Monogrfia 1a Parte
Monogrfia 1a Parte
ÍNDIC
2
E
DECLARAÇÃO...............................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................ii
DEDICATÓRIA.............................................................................................................................iii
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS............................................................................................iv
ELENCO DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................................v
RESUMO........................................................................................................................................vi
1. CAPÍTULO INTRODUÇÃO......................................................................................................7
1.1. Contextualização.......................................................................................................................7
1.1. Delimitação do tema.................................................................................................................9
1.2. Problematização........................................................................................................................9
1.3. Objectivos...............................................................................................................................10
1.3.2. Objectivos Específicos:.......................................................................................................10
1.4. Justificativa.............................................................................................................................11
CAPITULO II. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................12
2.1. Definição e Conceitos.............................................................................................................12
2.1.1. O Ensino de História............................................................................................................12
2.1.2. Qualidade da Educação........................................................................................................12
2.2. Factores escolares determinantes na avaliação da qualidade do processo de ensino- -
aprendizagem de História..............................................................................................................15
2.3. Meios didácticos.....................................................................................................................17
2.3.1. Meios didácticos no Ensino da História.............................................................................18
2.4. Classificação dos Meios ou Recursos Didácticos...................................................................20
2.4.1. Os Meios ou Recursos didácticos no ensino de história na contemporaneidade................24
2.4.2. A importância dos Meios Recursos Didácticos no ensino de História................................26
CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................28
3.1. Tipo de pesquisa.....................................................................................................................28
3.1.1. Universo e Amostra (delimitação e caracterização do objecto de estudo)..........................29
3.1.2. Amostra................................................................................................................................29
3.1.3. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados....................................................................29
3.1.4. Modelo de análise................................................................................................................29
3.1.5. Limitações do estudo...........................................................................................................30
3.2. Caracterização do local do estudo..........................................................................................30
DECLARAÇÃO
Para todos os efeitos, declaro que, esta Monografia Científica constitui o resultado da minha
pesquisa e das orientações do supervisor sob tema a que me propus para esta área de
estudo que é o culminar do fim do curso, exceptuando as citações que estão patentes ao
longo do texto que provieram das referências bibliográficas dos autores mencionados. O
seu conteúdo é original e nunca foi apresentado a nenhuma universidade para o
propósito a que tem neste momento. Declaro ainda que, não poderá ser reproduzida por
qualquer um sem que tenha a devida autorização do autor ou mesmo pela Universidade
Católica de Moçambique.
O Autor
__________________________
___________________________
Maputo, 5 de Fevereiro de 2024
O Supervisor
Rafael Chadreque
_________________________
__________________________
Maputo, 5 de Fevereiro de 2024
i
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço, a Deus por ter concedido a vida, por todas as minhas conquistas
pessoais e profissionais, e por ter colocado em meu caminho pessoas tão especiais, que não
mediram esforços em me ajudar durante a realização deste curso.
Em segundo lugar agradeço aos meus pais Lourenço Rungo Tauzene e Inês Daniel Saranga a
título de exemplo, por terem tido a sábia missão de me mandar ir à escola com toda a força usada
para o efeito, embora estes não avançaram com a escolaridade devido as várias circunstâncias da
vida.
Agradeço igualmente ao meu supervisor Dr Rafael Chadreque, meu guia, por ter-me
acompanhado incondicionalmente durante a preparação do meu projecto Por suas orientações,
pela compartilha de conhecimentos, e pelo carinho e confiança em mim dispensados desde o
início deste trabalho.
Ao meu querido esposo Bertold Sambo, que não mediu esforços onde em alguns momentos teve
que adiar seus compromissos para prestar o seu apoio durante o curso.
Agradeço igualmente ao Director do curso MSc Gildo Manuel e a todo corpo docente da
Universidade Católica de Moçambique pelo acompanhamento académico.
O meu agradecimento estende-se para todos os meus irmãos, Eunice Tauzene e Genêsio Tauzene
por moral e financeiro proporcionado neste processo de formação. Aos colegas do curso que
mesmo estando em cantos longínquos conseguimos cooperar até ao fim do curso, ao director da
escola Secundária de Chicumbane o Dr Salomão Mavie, pela disponibilidade pronta e apoio na
escola sem esquecer de todos os professores daquela escola.
ii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus filhos Hibert Bertold Sambo e Hilton Bertold Sambo pois neles
ganhei a força de vencer todos obstáculos enfrentados durante a caminhada da vida. Portanto,
deixo para eles um encorajamento de modo que sigam a escola como exemplo da mãe pois a
única arma de vencer as dificuldades da vida é a escola.
iii
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS
iv
ELENCO DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Art: Artigo
DPEDH: Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano
v
RESUMO
A presente pesquisa tem como tema o Análise dos Factores que Influenciam na Qualidade de Ensino-
Aprendizagem de História no Ensino Secundário: Caso da Escola Secundária de Chicumbane (2021-
2022). Este estudo foi realizado na Escola Secundária de Chicumbane, localizada no Bairro do mesmo
nome, na Província do Gaza. Tem como objectivo geral analisar os factores que influenciam na qualidade
do processo de ensino-aprendizagem na Disciplina de História da 10ª classe na Escola Secundária de
Chicumbane com estudo focalizado na abordagem qualitativa. No que se refere ao método usado para
efectivação da pesquisa, recorreu-se à leitura das referências bibliográficas e consultas de alguns Artigos
na internet que versam sobre a matéria em estudo. Depois do tratamento dos dados recolhidos da pesquisa
chegou-se à conclusão de que a fraca qualidade de ensino de História, circunscreve-se no mau uso de
recursos didácticos disponíveis. A qualidade de ensino de História é influenciada também pela falta de
cometimento da actividade docente.
vi
1. CAPÍTULO INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A presente Monografia Científica aborda sobre assuntos inerentes aos factores que influenciam
na Qualidade de Ensino-Aprendizagem de História no Ensino Secundário no Distrito do
Limpopo na Província de Gaza.
No Caso concreto da Escola Secundária de Chicumbane com este tema pretende-se analisar a
influência dos meios de ensino na qualidade do processo de ensino-aprendizagem na Disciplina
de História da 10ª Classe na Escola Secundária de Chicumbane.
O interesse pelo tema relacionado com análise dos factores que influenciam na Qualidade de
ensino-aprendizagem de História no ensino Secundário é evidenciado nas instituições educativas
de todo o País, de uma forma geral e particularmente, na Província de Gaza, onde a Escola
Secundária de Chicumbane faz parte. A fraca qualidade de ensino no país tem vindo a aumentar
nos últimos anos devido aos vários factores, incluindo os endógenos que influenciam
negativamente ao processo de ensino, tais como: o rácio professor/aluno, a carga horária,
recursos didácticos, etc.
Ademais em Moçambique, a lei 18/2018 (novo currículo) focaliza a sua intenção na melhoria da
qualidade de aprendizagem, por entender que a mesma está profundamente ligada à qualidade de
educação em si (MINEDH, 2018) e é neste contexto que a presente pesquisa explora factores
escolares e socio-culturais que influenciam na qualidade do processo de ensino-aprendizagem no
7
ensino secundário. O objectivo central desta pesquisa é analisar os factores que influenciam na
qualidade de ensino-aprendizagem na disciplina de História na Escola Secundária de
Chicumbane.
Quanto à estrutura, o presente trabalho apresenta quatro capítulos, o primeiro capítulo comporta
a
introdução, onde está patente a contextualização, a delimitação do tema, a justificativa,
problematização, objectivo geral e específicos, e as hipóteses. O segundo capítulo apresenta o
Referencial Teórico, onde vários autores debruçam sobre os factores que influenciam na
Qualidade de ensino-Aprendizagem de História. O terceiro capítulo apresenta a Metodologia
usada para a efectivação da Monografia. Portanto, é onde está patente o tipo de pesquisa, o
método de abordagem, tratamento dos dados, o método de procedimento, as técnicas e
instrumentos de recolha de dados e a descrição da amostra, o quarto e último capítulo contém a
apresentação e análise de dados, conclusão e sugestão e por fim apresenta-se a bibliografia bem
como os apêndices.
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1.1. Delimitação do tema
Ao desenvolver o tema, “Análise dos Factores que Influenciam na Qualidade de Ensino-
Aprendizagem de História no Ensino Secundário: Caso da Escola Secundária de Chicumbane
(2021-2022)’’ pretende-se analisar a influência dos meios de ensino na qualidade do processo de
ensino-aprendizagem na Disciplina de História da 10ª Classe na Escola Secundária de
Chicumbane no horizonte temporal 2021-2022.
1.2. Problematização
Reconhece-se também que a qualidade da educação está intimamente ligada à qualidade de
formação dos professores e do seu desenvolvimento profissional ao longo da carreira. Constatou-
se que dentre vários factores relativos à influência da qualidade de ensino, as questões de
gestão/liderança, ética no trabalho, participação da comunidade, gestão democrático-
participativa, condições materiais de trabalho, satisfação profissional, formação, orientação para
os alunos e supervisão pedagógica são aquelas que apresentaram um maior destaque.
Dessa forma, requer uma estratégia e busca de soluções para melhorar cada um dos factores
estudados, levando a direcção escolar, junto ao governo e à comunidade, a desenvolver um
trabalho de mobilização e sensibilização sem medir esforços para investimento e planeamento,
formação e sistemas melhorados em todos os níveis, assim como recursos. (Golias, 1993)
9
As pobres condições das infra-estruturas ou mesmo do mobiliário das escolas;
Os professores mal qualificados;
O elevado rácio professor-aluno;
A falta de recursos e metodologias adequadas para auxiliar a aprendizagem;
A desigualdade educacional e a evasão escolar causadas por factores sociais e
económicos.
Turmas numerosas, fraca assiduidade de alunos e professores, inexistência e ou fraco
funcionamento das bibliotecas escolares no ensino secundário,
Fraco incentivo salarial para os professores, fraco acompanhamento dos educandos pelos
encarregados de educação, entre outros,
São alguns de entre os vários factores levantados que concorrem para a fraca qualidade de ensino
de História no Ensino Secundário no caso concreto na da Escola Secundária de Chicumbane.
Portanto, com este tema pretende-se analisar a influência dos meios de ensino na qualidade do
processo de ensino-aprendizagem na Disciplina de História da 10ª Classe na Escola Secundária
de Chicumbane.
Portanto, tendo em conta a problemática da qualidade de aprendizagem que nos últimos anos
vem merecendo grandes debates em Moçambique, urge buscar uma resposta à seguinte questão:
Pergunta de partida
Até que ponto os meios de ensino podem influenciar na qualidade do processo de ensino-
aprendizagem na Disciplina de História da 10ª Classe na Escola Secundária de Chicumbane?
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
Analisar a influência dos meios de ensino na qualidade do processo de ensino-
aprendizagem na Disciplina de História da 10ª Classe na Escola Secundária de
Chicumbane no horizonte temporal 2021-2022.
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Explicar a relevância do uso dos meios de ensino para qualidade do processo de ensino-
aprendizagem na Discipina de História da 10ª Classe na Escola Secundária de
Chicumbane;
Descrever as percepções dos professores e alunos sobre os meios de ensino utilizados na
qualidade do processo de ensino-aprendizagem na Discipina de História da 10ª Classe na
Escola Secundária de Chicumbane.
1.4. Justificativa
Esta pesquisa foi motivada pelo facto de se notar frequentemente que os alunos no ensino
secundário não sabem ler nem escrever correctamente, para além de não terem domínio das datas
históricas e comemorativas.
Ainda com este tema pretende-se despertar a consciência das entidades de direitos, como do
Governo, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), organizações Civis,
e Não-governamentais e a comunidade para que juntos encontremos soluções pra que haja
qualidade de ensino no país
Na área de investigação científica, este trabalho vai colocar no campo de pesquisa um despertar
científico e uma curiosidade para que mais investigações sejam feitas neste campo de estudo.
Perguntas de pesquisa
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Que meios de ensino são usados na leccionação das aulas de História da 10ª Classe na
Escola Secundária de Chicumbane?
Como é que esses meios influenciam na qualidade do processo de ensino-aprendizagem
na Disciplina de História da 10ª Classe na Escola Secundária de Chicumbane?
Qual é a percepções dos professores sobre a importância do uso dos meios de ensino nas
aulas de História da 10ª Classe na Escola Secundária de Chicumbane?
Na perspectiva de Fonseca (2003, citado por Ribeiro, 2015), a História deve ser percepcionada,
como uma disciplina essencialmente “educativa, formativa, emancipadora e libertadora” (p.12).
Percebemos, segundo os autores supracitados, que se partirmos da experiência dos alunos, das
suas convicções e conhecimentos prévios, estes estarão mais envolvidos e interessados em
aprender.
Uma das competências fundamentais dos alunos é a “construção do ‘bom conhecimento’ em
História, que permita ao aluno compreender criticamente a sua realidade, mas também
transformá-la através de uma participação consciente na vida da comunidade”
12
2.1.2. Qualidade da Educação
Qualidade é a palavra que está em todas as reformas da educação e, conforme Libâneo (2001),
refere-se tanto à sua organização e funcionamento quanto a uma escala de valor de ruim, boa,
excelente. Nesse sentido, cada escola precisa estabelecer o critério de qualidade que deseja
atingir. Difundido nas escolas e também aos sistemas escolares, temos o conceito de qualidade
total com o objectivo de treinar pessoas para a competência dentro de uma gestão eficaz de meio
e controle e avaliação de resultados. O que orienta estas acções são imperativos económicos e
técnicos. Pela avaliação e seus resultados, as escolas são classificadas e os recursos são
repassados segundo os resultados da avaliação externa. Oposto ao conceito de qualidade total
temos, conforme este mesmo autor, qualidade social, em que a escola promove o domínio dos
conhecimentos e o desenvolvimento cognitivo e social necessário aos alunos para que estes
possam ser inseridos ao mundo do trabalho e cidadania. Contribui para um mundo mais justo
quando existe uma inter-relação entre qualidade e política. A educação é o melhor caminho para
que o ser humano se faça sujeito de sua história, e só a qualidade dos processos que ocorrem na
escola pode proporcionar esta transformação.
Para Demo (1998, apud Libâneo, 2001, p. 55), qualidade formal se refere aos conhecimentos que
precisam alcançar um nível óptimo por conta de meios, de instrumentos e de procedimentos para
aprender a pensar. A qualidade política se refere aos valores e aos fins do conhecimento. É a
ética para interagir com a realidade na busca do bem comum. As características de uma escola
com qualidade social são as seguintes:
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Cuida da formação de qualidades morais, traços de carácter, atitudes convicções,
conforme ideais humanistas;
Dispõe de condições físicas, materiais e financeiras para um bom funcionamento,
condições de trabalho, remuneração digna e formação continuada para professores;
Incorpora no quotidiano escolar as novas tecnologias de comunicação e informação.
As pesquisas sobre Qualidade da Educação (Inep, 2004), escolas eficazes (Nóvoa, 1999) ou
escolas com resultados destacáveis (Unesco, 2002) e, ainda, demais estudos desenvolvidos pelo
Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade de Educação (Unesco, 1998, 2000,
2001) ressaltam, por um lado, a discussão de elementos objectivos no entendimento do que vem
a ser uma escola eficaz ou uma escola de qualidade, procurando compreender os custos básicos
de manutenção e desenvolvimento, e, por outro lado, as condições objectivas e subjectivas da
organização escolar e da avaliação de Qualidade da Educação por meio do aproveitamento ou
rendimento escolar dos alunos da região. Tais elementos podem, em parte, ser tratados como
aspectos objectivos para a construção de condições de qualidade numa escola considerada eficaz
ou que produz resultados positivos.
As pesquisas e os estudos sobre a Qualidade da Educação revelam, também, que uma educação
de qualidade, ou melhor, uma escola eficaz é resultado de uma construção de sujeitos engajados
pedagógica, técnica e politicamente no processo educativo, em que pesem, muitas vezes, as
condições objectivas de ensino, as desigualdades socioeconômicas e culturais dos alunos, a
desvalorização profissional e a possibilidade limitada de actualização permanente dos
profissionais da educação. Isso significa dizer que não só os factores e os insumos indispensáveis
sejam determinantes, mas que os trabalhadores em educação (juntamente com os alunos e pais),
quando participantes activos são de fundamental importância para a produção de uma escola de
qualidade ou que apresente resultados positivos em termos de aprendizagem.
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A definição de quais devem ser os padrões de qualidade de ensino, em termos de variedade e de
quantidades mínimas, por aluno-ano, de insumos imprescindíveis ao processo de ensino e de
aprendizagem ser moralmente defensáveis e baseados na razoabilidade de concepções
partilhadas”.
Segundo Abrantes (2002), os factores escolares determinantes para a qualidade de ensino, vão
desde exógenos e endógenos, os exógenos são queles que são externos e endógenos são aqueles
que interferem no processo de ensino internamente. Portanto segundo o autor o fraco
investimento nas infra-estruturas, como salas de aula bem equipadas, bibliotecas funcionais e
espaços para actividades curriculares. Influenciam negativamente para a qualidade de ensino. A
fraca utilização de plataformas de ensino, a fraca capacitação dos profissionais, faco uso das
metodologias de ensino e falta da valorização da pesquisa. são considerados factores crucias na
fraca qualidade de ensino.
Ainda, MINEDH (2018), anuncia também que os factores que influenciam negativamente na
Qualidade de ensino-aprendizagem são: o crescente número de turmas numerosas, fraca
assiduidade de alunos e professores, inexistência e ou fraco funcionamento das bibliotecas
escolares no ensino secundário, fraco incentivo salarial para os professores, fraco
acompanhamento dos educandos pelos encarregados de educação, entre outros, são alguns de
entre os vários factores que concorrem para a fraca qualidade de ensino no país, conforme
apontam os estudos conduzidos pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
(MINEDH)
15
de aprendizagem e do fracasso escolar. Mas esse é um problema que precisa da contribuição
social e também educacional.
Temos que reconhecer que falta nas escolas o estímulo para ensinar e aprender, e o
reconhecimento de que somos todos aprendentes. Que, a cada minuto, todos os indivíduos
contribuem para a construção da história geral, da história do seu país, da sua sociedade, da sua
escola, da sua família, e principalmente para a história do próprio sujeito. Reconhecemos que
todos nós somos capazes de produzir conhecimento, e que a falta de oportunidade para construir
feri o ontológico de sermos sujeitos da nossa história.
O saber docente criado pela classe dominante também é um agente que impede o saber aprender,
pois muitas vezes quem decide se os saberes do professor valem ou não são grupos distantes do
dia-a-dia de sala de aula, ou seja, são "profissionais de gabinete", que mudam constantemente de
opinião, provocando, assim, a má condução do processo ensino-aprendizagem. Essas
interferências no processo ensino-aprendizagem prejudicam não só o professor, que tem que se
adaptar constantemente às mudanças, mas também o aluno, que mesmo sem saber tem que
aprender a aprender e aprender a se adaptar aos retoques e acréscimos feitos por esses
profissionais. Esses retoques e acréscimos provocam no aluno dificuldades de aprendizagem e,
consequentemente, o fracasso escolar.
A terceira perspectiva está ligada ao aluno enquanto aprendente, isto é, às suas condições
internas de aprendizagem. A autora nos leva a olhar para os aspectos orgânicos, cognitivos,
emocionais, sociais e pedagógicos que levam o aluno a não aprender. Segundo ela, os fatores
externos e internos são os responsáveis pelo fracasso escolar.
16
sociedade, torna-se extremamente válida a compreensão de quais aspectos exercem maior
influência no desempenho escolar dos alunos.
Nesse quesito, Alves et al. (2008) observaram que as escolas que possuíam grande número de
alunos por sala foram as que apresentaram pior desempenho. O número de alunos por sala e sua
relação negativa com o desempenho dos alunos também foi corroborado por Sutton e Soderstrom
(1999), que se dedicaram a investigar as características que pudessem explicar as variações no
rendimento dos alunos. Esses achados também estão corroborados em Mosteller (1995), estudo
que concluiu que alunos provenientes de famílias com baixa renda possuem melhor desempenho
quando estão em salas de aulas com baixo quantitativo de alunos, já que, nesses casos, é possível
o maior contacto professor-aluno.
Alguns autores apontam também a carga horária de aulas dos alunos como factor importante para
a monitoração no rendimento.
Biondi e Felício (2008), Hornick (2012) e Lobler (2013), o que reafirma que a infra-estrutura
escolar exerce influência positiva no desempenho dos alunos, facto que acaba por atrair discentes
com melhor condição socioeconómica.
Ainda tendo como foco o ambiente escolar, estudos como o de Lee e Smith (2001) e Raywid
(1999) demonstram que o tamanho da escola, no quesito quantitativo de alunos, possui influência
no desempenho dos alunos, uma vez que quanto menor a escola, melhor é o desempenho. Além
disso, Jackson e Addison (2018) observaram que o clima da escola (satisfação com o ambiente,
sensação de segurança, disponibilidade de recursos para o desenvolvimento dos trabalhos,
fornecimento de feedbacks constantes, promoção de uma cultura de respeito e espírito
colaborativo, dentre outros) também afecta o desempenho, interferindo na qualidade de ensino
dos professores e no sucesso dos alunos. Ademais, o envolvimento e a participação activa dos
pais na escola dos filhos tendem a influenciar no melhor desempenho destes (Lee et al. 2001; Cia
et al. 2004; Löbler, 2013).
17
2.3. Meios didácticos
Nivagara (2015), evidencia que os meios ou recursos de ensino (também podendo ser
designados recursos didácticos) são todos os meios e recursos materiais e humanos utilizados
pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino e
aprendizagem. O ideal seria que toda aprendizagem se efectuasse em situação real de vida. Não
sendo isso possível, os materiais/meios ou recursos de ensino tem por fim substituir a realidade,
representando-a da melhor forma possível, de maneira a facilitar a sua intuição por parte do
aluno.
Por outras palavras, os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que
dão origem à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os livros, os
mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da
comunidade, os recursos naturais e assim por diante.
O material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras, a
fim de torná-lo concreto e intuitivo.Meios didácticos são todas as ferramentas que auxiliam no
processo de ensino-aprendizagem, tendo como principal função a de facilitar a compreensão
acerca do assunto abordado pelo professor (Silva, 2012).
Os recursos didácticos são métodos pedagógicos que devem ser empregados no ensino de algum
conteúdo ou transmissão de informações, fazendo com que o ensino torne-se eficaz com o uso
adequado de cada um deles, os recursos didácticos têm por objectivo principal facilitar a
assimilação dos conteúdos através de aulas, mas dinâmicas e atraentes, sendo de suma
importância para o ensino. (Santos, 2014)
Os recursos didácticos nada mais são do que as ferramentas que o professor utilizará durante
todo o ano lectivo e pode, muitas vezes, precisar de algumas alterações ou novos utensílios que
servirão para o aprimoramento das actividades e aulas realizadas na escola. (Paniz, 2016)
Os recursos didácticos podem ser utilizados em diversos momentos, cursos, aplicações, formatos
diferenciados e são peça chave para o incentivo ao desenvolvimento de quem recebe esse
estímulo. (Santos, 2014)
18
2.3.1. Meios didácticos no Ensino da História
O uso dos meios ou recursos didácticos pressupõe também a aplicação de determinados modelos,
métodos, estratégias, técnicas e estilos de ensino, pelo que não podemos falar dos recursos
didácticos como um fim em si mesmo. (Paniz, 2016)
Cabe a cada professor descobrir o que se adapta melhor a cada turma, uma vez que o que resulta
numa turma pode não resultar noutra; o tipo de recursos didácticos que os alunos preferem e o
método de ensino através do qual podemos obter melhores resultados académicos. (Pilette,
2004).
Portanto, o professor antes de uma aula deve preparar, organizar e planificar cuidadosamente a
aula, de forma a sentir-se confortável com matéria que está a leccionar, enquanto durante a
leccionação da aula deve apresentar exemplos e várias perspectivas sobre determinado tema,
dando uma visão alargada do tema aos alunos; expor o tema de forma clara, num tom e timbre
apropriado à sala de aula; reforçar os pontos do tema mais importantes ao longo da aula para que
o aluno possa compreender o que é realmente importante do que é acessório; dar tempo para que
o aluno possa anotar algumas ideias, esclarecer algumas questões e fazer algumas pausas para
que os alunos reflictam sobre os diversos conteúdos leccionados na aula e diversificar a forma
como expõe os conteúdos.
É no momento em que o professor está a planificar a aula que deve pensar no método, nas
estratégias, nas técnicas, no estilo de ensino, nos recursos didácticos que quer usar para leccionar
determinado tema, contudo, por vezes, durante a aula, o professor pode ter necessidade de alterar
a planificação pois observa que os recursos didácticos ou o método usados não estão a resultar.
(Estanqueiro, 2010)
Assim, é importante que o professor esteja atento ao comportamento manifestado pelos alunos.
Se um professor tiver vontade em conhecer as diferenças existentes entre os seus alunos e sair da
sua “zona de conforto” irá ter a preocupação de variar e combinar os diferentes recursos
didácticos, para que possa contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem de todos os
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alunos, bem como utilizar métodos e recursos que lhes permitam desenvolver-se como um todo,
não só os aspectos cognitivos, mas também os aspectos relacionais e afectivos.
Estanqueiro (2010) afirma que os bons professores esforçam-se por conhecer e valorizar as
capacidades, os saberes, os interesses, o estilo e o ritmo de aprendizagem dos seus alunos.
Apesar disso, o professor, tendo ultrapassado as limitações internas, pode deparar-se com
limitações externas que condicionam a sua forma de actuação no processo ensino-aprendizagem,
como por exemplo os objectivos estabelecidos; a diversidade geográfica, cultural e social dos
alunos; os recursos didácticos disponíveis na escola que impossibilitam a realização de aulas
mais dinâmicas; a falta de tempo; entre outros. Face ao exposto, o professor deve diversificar a
sua forma de actuação no processo de ensino-aprendizagem, considerando os objectivos a
alcançar e as diferentes formas de aprender dos alunos.
O professor deve ter consciência que o método e os recursos didácticos usados determinam um
estilo de ensino e que o seu comportamento em cada estilo conduz a uma reacção por parte dos
alunos, independentemente do estilo que use ou da combinação de estilos deve preocupar-se com
o que os alunos pensam sobre as suas aulas. (Santos, 2014)
O professor que usa um método expositivo, pois é o método com o qual se identifica, sendo que
os recursos usados não vão para além do manual, pode falar alto, a um ritmo acelerado, dando
poucas oportunidades de intervenção aos alunos, sendo que a maioria dos alunos pode adoptar
uma atitude de desinteresse por aquelas aulas e o professor pode não ter consciência do porquê
daquela atitude dos alunos.
Pode haver alguns alunos que se sintam bem com esse método, mas outros alunos, talvez,
considerem que se o professor fala-se mais pausadamente conseguiriam acompanhar melhor os
conteúdos programáticos, que se o professor promovesse uma combinação de métodos teriam
mais interesse pelas aulas.
20
2.4. Classificação dos Meios ou Recursos Didácticos
O cartaz que serve para ser afixado, actualmente colorido, é um poderoso auxiliar para a
divulgação de ideias e para ajudar a compreender determinado período histórico, como é o caso
dos cartazes de propaganda do Estado Novo intitulados “a Lição de Salazar”.
A caricatura (arte do humor gráfico) é uma arte complexa pois concilia tanto a estética e o
desenho como o pensamento que tem subjacente. A leitura e interpretação de uma caricatura,
sobretudo no ensino da História, permite conhecer o simbolismo, reconhecer o exagero, analisar
a legenda e compreender a analogia e a ironia. Todos os recursos devem ser usados com um fim
e não serem usados como elementos meramente ilustrativos. (Libâneo, 2013)
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O cinema (filmes e documentários) surge, ocasionalmente, na sala de aula para ilustrar e ajudar
na compreensão dos conteúdos programáticos.
Os apontamentos de definições, fórmulas, leis ou citações como têm de ser transcritas com
fidelidade convém entregar aos alunos, contudo resumos das matérias leccionadas estimula a
memorização mecânica e atrasa o desenvolvimento dos alunos, pelo que os mesmos devem
aprender a elaborar apontamentos do essencial das aulas.
O documento permite a leitura por parte dos alunos, explicando-se o conteúdo do texto e o
significado de algumas palavras; permite resumir as ideias principais, identificando algumas
informações relevantes quanto ao autor e o tipo de documento e permite o diálogo professor-
aluno de forma a estabelecer relação entre o documento e os conteúdos programáticos. O
documento é muito usado e fundamental para o ensino da História.
As visitas de estudo estimulantes para os alunos, uma vez que têm a oportunidade de sair do
espaço de sala de aula, no entanto devem ser orientadas para que o aluno não encare a visita
como um “passeio”. A visita de estudo constitui uma outra situação de aprendizagem que
favorece a aquisição de conhecimentos (promove a interligação entre a teoria e a prática) e
permite o aluno desenvolver outro tipo de hábitos de trabalho e facilita a interacção professor-
aluno.
22
dinâmicas, as técnicas como as dramatizações, usando uma peça ou criando uma com vista a
uma melhor interiorização dos conhecimentos; os debates, a partir de um tema os alunos
exercitam a sua capacidade de argumentação e defesa de ideias; as palestras, convidando
especialistas em determinado assunto; as entrevistas, de forma a se explorar um determinado
tema/assunto; os trabalhos de grupo desenvolvendo-se o gosto pela pesquisa, sendo que o
professor deve ser claro com o que pretende e deve ter um papel de orientador; a exposição de
trabalhos, entre outros. (Libâneo, 2013)
Para Moreira (2001) a História deve «dar uma perspectiva global de evolução da humanidade,
mostrando a pluralidade dos modos devida, valores e sensibilidades em distintas épocas e lugares
afim de os alunos compreenderem melhor o mundo presente» e proporcionar «o
desenvolvimento das capacidades de análise e de síntese, dos hábitos de pesquisa, de debate e,
ainda, o seu espírito crítico e criatividade»
Os recursos didácticos são todos os materiais usados no processo ensino-aprendizagem e que tem
como propósito permitir a obtenção de bons resultados por parte dos alunos. Dos recursos
didácticos enumerados uns estão mais direccionados para um determinado método enquanto
outros estão mais direccionados para outro método. (Estanqueiro, 2010)
A utilização dos meios ou recursos didácticos vai variando com o tempo, contudo, actualmente, a
questão da selecção dos recursos no processo ensino-aprendizagem é fundamental, pois o
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professor tem ao dispor muitos recursos e nem todos permitem obter o mesmo resultado final,
assim como se adequam a todos os conteúdos programáticos. (Moreira, 2001).
Nessa selecção de recursos não existe nenhuma regra uniformizada, pelo que cabe ao professor
conhecer bem a turma e mediante os objectivos a alcançares colher os recursos que mais se
adequam.
O professor deve ter consciência que é preferível diversificar o uso de recursos, pois o excesso
de utilização do mesmo recurso conduz ao cansaço e, consequentemente, ao desinteresse dos
alunos. Apesar do professor poder estar mais à vontade com um recurso do que com outros não
deve fazer a selecção de recursos considerando esse critério, mas escolhê-los considerando os
que são mais adequados às diversas situações de aprendizagem (Cabrini, 1994)
Os recursos didácticos são ferramentas que consolidam a teoria à prática e com maior
probabilidade de eficiência, desde que não se limite aos mesmos. A sua incorporação no âmbito
do ensino de História, deve ser considerada como mera estratégia da política
pedagógica/andragógica e dispositivo das inovações propiciadoras do desenvolvimento
educacional. É inadmissível trabalhar História, na contemporaneidade, tendo como embasamento
fontes ultrapassadas, uma vez que o novo brota sem parar. (Moreira, 2001).
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Morin (2011), usou a frase de Eurípedes: “Os deuses criam-nos muitas surpresas: o esperado não
se cumpre, e ao inesperado um deus abre o caminho.” Actualmente, há uma gama de recursos
didácticos, inclusive tecnológicos, que favorecem resultados actualizados e precisos, se, no
entanto, forem utilizados de forma adequada. Ademais, a utilização de recursos ultrapassados, no
ensino de história como, por exemplo, livros editados a dezenas de anos, mapas com legendas
antigas ou a história de algo que já sofreu algumas alterações, mediante as outras teorias,
proporcionaria uma aprendizagem deficitária.
Todavia, a História encontra-se narrada em uma diversidade de fontes: relatos, músicas, culturas,
livros, biografias etc., mas é preciso que o professor procure as melhores estratégias para facilitar
o ensino-aprendizagem da disciplina, escolhendo ou pesquisando recursos didácticos que sirvam
como ferramentas que proporcionem um trabalho proveitoso e qualitativo. (Cabrini, 1994)
É sabido que os resultados daquilo que se realiza com prazer são bem melhores reapresentam
uma qualidade imensurável. O comodismo e/ou a falta de criatividade do professor gera
desconforto e desinteresse nos alunos. É como comer sempre a mesma coisa, o que geraria certo
enjoo, falta de apetite ou coisa semelhante.
Adicionar algo diferente não deixa de ser um chamativo, um experimento do novo e com
condições de proporcionar surpresas agradáveis.Com os avanços tecnológicos vivenciados
hodiernamente, é imprescindível que se utilize materiais didácticos que possam favorecer
subsídios à viabilização do ensino-aprendizagem em todas as disciplinas, sobretudo a de
História, por considerá-la a “ciência do homem no tempo.” São esses materiais que garantirão
com muito mais segurança e com a probabilidade de menos equívocos, a história do futuro.
(Cabrini, 1994)
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A credita-se que a contemporaneidade vem oferecendo recursos com a probabilidade de se
escrever uma história mais coerente para as gerações futuras, tendo em vista, a diversidade de
fontes, inclusive, electrónicas, para seus respectivos registos. Se antes dispunham-se apenas de
papel (papiro na Grécia), actualmente há uma mega oferta de fontes mais seguras como os e-
mails, pendrives (flash), CDs-ROMs, cartões memórias, fotos e filmes em HD (alta definição),
etc.
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É evidente que não basta o professor lançar mão de qualquer recurso para abrilhantar ou,
simplesmente, colorir suas aulas; é necessário que seja feita uma selecção criteriosa do material e
que esteja, é claro, de acordo com o que se está objectivando.
A sintonização entre esses recursos e o tema a ser trabalhado deve ser levado em consideração.
(Moreira, 2001).
Por ser a História uma disciplina de conteúdos, muitas vezes, ultrapassados, carecida retomada
de novos estudos, auxiliados por pesquisas que, comummente, exige recursos didácticos distintos
para a viabilização dos resultados. Considera-se que ausência de suportes didácticos no ensino de
História, inviabilizará o desempenho do processo. Por assim ser, é preciso primar por recursos
didácticos que venham, de fato, proporcionar a personificação dos almejos, tanto do professor,
quanto dos alunos. (Davis, 2001)
A insuficiência de recursos didácticos nas escolas pode contribuir com a desmotivação intrínseca
dos alunos e gerar, como consequências, a evasão e a rectidão escolar. Eles possibilitarão a
conexão entre os discentes e assunto abordado, facilitando, de certa forma, o interesse e a
compreensão. (Cabrini, 1994)
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CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com Barros e Lehfeld (2000), a metodologia é como uma disciplina que se relaciona
com a epistemologia. Consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando
as suas limitações ou não em nível das implicações de suas utilizações.
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3.1. Tipo de pesquisa
Quanto a tipologia trata-se de uma pesquisa Qualitativa. Portanto, segundo (Maanen, 2008), a
pesquisa qualitativa compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam
descrever e descodificar os componentes de um sistema de significados, tendo por objectivo
traduzir e expressar o sentido dos fenómenos do mundo social
Portanto o presente trabalho se classifica como qualitativo na medida em que pretende-se fazer
uma análise de factores que influencia na qualidade de ensino de História na 10ª classe na escola
Secundária de Chicumbane, auxiliado pelo método quantitativo na medida em que providenciou-
se os dados numéricos que finalmente foram mensurados no âmbito da elaboração do relatório
final.
O universo para esta pesquisa constitui as turmas das 10 turmas da 10ª Classe que 6 professores
que leccionam estas turmas.
3.1.2. Amostra
Amostragem para esta pesquisa foi por conveniência, pois das 10 turmas da 10 classe
seleccionou-se aleatoriamente duas turmas, onde apenas trabalhou-se com 25 alunos por cada
turmas totalizando 50 alunos de ambos sexo e quanto aos professores escolheu-se trabalhar com
4 professores.
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A entrevista foi destinada aos 4 professores que leccionam a Disciplina de Historia na 10ª Classe.
O Questionário será destinado aos 50 alunos da mesma classe, sendo 25 para cada turma.
A partir da técnica de entrevista, obteve-se dado inerentes aos factores que influenciam na
Qualidade de ensino-aprendizagem de História no ensino Secundário. A recolha de dados teve
como base a consulta bibliográfica, entrevista e a observação no contexto do trabalho de campo,
portanto, o primeiro é definido por Lakatos (2009,) como sendo “ o acto de fazer leituras em
livros, manuais com objectivo de buscar informações para a compreensão do assunto estudado”
p. 134.
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Desde a criação da escola até à independência, leccionava-se da 1ª à 4ª classe do sistema
colonial e os exames eram realizados na Escola Mouzinho de Albuquerque actualmente Escola
Primária 24 de Julho na cidade de Xai-Xai ex João Belo, nesse período a direcção da escola era
formada pelos próprios missionários.
Depois da independência nacional a escola foi nacionalizada passando a ser controlada pelo
Ministério da Educação e designou-se Escola Primária de Chicumbane leccionando da 1ª à 5ª
Classe e com a introdução do sistema nacional da educação teve nova designação “Escola
Secundária de Chicumbane” nome que ostenta ate hoje.
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Fonte: Imagens captada pela Autora (2023)
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