdulo 10 m/s2, a pilha
largada atingir o fundo do cesto com velocidade de mdulo,
em km/h, prxima a
a) 15,5 b) 18,0 c) 21,6 d) 24,0 e) 27,5

RESOLUO:
V2 = V02 + 2 s
V2 = 0 + 2 . 10 . 1,8 Sagebrush Trail, Lone Star Productions, 1933.
V2 = 36 O heri conseguiu deter o fora-da-lei. Considerando-se que
V = 6,0 m/s = 6,0 . 3,6 km/h sobre ele atuou, durante todo o tempo de queda, somente a
fora peso, pode-se afirmar que
V = 21,6 km/h
a) o tempo de queda do heri foi de 0,32s.
Resposta: C b) o heri pulou quando o cavalo estava a uma distncia de sua
posio, medida horizontalmente, de 8,0m.
c) quando o cavalo estava exatamente abaixo do heri, ele
pulou, gastando 0,80s para atingir o fora-da-lei.

FSICA 93
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d) desde o instante em que o heri pulou at o instante em e) (F) V = v0 + t


que atingiu o fora-da-lei, o cavalo percorreu uma distncia v1 = 0 + 10 . 0,8 (m/s) v1 = 8,0 m/s
igual a 6,4m.
Resposta: B
e) ao atingir o fora-da-lei, a velocidade escalar do heri era
4,0m/s.

RESOLUO:

a) (F) s = v0 t + t2 (MUV)
2

10
3,2 = 0 + T2 T2 = 0,64 T = 0,8s
2
b) (V) s = v t (MU)
D = 10 . 0,8 (m) = 8,0m

33 Lanamento vertical

 (PUC-RJ) Uma bola lanada vertical-


Resoluo
1) Tempo de subida
Se a atleta blgara realizasse o mesmo salto na
Lua, mantendo a mesma velocidade de sada
mente para cima: Podemos dizer que no ponto
V = V0 + t do solo, a marca atingida seria um valor mais
mais alto de sua trajetria
V0 prximo de:
a) a velocidade da bola mxima, e a
0 = V0 gts ts =
g a) 5,0 m b) 5,30 m c) 5,70 m
acelerao da bola vertical e para baixo.
d) 6,80 m e) 12,30 m
b) a velocidade da bola mxima, e a
2) Altura mxima Resoluo
acelerao da bola vertical e para cima.
2 A elevao do CG da atleta calculada usando-se
c) a velocidade da bola mnima, e a V2 = V0 + 2 s
2 a Equao de Torricelli para o movimento vertical
acelerao da bola nula. 0= V0 + 2 ( g)H
da atleta.
d) a velocidade da bola nula, e a acelerao
V0
2 Vy2 = V0y2 + 2ysy (MUV)
da bola vertical e para baixo.
H = 0 = V0y2 + 2 ( g) HCG
e) a velocidade da bola mnima, e a 2g
acelerao da bola vertical e para cima. V0y2
Resoluo Quando V0 duplica, ts tambm duplica e H HCG =
quadruplica. 2g
No ponto mais alto da trajetria (ponto de
inverso), a velocidade se anula e a acelerao Para o mesmo V0y, na Lua HCG torna-se 6 ve-
TB = 2TA e HB = 4HA
igual da gravidade. zes maior.
Resposta: C
Resposta: D Na Terra: HCG = (2,05 1,10) m = 0,95 m

 (MODELO ENEM) Nos jogos olmpicos Na Lua: HCG = 6 . 0,95m = 5,70m


 Um projtil A lanado verticalmente para de 1996, a atleta blgara Stefka Kostadinova Altura mxima na Lua:
cima, a partir do solo, com velocidade inicial de estabeleceu o recorde olmpico feminino para o HL = H0 + HCG
mdulo V0. O tempo de subida do projtil A salto em altura: 2,05m.
vale TA e a altura mxima atingida vale HA. Um HL = 1,10 m + 5,70 m HL = 6,80 m
Sabe-se que na Lua a acelerao da gravidade
outro projtil, B, lanado verticalmente para equivale a um sexto da acelerao da gravidade Resposta: D
cima, da mesma posio de lanamento de A, na Terra.
com velocidade inicial de mdulo 2V0. Considere os seguintes dados:  (UERJ-MODELO ENEM) Em um jogo
Despreze o efeito do ar e admita que a 1) No clculo da altura mxima a ser atingida, de voleibol, denomina-se tempo de voo o
acelerao da gravidade seja constante. O o que importa a elevao do centro de intervalo de tempo durante o qual um atleta
tempo de subida do projtil B (TB) e a altura gravidade da atleta que, no instante em que que salta para cortar uma bola est com ambos
mxima por ele atingida (HB) so dados por: seu p esquerdo perde o contato com o os ps sem contato com o cho, como ilustra a
a) TB = TA e HB = HA solo, estava a 1,10 m acima do solo. fotografia.
b) TB = 2TA e HB = 2HA 2) Quando a atleta est ultrapassando o Considere um atleta que consegue elevar verti-
c) TB = 2TA e HB = 4HA sarrafo, o seu centro de gravidade est calmente o seu centro de gravidade a 0,45m do
praticamente na mesma altura do sarrafo. cho e a acelerao da gravidade com mdulo
d) TB = 4TA e HB = 4HA
3) O efeito do ar no salto realizado na Terra igual a 10m/s2. Despreze o efeito do ar.
e) TB = 4TA e HB = 2HA
desprezvel.

94 FSICA
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O tempo de voo do atleta foi de


V0 = 3,0m/s
a) 0,20s b) 0,40s c) 0,50s
d) 0,60s e) 0,80s b) V = V0 + t (MUV)
Resoluo 3,0 = 3,0 10T 10T = 6,0
a) V2 = V02 + 2 s (MUV) (+)
T = 0,60s
0= V02 + 2(10) 0,45 V02 = 9,0 Resposta: D

(UEMS) Um juiz de futebol, para definir qual time inicia a Desprezando-se a resistncia do ar, correto afirmar que
partida, joga uma moeda para o alto. O movimento da moeda a) X atinge uma altura maior do que Y e volta ao solo depois de
ocorre somente no eixo vertical, ou seja, formando um ngulo Y.
de 90 com o campo de futebol. correto afirmar que, no b) X atinge uma altura maior do que Y e volta ao solo ao
ponto mais alto da trajetria da moeda, ela tem mesmo tempo que Y.
a) velocidade e acelerao nulas. c) X atinge uma altura igual de Y e volta ao solo antes de Y.
b) menor acelerao e, portanto, maior velocidade. d) X atinge uma altura igual de Y e volta ao solo ao mesmo
c) acelerao nula e maior velocidade. tempo que Y.
d) velocidade nula. e) X atinge uma altura menor do que Y e volta ao solo antes de
e) acelerao nula. Y.

RESOLUO:
RESOLUO:
Qualquer que seja a massa da esfera sua acelerao ser igual
No ponto mais alto, a velocidade se anula (ponto de inverso) e a
da gravidade e o tempo de voo e a altura mxima atingida no
acelerao igual da gravidade.
dependero da massa.
Resposta: D
Resposta: D

(UFSC) Quanto ao movimento de um corpo lanado ver-


ticalmente para cima e submetido somente ao da gravida-
de, correto afirmar que
01. a velocidade escalar do corpo no ponto de altura mxima
zero. Um projtil lanado verticalmente para cima, a partir do
02. a velocidade escalar do corpo constante para todo o solo terrestre, com velocidade escalar inicial V0 = 10m/s.
percurso. Despreze o efeito do ar e adote g = 10m/s2. O tempo de subida
04. o tempo necessrio para a subida igual ao tempo de do projtil vale T e a altura mxima atingida vale H. Os valores
descida, quando o corpo lanado de um ponto e retorna de T e H so, respectivamente:
ao mesmo ponto. a) 2,0s e 10,0m b) 1,0s e 10,0m c) 2,0s e 20,0m
08. a acelerao escalar do corpo maior na descida do que d) 2,0s e 5,0m e) 1,0s e 5,0m
na subida.
RESOLUO:
16. para um dado ponto na trajetria, a velocidade escalar tem 1) Clculo de T:
os mesmos valores, em mdulo, na subida e na descida.
V = V0 + t
D como resposta a soma dos nmero associados aos itens
0 = V0 g T
corretos.
V0 10
T = T = (s) = 1,0s
RESOLUO:
g 10
(01) CORRETO. Ponto de inverso.
(02) ERRADO. Trata-se de MUV. 2) Clculo de H:
V0
(04) CORRETO. ts = tQ = V2 = V02 + 2 s
g
0 = V02 + 2 (g) H
(08) ERRADO. A acelerao escalar constante.
(16) CORRETO. Vem da Equao de Torricelli.
V02 100
s = 0 V22 = V12 V2 = V1 H = H = (m) = 5,0m
2g 20
Resposta: 21
Resposta: E
(UFF-RJ-MODELO ENEM) Duas pequenas esferas, X e
Y, possuem o mesmo raio e massas respectivamente iguais a
mx e my = 2mx. Estas esferas so, simultaneamente, lanadas
na direo vertical, para cima, com a mesma velocidade inicial,
a partir do solo.

FSICA 95
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34 Vetores Direo Sentido Orientao


Conceitos novos so criados na Fsica quando as fer- intensidade da fora F1 duas vezes maior do que a

ramentas utilizadas para traduzir os fenmenos se tor- intensidade da fora F2.
nam inadequadas ou ineficientes.
A intensidade da grandeza vetorial F pode ser simbo-
Isaac Newton, ao desenvolver seus estudos de Me-
lizada por F ou | F |.
cnica, chegou a um ponto em que a Matemtica dis-
ponvel no era suficiente para traduzir as leis fsicas que No caso, temos: F1 = 2F2 ou | F1 | = 2 | F2 |

ele estava descobrindo e ele teve de inventar uma O vetor que representa a grandeza vetorial F pode
Matemtica nova, que foi o Clculo Diferencial e Integral, ser simbolizado pela notao de segmento orientado ou
que estudado nas universidades.
por uma diferena entre o seu ponto extremidade e o
Isto tambm ocorreu na Cinemtica, na descrio de seu ponto origem:
um movimento no retilneo.


Quando um carro descreve uma curva em movi- F1 OA = A O
mento uniforme, ele deve estar sujeiro ao de uma grandeza
vetor representativo de F1
fora e, portanto, ele deve ter uma acelerao e sua vetorial
velocidade deve estar variando de alguma maneira.

Houve ento a necessidade de associar velocidade F2 OB = B O

do carro uma orientao, isto , uma direo e um sen- grandeza vetor representativo de F2
tido e surgiu um novo ente matemtico, isto , uma nova vetorial
personagem nos estudos da Fsica: o vetor.

1. Introduo
Se uma fora de 10N for
Para estudar as grandezas escalares, usamos o con- representada por uma flecha
junto dos nmeros reais. de 1,5cm, uma outra que
Para estudar as grandezas vetoriais, necessitamos tenha intensidade 20N ser
representada por uma flecha
de um outro conjunto cujos elementos admitam os de 3,0cm de comprimento
conceitos de mdulo (ou valor numrico), direo e (em escala).
sentido. Tais elementos so chamados de vetores.
Assim, os vetores vo representar as grandezas 2. Operaes com vetores
vetoriais.
No confunda a grandeza vetorial com o elemen- Adio de dois vetores
to matemtico que a representa e que o vetor.
Consideremos duas grandezas vetoriais, F1 e F2, re-
O vetor simbolizado geometricamente por um
segmento de reta orientado; a direo e sentido do seg- presentadas pelos vetores OA e OB.

mento orientado so os mesmos da grandeza vetorial e Para somarmos as grandezas vetoriais, F1 e F2, de-
a medida do segmento orientado proporcional

vemos somar os vetores OA e OB e obter o vetor soma
intensidade da grandeza vetorial.
ou resultante OC, que vai representar a grandeza veto-
rial resultante.
A soma de vetores feita pela regra do paralelogra-
mo ou pela regra do polgono.
Regra do paralelogramo
Representam-se os dois vetores a partir de uma
mesma origem arbitrria O;


Da extremidade de F1 , traa-se uma reta paralela a F2;
Na figura o vetor OA representa uma fora horizon-
Da extremidade de F2 , traa-se uma reta paralela a F1;
tal e dirigida para a direita; o vetor OB representa uma
fora vertical e dirigida para cima. Na interseco das retas paralelas traadas, temos o
Como o segmento orientado OA tem medida duas ponto C;


vezes maior do que o segmento orientado OB, ento a O vetor resultante o vetor OC (vetor soma)

96 FSICA
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(3) Quando = 90, o clculo de | Fres | recai no Teo-
rema de Pitgoras.
Do exposto, conclumos que, para qualquer valor de

com | F1 | > | F2 |, temos:
Regra do polgono

| F1 | | F2 | | Fres | | F1 | + | F2 |

Nota: a unidade de fora no S.I. chamada newton e


simbolizada por N.

Exemplificando, com | F1 | = 4,0N e | F2 | = 3,0N:

4,0N 3,0N | Fres | 4,0N + 3,0N


Escolhemos um ponto O qualquer para come- 1,0N | Fres | 7,0N
armos o polgono;

A partir de O, colocamos o vetor que representa F1;
A partir da extremidade

A desse vetor, colocamos
o vetor que representa F2 ; Para = 90, temos:
O vetor resultante (vetor soma) o vetor que
fecha o polgono, isto , sua origem o ponto O e sua | Fres | 2 = | F1 |2 + | F2 |2
extremidade a extremidade do ltimo vetor re-
presentado (C). | Fres | 2 = (4,0N)2 + (3,0N)2

3. Determinao | Fres | 2 = 16,0N2 + 9,0N2 = 25,0N2
do mdulo do vetor resultante
Sendo a adio de vetores feita pela regra do parale-
logramo, o mdulo do vetor resultante pode ser calcula-
do pela aplicao da lei dos cossenos no tringulo OAC.

| Fres | = 5,0N
| Fres | 2 = | F1 | 2 + | F2 | 2 + 2 | F1 | F2 | cos

Note que o mdulo do vetor resultante depende do


ngulo entre os vetores que foram adicionados.
Em particular: Para = 60, temos:
(1) Quando = 0, temos:
| Fres | 2 = | F1 |2 + | F2 |2 + 2 | F1 | | F2 | cos

| Fres | = | F1 | + | F2 | e o vetor resultante tem m- 1
| Fres | 2 = (4,0N)2 + (3,0N)2 + 2 . 4,0N . 3,0N .
dulo mximo;
2
2
| Fres | = 16,0N2 + 9,0N2 + 12,0N2 = 37,0N2


(2) Quando = 180, temos: | Fres | = 
37,0 N

| Fres | = | F1 | | F2 | (supondo-se | F1 | > | F2 |) e o
vetor resultante tem mdulo mnimo;

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4. Adio de N vetores

Para somar vrios vetores, mais simples usarmos a regra do polgono.


Escolhemos um ponto qualquer (0) para comearmos o polgono. A partir

de 0, colocamos o vetor que representa F1; a partir da extremidade A desse

vetor, colocamos o vetor que representa F2; a partir da extremidade B desse

vetor, colocamos o vetor que representa F3 e assim sucessivamente. O vetor
soma o vetor que fecha o polgono, isto , sua origem o ponto 0 e sua
extremidade a extremidade do ltimo vetor representado.


Fres = F1 + F2 + F3 + F4

 (UFJF-MG) Assinale a alternativa em


Resoluo
a) A fora uma grandeza vetorial porque,
b) O vetor tem mdulo 2 cm e aponta na
direo do nmero 12 do relgio.
que h somente grandezas vetoriais:
para caracteriz-la, precisamos conhecer a c) O vetor tem mdulo 1 cm e aponta na
a) velocidade, acelerao, momento linear,
sua intensidade, a sua direo e o seu direo do nmero 6 do relgio.
campo eltrico.
sentido, isto , a fora uma grandeza d) O vetor tem mdulo 2 cm e aponta na
b) massa, tempo, carga eltrica, temperatura.
orientada (tem direo e sentido). direo do nmero 6 do relgio.
c) fora, ndice de refrao, resistncia eltri-
e) O vetor tem mdulo 1,5 cm e aponta na
ca, momento linear. b) = 0 Rmx = F1 + F2 = 14,0N
direo do nmero 6 do relgio.
d) energia, campo eltrico, densidade, empu- = 180 Rmn = F2 F1 = 2,0N Resoluo
xo.
c) Quando o relgio marcar 6h, o
e) trabalho, presso, perodo, calor.
ponteiro das horas aponta para
Resoluo
o 6 e o ponteiro dos minutos
a) todas vetoriais b) E; E; E; E
aponta para o 12, formando en-
c) V; E; E; V d) E; V; E; V
tre si um ngulo de 180.
e) E; E; E; E
A soma dos referidos vetores
Resposta: A
ter mdulo igual a 1cm e sen-
As principais grandezas vetoriais so:
R2 = F12 + F22 tido apontando para o nmero
1) Deslocamento: d
12.
2) Velocidade: V R2 = (6,0)2 + (8,0)2
3) Acelerao: a R2 = 100 Resposta: A

4) Fora: F
R = 10,0N
5) Impulso: I = F t  (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) Os
6) Quantidade de movimento ou momento garotos A e B da figura puxam, por meio de
Respostas:a) Fora tem direo e sentido.
linear: Q = m V b) 14,0N e 2,0N cordas, uma caixa de 40kg, que repousa sobre
uma superfcie horizontal, aplicando foras
7) Campo eltrico: E c) 10,0N
paralelas a essa superfcie e perpendiculares
8) Campo magntico: B
 (PUC-RJ-MODELO ENEM) Os pontei-
entre si, de intensidades 160N e 120N, respec-


Considere duas foras, F1 e F2, de inten- ros de hora e minuto de um relgio suo tm,
tivamente. O garoto C, para impedir que a caixa
se desloque, aplica outra fora horizontal, em
sidades constantes F1 = 6,0N e F2 = 8,0N. respectivamente, 1 cm e 2 cm. Supondo-se
determinada direo e sentido.
Seja o ngulo formado entre F1 e F2. que cada ponteiro do relgio um vetor que sai
Responda aos quesitos que se seguem: do centro do relgio e aponta na direo dos
a) Por que a fora uma grandeza vetorial? nmeros na extremidade do relgio, determine
b) Quais so os valores mximo e mnimo da o vetor resultante da soma dos dois vetores

intensidade da resultante entre F1 e F2? In- correspondentes aos ponteiros de hora e
dique os respectivos valores de . minuto quando o relgio marca 6 horas.
c) Para = 90, qual a intensidade da resul- a) O vetor tem mdulo 1 cm e aponta na

tante entre F1 e F2? direo do nmero 12 do relgio.

