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Projecto Fauzia

Este documento discute o impacto da renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000 da cidade de Maxixe. O objetivo geral é avaliar como o comércio informal afeta a renda dessas famílias. Os objetivos específicos incluem identificar os produtos vendidos, analisar os preços, examinar como a renda contribui para a vida familiar e demonstrar a contribuição para os cofres municipais. A pesquisa é justificada pela crescente prevalência do comércio informal e sua importância

Enviado por

Helder Mazive
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Projecto Fauzia

Este documento discute o impacto da renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000 da cidade de Maxixe. O objetivo geral é avaliar como o comércio informal afeta a renda dessas famílias. Os objetivos específicos incluem identificar os produtos vendidos, analisar os preços, examinar como a renda contribui para a vida familiar e demonstrar a contribuição para os cofres municipais. A pesquisa é justificada pela crescente prevalência do comércio informal e sua importância

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i

Fauzia Cacilda Macache

Impacto em renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000
da cidade da Maxixe

Instituo Médio de Gestão, Comércio e Finanças

Maxixe
2021
ii

Fauzia Cacilda Macache

Impacto em renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000
da cidade da Maxixe

Projecto cientifico a ser apresentado no


Modulo de ------ para efeitos avaliativos

Formador:

Instituo Médio de Gestão, Comércio e Finanças

Maxixe
2021
iii

Índice
Lista de Símbolos e abreviaturas................................................................................................v
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................6
Objectivos da Investigação.........................................................................................................6
Objectivo geral:...........................................................................................................................6
Objectivos específicos:...............................................................................................................6
Justificativa.................................................................................................................................7
Problematização..........................................................................................................................7
Hipóteses.....................................................................................................................................8
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................9
1.1. Comércio..............................................................................................................................9
1.1.1. Comércio informal............................................................................................................9
1.1.2. Características do comércio informal.............................................................................10
1.2. Mercado.............................................................................................................................11
1.3. Rendimento........................................................................................................................11
1.3.1. Renda familiar.................................................................................................................12
1.3.2. Impacto da renda dos comerciantes informais................................................................12
1.4. Família...............................................................................................................................13
CAPÍTULO II. METODOLOGIA DE PESQUISA.................................................................15
2.0. Tipo de pesquisa................................................................................................................15
2.1. Tipo de pesquisa quanto à abordagem...............................................................................15
2.1.1. Pesquisa quantitativa.......................................................................................................15
2.1.2. Pesquisa qualitativa.........................................................................................................16
2.2. Tipo de pesquisa quanto ao objectivo................................................................................16
2.3. Pesquisa bibliográfica........................................................................................................17
2.4. População ou universo da pesquisa....................................................................................17
2.5. Amostra..............................................................................................................................18
2.7. Instrumentos de recolha de dados......................................................................................18
2.7.1. Observação sistemática...................................................................................................18
2.7.2. Questionário fechado......................................................................................................19
2.7.3. Entrevista livre................................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................20
APÊNDICE...............................................................................................................................23
iv

Lista de Símbolos e abreviaturas

CGTP-IN - Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional.


CMCM – Conselho Municipal da Cidade de Maxixe.
Qt. – quantidade.
Tot. – Total.
Kg – quilograma
5

INTRODUÇÃO

Em Moçambique é notório o crescimento da população que pratica o comércio informal, para


obtenção da renda familiar para o sustento dos seus agregados. O comércio informal é uma
via que muitas famílias optam por realizar para a melhoria das suas condições de vida,
ajudando a saírem da pobreza extrema. Desta forma, surge o tema “Impacto em renda das
famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000 da cidade da Maxixe”. A
pesquisa tem como o campo de estudo, a cidade da Maxixe, concretamente no Mercado 2000
vulgarmente conhecido por Mercado Tsuwula, pois, o estabelecimento apresenta um mínimo
de organização instituída pelo Município. No Mercado 2000 encontramos produtos como as
hortícolas, os cereais, os citrinos, produtos de limpeza e de higiene, os quais são vendidos a
preços atraentes. Sendo assim, este estudo visa fundamentalmente, avaliar o impacto em
renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado.

