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TCC Pedagogia

Este documento discute a importância do brincar na educação infantil. Primeiro, aborda a evolução histórica da infância e do brincar, explicando como as crianças eram vistas e tratadas no passado em comparação com os dias atuais. Em seguida, destaca a relevância do brincar no desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças segundo teóricos como Vygotsky e Piaget. Por fim, defende que as atividades lúdicas devem estar presentes na sala de aula para proporcionar

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Sara Andrade
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TCC Pedagogia

Este documento discute a importância do brincar na educação infantil. Primeiro, aborda a evolução histórica da infância e do brincar, explicando como as crianças eram vistas e tratadas no passado em comparação com os dias atuais. Em seguida, destaca a relevância do brincar no desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças segundo teóricos como Vygotsky e Piaget. Por fim, defende que as atividades lúdicas devem estar presentes na sala de aula para proporcionar

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UNIVERSIDADE PAULISTA - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO: PEDAGOGIA

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ADRIELI CAMILA GUIMARAES DO PRADO – RA 0581831


DAIANE GABRIELE GARCIA ZANATO – RA 2050071
PATRÍCIA APOLINÁRIO CANTALICE – RA: 2013444
SARA FERREIRA MARIANO – RA 2018703
TATIANE MARQUES ARRUDA – RA 2006131

ITATIBA – SP
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ADRIELI CAMILA GUIMARAES DO PRADO – RA 0581831


DAIANE GABRIELE GARCIA ZANATO – RA 2050071
PATRÍCIA APOLINÁRIO CANTALICE – RA: 2013444
SARA FERREIRA MARIANO – RA 2018703
TATIANE MARQUES ARRUDA – RA 2006131

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para a obtenção do título de
Pedagogia (Licenciatura). Universidade Paulista –
Polo Itatiba/SP.
Orientador: Prof. Daniel Mariani.

ITATIBA – SP
2022
ADRIELI CAMILA GUIMARAES DO PRADO
DAIANE GABRIELE GARCIA ZANATO
PATRÍCIA APOLINÁRIO CANTALICE
SARA FERREIRA MARIANO
TATIANE MARQUES ARRUDA

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de
Pedagogia (Licenciatura). Universidade Paulista –
Polo Itatiba/SP.
Orientador: Prof. Daniel Mariani.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof. Nome do Professor Universidade Paulista UNIP
DEDICATÓRIA

Dedicamos o nosso trabalho, a Deus, que nos guiou e iluminou a todo momento,
as integrantes do grupo, a nossa família, peças fundamentais que nos fortaleceram
para continuarmos em frente.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos também primeiramente a Deus, por ser o centro de nossas


realizações, além de nos fortalecer a não desistir durante todo o percurso
acadêmico.
Somos gratos também, ao nosso orientador desse trabalho, Profº Daniel Mariani,
pelas orientações e indicações das diretrizes para o planejamento, desenvolvimento
até a finalização do trabalho.
Além disso, também deixamos o nosso agradecimento para nossa tutora de
Itatiba/SP, Lucimar Do Vale, pela dedicação em suas orientações prestadas na
elaboração desse trabalho nos incentivando e colaborando no desenvolvimento de
nossas ideias.
Por fim, agradecemos aos nossos colegas e amigos conquistado através desse
projeto e a todos os colaboradores que compõem o polo da UNIP Itatiba, que de
forma direta ou indiretamente fizeram parte dessa realização, pela troca de
aprendizado e todo conhecimento, tornando uma experiencia única para nossa
formação acadêmica.
“Brincar é muito mais que se divertir, é exercitar a

RESUMO imaginação, é crescer, é se desenvolver!”

(Marianna Moreno)
Esse projeto pretende demonstrar a importância do brincar, que nada mais é do
que sugestões criativa e recreativa de caráter físico ou mental, desenvolvida
espontaneamente, cuja evolução é definida e o final nem sempre previsto. Iremos
focar na educação infantil que praticamente é o início da aprendizagem das
crianças. O resultado esperado é promover uma educação diferenciada, que seja
capaz de focar a ludicidade como motivação para todos em geral, estimulando a
aprendizagem de maneira cognitiva, afetiva e psicomotora. O brincar faz bem em
toda as fases da vida do ser humano. O professor não é um simples espectador,
porém, deve ser um agente ativo, participativo, condutor e estimulador do brincar;
assim sendo, facilitará não só o processo de aprendizagem, mas, como o processo
de autonomia infantil, através das brincadeiras.

