0% acharam este documento útil (0 voto)
95 visualizações61 páginas

Ação Do Vento

Este documento apresenta uma análise estrutural da carga de vento no Edifício Bela Vista Way localizado em Goiânia. Inicialmente, é apresentado o objetivo do trabalho e uma breve história da construtora ACCE Engenharia e Incorporadora. Em seguida, é realizada uma revisão bibliográfica abordando o histórico da engenharia civil, arranha-céus, cargas em edifícios e cálculo de carga de vento. Na parte prática, é apresentado o memorial de cálculo com a

Enviado por

Wagner Nilda
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
95 visualizações61 páginas

Ação Do Vento

Este documento apresenta uma análise estrutural da carga de vento no Edifício Bela Vista Way localizado em Goiânia. Inicialmente, é apresentado o objetivo do trabalho e uma breve história da construtora ACCE Engenharia e Incorporadora. Em seguida, é realizada uma revisão bibliográfica abordando o histórico da engenharia civil, arranha-céus, cargas em edifícios e cálculo de carga de vento. Na parte prática, é apresentado o memorial de cálculo com a

Enviado por

Wagner Nilda
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 61

UNIVERSIDADE PAULISTA - Campus Flamboyant - Goiânia

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

BENIVALDO DE MESQUITA RIPARDO


EVANDO ONISIO DE SOUZA FILHO
FERNANDA DE SOUZA CANDIDO
NICOLAS PIGNATTI DE MELO
THIAGO CLAUDINO BICALHO

ANALISE DE CARGA DE VENTO


EDIFICIO BELA VISTA WAY

Goiânia
2016
1

B836HF0 - BENIVALDO DE MESQUITA RIPARDO


B6793B7 - EVANDO ONISIO DE SOUZA FILHO
A836799 - FERNANDA DE SOUZA CANDIDO
B791IG2 - NICOLAS PIGNATTI DE MELO
B7784E7 - THIAGO CLAUDINO BICALHO

ANALISE DE CARGA DE VENTO


EDIFICIO BELA VISTA WAY

Trabalho de Atividade Pratica Supervisionado


do Curso de Engenharia Civil apresentado à
Universidade Paulista - UNIP, como parte dos
requisitos do currículo acadêmico na matéria
APS - Atividade Pratica Supervisionada.

Professor: Arnaldo Alves de Araújo


Engenheiro Civil

Goiânia
2016
2

Dedicamos este trabalho a todos acadêmicos


de Engenharia Civil a cada profissional da
Indústria da Construção Civil em Especial a
ACCE Construtora e Incorporadora.
3

Agradecemos primeiramente Deus pela fonte


de vida, sabedoria e ciência do Universo.
Agradeço aos colaboradores e engenheiro
Eduardo Rodrigues de Ataides que
proporcional esse conhecimento em pratica,
favorecendo conhecimento extra além do
esperado.
4

"Eu não posso mudar a direção do vento, mas


eu posso ajustar as minhas velas para sempre
alcançar o meu destino" (Jimmy Dean)
5

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Edificação Bela Vista Way -------------------------------------------------------------- 12


Figura 2: Visita técnica edificação Bela Vista Way ------------------------------------------- 13
Figura 3: Modelo de Algumas residências da época. ---------------------------------------- 18
Figura 4: Ponte Senador Feijó de 1909 ---------------------------------------------------------- 19
Figura 5: Jockey Clube á 1926/2012 ------------------------------------------------------------ 19
Figura 6: Edifício Burj Khalifa - Dubai nos Emirados Árabes------------------------------- 22
Figura 7: Projeção da Torre H700 Shenzhen -------------------------------------------------- 23
Figura 8: Edifício Millennium Palace -------------------------------------------------------------- 24
Figure 9: Edifício Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower ------------------- 24
Figura 10: Teste em Túnel de Vento-------------------------------------------------------------- 27
Figura 11: Maiores Edifícios em Goiânia -------------------------------------------------------- 28
Figura 12: Mapa de Isopletas no Brasil ---------------------------------------------------------- 31
Figura 13: Coeficiente de Pressão externa ----------------------------------------------------- 33
Figura 14: Coeficiente de arrasto baixa e alta turbulência ---------------------------------- 35
Figura 15: Valores de deslocamento em elementos ----------------------------------------- 37
Figura 16:Vista Frontal e Lateral em fase de construção do Bela Vista Way ---------- 40
Figura 17: Vista aérea da região da edificação Bela Vista Way --------------------------- 41
Figura 18:Planta geométrica para calculo da edificação Bela Vista Way --------------- 43
Figura 19:Pórtico com carga pontual e deformada ------------------------------------------- 46
Figura 20:Pórtico com carga distribuída e deformada --------------------------------------- 47
6

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Maiores edifícios do Mundo 2016 ---------------------------------------------------- 21


Tabela 2: Maiores edifícios de Goiânia 2015 --------------------------------------------------- 29
Tabela 3: Fator de Rugosidade - S2 -------------------------------------------------------------- 32
Tabela 4: Fator de Estatístico - S3 ---------------------------------------------------------------- 33
Tabela 5: Coeficiente de Pressão e de Forma externos, para plantas retangular ---- 34
Tabela 6: Parâmetros para o cálculo de S2 ---------------------------------------------------- 42
Tabela 7: Valores de S2, Vk e q em função da altura ---------------------------------------- 42
Tabela 8: Ação do Vento a 0° ---------------------------------------------------------------------- 44
Tabela 9: Ação do Vento a 90° --------------------------------------------------------------------- 45
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
II. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 10
2.1 Objetivo............................................................................................................ 10
2.2 Identificação Organizacional ............................................................................ 10
2.2.1 Histórico - ACCE Engenharia e Incorporadora ............................................ 11
2.3 Metodologia ..................................................................................................... 13
III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 14
3.1 Histórico ........................................................................................................... 15
3.2 Concreto Armado ............................................................................................. 20
3.3 Arranha Céu .................................................................................................... 21
3.4 Carga nos Edifícios .......................................................................................... 29
3.4.1 Carga devidas ao vento ................................................................................ 30
3.4.1.1 Pressão Dinâmica ...................................................................................... 31
3.4.1.2 Coeficiente de Pressão e Forma ............................................................... 33
3.4.1.3 Coeficiente de Pressão Interna .................................................................. 34
3.4.1.4 Coeficiente de arrasto ................................................................................ 35
3.4.1.5 Força de arrasto do vento .......................................................................... 35
3.5 Deslocamento Maximo .................................................................................... 36
3.6 Módulo de Elasticidade ................................................................................... 37
IV. PARTE PRATICA ................................................................................................ 39
4.1 Memorial de Cálculo ........................................................................................ 39
4.1.1 Cálculo do Fator S2, Vento Característico e Pressão Dinâmica ................... 40
4.1.2 Cálculo do coeficiente e força de arrasto ...................................................... 43
4.1.3 Apresentação da Analise Estrutural .............................................................. 45
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
LISTA DE APÊNDICE .............................................................................................. 50
LISTA DE ANEXO .................................................................................................... 54
8

INTRODUÇÃO

Em tempo memoráveis o homem buscou construir suas edificações em vários


lugares em rochas, conhecida como cavernas, em áreas abertas com empilhamento
de pedras, com dimensões precisas para um maior conforto e proteção, com
madeira, palha, enfim uma diversidade de materiais e metodologia nos mais
diversos lugares e região do planeta.

Com o tempo e avanços tecnológicos dos materiais, métodos construtivos,


adventos do uso do concreto, aço entre muitos outros materiais/fatores, o individuo
humano buscou-se em sua essência demonstrar o seu poder construtivos, através
de alcançar níveis além de uma rocha "caverna" em nível terrestre e sim alcançar as
nuvens, exercendo uma engenharia na construção de gigantescos Aranha Céu. Em
período bíblico já havia relato de sociedade organizada com a tarefa de construir
torres ao ponto de atingir os céus. Evidentemente não foram bem sucedidos
decorrentes a comunicação entre os operários e administrativos, por falta de
autorização do projeto da carga de vento para essa edificação conhecida como a
Torre de Babel, sendo paralisada e ficando como motivo de vergonha para aqueles
cidadãos de Ninrode.

