Flora
Flora
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Orientado por:
Msc.Olímpio Samussone Makhaza
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DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Flora José Naftal, com identidade número 708182449, estudante do programa académico
do curso de licenciatura em ensino de Universidade Católica de Moçambique, declaro que o
conteúdo do trabalho intitulado: “Os impactos dos recursos didácticos no Processo de Ensino-
Aprendizagem da Disciplina de História na Escola Secundária Geral de Machaze”, é reflexo
de meu trabalho pessoal e manifesto que perante qualquer notificação de plágio, cópia ou falta
em relação à fonte original, sou directamente o responsável legal, económica e
administrativamente, isentando Orientador, a Universidade e as instituições que colaboraram
com o desenvolvimento deste trabalho, assumindo as consequências derivadas de tais práticas.
Assinatura: ________________________________________
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Resumo
Contemporaneamente, os recursos didáticos têm a função de mediar o processo ensino aprendizagem contribuindo
para os que deles usufruem compreendam as actividades propostas em sala de aula, o seu desenvolvimento e seu
resultado, eles possibilitam melhorar a cognição, a rede de relações humanas, a postura positiva, a organização das
ideias de forma madura, crítica, criativa, com autonomia e autenticidade e assim sendo também melhorar a
capacidade de expressão e de colaboração dos indivíduos, educandos pertencentes a esta sociedade e esta escola que
desponta neste novo cenário da informação e da comunicação.
Os Recursos didáticos são de importância capital para uma aprendizagem significativa, desde que seja utilizado
como meio e não como fim em si mesmo, por profissionais capacitados que conheçam de fato suas potencialidades
educativas. Desde o livro a TV e o computador, podem possibilitar ao educando um estudo da realidade local,
ampliação da capacidade de observação do mundo que o rodeia e a construção da autonomia. Assim o estudante terá
mais facilidade de compreender o conteúdo se começar a abordá-lo, segundo sua realidade, seu desenvolvimento
real e as relações com as situações regionais, nacionais e mundiais, percebendo criticamente o mundo, construindo
uma aprendizagem autônoma e significativa. (WANAKAL, 2010).
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Abstract
At the same time, didactic resources have the function of mediating the teaching-learning process, helping those
who use them to understand the activities proposed in the classroom, their development and their results, they make
it possible to improve cognition, the network of human relationships, posture positive, the organization of ideas in
a mature, critical, creative way, with autonomy and authenticity and thus also improving the capacity of expression
and collaboration of individuals, students belonging to this society and this school that emerges in this new scenario
of information and Communication.
Didactic resources are of paramount importance for meaningful learning, as long as it is used as a means and not as
an end in itself, by trained professionals who really know their educational potential. From the book to TV and the
computer, they can enable the student to study the local reality, expand the ability to observe the world around him
and build autonomy. Thus, the student will have an easier time understanding the content if they start to approach
it, according to their reality, their real development and the relationships with regional, national and global situations,
critically perceiving the world, building autonomous and meaningful learning. (WANAKAL, 2010).
keywords: Impact. Teaching. Learning. teaching materials
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades e
coragem.
E a todos que directa ou indirectamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao querido esposo Amisse Rassul Amisse, aos meus filhos Rassul e Assulai,
aos meus pais José Naftal e Júlia Jossefa, pelo amor, carinho e incentivo, que não mediram
esforços para me ajudarem nessa etapa tão importante da minha vida, que me encorajaram todos
os dias com palavras de apoio e apreço.
Confesso que sem a ajuda deles seria quase impossível a minha formação, quer no quotidiano,
quer ao nível académico. Espero que se orgulhem por este trabalho que é mais vosso do que meu.
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LISTA DE GRAFICOS E TABELAS
Lista de gráficos
Gráfico 1–Distribuição de alunos entrevistados por sexo …………………………. ................ 18
Gráfico 7- Se tem ou não a noção de uso produção e uso do material didáctico. ...................... 23
Lista de Tabela
Tabela 1- Distribuição dos alunos entrevistados em sexo. ......................................................... 18
Tabela 2- Distribuição de professores entrevistados por Sexo ................................................... 20
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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Índice
DECLARAÇÃO DE HONRA ...................................................................................................... i
Resumo ......................................................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ iv
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................... v
1.2. Problematização..................................................................................................................... 2
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CAPÍTULO V-ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................... 24
5.1. Resultados do Questionário aplicado aos alunos da escola Secundaria de Machaze .......... 24
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CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A intenção deste estudo é descrever detalhadamente o impacto dos recursos didácticos no Processo
de Ensino-Aprendizagem da Disciplina de História – Estudo do caso Escola Secundária Geral de
Machaze, 2019 – 2022. Tendo em conta que o ensino aprendizagem no contexto escolar exige
cada vez mais do educador/mediador que a materia a ser desenvolvida na sala de aula seja
ministrada de forma eficiente, prazerosa, instigadora e assim o professor tem que estimular,
suscitar nos alunos a curiosidade, o desejo de descobrir seu próprio mundo, de esclarecer suas
dúvidas e incertezas. Isso exige do professor dedicação, compromisso, técnica, conhecimento
científico, e manuseio os recuros didatico incluindo as tecnologias actuais.