Trazemos várias abordagens de diferentes autores relacionadas ao comércio informal, renda


familiar e outros termos ligados ao tema em estudo.

Objectivos da Investigação

Objectivo geral:

 Avaliar o impacto em renda das famílias que praticam o comércio informal no


Mercado 2000 da Maxixe.

Objectivos específicos:

 Identificar os produtos vendidos pelos praticantes do comércio informal no


Mercado 2000 da Maxixe.
 Estudar os preços praticados nos diversos produtos pelos praticantes do
comércio informal no Mercado 2000 da Maxixe.
 Analisar a contribuição da renda dos praticantes do comércio informal na vida
social das suas famílias.
 Demonstrar a contribuição dos praticantes do comércio informal no Mercado
2000 em receita para os cofres do Conselho Municipal da Maxixe.
6

Justificativa

Por sabermos que, cada dia que passa observamos um aumento de comerciantes informais nos
mercados e tantos outros espalhados pelas estradas e pelos passeios do Município da Maxixe
que procuram vender os seus produtos, vimos necessidade de pesquisar este tema, com
propósito de percebermos o nível de contribuição das suas rendas em suas famílias, mesmo
sendo uma actividade que opera à margem da lei.

Este projecto servirá de suporte para futuros estudos nas áreas idênticas bem como
providenciar um conhecimento académico, que servirá de referência e contributo nos
institutos que administram cursos relacionados com comércio ou contabilidade. Esta pesquisa
também poderá contribuir para os comerciantes informais na compreensão da contribuição
das suas rendas nas suas famílias.

Problematização

De acordo com MOSCA (2009:7),

A economia informal, tal como o comércio informal, surgem


como estratégia de sobrevivência dos pobres por incapacidade
de absorver o factor trabalho e de gerar rendimentos. É ainda
uma consequência de desequilíbrio, distorções ou rupturas de
mercado e de políticas desajustadas. O comércio informal
termina por sustentar a economia e o comércio formal,
estabelecendo relações de reforço mútuo, em ocasiões fora da
lei transaccionando muitas vezes bens e serviços ilícitos.

No Mercado 2000, há muitas pessoas que praticam o comércio informal, vendendo quase
todos os mesmos tipos de produtos, além disso são obrigados a pagarem taxas diárias. Os
produtos vendidos dentro do mercado, também são vendidos fora dele o que reduz a sua
procura dentro mercado, porque alguns compradores optam por comprar produtos vendidos
de forma ambulatória e nos passeios. Mesmo com a prática do comércio informal nem todos
comerciantes conseguem alimentar adequadamente as suas famílias, levar todo agregado à
escola e ao hospital, porque as suas rendas são insuficientes para satisfazer estas despesas.
Deste modo, levantamos a seguinte questão, que será o fio condutor da nossa pesquisa: até
que ponto a renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000 contribui
no melhoramento das suas condições de vida e na receita Municipal da cidade da Maxixe?
7

Hipóteses

Para este estudo parte com a premissa de que:

H1: O comércio praticado pelos comerciantes informais do Mercado 2000 proporciona uma
renda positiva, contribuindo deste modo no melhoramento das suas condições de vida e no
aumento de receita para os cofres do Conselho Municipal.

H2: O comércio praticado pelos comerciantes informais do Mercado 2000 proporciona uma
renda negativa, por consequente não contribui no melhoramento das suas condições de vida e
de receita para os cofres Municipais.
8

CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo proporciona uma visão geral acerca dos conceitos básicos que guiaram a
pesquisa e esses elementos foram discutidos na opinião de vários autores que desenvolvem
investigações em volta do tema “impacto em renda das famílias que praticam o comércio
informal no Mercado 2000”.