Interessante que não apenas nesse período histórico que alguns fatores
deviam ser considerados na gestão de edificação de uma Torre, Arranha Céu,
Edifícios de Múltiplos Pavimentos, como: solo, material, mão de obra, comunicação,
recurso financeiro como ações invisíveis mais reais. Curioso? No mesmo contexto
bíblico encontra-se algo revelado que destruiu muitas edificações que não foram
observadas pelos muitos engenheiros da época, algo conhecido popularmente como
Vento.

Relata bibliograficamente nos evangelhos que houve um construtor que


edificou a sua casa e chegando o tempo de chuva, vento e todas as intempéries da
natureza a sua edificação que estava de acordo com as normativas de construção
resistiu, porém outro teve grande ruína, decorrente a carga de vento. Fica
evidenciado que o vento que nesse trabalho será considerado como uma força tem
9

uma influência enorme em edificações, principalmente as maiores.

Nesse presente trabalho fora realizado uma dissertação da analise da carga


de vento na edificação Bela Vista Way, situado na cidade de Goiânia em Goiás.
Determinando o deslocamento horizontal devido à carga de vento, para tal
realização fora utilizado a Norma 6123:1988 que verifica os parâmetros da
velocidade básica do vento através do mapa de isopletas, e fatores topográficos,
fatores de rugosidade do terreno e dimensões da edificação e fatores estatísticos
para que a edificação esta fosse utilizada.
10

II. DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento apresenta o objetivo desta Atividade Pratica


Supervisionada - APS, apresentação da ACCE Construtora e Incorporadora e
Engenheiros responsáveis pela obra, metodologia para execução deste trabalho e o
Referencial Teórico contextualizando histórico da evolução construtivo e suas
tecnologias, para realização usou-se uma edificação para melhor assimilação do
estudo de caso, localizada na Rua 1041 Qd. 87 Lote 10/12 no Setor Pedro Ludovico
em Goiânia que fora feita a visita técnica pelo acadêmico de Engenharia Civil do 8°
período da Universidade Paulista..

2.1 Objetivo

O estudo tem como objetivo geral determinar o deslocamento horizontal


devido à carga de vento no projeto em execução da edificação Bela Vista Way que
atende os requisitos para analise, sendo um edifício de múltiplos pavimentos, os
objetivos específicos são encontrar no mapa de isopletas o vento básico da região
de Goiânia, os fatores característicos da região e edificação. Sendo escolhido um
pilar para analise do deslocamento.

2.2 Identificação Organizacional

Nome da Empresa: ACCE - ARTE CONSTRUCAO CIVIL E ENGENHARIA LTDA


Código e Ramo de Atividade: 41.20-4-00 - Construção de edifícios
Endereço: Rua 24, Q. J-12, L. 13/14, Casa 02, Setor Marista, Goiânia-GO.
CEP: 74.150-070
Telefone: (62) 3945-2056 / (62) 3941-5777
CNPJ: 05.151.483/0001-49
Site: http://acce.com.br/
11

Email: eduardo@acce.com.br / aluizioacce@gmail.com


Sócio Administrador: Aluizio Ataides de Souza Junior
Sócio Administrador: Eduardo Rodrigues de Ataides

2.2.1 Histórico - ACCE Engenharia e Incorporadora

Fundada em 12/07/2002 por dois sócios no cadastro de empresas, mas já


exercendo o oficio através das experiências de seus engenheiros atuando desde
1993 no mercado, nasceu a ACCE especialistas em edifícios residenciais
multifamiliar, vem nesse período construindo obras solidas como (Residencial
Mikerinos, Smart House e Águia de Haia) e o atual Bela Vista Way gerando riquezas
e soluções de forma responsável e criativa.

De forma resuma relata informação retirada do site da instituição, seu primeiro


edifício, o Residencial Mikerinos, com 14 pavimentos e 20 apartamentos de 3
quartos, por sua composição arquitetônica inovadora, ganhou a confiança do corpo
técnico dos professores da Escola de Engenharia Civil da Universidade Católica de
Goiás. Tomaram-no como “PROJETO BASE” sobre o qual são desenvolvidos pelos
estudantes do último ano de Engenharia Civil, os principais estudos para a
edificação de uma obra: Projeto Estrutural, Projeto de Instalações Hidro Sanitárias,
Instalações Elétricas e o Orçamento Global da Obra.

Deste estudo inicial, 5 anos depois, estava entregue o Residencial Mikerinos.


Além da obra física, foi entregue toda a documentação do empreendimento: Registro
de Incorporação, Termo de Habite-se, Certidão Negativa do INSS, Escrituração e
Averbação completas.

Com frequentes treinamentos e parcerias, SENAC, SEBRAI, ONU, SENAI,


SINDUSCON, UFG, PUC-GO e ADEMI, na busca constante de aprimoramento
profissional, outros empreendimentos foram e estão sendo criados, conscientes da
responsabilidade que envolve a construção de um edifício em todas as suas etapas,
com o intuito de gerar em seus parceiros/clientes, toda a segurança de estar
12

investindo e adquirindo um imóvel de qualidade. Após esse período de avanço


tecnológico e conhecimento os empreendedores iniciaram as fundações do Edifício
Bela Vista Way em maio de 2015 na região de Goiânia.

O empreendimento compreende um prédio residencial com os seguintes


pavimentos subsolo 02,01; térreo, mezanino garagem, pavimento lazer, 25
pavimentos tipo e telhado, tendo uma área total de construção de 16.355,93m² -
metro quadrado, tendo uma altura de projeto de 77,27 centímetros.

Em sua ficha técnica tem as informações da construtora e incorporadora e


endereço com nome da edificação e o corpo de técnico da edificação, sendo o
responsável técnico pela execução o Eng. Eduardo Rodrigues de Ataides - CREA
5323/D - GO, essa fora a edificação escolhida para analise da carga de vento.
Segue algumas etapas da edificação:

Figura 1: Edificação Bela Vista Way

Fonte: retirada do site acce.com.br em 08/11/2016.


13

2.3 Metodologia

Para realização da APS em determinar a carga de vento na edificação


escolhera um pilar do Bela Vista Way sendo utilizado o Ftool para determinar o
deslocamento; aplicar os cálculos em conformidade com a Norma 6123:1988;
encontrar S1,S2, S3 da obra visitada; utilizar a seção transversal do pilar e da viga
adjacente ao pilar para inserção do pórtico escolhido no Ftool, Coletar os dados do
concreto, módulo de elasticidade secante.

Através dessa metodologia e auxilio do Ftool avaliará o deslocamento máximo


em relação aos limites da NBR 6118:2014. Para embasamento teórico além das
normas fora utilizado referência bibliográfico sobre o assunto. Para auxilio no
referencial teórico foram adotadas as bibliografias: Edifícios de Múltiplos Andares em
Aço que deflagra a ação do vento; Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de
Concreto Armado que auxiliará nos termos de deslocabilidade estrutural.

Fora realizada visita técnica na obra acompanha pelo Engenheiro da obra.


Segue registro do acadêmico na construção.

Figura 2: Visita técnica edificação Bela Vista Way

Fonte: arquivo próprio acadêmico fotografado em 19/10/2016.


14

III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica tem por finalidade a sustentação de todo o corpo da


APS sendo como a espinha dorsal.

Para Mendonça, Rocha e Nunes (2008, p.87), ”A revisão bibliográfica deve


conter uma síntese das leituras realizadas, na qual se levanta o estado da arte, ou
seja, o estágio atual da investigação científica a respeito da temática que se
pretende pesquisar”.

De conformidade com os autores o presente estudo traz de forma


contextualiza e concisa o estudo sobre Carga de Vento e suas variantes nas
edificações. Tendo como introdução a Evolução das edificações em forma das
descobertas tecnológicas e novos materiais aplicados. De forma a entender o
processo construtivo e sua evolução, buscara demonstrar de forma cronológica o
uso dos materiais até as edificações, por fim as analises através de software e
normas para edificações de múltiplos pavimentos.

