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Ficha de Apoio2-Controlo de Gestao

O documento descreve os principais componentes do processo orçamental de uma empresa, incluindo o programa de vendas, orçamento de vendas, programa de produção, orçamento de compras, orçamento de investimentos e orçamento de tesouraria. Fornece detalhes sobre como cada um desses componentes é elaborado e como estão interligados no planeamento financeiro da empresa.

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Ficha de Apoio2-Controlo de Gestao

O documento descreve os principais componentes do processo orçamental de uma empresa, incluindo o programa de vendas, orçamento de vendas, programa de produção, orçamento de compras, orçamento de investimentos e orçamento de tesouraria. Fornece detalhes sobre como cada um desses componentes é elaborado e como estão interligados no planeamento financeiro da empresa.

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UFCD 0620

Ficha de apoio à elaboração dos orçamentos

Sequência Orçamental
1) O Programa de Vendas regista as quantidades físicas de cada produto que se prevê irão ser vendidas ao
longo do período em análise – deve registar o momento em que a produção é vendida. De notar que
receita corresponde à data de emissão de fatura e não o momento do recebimento.

PROGRAMA DE VENDAS
Produtos Unidade janeiro fevereiro março … Total
A hl 1100 12500
B
C

2) Partindo do programa de vendas, elabora-se o Orçamento de Vendas, que traduz em termos financeiros
aquele programa. Basta definir o preço de venda em cada período.

O orçamento de vendas prevê o valor das vendas a efetuar.

Fatores a serem considerados na elaboração do orçamento de vendas:

 internos - capacidade produtiva, estrutura administrativa, competências pessoais, recursos


financeiros;
 externos – procura, custos de distribuição, políticas com fornecedores, concorrentes

ORÇAMENTO DE VENDAS *
Produtos Prazo médio Preço janeiro fevereiro março … Total
de unitário de
recebimento Venda
A 30 dias 4,80 =1100x4,80
B
C
Total

*Vendas = Quantidade de produto x Preço unitário

3) Programa de Produção – uma vez escalonadas as vendas, existe a necessidade de definir o Programa de
produção e a política de inventários dos produtos (define o comportamento que a empresa irá adotar
quanto ao intervalo de tempo que medeia entre a produção de bens e a sua venda).

Com base no programa de vendas, elabora-se o programa de produção.

Restrições ao programa de produção:

- volume de vendas;

- política de inventários;

Capacidade instalada.

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a) Este mapa recolhe quantas unidades devem ser fabricadas para cobrir as vendas previstas e as
necessidades do inventário.

PROGRAMA DE PRODUÇÃO **
Produtos unidade janeiro fevereiro março … Total
A = (12500 +700) /12 13200
B
C
Total

**Produção mensal = (Vendas anuais + Variação de Inventários)/12 P=V + If – Ii


Variações de inventários = Inventários finais – Inventários iniciais

b) Elaborar para cada produto o programa de inventário de produtos acabados

Produto APE unidade janeiro fevereiro março … Ano ***


Inventários hl 200 200
iniciais
+ Produção 1100 13200
- Vendas 1100 12500
Inventários finais 200

***Na última coluna, os inventários iniciais são os do mês de janeiro e os inventários finais são os do mês
de dezembro. O valor das vendas e da produção corresponde à soma dos respectivos valores nas colunas
de cada mês.

4) Orçamento de Compras – primeiro tem de se elaborar o Programa de Compras, em que para cada
material se registam as quantidades e o momento em que tais quantidades deverão “entrar” na empresa.

PROGRAMA DE COMPRAS
Produtos unidade janeiro fevereiro março … Total
Melaço ton 2000 24000
Diversos Kg 35
Matérias de
Kg 235
conservação
Total

Uma vez definido o programa de compras elabora-se o orçamento de compras, que é a tradução
financeira do programa. Implica definir os preços previstos para aquisição dos diversos materiais, bem
como prazos médios de pagamento para cada um deles.

