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CM095 Lista2

Este documento apresenta uma lista de exercícios sobre sequências e limites de números reais. Aborda tópicos como convergência de subseqüências, limite superior e inferior, e existência de limites para diferentes tipos de sequências.

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UFPR - Universidade Federal do Paraná

Departamento de Matemática
CM095 - Análise I
Prof. José Carlos Eidam

Lista 2

P Sequências de números reais

1. Calcule limn→∞ x n para cada sequência {x n } a seguir, justificando suas respostas:


n 2 −1
¢1/n p
n
(2) x n = 1 + n1
¡
(1) x n = n 5 +(−1) n n2 (3) x n = n 4 + 2011n 3 − 5

n p
n
(4) x n = nn!n (5) x n = 3n +55n +7n (6) x n = an + bn

p p 3 2
n+ 2n+3
(9) x n = 3n n−n
n +11n
(7) x n = n! (8) x n = p
4
p7 4 −2n 3
n+ 17n−8

¡ 5n+7 ¢2n−4 ¡ 3n+5 ¢n ¡ 5 ¢n


(10) x n = 3n+8
(11) x n = 5n+1 3
(12) x n = nn!n
p n
(13) x n = na n , a ∈ R (14) x n = n( n 2 + 1 − n) (15) x n = (n+1)
n n+1

2. Prove as afirmações abaixo a respeito de um par de sequências {x n }, {y n } de números reais:

¬ limn→∞ x n = a se e só se limk→∞ x nk = a para qualquer subsequência {x nk }k .


­ Se limn→∞ x n = a e limn→∞ (x n + y n ) = c então limn→∞ y n = c − a.
® Se limn→∞ x n = a e limn→∞ xy nn = c 6= 0 então limn→∞ y n = ac .
¯ Se limn→∞ x n = a 6= 0 e limn→∞ x n y n = c então limn→∞ y n = ac .
p p
° Se limn→∞ x n = a > 0 e k ∈ N é fixado, então limn→∞ k
xn = k
a. Se k é ímpar, mostre que
o resultado vale também para a > 0.
± Se limn→∞ x n = a > 0 e r ∈ Q é fixado, então limn→∞ x n r = a r .
² limn→∞ x n = 0 se e só se limn→∞ |x n | = 0.
³ Se limn→∞ x n > a então existe N ∈ N tal que x n > a para todo n ≥ N .
´ Se existem limn→∞ x n e limn→∞ y n e x n ≤ y n para todo n ≥ N então limn→∞ x n ≤ limn→∞ y n .
µ Se {x n } é limitada e limn→∞ y n = 0 então limn→∞ x n y n = 0.

3. (Exercício (9) da lista (1) revisitado) Mostre que as seguintes afirmações são equivalentes em um
corpo ordenado K:

¬ N ⊂ K é ilimitado;
­ limn→∞ n1 = 0;
® Se 0 < a < 1 então limn→∞ a n = 0;
¯ Se a > 1 então limn→∞ a n = +∞;

1
4. Mostre que se uma sequência de Cauchy tem uma subsequência que converge para a então a
sequência converge para a.

5. Mostre que se uma sequência monótona tem uma subsequência que converge para a então a
sequência converge para a.
p
6. Sejam x 1 = 1 e x n+1 = 2x n , n ≥ 1.

¬ Mostre que x n ≤ 2 para todo n ∈ N.


­ Mostre que {x n } é crescente.
® Conclua que existe a = limn→∞ x n e calcule a.
p
7. Sejam x 1 = 1 e x n+1 = 1 + x n , n ≥ 1.

¬ Mostre que {x n } é limitada .


­ Mostre que {x n } é crescente.
® Conclua que existe a = limn→∞ x n e calcule a.

8. Sejam x 1 = 1 e x n+1 = 1 + x1n , n ≥ 1. Mostre que |x n+2 − x n+1 | ≤ 12 |x n+1 − x n |, para todo n ∈ N.
Conclua que existe a = limn→∞ x n e calcule a.

9. Seja {x n } uma sequência limitada e considere os números


.
a = sup x ∈ R : x é ponto de aderência de {x n } ,
© ª

. . .
b = limn→∞ b n , onde b n = sup{x j : j ≥ n} e c = inf{x ∈ R : {n ∈ N : x n > x} é finito }.
Mostre que os números a, b, c são bem definidos e a = b = c. Este valor comum é chamado de
lim supn→∞ x n . Prove uma afirmação análoga para lim infn→∞ x n .

10. Seja {x n } uma sequência de números reais.

¬ Se lim supn→∞ |x|xn+1


n|
|
< 1 então limn→∞ x n = 0.

­ Se lim supn→∞ |x|xn+1


n|
|
> 1 então limn→∞ |x n | = +∞.

® Se lim supn→∞ |x|xn+1


n|
|
= 1 então nada se pode afirmar, em geral.