Desde os primórdios da raça humana e desenvolvimento da sociedade, o


homem por necessidade de sobrevivência e de vital importância buscou o seu
abrigo, local aonde poderia repousar e sentir seguro. Nos contextos histórico bíblico
e atual observa-se a construção de edificações para demonstrar poder, império e
singularidade de um povo e/ou nação, de forma ampla no decorrer dos tempos as
construções fizeram parte da vida cotidiana.

Uma história descrita no livro de Genesis narra a construção de uma Grande


Torre, conhecida posteriormente por Torre de Babel de um povo forte e inteligente
da cidade de Ninrode, essa construção deveria ser tão alta ao ponto de chegar ao
céu, porém ocorrerá fato de incompatibilidade de comunicação entre Engenheiros,
Mestre de Obra, Encarregados e todos colaboradores da área operacional. Assim de
tal maneira a construção não obteve êxito de fundação no contexto de comunicação,
mas fica evidenciado que tal edificação houve base adequada para então famosa
Torre de Babel ser erguida, mesmo não utilizando o concreto conhecido e aplicação
15

do aço, porém faltará a analise de carga de vento, podendo ter uma maior ruína para
toda sociedade.

Segue o pequeno texto do Livro de Genesis: "E disseram uns aos outros: Eia,
façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi lhes o tijolo por pedra, e o betume, por
cal. E disseram: Eia, edificamos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos
céus [...]. (Gn 11.3,4, grifo nosso)

Fica evidenciado que o desejo humano de atingir as alturas não encontra só


nos arranha céus nas potencias mundiais da atualidade e sim dos primórdios
históricos. De forma geral a construção de grandes edificações foi alcançada através
de dois insumos indispensáveis: aço e o concreto. Para basear essa informativa
seguem de forma histórica as descobertas e utilização.

3.1 Histórico

Através dos séculos e ultimas décadas para concepção de enormes arranha


céus o concreto armado ganhou características exclusivas, sendo uns dos itens da
construção civil de suma importância em pesquisa/estudos. Os materiais concretos e
aço foram introduzidos de forma crescente até fazer um casal perfeito na construção
civil. Para tempos atuais apresenta de forma cronológica o avanço da arte do
concreto e aço até o entendimento e preocupação com a carga de vento.

Segundo Bellei, Pinho & Pinho (2008) as primeiras evidencias do uso do ferro
indicam período aproximadamente 6.000 a.C nas civilizações Egípcia, Babilônica e
na Índia. Sendo considerado um material nobre pra época utilizado principalmente
para fins militares e elemento como adorno nas construções. Porém para utilização
em escala industrial só ocorrera em meados do século XIX com a revolução
industrial os países mais desenvolvidos usufruíram dessa tecnologia como
Inglaterra, França e Alemanha.

Para Bellei et al., (2008, p.18)," A primeira obra importante construída em


16

ferro foi a Ponte sobre o Rio Severn em Coalbrookdale, Inglaterra em 1779. Essa
ponte, com um vão simples de 42 m é formada por um arco de elementos de ferro
fundido...".

1770 - A primeira associação de um metal à argamassa de pozolana remonta


à época dos romanos. No ano de 1770, em Paris, associou-se ferro com pedra para
formar vigas como as modernas, com barras longitudinais na tração e barras
transversais ao cortante.

Segundo Carvalho; Figueiredo Filho (2014) resume de forma cronológica os


fatos mais importantes do inicio da utilização do concreto armado com outros
autores.

1824 - A cal hidráulica e o cimento pozolânico (de origem vulcânica) já eram


conhecidos pelos romanos como aglomerante. O cimento Portland, tal como hoje
conhecido, foi descoberto na Inglaterra por volta do ano de 1824, e a produção
industrial foi iniciada após 1850, para Carvalho e Figueiredo Filho (2014 p.22) "o
frances J. Aspdin inventa o cimento Portland."

1849 - Considera-se que o cimento armado surgiu na França, no ano de


1849, com o primeiro objeto do material registrado pela História sendo um barco, do
francês J.L. Lambot, o qual foi apresentado oficialmente em 1855. O frances barco
foi construído

1850 - Em 1850, o norte americano Hyatt fez uma série de ensaios e


vislumbrou a verdadeira função da armadura no trabalho conjunto com o concreto.
Porém, seus estudos não ganharam repercussão por falta de publicação. Na França,
Hennebique foi o primeiro após Hyatt a compreender a função das armaduras no
concreto.

De acordo com Vasconcelos (1985)

Percebeu a necessidade de dispor outras armaduras além da armadura reta


de tração. Imaginou armaduras dobradas, prolongadas em diagonal e
ancoradas na zona de compressão. "Foi o primeiro a colocar estribos com a
17

finalidade de absorver tensões oriundas da força cortante e o criador das


vigas T, levando em conta a colaboração da laje como mesa de
compressão", (VASCONCELOS, 1985).

1861 - A partir de 1861, outro francês, J. Monier, que era um paisagista,


horticultor e comerciante de plantas ornamentais, fabricou uma enorme quantidade
de vasos de flores de argamassa de cimento com armadura de arame, e depois
reservatórios (25, 180 e 200 m3 ) e uma ponte com vão de 16,5 m. Foi o início do
que hoje se conhece como “Concreto Armado”. Até cerca do ano de 1920 o concreto
armado era chamado de “cimento armado”. Nesse mesmo período "F. Coignet,
também francês, publica os princípios básicos para as construções em concreto
armado." (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014, p.22)

1867 - J. Monier obtém patente para seus vasos, nos anos seguintes para
tubos, placas etc. F. Coignet apresenta, na Exposição Internacional de Paris, vigas e
tubos de concreto armado.

1873 - o americano W. E. Ward constrói uma casa em concreto armada


existente até os dias atuais, o Ward´s Castle. (CARVALHO,2014)

1888 - Dohring, de Berlim, obtém patente sobre o aumento de resistência em


viga através da protensão, aparecendo pela primeira vez o conceito de protensão
provocada deliberadamente.

1900 - A primeira teoria realista ou consistente sobre o dimensionamento das


peças de concreto armado surgiu com uma publicação, em 1902, de E. Mörsch,
eminente engenheiro alemão, professor da Universidade de Stuttgart (Alemanha).
Suas teorias resultaram de ensaios experimentais, dando origem às primeiras
normas para o cálculo e construção em concreto armado. A treliça clássica de
Mörsch é uma das maiores invenções em concreto armado, permanecendo ainda
validas.

As fissuras (trincas de pequena abertura, ≈ 0,05 a 0,4 mm), causadas pela


tensão de tração no concreto, atrasaram o desenvolvimento do concreto armado
devido à dificuldade de como tratar e resolver o problema. Como forma de contornar
18

o problema da fissuração no concreto, M. Koenen propôs, em 1907, tracionar


previamente as barras de aço, para assim originar tensões de compressão na
seção, como forma de eliminar a tração no concreto e conseqüentemente eliminar
as fissuras. Surgia assim o chamado “Concreto Protendido”. Porém, as experiências
iniciais não lograram êxito.

1904 - São publicadas, na Alemanha, as 'Instruções provisórias para


preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado.

Nesse mesmo período no Brasil já havia uma crescente envolvimento nas


novas tecnologias como segue de forma ilustrativa.

1904 - Já no Brasil, Em 1904 foram construídas casas e sobrados em


Copacabana, no Rio de Janeiro.

Figura 3: Modelo de Algumas residências da época.

Fonte: retirada do site www.rioecultura.com.br em 03/11/2016.

1909 - Em 1909 foram construídas a ponte na Rua Senador Feijó, com vão de
5,4 m (figura 2, pagina 17). Em 1908, construção de uma ponte com 9 m de vão,
executada no Rio de Janeiro pelo construtor Echeverria, com projeto e cálculo do
francês François Hennebique

1910 - Em São Paulo, no ano de 1910, foi construída uma ponte de concreto
armado com 28 m de comprimento, na Av. Pereira Rebouças sobre o Ribeirão dos
Machados. Essa ponte ainda existe em ótimo estado de conservação.