ORÇAMENTO DE COMPRAS
Produtos Unidade Prazo médio Preço janeiro fevereiro março …
de pagamento €
A ton 30 dias 8,20 =(24000:12)X8,20 196800
B Kg p.p.
C Kg p.p.
Total

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5) Orçamento de Investimentos – regista o aumento de imobilizações, por via de investimentos, e a sua
diminuição, por via de desinvestimentos, bem como aumentos e diminuições de depreciações. Este
orçamento compreende os investimentos iniciados no passado e em execução no período em análise.
Está ligado ao planeamento estratégico.

Os investimentos são os desembolsos realizados por uma empresa para a compra de bens como
máquinas, equipamentos, veículos, ferramentas, recursos informáticos (hardware e software) ou até
mesmo despesas com formação dos colaboradores.

Investir – aplicar capital em meios (tangíveis e intangíveis) que levem ao crescimento da empresa.

6) Orçamento de tesouraria – com base nos orçamentos anteriores, são apurados os pagamentos e os
recebimentos previstos mensalmente, para determinar quais os excessos ou as necessidades de fundos.
Plano ou orçamento de tesouraria é um quadro onde são confrontados os recebimentos com os
pagamentos previstos de uma empresa, no mesmo período de tempo.

RUBRICAS janeiro fevereiro … Ano


1.Recebimentos
1.1 Do ano anterior
1.2 Do ano
Total (1.1 + 1.2)
2.Pagamentos
2.1 Do ano anterior
2.2 Do ano
Total (2.1 + 2.2)
Saldo
Saldo acumulado

A análise deste orçamento permite determinar os períodos (meses) em que a tesouraria da empresa se
encontra a descoberto, sendo necessário nestas condições recorrer a financiamentos (implica estudar as
formas de financiamento – aumentos de capital, empréstimos - mais convenientes, em tipos de
financiamento, montantes e prazos).

Todos os negócios necessitam de fundo de maneio de forma a pagar os seus compromissos na data do
vencimento. Falta de fundo de maneio poderá significar que a entidade:
- poderá não pagar ordenados a tempo;
- não pode beneficiar dos descontos de pronto pagamento oferecidos pelos seus fornecedores;
- não pode pagar aos seus credores, o que poderá levar à sua cobrança coerciva em tribunal e até `à sua
falência.
O TOC de uma entidade deve calcular e assegurar o fundo de maneio suficiente para a sua atividade,
sabendo que haverá momentos em que há falta de meios líquidos e será necessário, por exemplo,
negociar um saque a descoberto com o banco; haverá outos momentos em que o excesso de fundo de
maneio recomendará o seu investimento a curto prazo.

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Associados ao mapa ou orçamento de tesouraria estão vários outros conceitos:


Saldo transitado do período anterior
O Saldo transitado do período anterior corresponde ao montante existente em tesouraria no final do período anterior e
portanto disponível para utilização no período em análise. Deve ser incluído entre as rubricas relativas a recebimentos e
tratado como tal.
Saldo mensal de tesouraria
O Saldo mensal de tesouraria é o resultado da diferença entre recebimentos e pagamentos de um dado mês. Positivo se
os recebimentos superam os pagamentos, negativo caso contrário. Corresponde portanto ao montante adicionado ou
subtraído àquele existente em tesouraria no mês anterior.
Saldo acumulado de tesouraria
O saldo acumulado de tesouraria é o resultado da soma do saldo acumulado do mês anterior com saldo mensal do mês
que lhe diz respeito. Corresponde portanto ao montante disponível em tesouraria no final do mês em análise.
Outros conceitos que importa saber relacionados com o plano ou orçamento de tesouraria, mas que não estão presentes
na figura são:
Saldo mínimo de tesouraria
O saldo mínimo de tesouraria é um limite crítico, definido pelo gestor, abaixo do qual o saldo acumulado não deve descer
de modo a deixar alguma segurança para imprevistos ao gestor.