Recursos didáticos são todos os instrumentos utilizados em uma aula, evento didáctico, ou
qualquer uma situação de aprendizagem a fim de favorecer aos participantes a ampliação de seus
horizontes, isto é de seus conhecimentos. Eles tornam a aprendizagem viável, significativa,
acessível e evitam que as aulas tornem-se monótonas, rotineiras, ou que caiam na mesmice do
dia-a-dia. Eles contribuem para mediar as relações efetivas que ocorrem dentro do ato de ensinar
e aprender.
Partindo de tudo que já foi explicitado sobre o tema deste trabalho e com a certeza de que estamos
de facto na era da informação que dinamiza a sociedade em uma velocidade muito grande e essa
dinamicidade social leva a escola a passar por profundas transformações e por consequência sair
do tradicionalismo teoria em que os recursos didáticos são: o quadro de giz e acessórios, livro
didático e paradidático, gravura, cartaz de prega, flanelógrafo, foto, dicionário, caderno, lápis,
caneta, sucata, e alguns componentes da natureza bem como o discurso do professor, sabe-se que
agora com todo o avanço decorrente da globalização faz-se necessário que a escola repense seu
papel, suas funções, sua postura, sua filosofia, sua teoria pedagógica e por consequência traga
para sua prática novos instrumentos didácticos.
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toda uma gama de ferramentas e dispositivos que surgem todos os dias e que podem e devem
contribuir para que a educação melhore mais rapidamente.
Neste novo cenário social que a escola está inserida as tecnologias da informação e da
comunicação estão cada vez mais presentes nas casas, nos locais de trabalho e na escola o
computador a informática e a internet passaram a ser o carro chefe dos recursos didáticos, estes
agregam mais valor ao trabalho do professor, pois são instrumentos ricos em dispositivos e
ferramentas capazes de oferecer uma gama de informações que possibilitam a interação dos
alunos com os fatos pretéritos e os recentes e até em tempo real. Por isso agora a escola tem que
mudar o discurso, a filosofia. O professor é o mediador que estimula os alunos a navegarem pelas
informações, fazer suas descobertas, construir sua aprendizagem em um processo de atualização,
renovação e adaptação às novas tecnologias virtuais, e digitais.Desta forma, o presente trabalho
encontra-se dividido em cinco capítulos estruturado da seguinte forma: no I Capítulo faz uma
breve introdução para a contextualização do tema e a estrutura e organização do trabalho como
um todo, formulação do problema da pesquisa, discrição dos objectivos do estudo, as hipóteses
a serem testadas e a justificativa, bem como a Delimitação do Tema e aspectos limitantes da
pesquisa. No II Capítulo, foi reservado para a revisão da literatura apresentando o quadro teórico
e empírico, para depois fazer a clarificação dos principais conceitos atinentes ao tema em
destaque quadro. No III Capítulo, o enfoque vai para o quadro metodológico no qual apresenta-
se os instrumentos e técnicas de recolha de dado. O IV Capítulo, foi marcada pela análise e
discussão dos resultados colhidos. No V Capítulo, apresenta-se as conclusões e sugestões tidas
ao longo o desenvolvimento da pesquisa.
1.2. Problematização
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participação dos alunos na construção do conhecimento e o desenvolvimento de competências.
Deste modo pretendemos entender: Qual é o impacto dos recursos didácticos no processo de
ensino-aprendizagem da disciplina de História na Escola Secundária Geral de Machaze entre
2019 - 2021?
1.3.1. Específicos:
Hipótese é uma expectativa de resultado a ser encontrada ao longo da pesquisa, categorias ainda
não completamente comprovadas empiricamente, ou opiniões vagas oriundas do senso comum
que ainda não passaram pelo crivo do exercício científico (Barreto & Honorato, 1998)
Sob o ponto de vista operacional, a hipótese deve servir como uma das bases para a definição da
metodologia de pesquisa, visto que, ao longo de toda a pesquisa, o pesquisador deverá confirmá-
la ou rejeitá-la no todo ou em parte (idem).
Embora diversos autores de metodologia da pesquisa jurídica recomendem a elaboração de
hipóteses de trabalho, há também os que questionam tal procedimento: “No âmbito do projecto
de monografia jurídica, essa exigência parece bastante questionável, entre outras razões pelo
estágio de conhecimento do tema em que se encontra o aluno e pela natureza controversa do
objecto, que torna improvável a confirmação de uma só hipótese.” (Ventura, 2002, p. 74)
Neste contexto, serão levantadas as seguintes hipóteses:
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H1-A utilização frequente dos recursos didácticos como ferramenta para a aprendizagem do
ensino de história contribuiria positivamente para a melhoria ensino e aprendizagem dos alunos
na construção do conhecimento e o desenvolvimento de competências.
H2-A alocação de vários recursos didácticos nas salas de aula promoveria uma maior
participação dos alunos na construção do conhecimento e o desenvolvimento de competências.
1.4. Justificativa
A escolha do tema deveu-se ao facto da autora ser docente no Distrito de Machaze e ao mesmo
tempo ser estudante do curso de Licenciatura em Ensino de História na Universidade Católica de
Moçambique.
Durante os anos da formação na UCM constatou que os recursos didácticos jogam um papel
fundamental no exercício docente e este facto impeliu-lhe a analisar a dimensão deste elemento
no maior estabelecimento de ensino público existente no distrito de Machaze, neste caso a Escola
Secundária Geral de Machaze.
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conceitual, maior a compreensão conceitual. Para que fique clara e precisa a extensão conceitual
do assunto, é importante situá-lo em sua respectiva área de conhecimento, possibilitando, assim,
que se visualize a especificidade do objecto no contexto de sua área temática (Leonel, 2007, p.
74).
A pesquisa será realizada na Escola Secundária Geral de Machaze, situada no bairro Samora
Machel, distrito de Machaze, província de Manica. A escola em referência é de construção
convencional comportando 14 salas de aulas apetrechadas em carteiras. Ela é do tipo C, possui
duas bombas de água para garantir a higiene e o consumo, e na sua estrutura conta também com
um centro internato com uma capacidade de 180 alunos.
A mesma foi fundada em 2004, funcionando como sala anexa da Escola Secundária do 2º Ciclo
Tereza Nhalingue Amuli, pertencente ao distrito de Mossurize, passando à categoria de escola
independente em 2005.
A escolha desta escola reside ao facto de registar nos últimos anos problema de natureza
pedagógica relacionado com a utilização dos recursos didácticos principalmente no ensino de
história, nos anos de 2019-2021.
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CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA
O estudo sobre o impacto dos recursos didácticos no Processo de Ensino-Aprendizagem da
Disciplina de História na Escola Secundária Geral de Machaze, com vista a elaboração de uma
Monografia para a obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de História, apoiar-
se-á principalmente em algumas obras que tratam sobre o tema em causa: O impacto dos recursos
didácticos no Processo de Ensino-Aprendizagem da Disciplina de História na Escola Secundária
Geral de Machaze como é o caso do (Bastos, 2020.)
Atendendo ao que foi exposto no primeiro paragrafo, existem inúmeros recursos didáticos que
podem ser utilizados pelos professores e/ou formadores: quadro branco, quadro de conferências,
maquetas, documentos, retroprojetor, data show, projetor de diapositivos, entre outros. (Araújo,
2017)
Os recursos de ensino, em seus mais variados tipos, são responsáveis por compor o ambiente da
aprendizagem em toda sua amplitude, dando origem à estimulação para o aluno, visando, de tal
forma, despertar o interesse favorecendo o desenvolvimento da capacidade de percepção e
observação, numa tentativa de aproximar o aluno da realidade.
Esses recursos propiciam aos alunos informações e dados, que servem para visualizar ou
concretizar os conteúdos expostos, permitindo assim a fixação da aprendizagem.
Quando bem utilizados, não só em relação à sua mera aplicação em sala, mas condizendo com
vários aspectos relevantes às individualidades ou a determinados grupos de alunos, é que
efectivamente o trabalho surtirá o efeito desejado. (Arteta, 1978, pp. 32-47)
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2.3. Ensino
O processo de ensino é um nome para um complexo sistema de negócios aprendizagem entre
professores e alunos. Mais do que “ensino” e “aprendizagem”, como se fossem processos
comportamentais da ação humana, há os processos comportamentais que recebem o nome de
“ensinar” e de “aprender”.
2.4. Aprendizagem
O conceito de aprendizagem é muito amplo e sua definição não é simples de ser feita.
Há tempos a aprendizagem vem sendo associada ao fato de participarmos de algum processo que
almeja o ensino, como por exemplo, frequentar as aulas da escola regular.
Mas só isso não significa o fato de aprender, pois é preciso levar em conta que a aprendizagem
pode ocorrer e ocorre a qualquer momento e praticamente em tudo que fazemos.
Portanto sua definição parece ser a que aponta para um processo contínuo e ininterrupto em que
descobrimos novas coisas e adequamos a elas ou mudamos nossa maneira de agir em função
deste novo conhecimento. (Ernani, 2020)
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No século XVI, Michel de Montaigne já criticava os métodos empregados pela escola de seu
tempo, que caracterizava por excessos de verbalismo. Ele propunha uma educação baseada na
experiência, que levasse o educando, comparar e reflectir. (Haidt, 2003, p. 23)
No século XVIII, Jahan Heinrich Pestalozzi foi um educador muito comprometido com a prática
docente, que propôs e utilizou um método de ensino que fazia da percepção sensorial a base e o
ponto de partida para construir o conhecimento. Em seu livro "Como Gertrudes ensina a seus
filhos", ele afirmava que "quanto maior o número de sentidos que empregamos na investigação
da natureza ou das qualidades de um objecto, tanto mais exacto é o conhecimento que adquirimos
desse objecto".
No século XIX, Friedrich Wilhelm Froebel considerava que a percepção sensorial era base da
instrução elementar, do conhecimento do mundo exterior e da formação da linguagem. Froebel
criou o Kindergarden, o primeiro jardim da infância.
Nos primeiros anos do século XX, o movimento de renovação pedagógica denominado Escola
Nova para aproximar o ensino à realidade, activando os processos mentais da pessoa que aprende,
estimulando seu pensamento. Ainda neste século, Maria Montessori criou vários jogos sensórias
para as crianças em fase pré-escolar e um conjunto variado de materiais para concretizar as lições
nas séries iniciais da escola elementar (Haidt, 2003, p. 41)
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que o professor procure as melhores estratégias para facilitar o ensino e aprendizagem da
disciplina, escolhendo ou pesquisando recursos didácticos que sirvam como ferramentas que
proporcionem um trabalho proveitoso e qualitativo. Recursos didácticos novos despertarão
curiosidade nos alunos e é essa curiosidade que proporcionará a aprendizagem, pois a inovação
gera, a motivação.
É sabido que os resultados daquilo que se realiza com prazer são bem melhores e apresentam
uma qualidade imensurável. O comodismo e/ou a falta de criatividade do professor gera
desconforto e desinteresse nos alunos. É como comer sempre a mesma coisa, o que geraria certo
enjoo, falta de apetite ou coisa semelhante. Adicionar algo diferente não deixa de ser um
chamativo, um experimento do novo e com condições de proporcionar surpresas agradáveis. Com
os avanços tecnológicos vivenciados hodiernamente, é imprescindível que se utilize materiais
didácticos que possam favorecer subsídios à viabilização do ensino e aprendizagem em todas as
disciplinas, sobretudo a de História, por considerá-la a “ciência do homem no tempo.” São esses
materiais que garantirão com muito mais segurança e com a probabilidade de menos equívocos,
a história:
Um quadro pode ser uma "placa" pintada em cores escuras com lustro (geralmente preto ou
verde-escuro). Os quadros são usados geralmente para ensinar como o uso da escrita, dúvidas,
cálculos, actividades e anotações diversas, pertinentes ao assunto estudado momento. As marcas
do giz podem ser limpas rapidamente com um pano úmido ou um apagador, para escrever neles
é altamente recomendável o uso de giz processado, que é feito de sulfato de cálcio (gesso) e não
de rocha de giz.
b) Cartazes:
O Cartaz (plural cartazes , em português) era uma licença de comércio naval ou passe emitido
pelo império português no oceano índio durante o século XVI (circa 1502-1750).
Seu nome deriva do termo português 'cartas', que significa letras. O sistema de
navicert britânico de 1939-45 compartilhava semelhanças com ele. (Boxer, 1969)
Cartazes são recursos visuais constituídos de folhas soltas de papel ou cartolina, contendo apenas
uma ou mais ilustrações e uma mensagem. Os cartazes podem ser de diversos tamanhos, cores e
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formatos, podendo ser afixados para exposição em qualquer local desejado: paredes, quadros de
escrever etc.
c) Mapas
Um mapa é uma representação simbólica que enfatiza as relações entre elementos de algum
espaço, como objetos, regiões ou temas.
Muitos mapas são estáticos, fixados em papel ou em algum outro meio durável, enquanto outros
são dinâmicos ou interativos. Embora mais comumente usados para descrever a geografia, os
mapas podem representar qualquer espaço, real ou fictício, sem levar em conta o contexto ou a
escala, como no mapeamento cerebral, mapeamento de DNA ou mapeamento de topologia de
rede de computadores. O espaço que está sendo mapeado pode ser bidimensional, como a
superfície da terra, tridimensional, como o interior da terra, ou ainda mais espaços abstratos de
qualquer dimensão, como surgem na modelagem de fenômenos com muitas variáveis
independentes.
Embora os primeiros mapas conhecidos sejam dos céus, os mapas geográficos do território têm
uma tradição muito longa e existem desde tempos antigos. A palavra "mapa" vem do latim
medieval: Mapa mundi, onde mappa significava 'guardanapo' ou 'pano' e mundi 'o mundo'.
Assim, "mapa" tornou-se um termo abreviado referindo-se a uma representação bidimensional
da superfície do mundo. (Buisseret, 1992)
d) Globo
Um globo terrestre é uma representação em escala reduzida do planeta Terra. Com seu formato
esférico, ele representa a superfície terrestre de maneira mais fiel que o planisfério.
Um globo terrestre tem às vezes relevo, mostrando a topografia. Se usar uma escala exagerada
para o relevo, de forma que resulte visível.
A maior parte dos globos terrestres modernos incluem também paralelos e meridianos, de modo
que se possa efetuar uma localização na superfície do planeta. (Pires & Bellucci, 1978)
Mapa é um recurso que serve para mostrar com clareza as posições dos países, continentes, ilhas
entre outros. O globo é a melhor representação que podemos ter da ferra.
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2.7. Os recursos didácticos no ensino e aprendizagem de história na actualidade
2.7.1. Os recursos didácticos tecnológicos
Actualmente, vive-se o século da modernidade, da globalização e da tecnologia de ponta onde as
partes do planeta interligam-se com apenas um clique. É comum observar crianças e jovens
manipulando celulares, tabletes, TVs SMART, além de outros dispositivos, em busca de
novidades que satisfaçam as suas curiosidades. E nesse contexto, cabe aos professores,
responsabilizarem-se pela busca de aperfeiçoamentos que lhes ofereçam possibilidades de lidar
com tecnologias emancipadoras do ensino e aprendizagem.
Fazer menção aos recursos didáticos, lançando mão do que estiver ao seu alcance, olhemos o que
a tecnologia globalizou nos trouxe:
e) Retroprojector
Um retroprojector é um dispositivo capáz de projetar imagens ampliadas de textos (ou fotos)
sobre uma tela, ou numa parede. Estas imagens são obtidas a partir de objectos impressos em
lâminas de plástico transparentes, popularmente conhecidas como transparências ou acetatos.
(Wales, 2022)
f) Televisão
Televisor, por vezes chamado também televisão (do grego τῆλε (tele), distante e
do latim visione, visão), é um sistema eletrônico de reprodução de imagens e áudio de forma
instantânea. Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas
eletromagnéticas e de sua reconversão. As câmeras e microfones captam as informações visuais
e sonoras, que são em seguida convertidas de forma a poderem ser difundidas por
meio eletromagnético ou elétrico, via cabos; o televisor capta as ondas eletromagnéticas e através
de seus componentes internos as converte novamente em imagem e som. (Bueno, 2010)
O Televisor é um meio de comunicação que atinge um grande número de pessoas ao mesmo
tempo, pois se de um recurso ágil e completo, capaz de unir a imagem ao som.
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Exerce um papel muito importante na sociedade como veículo de informações, opiniões, valores,
crenças e dessa forma não pode ser desconsiderada pela instituição escolar.
g) Computador
Segundo Silveira, (2004) o computador é um conjunto de componentes eletrônicos (máquina)
capaz de executar variados tipos de algoritmos e tratamento de informações (processamento de
dados). Um computador pode possuir inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados,
processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens
gráficas, realidade virtual, entretenimento e cultura.
h) Data Show
O projector multimídia vulgarmente conhecido por data show, é um equipamento que como o
nome já diz "projecta" uma imagem utilizando uma tecnologia baseada em uma lâmpada
(geralmente de mercúrio). A luminosidade produzida por esta lâmpada atravessa um pequeno
painel (geralmente de LCD) e posteriormente através de uma lente focal direciona esta luz para
ser projetada em uma tela e/ou parede. O projetor - datashow não produz as imagens e precisa de
uma entrada de vídeo como por exemplo um monitor e/ou TV, usando um sistema e é necessário
um computador portátil ou desktop (computador de mesa vulgarmente conhecido). (Gomens,
2022)
Cada um dos recursos apresenta especificidades em sua aplicação, podendo ser utilizados em
conjuntos ou individualmente.
Apresentamos a seguir um breve roteiro de aplicabilidade dos recursos didácticos baseado nas
novas detodologias de ensino e definido por Zóboli (1990).
i) Músicas
A música é uma forma de expressar arte e cultura através dos sons, ultimamente a música vem
ganhando espaço no meio pedagógico, pois a sua utilização em sala de aula tem sido de grandes
contribuições para o ensino e aprendizagem, principalmente da disciplina de História.
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2.7.2. O impacto dos recursos didácticos no ensino e aprendizagem de História
A utilização de recursos didácticos para o ensino-aprendizagem na disciplina de História, no
cenário do sistema Nacional de Educacional Moçambicano, foi e é sempre imprescindível para a
viabilização de melhor aproveitamento, tanto no trabalho pedagógico como no anagógico. E por
assim saber, aumenta cada vez mais a preocupação pela sua ausência ou indisponibilidade uma
vez que não basta os abstractos conteúdos, livros, giz e apagador.
No entanto, admite-se que há a necessidade de uma reflexão aprofundada sobre a o impacto dos
recursos didácticos no ensino-aprendizagem, utilidade imensurável da inserção de recursos
analógicos e tecnológicos no ensino de História, tendo em vista, que eles poderão proporcionar
o apetite, a atenção e o interesse dos educandos para com a aprendizagem. É sabido que quanto
mais ferramentas o profissional dispuser para a execução de suas tarefas, maior serão as
possibilidades de um resultado qualitativo.
É evidente que não basta o professor lançar mão de qualquer recurso para abrilhantar ou,
simplesmente, colorir suas aulas; é necessário que seja feita uma selecção criteriosa do material
e que esteja, é claro, de acordo com o que se está objectivando a sintonização entre esses recursos
e o tema a ser trabalhado deve ser levado em consideração.
Por ser a História uma disciplina de conteúdos, muitas vezes, ultrapassados, carece da retomada
de novos estudos, auxiliados por pesquisas que, comummente, exige recursos didácticos distintos
para a viabilização dos resultados.
Considera-se que a ausência de suportes didácticos no ensino de História, inviabilizará o
desempenho do processo. Por assim ser, é preciso primar por recursos didácticos que venham, de
facto, proporcionar a personificação dos almejos, tanto do professor, quanto dos alunos.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIAS
Para a materialização deste trabalho o autor recorrerá ao método científico com a linha de
abordagem hipotético-dedutiva.
E para atingir os objectivos preconizados vai ainda recorrer ao método analítico onde serão
consultadas várias obras concernentes recursos didácticos e igualmente utilizará a entrevista para
o efeito de colecta de dados. Serão elaborados três guiões de inquérito contendo perguntas
diferentes para diferentes actores do processo de ensino e aprendizagem (alunos e professores).
Tendo em consideração a forma como se encontra formulado o problema de investigação e os
resultados que se esperam alcançar, o estudo requer uma abordagem qualitativa. Será
caracterizada pela descrição dos fenómenos a pesquisar.
Segundo Teixeira (2000) a pesquisa qualitativa é como o momento em que “o social é visto como
um mundo de significados passível de investigação e a linguagem dos actores sociais e suas
práticas as matérias-primas dessa abordagem. (p.126).
Por outro lado, Vieira (2009) a pesquisa qualitativa “mostra as atitudes e os hábitos de pequenos
grupos, seleccionados de acordo com perfis determinados” (p.7)
De acordo com Ludke & André, (1986) "a investigação qualitativa é descritiva, na qual se dá
uma importância vital ao significado do que é dito ou observado e os dados são colectados no
seu ambiente natural. Um dos pontos básicos deste tipo de pesquisa, reside no facto de: “a
pesquisa qualitativa ter o ambiente natural como sua fonte directa de dados e o pesquisador como
seu principal instrumento” (p.11).
Optamos pela pesquisa acção, porque segundo (Kemmis e M.C Taggart, 1988), &Elia e Sampaio,
(2001) "Pesquisa – acção,” é uma forma de investigação baseada em uma autoreflexão colectiva
empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a racionalidade e a
justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais”. (p. 248)
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De acordo com a abordagem do problema em análise, trata-se uma pesquisa qualitativa e será
desenvolvida em contacto directo com o campo de ocorrência do fenómeno, os dados colectados
passarão pela análise e discussão de modo a aprofundar o estudo.
b) Pesquisa qualitativa.
A preferência por este tipo de pesquisa é pelo simples facto de ser descritiva, e que os dados são
colectados na forma de transcrição escrita, permite que a imaginação e a criatividade levem os
investigadores a propor trabalhos que explorem novos enfoques. Baseia-se na discussão da
ligação e da correlação de dados interpessoais, na comparticipação das situações dos informantes,
analisados a partir da significação que estes dão aos seus actos. O pesquisador participa,
compreende e interpreta.
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Para, Vale (2000 p.233) a observação é a melhor técnica de recolha de dados do indivíduo em
actividade. Com este instrumento de recolha de dados, esperamos encontrar elementos
suficientes para resposta ao problema levantado.
Markon e Lakatos (2003 p.190) defende que para alem de permitir ver e ouvir, a observação
consiste também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar.
Ainda de acordo com o autor, a observação ajuda ao pesquisador a identificar e a obter provas a
respeito dos objectivos que os indivíduos não têm consciência. É um instrumento vantajoso pois
permite a colecta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas, por outro lado
permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou questionários.
Biggs citado por Bogdan e Biklen (1994 p.136) refere que “boas entrevistas, caracterizam-se pelo
facto de os indivíduos estarem à vontade e falarem livremente dos seus pontos de vista” é um
instrumento que poderá seguramente conduzir ao sucesso da pesquisa".
b) Entrevista
Para Severino (2007). "A entrevista é mais um instrumento que nos será bastante valioso, tendo
em consideração que trata-se de um diálogo entre dois ou mais indivíduos a fim de obter
informações sobre um determinado assunto, mediante uma conversa de natureza profissional”
Na óptica de Goode e Hatt (1969 p.236) apudMarcon e Lakato, entendem que a entrevista
consiste no desenvolvimento de precisão, focalização, fidedignidade e validade de certo acto
social como a conversação.
b) Questionário
“É um instrumento de pesquisa constituído por uma série de questões sobre determinado tema”
Vieira (2009 p.15) Uma das vantagens deste instrumento de recolha de dados é: ” Permitir a
obtenção informações de um grande número de pessoas em um tempo relativamente curto”.
Para a realização desta monografia, submetemos aos professores e alunos da 8ª classe e
professores que leccionam a disciplina de História, a um questionário subdividido em duas partes,
sendo, uma para alunos e outra para professores.
Com o questionário que foi realizado aos alunos, pretendíamos apurar dados individuais
referentes ao local de residência, mediante a trajectória escolar no Ensino secundário que
frequência do professor (es) de História utiliza os recursos didácticos em suas avaliações.
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E ainda com o questionário pretendíamos saber o nível de domínio do uso dos recursos didácticos
no Processo de Ensino-Aprendizagem da Disciplina de História na Escola Secundária Geral de
Machaze. Já no segundo questionário dirigido aos professores de História, constam dados
pessoais, referentes a formação profissional, capacitações participadas no âmbito pedagógico e
as estratégias metodológicas usadas no decurso de leccionação.
c) Consulta bibliográfica
No entender de Gill (1999), citado por Silva e Menezes (2001p. 23), “esta técnica consiste na
recolha de dados sobre o tema de pesquisa”.
Este método consiste na recolha de informações que serviram para suportar a credibilidade do
nosso trabalho, e todas elas constaram no nosso trabalho, como forma de torná-lo cada vez mais
consistente.
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CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Nesta fase compreendeu a compilação, análise, interpretação e discussão dos resultados obtidos
nas fases antecedentes que culminou com a elaboração do relatório final.
Para a interpretação dos resultados colhidos no campo, foi usado o método estatístico, visto que
garantiu que as informações colhidas no terreno, tivessem um nível de aceitação óptimo e
minimizasse o nível de dispersão e perda de informações. Usou-se o método estatístico, baseado
fundamentalmente em tabelas e gráficos que sintetizaram toda a informação em termos
numéricos e, por conseguinte, uma projecção das informações analíticas de cada pergunta,
permitindo deste modo uma melhor visualização da situação do grupo alvo em relação a cada
questão.
Nas tabelas de análise foram apresentadas as percentagens calculadas por estatísticas básicas e
depois achou-se as médias percentuais, posteriormente projectadas em gráficos, facilitando a
visualização da informação.
30 %
70 %
Masculino =16 Alunos
Femenino = 4 Alunas
Seguindo o gráfico acima, 16 dos alunos entrevistados, isto é, 70%, são do sexo masculino, em
relação a 4 do sexo feminino que participaram com 30%. Logo, pode-se dizer que participaram
18
neste estudo mais homens do que mulheres. Porém, as suas contribuições ou respostas não
afectam nas conclusões tiradas.
Professores Sexo
entrevistados
Masculinos Femininos
4 3 1
Percentagem 75% 25%
25 %
Masculino (= 3 Alunos )
Femenino (= 1 Aluna)
75 %
19
Distribuição por Instituição de Formação
25 %
75 %
UNIPUNGU = 3 Professores
E
UCM = 1 Professores
A tabela acima mostra que todos os professores que leccionam a disciplina de História na ESG
Machaze ostentam o nível superior, 3 (três) professores, isto é, 75% formaram-se na
Universidade Púngue (UNIPÚNGUE), na cidade de Chimoio; e 1 (um) que corresponde a 25%
formou-se na Universidade Católica de Moçambique. Fazendo uma inferência, percebe-se que a
UNIPÚNGUE, nesta instituição de ensino e para o caso da disciplina de História, e a maior
fornecedora de mão-de-obra docente. Portanto, os resultados podem ditar, de certa forma, a
imagem da instituição, neste estudo.
Quanto a questão relacionada com a avaliação que se pode fazer no que tange ao domínio dos
conteúdos e uso do material didáctico, constatou-se que até recentemente, a base de produção de
conhecimento e divulgação destes eram as Escolas. No entanto, hoje em dia, sabe-se que as
funções de produzir e solicitar o conhecimento podem ser realizadas por intermédio de várias
plataformas, como o uso de tecnologias de informação e comunicação por parte dos alunos, não
dispensando, no entanto, o papel do professor. E quando se trata da disciplina de História, pode-
20
se fazer várias pesquisas, isto tudo com o intuito de melhorar o Processo de Ensino
Aprendizagem.
Procurando estabelecer uma ligação dos factos e das respostas da descrição teórica e prática do
estudo, pode-se aferir que a formação do professor, particularmente da disciplina de História,
deve levar em conta esses dois tipos de currículos (sócio-cultural e científico) para uma formação
académica sólida.
Em correlação aos dados obtidos mostra-se claramente a necessidade do papel das comunidades
locais e outras forças vivas da sociedade em pautar pela criação de uma instituição ou escola
democrática forte com vista a efectuar um estudo minucioso dos projectos da comunidade.
De acordo com os dados, a maioria, isto é, 43% dos entrevistados, afirmou conhecer o impacto
dos recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de história é mais
interessante para a sua formação profissional, na qual verifica as dificuldades encontradas no dia-
a-dia em relação aos comportamentos e atitudes dos alunos em aula. Conhecer a dinâmica das
actividades propostas pelo professor em diversas faixas etárias ficou em segundo lugar, com
41%. Em seguida, conhecer o segmento escolar (15%). Apenas 1% acha conhecer os recursos
didácticos com o trato do material, equipamento e espaço é mais importante para a sua formação
profissional. Portanto, vejamos a distribuição dessas constatações no gráfico abaixo:
21
Domínio do conteúdo
1%
Figura 4: Ilustração das constatações dos professores entrevistados quanto a percepção da matéria do impacto
dos recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de história.
Fonte: Autora-2021
Quanto a pergunta: Como é que tem sido as aulas de História ou a matéria lecionada sem auxílio
do material didáctico? As respostas saíram nos seguintes termos, como mostra o gráfico abaixo:
22
Percepção da matéria
20 % 15 %
Percebe
- se bem
Com muitas dificuldades
Não se percebe
65 %
Fonte: Autora-2022.
Olhando para o gráfico e usando o método indutivo, pode-se dizer que os alunos da Escola
Secundária de Machaze, entre os anos lectivos de 2019 a 2021, percebiam com muitas
dificuldades a matéria da disciplina de História leccionada pelos professores, o que constitui
grande preocupação tanto para a Escola assim como para os próprios docentes.
0%
Sim
Não
100 %
Fonte: Autora-2022.
Na pergunta segundo a qual, se teve ou não a noção de uso produção e uso do material
didáctico? As respostas segundo o gráfico à cima todos tem a noção de uso produção e uso do
material didáctico.
23
CAPÍTULO V-ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo será feita uma avaliação das informações obtidas por meio de entrevista
respondida por 4 professores que leccionam a disciplina de História, 4 membros da Direcção e
20 alunos inquiridos na ESG de Machaze. A apresentação e análise dos resultados do estudo
torna-se o capítulo mais apreciado da pesquisa, pois através dele, demonstra-se a capacidade de
atender a todos os objectivos propostos.
Serão apresentados os resultados da análise sócio demográficos (perfil dos professores) e da
análise do impacto do uso dos recursos didácticos no Processo de Ensino e Aprendizagem na
Disciplina de Ciências Sociais do Ensino Primário e História no ensino Secundário
respectivamente.
Segundo o gráfico 7: Se teve ou não a noção de uso produção e uso do material didáctico?
Em relação a essa questão todos os professores são unânimes em afirmar que ao longo da sua
formação profissional como docentes, tiveram sim a noção produção e uso do material didáctico,
mas não eram acompanhadas pelos seus docentes, apenas pelos tutores. Aqui, pode-se perceber
que todo tipo de práticas Pedagógicas quando não são acompanhadas, sobretudo, não são levadas
a sério pelos praticantes, considerando-se apenas como uma cadeira do curso sócio demográficos
dos participantes (género, idade, estado civil, escolaridade) e dados profissionais (nível
hierárquico, tempo de trabalho na escola)
1. Qual é impacto dado por você, professor(a) de história, quanto ao uso dos recursos didáticos
no ensino-aprendizagem?
Todos concordaram que recursos didácticos representam uma nova visão dos conteúdos nas
ciências sociais, facilitando a leitura e a fácil interpretação dos conteúdos de ensino e
aprendizagem, o que é fundamental para que ele entenda as transformações que ocorrem na
sociedade. enquanto instrumentos pedagógicos devem estar presentes nas aulas de
História/ciências sociais, a fim de que haja melhor entendimento sobre o espaço geográfico em
24
questão". E o professor deve usar essa ferramenta para sanar dúvidas e até dificuldades que por
ventura os alunos apresentarem durante a exposição do conteúdo, pois os alunos precisam dela
para se localizar no espaço estudado
2. Quanto utilizas os recursos didáticos nas suas aulas reflectiram em mudanças no nível de
percepção da matéria?
Em resposta os professores referiram que não, o uso de mapas durante a formação académica foi
ineficiente, considerando assim que tiveram uma aprendizagem que de facto ficou a desejar. Eles
reforçam que o pouco há mais que ele aprendeu é decorrente ao estudo contínuo de outras fontes,
pois estando actuando em sala de aula se faz necessária a busca do conhecimento.
4. Em sala de aula, você utiliza as matérias didáticos como os mapas e outros? Com qual
frequência esses momentos ocorrem? A escola por sua vez, incentiva a utilização de mapas?
25
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E SUGESTÕES
6.1. Conclusão
Em virtude das conclusões a que chegamos a presente pesquisa joga um papel central no exercício
da actividade docente, sobretudo na disciplina de História, em todas as instituições de ensino e
particularmente na Escola Secundária de Machaze;
A pesquisa permitiu a obtenção de informações importantes, sobretudo no que diz respeito ao
impacto dos recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História
na Escola Secundária Geral de Machaze, entre os anos lectivos 2019 a 2021;
No que tange ao domínio dos conteúdos e uso do material didáctico, a base de produção de
conhecimento e divulgação destes eram apenas as Escolas, passando também a ser realizadas por
intermédio de várias plataformas, como o uso de tecnologias de informação e comunicação por
parte dos alunos.
Procurando estabelecer uma ligação dos factos e das respostas da descrição teórica e prática do
estudo, pode-se aferir que a formação do professor, particularmente da disciplina de História,
deve levar em conta esses dois tipos de currículos (sócio-cultural e científico) para uma formação
académica sólida;
Os recursos didácticos tem sua importância para a formação académica que articula entre a teoria
e a prática na construção do currículo, ampliado que tem como eixo a constatação, a
interpretação, a compreensão e a explicação da realidade social complexa e contraditória do dia-
a-dia da vida do aluno.
5.2. Sugestões
É de reconhecer todos os esforços que as instituições de ensino no geral têm feito pelo
desenvolvimento do Processo de Ensino-aprendizagem e em particular a Escola Secundária Geral
de Machaze, mas importa referenciar algumas sugestões como mecanismo para o melhoramento
do mesmo:
✓ Promover capacitações aos docentes da disciplina de História com vista a melhorar a sua
compreensão no uso dos recursos didácticos no ensino e aprendizagem;
✓ As instituições de formação de professores devem acompanhar seus estudantes nas práticas
pedagógicas principalmente no uso dos recursos didácticos para apoiar na superação de
algumas dificuldades da prática docente;
✓ As instituições em parceria com os tutores, devem trabalhar juntos, tomando em
consideração que os recursos didácticos possam trazer efeitos no processo de ensino
aprendizagem;
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✓ Envolver o Conselho de Escola para o desenvolvimento da instituição e garantir o
funcionamento e aprendizagem dos alunos;
✓ Dotar os alunos de conhecimentos de produção e uso de recursos didácticos para a melhoria
do um Processo de Ensino-aprendizagem interactivo e dinâmico, tendo em conta os aspectos
sócio-culturais locais;
✓ Envolver os alunos nas actividades que contribuem para que consigam aliar a teoria
aprendida na sala de aula e a prática quotidiana;
Aos pais e encarregados de educação:
✓ Promover uma participação activa nas decisões do desenvolvimento do Processo de
Ensino-aprendizagem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Lourdes BA. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Obtido de Ano 05,
Ed. 06, Vol. 11, pp. 05-20. Junho de ISSN: 2448-0959, Link de acesso:https://:
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Buisseret, D. (1992). Monarchs, Ministers and Maps: The Emergence of Cartography as a Tool
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APÊNDICES
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Imagem: Autora- 2022
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