1924 - O primeiro edifício em São Paulo data de 1907/1908, sendo um dos


mais antigos do Brasil em “cimento armado”, com três pavimentos. A partir de 1924
19

quase todos os cálculos estruturais passaram a serem feitos no Brasil, com


destaque para o engenheiro estrutural Emílio Baumgart.

Figura 4: Ponte Senador Feijó de 1909

Fonte: retirada do site www.novomilenio.inf.br em 03/11/2016.

1926 - Marquise da tribuna do Jockey Clube do Rio de Janeiro, com balanço


de 22,4 m (recorde mundial em 1926); sendo palco de vários eventos como Festival
de GP Brasil, recebendo reforma em sua arquitetura, porem o concreto armado
mantém suas características mesmo como os desgaste do tempo.

Figura 5: Jockey Clube á 1926/2012

Fonte: retirada do site www.revistagavea.com.br em 03/11/2016.

1926 - Ponte Presidente Sodré em Cabo Frio, em 1926, com arco de 67 m de


vão (recorde na América do Sul);

Houve vários avanços no mundo inteiro com os adventos do conhecimento do


cimento, o ferro e a junção de ambos. Após o resumo de forma cronológica do uso
do cimento e aço, explanara o concreto armado.
20

3.2 Concreto Armado

De acordo com Carvalho (2014), concreto armado é obtido por meio da


associação entre concreto simples e armadura convenientemente colocada
(armadura passiva), de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços
solicitantes, ressalta que o concreto e o aço têm coeficiente de dilatação térmica
próximos e também o concreto, ao envolver o aço, o protege satisfatoriamente, em
condições normais, contra oxidação e altas temperaturas.

Como se fosse um casamento, fazendo um casal perfeito tendo ambos suas


peculiaridades e diferenças esses insumos, porém de forma harmoniosa auxiliando
um ao outro para grandes edificações, pois o concreto tem uma capacidade de
resistência a compressão enorme e apenas 1/10 de tração, mas em contrapartida o
aço faz o papel nos elementos estruturais para resistir as trações.

Os edifícios produzidos em concreto armado muitas vezes recebem a


denominação de edifícios convencionais ou tradicionais, isto, aqueles produzidos
com uma estrutura de pilares, vigas e lajes de concreto armado moldados no local. A
execução de elementos com concreto armado deve seguir um esquema básico de
produção que possibilite a obtenção das peças previamente projetadas e com a
qualidade especificada.

Porém, considerando-se as estruturas dos edifícios comumente construídos,


pode-se propor uma classificação fundamentada tanto na sua concepção estrutural,
como na intensidade de seu emprego e, ainda, a partir dos materiais que constituem
a estrutura.

Com todo esse aparato tecnológico dos principais materiais para edificação
os países desenvolvidos buscaram no inicio do século demonstrar seus poder
financeiro e sua grandeza, utilizando do aço e concreto armado uma forma de
edificar gigantescos prédios ao ponto de atingir acima das nuvens, porém para
essas grandes edificações não bastará apenas conhecer o comportamentos das
reações no concreto e aço. Mas um fator primordial para essa enorme edificação as
21

cargas de vento. Em demonstração segue o quadro das maiores torres do mundo


com suas alturas e cidades. Antes de entender o comportamento da carga de vento
nas edificações segue um enredo das maiores edificações do mundo, Brasil, Goiás e
Goiânia.

3.3 Arranha Céu

Em uma definição simples são prédios, edifícios que possuem muitos andares
e que se destacam por serem muito altos.

Tabela 1: Maiores edifícios do Mundo 2016


Nome do Edifício Cidade Altura Pisos Concluído

1.Burj Khalifa Dubai (AE) 828 163 2010


2.Shanghai Tower Shanghai (CN) 632 128 2015
3.Makkah Royal Mecca (SA) 601 120 2012
Clock Tower
4.One World Trade New York City (US) 541.3 94 2014
Center
5.Guangzhou CTF Guangzhou (CN) 530 111 2016
Finance Centre
6.TAIPEI 101 Taipei (TW) 508 101 2004
7.Shanghai World Shanghai (CN) 492 101 2008
Financial Center
8.International Hong Kong (CN) 484 108 2010
Commerce Centre
9.Petronas Twin Kuala Lumpur (MY) 451.9 88 1998
Tower 1
9.Petronas Twin Kuala Lumpur (MY) 451.9 88 1998
Tower 2
10.Zifeng Tower Nanjing (CN) 450 66 2010
100. Wells Fargo Houston (US) 302,4 71 1983
Plaza
Fonte:skyscrapercenter.com: acessado em 04/11/2016

No site informa cem edificações espalhada pelo globo terrestre com as suas
mais diversificadas altura e modelos arquitetônicos, em primeiro lugar o Burj Khalifa
em Dubai nos Emirados Árabes um edifício de 828 metros e na centésima posição o
22

Wells Fargo em Houston nos Estados Unidos com 302,4 metros.

Para tais edificações fora analisado a carga de vento. No mundo o Edifício


mais alto o Burj khalifa, com seus 828 metros em outros lugares informa 829.8
metros, como demonstrado em suas imagens, com uma aerodinâmica para
combater a carga de vento.

Figura 6: Edifício Burj Khalifa - Dubai nos Emirados Árabes

Fonte: retirada do site skyscrapercenter.com em 03/11/2016

De acordo com o site o segundo maior edifício do mundo situado na China o


Shanghai Tower com seus 632 metros de altura, ficando quase 200 metros atrás do
Burj Khalifa, concluído em 2015.Tendo projeção da Torre H700 Shenzhen na China
23

com 739 metros. Os cinco maiores arranha céus estão na China. Todas essas
edificações fora realizados todos os testes possíveis inclusive em Túnel de Vento.

Figura 7: Projeção da Torre H700 Shenzhen

Fonte: retirada do site skyscrapercenter.com em 03/11/2016.

Após uma varredura em vários continentes com aranha céus com altura
superior de 300 metros, encontra-se no Brasil, no estado de Santa Catarina o mais
alto edifício construído o Millennium Palace situado na cidade de Balneário
Camboriú com 218,9 metros de altura, 56 pisos terminado as construções em 2014,
com sua estrutura em concreto armado, sendo de uso residencial.
24

Figura 8: Edifício Millennium Palace

Fonte: retirada do site skyscrapercenter.com em 03/11/2016.

Em contrapartida na mesma cidade iniciaram a construção de duas torres


Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower I e II em 2014 para o termino em
2018, tomando o status das maiores torres do Brasil, com seus 270 metros de altura
e 75 pisos.

Figure 9: Edifício Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower

Fonte: retirada do site www.skyscrapercity.com em 03/11/2016.

Para edificação do Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower houve


25

uma projeção com todos os estudos inclusive das analise de carga de vento em
2012, para iniciar as obras em 2014 com projeção do termino em 2018, essas
edificações tanto o Millennium Palace quanto o Yachthouse Residence Club by
Peninfarina Tower (Figura 6,p.24) estão em uma região aonde a carga de vento são
intensa.

No Brasil existe uma enorme variedade de edificações, concentradas na


região Sudoeste do país, tendo as maiores a beira mar. Porém existe vários arranha
céus espalho em todo o países principalmente nas capitais dos estados. Apos
deslumbrar as construções magníficas do mundo, percorrendo pelo Brasil
encontrasse inserido no estado de Goiás em sua capital onde realizara o trabalho da
analise da carga de vento, em sua capital Goiânia,não fica de fora dessa disputa
pelas alturas. Segundo o site téchne no ultimo dia 06 de julho de 2016 realizou a
analise em túnel de vento para a projeção do maior edifício no Centro Oeste como
segue o informativo na integra:

O Centro de Metrologia Mecânica, Elétrica e Fluidos do Instituto de Pesquisas


Tecnológicas (IPT), que abriga o túnel de vento de camada limite atmosférica,
realizou uma série de ensaios sobre esforços de vento para o projeto do Kingdom
Park Residence, um edifício de 175 metros de altura. O arranha-céu da Sim
Engenharia e Empreendimentos será o mais alto da região Centro-Oeste.

A edificação, localizada no bairro Nova Suíça, em Goiânia (GO), é formada


por uma torre única de 52 pavimentos, que incluem dois subsolos, térreo, dois
mezaninos (garagem e área de lazer), duas coberturas duplex e 45 pavimentos tipo.