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Desprezando-se o atrito entre a caixa e a superfcie de apoio, a fora


A resultante entre FA e FB tem mdulo dado por
aplicada pelo garoto C tem intensidade de
2 2 2
a) 150N b) 160N c) 180N d) 190N e) 200N FAB = FA + FB
Resoluo
FAB = 200N


Para o equilbrio, a fora aplicada pelo garoto C deve ser oposta a FAB .


FC = FAB FC = FAB = 200N

Resposta: E

 (UELONPR) So grandezas vetoriais a c) As somas representadas nos quadros (1), (5) e (9) esto
a) energia cintica e a corrente eltrica. incorretas.
b) corrente eltrica e o campo eltrico. d) Apenas as somas representadas nos quadros (2), (3) e (4)
c) fora e o calor. esto corretas.
d) acelerao e o trabalho. e) As somas representadas nos quadros (2) e (8) esto in-
e) acelerao e o campo eltrico. corretas.

RESOLUO:
Resposta: E
A soma dos vetores representada no quadro 6 est incorreta, pois,
de acordo com a regra do paralelogramo, temos:


 Considere duas foras, F1 e F2, de intensidades F1 = 10,0N
e F2 = 15,0N, aplicadas a um ponto material. Um possvel valor

da intensidade da fora resultante entre F1 e F2
a) zero b) 2,0N c) 4,0N d) 12,0N e) 30,0N

RESOLUO: Resposta: B
F2 F1 R F2 + F1
5,0N R 25,0N
Resposta: D

 (FATEC) Duas foras tm intensidades F1 = 10N e


 (MODELO ENEM) A tabela de dupla entrada da figura F2 = 15N.
mostra a soma de vetores de mesmo mdulo e com as
O mdulo da resultante R = F1 + F2 no pode ser:
orientaes indicadas. a) 4N b) 10N c) 15N d) 20N e) 25N

RESOLUO:
F2 F1 R F1 + F2
5N R 25N
Resposta: A

Assinale a opo correta:


a) Todas as somas representadas esto corretas.
b) Apenas a soma representada no quadro (6) est incorreta.

FSICA 99
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35 Operaes com vetores Componentes vetoriais

1. Produto de um 3. Diferena de vetores



escalar por um vetor A subtrao entre dois vetores, V2 e V1, pode ser
transformada em uma adio:
Consideremos

uma grandeza escalar e e uma gran-
deza vetorial V.

V = V2 V1 = V2 + ( V1)
O produto e V tem como resultado uma grandeza

vetorial G = e V com as seguintes caractersticas:
Para subtrairmos um vetor V1 de um vetor V2 ,
a) | G | = | e | . | V |
basta somarmos V2 com o oposto de V1.
b) direo: a mesma de V
c) sentido: depende do sinal de e

e > 0 : mesmo sentido de V

e < 0 : sentido oposto ao de V
Exemplificando:

consideremos um nmero real
n = 2 e um vetor V com mdulo igual a 3, direo da reta
(r) e sentido de A para B.


O vetor 2 V um vetor de mdulo 6, direo da reta
(r) e sentido de A para B.


Um modo prtico de se obter o vetor V2 V1 re-
present-los com a mesma origem e unir a extremidade

2. Vetor oposto de V1 com a extremidade de V2 (Fig. 2).

Dado um vetor V1,define-se vetor oposto a V1 como

sendo um vetor V2 que resulta do produto do nmero 1
4. Decomposio de

pelo vetor V1: um vetor em duas
direes perpendiculares
V2 = (1) V1 = V1
Seja o vetor F inclinado de em relao ao eixo Ox
e inclinado de em relao ao eixo Oy.


V1 = OA = A O

V2 = V1 = OB = B O

Dois vetores opostos, V1 e V2, tm mdulos iguais,
mesma direo e sentidos opostos.
A soma de vetores opostos o vetor nulo:

Fx = componente de F segundo Ox.
V2 + V1 = 0
Fy = componente de F segundo Oy.

100 FSICA
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Da figura, temos: cos = sen = 0,80


Fy Fx As componentes de F sero:
sen = ; cos =
F F Fx = | F | cos = 10,0N . 0,80 Fx = 8,0N
Fx Fy
sen = ; cos = Fy = | F | sen = 10,0N . 0,60 Fy = 6,0N
F F
Portanto:

Fx = F cos = F sen
Fy = F cos = F sen
F2 = Fx2 + F y2
Durante o lanamento, a velo-

cidade do mssil ( V ) pode
ser separada em duas com-
Exemplificando: F = 10,0N; = 37; = 53
ponentes, uma horizontal V x

Dados: sen = cos = 0,60 e outra vertical V y .

 Uma partcula descreve uma trajetria


2
V = V2 + V2 = 2V2
za a escada que desce; ambas, A e B, perma-
necem paradas em relao aos degraus.
circular com velocidade escalar constante de
mdulo igual a V. V = 2 V
Resposta: E


 No esquema da figura, as foras F1 e F2
tm intensidades iguais a 10N cada uma.
Pedem-se:

a) as componentes de F1 e F2 nos eixos Ox e
Oy.

b) as componentes da resultante ( F1 + F2 )
Assinale a opo que caracteriza em mdulo,
nos eixos Ox e Oy.
direo e sentido a velocidade da pessoa A em

Dados: sen 37 = cos 53 = 0,60 relao pessoa B ( VA VB).
cos 37 = sen 53 = 0,80
Quando a partcula vai de A para B, percorrendo Mdulo Direo Sentido
um quarto da circunferncia, a variao de sua a) 2,0m/s vertical para cima

velocidade vetorial ( V ) uma grandeza veto-
rial cujo mdulo vale: b) 2,0 
2m/s vertical para baixo

a) zero b) V V
c)
c) 2,0 
2m/s vertical para cima

2 
2 d) 2,0m/s horizontal para a direita
e) 4,0m/s horizontal para a esquerda
d) V e) V 2
Resoluo Resoluo:

Nas posies A e B, as velocidades VA e VB so
perpendiculares entre si. O vetor diferena Resoluo

V = V B V A o vetor que, na figura, vai da a) F1x = F1 cos 37o = 10,0 N . 0,80 = 8,0N

extremidade de VA para a extremidade de VB . F1y = F1 cos 53o = 10,0 N . 0,60 = 6,0N
F2x = F2 cos 53o = 10,0 N . 0,60 = 6,0N
F2y = F2 cos 37o = 10,0 N . 0,80 = 8,0N

b) Rx = F1x + F2x = 2,0 N


Ry = F1y + F2y = 14,0 N
2 2 2
VA VB = | VA| + | VB|
 (MODELO ENEM) Na figura, temos o
perfil vertical de duas escadas rolantes, per- 2 2 2 2
O mdulo de V obtido pela aplicao do VA VB = (2,0) + (2,0) = 2 . (2,0)
Teorema de Pitgoras. pendiculares entre si, que deslizam com
velocidades constantes de mdulos iguais a
2 2 2 VA VB = 2,0 
2 m/s
V = VA + VB 2,0m/s em relao ao solo terrestre.
Uma pessoa A utiliza a escada que sobe, en-
Como VA = VB = V, temos: Resposta: C
quanto outra pessoa, B, simultaneamente, utili-

FSICA 101
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 (MODELO ENEM) Um avio decola de um aeroporto, descre- AB = 5,0km


vendo nos primeiros 50s uma trajetria retilnea, inclinada, at atingir a
altura de 3,0km, com velocidade escalar constante de 360km/h. 2) (AB)2 = (AC)2 + (BC)2
Durante esse tempo, os raios solares so perpendiculares ao solo do
(5,0)2 = (AC)2 + (3,0)2 AC = 4,0km
aeroporto, que plano e horizontal.
Calcule, durante esses 50s,
a) o mdulo da velocidade da sombra do avio;
AC 4,0
b) o mdulo da velocidade de ascenso do avio (componente vertical 3) cos = = = 0,80
de sua velocidade). AB 5,0

4) VS = V cos = 100 . 0,80(m/s) VS = 80m/s = 288km/h

BC 3,0
b) 1) sen = = = 0,60
AB 5,0

2) Vy
sen =
V
Vy = V sen
Vy = 100 . 0,60(m/s)

Vy = 60m/s = 216km/h
Resoluo

360 Respostas:a) 80m/s ou 288km/h


a) 1) AB = V t = . 50(m) = 5,0 . 103m
3,6 b) 60m/s ou 216km/h


 (UFRN-MODELO ENEM) Considere que uma tartaruga  (UFLA-MG) Duas foras, F1 e F2, de mdulos 30N e 50N
marinha esteja deslocando-se diretamente do Atol das Rocas tm suas direes indicadas no diagrama abaixo.
para o Cabo de So Roque e que, entre esses dois pontos,
exista uma corrente ocenica dirigida para noroeste. Na figura

abaixo, VR e VC so vetores de mdulos iguais que
representam, respectivamente, a velocidade resultante e a
velocidade da corrente ocenica em relao Terra.

Considerando-se cos = 0,6 e sen = 0,8, as projees F1x e


F2x valem, respectivamente
a) F1x = 18 N; F2x = 30N
b) F1x = 24 N; F2x = 18N
c) F1x = 18 N; F2x = 40N
d) F1x = 30 N; F2x = 40N
Entre os vetores a seguir, aquele que melhor representa a velo-

cidade VT com que a tartaruga deve nadar, de modo que a
RESOLUO:
resultante dessa velocidade com VC seja VR, :
F1x = F1 cos = 30 . 0,6 (N) = 18N
F2x = F2 sen = 50 . 0,8 (N) = 40N
Resposta: C

RESOLUO:

VR = VC + VT

VT = VR VC

VT = VR + ( VC)

Resposta: A

102 FSICA
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 (MACKENZIE-SP) As foras coplanares F1, F2 e F3, de in-
RESOLUO:
Na direo x, temos:
tensidades respectivamente iguais a 10N, 11N e 10N, agem
F1x = F1 cos = 10 . 0,8 (N) = 8N
sobre um corpo, conforme mostra o desenho abaixo. Para que
F2 = 11N
o corpo fique em equilbrio, a fora que devemos adicionar ao
sistema ter mdulo igual a: Fx = F1x + F2 = 3N
a) 6N b) 5N c) 4N d) 3N e) 2N Na direo y, temos:
F1y = F1 sen = 10 . 0,6 (N) = 6N
F3 = 10N
Fy = F1y + F3 = 4N


Para que a resultante seja nula, devemos acrescentar uma fora F4
com componentes F4x = 3N e F4y = 4N.

F42 = F4x
2 2
+ F4y

F4 = 5N

Dados:
cos = 0,8 e sen = 0,6 Resposta: B

36 Versores Vetor unitrio

1. Definio
Denomina-se versor um vetor unitrio (mdulo igual
unidade) usado para definir uma direo e sentido.

Os versores dos eixos Ox e Oy so indicados, res-



pectivamente, por i e j.

O vetor V pode ser representado por: V = Vx + Vy


V = (Vcos ) i + (Vsen ) j
V1 = 2 i + 7 j V2 = 5 i + 7 j

A representao de um vetor com o uso dos V2 V1 = 7 i V1 V2 = 7 i
versores til no caso de adio e subtrao de vetores.

Exemplifiquemos com os vetores V1 e V2 indicados V1 + V2 = 3 i + 14 j
na figura a seguir, feita em escala.

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Considere as foras F1 e F2, que tm m-  (UFRN-MODELO ENEM) Chiquita treina
Na direo x, temos:

dulos iguais a 10N e orientaes indicadas no barra fixa no Ginsio Municipal Machadinho. Rx = (50 20) ( i ) (N) = 30 i (N)
esquema. Em um de seus treinos, ela corre, salta e

segura a barra, enquanto o treinador diminui o A resultante R dada por: R = Rx + Ry
balano de Chiquita exercendo foras na

cintura da atleta. R = 30 i + 40 j (N)
A figura a seguir representa o exato momento
em que quatro foras atuam sobre Chiquita:
Resposta: B
duas horizontais, aplicadas pelo treinador, de
intensidades 20N e 50N; e duas verticais, o
 (UFPB-MODELO ENEM) Uma bola de
peso e a reao normal da barra, de intensi-
bilhar sofre quatro deslocamentos sucessivos
dades 450N e 490 N.
Sendo sen = 0,60 e cos = 0,80, pede-se: representados pelos vetores d1, d2, d3 e d4,

a) obter as expresses de F1 e F2 em funo apresentados no diagrama abaixo.

dos versores i e j.
b) obter a expresso da fora resultante entre

F1 e F2 em funo dos versores i e j e calcular
o seu mdulo.
Resoluo
a) F1x = F1 . cos = 10 . 0,80 (N)
F1x = 8,0N
F1y = F1 . sen = 10 . 0,60 (N)
F1y = 6,0N

F1 = F1x i + F1y j

(N) Tambm est indicado na figura o sistema de
F1 = 8,0 i + 6,0 j O deslocamento resultante d da bola est
eixos cartesianos, x e y , em relao ao qual se
F2x = F2 . cos = 10 . 0,80 (N) corretamente descrito, em unidades SI, por:
pode expressar cada uma das foras que

F2x = 8,0N atuam sobre Chiquita, em que i e j so veto- a) d = 4 i + 2 j b) d = 2 i + 4 j

F2y = F2 . sen = 10 . 0,60 (N) res unitrios na direo e no sentido dos res-
c) d = 2 i + 4 j d) d = 4 i + 2 j
F2y = 6,0N pectivos eixos.
(As representaes das foras por setas no e) d = 4 i + 4 j
F2 = F2x i + F2y j
esto em escala.)

i = versor do eixo x j = versor do eixo y
F2 = 8,0 i 6,0 j (N) A fora resultante que atua sobre Chiquita, no
referido momento, : Resoluo

b) Fres = F1 + F2
a) [30 i 40 j ] N b) [30 i + 40 j ] N d1 = 2 i + 2 j (m) d2 = 1 i + 2 j (m)

Fres = (8,0 i + 6,0 j ) + (8,0 i 6,0 j ) (N) c) [30 i + 40 j ] N d) [30 i 40 j ] N
d3 = 2 j (m) d4 = 3 i (m)

Fres = 16,0 i (N) Resoluo

Na direo y, temos: d = d1 + d2 + d3 + d4 d = 4 i + 2 j (m)

|Fres| = 16,0N Ry = (490 450) j (N) = 40 j (N) Resposta: D


 (UNIFOR-CE) Trs foras, de intensidades iguais a 5,0N, R = F1 + F2 + F3

orientam-se de acordo com o esquema abaixo. R = 2,0 x + 1,0
y (N)
O mdulo da fora resultante das
trs, em newtons, 2 2 2
| R | = |R x| + | R y|
a) 2,0 b) 
5,0 c) 
7,0 2
|R | = (1,0)2 + (2,0)2 = 5,0
d) 3,0 e) 
15,0

| R | = 
5,0 N

Resposta: B

RESOLUO:

F1 = 5,0 x (N) F2 = 5,0 y (N) F3 = 3,0 x 4,0 y (N)

104 FSICA
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Na figura, representamos duas foras, F1 e F2. Sejam
xe a) Represente as foras F1, F2 e F3 , usando os versores x e y .


y os vetores unitrios que definem as direes horizontal e b) Escreva a resultante entre F1, F2 e F3 , usando os versores x
vertical, respectivamente. Estes vetores unitrios so chama-
e y e calcule o mdulo dessa resultante.
dos de versores.

Respostas: a) F1 = 1,0 x + 2,0 y (N)

F2 = 5,0 x (N)

F3 = 5,0 y (N)


b) R = 4,0
x 3,0
y (N)
| R | 2 = | R x| 2 + | R y| 2
|R | = 5,0 N


a) Obter as expresses de F1 e F2 em funo dos versores x e (UFPB-MODELO ENEM) Dois homens, com auxlio de
duas cordas, puxam um bloco sobre uma superfcie horizontal
y;
lisa e sem atrito, conforme representao abaixo.
b) Obter a expresso da fora resultante entre F1 e F2 em
Nessa situao, correto afirmar que
funo dos versores x e y e calcular o seu mdulo.
a equao cartesiana da fora
RESOLUO: resultante no bloco, em newtons, :


a) F1 = 7,0
x + 2,0 F2 = 3,0
x 5,0
y (N) y (N)
a) 5 i + 10 j b) 10 i + 10 j

c) 10 i 5 j d) 10 i 5 j
b) R = 4,0
x 3,0
y (N)

e) 5 i + 10 j

| R | 2 = | Rx |2 + | Ry|2
Considere que os mdulos e direes das foras exercidas
pelos homens so dados por:
| R | = 5,0N
F1 = 5N e F2 =10N cos = 0,8 e cos = 0,6


Os vetores unitrios i e j esto ao longo dos eixos x e y res-
pectivamente, nos sentidos positivos, em um sistema
cartesiano.