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Necessidades de tesouraria
Considera-se que existe uma necessidade de tesouraria cada vez que o saldo acumulado é menor que o saldo mínimo de
tesouraria. As necessidades de tesouraria são calculadas como a diferença entre o saldo mínimo e o saldo acumulado. Por
exemplo, se o saldo mínimo definido pelo gestor for 2000 euros e o saldo acumulado desse mês for – 3000 euros
(negativo), as necessidades de tesouraria são de 2000 – (-) 3000 = 2000 + 3000 = 5000 euros. Quando se preveem
necessidades de tesouraria, o gestor deve programar um pedido de financiamento para esse período de modo a suprimir
essas necessidades (normalmente o empréstimo é acompanhado de despesas adicionais para além da devolução do
montante emprestado – ver serviço de dívida de curto prazo).
Excessos de tesouraria
Considera-se que existe um excesso de tesouraria cada vez que o saldo acumulado é maior que o saldo mínimo de
tesouraria. Tal como as necessidades de tesouraria os excessos são calculados como a diferença entre o saldo mínimo e o
saldo acumulado.
Saldo acumulado corrigido
O saldo acumulado corrigido é o saldo acumulado depois de corrigidas as necessidades de tesouraria através de
financiamento externo – normalmente empréstimo. Nos meses em que há necessidades de tesouraria o saldo corrigido
deverá ser igual ao saldo mínimo de tesouraria.
Viabilidade de tesouraria
A viabilidade de tesouraria refere-se à capacidade da empresa de fazer face a todos os compromissos em termos de
pagamentos. É para garantir a viabilidade de tesouraria que o gestor deve trabalhar para a manutenção de saldo mínimo
de tesouraria.

7) Orçamento financeiro (de financiamento) – tem como objetivo prever a obtenção de fundos, os gastos
para manutenção desse fundos e os pagamentos previstos. Este orçamento evidencia o montante de
empréstimos a contrair, prazos e formas de amortização.

A análise da gestão financeira da empresa é feita neste orçamento em que se preveem as necessidades
de financiamento ou a aplicação dos excessos de tesouraria, recorrendo não só à informação do
orçamento de tesouraria sobre pagamentos e recebimentos correntes a efetuar, mas também às
situações de tesouraria e de financiamento no início do ano.

Este orçamento permite conhecer, no final de cada período em análise, as obrigações das empresa
quanto a empréstimos contraídos, bem como, o montante das aplicações financeiras, o que facilita a
previsão dos juros a pagar e a receber ao longo do exercício, bem como, dos que terão de ser
repercutidos nos resultados (gastos e rendimentos de financiamento).

Serviço de dívida a curto prazo


Refere-se ao pagamento do capital obtido por empréstimo de curto prazo e do respetivo custo de
financiamento. Empréstimos de curto prazo são contraídos não para investimento, mas para assegurar a
viabilidade de tesouraria da exploração em períodos de necessidade de tesouraria. A dívida contraída nestes
empréstimos é geralmente saldada num prazo máximo de um ano, num processo de serviço de dívida a curto
prazo.
Amortização do empréstimo é o processo de pagamento do capital obtido por empréstimo é chamado de
amortização do empréstimo. Difere no entanto do conceito de amortização de capital já introduzido. Enquanto
o conceito de amortização do ponto de vista económico se refere ao custo de desvalorização do capital e
portanto à necessidade de garantir a sua substituição (ver custo anual), amortização do empréstimo, não se
refere a um custo mas um pagamento realmente efetuado (ver realidades económica, financeira e de
tesouraria).