De acordo com Gabriel Borelli Mertins, pesquisador do IPT, a construção de


edifícios cada vez mais altos implica em uma série de cálculos na concepção
estrutural, como os ensaios em túnel de vento que determinam a ação do vento das
fachadas e na cobertura das edificações. “Os ensaios na edificação foram realizados
a fim de fornecer os coeficientes de pressão”, afirma Mertins. “Estes testes permitem
prever o comportamento da estrutura face aos efeitos do vento de maneira mais
próxima da realidade, levando em conta o formato do prédio, a topografia e as
construções existentes no entorno”, continua.
26

Para a execução dos ensaios, foram simuladas as características do vento no


bairro em que o edifício será construído. A referência para os testes foi a norma
NBR 6123, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela estipula as
condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática e dinâmica
do vento, para efeito de cálculo de edificações.

Pela norma, a rugosidade do terreno é classificada em cinco classes e o


terreno escolhido para a construção do conjunto residencial foi considerado como
pertencente à categoria IV. Isso significa que é coberto por obstáculos numerosos e
pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada.

A cota média do topo dos obstáculos nessa categoria é de dez metros; ou


seja, a região é composta de edificações e árvores de uma média de dez metros de
altura, ou prédios de três andares. A partir dessa classificação, foi possível modelar
características, como o comprimento da rugosidade, ou seja, a medida da
rugosidade aerodinâmica da superfície sobre a qual o perfil da velocidade está
sendo medido.

Com a confirmação dos resultados da simulação, foi montada a maquete da


torre, em escala 1:200, com 479 tomadas de pressão total. A instrumentação foi feita
nas áreas em que serão instaladas janelas de vidro, nas fachadas e nas quinas dos
edifícios. Isso permite uma medição mais precisa das cargas de vento.

Foram realizados dois tipos de testes, no túnel de vento do IPT, para o


edifício: o estático e o dinâmico. No primeiro, calcula-se a determinação das cargas
do vento na caixilharia, revestimentos e momentos na fundação da edificação.
Também são obtidas as forças aerodinâmicas médias, em modelos em escala
reduzida. Neles, são determinados os coeficientes de arrasto e de sustentação.

No ensaio de resposta dinâmica, para edificações com altura superior a 120


metros e frequência natural de vibração menor que 0,25 Hz, são determinadas as
amplitudes de vibração de edifício sob a ação do vento.

Tal teste permite verificar as características de conforto humano em função


27

das vibrações do prédio, e alcançar maior segurança no projeto estrutural. A técnica


utilizada para o ensaio foi a Integração de Pressões em Alta Frequência (High
Frequency Pressure Integration – HFPI). “Os ensaios dinâmicos permitem
determinar fenômenos como o vortex induced vibration, ou vibração induzida por
vórtices, que pode acontecer principalmente em prédios muito altos e esbeltos”,
afirma Martins.

Figura 10: Teste em Túnel de Vento

Fonte: retirada do site http://techne.pini.com.br em 04/11/2016.

Os resultados encontrados foram maiores valores de sobrepressão no ensaio


estático foram obtidos a uma altura próxima de ¾ da altura do edifício, na fachada a
barlavento. Se calculado pela norma, os valores máximos estariam localizados no
ponto mais alto do edifício. “Além disso, os ensaios estáticos permitem a obtenção
de carregamentos locais, que podem ser muito úteis na análise e no
dimensionamento de caixilhos”, lembra Martins.

O coeficiente de forma (Ce) encontrado no ensaio é de -1,89 em uma das


quinas da edificação, enquanto pela norma ABNT o valor máximo seria de -1,2. “Ou
seja, esse é um local onde a caixilharia necessitará de uma melhor análise do
28

projetista, para verificar se haverá necessidade de maior dimensionamento”, afirma.

Quanto à análise dinâmica, as maiores acelerações foram observadas nos


pavimentos mais altos. Foi obtido um fator de pico de 3,17, e a média quadrática da
aceleração foi de 0,05 m/s², para um vento com velocidade média de 25,7 m/s e um
período de recorrência de dez anos. A norma da ABNT informa que a aceleração
não pode exceder 0,1 m/s² para esse mesmo período de recorrência.

Enquanto em Goiânia essa edificação esteja em projeto, existe no Bairro


Jardim Goiás um complexo de três torres , executado pela TCI Construtora segundo
o site skyscrapercenter são os maiores do Estado . Segue imagem das Torres.

Figura 11: Maiores Edifícios em Goiânia

Fonte: retirada do site: tci construtora.com.br em 04/11/2016.

Apresenta as informações características das três torres sendo duas


residencial e a torre Evidence Office exclusivo para escritório.
29

Tabela 2: Maiores edifícios de Goiânia 2015


Nome do Edifício Cidade Altura Pisos Concluído

40 Premier Vision Goiânia (GO) 148 44 2013


51Premier Unique Goiânia (GO) 142 44 2014
76 Evidence Goiânia (GO) 135 35 2009
Office
Fonte:retirado do site skyscrapercenter.com: acessado em 04/11/2016

Relatado no projeto do maior edifício do Centro Oeste com 175 metros de


altura, fora realizado ensaio em túnel de vento, para analisar seu comportamento,
todos arranha céu são calculados através das cargas permanentes, variáveis entre
outros, como será abordado na próxima seção.

3.4 Carga nos Edifícios

Para Bellei, Pinho e Pinho (2008,p.50) "Entende-se por cargas todas as ações
impostas pela gravidade [...], meio ambiente (vento etc.) e as devidas ao uso da
estrutura [...].''

A análise e o projeto de estrutura geralmente se iniciam com a determinação


das cargas e ações atuantes na estrutura e seus elementos. A estrutura deverá
suporta as cargas e suas combinações, mantendo as deformações elásticas
verticais e horizontais correspondentes dentro dos limites específicos e ainda manter
as oscilações nos pisos dentro de níveis de conforto compatíveis.

De acordo com Bellei et. al (2008) as cargas existente em uma edificação,


são permanentes, acidentais, devido ao vento e outras cargas.

Para cargas permanentes (CP) inserem o peso próprio da estrutura, peso dos
elementos suportado pela mesma, como: piso, paredes, coberturas, escadas e etc.
Peso de instalações, acessórios e equipamentos permanentes e quaisquer outras
ações de caráter permanente ao longo da vida da edificação.
30

Para as cargas acidentais (CA) inserem sobrecargas em pisos devida ao peso


de pessoas, objetos, materiais estocados, moveis. Cargas de equipamentos,
empuxos de terra e pressões hidrostáticas.

Para cargas devidas ao vento (CV) são as pressões e sucção de rajadas


devidas ao vento.

Para outras cargas estão variações de temperatura, cargas sísmicas, carga


de neve, recalque de fundações e deformações impostas.

Dessas cargas sobreposta nas edificações especularemos a CV que está


baseada na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT Norma 6123/88 -
Forças devidas aos ventos em edificações.

3.4.1 Carga devidas ao vento

A formação do vento depende de uma série de fenômenos meteorológicos,


mas um fator é importante para se levar em conta no calculo estrutural: o vento tem
caráter aleatório. Por essa razão os projetista devem levar em consideração as
ações do vento mais desfavoráveis principalmente em estruturas esbeltas.

As considerações do vento, bem como sua forma de aplicação, são


constantes da NBR 6123 - forças devidas ao vento em edificações, que é uma
norma bastante completa, baseada na norma inglesa e cálculo das probabilidades.

A ação do vento nas estruturas é uma das mais importantes e não pode ser
negligenciada, sob o risco de colocar a estrutura em colapso. Para a análise das
forças devido ao vento é necessário conhecer os parâmetros, que são: pressão
dinâmica (q); coeficiente de pressão (Cpe) e de forma (Ce) externos; coeficiente de
pressão interna (Cpi), Coeficiente de arrasto (Ca) e força de arrasto (Fa).

A carga de vento é uns dos fatores que devem ser levado em consideração
31

através das combinações de ações conjunta a carga própria, carga acidentais entre
outras para analise dos deslocamentos máximos.