05 palavras chave: Lúdico / cognitivo / desenvolvimento / faz de conta /


criatividade
ABSTRACT

This project intends to demonstrate the importance of playing, which is nothing


more than creative and recreational suggestions of a physical or mental nature,
developed spontaneously, whose evolution is defined and the end is not always
foreseen. We will focus on early childhood education, which is practically the
beginning of children's learning. The expected result is to promote a differentiated
education that is able to focus on playfulness as a motivation for everyone in general,
stimulating learning in a cognitive, affective and psychomotor way. Playing is good at
all stages of human life. The teacher is not a simple spectator, however, he must be
an active, participatory, conducting and stimulating agent of play; therefore, it will
facilitate not only the learning process, but also the process of children's autonomy,
through play.

05 keywords: Playful / cognitive / development / make-believe / creativity


SUMARIO
INTRODUÇÃO

O que nós estimulou a escolher esse tema foi que vamos nos tornar
professores de alunos após uma pandemia de cerca de dois anos, onde muitos não
conheceram a fase do brincar, sentimos a importância de aprofundar o nosso
conhecimento utilizando métodos de brincadeiras e o lúdico para ter uma
aprendizagem mais prazerosa e também uma infância melhor.
O brincar é um desempenho fundamental para as crianças é através das
brincadeiras que elas compreendem o mundo, se comunicam e se incluem num
contexto social. Brincar é um direto da criança, aonde ela adquiri respeito,
aprendizagem de valores, cooperação, igualdade, autonomia e justiça. Sendo assim,
é de grande importância que as escolas de ensino infantil devem dar uma atenção
especial a essa atividade.
O objetivo geral é demonstrar como a aplicação de jogos, brinquedos e
brincadeiras tem alcançado força entre professores e apresentar sua relevância na
educação infantil. Mais em especifico falar-se que antigamente o brincar era
proposto apenas nos intervalos ou em momentos livres da aula, porém, isso está
sendo mudado e por isso queremos mostrar como o lúdico pode estar presente nas
salas de aula, favorecendo positivamente para a aprendizagem das crianças.
Considera-se que a criança executando aquilo que ela aprecia aprende mais
facilmente, e então “o brincar” em sala de aula são favoráveis para o conhecimento
e ajudam os professores a alcançar seus propósitos em sala de aula.
Portanto, para que possam contribuir para este trabalho, iremos utilizar
documentos e teorias referente aos autores Vygotsky, Piaget, dentre outros.
Um dos pensadores que fez parte da história da pedagogia e que agregou o
nosso projeto de pesquisa foi Vygotsky, elaborou a lei do desenvolvimento do
brinquedo "o brincar é essencial para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois
os processos de simbolização e representação a levam ao pensamento abstrato"
(1991).
Segundo o livro texto da UNIP, as Teorias de Piaget (psicólogo, biólogo e
pensador suíço) as crianças enfrentam 04 fases de desenvolvimento sendo elas:
Estágio sensório-motor (dos 0 aos 02 anos), Estágio pré-operacional (dos 02 aos 07
anos), Estágio das operações concretas (dos 07 aos 11 anos) e Estágio das
operações formais (dos 11 anos aos 14 anos), sendo assim é de extrema
importância que os professores que estão iniciando ou que já estão no ramo da
educação reconheçam as fases das crianças, o faz de conta, a autonomia,
desenvolvimento psicomotor.
Diante disso, o nosso intuito na conclusão desse trabalho é desenvolver
habilidades correlacionada ao brincar e aprendizagem no ramo da educação infantil,
para que futuramente quando estivermos exercendo dentro de uma sala de aula
podemos ter como uma base o conhecimento adquirido nesse trabalho.
CAPITULO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS CRIANÇAS E DO BRINCAR