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Custo de financiamento
O custo de financiamento representa o encargo resultante do recurso ao uso de capital alheio na exploração
agrícola. Esse capital, normalmente obtido na forma de empréstimo junto a um banco ou crédito junto a
fornecedores traz um custo associado, normalmente na forma de juro. Nesse caso o custo de financiamento é
portanto o juro que varia de acordo com o valor do capital emprestado, o tempo de duração do empréstimo e
a taxa de juro (remuneração acordada para o capital durante uma unidade de tempo e que considera fatores
como o risco envolvido na utilização do capital).
Ao calcular o juro há que ter em conta a forma como este será pago. A forma como o juro é pago define o seu
valor ao longo dos vários períodos de tempo de empréstimo:
No caso do juro simples o juro mantém-se independente do capital, sendo portanto igual em cada período.
Isto acontece quando o juro é pago assim que é vencido, ao fim de cada período acordado (mês, ano,..). Deste
modo o juro não acumula com a dívida e portanto não há que pagar juros do juro vencido. O cálculo efetua-se
do seguinte modo:
Juro simples = Valor do empréstimo x taxa de juro x número de períodos de tempo.
Num empréstimo de 10 000 € a um ano com uma taxa de juro mensal de 1% o valor do juro será:
Juro simples = 10 000 x 0.01 x 12 = 1200 €
O valor total a pago até final do período será 10 000 € (valor capital emprestado) + 1200 €(juro) = 11200 €.
 
Embora simples de calcular esta não é a forma mais comum de juro. Normalmente os juros são
acumulados à dívida já existente e portanto eles próprios sujeitos a um custo:
Quando falamos de Juros compostos (ou capitalização do juro) o mutuário não paga o juro no fim de cada
unidade de tempo, ficando em sua posse. Nesta situação, o juro é adicionado ao capital em dívida no fim
de cada unidade de tempo imediata. O juro vencido fica a vencer juros na unidade de tempo imediata,
havendo juros de juros. Tomando como exemplo os valores anteriores:
Juro composto = 10 000 x 0.01 + 10 100 x 0.01 + 10 201 x 0,01 + ... + 11157 x 0.01 = 1268 €
O valor total pago no final do ano será 10 000 € (valor capital emprestado) + 1268 €(juro) = 11268 €.
Sendo que os 68 € de diferença dizem respeito aos juros pagos sobre os juros acumulados ao longo do
ano. Felizmente não é necessário recorrer a uma forma tão longa para cálculo do montante em dívida no
final do tempo de empréstimo com juros compostos. Esse cálculo pode ser efetuado do seguinte modo:
       Montante em dívida no final do período = Montante emprestado x (1+r)n,
em que r é a taxa de juro e n o número de períodos em que a taxa de juro é aplicada ao longo do tempo
do empréstimo. Considerando o exemplo:
Montante em dívida no final do período = 10 000 x 1.0112 = 11268€
Esta operação introduz um novo conceito - a capitalização - que é a operação que permite projetar no
futuro um valor atual (ver considerações suplementares para mais informação).

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Considerações suplementares
Os conceitos de amortização e juro aqui introduzidos são em tudo semelhantes àqueles utilizados para cálculo
do custo anual. A principal diferença é que, enquanto os aqui considerados dizem respeito a fluxos financeiros,
os inerentes ao custo anual dizem respeito a fluxos económicos. O juro de empate de capital não é mais do
que o valor que seria obtido caso o capital empatado estivesse render juros numa aplicação financeira (ver
utilidade).
Os conceitos de juro e taxa de juro são tanto utilizados no processo de capitalização como no seu oposto,
designado atualização.

Atualização  – é o processo de determinação do valor atual de uma quantia vencida em data futura. De um
modo muito simplificado a atualização mostra-nos o valor atual de uma quantia que será recebida no futuro.
Receber dinheiro hoje não é o mesmo que recebê-lo no prazo de um ano, uma vez que não o poderemos
utilizar durante esse ano fazendo-o render juros. Receber 10 000 € daqui a um ano é o mesmo que receber
hoje o valor que rendendo juros nos dará 10 000 € daqui a um ano. À taxa de mensal 0,5% será 10
000/1.00512 = 9 419 €.
10 000 daqui a um ano valem o mesmo que 9 419 € hoje, se considerar que poderia obter uma taxa de 0,05%
ao mês numa aplicação financeira. A este processo chama-se atualização, o oposto de capitalização.

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