3.4.1.1 Pressão Dinâmica

De acordo com Bellei et. al (2008) a pressão dinâmica depende da velocidade


do vento e de fatores que a influenciam é dado pela equação da Pressão dinâmica
do vento em Newton por metro quadrado (N/m²), conforme mostrado abaixo:

𝑉𝑘2
𝑞= sendo 𝑉𝑘 = 𝑉0 . 𝑆1 . 𝑆2 𝑆3
1,63

q= Pressão dinâmica do Vento (N/m²)


V0 - Velocidade básica do vento medida sobre 3 segundos, que pode ser
excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 metros sobre o nível do terreno em
lugar aberto e plano, metro por segundo (m/s). Para encontrar a velocidade básica
utiliza o mapa de isopletas informado na figura.

Figura 12: Mapa de Isopletas no Brasil

Fonte:retirado do site docplayer.com.br: acessado em 05/11/2016


32

S1 - Fator topográfico - são as variações do relevo do terrenos, tendo


variações em terreno plano ou fracamente acidentado; taludes e morros; vales
profundos, protegidos de ventos de qualquer direção. Tendo uma variação de
0,9≤S1≥1 para cada terreno. Para os Taludes e morros S1 ≥1 (ver NBR 6123).

S2 - Fator de rugosidade - combinação da rugosidade do terreno, da variação


da velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da
edificação. A rugosidade do terreno é classificado em cinco categorias e para as
edificações em classes A,B,C.

Para analise dos coeficientes das categorias em virtudes das classes


desenvolvera uma tabela pra os valores relativos com a altura do terreno, conjunto a
sua categoria e classe.

Os valores de S2 para as diversas categorias de rugosidade do terreno e


classes, em função da altura Z sobre o terreno são apresentado na Tabela 1

Tabela 3: Fator de Rugosidade - S2

Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 55.

Sendo para o uso do fatores de rugosidade encontra se na Tabela 1 da ABNT


NBR 6123:1988 os parâmetros meteorológicos de acordo com a categoria do
33

terreno e a classe da edificação em suma apos encontrar os parâmetros utiliza a


equação seguinte:
𝑝
𝑆2 = 𝑏𝐹𝑟 𝑧 10

S3 - Fator Estatístico - O fator estatístico é baseado em conceitos estatísticos


e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. Os valores
mínimos do fator S3 apresentados na tabela seguinte.

Tabela 4: Fator de Estatístico - S3

Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 55.

3.4.1.2 Coeficiente de Pressão e Forma

Os valores dos coeficientes de pressão e de forma externa para edificações


de planta retangular e para as direções críticas do vento são dados na Tabela 5.
Para Bellai (2008) superfícies em que ocorram variações consideráveis de pressão
foram subdivididas e os coeficientes são dados para cada uma das partes.

Figura 13: Coeficiente de Pressão externa

Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 56, retirado do site:. www.ebah.com.bracesso em 07/11/2016.
34

Tabela 5: Coeficiente de Pressão e de Forma externos, para plantas retangular

Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 56, retirado do site:. www.ebah.com.br acessado em 07/11/2016.

Esse coeficiente tem por finalidade demonstrar a força do vento em cada


direção na construção, sendo que ao passar pelo lado maior ou menor as forças da
carga vão diminuindo tanto nas laterais quanto na parte inferior, como ilustrado na
figura 11.

3.4.1.3 Coeficiente de Pressão Interna

O coeficiente de pressão interna tem por finalidade a permeabilidade de ar na


edificação, de acordo com Bellei et. al (2008) a edificação totalmente impermeável
ao ar, a pressão no interior da mesma será invariável no tempo e independente da
corrente de ar externa. Para edificações com os quatro faces igualmente
permeáveis, considerar o mais nocivo dos valores: Cpi = -0,3 ou 0. Para outros tipos
ver NBR 6123.
35

3.4.1.4 Coeficiente de arrasto

Para Carvalho e Pinho (2013, p.213) o coeficiente de arrasto " É [...] usado na
avaliação da força global na estrutura, sendo determinado conforme [...]
NBR6123:1988 e pode variar de 0,7 a 2,2, dependendo da edificação.

De acordo com a norma existem dois gráficos para o coeficiente de arrasto


que são definido para edificação retangular sendo de baixa e alta turbulência.

Figura 14: Coeficiente de arrasto baixa e alta turbulência

Fonte:retirado do site blogeberick.altoqi.com.br acessado em 05/11/2016 (figura 4,NBR 6123:1988)

Os coeficientes de arrasto são dados em função das relações ℎ 𝑙1 e 𝑙1 𝑙2 em


que h é a altura, L1 é a largura da edificação perpendicular à direção do vento e L 2 é
profundidade da edificação, sendo na direção do vento.

3.4.1.5 Força de arrasto do vento

Segundo Carvalho e Pinho (2013, p.216) "A força do vento que atua em uma
superfície de uma edificação é considerada sempre perpendicular a esta. A força
36

global da ação do Vento Fg é a soma de todas as forças incidentes nas diversas


partes [..] que compõem o edifício".

A componente da força global do vento é a força de arrasto Fa, obtida por:

𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 . 𝑞. 𝐴𝑒

Relembrando que q é a pressão dinâmica, Ae é a área frontal efetiva, ou seja,


área da projeção ortogonal da edificação, estrutura ou elemento estrutural, sobre um
plano perpendicular à direção do vento e Ca é o coeficiente de arrasto encontrado no
gráfico.

3.5 Deslocamento Maximo

Segundo a NBR 6118:2003, na composição estrutural muitas vezes é


interessante arranjar os elementos estruturais de modo a proporcionarem aumento
de rigidez em direções criticas a estes conjuntos.

Os deslocamentos de apoio só devem ser considerados quando gerarem


esforços significativos em relação ao conjunto das outras ações, isto é, quando a
estrutura for hiperestática e muito rígida.

O deslocamento de cada apoio deve ser avaliado em função das


características físicas do correspondente material de fundação. Como
representativos desses deslocamentos, devem ser considerados os valores
característicos superiores, δksup, calculados com avaliação pessimista da rigidez do
material de fundação, correspondente, em princípio, ao quantil 5% da respectiva
distribuição de probabilidade. Os valores característicos inferiores podem ser
considerados nulos. O conjunto desses deslocamentos constitui-se numa única
ação, admitindo-se que todos eles sejam majorados pelo mesmo coeficiente de
ponderação.
37

Deslocamentos são valores práticos utilizados para verificação em serviço do


estado limite de deformações excessivas da estrutura os efeitos desta Norma são
classificados nos quatro grupos básicos a seguir relacionados e devem obedecer
aos limites estabelecidos na tabela 13.2 da NBR 6118:2003 de estado limite de
deslocamento.

Figura 15: Valores de deslocamento em elementos

Fonte:retirado do site: faq.altoqi.com.br acessado em 10/11/2016 (tabela 13.2,NBR 6118:2003)

3.6 Módulo de Elasticidade

O módulo de elasticidade deve ser obtido segundo ensaio descrito na ABNT


NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o módulo de deformação tangente
38

inicial cordal a 30% fc, ou outra tensão especificada em projeto. Quando não forem
feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade
de 28 d, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade usando a expressão :

𝐸𝑐𝑖 = 5600. 𝑓𝑐𝑘1 2

onde: Eci e fck são dados em megapascal

O módulo de elasticidade numa idade j ≥ 7 d pode também ser avaliado


através dessa expressão,substituindo-se fck por fckj.

Quando for o caso, é esse o módulo de elasticidade a ser especificado em


projeto e controlado na obra.

O módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises elásticas de


projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificação de
estados limites de serviço, deve ser calculado pela expressão:

𝐸𝑐𝑠 = 0,85. 𝐸𝑐𝑖

Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção


transversal pode ser adotado um módulo de elasticidade único, à tração e à
compressão, igual ao módulo de elasticidade secante (Ecs).

Na avaliação do comportamento global da estrutura e para o cálculo das


perdas de protensão, pode ser utilizado em projeto o módulo de deformação
tangente inicial (Eci).
39

IV. PARTE PRATICA

Nessa fase são apresentada os objetivos específicos de forma ilustrativa,


textualizado e numérica. Para analise dos cálculos foram levado em consideração as
referencias bibliográficas que adéqua à situação da edificação.