A evolução sobre a infância varia historicamente, e todos estão em contínua


mudança. Sendo de supra importância compreender que nem sempre as crianças
foram consideradas em seus aspectos infantis. A infância é um período da vida
marcado por processos que agregam para o desenvolvimento do individuo que não
se refere apenas a um tempo cronológico, mas também se relaciona com as
particularidades sociais e simbólicas construídas em diversas sociedades.
Antigamente, a criança daquela época era vista como “adultos em miniaturas”,
inseridas desde de muito pequena nesse mundo, participando da vida social, cultural
e dos jogos, segundo Àries (1981). Podemos observar que mesmo sendo criança,
naquela época elas não tinham uma atenção especifica igual ao que temos
atualmente, sendo vestidas igual o costume dos adultos, não tendo uma infância
digna.
No decorrer da evolução histórica, a criança começa a ganhar um papel
fundamental com o surgimento do sentimento de infância no século XVIII, sendo
tratadas com particularidades, onde os sentimentos próprios tinham poder. Porém,
segundo Gélis (1991) não foi de forma homogênea, pois, deve-se a diversidade de
entendimentos, porém, nessa época podemos observar houve uma maior
preocupação dos pais com as crianças em relação a saúde e educação.
Além disso, o brincar não existia naquela época para as crianças, pois, conforme
explicitamos acima, elas eram tratadas como adultos. Segundo Postman (1999),
quando as crianças completavam cinco a seis anos era encerrado um ciclo e
começava outro, a escravização, dos seis aos doze anos, tinham pequenas tarefas e
depois, tanto meninas quanto meninos já eram vistos como adultos, referente
trabalho e sexualidade.
Antigamente, as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje, por isso
elas usavam a criatividade para cria-los, assim como, tocos de madeira, pedrinhas,
legumes e palitos para construir seus próprios animais de acordo com a sua
imaginação, além de algumas brincadeiras como, amarelinhas, cinco marias, bolinha
de gude, cantigas de rodas, passa anel, roda pião, dentre várias outras e assim se
divertiram por décadas.
Com o avanço da tecnologia e a modernidade trouxe brinquedos que não utilizam
a criatividade das crianças conforme antigamente, pois, elas já encontram tudo
pronto. Sendo assim, é de grande relevância que as crianças não percam o prazer
das brincadeiras simples que agregam muito mais na interação uns com os outros
do que a tecnologia.

1.1 A importância do brincar na educação infantil

Na educação infantil, é importante que os alunos vivem em um ambiente onde pos-


sam manipular objetos como brinquedos e interagir com outras crianças e principal-
mente aprender, pois o brincar é um importante forma de comunicação. De acordo
com o currículo da educação Infantil (RCNEI, 1998), o brincar funciona como um
cenário em que as crianças são capazes não apenas de imitar a vida mas também
de transformá-la. É graças a isso que as crianças criam ideias, escolhem ideias,
pensam e socializam. Também é interessante notar que esta é uma atividade que
promove a aprendizagem e a socialização. Desenvolvimento mental, social, físico,
emocional, cognitivo e e habilidades emocionais porque com isso Os bebês revelam
seus sentimentos, aprendem, criam, mineraram, pensam, sentem, reconstroem e se
move. Curiosamente, o trabalho de Piaget (1979) sobre o desenvolvimento cognitivo
trespassa por vários estágios, mas destacamos um dos estágios por acreditarmos
que esse período específico é razoável. O desenvolvimento infantil que ocorre antes
da cirurgia (entre 02 e 07 anos de idade) inicia-se com o surgimento de atividade ex-
pressiva que modifica o comportamento real. Ou seja, a criança começa a fantasiar
e a imitar o que vê. Segundo os autores citados, primeiras reconstruções verbais do
comportamento ocorrem por meio do jogo simbólico e da reprodução de situações
de não-imitação. O pensamento de uma criança de 02 a 7 anos é dominado por rep-
resentações imagéticas de figuras simbólicas, nas quais ela vê imagens como sub-
stitutos reais de objetos. Com esquemas cognitivos pré-determinados nesta faixa
etária, encontram-se em uma fase de sua vida caraterizada por uma mudança acen-
tuada, esta é a fase pré-escolar que exige habilidades cognitivas específicas para
um bom desempenho escolar. O jogo promove o aprendizado pois é brincando que
o ser humano se torna capaz de viver em uma ordem social e em um mundo cul -
turalmente simbólico, sendo também o mais completo dos processos educativos,
pois influencia o intelecto, o corpo afetivo e no a criança . Kishimoto (1996) afirmou
que as atividades lúdicas podem ser representadas de três maneiras: brincadeiras,
brinquedos e jogos, cada um com características diferentes, mas semelhantes em
termos de desenvolvimento cognitivo e prazer. A ludicidade faz parte da especifici-
dade da criança e se oferece à criança em seu desenvolvimento em busca de sua
completude, seu conhecimento, seu conhecimento e suas expetativas de mundo. As
atividades recreativas e suas oportunidades podem e devem ser utilizadas como re-
cursos de aprendizagem e desenvolvimento, pois são importantes para as crianças.
Nesse sentido, Piaget (1976, p. 160) observa:

“O jogo é, portanto sob suas duas formas essenciais de exercício sensório –


motor e de simbolismo uma assimilação da real atividade própria,
fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em
função de suas necessidades múltiplas do eu. Sendo assim, os métodos
ativos de educação das crianças exigem que se forneça um material conve-
niente, a fim de que, jogando elas cheguem a assimilar as realidades int-
electuais, que nem isso permanece exteriores á inteligência infantil”.

É fato inegável que o desenvolvimento da criança ocorre em seu cotidiano por meio
do brincar na escola E os educadores precisam se adaptar a isso. Procure progra-
mar essa prática durante as atividades escolares. Apesar dos desafios que en-
frentam todos os dias Eles precisam melhorar continuamente e melhorar seus méto-
dos. Como o tópico Kishimoto (1994, p.16) [...] afirma que um jogo pode ser consid-
erado o resultado de um sistema de linguagem operando em um contexto social; um
sistema de regras; e um objeto" [...Esses três aspectos possibilitam a compreensão
do jogo ao distinguir os significados oriundos de diferentes culturas de acordo com
regras e objetos específicos. E entender que os brinquedos são o suporte do jogo ou
seja, os brinquedos são representados por bonecos, carros, etc. Assim, a prática do
jogo proporciona às crianças uma sensação de prazer, em que aprendem brincando,
e com isso também melhoram seus aspectos físicos, motores e psicomotores, facili-
tando o processo de aprendizagem. Isso acontece usando objetos como se fossem
outra coisa (por exemplo, quando uma criança usa um cabo de vassoura como um
cavalo de uma situação para outra. (Quando as crianças brincam em casa ao invés
de situações cotidianas). É nesse período que a criança é egocêntrica, pois não pos -
sui esquemas conceituais e lógicos, seu pensamento é uma mistura de fantasia e re-
alidade, o que dificulta a percepção da situação real, desta forma, não têm a capaci-
dade de se colocar no lugar de imputar seus próprios pensamentos a objetos, isso
se chama animismo (por exemplo, quando uma criança diz que sua boneca está
triste e chora). O contato com o lúdico permite que a criança experimente a capaci-
dade de explorar o mundo das coisas, das pessoas, da natureza e da cultura de
compreendê-lo e expressá-lo por meio de diferentes linguagens. Mas em termos de
pura imaginação onde o jogo atua como uma mobilização de sentido. Por fim, sua
importância diz respeito às culturas infantis que botam o brincar como uma ferra -
menta para que as crianças se expressem, aprendem e crescem.

1.2 CONTEXTUALIZANDO O BRINCAR

"O brincar na RCNEI pode ser entendido como uma linguagem infantil que mantém
uma relação com o que é ' não brincar '" (PAU-ROSADO, 1998, p. 27) e recorre ao
uso do simbolismo, o simbólico, com elementos da imaginação. Língua. Na peça, ela
reforçou muitas emoções. pela variedade de jogos que vivencia ela organiza seu
mundo interior para melhor. E o mais importante, enquanto joga, você aprenderá de
uma maneira divertida. mudando o conhecimento facilmente para se tornar uma
aprendizagem significativa. Segundo Vygotsky (1991), é por meio do brincar que o
sujeito é capaz de expressar o significado social erigido no passado. assim como
novos significados que é aprendido durante as interações criadas com pares e adul -
tos. Em outras palavras, o desenvolvimento ocorre socialmente em meio ao que
acontece na vida cotidiana e por meio da interação com outras pessoas, de modo
que as crianças imitam os adultos. O conhecimento da criança se dá pela imitação
do adulto ou algo conhecido, uma experiência vivida na família ou outros ambientes
de referência, um colega ou cenas assistidas na televisão em livros, entre outros. A
linguagem falada e gestual que oferece diferentes níveis de organização para serem
aplicados na brincadeira os conteúdos sociais, estados de valores e comportamen-
tos que remetem à forma como o universo social é construído. Em Jean Piaget
(1998), linguagem e pensamento estão geneticamente enlaçados através de três for-
mas de pensar: o pensamento autista, o subconsciente, ou seja, o problema não ex-
iste na consciência Pensamento do ego, que é aquele que absorve o ato em si, inde -
pendentemente da relação baseada na perspectiva deste. e o pensamento In-
teligente, um padrão de pensamento único que ocorre entre as idades de sete e oito
anos. O uso de símbolos é uma nova etapa no desenvolvimento infantil, pois con-
ceitua a inteligência prática ou sensório-motora que até então era predominante. O
cognitivo pode ser concebido como um instrumento indispensável para o bom uso
da linguagem pois quando o sujeito se aproxima das etapas das operações formais,
ele consegue se suprir de matéria verbal e não é mais tão concreto quanto no
período anterior. A organização do espaço deve estar de acordo com a faixa etária
dos alunos onde o ambiente é composto por objetos e linguagens que retratam a
cultura e o meio social em que a criança está inserida. Brincar em um espaço com
brinquedos e objetos, escolher com quem você quer brincar e o espaço em que quer
brincar são atividades importantes. Porque a troca de conhecimento ocorre natural-
mente por meio de diferentes linguagens, seja física, gestual, musical ou de repre-
sentação da realidade cada .. A criança ao agir imaginativamente, é estimulada a
usar a criatividade, tendo como parâmetro seu mundo infantil (HANK, 2006). Assim,
o uso de jogos e brincadeiras nas práticas pedagógicas é um avanço para a edu-
cação Infantil, pois o lúdico oferece condições de sociabilidade, levando a criança a
se organizar mutuamente em ações e intensificando a comunicação e a cooperação.
CAPITULO 2 - A LUDICIDADE NA EDUCAÇÂO INFANTIL

Ludicidade é um termo que tem origem na palavra latina “ludus”, que significa jogo
ou brincar. Na educação, usamos o conceito do lúdico para nos referir a jogos, brin-
cadeiras e qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia. A ludicidade é
um instrumento potente para o processo de ensino-aprendizagem em qualquer nível
de formação, mas está presente com mais frequência na Educação Infantil. Isso
porque, na infância, a forma como a criança interpreta, conhece e opera sobre o
Mundo é, naturalmente, lúdica.

A atividade lúdica é muito viva e caracteriza-se sempre pelas transfor-


mações, e não pela preservação, de objetos, papéis ou ações do passado
das sociedades [...]. Como uma atividade dinâmica, o brincar modifica-se de
um contexto para outro, de um grupo para outro. Por isso, a sua riqueza.
Essa qualidade de transformação dos contextos das brincadeiras não pode
ser ignorada. (FRIEDMANN, 2006, p. 43).

O brincar desempenha um papel extremamente importante na constituição do pen-


samento infantil. É através dele que se inicia uma relação cognitiva do indivíduo com
o mundo de eventos, coisas, símbolos e pessoas que o rodeia. A partir da brin-
cadeira, a criança reproduz o discurso externo, o internaliza, interpreta e constrói
seu próprio pensamento
Vygotsky (1984) atribui um importante papel para o desenvolvimento cognitivo à me-
dida que sistematiza as experiências e colabora com a organização dos processos
em andamento.
Por is so, devemos valorizar e direcionar a brincadeira, quando utilizada como instru-
mento pedagógico. Processos de pré-alfabetização, por exemplo, podem acontecer
de forma natural e fluida quando realizados à partir da ludicidade.
Piaget (1978) atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da cri-
ança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar
energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento
intelectual.
Segundo Ribeiro (2013, p.1), o lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de
todo ser humano. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão,
mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da in-
fância.
O brincar está intrinsecamente unido ao processo de aprendizagem infantil, na visão
de Dornelles (2001) “através do brincar a criança experimenta, organiza-se, regula-
se, constrói normas para si e para o outro. Ela cria e recria, a cada nova brincadeira,
o mundo que a cerca”. Considerando esses aspectos, pode-se definir que a brin-
cadeira é conjuntamente ligada a vida social da criança, sendo capaz de ser transmi -
tida de forma expressiva de uma geração para a outra. O brincar é totalmente con-
strutor na formação da autonomia das crianças, por tanto aqui, neste processo é
necessário oferecermos para elas, um ambiente de possibilidades o tempo todo, e o
espaço escolar deve vir de encontro a essas possibilidades, considerando o conhec-
imento prévio das crianças, o contexto familiar e social em que estão inseridas, uma
das maneiras importantes e construtivas de se trabalhar o brincar diante dos es-
paços internos da sala de aula, é importante ressaltar os cantos temáticos, que são
pequenos espaços físicos com delimitação entre eles com mesas, marcas de giz, al-
mofadas, banquetas, fitas entre outros objetos e materiais. Por meio das interações
provocadas pelo canto temático, as crianças ao brincar, vão construindo um modo
de agir, sentir e pensar, também se descobrindo como seres individuais, é preciso
criar oportunidades, dar às crianças a oportunidade de escolher, para uma ampli-
ação do modo de perceber a si mesmas, perceber o outro, perceber o coletivo e por
fim perceber as coisas A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infân-
cia, trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento in-
tegral das crianças. Ao observar as interações e brincadeiras entre as crianças e de-
las com os adultos, é possível identificar, por exemplo, a expressão dos afetos, a
mediação das frustrações, a resolução de conflitos e a regulação das emoções
(BRASIL, 2018, p. 33). A todo momento o educador precisa proporcionar aos seus
educandos, a oportunidade de aprender seja dentro ou fora da sala de aula, bus-
cando fazer com que o indivíduo, nas suas particularidades, aprenda não só ensi -
nando o coletivo, o grupo, a turma etc., ou seja, o educando precisa ser tratado
como um ser único. Tendo em vista a exigência de o educador ensinar e do edu-
cando aprender, surge o canto temático que tem como um dos seus principais obje-
tivos despertar o interesse das crianças, por fim, cabe ao educador, planejar os es-
paços pedagógicos, visando sempre o desenvolvimento da criança em seus múltip-
los aspectos, para que esse seja protagonista de Toda a ação pedagógica. Quanto à
organização dos espaços internos e externos à sala de aula, é interessante pensar-
mos que nenhum ambiente é imutável, que suas transformações estão relacionadas
ao uso e às necessidades, que todo espaço é construído temporal e socialmente e
que são integrantes da ação pedagógica.

2. 1 HABILIDADES SOCIOAFETIVAS

Desenvolvimento afetivo e emocional, saber esperar a vez do colega, emprestar o


material, saber devolver, pedir licença, dar bom dia, boa tarde. Enfim, todas es-
sas são habilidades sociais que devem ser desenvolvidas na criança. O termo se
refere à capacidade do ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto
por sensações internas como externas. A Afetividade é um dos conjuntos funcionais
da pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desen -
volvimento e construção do conhecimento.
Ao brincar, a criança desenvolve uma relação afetiva com o mundo, com os objetos
e, principalmente, com as pessoas ao seu redor. Isso faz com que ela se depare
com limites, vontades, desejos e interpretações diferentes das suas, havendo, então,
uma troca valiosa que constrói suas habilidades sociais. Ao entrar em contato com
diferentes perspectivas e personalidades enquanto brinca, a criança alinha suas ca-
pacidades emocionais à convivência e à coexistência. Trabalhar os conceitos de co-
operação, coletividade e trabalho em grupo através de brincadeiras com a turma, ou
mesmo em casa com a família, desenvolve noções de respeito e igualdade em re-
lação ao outro, valores que são extremamente importantes para a convivência em
sociedade.
Freire (1996, p. 96) ressalta características do professor que envolve afetivamente
seus alunos: O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a
intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é, assim, um desafio e não
uma cantiga de ninar.
2.2 HABILIDADES PSICOMOTORAS

De acordo com a Associação Brasileira de Psicomotricidade, o conceito está


relacionado a uma concepção do movimento interligado com as interações
cognitivas, psíquicas, sensoriomotoras e sociais dos indivíduos.

O prefixo psico vem do grego Psyché, que significa alma, espírito. Ao longo dos
anos, o termo foi utilizado para se relacionar com o estudo da mente humana. Já a
palavra motriz significa movimento. Assim, psicomotricidade é o estudo do indivíduo
tendo o movimento como aspecto centralizador.

Muito se fala dos efeitos alienadores do uso excessivo de tecnologias e jogos digi-
tais na infância. Isso afeta, além das habilidades sociais, o desenvolvimento psico-
motor da criança, pois limita os estímulos que ela recebe a uma fonte inorgânica e
artificial de conteúdo. Isso não faz desse tipo de recurso algo a ser completamente
negado – ele, por certo, também tem seu espaço. Porém, correr, pular, dançar, es-
calar e conhecer o mundo através dos instintos e dos sentidos fazem com que a cri -
ança explore melhor seu próprio corpo. Isso, atrelado à ludicidade, traz habilidades
como autoconfiança, autoestima e superação, eliminando inseguranças em relação
ao mundo externo e às limitações internas.

E o desejo por saber acontecem de maneira natural, ampla e fluida, fazendo com
que a educação aconteça de forma emancipadora, afetiva e plural.
O artigo 31 da Convenção dos Direitos das Crianças (BRASIL,1990) garante o brin-
car como um direito da infância. Toda a sociedade deve estar voltada a atender esse
direito, além de oportunizar momentos de livre expressão e exploração para as cri-
anças que desenvolvem suas.

2.3 O NÃO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFALTIL.

 Sua ausência durante a infância pode causar efeitos indesejáveis, como uma baixa
capacidade de autonomia ou imaturidade no desenvolvimento emocional. Brincar é
muito saudável. Quando brinca, a criança explora o mundo. Imita os mais velhos,
testa alternativas, experimenta, resolve problemas, desenvolve seu pensamento e
sua criatividade. Uma criança que brinca certamente será um adulto bem ajustado,
com bom desempenho na vida. Caso contrário, a falta de brincadeiras tem um im-
pacto negativo no futuro das crianças.
Os momentos de brincadeira na infância são cada vez mais raros. Um problema que
cresce cada vez mais é o de “crianças atarefadas”. São crianças que passam de
uma atividade para outra ao longo do dia e que não têm tempo para brincar.
Escola, esportes, aulas de idiomas, danças, artes marciais, música e uma série de
outras atividades preenchem o dia a dia dos pequenos. Assim, eles chegam em
casa exaustos e não querem mais brincar. São crianças que não têm tempo para
brincar livremente. É necessário que os responsáveis pela criança entendam que
brincar é aprender e que o tempo em que a criança brinca é fundamental para o seu
desenvolvimento. Pouca criatividade e imaginação
A criatividade é essencial para a vida. É o segredo que permite resolver problemas e
lidar com diferentes situações. O mundo que a criança cria quando brinca torna-se
real para ela. Através da brincadeira, a criatividade da criança levanta voo. Está
comprovado que a falta de brincadeiras dificulta essa habilidade que é o que permite
o pensamento original.

 Falta de autonomia e independência


À medida que evolui e cresce, a criança deve se livrar de sua mãe e pai e adquirir
um pouco autonomia. Brincar é fundamental para que isso aconteça, porque
brincando a criança toma decisões, resolve problemas e age sem que um adulto
supervisione ou lhe diga o que fazer. Ao brincar, a criança dá asas a sua autonomia.

 Timidez
A criança que não brinca desde que é um bebê geralmente é tímida e insegura. Ela
duvida de tudo o que faz e tem vergonha de qualquer situação em que esteja
exposta.
Muitas vezes, essa timidez é resultado dos pais que estão dizendo à criança o dia
todo o que fazer. Além disso, eles repreendem a criança quando as coisas não vão
bem. Nesses casos, são crianças que não recebem espaço para brincar livremente,
para liberar sua energia e potencial ou para descobrir seus talentos.
 Dificuldades em se relacionar com pessoas
Brincar contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais. A maioria das
habilidades sociais que uma pessoa precisa para ter sucesso na vida são adquiridas
através das brincadeiras na infância.
Brincando, as crianças aprendem a se controlar, a negociar, a trabalhar em equipe, a
esperar e a compartilhar.  A ausência de brincadeiras na infância gera pessoas
isoladas, centradas em si mesmas e individualistas.

 Imaturidade no desenvolvimento emocional


Brincar é essencial para o desenvolvimento emocional das crianças. Brincadeiras
imaginárias são fundamentais, pois com elas a criança aprende muito sobre si
mesma e pode projetar suas emoções sem limitações. Imagina a si mesma
superando obstáculos e medos ao triunfar em situações de risco, então essas
visualizações tornam-se verdadeiras experiências que a enriquecem.
A criança se sente poderosa e independente, e com isso seu equilíbrio emocional é
favorecido.

Por fim, temos que as crianças merecem toda a atenção do sistema educacional,
para que sejam sempre protagonistas e autônomas desde sua primeira infância, e o
brincar é essencial para a consolidação desse dito protagonismo.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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