11. Sejam {x n } e {y n } sequências limitadas. Verifique as seguintes afirmações:

¬ lim supn→∞ (x n + y n ) ≤ lim supn→∞ x n + lim supn→∞ y n ;


­ lim infn→∞ (x n + y n ) ≤ lim infn→∞ x n + lim infn→∞ y n ;
® lim supn→∞ (−x n ) = − lim infn→∞ x n ;
¯ lim supn→∞ (x n y n ) ≤ (lim supn→∞ x n )(lim supn→∞ y n ), se x n ≥ 0 e y n ≥ 0 para todo n sufici-
entemente grande;
° lim infn→∞ (x n y n ) ≥ (lim supn→∞ x n )(lim supn→∞ y n ), se x n ≥ 0 e y n ≥ 0 para todo n sufici-
entemente grande.
± Encontre situações nas quais as desigualdades acima são estritas.

2
² Se existe N ∈ N tal que x n ≤ y n para todo n ≥ N , então lim supn→∞ x n ≤ lim supn→∞ y n e
lim infn→∞ x n ≤ lim infn→∞ y n .

12. Dada uma sequência {x n }, um termo x k chama-se termo destacado de {x n } se x k ≥ x n para todo
n ≥ k e consideremos o conjunto K = {k ∈ N : x k é um termo destacado } = {k 1 < k 2 < . . .}.

¬ Se K é infinito, mostre que a subequência {x k j } j ∈N é não-crescente.


­ Se K é finito, mostre que {x n } possui uma subsequência crescente.
® Conclua que qualquer sequência limitada possui uma subsequência monótona.
¯ Prove, a partir das afirmações acima, que toda sequência limitada de números reais possui
uma subsequência convergente.

13. Neste problema vamos dar outra prova do fato que toda sequência limitada de números reais
tem subsequência convergente. Para isso, seja {x n } uma sequência limitada de números reais.

¬ Seja M > 0 tal que −M ≤ x n ≤ M , para todo n ∈ N e considere o conjunto X = {x ∈ R :


x ≤ x n para uma infinidade de n ∈ N }. Mostre que α = sup X existe e α ≤ M .
­ Mostre que para qualquer ε > 0 existe uma infinidade de n ∈ N tais que α − ε < x n < α + ε.
® Conclua que α é valor de aderência de {x n }; em particular, existe uma subsequência {x n j } j ∈N
tal que lim j →∞ x n j = a.

14. Neste problema, vamos usar o método da caça ao leão para provar o resultado já provado no
exercício anterior. Seja {x n } uma sequência limitada.

¬ Não há perda de generalidade em supor que 0 ≤ x n ≤ 1, para todo n ∈ N.


­ Escreva J 0 = [0, 1] como reunião I 1 ∪ I 2 de dois intervalos fechados de comprimento 12 .
Mostre que para algum destes dois intervalos I é verdade que { j ∈ N : x j ∈ I } é infinito.
Chame tal intervalo de J 1 .
® Prosseguindo indutivamente, obtemos intervalos fechados [0, 1] ⊃ J 1 ⊃ J 2 ⊃ . . . J k ⊃ . . . de
1
comprimento 2k
∈ N : x j ∈ J k } é infinito, para todo k ∈ N.
, tais que { j
¯ Mostre que existe um único ponto a ∈ ∞
T
n=0 J n , o qual é limite de uma subsequência de
{x n }.

15. Mostre que as seguintes afirmações são equivalentes a respeito de uma sequência {x n } de nú-
meros reais:

(a) Existe limn→∞ x n = a;


(b) lim supn→∞ x n = lim infn→∞ x n = a.
¢n
16. Neste exercício, vamos estudar as sequências x n = 1 + n1 e y n = 1 + 1!1 + 2!1 + . . . + n!
1
, n ∈ N.
¡

¬ Mostre por indução que n! ≥ 2n−1 para todo n ≥ 1 e conclua que existe b = limn→∞ y n e
2 ≤ b ≤ 3.

3
­ Use o binômio de Newton para provar que
1 n(n − 1) 1 n(n − 1) . . . 2 · 1 1
xn = 1 + n + + . . . +
n µ 2! ¶ n 2 µ n!¶ nn µ
n −1
¶µ ¶µ ¶ µ ¶
1 1 1 1 2 1 1 2
= 1+1+ 1− + 1− 1− +...+ 1− 1− ... 1− .
2! n 3! n n n! n n n

Conclua que {x n } é uma sequência crescente e x n < y n para cada n ≥ 1. Em particular,


existe limn→∞ x n = a. Observe que a ≤ b.
® Dado ε > 0, seja N ∈ N tal que b − ε < y N = 1 + 1!1 + 2!1 + . . . + N1 ! . Logo, para qualquer n ≥ N ,

p −1
µ ¶ µ ¶µ ¶ µ ¶µ ¶ µ ¶
1 1 1 1 2 1 1 2
xn > 1+1+ 1− + 1− 1− +...+ 1− 1− ... 1− .
2! N 3! N N N! N N N

Fazendo n → ∞ na desigualdade acima, mostre que a ≥ b, portanto, a = b. Este número é


denotado por e.

17. Uma argumentação semelhante àquela feita no exercício anterior pode ser feita com as sequên-
¢n 2 n
x
cias x n = 1 + nx e y n = 1 + 1! + x2! + . . . + xn! , n ∈ N, onde x > 0 é um número real fixado. Mostre
¡

que limn→∞ x n e limn→∞ y n existem e são iguais.


¢n 1 n+1
18. Sejam x n = 1 − n1 e y n = 1 + n+1 , n ∈ N. Mostre que x n y n → 1 e conclua que x n → 1e .
¡ ¡ ¢

¢n
19. Mostre que limn→∞ 1 + nr = e r para todo r ∈ Q.
¡

p
20. Dado a > 0, considere a sequência x n = n a, n ∈ N.

¬ Se a > 1, mostre que {x n } é decrescente; caso 0 < a < 1, mostre que {x n } é crescente.
­ Mostre que {x n } é limitada.
2
® Usando o fato que x 2n = x n , calcule o valor de limn→∞ x n .
p
21. Considere a sequência y n = n
n, n ∈ N.

¬ Mostre que {y n } é limitada e decrescente.


p
n
­ Considerando a sequência x n = 2, n ∈ N, analisada no exercício anterior, mostre que
2
y 2n 2
= x 2n y n , para todo n ∈ N. Calcule o valor de limn→∞ x n .

22. Seja {x n } uma sequência para a qual existe um número λ ∈ (0, 1) tal que

|x n+2 − x n+1 | ≤ λ|x n+1 − x n | ,

para todo n ∈ N. Mostre que {x n } é uma sequência de Cauchy.


³ ´
23. Seja a > 0 e considere a sequência {x n } definida por x 1 = c > 0, x n+1 = 1
2
x n + xan , n ∈ N. A
constante c é escolhida arbitrariamente.
¢ q
¬ Mostre que para todo x > 0, 12 x + ax > a2 .
¡

q
­ Pelo ítem anterior, x n > a2 , portanto, 2xnaxn+1 < 1, para todo n ∈ N.

4
® Mostre que |x n+2 − x n+1 | < 21 |x n+1 − x n |, para todo n ∈ N.
¯ Use o exercício anterior para mostrar que existe limn→∞ x n . Calcule este valor.

24. Neste exercício, vamos definir a função exponencial e o logaritmo natural.

¬ Dado x ∈ R, definimos
.
e x = sup{e r : r ∈ Q , r ≤ x} .
Mostre que esta definição faz sentido e que se x < y então e x < e y , para todos x, y ∈ R. A
função R 3 x 7→ e x ∈ (0, ∞) é chamada de função exponencial (de base e).
­ Mostre que se {r n } é uma sequência crescente de racionais tal que limn→∞ r n = x então
limn→∞ e r n = e x , para todo x ∈ R. Use este fato para mostrar que e x+y = e x e y e e r x = (e x )r
para todos x, y ∈ R e r ∈ Q.
® Mostre que limn→∞ e n = +∞ e limn→∞ e −n = 0.
¯ Usando o teorema do valor intermediário (que será visto em breve), concluímos que a
função exponencial é sobrejetora, logo, admite uma inversa, a qual é denotada por log :
(0, ∞) → R. A função log é chamada de logaritmo natural e também denotada, às vezes,
por ln.
° Mostre que log 1 = 0, log(x y) = log x + log y e log( xy ) = log x − log y para todos x, y > 0.
± Mostre que log(x r ) = r log x, para todos x > 0 e r ∈ Q.
² Mostre que x < y implica log x < log y.
¡1¢
³ Mostre que limn→∞ log n = +∞ e limn→∞ log n = −∞.
´ Use o binômio de Newton para mostrar que dados quaisquer α ∈ R+ e k ∈ N, temos
e αn
lim = +∞ .
n→∞ nk
Em particular, dado k ∈ N existe A > 0 tal que An k ≤ e αn , para todo n ∈ N.
µ Mostre que dado qualquer r ∈ Q, r > 0, existe C > 0 tal que log n ≤ C n r . Em particular,
log n
limn→∞ nr
= 0 para qualquer r ∈ Q, r > 0.

25. Vamos usar o exercício anterior para definir potências com expoentes reais quaisquer.
Para passarmos a uma base qualquer a > 0, observamos que a = e log a , o que nos incentiva a
definir a função exponencial na base a por
.
a x = e x log a ,

para qualquer x ∈ R. A função exponencial na base a tem propriedades bastante semelhantes


às da função exponencial natural. Mostre que:

¬ a 0 = 1, a x+y = a x · a y e (a x ) y = a x y para x, y ∈ R;
­ A aplicação x 7→ a x é uma bijeção crescente entre R e (0, ∞) se a > 1 e decrescente se
0 < a < 1;
® A inversa da função exponencial na base a é chamada de logaritmo na base a, denotada
por loga . Assim, a x = y se e só se loga y = x, para quaisquer y > 0 e x ∈ R. Mostre que
loga 1 = 0, loga (x y) = loga x + loga y e loga (x r ) = r · loga x para todos x, y > 0 e r ∈ Q.

5
¯ Mostre que loga (x y ) = y loga x para todos x > 0 e y ∈ R.
log x
° Mostre que loga x = log a .

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