4.1 Memorial de Cálculo

Para realização do cálculo utilizou se o pilar extremo da edificação (28x70) e


as vigas adjacente do Bela Vista Way (15x40), com auxilio do programa Ftool
desenhou um pórtico com a medida do pilar com a carga de vento agindo segundo
as medidas do prédio. Através da região de implantação do prédio determinou se os
coeficientes S1,S2,S3 e Vk para calcular a carga de vento, para encontrar os
coeficiente e a força de arrasto, fora feito os quociente da altura, largura e
comprimento para baixa turbulência.

Relembrando Características da edificação:

o Local da implantação: zona urbana na cidade de Goiânia/GO


o Utilização: estrutura residencial habitacional
o Comprimento em planta: 24,80 Frontal; 23,65 Fachada Posterior
o Largura em planta: Simétricas 18,30 as laterais
o altura dos pilares: 77,27 metros
o altura total da edificação : são acrescentados caixa d'água, barrilete e
casa de maquina.
o cobertura : em platibanda
o fechamento lateral: vedação em alvenaria e janelas nas laterais e
frontal, com área de varanda na fachada principal
o Fck (40 e 30MPa) e Brita 2, não informado o material da Brita.

Para realização dos cálculos utilizou o software Ftool para demonstrar as


partes ilustrativas e numéricas. A facilitar o cálculo as áreas da edificação fora
40

projetada nas seguintes proporções. Comprimento, Largura e Altura: 25m x 18,5m x


77,27m. Essa edificação existe uma peculiaridade, em seu projeto estrutural até o
décimo andar a resistência do concreto é de 40MPa e após dessa altura de 30MPa,
influenciando bastante no modulo de elasticidade.

Figura 16:Vista Frontal e Lateral em fase de construção do Bela Vista Way

Fonte: arquivo próprio acadêmico fotografado em 19/10/2016.

4.1.1 Cálculo do Fator S2, Vento Característico e Pressão Dinâmica

Para velocidade básica do vento utilizou-se a velocidade de V0=35m/s do


mapa de isopletas, V0 é a máxima velocidade média sobre 3 segundos, que pode
ser estendida em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em
lugar aberto e plano.

Para o fator topográfico determinou S1=1,0 (terreno plano ou fracamente


acidentado - item 5.2 da ABNT NBR 6123:1988).

No fator estatístico S3=1,0 (segundo a norma edificações para hotéis e


residências. Edificações para comércio e indústria com alto fator de ocupação o
coeficiente - tabela 3 da ABNT NBR 6123:1988)

No fator de rugosidade do terreno e dimensões da edificação obteve-se


41

S2=1,05 para 77,27, porém esse valor sofre uma variação conforme a cota da
edificação, onde utilizou se a categoria IV Terrenos cobertos por obstáculos
numerosos e pouco espaçados em zona florestal, industrial ou urbanizados. A cota
média do topo dos obstáculos é considerada igual a 10m, sendo classe C, pois sua
maior dimensão tem mais que cinquenta metros. Exemplos de categoria IV: zonas
de parques e bosques com muitas árvores; cidades pequenas e seus arredores;
subúrbios densamente construídos de grandes cidades; áreas industriais plena ou
parcialmente desenvolvidas.

Como ilustrado na imagem retirada do site em vista aérea e projeção da


planta na região.

Figura 17: Vista aérea da região da edificação Bela Vista Way

Fonte: retirada do site acce.com.br em 08/11/2016.


42

No fator rugosidade do terreno e dimensões da edificação na tabela 1 da


ABNT NBR 6123:1988 são mostrados os parâmetros meteorológico de acordo a
categoria do terreno e a classe da edificação. Para o edifício em estudo os
parâmetros aplicáveis são apresentados na seguinte tabela.

Tabela 6: Parâmetros para o cálculo de S2


Categoria Zg Parâmetros Classe C
b 0,84
IV 420 Fr 0,95
p 0,135
Fonte: acadêmico em 2016.

Com uso deste parâmetro, calcula-se S2 através da equação:

𝑝
𝑆2 = 𝑏𝐹𝑟 𝑧 10

Para o edifício, o valor de S2 será calculado para faixas de variação de altura


de 5,44m nos pavimentos tipo. Os resultados são mostrados na Tabela 7. Assim
para velocidade característica e pressão dinâmica do vento são variáveis em função
da altura. Na tabela fora omitidos os valores no intervalo de 25 a 50 metros.

Tabela 7: Valores de S2, Vk e q em função da altura


z(m) S2 Vk(m/s) q(KN/m²)
3,06 0,680 23,80 0,347
6,21 0,748 26,18 0,420
9,27 0,789 27,62 0,467
14,71 0,840 29,40 0,530
20,15 0,877 30,69 0,577

58,23 1,012 35,42 0,769


63,67 1,025 35,87 0,788
69,11 1,036 36,26 0,806
74,55 1,047 36,65 0,823
77,27 1.052 36,82 0,831
Fonte: acadêmico em Novembro de 2016.
43

4.1.2 Cálculo do coeficiente e força de arrasto

O coeficiente de arrasto para a situação de vento com baixa turbulência é


obtido na (Figura 14 p.35) em função das relações h l1 e l1 l2 em que h =77,27m é
altura da edificação acima do terreno, l1 =25m é a dimensão da edificação
perpendicular à direção do vento e l2 =18,5m é a dimensão na direção do vento,
será analisado em duas direções à 0° e 90° na edificação.

Figura 18:Planta geométrica para calculo da edificação Bela Vista Way

Fonte: Ftool desenhado pelo acadêmico em 10/11/2016

h l1 = 77,27 18,50 = 4,17


 figura 14  𝐶𝑎 = 1,26 vento a 0° no prédio
l1 l2 = 18,5 25 = 0,74

h l1 = 77,27 25 = 3,09
 figura 14  𝐶𝑎 = 1,35 vento soprando a 90° na
l1 l2 = 25 18,5 = 1,35
maior direção da edificação.

Com os valores obtidos dos coeficientes, calcula se as forças devidas ao


vento na edificação, ou força de arrasto, com a seguinte expressão: Fa= Ca.q.Ae,
para força de arrasto os valores fora realizado para as duas direções como segue na
44

tabela 8 e 9. Sendo que a área efetiva (Ae) é o produto do comprimento (𝑙1) de ação
da carga do vento pela altura (ℎ𝑎).

Tabela 8: Ação do Vento a 0°


z(m) q(KN/m²) Ca Ae (m²) Fa= Ca.q.Ae
3,06 0,347 0,857 0,375
6,21 0,420 0,882 0,467
9,27 0,467 0,857 0,504
14,71 0,530 1,523 1,017
20,15 0,577 1,523 1,107
25,59 0,616 1,523 1,182
31,03 0,649 1,523 1,245
36,47 0,678 1,523 1,301
1,26
41,91 0,704 1,523 1,351
47,35 0,727 1,523 1,395
52,79 0,749 1,523 1,437
58,23 0,769 1,523 1,476
63,67 0,788 1,523 1,512
69,11 0,806 1,523 1,547
74,55 0,823 1,523 1,579
77,27 0,831 0,762 0,798
Fonte: acadêmico em 2016.

Esses valores encontrado foram lançados no programa Ftool para analise do


deslocamento do pilar, essas forças estão inserida sobre menor parte da seção do
pilar de 28x70cm, tendo uma força de arrasto menor que do com ação de vento a 0°.

O comprimento de 70cm do pilar (Tabela 9 p.45), fora calculado à ação do


vento a 90°, para esse parâmetros houve um acréscimo no valor das força de
arrasto decorrente a ponderação do coeficiente de arrasto (1,35) com incremento da
área do pilar recebendo uma carga de vento.