RESOLUO:

F1x = F1 cos = 5 . 0,8 (N) = 4N

F2x = F2 cos = 10 . 0,6 (N) = 6N



Considere as foras F1, F2 e F3 , representadas em escala F1y = F1 sen = 5 . 0,6 (N) = 3N
na figura a seguir.
F2y = F2 sen = 10 . 0,8 (N) = 8N

Rx = F1x + F2x = 10N

Ry = F1y + F2y = 5N

R = 10 i 5 j (N)

Resposta: C

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37 e 38 Cinemtica vetorial Velocidade vetorial


Acelerao vetorial

1. Introduo
Na Cinemtica Escalar, o estudo de um movimento
era feito independentemente da trajetria do mvel.

Na Cinemtica Vetorial, as grandezas posio, des-


locamento, velocidade e acelerao passam a ser enca-
radas como grandezas orientadas, isto , associadas aos
conceitos de direo e sentido e, nesse caso, torna-se
fundamental conhecer a trajetria descrita pelo mvel.
A acelerao vetorial
Nosso estudo vai restringir-se apenas velocidade veto-
rial
v e acelerao vetorial
a a soma vetorial de suas
a, elementos fundamen-
componentes tangencial e centrpeta:
tais para o estudo do movimento circular uniforme.

a =
at +
acp
2. Velocidade vetorial v
Aplicando-se o Teorema de Pitgoras no tringulo
A velocidade vetorial v apresenta as seguintes ca-
ractersticas: indicado na figura, podemos relacionar as intensidades
da acelerao vetorial e de suas componentes:
Intensidade ou mdulo
Igual ao valor absoluto da velocidade escalar. a 2 = a 2t + a 2cp

Direo
A mesma da reta que tangencia a trajetria na
4. Acelerao tangencial ( a t )
posio do mvel. Conceito
Sentido A componente tangencial at da acelerao vetorial
Coincidente com o sentido do movimento. est ligada variao do mdulo da velocidade veto-
rial
v , isto , est ligada ao ato de acelerar ou frear o
mvel.
A acelerao tangencial at est presente nos movi-
mentos variados e nula nos movimentos unifor-
mes, no importando a trajetria descrita pelo mvel.
Caractersticas vetoriais
Mdulo
A velocidade vetorial de uma partcula em movimen-
to somente ser constante se o movimento for retilneo O mdulo da acelerao tangencial igual ao
e uniforme. valor absoluto da acelerao escalar ().
Se o movimento for uniforme, em trajetria curva, a
| a
t| = | |
velocidade vetorial ter mdulo constante, porm dire-
o varivel. Direo
A acelerao tangencial tem direo tangente
3. Acelerao vetorial ( a ) trajetria, isto , paralela velocidade vetorial.
O conceito de acelerao est sempre ligado ideia

at //
v
de variao de velocidade.
Qualquer alterao na velocidade vetorial (
v ), seja em Sentido
mdulo, seja em orientao (direo e sentido), implicar
Quando o movimento acelerado ( | v | aumen-
a existncia de uma acelerao vetorial (
a ). ta), a acelerao tangencial tem o mesmo sentido da
Para facilidade de estudo, a acelerao vetorial ( a) velocidade vetorial.
decomposta em duas parcelas, que so denominadas
Quando o movimento retardado ( | v | diminui),
acelerao tangencial (
at ) e acelerao centrpeta a acelerao tangencial tem sentido oposto ao da

( acp). velocidade vetorial.

106 FSICA
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Na figura, representamos as circunferncias que


tangenciam a trajetria nos pontos A e B. Os raios
dessas circunferncias so os raios de curvatura da traje-
Se a trajetria do foguete for retilnea tria nos pontos A e B.
e o seu movimento for acelerado, ele
estar sujeito apenas a uma
acelerao tangencial. A acelerao centrpeta dirigida para o centro

5. Acelerao centrpeta (
da circunferncia que tangencia a trajetria.
acp)
Conceito
A componente centrpeta da acelerao vetorial ( acp)
est ligada variao da direo da velocidade vetorial

v , isto , est ligada ao ato de curvar a trajetria.
A acelerao centrpeta ( acp) est presente nos
movimentos com trajetria curva e nula nos
movimentos retilneos.

Na figura, representamos as posies de um mvel a cada intervalo de


tempo igual a 1,0s. Observe que as variaes de espao a cada 1,0s

aumentam, indicando um movimento acelerado. Comparando-se V1

com V4 , podemos perceber que a velocidade vetorial do mvel varia
em mdulo e direo.

Anlise vetorial dos principais movimentos


Quando um corpo descreve uma curva, a
direo de sua velocidade vetorial varia e MRU: Movimento Retilneo e Uniforme
o corpo est sujeito a uma acelerao
centrpeta.
MRV: Movimento Retilneo e Variado

Caractersticas vetoriais MCU: Movimento Curvo e Uniforme


Mdulo
MCV: Movimento Curvo e Variado
Sendo v a velocidade escalar e R o raio de curvatura da
trajetria, o mdulo da acelerao centrpeta dado por:
Movimento V at acp
2
v
| acp | = Mdulo: constante
R MRU nula nula
Direo: constante
Direo
A acelerao centrpeta tem a direo da reta Mdulo: varivel
MRV no nula nula
normal trajetria, isto , perpendicular veloci- Direo: constante
dade vetorial.

acp v
Mdulo: constante
MCU nula no nula
Direo: varivel
Sentido
Mdulo: varivel
A acelerao centrpeta dirigida para o centro MCV no nula no nula
Direo: varivel
da curva descrita pelo mvel.

FSICA 107
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Exerccios Resolvidos Mdulo 37

 Em relao aos valores instantneos da



1) a t = 0 (MU) e a cp 0 (circular)  (UFF-RJ-MODELO ENEM) Para um
velocidade escalar e da velocidade vetorial de bom desempenho em corridas automo-
V2
uma partcula em movimento, considere as 2) | a | = | acp | = = constante bilsticas, esporte que consagrou Ayrton Senna
R
proposies que se seguem. como um de seus maiores praticantes,

(I) O mdulo da velocidade vetorial sem- 3) | V | constante e V varia em direo fundamental que o piloto faa o aquecimento
pre igual ao mdulo da velocidade dos pneus nas primeiras voltas.
escalar. 4) V e a so perpendiculares
(II) A velocidade vetorial somente ser
Resposta: C
constante se o movimento for retilneo e
uniforme.
(III) No movimento circular e uniforme, a  (EXAME NACIONAL DE PORTUGAL-
velocidade escalar constante e a MODELO ENEM) Uma motocicleta percorre
velocidade vetorial varivel. uma lombada com velocidade de mdulo
(IV) Se a velocidade vetorial for constante, crescente.
ento a velocidade escalar tambm ser
constante.
(V) Se a velocidade escalar for constante,
ento a velocidade vetorial tambm ser
constante.
Esto corretas apenas as proposies: Suponha que esse aquecimento seja feito no
Qual das seguintes representaes vetoriais
a) I, II, III e IV b) I e V c) II e IV trecho de pista exibido na figura abaixo, com o
pode traduzir a velocidade e a acelerao no
d) II e V e) III e IV velocmetro marcando sempre o mesmo valor.
instante em que a motocicleta passa na
Resoluo
posio mais alta da lombada?
(I) CORRETA. V = V qualquer que seja o
movimento e qualquer que seja a trajetria.
(II) CORRETA. Para ser constante em mdulo,
o movimento tem de ser uniforme e para
ser constante em direo, a trajetria tem
de ser retilnea.
(III) CORRETA. A velocidade vetorial varia em
direo, embora tenha mdulo constante.
(IV)CORRETA. O movimento ser retilneo e
uniforme.
Resoluo
(V) FALSA. Se o movimento for uniforme e Assinale a opo que indica corretamente
curvo, a velocidade escalar ser constante e 1) A velocidade vetorial sempre tangente
como os mdulos das aceleraes do carro nos
a vetorial ser varivel. trajetria e tem o mesmo sentido do
pontos A, B e C assinalados na figura esto
Resposta: A movimento.
relacionados.
V: vetor horizontal e dirigido para direita. a) aA = aC > aB 0 b) aA = aB = aC = 0

 2) Como o movimento curvo, a acelerao c) aC = aB = aC = 0 d) aA > aC > aB = 0


(FMTM-MG) Uma esfera metlica mo-
vetorial tem uma componente centrpeta. e) aA = aB = aC 0
ve-se, com movimento uniforme, sobre uma Resoluo
calha circular de raio R. Se
v a velocidade da acp: vetor vertical e dirigido para baixo.
Como o velocmetro marca sempre o mesmo
esfera, a sua acelerao, ac e
at , respectiva- 3) Como a velocidade tem mdulo crescen-
valor o movimento uniforme.
mente, as componentes centrpeta e tan- te, a acelerao vetorial tem uma compo-
Na posio B temos um trecho de movimento
gencial da acelerao do movimento, pode-se nente tangencial com o mesmo sentido da
retilneo e uniforme e, portanto, aB = 0.
afirmar que velocidade vetorial.
Nos trechos A e C temos movimentos curvos

a) ac = 0, at = 0 e v varivel. at: vetor horizontal e dirigido para a direita. e uniformes e a acelerao centrpeta.
Em C o raio da curvatura maior que em A e,
b) ac = 0, at 0 e v constante. portanto:

c) | a | constante e v varivel. V2 V2

aA = aC =
d) a = 0 e v varivel. RA RC

e) v tem a direo de a.
Resoluo RC > RA aC < aA
Sendo o movimento circular e uniforme, resul-
ta: Resposta: D Resposta: D

108 FSICA
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Exerccios Propostos Mdulo 37

 Considere as seguintes proposies em relao ao


RESOLUO:
A trajetria do martelo ser parablica contida num plano vertical
movimento de uma partcula:
que contm a velocidade vetorial V do martelo, a qual tangente
(I) A velocidade escalar somente ser constante se o trajetria no ponto A. De cima, vemos apenas a projeo da
movimento for uniforme. trajetria na direo do vetor velocidade.
(II) A velocidade vetorial somente ser constante se o Resposta: E
movimento for retilneo e uniforme.
(III) Se o movimento for circular e uniforme, a velocidade
escalar ser constante.  (AFA-MODELO ENEM) As figuras abaixo representam
(IV) Se o movimento for circular e uniforme, a velocidade pontos que indicam as posies de um mvel, obtidas em
vetorial ser constante. intervalos de tempos iguais.
So verdadeiras apenas:
a) I e III b) II e IV c) I, II e III
d) I, II e IV e) II, III e IV

RESOLUO:
I (V) Se o movimento for uniforme, a velocidade escalar ser
constante.
II (V) A velocidade tem de ser constante em mdulo, direo e
sentido.
III (V)
(IV) (F) No MCU, a velocidade vetorial tem mdulo constante e
Em quais figuras o mvel apresenta acelerao no nula?
direo varivel.
Resposta: C a) Apenas em I, III e IV.
b) Apenas em II e IV.
 (UFF-RJ-MODELO ENEM) Na prova de lanamento de c) Apenas em I, II e III.
martelo nas Olimpadas, o atleta coloca o martelo a girar e o d) Em I, II, III e IV.
solta quando atinge a maior velocidade que ele lhe consegue
RESOLUO:
imprimir. Para modelar este fenmeno, suponha que o martelo
execute uma trajetria circular num plano horizontal. A figura No esquema I, o movimento curvo e variado e, portanto, temos

abaixo representa esquematicamente esta trajetria enquanto o at 0 e
acp 0 .
atleta o acelera, e o ponto A aquele no qual o martelo solto. No esquema II, o movimento curvo e uniforme e, portanto,

temos
at = 0 e
acp 0 .
No esquema III, o movimento retilneo e variado e, portanto,

temos
at 0 e
acp = 0 .
No esquema IV, o movimento retilneo e uniforme e, portanto,

temos
at = 0 e
acp = 0 .
Assinale a opo que representa corretamente a trajetria do
martelo, vista de cima, aps ser solto. Resposta: C

 (FCM-MG) Um automvel se move numa estrada com o


aspecto mostrado na figura, percorrendo os trechos x, y e z,
tais que x e z so retilneos e y curvo.

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Nos trechos x e y, o automvel mantm uma mesma velocida-


de escalar e no trecho z, o mdulo de sua velocidade escalar
diminui. Pode-se afirmar que o carro, neste movimento, tem
acelerao vetorial no nula:
a) apenas no trecho z.
b) apenas no trecho y.
c) apenas nos trechos y e z.
RESOLUO:
d) nos trs trechos x, y e z.
e) em nenhum trecho.

RESOLUO:
1) No trecho x, o movimento retilneo e uniforme e a acelerao
vetorial nula.
2) No trecho y, o movimento curvo e uniforme e a acelerao
vetorial tem apenas componente centrpeta diferente de zero.

3) No trecho z, o movimento retilneo e retardado e a acelerao 1) A velocidade vetorial V tangente trajetria e tem o mesmo
vetorial tem apenas componente tangencial diferente de zero. sentido do movimento.
Resposta: C
2) Como a trajetria curva, existe acelerao centrpeta dirigida
de P para C.

3) Como o movimento retardado,


existe acelerao tangencial
at com sentido oposto ao de V .
 (UECE-MODELO ENEM) Um ventilador acaba de ser
desligado e est parando vagarosamente, girando no sentido
4) A acelerao vetorial a a soma vetorial (regra do

horrio, conforme a figura abaixo. paralelogramo) entre at e acp.

Resposta: D

A acelerao vetorial da p do ventilador no ponto P tem


orientao mais bem representada na opo:

Exerccios Resolvidos Mdulo 38

 Uma partcula percorre uma circunferncia de


Resoluo
1) v = 1,0 3,0t (SI)
A e retorna ao ponto A, completando uma volta
aps um intervalo de tempo de 1,0min.
raio R = 1,0m, com lei de movimento dada pela
t1 = 1,0s VA = 2,0m/s O grfico a seguir representa a velocidade
funo horria dos espaos: s = 1,0 + 1,0t 1,5t2
escalar do carro em funo do tempo.
em unidades SI e com a trajetria orientada
positivamente no sentido horrio. 2) = 3,0m/s2

| a t | = | | = 3,0m/s2

V2 4,0
| acp | = = (m/s2) = 4,0m/s2
R 1,0

aA2 = a2t + a2cp aA = 5,0m/s2


No instante t1 = 1,0s, a partcula est passando Determine
pelo ponto A representado na figura. Em qual a) o raio R da circunferncia descrita, ado-
das opes esto representados corretamente tando = 3;
o mdulo, a direo e o sentido da velocidade b) o mdulo a da acelerao vetorial do carro

vetorial (VA) e da acelerao vetorial (
aA ) no ins- no instante t = 30s;
tante t1 = 1,0s? c) a razo r entre os mdulos da acelerao
centrpeta e da acelerao tangencial do
carro no instante t = 5,0s.
O movimento acelerado porque V e tm
Resoluo
mesmo sinal.
Resposta: E a) s = rea (V x t)

 30
Um carro percorre uma pista circular de 2 R = (60 + 40)
raio R. O carro parte do repouso de um ponto 2

110 FSICA
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6R = 1500 Podemos afirmar que o carro


R = 250m acp 0,9
r = = r = 0,3 a) consegue fazer a curva mantendo sua
3,0 velocidade escalar de 50m/s.
b) No instante t = 30s, o movimento do carro at
circular e uniforme e a acelerao vetorial b) s poder fazer a curva se sua velocidade
s tem componente centrpeta. escalar for reduzida a 16m/s.
Respostas:a) R = 250m
c) poder acelerar na curva com velocidade
(30)2 b) a = 3,6m/s2
V2 escalar inicial de 50m/s.
a = acp = a = (m/s2) c) r = 0,3
R 250 d) poder fazer a curva, em movimento

 (MODELO ENEM) Considere uma pista


uniforme, com uma velocidade escalar
mxima de 40m/s.
de corridas, contida em um plano horizontal.
a = 3,6m/s2 e) s poder fazer a curva em movimento
A pista tem um trecho retilneo que prossegue
uniforme.
com um trecho circular de raio R = 100m.
c) No intervalo de 0 a 10s a acelerao tan- Resoluo
A acelerao mxima que a pista pode
gencial tem mdulo constante dado por: A mxima velocidade com que o carro conse-
proporcionar ao carro tem mdulo de 16m/s2.
gue fazer a curva dada por:
O carro tem no trecho retilneo uma velocidade
V 30 V2
2
V mx
at = = = (m/s2) = 3,0m/s2 escalar de 50m/s. acp = amx =
t 10 R R
2
No instante t1 = 5,0s, temos V1 = 15m/s e V mx
16 = Vmx = 40m/s
100
V12 (15)2
acp = = (m/s2)
R 250 Com a velocidade de 50m/s, o carro no poder
fazer a curva, devendo reduzi-la no mnimo para
40m/s.
acp = 0,9m/s2
Resposta: D

Exerccios Propostos Mdulo 38


 Uma bicicleta descreve uma trajetria circular de raio  (CEFET-PI) Um carro descreve uma trajetria circular
R = 1,0m e centro O. A velocidade com movimento uniformemente acelerado.
escalar dada pela funo: No instante t0 = 0, a velocidade escalar do carro vale 4,0m/s.
v = 5,0 + 3,0t em unidades do SI Representamos na figura a acelerao vetorial do carro no ins-
e com a orientao positiva da tante t1 = 2,0s.
trajetria no sentido horrio.
Sabe-se que, no instante t = 1,0s,
a bicicleta passa pelo ponto B. Dados
Pede-se:
a) desenhar na figura os vetores que representam a velo- | a | = 30,0m/s2
cidade vetorial e a acelerao vetorial, no instante t = 1,0s; sen = 0,60
b) calcular as intensidades da velocidade vetorial e da acele- cos = 0,80
rao vetorial, no instante t = 1,0s.

RESOLUO: Determine
a) t = 1,0s v = 2,0m/s a) o mdulo da acelerao escalar;
= 3,0m/s2 (constante)
Como v < 0 e > 0, o movimento retardado.
b) a velocidade escalar no instante t1;
c) o mdulo da acelerao centrpeta no instante t1;
d) o raio da circunferncia descrita.

RESOLUO:

a) | | = |
at | = a sen

| | = 30,0 . 0,60 (m/s2)



b) 1) | v | = |v| = 2,0m/s 2) |
at | = | | = 3,0m/s2
| | = 18,0m/s2

|
v2 4,0
acp| = 2
= (m/s ) = 4,0m/s
2
R 1,0
b) V = V0 + t (MUV)
|
a | 2 = | at |2 + | acp|2 |
a | = 5,0m/s2
V1 = 4,0 + 18,0 . 2,0 (m/s) V1 = 40,0m/s
Respostas:a) Ver figura b) 2,0m/s e 5,0m/s2

FSICA 111
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c) | acp| = a cos RESOLUO:
1) Sendo V = 4,0t (SI), vem = 4,0m/s2 e V0 = 0

| acp| = 30,0 . 0,80 (m/s2) | acp| = 24,0m/s2
2) s = V0t + t2
2
V12 V12 1600
R = = (m)
d) | acp| =

R 66,7m s = 3 . 2 R = 3 . 2 . 3 . 36 (m) = 648m
R | acp| 24,0
4,0
648 = T2 T2 = 324 T = 18s
Respostas: a) 18,0m/s2 b) 40,0m/s 2
c) 24,0m/s2 d) 66,7m
3) V = 4,0T = 4,0 . 18 (m/s) = 72m/s
V2 (72)2
4) a = = (m/s2) a = 144m/s2
R 36

Resposta: B

 (OLIMPADA PAULISTA DE FSICA-MODELO ENEM)


Uma moto parte do repouso e percorre uma trajetria circular
de raio 36m. Adote = 3. A sua velocidade escalar obedece
relao V = 4,0t, em que a velocidade escalar medida em m/s
e o tempo em s. Indique a alternativa que melhor apresenta o
tempo, T, que a moto gasta para completar 3 voltas na pista e
o mdulo da acelerao centrpeta, a, neste mesmo instante.
a) T = 18 s e a = 4,0 m/s2
b) T = 18 s e a = 144 m/s2
c) T = 12 s e a = 4,0 m/s2
d) T = 12 s e a = 144 m/s2

39 a 42 Movimento circular e uniforme Acelerao centrpeta

Quando um planeta gravita em torno de uma estrela,


sua rbita pode ter a forma de uma circunferncia ou a
1. ngulo horrio ou fase ()
forma de uma elipse. Considere um ponto material descrevendo uma cir-
Se a rbita for circular, o movimento orbital ser ne- cunferncia de centro C e raio R, com origem dos espa-
cessariamente uniforme. os em O.
Seja P a posio do mvel em um instante t. A medi-
Um satlite estacionrio em relao Terra (parado
da do arco de trajetria OP o valor do espao s, no
para um observador na superfcie terrestre) tem rbita
instante t.
circular e movimento uniforme, gastando 24h para dar
uma volta completa. Esse satlite usado em telecomu-
nicaes.
A rbita da Lua em torno da Terra, embora seja elp-
tica, quase circular e o movimento orbital da Lua pode
ser considerado circular e uniforme e o tempo gasto pela
Lua para uma volta completa de aproximadamente
27,3 dias.
Os ponteiros das horas, minutos e segundos de um
relgio convencional tm suas extremidades descreven-
do trajetrias circulares, com movimentos uniformes. Define-se ngulo horrio ou fase () como sendo o

Os ponteiros das horas, minutos e segundos gas- ngulo formado entre o vetor posio CP e o eixo de
tam, respectivamente, 12h, 1h e 1min para darem uma referncia CO.
volta completa.
A medida do ngulo , em radianos, dada por:
Os exemplos citados mostram que o movimento cir-
cular uniforme est presente na natureza e na nossa vida s
=
cotidiana. R

112 FSICA
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2. Velocidade angular 4. Relaes fundamentais


Seja = 2 1 a variao do ngulo horrio em
um intervalo de tempo t = t2 t1. Velocidade escalar linear (V)
Define-se velocidade an- Para uma volta completa, temos s = 2R e t = T,
gular () pela relao: das quais:

s 2R
= V = = = 2 f R
t t T

No SI, t medido em Velocidade escalar angular ()


segundos e medido em
rad/s. Para uma volta completa, temos = 2 e t = T,
das quais:
3. Movimento peridico
2
Conceito = = = 2 f
t T
Um movimento chamado peridico quando todas
as caractersticas do movimento (posio, velocidade e
acelerao) se repetem em intervalos de tempos iguais. Relao entre V e
O movimento circular e uniforme um exemplo de Da expresso V = 2 f R, sendo = 2 f, vem:
movimento peridico, pois, a cada volta, o mvel repete
a posio, a velocidade e a acelerao e, alm disso, o V = R
tempo gasto para dar uma volta sempre o mesmo.
Perodo (T) linear angular

Define-se perodo (T) como sendo o menor inter-


valo de tempo para que haja repetio das caractersticas 5. Vetores no MCU
do movimento.
Velocidade vetorial
No movimento circular e uniforme, o perodo o
intervalo de tempo para o mvel dar uma volta No movimento circular e uniforme, a velocidade ve-
completa. torial tem mdulo constante, porm direo varivel e,
portanto, varivel.
Frequncia (f)
Acelerao vetorial
Define-se frequncia (f) como sendo o nmero de
vezes que as caractersticas do movimento se repetem Sendo o movimento uniforme, a componente tan-

na unidade de tempo. gencial da acelerao vetorial nula ( at = 0 ).
No movimento circular e uniforme, a frequncia Sendo a trajetria curva, a componente centrpeta da

o nmero de voltas realizadas na unidade de tempo. acelerao vetorial no nula ( acp 0 ).
Se o mvel realizar n voltas em um intervalo de tem-
po t, a frequncia f ser dada por: ? Saiba mais
n SATLITES ESTACIONRIOS
f =
t
Os trs satlites da
Relao entre perodo e frequncia figura so estacion-
rios, isto , esto pa-
Quando o intervalo de tempo igual ao perodo rados em relao
(t = T), o mvel realiza uma volta (n = 1) e, portanto, superfcie terrestre.
temos: So utilizados em
1 telecomunicaes e
f = conseguem cobrir,
T praticamente, toda a
superfcie terrestre.
Unidades
Um satlite estacionrio tem movimento circular uni-
As unidades SI de perodo e frequncia so: forme em torno do centro da Terra, com perodo de
24h e com sua rbita contida no plano equatorial da
u(T) = segundo (s) e u(f) = hertz (Hz) Terra.

FSICA 113
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Acelerao centrpeta Para obtermos a relao (III), basta substituir,


O valor da acelerao centrpeta pode ser calculado V
em (I), R por .
pelas seguintes expresses:
Observe que, no movimento cir-
V2 cular e uniforme, a acelerao vetorial
(I) acp = (II) acp = 2 . R (centrpeta) tem mdulo constante
R
(v2/R), porm direo varivel e,
portanto, varivel.
(III) acp = . V Observe ainda que, no movimen-
to circular uniforme, a velocidade ve-
torial (tangente trajetria) e a acele-
Para obtermos a relao (II), basta substituir, em (I), rao vetorial (normal trajetria) tm direes perpen-
V por R. diculares entre si.

Exerccios Resolvidos Mdulo 39

 (FUVEST-SP-MODELO ENEM) A Esta- Dados da Estao:


a) 1,0
d) 10 .
b) 6,25
e) 6,25 .
c) 10
o Espacial Internacional mantm atualmente Perodo aproximado: 90 minutos Resoluo
uma rbita circular em torno da Terra, de tal Altura acima da Terra 350 km 1) A velocidade escalar constante da bicicleta
forma que permanece sempre em um plano,
Dados da Terra: dada por:
normal a uma direo fixa no espao. Esse
Circunferncia no Equador 40 000 km
plano contm o centro da Terra e faz um ngulo
s
de 40 com o eixo de rotao da Terra. Em um V =
Resoluo t
certo momento, a Estao passa sobre
1) Para dar uma volta completa, o tempo
Macap, que se encontra na linha do Equador. s corresponde a um quarto da circunfern-
gasto pela estao espacial igual ao seu
cia c e como c = 2R, vem:
perodo: 90 min = 1,5 h
2R/4 2 100/4
V = = (m/s)
2) Neste intervalo de tempo, um ponto na t 6,25
linha do Equador ter percorrido uma
distncia d dada por: 50
V = (m/s)
6,25
d = VEquador . t = TRT t

2RT 40 000 V = 8 m/s


d = . t d = . 1,5 (km)
TT 24
2) Quando a roda da bicicleta d uma volta
d = 2500 km completa, ela percorre uma distncia
s = 2r, em que r o raio externo da roda
Resposta: D e o tempo gasto o perodo T.

 (VUNESP-MODELO ENEM) Uma ciclo- s 2r


V = =
via horizontal apresenta um trecho em forma de t T
Depois de uma volta completa em sua rbita, a quarto de circunferncia com raio interno de
Estao passar novamente sobre o Equador Como a frequncia f o inverso do perodo,
100 m. Um ciclista pedala por esse trecho per-
em um ponto que est a uma distncia de vem:
correndo-o em 6,25 s, com velocidade escalar
Macap de, aproximadamente, constante. As rodas da bicicleta tm raio de V = 2fr
a) zero km b) 500 km 40 cm. 8 = 2 f 0,40 f = 10Hz
c) 1000 km d) 2500 km Ento, a frequncia de giro dessas rodas , em
e) 5000 km Hz, Resposta: C

Exerccios Propostos Mdulo 39

 (FUVEST-SP) Um carro de corrida parte do repouso e a) Qual o valor do mdulo da ace-


descreve uma trajetria retilnea, com acelerao constante, lerao do carro nesses 15 segun-
atingindo, aps 15 segundos, a velocidade escalar de 270km/h dos?
(ou seja, 75m/s). b) Qual a velocidade angular do
A figura representa o velocmetro, que indica o mdulo da ve- ponteiro do velocmetro durante a
locidade escalar instantnea do carro. fase de acelerao constante do
carro? Indique a unidade usada.

114 FSICA
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RESOLUO:
 (UFU-MG-MODELO ENEM) Em 10 de setembro de
V 75 2008, foi inaugurado na Europa o maior acelerador de partculas
a) = = (m/s2) = 5,0m/s2
t 15 (LHC), que capaz de acelerar prtons, em um anel de raio
4,5km, at uma velocidade prxima da luz.
b) 1) Tempo gasto para ir de 0 a 180km/h:
V = V0 + t Assuma que o movimento do prton seja descrito pela mecni-
ca newtoniana e que possua a velocidade da luz (3,0 x 108 m/s).
50 = 0 + 5,0 t1 t1 = 10s
Considerando-se = 3, marque para as alternativas abaixo (V)
Verdadeira, (F) Falsa.

2)
t
/2
= =
10 ( )
rad

s
rad
=
20 s
1 ( ) O prton gastar um tempo menor que 1,0 . 104 s
para dar uma volta completa no anel.
rad
2 ( ) A frequncia de rotao do prton no interior do anel
Respostas:a) 5,0m/s2 b) ser 1,0 . 105 rotaes por segundo.
20 s
3 ( ) A velocidade angular do prton ser 1,0 . 105 rad/s.
4 ( ) O perodo de rotao do prton ser 9,0 . 105 s.
Esto corretas apenas:
a) 1 e 4 b) 1 e 3 c) 2 e 3
d) 2 e 4 e) 1, 2 e 4

 (VUNESP-MODELO ENEM) Os cavalinhos do carrossel RESOLUO:


de um parque de diverses encontram- se dispostos a 3,0 m s 2R
1) (V) V = =
do centro dele. Quando o carrossel efetua cada volta em 10 s, t T
a velocidade linear mdia de uma criana montada num
2 . 3 . 4,5 . 103
cavalinho dever ser, em relao ao solo e em m/s, prxima de 3,0 . 108 =
T
a) 0,60 b) 0,90 c) 1,2 d) 1,5 e) 1,8
Adote = 3 T = 9,0 . 105s

RESOLUO:
1 1
s 2R 2) (F) f = = . 105 Hz
V = = T 9,0
t T
f = 0,11 . 105 Hz = 1,1 . 104 Hz
2 . 3 . 3,0
V = (m/s)
10 2 6 rad 2
3) (F) = = = . 105 rad/s
T 9,0 . 105 s 3
V = 1,8m/s

4) (V)
Resposta: E
Resposta: A

Exerccios Resolvidos Mdulo 40

 (UnB-MODELO ENEM) Considere um


2) A velocidade angular do satlite estacio-
nrio em seu movimento orbital igual
concessionria tinha em estoque somente
pneus com raio 5% maior que os pneus origi-
satlite em rbita geoestacionria distante
velocidade angular de rotao da Terra: nais. Como sr. Joo no tinha alternativa, optou
35 900km da superfcie terrestre e que 6 500km
pela troca. No trajeto de volta sua residncia,
um valor aproximado do raio da Terra e adote 2 2 . 3 rad 1 rad
e = T = = = sr. Joo precisa trafegar por uma estrada cuja
para o nmero um valor aproximado igual a 3. T 24 h 4 h velocidade escalar mxima de 80 km/h. Com
Nessa situao, com os valores aproximados
3) A velocidade linear do satlite dada por: os novos pneus, qual a velocidade escalar
apresentados, em um intervalo de tempo de
s que ele dever respeitar no seu marcador de
6 h o satlite percorre uma distncia mais pr- V = e R =
t velocidade, j que os pneus foram substitudos
xima de:
1 s por outro modelo com dimetro maior?
a) 6 500km b) 35 900km . 42 400 = s = 63 600 km
4 6 a) 72 km/h b) 76 km/h c) 80 km/h
c) 60 000km d) 63 600km
d) 84 km/h e) 88 km/h
e) 65 600km
Resposta: D Resoluo
Resoluo
O velocmetro, embora esteja calibrado em
1) O satlite geoestacionrio tem rbita conti-
da no plano equatorial da Terra e tem raio de
 (INATEL) Sr. Joo um motorista unidades de velocidade linear (km/h), em
consciente, e ao constatar que os pneus de realidade mede a velocidade angular com que
rbita dado por:
seu carro estavam carecas, dirigiu-se a uma giram as rodas do carro. Se o raio do pneu
R = RT + h = 6 500 + 35 900(km) = 42 400km concessionria para realizar a substituio. A aumenta, a velocidade linear, para o mesmo

FSICA 115
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valor de , aumenta e a indicao ser menor voltas, isto , a sua frequncia de rotao
do que a velocidade real. deve ser mltipla da frequncia de gra-
vao: fr = n fg
VI = Ri VR = Rf
Portanto, fr pode valer 30Hz, 60Hz, 90Hz,
VI = velocidade indicada no velocmetro n 30 Hz, com n inteiro positivo, isto , o
VR = velocidade real do carro pneu pode dar 30 voltas por segundo, 60
voltas por segundo n 30 voltas por
VR Rf 80 segundo.
= = 1,05 = 1,05
VI Ri VI
b) Quando f for mnimo (30 Hz), a velocidade
80 angular tambm ser mnima:
VI = km/h 76 km/h
1,05 Considerando-se que o dimetro do pneu = 2 f
igual a 0,6m e = 3,0, responda: mn = 2 . 3,0 . 30 (rad/s)
Resposta: B a) Quantas voltas o pneu completa em um
mn = 180rad/s
segundo, quando a marca filmada pela
cmara aparece parada na imagem, mesmo
 (UNICAMP-SP) O quadro (a), ao lado, re- estando o carro em movimento? c) A menor velocidade linear ser dada por:
fere-se imagem de televiso de um carro pa- b) Qual a menor frequncia angular V=R Vmn = mn . R
rado, em que podemos distinguir claramente a (velocidade angular) do pneu em mo- Vmn = 180 . 0,3 (m/s)
marca do pneu (PNU). Quando o carro est vimento, quando a marca aparece parada?
c) Qual a menor velocidade linear (em m/s) Vmn = 54m/s
em movimento, a imagem da marca aparece
como um borro em volta de toda a roda, como que o carro pode ter na figura (c)?
Nota: Pelo valor encontrado para Vmn , os valores
ilustrado em (b). A marca do pneu volta a ser Resoluo
de frequncia 60Hz, 90Hz, dariam valores
ntida, mesmo com o carro em movimento, a) Para que o pneu parea estar parado, entre
exagerados para a velocidade do carro.

quando este atinge uma determinada 1


velocidade. Essa iluso de movimento na duas fotos sucessivas t = T = s , Respostas: a) 30n voltas por segundo,
30
imagem gravada devida frequncia de com n inteiro positivo
gravao de 30 quadros por segundo (30Hz). ele deve ter dado um nmero completo de b) 180rad/s c) 54m/s

Exerccios Propostos Mdulo 40

 (UFPE) Um satlite artificial geoestacionrio orbita em V = 0,1 cm/min


torno da Terra, de modo que sua trajetria permanece no plano
do Equador terrestre, e sua posio aparente para um obser- Resposta: A
vador situado na Terra no muda. Qual deve ser a velocidade
linear orbital, em unidades de 103km/h, deste satlite cuja
rbita circular tem raio de 4,3 . 104km?
Adote = 3.  (UERJ-MODELO ENEM) Segundo o modelo simplifica-
do de Bohr, o eltron do tomo de hidrognio executa um
RESOLUO: movimento circular uniforme, de raio igual a 5,0 . 1011m, em
s 2R 2 . 3 . 43 . 103 km torno do prton, com perodo igual a 2,0 . 1015s. Com o
V = = V = mesmo valor da velocidade orbital no tomo, a distncia, em
t T 24 h
quilmetros, que esse eltron percorreria no espao livre, em
V 11 . 103km/h linha reta, durante 10 minutos, seria da ordem de:
2 3
a) 10 b) 10 c) 104 d) 105 d) 106
Resposta: 11 Adote = 3

RESOLUO:
s 2R 6 . 5,0 . 1011 4
1) v = = = (m/s) = 15 . 10 m/s
 (PUC-RJ) O ponteiro dos minutos de um relgio tem t t 2,0 . 1015
1,0 cm de comprimento. Supondo-se que o movimento deste
v = 1,5 . 105 m/s
ponteiro contnuo e que = 3, a velocidade escalar de
translao na extremidade deste ponteiro : 2) s = Vt (MU)
a) 0,1 cm/min. b) 0,2 cm/min. c) 0,3 cm/min. s = 1,5 . 105 . 600 (m) = 9,0 . 107m
d) 0,4 cm/min. e) 0,5 cm/min s = 9,0 . 104 km
ordem de grandeza : 105 km
RESOLUO:
Tmin = 1h = 60 min Resposta: D
s 2R 2 . 3 . 1,0 cm
V = = V =
t T 60 min

116 FSICA
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Exerccios Resolvidos Mdulo 41

 No dia 10/09/2008 foi inaugurado o grande a = 2,0 . 1013m/s2 C = 2R = sA + sB


colisor de Hdrons, na fronteira da Frana com
2 . 3 . R = 600 R = 100m
a Sua. Situado a uma profundidade de 100m, Respostas:a) V = 0,99C
com dimetro de 8,6km e permetro de 27km e b) a = 2,0 . 1013m/s2 3) No instante t = 7,5s, o movimento do car-
formato circular o condutor onde ocorrero as ro B circular uniforme e sua acelerao
colises de prtons tem como objetivo  (MODELO ENEM) Dois carros de centrpeta.
principal reproduzir as condies do Universo corrida, A e B, assimilveis a pontos materiais, V2B (60,0)2
aB = = (m/s2)
imediatamente aps o big-bang e por meio de partem simultaneamente de uma mesma po- R 100
colises entre prtons, com velocidades sio no instante t = 0 e percorrem uma
prximas da luz, tentar encontrar uma partcula mesma trajetria circular em sentidos opostos. aB = 36,0m/s2
denominada bson de Higgs responsvel por No instante t = 10,0s, os carros se encontram
atribuir massa s partculas elementares. Resposta: D
pela primeira vez.
De acordo com as informaes apresentadas o
prton, em movimento circular e uniforme,
Os grficos a seguir representam as velocida-
des escalares dos carros A e B em funo do
 (PUC-SP-MODELO ENEM) Que graa
percorre o permetro de 27km com uma pode haver em ficar dando voltas na Terra uma,
tempo. Adote = 3.
frequncia prxima a 11000Hz. duas, trs, quatro 3000 vezes? Foi isso que a
No considerando efeitos relativsticos, deter- americana Shannon Lucid, de 53 anos, fez nos
mine: ltimos seis meses a bordo da estao orbital
a) o mdulo da velocidade do prton em rela- russa Mir Revista Veja, 2/10/96.
o ao mdulo da velocidade da luz
C = 3,00 . 108m/s. Em rbita circular, aproximadamente 400km
b) o mdulo da acelerao do prton adotan- acima da superfcie, a Mir move-se com velo-
do-se = 3. Considere o mdulo da veloci- cidade escalar constante de aproximadamente
dade do prton aproximadamente igual a 28080km/h, equivalente a 7,8 . 103 m/s. Utili-
3,0 .108m/s. zando-se o raio da Terra como 6 . 106m, qual ,
Resoluo aproximadamente, o valor do mdulo da
acelerao da gravidade nessa rbita?
s 2 R
a) V = = = 2 f R a) zero b) 1,0m/s2 c) 7,2m/s2
t T A acelerao vetorial do carro B, no instante d) 9,5m/s 2 e) 11,0m/s 2

2R = 27km = 27 . 103m t = 7,5s, tem mdulo igual a Resoluo


a) zero b) 3,0m/s2 Para um satlite em rbita circular a acelerao
f = 11000Hz 2
c) 12,0m/s d) 36,0m/s2 centrpeta igual acelerao da gravidade
V = 27 . 103 . 11 . 103 (m/s) e) 64,0m/s2 nos pontos de sua rbita (o satlite est em
V = 297 . 106m/s = 2,97 . 108m/s Resoluo queda livre).
1) s = rea (V x t)
V 2,97 . 108 V2
= V = 0,99C acp = g =
C 3,00 . 108 10,0 . 30,0 r
sA = (m) = 150m
2
b) C=2R r = R + h = 6 . 106 + 0,4 . 106(m) = 6,4 . 106m
60,0
27 . 103 = 6 . R R = 4,5 . 103m sB = (10,0 + 5,0) (m) = 450m (7,8 . 103)2
2 g = (m/s2) g = 9,5m/s2
V2 9,0 .1016 6,4 . 106
a = = (m/s2) 2) O comprimento da circunferncia C
R 4,5 . 103 dado por Resposta: D

Exerccios Propostos Mdulo 41


 (OLIMPADA BRASILEIRA DE FSICA) Um aeromodelo 4
a = 12 . 2 . 3 . (m/s2)
descreve um movimento circular uniforme com velocidade 60
escalar de 12m/s, perfazendo 4 voltas por minuto. A sua 24
acelerao vetorial tem mdulo igual a: a = (m/s2) = 4,8m/s2
5
Adote = 3
Resposta: C
a) zero b) 0,8 m/s2 c) 4,8 m/s2
d) 7,2 m/s2 e) 9,6 m/s2

RESOLUO:
Sendo o movimento circular e uniforme, a acelerao vetorial s
tem componente centrpeta:
V2
a = = V . = V . 2 f
R

FSICA 117
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 A rbita da Terra em torno do Sol, em razo de sua baixa s 2r 2 . 1,0


V0 = = = (m/s) = m/s
excentricidade, aproximadamente uma circunferncia. t T 4,0 2
Sabendo-se que a Terra leva um ano para realizar uma volta

completa em torno do Sol e que a distncia mdia da Terra ao O mdulo de a0 dado por:
Sol 1,5 x 1011m, calcule o mdulo dos vetores V02 2/4 2
a) velocidade; a0 = = (m/s2) = m/s2
R 1,0 4
b) acelerao.
Considere 3,1 e 1 ano 3,1 . 107s
Resposta: C
RESOLUO:
2R 2 . 3,1 . 1,5 . 1011 m
a) V = =
T 3,1 . 107 s

V = 3,0 . 104m/s = 30km/s

V2 9,0 . 108
b) a = = m/s2
R 1,5 . 1011 a = 6,0 . 103m/s2
 (ACAFE-SC-MODELO ENEM) O lanamento do martelo
Respostas: a) 30km/s b) 6,0 . 103m/s2 uma modalidade do atletismo que estreou nos Jogos
Olmpicos de Paris, em 1900, com a presena de cinco
competidores. O lanamento de martelo masculino foi um dos
eventos do atletismo nos Jogos Pan-americanos de 2007, no
Rio de Janeiro. A prova foi disputada no Estdio Olmpico Joo
Havelange no dia 25 de julho com 13 atletas de 10 pases. O
campeo foi o canadense James Steacy, que lanou o martelo
a uma distncia de 73,77m. Os lanadores do martelo com-
petem lanando uma pesada bola de ferro presa a um arame
 (UFPI) Uma partcula descreve um movimento circular metlico com uma ala na extremidade.
uniforme de raio r = 1,0m. No instante t = 0, sua velocidade
v0 Admita que, antes de ser lanada, a bola descreve uma
e sua acelerao a0 apontam nas direes circunferncia de raio R = 1,2m em movimento uniforme com
indicadas na figura ao lado. Dois segundos de- frequncia f = 75rpm. Adote = 3.
pois, a partcula tem pela primeira vez veloci- A velocidade da bola e sua acelerao centrpeta, durante este
dade v = v0 e acelerao a = a0. Os movimento circular uniforme, tero mdulos, em unidades SI,

mdulos de v0 (em m/s) e de a0 (em m/s2) so, mais prximos de:
a) 9,0 e 67,5 b) 9,0 e zero c) 3,0 e 67,5
respectivamente:
d) 3,0 e 9,0 e) 6,0 e 7,5
2 2 2
a) e b) e c) e
2 2 4 16 2 4 RESOLUO:
s 2R
1) V = = = 2 f R
2 t T
d) e e) e 2
4 8 2 75
V = 2 . 3 . . 1,2 (m/s) V = 9,0m/s
60
RESOLUO:
O trajeto de A para B corres- V2 (9,0)2
2) acp = = (m/s2) a = 67,5m/s2
ponde a meia volta e feito R 1,2
em meio perodo:
Resposta: A

T
= 2,0s.
2

T = 4,0s


O mdulo de V0 dado por:

118 FSICA
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Exerccios Resolvidos Mdulo 42

 Um dispositivo mecnico apresenta trs 1


T3 = s
Para um ponto A, na latitude de 25, o ponto
descreve movimento circular uniforme com o
polias, (1), (2) e (3), de raios R1 = 6,0cm, 12,0
mesmo perodo de 24h e raio r = R cos 25
R2 = 8,0cm e R3 = 2,0cm, respectivamente, pe-
Respostas:a) 1,44m/s VA
las quais passa uma fita que se movimenta, sem r r
= VA = VE = VE cos 25
escorregamento, conforme indicado na figura. 1 VE R R
b) 3,0Hz c) s
12,0
VA = 444 . 0,91 m/s VA 404 m/s
 (UFAM-MODELO ENEM) Uma propa- Resposta: B
ganda na internet diz: Seus negcios pre-
cisam andar mais rpido que a velocidade  (MODELO ENEM) Dois automveis A e
do mundo. As velocidades lineares, aproxi- B, percorrem uma mesma pista circular no
A polia (1) tem frequncia f1 = 4,0 Hz. madas, de um ponto sobre o Equador terrestre mesmo sentido com movimentos uniformes e
Determine, adotando-se = 3, e a uma latitude de 25, respectivamente, so: perodos respectivamente iguais a TA e TB,
a) o mdulo da velocidade dos pontos da (Dados: Raio da Terra no Equador terrestre = com TA > TB. No instante t = 0, os carros esto
correia; = 6400 km; sen 25 = 0,42 e cos 25 = 0,91). lado a lado. Os carros estaro lado a lado
b) a frequncia de rotao da polia (2); Adote = 3. novamente, pela primeira vez, no instante:
c) o perodo de rotao da polia (3). a) 350 m/s e 350 m/s
b) 444 m/s e 404 m/s 2TB TA TB TA
Resoluo a) t = b) t =
a) Para um ponto da correia em contato com a c) 400 m/s e 500 m/s TA TB TA TB
polia (1), temos: d) 220 m/s e 200 m/s
e) nenhuma das respostas TB TA 2TB TA
c) t = d) t =
s 2 R1 Resoluo
V = = = 2 f1 R1 TB TA TB + TA
t T1
TB TA
V = 2 . 3 . 4,0 . 6,0 (cm/s) e) t =
TB + TA
cm Resoluo
V = 144 = 1,44m/s
s Consideremos o carro A como referencial e o
carro B se movendo com a velocidade escalar
b) Os pontos das polias em contato com a cor- relativa. Para que os carros fiquem lado a lado,
reia tm a mesma velocidade escalar linear: pela primeira vez, o carro B em seu movimento
V2 = V1 relativo deve dar uma volta completa e per-
2 f2 R2 = 2 f1 R1 correr a distncia srel = 2 R.
Vrel = VB VA
f2 R1 f2 6,0
= = srel 2R 2R
f1 R2 4,0 8,0 =
t TB TA
f2 = 3,0Hz O ponto E, na linha do Equador terrestre, 2R 2R 2R
=
acompanhando a rotao da Terra, ter t TB TA
c) V3 = V1 movimento circular e uniforme com perodo
T = 24h e raio R = 6400 km. 1 1 1 TA TB
2 R3 R3 = =
= 2 f1 R1 = f1 R1 s 2R 2 . 3 . 6400 km t TB TA TB TA
T3 T3 VE = = =
t T 24 h TB TA
R3 t =
2,0 km 1600 TA TB
T3 = = (s) VE = 1600 = m/s 444 m/s
R1 f1 6,0 . 4,0 h 3,6 Resposta: B

Exerccios Propostos Mdulo 42

 (UFV-MG) Duas polias, A e B, giram acopladas por uma Considere que RA = 1 R e que no existe deslizamento
B
correia, como mostra a figura abaixo. 2
entre a correia e as polias. A relao entre os mdulos das
velocidades lineares VA e VB, aceleraes centrpetas aA e aB e
velocidades angulares wA e wB para um ponto na borda de
cada uma das polias :
a) VA = VB, aA = aB e wA = wB
1
b) VA = 2VB, aA = 2aB e wA = wB
2

FSICA 119
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c) VA = VB, aA = 2aB e wA = 2wB  (UFABC) Um pequeno motor tem, solidariamente


1 1 associado a seu eixo, uma engrenagem de 2 . 102 m de raio.
d) VA = VB, aA = aB e wA = wB
2 2 O motor gira com rotao constante de frequncia 5 r.p.m.
Uma segunda engrenagem, em contato com a do motor, gira
RESOLUO: com perodo de rotao igual a 0,5 minuto. Nessa situao,
1) Para no haver deslizamento: VA = VB determine
a) a velocidade escalar de um dente da engrenagem do motor;
2) VA = VB wA RA = wB RB
b) a relao entre as velocidades escalares de um dente da
wA RA = wB 2 RA wA = 2wB engrenagem do motor e um dente da segunda en-
grenagem;
V2 aA RB c) o raio da segunda engrenagem.
3) a = = =2 aA = 2aB
R aB RA (Se necessrio, adote = 3)

Resposta: C RESOLUO:
s 2 R
a) V = = = 2 f R
t T

R = 2 . 10 2m
5 1
f = 5 rpm = Hz = Hz
 (MODELO ENEM) Na tentativa de reproduzir uma cena 60 12

em movimento, com um projetor de slides, um professor de 1


V = 2 . 3 . . 2 . 10 2 (m/s)
Fsica uniu o porta-slides do projetor (raio 10 cm e capacidade 12
para 16 slides) com a roldana de um motor eltrico (raio 1cm),
por meio de uma correia. Supondo-se que a correia no derra- V = 1 . 10 2m/s = 1cm/s
pe, para projetar em 1 segundo os 16 slides, necessrio que
o motor tenha a rotao, em r.p.m., de b) As velocidades lineares so iguais e, portanto, a razo entre
a) 500 b) 600 c) 700 d) 800 e) 900 elas vale 1.

RESOLUO: c) V1 = V2
Como o porta-slides e a roldana esto ligadas por uma correia eles
tero a mesma velocidade linear: 2 f1R1 = 2 f2 R2
V1 = V2
f2 R1
2R1 2R2 =
= f1 R2
T1 T2

T2 R2 1 1
= f2 = = Hz
T1 R1 T2 30

1
T T
R1 = 10cm R2 = 1cm
Porta-slides: roldana: f1 = Hz
1 = 1s 2 = ? 12

T2 1 1 R1 = 2 . 10 2 m
= T2 = s
1 10 10
1

30 2 . 10 2
1 =
f2 = = 10Hz = 600rpm 1 R2
T2
12
Resposta: B
12 2 . 10 2
=
30 R2

60 . 10 2
R2 = m
12
No Portal Objetivo
R2 = 5 . 10 2m
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar, Respostas: a) 1cm/s b) V1 = V2 c) 5 . 10 2m
digite FIS1M204

120 FSICA
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 121

43 A fsica da bicicleta Frequncia Perodo

Em uma bicicleta Uma bicicleta sofisticada tem vrias coroas e vrias


o pedal est fixo na catracas e cada combinao coroa-catraca uma marcha
coroa, que uma da bicicleta. Por exemplo, uma bicicleta com 18 marchas
espcie de polia den- tem trs coroas e seis catracas.
tada. Quando o A catraca, por sua vez, est fixa ( solidria) na roda
pedal gira, a coroa gi- traseira e, portanto, catraca e roda da bicicleta giram
ra junto com a mes- juntas com frequncias iguais:
ma velocidade angu-
lar e, portanto, com a froda = fcatraca
mesma frequncia:
A velocidade escalar da bicicleta, suposta constante,
fcoroa = fpedal dada por:
s 2 Rroda
V = = = 2 froda . Rroda
t Troda

V = 2 fcatraca . Rroda

Rcoroa
V = 2 . . fpedal . Rroda
Rcatraca

A coroa est presa catraca, que outra polia com Quando se pretende velocidade mxima, usamos
dentes, por uma corrente e, portanto, os pontos perif- uma marcha que combina a coroa de raio mximo com a
ricos tm a mesma velocidade linear: catraca de raio mnimo.
VA = VB Quando se pretende subir uma ladeira ngreme, de-
vemos conseguir uma fora motriz maior, o que nos obri-
2fcatraca Rcatraca = 2fcoroa . Rcoroa ga a reduzir a velocidade (o produto fora x velocidade
Rcoroa representa a potncia muscular desenvolvida) e, para
fcatraca = . fcoroa tanto, usamos uma marcha que combina a coroa de raio
Rcatraca mnimo com a catraca de raio mximo.

(MODELO ENEM) Texto para os testes  A polia maior chamada de coroa e acionada v = 2 froda . Rroda
e  .
pelo pedal, girando com a mesma frequncia
do pedal. A polia menor chamada de catraca Rroda = raio da roda da bicicleta
(ou pinho) e solidria roda traseira, de mo-
Funcionamento de uma bicicleta Rcoroa
do que sua frequncia de rotao a mesma V = 2 . fpedal . Rroda
da roda traseira. Uma bicicleta com 21 marchas Rcatraca
As bicicletas sofisticadas possuem um elevado
possui 3 coroas e 7 catracas e cada combi-
nmero de marchas. Qual o significado da
nao coroa-catraca uma marcha da bicicleta. Para um dado esforo muscular no ato de
marcha em uma bicicleta?
A razo entre as frequncias da coroa e da pedalar, mantendo-se constante a frequncia
O mecanismo bsico no funcionamento da bici-
catraca a razo inversa dos respectivos raios: do pedal, a velocidade de uma dada bicicleta
cleta a presena de duas polias denteadas
conectadas por uma corrente. fcatraca Rcoroa (Rroda = constante) vai depender da razo
=
fcoroa Rcatraca Rcoroa
, ou seja, da marcha da bicicleta que
Como a frequncia da roda igual da catraca e Rcatraca
a frequncia da coroa igual do pedal, tem-se:
est sendo utilizada. Considere uma bicicleta
froda Rcoroa Rcoroa com 21 marchas, em que as trs coroas tm
= froda = . fpedal
fpedal Rcatraca Rcatraca raios R1, R2 e R3, tais que R1 < R2 < R3, e as 7
catracas tm raios R4, R5, R6, R7, R8, R9 e R10,
A velocidade da bicicleta tem mdulo V dado
tais que R4 < R5 < R6 < R7 < R8 < R9 < R10.
por:

FSICA 121
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 A marcha que permite a mxima velocidade da bicicleta, para uma


Quando pretendemos subir uma ladeira ngreme, precisamos desen-
volver uma fora intensa para vencermos a componente do peso
frequncia do pedal fixa, aquela que combina
paralela ao cho. Nesse caso, supondo-se que a potncia se mantenha
a) R1 com R4 b) R3 com R4
constante, devemos utilizar uma marcha que corresponda velocidade
c) R1 com R10 d) R3 com R10
mnima para uma dada frequncia do pedal. A marcha que proporciona
e) R2 com R7
essa velocidade mnima aquela que combina
Resoluo
a) R1 com R4 b) R3 com R4
De acordo com a relao
c) R1 com R10 d) R3 com R10
Rcoroa
V = 2 fpedal Rroda e) R2 com R7
Rcatraca Resoluo
De acordo com a relao
Para fpedal e Rroda constantes, teremos
Vmx quando combinarmos a coroa de raio mximo (R3) com a catraca Rcoroa
V = 2 fpedal Rroda
de raio mnimo (R4). Rcatraca
Resposta: B
Para fpedal e Rroda constantes, teremos
 A potncia muscular desenvolvida pela pessoa que est usando a Vmn e fora mxima quando combinarmos a coroa de raio mnimo (R1)
bicicleta dada por: com a catraca de raio mximo (R10).
potncia = fora x velocidade Resposta: C

 (UNIFESP-MODELO ENEM) Pai e filho passeiam de bici-  Na figura, representamos a roda traseira (Z) e o sistema de
cleta e andam lado a lado com a mesma velocidade. Sabe-se engrenagem de uma bicicleta, com a coroa (X) e a catraca (Y).
que o dimetro das rodas da bicicleta do pai o dobro do As rodas da bicicleta tm
dimetro das rodas da bicicleta do filho. Pode-se afirmar que as raio de 50cm, a coroa tem
rodas da bicicleta do pai giram com raio de 12cm e a catraca
a) a metade da frequncia e da velocidade angular com que tem raio de 4cm.
giram as rodas da bicicleta do filho. O ciclista imprime ao pedal
b) a mesma frequncia e velocidade angular com que giram as uma frequncia constante
rodas da bicicleta do filho. de 1,0Hz (uma pedalada
c) o dobro da frequncia e da velocidade angular com que por segundo).
giram as rodas da bicicleta do filho. Determine
d) a mesma frequncia das rodas da bicicleta do filho, mas a) a frequncia com que gira a coroa;
com metade da velocidade angular. b) a frequncia com que gira a catraca;
e) a mesma frequncia das rodas da bicicleta do filho, mas c) a frequncia com que giram as rodas da bicicleta;
com o dobro da velocidade angular. d) o mdulo da velocidade da bicicleta, supondo-se que as
rodas no derrapem. Adote 3.
RESOLUO:
Para andarem lado a lado, pai e filho devem ter a mesma veloci- RESOLUO:
dade, cujo mdulo V dado por: V = 2f R = fD a) A coroa gira com a mesma frequncia do pedal: 1,0Hz.
Como o dimetro DP da roda da bicicleta do pai o dobro do b) Como a coroa e a catraca esto ligadas pela corrente, resulta
dimetro DF da roda da bicicleta do filho, vem fCA RCO fCA 12
= = fCA = 3,0Hz
fF fCO RCA 1,0 4
fP DP = fF DF fP 2 DF = fF DF fF = 2fP fP =
2
c) A roda traseira gira com a mesma frequncia da catraca (

F solidria catraca): fr = fCA = 3,0Hz


Sendo = 2f, vem F = 2 P P =
2
Resposta: A d) A velocidade da bicicleta dada por
s 2R
V = = = 2 fr R
t T

V = 2 . 3 . 3,0 . 0,5 (m/s) V = 9,0m/s

Respostas: a) 1,0Hz b) 3,0Hz c) 3,0Hz d) 9,0m/s

122 FSICA
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 (UERJ) Uma das atraes tpicas do circo o equilibrista 0,50


b) 1) s = V0t + t2 s = . (6,0)2 (m) = 9,0m
sobre o monociclo. O raio da roda do monociclo utilizado igual 2 2
a 20cm, e o movimento do equilibrista retilneo.
s 9,0m
a) O equilibrista percorre, no incio de sua 2) Vm = = Vm = 1,5m/s
apresentao, uma distncia de 24 me- t 6,0s
tros.
Respostas: a) 2 pedaladas por segundo b) Vm = 1,5m/s
Determine o nmero de pedaladas por se-
gundo, necessrias para que ele percorra
essa distncia em 30s, considerando-se o
movimento uniforme.
b) Em outra situao, o monociclo comea a
se mover a partir do repouso com ace-
lerao escalar constante de 0,50 m/s2.
Calcule a velocidade escalar mdia do equilibrista no trajeto
percorrido, nos primeiros 6,0s.

RESOLUO:
s 2 R
a) V = = = 2 f R
t T

24 24
= 2 f . 0,20 f = Hz f = 2,0Hz
30 12

1.a Lei de Newton:


44 Princpio da Inrcia Inrcia Fora resultante nula

Isaac Newton foi um dos maiores gnios da Humanidade. Ele organizou toda a Mecnica apoiado em trs leis que
passaram para a histria da Fsica como as Leis de Movimento de Newton.
A Teoria da Relatividade de Einstein no invalidou, porm limitou a validade das Leis de Newton.
Quando a velocidade dos corpos se aproxima da velocidade da luz no vcuo (3,0 . 108m/s), as Leis de Newton
deixam de ser verdadeiras e temos de substitu-las pelas leis que aparecem na Teoria da Relatividade de Einstein.
Porm, como na nossa vida cotidiana as velocidades envolvidas so muito menores que a velocidade da luz no vcuo,
as correes impostas por Einstein no so significativas e as Leis de Newton continuam vlidas em nosso cotidiano.
usual dizermos que a Fsica Newtoniana um caso particular da Fsica de Einstein para baixas velocidades, isto
, velocidades muito menores do que a velocidade da luz no vcuo.
As trs Leis de Newton estudam:
1.a lei: comportamento de um corpo livre da ao de foras;
2.a lei: comportamento de um corpo ao receber a ao de uma fora;
3.a lei: como os corpos trocam foras entre si.

1. Objetivos da Dinmica
Dinmica a parte da Fsica que investiga os fatores que podem produzir ou modificar o movimento dos corpos.
Enquanto a Cinemtica apenas descreve o movimento por meio de equaes matemticas, a Dinmica procura
descobrir as Leis da Natureza que explicam estes movimentos.

2. Conceito de fora
Na Dinmica, entendemos FORA como sendo o agente fsico que produz ACELERAO, isto , a causa que
tem como efeito a mudana de velocidade dos corpos.
Qualquer alterao de velocidade, seja em mdulo, seja em direo, implica a presena de uma fora.

FSICA 123
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B) Quando um nibus est em repouso e arranca


bruscamente, os passageiros que estavam em p, sem
se segurar, so projetados para trs, por inrcia de re-
pouso. Se o nibus estiver em um plano horizontal com
velocidade constante (movimento retilneo e uniforme),
no h tendncia de os
passageiros serem jo-
gados para frente ou para
trs, porm, em uma frea-
da repentina, os passa-
geiros so projetados para
frente por inrcia de mo-
Uma fora aplicada uma ao exer- A consequncia de se puxar
vimento.
cida sobre um corpo a fim de alterar ou empurrar no a veloci- Inrcia a tendncia de os corpos continuarem movimentando-se com
sua velocidade e no permanece no dade, mas sim a alterao da a velocidade que lhes foi imprimida ou de continuarem em repouso, se
corpo quando a ao termina. velocidade. estiverem inicialmente em repouso.

C) Quando um carro faz uma curva e a sua porta se


3. Inrcia abre, um passageiro nela encostado jogado para fora
do carro, por inrcia de movimento, insistindo em
Definio manter a direo de sua velocidade vetorial.
A propriedade chamada inrcia de um corpo
A inrcia uma propriedade caracterstica da mat-
medida quantitativamente por meio da massa deste cor-
ria, isto , uma propriedade comum a todos os corpos.
po, que , por isso, denominada massa inercial.
Todos os corpos so constitudos de matria, logo,
todos os corpos gozam da propriedade chamada INR- A massa de um corpo uma medida de sua inrcia.
CIA.
S existe inrcia de velocidade, no existe inrcia
Inrcia a tendncia dos corpos em conservar a de acelerao, isto , retirada a fora (causa), no mesmo
sua velocidade vetorial. instante cessa a acelerao (efeito) e apenas a
velocidade do corpo ser mantida constante, por inrcia.
Se o corpo estiver inicialmente em repouso, ele tem Foi Galileu quem pela primeira vez apresentou o
uma tendncia natural, espontnea, de permanecer em conceito de inrcia, admitindo as duas manifestaes: a
repouso. Para alterar o seu estado de repouso, preciso inrcia de repouso e a inrcia de movimento.
a intervero de uma fora.
Porm, Galileu cometeu um erro: admitiu que o mo-
Se o corpo j estiver em movimento, ele tem uma vimento circular uniforme mantinha-se por inrcia.
tendncia natural, espontnea, de permanecer em
Aristteles s aceitava a inrcia de repouso, afirman-
movimento, conservando o mdulo, a direo e o sen-
do que o estado natural dos corpos era o repouso e, con-
tido de sua velocidade, isto , tem tendncia de
cluindo erradamente, que no existia movimento sem a
continuar em movimento retilneo e uniforme.
presena de foras.
Para alterar o seu estado de movimento retilneo e
Os conceitos de inrcia de repouso e de movimento
uniforme, preciso a interveno de uma fora.
foram aceitos por Newton e traduzidos em sua 1.a Lei de
Exemplos Movimento.
A) Quando um cavalo, em pleno galope, para brusca-
mente, o cavaleiro projetado para fora da sela, por inr-
cia de movimento. 4. 1.a lei de movimento
de Newton: Princpio da
Inrcia
A 1.a Lei de Movimento de Newton, aplicada a par-
tculas (pontos materiais), estabelece o comportamento
de uma partcula quando estiver livre de foras.
A expresso livre de foras deve ser interpretada
de duas maneiras:
nenhuma fora atua sobre a partcula, o que, natu-
ralmente, apenas uma concepo terica ideal,
impossvel de ser viabilizada praticamente.
as foras atuantes na partcula neutralizam seus
efeitos, de modo que a fora resultante nula.

124 FSICA
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A 1.a Lei de Newton pode ser enunciada das seguin- D) O heri infantil conhecido como Super-Homem
tes maneiras: traduz uma aberrao fsica, pois, por mais forte e
1.o enunciado: carregado de energia que ele seja, no pode voar sem
receber a ao de uma fora externa (ou do ar ou de um
Uma partcula, livre de foras, mantm sua velo- sistema de jatos).
cidade vetorial constante por inrcia. E) Uma nave a hlice no pode ser usada para uma
viagem espacial, pois, para ser acelerada, deve receber
fora externa do ar e teria de atravessar, no espao
sideral, regies de vcuo onde no h possibilidade de
receber fora externa do ar.

5. Sistema de referncia inercial


Considere um livro no cho de um nibus, inicial-
mente em repouso. Admitamos que o cho seja liso de
modo a no haver atrito entre o cho e o livro.
O livro est sob a ao de duas foras que seneu-
tralizam: a fora de gravidade
aplicada pela Terra ( P ) e a
Desprezando-se as foras resistentes, a velocidade da moto se
mantm por inrcia. fora aplicada pelo cho ( F ).
2.o enunciado:

Uma partcula, livre de foras, ou permanece em F+P=0
repouso ou permanece em movimento retilneo e
uniforme.

3.o enunciado: Se o nibus acelerar, por causa da inexistncia de


atrito, o livro continua parado em relao Terra, porm
Uma partcula s pode alterar sua velocidade com escorrega para trs em relao ao nibus.
interveno de uma fora externa. Verifiquemos, ento, que a 1.a Lei de Newton
vlida em relao a um referencial ligado Terra: o livro
Exemplificando estava em repouso e, como est livre de foras,
A) Um automvel altera sua velocidade, em um pla- continuou em repouso; porm, no vlida em relao
no horizontal, recebendo uma fora externa do solo por a um referencial ligado ao nibus acelerado: o livro
meio do atrito. Se no existisse atrito, os carros no estava em repouso, livre de foras, e se movimentou
poderiam ser acelerados nem as pessoas poderiam para trs em relao ao nibus.
andar em um plano horizontal. Isto posto, notamos que a 1.a Lei de Newton no
B) Quando um pssaro (ou um avio a hlice) est pode ser aplicada para qualquer sistema de referncia;
voando, recebe do ar uma fora externa capaz de alterar ela vlida para privilegiados sistemas de referncia,
sua velocidade vetorial. que so chamados de Sistemas Inerciais.
C) Uma nave de propulso a jato acelerada graas Para nossos estudos, sero considerados inerciais
fora externa recebida dos jatos expulsos, isto , os os referenciais ligados superfcie terrestre e os refe-
jatos aplicam no corpo da nave a fora externa que vai renciais em movimento de translao retilnea e uni-
alterar sua velocidade vetorial. forme em relao superfcie terrestre.

 (MODELO ENEM) Considere as propo-


(16) Uma pessoa, partindo do repouso, no
pode andar em um plano horizontal sem
vetorial, contrariando a 1.a Lei de Newton.
sies a seguir: (04) Falsa: A funo da fora resultante variar
atrito. a velocidade vetorial e no mant-la
(01) Quando um carro freia, o corpo do moto-
(32) No pode existir um super-homem que constante.
rista projetado para frente, porque todo
voe pela ao exclusiva de sua prpria
corpo tende a manter sua velocidade (08) Falsa: A maior parte do trajeto feita em
fora muscular.
vetorial, por inrcia. MRU, por inrcia, com o sistema de jatos
D como resposta a soma dos nmeros
(02) Uma partcula eletrizada cria campo eltri- desligado.
associados s proposies corretas.
co na posio em que ela se encontra. (16) Correta: Para andar, a pessoa deve
Resoluo
(04) A funo da fora resultante em uma partcula receber uma fora de atrito do cho.
(01) Correta: a 1.a Lei de Newton.
manter sua velocidade vetorial constante.
(02) Falsa: Se a partcula criasse campo eltri- (32) Correta: Nenhum corpo pode, sozinho,
(08) Em uma viagem de uma nave espacial
co na posio onde se encontra, ela con- mudar sua velocidade vetorial.
para a Lua, o sistema de jatos fica ligado
seguiria, sozinha, mudar sua velocidade Resposta: 49
durante todo o tempo.

FSICA 125
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2
(MODELO ENEM) Um carro est em V = Vlim F = 0 0 = 1500 0,60 Vlim
a) Mais alto.
movimento retilneo, em um plano horizontal, e 2 2 b) Mais baixo.
0,60 Vlim = 1500 Vlim = 2500
seu motorista est pisando no acelerador at o c) Mais alto se o elevador estiver subindo,
fundo. Em virtude do efeito da fora de Vlim = 50m/s = 180km/h mais baixo se descendo.
resistncia do ar, a fora resultante que age no d) Mais baixo se o elevador estiver subindo e
carro tem intensidade F dada por: Resposta: D
mais alto se descendo.
F = 1500 0,60 V2 (SI) e) exatamente do mesmo modo.
em que V o mdulo da velocidade do carro.  (MODELO ENEM) Um homem, no in- Resoluo
A partir de um certo instante, a velocidade do terior de um elevador, est jogando dardos em O elevador em repouso ou em movimento
carro torna-se constante e seu valor chamado um alvo fixado na parede interna do elevador. retilneo e uniforme, subindo ou descendo,
de velocidade limite. Inicialmente, o elevador est em repouso, em com qualquer valor de velocidade constante,
Nas condies especificadas, a velocidade relao Terra, suposta um Sistema Inercial, e sempre um Sistema Inercial e, como todos os
limite do carro tem mdulo igual a: o homem acerta os dardos bem no centro do Sistemas Inerciais so equivalentes, para se
a) 50km/h b) 120km/h alvo. Em seguida, o elevador est em movi- obter o mesmo resultado (acertar no centro do
c) 150km/h d) 180km/h mento retilneo e uniforme em relao Terra. alvo), a experincia deve ser repetida nas
e) 220km/h Se o homem quiser continuar acertando no mesmas condies (repetir a mira exatamente
Resoluo centro do alvo, como dever fazer a mira, em do mesmo modo).
Quando a velocidade do carro se tornar relao ao seu procedimento com o elevador Resposta: E
constante (MRU), a fora resultante se anular: parado?

 (UERJ-MODELO ENEM) Observe que, na tirinha abaixo,


RESOLUO:
Em ambos os casos, o bloco est sob ao exclusiva de seu peso
uma palavra da frase do segundo quadrinho foi substituda por
P e da fora F aplicada pelo apoio.
um sinal de interrogao.
Nos dois casos (repouso e MRU), a fora resultante nula e, por-

tanto, F = P .

Ento, F1 = F2 = P

(Adaptado de DAOU, L. e CARUSO, F.


Tirinhas de Fsica vol. 4. Rio de Janeiro: CBPF, 2001.)
A palavra substituda refere-se seguinte lei fsica:
a) inrcia. b) gravidade.  (MODELO ENEM) Um carro est movendo-se em um
c) atrao dos corpos. d) conservao da massa. plano horizontal, em linha reta, e seu motorista est pisando no
acelerador at o fim.
RESOLUO:
O carro tende a manter sua velocidade por inrcia (1.a Lei de Newton).
O carro recebe do cho, por causa do atrito, uma fora para
Resposta: A frente, constante e de intensidade F.
A fora que se ope ao movimento e vai limitar a velocidade do
carro a fora de resistncia do ar cuja intensidade Fr dada
por:
 (UFRJ) A figura 1 mostra um bloco em repouso sobre Fr = k V 2
uma superfcie plana e horizontal. Nesse caso, a superfcie k = coeficiente aerodinmico que depende da densidade do ar

exerce sobre o bloco uma fora F1. e da geometria do carro.
V = mdulo da velocidade do carro.

A figura 2 mostra o mesmo bloco deslizando, com movimento


retilneo e uniforme, descendo uma rampa inclinada de em A fora resultante que age no carro tem intensidade FR dada
relao horizontal, segundo a reta de maior declive. Nesse por:

caso, a rampa exerce sobre o bloco uma fora F2.
FR = F kV2
Compare F1 com F2 e justifique sua resposta.

126 FSICA
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A velocidade mxima que o carro pode atingir (velocidade


limite do carro) dada por:

F k
a) Vlim = b) Vlim =
k F


c) Vlim = F d) Vlim = 3,0 . 108 m/s

k
e) Vlim = 340 m/s

RESOLUO:
A velocidade limite atingida quando a fora resultante FR se
anular, isto , a fora de resistncia do ar equilibrar a fora motriz
que o carro recebe do cho por causa do atrito.
FR = 0 F = kV2lim Resposta: C


F F
V2lim = Vlim =
k k
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar,
digite FIS1M205

2.a Lei de Newton: Relao


45 e 46 entre fora e acelerao Fora Acelerao

A 2.a Lei de Newton refere-se ao comportamento de


um corpo ao receber a ao de uma fora, isto , esta-
1. 2.a lei de movimento
belece uma relao entre causa (fora) e efeito (ace- de Newton Princpio
lerao).
Qualquer alterao de velocidade, seja em mdulo, Fundamental da Dinmica (PFD)
seja em orientao, significa uma acelerao que implica A 2.a Lei de Movimento de Newton procura estabe-
a presena de uma fora. lecer o comportamento de uma partcula ao receber uma
fora.
FORA ALTERAO DE VELOCIDADE Enunciado da 2.a Lei de Newton:

A fora referida na 2.a Lei de Newton a fora resul- Quando uma partcula recebe a ao de uma fora,
tante que age no corpo, isto , a soma vetorial de todas ela adquire, na direo e sentido da fora, uma
as foras atuantes no corpo. acelerao cujo mdulo proporcional ao mdulo
Quando uma nave est no espao sideral, livre da
da fora aplicada.
ao de foras externas, ela se move por inrcia com A 2.a Lei de Newton estabelece um aspecto quan-
velocidade constante. titativo entre a fora aplicada (causa) e o efeito produzido
Se a nave quiser acelerar, frear ou mudar a direo (acelerao), que pode ser traduzido pela chamada
de sua velocidade, ela dever receber uma fora externa equao fundamental da Dinmica:
e para isso o astronauta dever acionar o sistema de

jatos. F =ma
Os jatos expulsos que vo aplicar na nave a fora
externa de que ela precisa para alterar a sua velocidade.
Quando voc est dirigindo um carro e quer alterar a
velocidade dele, voc dever receber do solo terrestre
F = fora aplicada.
uma fora externa e para tal voc dever pisar no ace-
lerador ou no freio. m = massa da partcula.

a = acelerao adquirida.

FSICA 127
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A equao F = m a uma igualdade vetorial, o que F1 e F2 tm mesma direo e sentidos opostos,
nos mostra que, sendo amassa uma grandeza escalar com F1 > F2.

sempre positiva, a fora F e a acelerao a tero sem- Nesse caso, o mdulo da fora resultante (F) dado
pre a mesma direo e o mesmo sentido. pela diferena entre os mdulos (F1 e F2) das foras
Quando atua
sobre a partcula mais de uma fora, a atuantes:
fora aplicada F deve ser entendida como a fora resul-
tante que age na partcula. F = F1 F2


F1 e F2 tm direes perpendiculares.

O foguete recebe ao de uma fora aplicada pelos jatos.

Nesse caso, o mdulo da fora resultante (F) rela-


A fora resultante uma fora hipottica, capaz de
cionado com os mdulos (F1 e F2) das foras atuantes,
substituir todas as foras atuantes e produzir o mesmo
por meio do Teorema de Pitgoras.
efeito, isto , proporcionar partcula a mesma ace-
lerao. 2 2 2
F = F1 + F 2

Quando atuam mais


2. Unidades de medida
de uma fora em uma Os sistemas de unidades usados na Mecnica ado-
partcula, a fora apli- tam, como fundamentais, trs unidades, que so de-
cada deve ser enten- finidas a partir de um modelo ou padro. As demais uni-
dida como a fora re-
dades denominam-se derivadas e so definidas a partir
sultante: Fres = m . a .
Na figura, represen- das fundamentais pelas frmulas que traduzem as leis
tamos as foras e a da Mecnica.
respectiva resultante
que a corda do arco
aplica na flecha, de- Adotaremos em nossos estudos um sistema de
pois que a atleta solta unidades chamado SISTEMA INTERNACIONAL (SI), cu-
a corda. jas unidades fundamentais so:
METRO (m), definido como sendo a distncia
Sendo F1, F2, , Fn as foras atuantes na partcula, percorrida pela luz, no vcuo, em um intervalo de tempo
foi estabelecido por Galileu que a fora resultante dada de 1/299 792 458 do segundo.
pela soma vetorial dessas foras atuantes:
QUILOGRAMA (kg), definido como sendo a
massa de um cilindro de platina iridiada, conservado no
F = F1 + F2 + + Fn museu de Svres, em Paris.
SEGUNDO (s), definido em funo da radiao
A soma de foras obedece s regras estabelecidas atmica do elemento Csio.
para a soma de vetores e destacamos trs casos de
soma de duas foras:
3. Unidades de

F1 e F2 tm mesma direo e sentido. velocidade, acelerao e fora
Nesse caso, o mdulo da fora resultante (F) a s
Da definio de velocidade escalar V = , vem:
soma dos mdulos (F1 e F2) das foras atuantes.
t

F = F1 + F2 unidade [s] m
unidade [V] = = = m . s1
unidade [t] s

128 FSICA
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V De acordo com a 2.a Lei de Newton, vem:


Da definio da acelerao escalar a = , vem:
t unidade [F] = unidade [m] . unidade [a]
m
unidade [V] m/s m unidade [F] = kg . = kg . m . s2 = newton (N)
unidade [a] = = = = m . s2 s2
unidade [t] s s2
A unidade de fora, no SI, o newton (N).

Exerccios Resolvidos Mdulo 45


 Considere um sistema de coordenadas
orientao da acelerao vetorial, isto , diri-
gida segundo o eixo z e tem sentido para baixo.
 (OLIMPADA BRASILEIRA DE FSICA-
cartesianas triortogonal xyz fixo no solo terres- MODELO ENEM) Na figura a seguir, uma es-
Resposta: D
tre com o eixo z vertical. fera de ao est apoiada sobre o tampo de uma
Um objeto est-se movendo para cima ao  (VUNESP-MODELO ENEM) Uma das mesa plana e horizontal. A mesa est no
interior de um vago que se move sobre trilhos
longo do eixo z e o mdulo de sua velocidade causas mais frequentes da procura de servio
est diminuindo. retilneos e horizontais.
mdico de pronto-socorro por pais com crian-
Estando a mesa e a es-
as so as quedas e os acidentes domsicos.
fera em repouso em re-
Considere, por exemplo, uma criana que corre
lao ao vago e sa-
a 3,0m/s, quando, sem perceber que uma porta
bendo-se que o fio que
de vidro estava fechada, bate nela com a ca-
prende a bola ao vago
bea, recebendo da porta uma fora mdia de
encontra-se tracionado,
intensidade 900N. Sabe-se que, nessas con-
correto afirmar que
dies, depois de um intervalo de tempo de
a) o vago pode estar movendo-se da direita
0,01s, sua cabea est parada em relao
para a esquerda com movimento uniforme.
De posse dessa informao, podemos concluir porta. Se a mesma criana, com a mesma ve-
b) o vago pode estar movendo-se da
que locidade, batesse sua cabea contra uma porta
esquerda para a direita com movimento
a) existe uma nica fora atuando no objeto na almofadada que amortecesse o impacto, paras-
uniforme.
direo do eixo z e sentido para baixo. se num intervalo de tempo dez vezes maior,
c) o vago pode estar movendo-se da direita
b) a fora resultante no objeto tem direo e pode-se afirmar que a intensidade da fora
para a esquerda com movimento retardado.
sentido do eixo z. mdia aplicada pela cabea da criana na porta,
d) o vago pode estar movendo-se da esquer-
c) podem existir vrias foras atuando no na segunda situao valeria em N,
da para a direita com movimento retardado.
objeto mas a mais intensa deve ser dirigida a) 90 b) 180 c) 900
e) o vago pode estar movendo-se da direita
segundo o eixo z e dirigida para baixo. d) 1800 e) 9000
para a esquerda com movimento acelerado.
d) a fora resultante no objeto tem a direo Resoluo
m V Resoluo
do eixo z e sentido para baixo. PFD: Fm = ma = Fm . t = mV Se o fio est tracionado, ele exerce sobre a
t
e) No podem existir foras atuando no objeto esfera de ao uma fora para a direita (fio
que tenham a direo dos eixos x e y. Nas duas situaes mV o mesmo e, portanto: sempre puxa):
Resoluo Fm . t1 = Fm . t2 De acordo com a 2.a Lei de Newton
1 2
Se o objeto se move na direo do eixo z com (PFD), a esfera e, portanto, o vago
Fm
movimento retardado, podemos concluir que a 2 t1 t1 tm uma acelerao a dirigida para
acelerao vetorial tem a direo do eixo z e = =
Fm t2 10 t1 a direita e o vago pode estar
sentido oposto ao de seu movimento e, 1
1) movendo-se para a direita com movimen-
portanto, dirigida para baixo. Fm to acelerado.
1
A respeito das foras atuantes, s podemos Fm = = 90N 2) movendo-se para a esquerda com movi-
concluir que a fora resultante (soma vetorial 2 10
mento retardado.
de todas as foras atuantes) tem a mesma Resposta: A Resposta: C

Exerccios Propostos Mdulo 45



 Uma partcula est sujeita ao de uma fora resultante
Sendo a 0 V varivel.

constante e no nula. A respeito da acelerao ( a ) e da ve- Resposta: D


locidade (
v ) da partcula, assinale a opo correta:

a v
a) varivel varivel  Uma partcula desloca-se em trajetria horizontal conforme
b) constante constante o esquema:
c) varivel constante
d) constante varivel
e) nula nula
RESOLUO: Sabendo-se que a partcula se desloca para a direita com movi-
A intensidade da fora resultante diretamente proporcional
mento retardado, assinale a opo que traduz corretamente a
intensidade da acelerao. Assim:
direo e sentido

da velocidade ( v ), da acelerao (a ) e da for-
Fres = constante 0 a = cte 0
a resultante (F ):

FSICA 129
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RESOLUO:
Fres
a) Fres = m . a m =
a

Do grfico, se a = 4,0m/s2, tem-se Fres = 8,0N.

8,0
m = (kg) m = 2,0kg
4,0

Fres 10,0
b) Fres = m . a a = = (m/s2) a = 5,0m/s2
m 2,0

RESOLUO: Respostas: a) 2,0kg b) 5,0m/s2


Conforme a 2.a Lei de Newton:
Uma fora produz na sua direo e sentido uma acelerao
I. O vetor velocidade possui o sentido do
movimento: para a direita.

II.Como o movimento retardado: v e a
 (UNIFAL-MG-MODELO ENEM) Considere os trs dia-
gramas ilustrados abaixo (I, II e III), referentes s foras que
possuem sentidos opostos, assim F e a so
atuam sobre um corpo de massa m, nos quais os mdulos das
opostos a v.
Resposta: D foras F1, F2 e F3 so idnticos.

 O grfico a seguir nos d a intensidade da fora resultante


F sobre uma partcula, em funo do mdulo de sua acele-
rao.

A relao entre os mdulos das aceleraes resultantes neste


corpo :
(Dados: sen 30= 0,50 e cos 30= 0,67)
a) aI > aII > aIII b) aI = aII = aIII c) aI = aII > aIII
d) aI = aII < aIII e) aI > aII < aIII

RESOLUO:
I. FR = F II. FR = F III. FR = 0
a) Qual a massa da partcula? Resposta: C
b) Qual o mdulo da acelerao quando F = 10,0N?

Exerccios Resolvidos Mdulo 46

 (UNESP-MODELO ENEM) Uma das 2) V 2 = V02 + 2 s (MUV) do movimento do navio, representada pela reta
AB da figura. Supondo-se que o navio esteja
modalidades esportivas em que nossos atletas 25 = 0 + 2 . 25 = 0,5m/s 2
inicialmente em repouso em relao s mar-
tm sido premiados em competies olmpicas
a de barco a vela. Considere uma situao 3) 2.a Lei de Newton aplicada ao barco: gens do canal, calcule
FR = (mB + mH ) a a) o mdulo, a direo e o sentido da acele-
em que um barco de 100 kg, conduzido por um
rao inicial.
velejador com massa de 60 kg, partindo do FR = (100 + 60) 0,5 (N) FR = 80N
Aps um determinado intervalo de tempo,
repouso, se desloca sob a ao do vento em
Resposta: D com os tratores ainda exercendo fora
movimento retilneo e uniformemente
como no incio do movimento, a velocidade
acelerado, at atingir a velocidade escalar de
18 km/h. A partir desse instante, passa a  (UFRJ) Um navio de massa igual a do navio passa a ser constante, nessas
navegar com velocidade constante. Se o barco 1,0 . 103 toneladas deve ser rebocado ao longo condies, calcule:
de um canal estreito por dois tratores que se b) o mdulo, a direo e o sentido da fora de
navegou 25 m em movimento retilneo e
movem sobre trilhos retos, conforme mos- resistncia viscosa que a gua exerce sobre
uniformemente acelerado, qual o mdulo da
trado na figura a seguir. o navio.
fora resultante aplicada sobre o barco?
Resoluo
Despreze resistncias ao movimento do barco.
a) A fora resultante F entre T1 e T2 ter
a) 50N b) 60N c) 70N
direo da reta AB e sentido de A para B.
d) 80N e) 90N
A acelerao do navio ter a mesma
Resoluo
direo e sentido da fora resultante F.
km 18 O mdulo da acelerao inicial dado por:
V = 18 = m/s = 5,0m/s Os tratores exercem foras T1 e T2 constantes,
h 3,6 que tm mesmo mdulo, igual a 1,0 . 104N, e PFD: F = m a
Aplicando-se a Equao de Torricelli, vem: formam um ngulo de 30 graus com a direo 2 T cos 30 = m a

130 FSICA
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3  Um corpo de massa 2,0kg puxado sobre

So dados: sen 37 = 0,60 e cos 37 = 0,80.
O mdulo da acelerao do bloco vale:
2 . 1,0. 104 . = 1,0 . 106 a uma superfcie horizontal por uma fora F,
2 a) 1,0 b) 1,2 c) 1,4
constante, de intensidade 5,0N, cuja direo
d) 1,6 e) 2,0
forma ngulo de 37 com o plano horizontal.
3 Resoluo
A fora de atrito entre o corpo e a superfcie
a = m/s2 1,7 . 102 m/s2 tem intensidade igual a 0,80 N. 1) Fx = F cos 37 = 5,0 . 0,80 (N) = 4,0N
102

2) PFD:Fx Fat = ma
b) Quando a velocidade ficar constante, a
fora resultante ser nula e a fora
4,0 0,8 = 2,0. a a = 1,6m/s2
aplicada pela gua dever equilibrar a fora

F e, para tanto,dever ter a direo da reta
Resposta: D
AB, o sentido de B para A e mdulo igual
a  3 . 104 N.

Exerccios Propostos Mdulo 46

 (UFRRJ-MODELO ENEM) Aproveitando o tempo ocioso


RESOLUO:
1) Sendo o movimento uniformemente variado, temos:
entre um compromisso e outro, Paulo resolve fazer compras V 2 = V02 + 2 s (Equao de Torricelli)
em um supermercado. Quando preenche completamente o (30) 2 = (10) 2 + 2 100
primeiro carrinho com mercadorias, utiliza-se de um segundo, 900 = 100 + 200
que preso ao primeiro por meio de um gancho, como = 4,0m/s2
demonstra a figura.
2) Como a trajetria retilnea, a acelerao vetorial tem mdulo
igual ao da acelerao escalar:
a = = 4,0m/s2

3) A fora resultante que age no conjunto piloto + moto dada pela


2.a Lei de Newton:
PFD: FR = ma
FR = 500 . 4,0(N)
FR = 2,0 . 10 3N

Figura adaptada de http://www.fisicalegal.net Resposta: D


Sabe-se que as massas dos carrinhos esto distribudas
uniformemente, e que seus valores so iguais a m1 = 40kg e  Um bloco de madeira de 2,0kg, puxado por um fio ao qual
m2 = 22kg. Paulo puxa o carrinho com uma fora constante de se aplica uma fora constante, de intensidade 14,0N, que atua
mdulo igual a 186N. Admitindo-se que o plano perfeita- paralelamente superfcie plana e horizontal sobre a qual o
mente horizontal e que desconsiderada qualquer dissipao bloco se apia, apresenta uma acelerao de mdulo 3,0m/s2.
por atrito, a acelerao mxima desenvolvida pelos carrinhos Este resultado pode ser explicado se se admitir que tambm
de atua no bloco uma fora de atrito cuja intensidade, em
a) 2,2 m/s2 b) 3,0 m/s2 c) 4,6 m/s2
2 2
newtons, vale:
d) 8,5 m/s e) 12,1 m/s
a) 6,0 b) 7,0 c) 8,0 d) 14,0 e) 20,0
RESOLUO:
F = (m1 + m2) a RESOLUO:
186 = 62a PFD: F Fat = ma
14,0 Fat = 2,0 . 3,0
a = 3,0m/s2
Resposta: B Fat = 8,0N

Resposta: C
 (FATEC-SP) Uma motocicleta sofre aumento de
velocidade escalar de 10m/s para 30m/s enquanto percorre,
em movimento retilneo uniformemente variado, a distncia de
100m. Se a massa do conjunto piloto + moto de 500kg,
pode-se concluir que o mdulo da fora resultante sobre o
conjunto
a) 2,0 . 102N b) 4,0 . 102N c) 8,0 . 102N
3
d) 2,0 . 10 N 3
e) 4,0 . 10 N

FSICA 131
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47 Peso Gravidade Galileu


Imponderabilidade

Todo corpo cria em torno de si um campo de foras Entende-se por queda livre uma queda pela ao
chamado campo gravitacional. da gravidade (e desprezando-se o efeito do ar), isto ,
O campo gravitacional se torna relevante se a massa uma queda gravitacional no vcuo.
do corpo for muito grande, como a massa do Sol, dos A acelerao de queda livre, que a mesma para
planetas ou da Lua. todos os corpos, denominada acelerao da gravida-
Assim, qualquer corpo nas proximidades da Terra de e, nas proximidades da Terra, tem valor praticamente
atrado pelo nosso planeta por uma fora gravitacional constante e assumido como 9,8m/s2, denominado gra-
que traduz o seu peso. vidade normal.
famosa a histria da ma de Isaac Newton: obser- Na realidade, a acelerao da gravidade varia com a
vando a queda da fruta, Newton imaginou que a fora altitude e com a latitude; o valor citado refere-se ao nvel
que fazia a ma cair (peso da ma) deveria ser da do mar e a uma latitude de 45.
mesma natureza da fora que fazia a Lua gravitar em A experincia de Galileu
torno da Terra. pode ser feita analisando-se a
A partir das medidas a respeito da queda livre dos queda de uma bola de chum-
corpos e da rbita lunar em torno da Terra, Newton bo e de uma pluma em c-
conseguiu formular a famosa lei da gravitao universal, maras de vcuo (tubos de
que se tornou um dos pilares da Fsica Newtoniana, onde se procura retirar todo o
ensinando como ocorre a atrao entre duas massas: ar), porm, sempre de modo
aproximado, dada a inexis-
tncia de vcuo perfeito.
Nas experincias, mostra-se a in-
fluncia do ar na queda da pedra e do
papel (fig. a) e a queda de ambos no
vcuo (fig. b).
(a) (b)
Quando os astronautas estiveram na Lua, eles
F = intensidade da fora gravitacional entre os corpos A repetiram, com sucesso, a experincia de Galileu, pois
eB na Lua no h atmosfera e as condies so ideais para
a verificao da queda livre.
M = massa do corpo A
A acelerao de queda livre na Lua , aproximada-
m = massa do corpo B mente, um sexto de seu valor na Terra, isto , da ordem
d = distncia entre A e B de 1,6m/s2.
G = constante universal (tem o mesmo valor em todo o
Universo) 2. Peso de um corpo
GMm muito importante no confundir os conceitos de
F =
d2 massa e peso de um corpo.
A massa (m) uma grandeza caracterstica do
corpo, que mede a sua inrcia, e sua unidade, no SI, o
1. Experincia de Galileu quilograma (kg). A massa grandeza escalar e no
depende do local.
Foi Galileu quem, pela 1.a vez, estudou corretamente
a queda livre dos corpos. Suas experincias foram feitas O peso de um corpo consequncia da fora de
com quedas no ar e os estudos foram extrapolados para gravidade com que o corpo atrado pela Terra.
a queda no vcuo (espao vazio; ausncia de matria). A Terra cria, em torno de si, um campo de foras que
Segundo comprovou Galileu: denominado campo de gravidade.
Qualquer corpo, nas proximidades da Terra, atrado
Todos os corpos em queda livre (queda no vcuo) por ela, por uma fora denominada fora gravitacional.
caem com a mesma acelerao.
No levando em conta os efeitos ligados rotao
A experincia de Galileu nos ensina que a acelerao da Terra, essa fora gravitacional, aplicada pela Terra,
de queda livre a mesma para todos os corpos, no im- denominada peso do corpo.
portando a massa, tamanho, forma ou densidade do O peso , pois, uma fora, grandeza de natureza
corpo. vetorial, e medido, no SI, em newtons (N).

132 FSICA
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A equao relacionando o peso (P ) e a massa (m) obtida aplicando-se a 2.a Lei ? Saiba mais
de Newton para um corpo em queda livre.
Quando um corpo de massa (m) est em queda livre, sua acelerao a

acelerao da gravidade local ( g ) e a nica fora atuante sobre ele o seu peso

(P ).



Portanto: F = m a P = m
g


Observe que, como a gravidade g varia com o local, o peso de um corpo no
caracterstica sua, pois tambm depende do local, variando proporcionalmente

com o valor de | g |.

Por outro lado, como a acelerao da gravidade g tem direo vertical e sentido

para baixo, o peso P tambm ter direo vertical e sentido para baixo.
Quando um astronauta vai para a Lua, sua massa continua a mesma, porm o
seu peso varia, pois a acelerao da gravidade lunar diferente da terrestre. Na A imponderabilidade (sensao de au-
sncia de peso) pode ser obtida no
Lua, a acelerao da gravidade , aproximadamente, um sexto de seu valor na Terra interior de um avio em queda livre ou
e o peso do astronauta tambm ser, aproximadamente, um sexto de seu valor na em uma nave orbitando ao redor da
Terra. Terra.

 (VUNESP-MODELO ENEM) comum  (MODELO ENEM) Pode-se dividir a  (UFU-MG) Na sequncia abaixo, esto
alunos do ensino mdio afirmarem que apren- queda vertical de uma gota de chuva em dois representados trs instantes do movimento de
deram a diferena entre massa e peso, alegan- trechos. Um, que vai do incio da queda at ser queda livre de uma bola de borracha: no
do que ao irem at a farmcia para se pesar, na atingida a velocidade limite da gota e outro, que instante t1, a bola encontra-se em movimento
verdade esto medindo sua massa e no seu se inicia aps atingir essa velocidade. Esses descendente; no instante t2, ela atinge o solo
peso, pois peso fora, e massa no . No en- dois trechos esto representados no seguinte e, no instante t3, a bola desloca-se no sentido
tanto, s vezes pode-se perceber que tais ba- grfico da velocidade escalar da gota em contrrio ao seu sentido inicial (movimento
lanas de farmcia indicam variaes na medi- funo do tempo. ascendente).
da, por exemplo ao efetuarmos movimentos
de agachar ou de levantar. Isso se explica
porque essas balanas
a) podem no estar funcionando adequada-
mente, j que deveriam indicar sempre a
mesma massa, que constante.
b) medem a fora, que sensvel aos movi- Assinale a alternativa, na qual a fora resultante

mentos, mas indicam a massa correspon- ( F ), a velocidade ( V) e a acelerao ( a ) da bo-
dente, em condies estticas. la, nos instantes t1 e t3, esto corretamente
c) indicam a variao da massa causada pela A intensidade da fora de resistncia do ar so- representadas.
variao da velocidade, que foi prevista por bre a gota proporcional sua velocidade
Einstein (E = mc2). escalar, conforme a expresso Fr = 2,0 . 104V,
d) medem a fora gravitacional, que varia com sendo F em newtons e V em m/s.
a distncia ao centro da Terra e, portanto, Sabendo-se que g = 10 m/s2, o peso dessa
com o movimento indicado. gota de chuva vale
e) medem a massa inercial quando o corpo a) 1,0 . 104N b) 2,0 . 104N
est em repouso e a massa gravitacional 4
c) 4,0 . 10 N d) 5,0 . 104N
quando este se movimenta. e) 8,0 . 104N
Resoluo Resoluo
Embora a balana esteja calibrada em massa Quando a velocidade limite atingida (4,0m/s),
(medida em kg), na realidade ela mede a fora a fora de resistncia do ar equilibra o peso da
que os ps da pessoa aplicam sobre ela. Em gota.
condies estticas tal fora igual ao peso da Fr = P Resoluo

pessoa, porm se a pessoa estiver agachando-se A fora resultante F o peso da bola (vertical
2,0 . 104 . Vlim = P P = 2,0 . 104 . 4,0 (N)
ou levantando-se ou mesmo movendo seus para baixo) e a acelerao a gravidade g (ver-
braos a fora aplicada na balana no mais tical para baixo).
coincidir com o seu peso e a indicao da balan- P = 8,0 . 104N Na descida (t1), o vetor velocidade dirigido
a no ser mais a massa da pessoa. para baixo e na subida (t3), para cima.
Resposta: B Resposta: E Resposta: C

FSICA 133
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 (FUVEST) Uma fora de intensidade 1,0N tem ordem de d) Se a goiabeira estivesse na Lua, m seria menor do que na
grandeza do peso de Terra.

a) um homem adulto; b) uma criana recm-nascida; e) No podemos utilizar a equao F = m a para esse caso.
c) um litro de leite; d) uma xicrinha cheia de caf;
RESOLUO:
e) uma pena de galinha. a) (V) A massa uma media da inrcia.
b) (F) O peso dado por P = mg.
Resposta: D c) (F) O peso aparente seria nulo.
d) (F) A massa a mesma; o peso menor na Lua.
e) (F)
 (UEPB-MODELO ENEM) Leia com ateno a seguinte Resposta: A
tira:

 (UFRJ) Um jogador de basquete cobra um lance livre. A


trajetria da bola, supondo desprezvel a resistncia do ar, est
mostrada na figura.

A partir da leitura, analise as proposies a seguir:


I. A resposta que Garfield deu ao seu dono est fisicamente
incorreta, pois o peso de um corpo independe do local onde
se encontra.
II. A resposta que Garfield deu ao seu dono est fisicamente
correta, porque dependendo do local onde o corpo se en-
contre, o seu peso se altera.
III. Para Garfield conseguir o seu objetivo, deveria ir a um destes
planetas do Sistema Solar: Netuno (Campo Gravitacional
10,6N/kg), Urano (Campo Gravitacional 11N/kg), Vnus (Campo
Gravitacional 8,9N/kg), Marte (Campo Gravitacional 3,9N/kg).
Com base na anlise feita, assinale a alternativa correta:
a) Apenas as proposies I e III so verdadeiras.
b) Apenas as proposies II e III so verdadeiras.
c) Apenas a proposio I verdadeira.
d) Apenas a proposio II verdadeira.
e) Nenhuma das proposies verdadeira.

RESOLUO:
I. Falsa: a massa independe do local, o peso proporcional ao va-
lor da acelerao da gravidade local.
II. Correta.
III. Falsa: o gato deveria ir para um planeta onde a acelerao da
gravidade fosse menor que a da Terra; nos exemplos citados:
Vnus e Marte.
Resposta: D Determine a direo e o sentido da resultante das foras que
atuam sobre a bola, no instante em que ela se encontra na
posio indicada na figura, e calcule seu mdulo, sabendo-se
 (UFJF-MG-MODELO ENEM) Sidiney descansa sob a que a massa da bola igual a 0,65kg e que, no local, a
sombra de uma goiabeira e observa uma goiaba cair. Ele ento acelerao da gravidade tem mdulo igual a 10m/s2.
afirma: posso calcular a fora que impele a goiaba rumo ao Justifique sua resposta.

cho usando a equao: F = m a.
Em relao a essa afirmao de Sidiney, correto o seguinte RESOLUO:
comentrio: A fora resultante o peso da bola, que uma fora vertical,
a) A quantidade m uma medida da inrcia da goiaba. dirigida para baixo e de intensidade
b) A quantidade m o peso da goiaba. P = mg = 0,65 . 10 (N)
c) Se a goiabeira estivesse em uma nave em rbita da Terra,
P = 6,5N
m seria zero.

134 FSICA
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 (UNIP-MODELO ENEM) A tabela a seguir indica o valor a) O corpo A ter peso igual ao do corpo B nos planetas Vnus
aproximado da intensidade da acelerao da gravidade na e Urano.
superfcie de alguns planetas que compem o nosso sistema b) Somente em Saturno a massa do corpo A continua sendo
solar. igual a 1,0kg.
Na Terra, um corpo A tem massa de 1,0kg e um corpo B tem c) A massa do corpo A mxima em Jpiter.
massa de 2,5kg. d) O peso do corpo A o mesmo em todos os planetas.
e) O peso do corpo B em Marte igual ao peso do corpo A na
Planeta g(m/s2) Terra.
Mercrio 3,0 RESOLUO:
Vnus 8,0 PB = mB gM = 2,5 . 4,0 (N) = 10,0N
PA = mA gT = 1,0 . 10,0 (N) = 10,0N
Terra 10
Resposta: E
Marte 4,0
Jpiter 25
Saturno 10
Urano 8,0
Netuno 11

Assinale a opo correta:

2.a Lei de Newton


48 em movimentos verticais

 (VUNESP-MODELO ENEM) Observe o


Resoluo a) Determine, neste instante, o sentido da
acelerao vetorial do bloco e calcule o seu
quadrinho.
Para o equilbrio do recruta mdulo.
Zero, vem: b) possvel saber se, nesse instante, o
F + FN = PR + PB helicptero est subindo ou descendo?
F + 50 = 900 Justifique a sua resposta.
Resoluo
F = 850N
a) Como a fora tensora T = 1200N maior
que o peso do bloco P = 1000N, a acelera-

o a dirigida para cima.
Para o sargento Tainha: PFD: TP=ma
PFD: F PS = mS a
1200 1000 = 100 . a
850 800 = 80 . a

a 0,63m/s2 a = 2,0m/s2

Resposta: B b) O sentido do movimento (subindo ou des-


cendo) no est determinado.
 (UFRJ) A figura mostra um helicptero
O helicptero pode estar subindo com

movimento acelerado ( V
que se move vertical-
a ) ou descen-

do com movimento retardado ( V
mente, em relao
Considere as massas do recruta Zero, do a ).
Terra, transportando
sargento Tainha e da bigorna, respectivamente
um bloco de massa
iguais a 55kg, 80kg e 35kg. Sendo constante a
100kg, por meio de  (UNIFOR-CE-MODELO ENEM) Um
intensidade de todas as foras atuantes e elevador e sua carga tm juntos massa de
um cabo de ao. O
sabendo-se que, no primeiro quadrinho, a 800kg. Considere a acelerao local da
cabo pode ser consi-
reao normal do solo sobre o recruta Zero tem gravidade com mdulo g = 10m/s2. Inicial-
derado inextensvel e de massa desprezvel
intensidade de 50N e que a acelerao da gra- mente descendo a 4,0m/s, ele freado e para
quando comparada do bloco. Considere
vidade local tem mdulo g = 10m/s2, a mxima numa distncia de 8,0m, com acelerao cons-
g = 10m/s2.
intensidade da acelerao, em m/s2, com que o tante. Nessas condies, a trao no cabo do
Suponha que, num determinado instante, a for-
sargento Tainha levado para o alto , elevador tem intensidade, em newtons.
a tensora no cabo de ao tenha intensidade
aproximadamente a) 7,2 . 103 b) 7,6 . 103 c) 8,0 . 103
igual a 1,2kN. Despreze a fora de resistncia
a) 0,13 b) 0,63 c) 5,0 d) 8,4 . 103 e) 8,8 . 103
do ar que age no bloco.
d) 6,3 e) 11,0

FSICA 135
C2_1a_Fis_Alelex_prof 13/12/10 15:15 Pgina 136

Resoluo 2) PFD: T P = M a
T = M g + Ma
1) V2 = V02 + 2 s (MUV)
T = M (g + a)
0 = (4,0)2 + 2 8,0
T = 800 (10 + 1,0) N
16,0 = 16,0 = 1,0m/s2
T = 8,8 . 103N

Resposta: E

 (AFA) Um homem de massa 70kg est subindo com


movimento acelerado por um fio ideal com ace le rao de No Portal Objetivo
mdulo igual a 0,50m/s 2 . Adote g = 10m/s2
e despreze o efeito do ar. Nessas condies, a Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
intensidade da trao, no fio, em N, vale OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar,
a) 350 b) 665 c) 700 digite FIS1M206
d) 735 e) 800

RESOLUO:
PFD: T P = ma  (CEDERJ-MODELO ENEM) Um balo carrega um
pequeno bloco cuja massa 10 kg. Observa-se que o conjunto
T 700 = 70 . 0,50
formado pelo balo e bloco se desloca com uma acelerao
T 700 = 35 constante vertical, para cima, e de mdulo igual a 2,0 m/s2.
Considere, nesta questo, que o mdulo da acelerao da
T = 735N
gravidade seja g = 10m/s2.
Resposta: D

 (UFPE) Um corpo de massa 25kg est sendo iado por


uma fora vertical F, aplicada em uma corda inextensvel e de
massa desprezvel. A corda passa atravs de
uma roldana de massa tambm desprezvel, que
est presa ao teto por um cabo de ao. O cabo
de ao se romper se for submetido a uma fora
Calcule o mdulo da fora que o balo exerce sobre o bloco.
de intensidade maior do que 950N. Calcule o
a) 20N b) 100N c) 120N
mdulo da acelerao mxima que o corpo pode
d) 200N e) 300N
atingir, em m/s2, sem romper o cabo de ao.
RESOLUO:
RESOLUO: a) FR = ma = 10 . 2,0 (N) = 20N
Fcabo = 2F
Fcabo b) PFD = F P = ma
Fmx = = 475N
2
F 100 = 20 F = 120N
PFD: F P = ma
Fmx mg = m amx
Fmx Resposta: C
amx = g
m

475
amx = 10 (m/s2) amx = 9m/s2
25 No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em localizar,
digite FIS1M207

136 FSICA

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