1.1. Comércio

Segundo MAIORINO (2010:13), “o comércio é troca voluntaria de produtos. As trocas


podem ter lugar entre dois parceiros (comércio bilateral) ou entre mais do que dois parceiros
(comércio multilateral) ”.

De acordo com BARBOZA (1988:63), define “comércio com sendo um acto voluntário que
consiste na troca de produtos ou serviços feitos habitualmente com intuito lucrativo. O
objectivo principal de todas as pessoas (individual ou colectiva), que exercem a actividade
comercial é ganhar ou gerar lucros”.
Por seu turno, SOTO (1987:86), “o comércio é essencialmente troca económica, compra e
venda de bens, serviços e ou valores por outros bens, serviços e ou valores, intermediada hoje
em dia, em sua quase totalidade, pela moeda ou documento que a represente”.
Os autores acima convergem na mesma medida em que consideram o comércio como sendo
uma actividade que consiste na troca de produtos e serviços com único objectivo que é ganhar
rendimentos.

1.1.1. Comércio informal

Segundo CACCIAMALI (2003:9),

O comércio informal é definido como conjunto de unidades de


produção cuja maneira de produzir é caracterizada pelos seguintes
elementos: facilidade de entrada; dependência em relação a recursos
nativos; propriedade familiar do empreendimento de pequena escala
de operações; intensidade de trabalho e tecnologia adaptada;
qualificações (para o trabalho) adquiridas do sistema escolar formal e
actuação concentrada em mercados não regulamentados e
concorrenciais. O comércio informal é praticado sem o atendimento
às regras comerciais regulares.

DEDECCA (1996:97) afirma que, “o comércio informal é uma actividade praticada por
trabalhadores assalariados sem registo em carteira, possuem baixa renda, realizam suas
actividades fora do amparo legal e em condições da razoável precariedade produtiva”.
9

Para SOTO (1987:102), “comércio informal é um conjunto de actividades económicas


produtivas realizadas fora da lei, sem firma registada, ou seja, conjunto de actividades
económicas não registadas, não declaradas ao Estado, extralegais, porém socialmente ilícitas”.
Os autores acima têm a mesma linha de ideia sobre o comércio informal na medida em que
define – o como actividade praticado sem atendimento as regras regulares.

1.1.2. Características do comércio informal

De acordo CHIVAVA (1998: 49),

O comércio informal desde o seu surgimento tem sido a base de


condições mínimas de sustentabilidade de muitas famílias que por
alguns motivos não fazem parte do mercado de emprego formal mas
que para seu sustento buscam desenvolver suas tarefas a margem da
formalidade. O comércio informal é caracterizado como sendo de
fácil entrada e integração mas com muitos riscos de se extinguir;
formado por pequenas unidades económicas e familiares; existe em
quase todo o país mas com maior intensidade nos centros urbanos; é
um mercado competitivo mas irregular, e sem exclusividade no
exercício de actividades; emprega mão-de-obra barata, jovem e com
predominância do sexo feminino em certas actividades como venda
de produtos agrícolas, venda de comida entre outras.

CHIVAVA (1998: 51), salienta ainda que,


O comércio informal comercializa uma vasta gama de produtos
e presta serviços diversos que não envolvem grande tecnologia ou
equipamento. Normalmente, pratica preços mais competitivos que o
do sector formal mas, possui sistema de venda ao retalho flexível
(consoante a procura) que o torna preferido pelas famílias mais
carentes; não tem horários fixos, nem dias fixos, o que o torna,
sempre útil a qualquer momento; utiliza tecnologia rudimentar,
artesanal e adaptadas as necessidades do seu tipo de mercado.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional [CGTP-IN]


(2011:57) afirma que,
O comercio informal é constituído fundamentalmente por pequenas
unidades, maioritariamente com características de empresas
familiares, que produzem bens em pequenas escalas de forma
artesanal, a maioria delas não constando nos ficheiros oficiais de
registo de empresas, e não pagando a maior parte delas impostos. O
comércio informal não só emprega mão-de-obra jovem, mas de
diferentes faixas etária, por diversos motivos como baixo nível de
escolaridade, falta de oportunidade no mercado de emprego formal,
falta de condições para frequentar a escola dentre outros factores.
10

1.2. Mercado

Segundo PAIVA & CUNHA (2008:48), “mercado é o local no qual agentes económicos
fazem a troca de bens por uma unidade monetária ou por outros bens”.

Para COSTA (1989:92), “mercado é a área onde são realizadas transacções económicas, isto
é, uma troca de bens e serviços particulares”.
Por seu lado SAMUELSON & NORDHAUS (1969:26), “mercado é um mecanismo pelo qual
compradores e vendedores interagem para determinar os preços e trocar bens, serviços e
activos”.
Os três autores convergem na definição do mercado na medida em que consideram – o como
o espaço onde são efectuadas as trocas comerciais em valores monetários ou por outros bens.
Alguns comerciantes informais da cidade da Maxixe têm um espaço físico (exemplo: mercado
2000), onde praticam o seu comércio, embora não sejam todos que aproveitam aquele espaço,
por ser pequeno ou pela fuga à fiscalização do conselho municipal, praticando-o de forma
ambulatória. Este facto reduz o rendimento dos que vendem no espaço adequado e que pagam
taxas ao conselho municipal.

1.3. Rendimento

Para RAMOS (2003:18), “entende-se por rendimento como remuneração paga aos factores
produtivos (terra, trabalho e capital) pela sua participação no processo produtivo”.

De acordo com o PAIVA & CUNHA (2008:74), “rendimento diz respeito àquilo que uma
pessoa ou colectividade aufere ou recebe, seja em géneros ou em dinheiro, como fruto de um
capital investido ou como sendo a remuneração de uma actividade comercial, produtiva ou
ainda laboral”.
Segundo SAMUELSON & NORDHAUS (1969:230), “renda refere-se ao fluxo de salários,
juros, dividendos e outros valores que ocorrem durante um dado período de tempo
(normalmente um ano) ”.
Os autores acima comungam a mesma ideia na medida em que ambos descrevem a renda
como sendo o ganho obtido após um determinado investimento financeiro ou por outros bens
numa certa actividade rentável. Quanto mais for a renda maior também será a melhoria das
condições de vida dos cidadãos praticantes do comércio informal do mercado 2000 e mais
receitas para o município poder investir na expansão de outros mercados.
11

1.3.1. Renda familiar

De acordo com ROCHA (1996:29),“renda familiar constitui os retornos líquidos aos recursos
da família (terra, mão-de-obra e outros activos) provenientes de produção de culturas e
pecuária, actividades de pequenos negócios, mão-de-obra assalariada dos membros residentes,
remessas de dinheiro recebidas dos membros não residentes, e renda de pensões e do
arrendamento da terra”.

Por seu turno, RAMOS (2003:12), “renda familiar é o somatório da renda individual dos
moradores do mesmo domicílio. Considera também como sendo a soma da renda bruta
individual de todos os moradores da mesma casa”.
Para SAMUELSON E NORDHAUS (1969: 34), “renda familiar é o valor total auferido durante
um determinado período de produção e esta é que dita as condições de sustento da família”.
Os autores acima comungam a mesma linha de pensamento sobre a renda familiar, pois,
defendem renda familiar como sendo o ganho monetário calculado na base de receitas totais
individuais numa família.

1.3.2. Impacto da renda dos comerciantes informais

Para CHIVANGUE (2014:47), o comércio informal em Moçambique constitui fonte de


emprego e recursos de sobrevivência da maior parte da população, maioritariamente
dominado por mulheres, garantindo educação, saúde e até lazer para as suas famílias.

PIEPOLI citado por MOSCA (2010:85),


Defende que a existência e desenvolvimento de redes informais de
comércio nas zonas urbanas, constituindo respostas as necessidades
das populações que praticam essa actividade, pois, desempenha um
papel estabilizador da sociedade. Os seus rendimentos contribuem
para a redução da pobreza, geração de auto-emprego e acalma
eventuais manifestações e revoltas.

Por seu lado BAPTISTA (2013:79),


Concluiu que a renitência no comércio informal por parte das
populações que praticam não é apenas por falta de outras actividades
a desempenhar, mas sim pela contribuição que notam no
melhoramento das suas condições de vida. Mas também não descarta
a ideia de que os rendimentos não são suficientes para o agregado
familiar, mas ela minimiza algumas necessidades básicas das suas
famílias.
12

1.4. Família

Segundo VIANA (2000:22), “a família é uma sociedade natural formada por indivíduos,
unidos por laço de sangue ou de afinidade. Os laços de sangue resultam da descendência. A
afinidade se dá com a entrada dos cônjuges e seus parentes que se agregam à entidade familiar
pelo casamento”.

Para MINUCHIN (1985:289), “a família é um complexo sistema de organização, com


crenças, valores e práticas desenvolvidas ligadas directamente às transformações da
sociedade, em busca da melhor adaptação possível para a sobrevivência de seus membros e da
instituição como um todo”.
Os autores abordam a mesma ideia, pois definem a família como sendo um grupo de
indivíduos unidos por mesma linhagem sanguínea, mesmos valores e por confiança entre eles.
13

CAPÍTULO II. METODOLOGIA DE PESQUISA

Um trabalho de natureza científica deve ser executado através de metodologia de pesquisa


que, no dizer de BARRETO & HONORATO (1998) citados por IVALA (2007: 26) “deve ser
entendida como um conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas a serem
executados ao longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos
inicialmente propostos”.

Para CERVO E BERVIAN (1978:37), “a pesquisa é definida como uma actividade voltada
para a solução de problemas e seu objectivo consiste em descobrir respostas para perguntas,
através do emprego de processos científicos”.
Analisando as abordagens dos autores anteriores, fica a percepção de que a única via de
alcançar aquilo que foi planificado para execução de uma certa actividade é seguir as
metodologias de investigação rigorosamente. Neste contexto, para o presente trabalho nos
guiamos pelos seguintes tipos de pesquisa.

2.0. Tipo de pesquisa

De acordo com SILVA & MENEZES (2001:19), as pesquisas classificam-se em pesquisa


quanto à abordagem e quanto ao objectivo.

2.1. Tipo de pesquisa quanto à abordagem

Ainda na ideia do SILVA & MENEZES (2001:19), “a pesquisa quanto `a abordagem pode ser
quantitativa e qualitativa”.

2.1.1. Pesquisa quantitativa

Segundo, RICHARDSON (1999: 70), “a pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego de


quantificações tanto das modalidades de colecta de informações, quanto no tratamento delas
por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual”.

Por sua vez SILVA & MENEZES (2001:20), “a pesquisa quantitativa, considera que tudo
pode ser quantificável, o que significa em números, opiniões e informações para classificá-las
e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda,
mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão) ”.
14

Esta pesquisa será relevante, porque no acto de selecção da nossa amostra no campo de
pesquisa iremos nos basear em expressões numéricas e também quantificaremos em
percentagem as respostas dadas pelos nossos pesquisados.

2.1.2. Pesquisa qualitativa

Para SILVA & MENEZES (2001:20), “a pesquisa qualitativa, diz que há uma relação
dinâmica entre o mundo real e o seu sujeito. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de
significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa, não requer o uso de métodos e
técnicas estatísticas”.

De acordo com MARCONI & LAKATOS (1995: 20), “diz que a pesquisa qualitativa é aquela
cujas informações não são quantificáveis; os dados obtidos são analisados indutivamente; a
interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são aspectos básicos no processo
de pesquisa qualitativa”.

A pesquisa qualitativa será importante no nosso trabalho, na medida em que ajudara-nos na


interpretação dos dados encontrados no mercado 2000, os quais serão relevantes no
fortalecimento do nosso trabalho.

2.2. Tipo de pesquisa quanto ao objectivo

Na concepção SILVA & MENEZES apud GIL (1991: 24), “a pesquisa quanto ao objectivo
classifica em exploratória, descritiva e explicativa.

2.2.1. Pesquisa exploratória

Ainda no pensamento do SILVA & MENEZES citado por GIL (1991: 24),

A pesquisa exploratória, visa proporcionar maior familiaridade com o


problema com vista a torná-lo explícito ou a construir hipóteses,
envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que
tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de
exemplos que estimulem a compreensão. Assume, as formas de
Pesquisas bibliográficas e estudos de caso.

A pesquisa exploratória será indispensável para o nosso trabalho, visto que, nos proporcionará
maior aproximação aos comerciantes do Mercado e aos entrevistados do CMCM. Exploramos
vário material bibliográfico, a fim de aprofundarmos o tema de pesquisa, previamente
definido.
15

2.2.2. Pesquisa descritiva

De acordo com SILVA & MENEZES apud GIL (1991: 25), “a descritiva, visa descrever as
características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis, envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário e
observação sistemática”.

Com esta pesquisa descreveremos toda informação colectada no campo de pesquisa, refiro-me
do Mercado 2000 e do conselho Municipal da Cidade da Maxixe.

2.2.3. Pesquisa explicativa

De acordo com GIL (1991: 24), “a pesquisa explicativa, visa identificar os factores que
determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenómenos. Aprofunda o conhecimento da
realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências
naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método
de observação”.

Através desta pesquisa, explicaremos no nosso trabalho as situações vividas no campo de


pesquisa.

2.3. Pesquisa bibliográfica

Ao longo da pesquisa recorremos também à pesquisa bibliográfica, pois, de acordo com


KOCHE (1997:122) “se desenvolve, tentando explicar um problema, utilizando o
conhecimento disponível a partir de teorias publicadas em livros ou obras congéneres”.

Por seu turno, GIL (1991:21), “aplica – se a pesquisa bibliográfica quando elaborada a partir
de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
actualmente com material disponibilizado na Internet”.
Este método consistiu na recolha de suporte teórico em busca de conteúdos relacionados com
o impacto em renda das famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000.

2.4. População ou universo da pesquisa

Na ideia da SILVA & MENEZES (2001:21), “a população (ou universo da pesquisa) é a


totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um
determinado estudo”.
16

Por seu lado, GIL (2008:88), “define a amostra como parte da população ou do universo,
seleccionada de acordo com uma regra ou plano”.
O nosso universo da pesquisa ou população será de 600, na qual determinaremos a amostra
que nos possibilitará ter dados significantes para o nosso estudo. Desta população de 600
(seiscentos), 598 são comerciantes informais que praticam as suas actividades no mercado
2000 e 2 são colaboradores do CMCM.

2.5. Amostra

No pensamento de BARBETTA (1999:32), “define amostra como parte da população ou do


universo, seleccionada de acordo com uma regra ou plano, onde por sua vez classifica a
amostra em probabilística e não – probabilística”.

Por seu turno, GIL (2008:90), “diz que amostra é um subconjunto do universo ou da
população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo
ou população”.

Optamos por trabalhar com a amostra probabilística casual estratificada, pois, de acordo com
MULENGA (2004:77), "escolhe se a amostra probabilística casual estratificada quando se
trata duma amostra não grande e pode se utilizar 10% ou 20% de modo a ter uma amostra
significativa, onde cada estrato definido previamente estará representado na amostra”.

Portanto, dos 600 (seiscentos) comerciantes que constituiu o nosso universo, calcularemos
uma amostra de 10% do universo, correspondente a sessenta (60) pesquisados, a qual
achamos significante para o nosso estudo. Dessa amostra, dirigiremos um questionário a 58
praticantes do comércio informal do mercado 2000 na Cidade de Maxixe, entrevistaremos 1
(um) responsável de Mercados no CMCM e 1 (um) fiscal de cobranças de taxas aos
comerciantes do Município.

2.7. Instrumentos de recolha de dados

Para a recolha de dados recorremos a observação sistemática, entrevista livre e ao


questionário.
17

2.7.1. Observação sistemática

Na ideia de MARCONI E LAKATOS (1999:38) citando IVALA etal (2007:34), “observação


referem que é uma técnica de colecta de dados, para conseguir informações e utilizam
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”.

Ainda na concepção de MARCONI E LAKATOS (1999:39), “na observação sistemática


segue se um planeamento e realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos
preestabelecidos”.
Recorremos `a observação sistemática, pois nos permitirá verificar e registar os produtos
comercializados e nos possibilitará observar a forma de organização dos comerciantes dentro
do mercado.

2.7.2. Questionário fechado

Segundo CERVO & BERVIAN (2002:48), “o questionário refere-se a um meio de obter


respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”.

Através do questionário que na concepção de IVALA etal (2007:36), “é um instrumento de


colecta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser respondidas por
escrito’’.

Portanto, o nosso questionário congregará dez (10) perguntas que será submetido a 58
comerciantes informais com intenção de fazer uma avaliação do impacto em renda das
famílias que praticam o comércio informal no Mercado 2000 - vide o apêndice.

As perguntas são fechadas que especificam as respostas alternativas, onde o pesquisado


escolherá uma única alternativa dentre as oferecidas e de múltipla escolha. O questionário é
muito importante, pois, será um dos principais instrumentos de recolha de dados na
elaboração do nosso trabalho.

2.7.3. Entrevista livre

Na perspectiva de GIL (2008:109), “entrevista é uma técnica em que o investigador se


apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos
dados que interessam à investigação”.
18

Ainda na ideia do GIL (2008:110), “a entrevista livre não existe rigidez de roteiro. Algumas
questões podem ser exploradas mais amplamente”.
A entrevista livre será direccionada a alguns membros de Conselho Municipal, com vista a
obtermos informação sobre as receitas fiscais e as taxas que os comerciantes pagam. Este tipo
de entrevista será usado também para sabermos a forma aplicada na determinação dos preços
dos seus produtos, tendo em conta que, na determinação de preços é necessário incluir o preço
de custos e o lucro.
19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOSCA, João. Camponeses: o que se passou nos últimos anos? Savana, Ano XVI, N° 795,
2009.

CERVO, Amado Luiz. BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5ªed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2003.
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 3ªed. São Paulo: Atlas, 1991.
COSTA, E. Anel, cordão, perfume barato: uma leitura do comércio ambulante na cidade de
São Paulo. São Paulo, 1989.
BARBOSA de Oliveira. Formação do mercado de trabalho no Brasil. In: OLIVEIRA, M. A.
(org.) Economia e trabalho: testos básicos. Campinas: Instituto de economia, Unicamp, 1988.
CACCIAMALI, M. C. Sector Informal urbano e formas de participação na produção. São
Paulo: IPE, 2003.
PAIVA, Carlos Águedo Nagel. CUNHA, André Moreira. Noções de economia. Brasília:
Fundação Alexandre de Gusmão, 2008.
IVALA, Adelino Zacarias etal.Orientações para Elaboração de Projectos e Monografias
Cientificas. Nampula: 1ª ed. UP, 2007.
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia
Cientifica. Ed. Atlas SA. São Paulo, 1991.
BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da
UFSC,1999.
SILVA, Edna Lúcia e MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração
de Dissertação. 3ª Ed. 2001.
RAMOS, Carlos Alberto. Políticas de geração de emprego e renda. Brasília: 2003.
ROCHA, S. Renda e pobreza: os impactos do Plano real. Revista Brasileira de Estudos
Populacionais. Campinas, V. 13. 1996.
YUNUS, Muhammad e JOLIS, Alan. O banqueiro dos pobres, São Paulo: Ática, 2006.
CHIVAVA, J. (1998). O sector informal e as economias locais. Ministério de administração
estatal: Maputo.
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional. (2011). O sector
formal (oficial) da economia e o sector informal da economia que praticam a fraude e evasão
fiscais e contributiva. Acedido em 04 de Março de 2016.
20

VIANA, Rui Geraldo Camargo. A Família. In: VIANA, Rui Geraldo Camargo e NERY, Rosa
Maria de Andrade. Temas actuais de direito civil na constituição Federal. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2000.
MINUCHIN, P. Families and individual development: provocations from the field of family
therapy. Child Development, v. 56, 1985.
CHIVANGUE, A. (2014). Economia informal e políticas em Moçambique: lógicas e práticas
dos mukheristas. Acedido em 04 de Março de 2016.
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Baptista, S. S. J (2013). O contributo do sector informal para a renda familiar na
comunidade de kuachena. Tete: Universidade Católica de Moçambique. Trabalho de
dissertação Mestrado em Gestão de Desenvolvimento.
21

APÊNDICE
22

Questionário dirigido para os comerciantes do Mercado 2000 - Maxixe


Sou Fauzia da Cacilda Macache, estudante do Curso de Contabilidade.
Agradeço sua colaboração nesta pesquisa académica. O objectivo é levantar sua opinião e dados
complementares acerca das questões relacionadas com “Impacto em renda das famílias que
praticam o comércio informal no Mercado 2000”. O questionário é anónimo.
Data
____/___/2019

Coloca X na alternativa (s) que achar conveniente e argumenta se necessário.


1. Identificação pessoal
a) Idade: ____ b) Género: M _____ F_____ c) Profissão: _____________________.
d) Qualificações académicas: _____________________.
2. Quando começou a praticar o comércio informal no mercado 2000?
a) Antes de 2013  b) 2013  c) 2014  d) 2015  d) Depois de 2015 
3. Quantas refeições passavam por dia antes da integração no comércio informal?
a) Uma b) Duas c) Três d) Quatro e) Mais de quatro.
E depois da integração? a) Uma  b) Duas  c) Três  d) Quatro  e) Mais de quatro.
4. Que tipo de alimentos a tua família consumia antes da integração no comércio
informal?
a) Verduras com tapioca b) Verduras com farinha de milho c) Verduras com arroz
d) Feijão com tapioca e) Feijão com farinha de milho f) Feijão com arroz g) Carnes com
farinha de milho h) Carnes com arroz i) Massas j) Pão simples l) Pão com manteiga, ovo ou
com saladas.
E depois da integração? a) Verduras com tapioca b) Verduras com farinha de milho
c) Verduras com arroz d) Feijão com tapioca e) Feijão com farinha de milho f) Feijão com
arroz g) Carnes com farinha de milho h) Carnes com arroz i) Massas j) Pão simples  l) Pão
com manteiga, ovo ou com saladas.
5. Que tipo de casa tinha antes da integração no comércio informal? a) Casa não
convencional b) Casa convencional c) Casa arrendada.
E depois da integração?
a) Casa não convencional b) Casa convencional c) Casa arrendada.
6. Antes da integração no comércio informal tinha água canalizada?
a) Sim b) Não
E depois da integração? a) Sim b) Não
23

7. Antes da integração no comércio informal tinha energia eléctrica?


a) Sim b) Não
E depois da integração? a) Sim b) Não
8. Antes da integração no comércio informal escutava rádio e assistia televisão?
a) Sim
b) Não
E depois da integração? a) Sim b) Não
9. Antes da integração no comércio informal levava o seu agregado `a escola?
a) Sim
b) Não
E depois da integração? a) Sim b) Não
10. Antes da integração no comércio informal levava o seu agregado ao hospital?
a) Sim
b) Não
E depois da integração? a) Sim b) Não
Obrigado pela sua contribuição.

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