Para realização do Pórtico no Ftool fora colocada as informações da


edificação, feito um esqueleto da estrutura inserindo pilar central da edificação, para
buscar maior precisão da analise estrutural.
45

O projeto apresenta uma característica peculiar, apresentando duas


resistência Fck do concreto de 40MPa e 30Mpa, para cada fora utilizado a equação
𝐸𝑐𝑖 = 5600. 𝑓𝑐𝑘1 2
e 𝐸𝑐𝑠 = 0,85. 𝐸𝑐𝑖 para os valores mencionado. Temos pra 30MPa
𝐸30 = 30672𝑀𝑃𝑎 e 40MPa 𝐸40 = 35417𝑀𝑃𝑎, esses valores foram inserido no
programa Ftool.

Segue apresentação da tabela referente a Força de Arrasto do pilar com ação


do vento a 90°,

Tabela 9: Ação do Vento a 90°


z(m) q(KN/m²) Ca Ae ( m²) Fa= Ca.q.Ae
3,06 0,347 2,142 1,003
6,21 0,420 2,205 1,250
9,27 0,467 2,142 1,350
14,71 0,530 3,808 2,725
20,15 0,577 3,808 2,966
25,59 0,616 3,808 3,167
31,03 0,649 3,808 3,336
36,47 0,678 3,808 3,485
1,35
41,91 0,704 3,808 3,620
47,35 0,727 3,808 3,737
52,79 0,749 3,808 3,850
58,23 0,769 3,808 3,953
63,67 0,788 3,808 4,051
69,11 0,806 3,808 4,143
74,55 0,823 3,808 4,230
77,27 0,831 1,904 2,136
Fonte: acadêmico em 2016.

4.1.3 Apresentação da Analise Estrutural

Após a realização de todos os cálculos escolhera na seção do pilar (70x28)


46

seu lado de maior influência, sendo que nesse sentido o valor do coeficiente de
arrasto (1,35) e sua largura (70cm), aumentaram a Força de Arrasto no pórtico.

Para projeção da estrutura fora realizado de acordo com Anexo B, onde


demonstra a altura e as medidas dos pavimentos. Na tabela (Tab.9 p.45) as Força
de Arrasto na direção de 90º segue apresentação no pórtico. Para realização dos
cálculos no programa Ftool, inseriu o modulo de elasticidade secante nas seções
dos pilares do pavimento tipo até o décima laje, com o fck de 40 megapascal e no
restante de fck de 30 MPa, de acordo com Anexo F (p.60)

Figura 19:Pórtico com carga pontual e deformada

Fonte: Ftool desenhado pelo acadêmico em 10 de Novembro de 2016

Para verificar o deslocamento do pórtico utilizou a tabela 13.2 - Limites para


deslocamento da NBR 6118, inserida no item de efeitos em elementos não
47

estrutural,provocada pela ação do vento.


Sendo o limite de H/1700 para essa edificação o limite de deslocamento é de
4,55 centímetros. Valor maior que esse acabam prejudicando as paredes da
edificação aparecendo fissuras nas mesmas.

Figura 20:Pórtico com carga distribuída e deformada

Fonte: Ftool desenhado pelo acadêmico em 10 de Novembro de 2016

A avaliação do deslocamento máximo em relação aos limites da Norma 6118


adquirida no programa Ftool houve um valor acima que o permitido, deslocabilidade
de 11 centímetros no ponto máximo da edificação em seu topo na altura de 77,27
metros, sendo o limite de 4,55 centímetros de acordo com norma.

Em analise verifica se a necessidade de aumentar a inércia do pilar, porém


em contra partida quanto maior a área do pilar maior será a força de arrasto, outra
opção usar os pilares intermediário no pórtico que não foram inserido no programa
48

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde muitos tempos o homem buscou as alturas em sua caminhada,


construindo suas edificações em rochas o empilhamento de pedras com uso de
betume como massa ligante. Através dos séculos os equipamentos e novos modelos
de fabricar e construir surgiu, evidenciando a fantástica arte da engenharia.

Considera que nesses período o aprimoramento através das medições e


varias analise laboratoriais a engenharia se tornou competente com as suas
pesquisas em campo, com isso. favorecendo as analises construtivas e suas ações
existentes externa e interna. De igual modo analisando as forças e cargas
permanentes e variáveis.

A pesquisa da Atividade Pratica Supervisionada favoreceu o


conhecimento e ganhos incalculáveis na vida acadêmica e futuramente profissionais
dos alunos. Conhecendo os fatores de topografia para cada local da edificação, os
fatores estatístico para finalidade, sendo o fator de rugosidade precisa de
parâmetros para encontrar esse coeficiente. Considera se que a perspectiva dos
acadêmicas a cada vez que verificar as mais simples edificação terá um olhar
analítico em relação ao vento.

Em resumo das considerações em relação aos valores encontrado todos


foram executado de forma precisa, porém para o deslocamento horizontal
encontrada para edificação ficara acima do índice permitido, possa ter ocorrida pela
falta de inserção dos pilares intermediário no pórtico.e de pratica de uso do
programa Ftool.

Em analise final os valores limites de 4,55 centímetros de deslocamento


segundo a Norma 6118 estará menor que o encontrado de 11 centímetros, essa
valor favorecera as aparições de fissuras nas paredes do edifício Bela Vista Way.
49

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devidas


ao vento em edificações – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de Múltiplos


Andares em Aço: segundo a NBR 8800:2008.2.ed. rev. e amp. São Paulo: PINI,
2008.

BÍBLIA de ESTUDO PENTECOSTAL: Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro:


Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.

CARVALHO, Roberto Chust; PINHEIRO, Miranda Pinheiro. Cálculo e Detalhamento


de Estruturas Usuais de Concreto Armado: 2.ed. São Paulo:PINI,2014, Volume 2

CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo e


Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado: segundo a NBR
6118:2014. 4.ed. São Paulo:EduFSCar,2014.

CHAMBERLAIN, Zacarias; FICANHA, Ricardo; FABEANE Ricardo. Projeto e Cálculo


de Estruturas de Aço: Edifício Industrial Detalhado. Rio de Janeiro:Elsevier,2013.

DESCONHECIDO. Portal de Concreto: Ensaios. 2015. Disponível em:


<http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/ensaios.html>. Acesso em:
03 de novembro de 2016

MENDONÇA, Alzino Furtado de; ROCHA, Cláudia Regina Ribeiro; NUNES, Heliane
Prudente. Trabalhos acadêmicos: planejamento, execução e avaliação. Goiânia:
Faculdade Alves Faria, 2008.

VASCONCELOS, A.C. O concreto no Brasil: Recordes, Realizações, História. São


Paulo, Edição Patrocinada por Camargo Corrêa S.A. 1985

http://www.tetraconind.com.br/

http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/aco/index.asp
50

LISTA DE APÊNDICE

APÊNDICE 1 - Registro Obra ---------------------------------------------------------------------- 51


APÊNDICE 2 - Bela Vista Way visão 10° pavimento ----------------------------------------- 52
APÊNDICE 3 - Construção do Bela Vista Way visão externa ----------------------------- 53
51

APÊNDICE 1 - Registro Obra

Fonte: fotografado pelo acadêmico em 19 de Novembro 2016


52

APÊNDICE 2 - Bela Vista Way visão 10° pavimento


53

APÊNDICE 3 - Construção do Bela Vista Way visão externa


54

LISTA DE ANEXO

ANEXO A - Projeção do Bela Vista Way -------------------------------------------------------- 55


ANEXO B - Planta frontal do Bela Vista Way -------------------------------------------------- 56
ANEXO C - Planta de Situação -------------------------------------------------------------------- 57
ANEXO D - Planta Arquitetônica de lazer do Bela Vista Way ----------------------------- 58
ANEXO E - Ficha Técnica e Planta Pavimento Tipo do Bela Vista Way---------------- 59
ANEXO F - Ficha Técnica de Especificação do Concreto ---------------------------------- 60
55

ANEXO A - Projeção do Bela Vista Way


56

ANEXO B - Planta frontal do Bela Vista Way


57

ANEXO C - Planta de Situação


58

ANEXO D - Planta Arquitetônica de lazer do Bela Vista Way


59

ANEXO E - Ficha Técnica e Planta Pavimento Tipo do Bela Vista Way


60

ANEXO F - Ficha Técnica de Especificação do Concreto

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy