0% acharam este documento útil (0 voto)
43 visualizações

Exerc-Resolvidos Extra-Cap1 2223

Este documento contém resoluções de exercícios de cálculo diferencial e integral. Os exercícios abordam tópicos como números reais, expressões algébricas, conjuntos, supremos e ínfimos, indução matemática. As resoluções fornecem passos detalhados para chegar às soluções corretas.

Enviado por

Inês Cachola
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
43 visualizações

Exerc-Resolvidos Extra-Cap1 2223

Este documento contém resoluções de exercícios de cálculo diferencial e integral. Os exercícios abordam tópicos como números reais, expressões algébricas, conjuntos, supremos e ínfimos, indução matemática. As resoluções fornecem passos detalhados para chegar às soluções corretas.

Enviado por

Inês Cachola
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 10

Exercı́cios Resolvidos de Cálculo Diferencial e Integral I

LEIC-T, LEE, LETI, LEGI - CDI-I - 1º Sem. 2022/23

Resoluções da autoria do Professor João Teixeira Pinto e da Professora Catarina Carvalho.

1 Capı́tulo 1. Números reais: revisões e propriedades


Nota: Para além desta lista, poderão ver os exercı́cios

Expressões algébricas, inequações. Supremo e ı́nfimo de um conjunto


1. Sejam A, B e C os seguintes subconjuntos de R:
i √ i
A = x ∈ R : x2 + 2|x| > 3 ,

B = 0, 2 ,

 
1
C= 2 − : n ∈ N1 .
n
a) Calcule A sob a forma de uma reunião de intervalos.
b) Indique, caso exista, inf A, min A ∩ B, máx A ∩ B, máx A ∩ B ∩ Q, inf A ∩ B ∩
Q, máx C, máx B \ C .

a) x2 + 2|x| > 3 ⇔ |x|2 + 2|x| − 3 > 0 ⇔ |x| > 1 ∨ |x| < −3 ⇔


x < −1 ∨ x > 1.
(OU: Para x ≥ 0: x2 + 2x > 3 ⇔ x2 + 2x − 3 > 0 ⇔ (x + 3)(x − 1) > 0. Logo,
x ∈ [0, +∞[ ∩ (]−∞, −3[ ∪ ]1, +∞[) = ]1, +∞[.
Para x < 0: x2 − 2x > 3 ⇔ x2 − 2x − 3 > 0 ⇔ (x − 3)(x + 1) > 0. Logo,
x ∈ ]−∞, 0[ ∩ (]−∞, −1[ ∪ ]3, +∞[) = ]−∞, −1[.)
Assim, A = ]−∞, −1[ ∪ ]1, +∞[.
b) inf A não existe, porque A não é minorado;
 √  √
A ∩ B = 1, 2 : min A ∩ B não existe, máx A ∩ B = 2, máx A ∩ B ∩ Q não existe,
√ √
já que 2 ∈ / Q, e inf A ∩ B ∩ Q = 1; máx C não existe; máx B \ C = 2.

2. Considere os seguintes conjuntos de R:


x4 − 4
 
A= x:x≥0 ∧ ≤0 , B = {x : x ≥ 0 ∧ ∃k∈N kx ∈
/ Q} .
|x − 1|
 √ 
a) Mostre que A = 0, 2 \ {1} e justifique que B = [0, +∞[\Q.
b) Determine, ou mostre que não existem, o supremo, ı́nfimo, máximo e mı́nimo de
cada um dos conjuntos A e A \ B.

1
a) Começamos por notar que

x4 − 4 (x2 − 2)(x2 + 2)
≤0 ⇔ ≤0
|x − 1| |x − 1|
⇔ x2 − 2 ≤ 0 ∧ |x − 1| =
6 0 (porque x2 + 2 > 0 e |x − 1| ≥ 0)
h √ √ i
⇔ x ∈ − 2, 2 \ {1}.

Então,
n h √ √ i o h √ i
A = x ∈ R : x ≥ 0 ∧ x ∈ − 2, 2 \ {1} = 0, 2 \ {1}.

Relativamente a B começamos por notar que se existe um k ∈ N tal que kx 6∈ Q


então x 6∈ Q pois, caso contrário, kx ∈ Q para todo o k ∈ N. Portanto B ⊂ R \ Q.
Reciprocamente, se x ∈ R \ Q então 1 · x = x 6∈ Q. Portanto B é de facto o conjunto
dos números irracionais positivos.
 √  
b) Notamos que A \ B = 0, 2 \ {1} ∩ Q. Então,

sup A = sup A \ B = 2 = máx A,
inf A = inf A \ B = 0 = min A = min A \ B.

A \ B não tem máximo pois sup A \ B = 2 6∈ Q.

3. Para A ⊂ R, A 6= ∅, definimos −A = {−x : x ∈ A}. Justifique que A é minorado se e


só se −A é majorado e nesse caso temos inf A = − sup(−A).

Temos −A 6= ∅. Por definição, A é minorado se existe x ∈ R com x ≤ a, para todo


a ∈ A. Como x ≤ a ⇔ −x ≥ −a, temos A é minorado ⇔ −A é majorado. Neste caso,
existem inf(A) e sup(−A). Sendo α = inf(A) o maior minorante de A, temos que −α é
o menor majorante, ie, o supremo, de −A.

4. Sejam A e B dois subconjuntos de R tais que A ⊂ B e suponha que A é não vazio e


B é majorado. Justifique que existem os supremos de A e B e prove que se verifica
sup A ≤ sup B.

Se B é majorado e A ⊂ B, então A é majorado e qualquer majorante de B é majorante


de A (directamente da definição de majorante). Por outro lado A 6= ∅∧A ⊂ B ⇒ B 6= ∅.
Logo como A e B são majorados e não-vazios, o axioma do supremo garante que sup A
e sup B existem. Como sup B é majorante de B será também majorante de A, logo
sup A ≤ sup B.

5. Seja A ⊂ R e s = sup A. Se existe ε0 > 0 tal que (Vε0 (s) \ {s}) ∩ A = ∅, então A tem
máximo.

2
Como s = sup A, sabemos que, para qualquer ε > 0, Vε (s) ∩ A 6= ∅. Como (Vε0 (s) \
{s}) ∩ A = ∅ = (Vε0 (s) ∩ A) \ {s}, vemos que Vε0 (s) ∩ A = {s}, em particular, s ∈ A e
A tem máximo.

6. Seja A um subconjunto de R, majorado e não vazio, e seja m um majorante de A,


distinto do supremo desse conjunto. Mostre que existe ε > 0 tal que Vε (m) ∩ A = ∅.

Se m é majorante de A e m 6= sup A então m > sup A. Tem-se x ≤ sup A < m, para


qualquer x ∈ A, logo, para 0 < ε < m − sup A, Vε (m) ∩ A = ∅.

7. Sendo A um subconjunto majorado e não vazio de R e α = sup A, prove que, para


qualquer ε > 0, o conjunto Vε (α) ∩ A é não vazio. Na hipótese de α não pertencer a A,
o conjunto Vε (α) ∩ A pode ser finito? Justifique.

Tem-se que α = sup A sse α é majorante e para qualquer ε > 0, α − ε não é majorante,
ou seja, existe x ∈ A, com x > α − ε. Mas

x ∈ A ∧ α ≥ x > α − ε ⇒ x ∈ Vε (α) ∩ A.

Não. Se Vε (α) ∩ A é finito para algum ε > 0, podemos escrever

Vε (α) ∩ A = {x1 , x2 , . . . , xp },

para algum p ∈ N, com x1 < x2 < · · · < xp < α (como α ∈ / A, α ∈/ Vε (α)∩A). Logo, não
existe x ∈ A tal que xp < x < α, ou seja, para ε0 = α − xp > 0, teriamos Vε0 (α) ∩ A = ∅,
o que contraria o facto de ser α = sup A.

Indução Matemática
1. Considere as sucessões reais (un ) e (vn ) definidas por recorrência por:
( (
u1 = 1, v1 = 3,
3vn
p
un+1 = 2u2n + 1, vn+1 = (n+1) 2 .

Mostre, usando indução matemática, que para qualquer n ∈ N,


√ 3n
(a) un = 2n − 1, (b) vn = .
(n!)2


(a) Para n = 1, temos u1 = 21 − 1 = 1.

Hipótese de indução: para certo n ∈ N, un = 2n − 1.

3

Tese: un+1 = 2n+1 − 1.
Temos por hipótese, u2n = 2n − 1. Assim, usando a fórmula de recorrência,
p p p p
un+1 = 2u2n + 1 = 2(2n − 1) + 1 = 2n+1 − 2 + 1 = 2n+1 − 1,

como querı́amos mostrar.


31
(b) Para n = 1, temos v1 = = 3.
(1!)2
3n
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, vn = (n!)2
(i.e P (n) é verdadeira)
e queremos provar:
3n+1
Tese: vn+1 = ((n+1)!) 2.

3n
Temos por hipótese, vn = . Usando a fórmula de recorrência,
(n!)2
3 n
3vn 3 (n!) 2 3n+1 3n+1
vn+1 = = = =
(n + 1)2 (n + 1)2 (n!)2 (n + 1)2 ((n + 1)!)2

como querı́amos mostrar.

2. Demonstre pelo princı́pio de indução matemática que:

a) 1 + 3 + · · · + (2n − 1) = n2 , para todo o n ∈ N.1


1 1 1 n
b) 1·2 + 2·3 + ... + n(n+1) = n+1 , para todo o natural n ∈ N.
c) Para a ∈ R, (a − 1)(1 + a + · · · + an ) = an+1 − 1, para qualquer n ∈ N0 .
1 2 n 1
d) 2! + 3! + ··· + (n+1)! =1− (n+1)! , para qualquer n ∈ N.

a) 1 + 3 + · · · + (2n − 1) = n2 , ∀n ∈ N:

Para n = 1, temos 2 · 1 − 1 = 1, que é uma proposição verdadeira.


Hipótese de indução: para certo n ∈ N, temos 1 + 3 + · · · + (2n − 1) = n2 .
Tese (a provar): 1 + 3 + · · · + (2n − 1) + (2(n + 1) − 1) = (n + 1)2 .
Usando a hipótese de indução, temos:

1 + 3 + · · · + (2n − 1) + (2(n + 1) − 1) = n2 + (2n + 2 − 1) = n2 + 2n + 1 = (n + 1)2

como querı́amos mostrar.


Pn
(Alternativamente, Pn escrever 1 + 3 + · · · + (2n − 1) =
podemos k=1 (2k − 1) e usar
o facto n+1
P
k=1 (2k − 1) = k=1 (2k − 1) + 2(n + 1) − 1.)

1 1 1 n
b) 1.2 + 2.3 + ... + n(n+1) = n+1 , ∀n ∈ N:
1 Pn
Esta expressão pode ser escrita na forma de somatório como k=1 (2k − 1) = n2 . Ver exercicios seguintes.

4
1 1 1
Para n = 1, temos 1.2 = 1+1 ⇔ 2 = 12 , que é uma proposição verdadeira.
1 1 1 n
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, temos 1.2 + 2.3 + . . . + n(n+1) = n+1 .
1 1 1 1 n+1
Tese (a provar): 1.2 + 2.3 + . . . + n(n+1) + (n+1)(n+2) = n+2 .
Usando a hipótese de indução, temos:
1 1 1 1 n 1
+ + ... + + = +
1.2 2.3 n(n + 1) (n + 1)(n + 2) n + 1 (n + 1)(n + 2)
n(n + 2) + 1 n2 + 2n + 1
= =
(n + 1)(n + 2) (n + 1)(n + 2)
(n + 1) 2 n+1
= = .
(n + 1)(n + 2) n+2

como querı́amos mostrar.


(Alternativamente: usando somatórios).

c) Dado a ∈ R, (a − 1)(1 + a + · · · + an ) = an+1 − 1, para qualquer n ∈ N0 :

Para n = 0, a condição acima fica a − 1 = a − 1 que é uma proposição verdadeira.


Hipótese de indução: para certo n ∈ N, (a − 1)(1 + a + · · · + an ) = an+1 − 1.
Tese: (a − 1)(1 + a + · · · + an + an+1 ) = an+2 − 1.
Simplificando o lado esquerdo da igualdade acima, temos que

(a − 1)(1 + a + · · · + an+1 ) = (a − 1)(1 + a + · · · + an ) + (a − 1)an+1 .

Usando a hipótese de indução, temos agora

(a − 1)(1 + a + · · · + an+1 ) = an+1 − 1 + (a − 1)an+1 .


= an+1 − 1 + an+2 − an+1
= an+2 − 1,

como querı́amos demonstrar.

1 2 n 1
d) 2! + 3! + ··· + (n+1)! =1− (n+1)! , para qualquer n ∈ N:

1 1 1
Para n = 1, a condição fica 2! = 1 − 1+1! ⇔ 2 = 12 , que é uma proposição verdadeira.
1 2 n 1
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, 2! + 3! + ··· + (n+1)! =1− (n+1)! .
1 2 n n+1 1
Tese: 2! + 3! + ··· + (n+1)! + (n+2)! =1− (n+2)! .

5
Usando a hipótese de indução,
   
1 2 n n+1 1 n+1
+ + ··· + + = 1− +
2! 3! (n + 1)! (n + 2)! (n + 1)! (n + 2)!
n+2−n−1
=1−
(n + 2)!
1
=1−
(n + 2)!

como querı́amos mostrar.

3. Demonstre pelo princı́pio de indução matemática que:

a) (n + 2)! ≥ 22n , para qualquer n ∈ N.


b) 2n − 3 < 2n−2 , para todo o natural n ≥ 5.
c) (n!)2 > 2n n2 , para todo o natural n ≥ 4.
d) 7n − 1 é divisı́vel por 6 para qualquer n ∈ N.

a) (n + 2)! ≥ 22n , para qualquer n ∈ N:

Para n = 1, temos que 3! ≥ 4 que é uma proposição verdadeira.


Hipótese de indução: para certo n ∈ N com n ∈ N, temos (n + 2)! ≥ 22n .
Tese: (n + 3)! ≥ 22n+2 .
Temos que (n + 3)! ≥ 22n+2 ⇔ (n + 3)(n + 2)! ≥ 4 · 22n . Como, por hipótese de
indução, (n + 2)! ≥ 22n e, para n ≥ 1, n + 3 ≥ 4 > 0, temos então que

(n + 3)(n + 2)! ≥ 4 · 22n

como querı́amos mostrar.

b) 2n − 3 < 2n−2 , para todo o natural n ≥ 5:

Para n = 5, temos que 10 − 3 < 23 ⇔ 7 < 8, que é uma proposição verdadeira.


Hipótese de indução: para certo n ∈ N com n ≥ 5, temos 2n − 3 < 2n−2 .
Tese: 2(n + 1) − 3 < 2(n+1)−2 .
Desenvolvendo o lado esquerdo da desigualdade acima e usando a hipótese, temos

2(n + 1) − 3 = 2n + 2 − 3 = (2n − 3) + 2 < 2n−2 + 2,

Como, para n ≥ 5, temos 2 < 2n−2 , conclui-se que 2n−2 + 2 < 2n−2 + 2n−2 =
2 · 2n−2 = 2n−1 . Logo
2(n + 1) − 3 < 2n−1 .

c) (n!)2 > 2n n2 , para todo o natural n ≥ 4:

6
Para n = 4, temos (4!)2 > 24 ·42 ⇔ 22 ·32 ·42 > 24 ·42 ⇔ 32 > 22 , que uma proposição
verdadeira.
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, n ≥ 4, temos (n!)2 > 2n n2 .
A provar: ((n + 1)!)2 > 2n+1 (n + 1)2 .
Temos ((n+1)!)2 > 2n+1 (n+1)2 ⇔ (n+1)2 (n!)2 > 2n+1 (n+1)2 ⇔ (n!)2 > 2n ·2. Por
hipotese, (n!)2 > 2n n2 e como n2 > 2, se n ≥ 4, o resultado segue (da propriedade
transitiva).

d) 7n − 1 é divisı́vel por 6 para qualquer n ∈ N:

Para n = 1, temos 71 − 1 = 6, que é divisı́vel por 6.


Hipótese de indução: para certo n ∈ N, 7n − 1 é divisı́vel por 6. Isto significa que
existe k ∈ N tal que 6k = 7n − 1.
Tese: 7n+1 −1 é divisı́vel por 6, isto é, existe um natural positivo j tal que 7n+1 −1 =
6j.
Então:

7n+1 − 1 = 7 · 7n − 1 = 7(7n − 1 + 1) − 1 = 7(6k + 1) − 1 = 6 · 7k + 7 − 1 = 6(7k + 1)

em que na terceira igualdade usámos a hipótese de indução. Demonstrámos então a


tese com j = 7k + 1.
(Alternativamente, escrever 7n+1 − 1 = (6 + 1)7n − 1 = 6 · 7n + 6k.)

4. Prove a desigualdade de Bernoulli:

Sendo a > −1 e n ∈ N0 , (1 + a)n ≥ 1 + na.

Sendo a > −1 e n ∈ N0 , (1 + a)n ≥ 1 + na:


Para n = 0, a condição fica (1 + a)0 ≥ 1 ⇔ 1 ≥ 1, que é uma proposição verdadeira.
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, (1 + a)n ≥ 1 + na.
Tese: (1 + a)n+1 ≥ 1 + (n + 1)a.
Desenvolvendo o lado esquerdo e usando a hipótese de indução, temos que

(1 + a)n+1 = (1 + a)n (1 + a) ≥ (1 + na)(1 + a),

dado que a + 1 > 0. Como

(1 + na)(1 + a) = 1 + a + na + na2 = 1 + (n + 1)a + na2 ≥ 1 + (n + 1)a

uma vez que na2 ≥ 0, temos agora (1 + a)n+1 ≥ 1 + (n + 1)a, como querı́amos mostrar.

5. Prove por indução matemática que para qualquer n ∈ N

7
n
X 1 n
a) = .
(2k − 1)(2k + 1) 2n + 1
k=1
n
X 5 − 2k n−1
b) =1+ .
3k 3n
k=1

n
X 1 n
a) = , para qualquer n ∈ N:
(2k − 1)(2k + 1) 2n + 1
k=1
P1 1 1 1 1
Para n = 1, temos k=1 (2k−1)(2k+1) = 2+1 ⇔ 3 = 3 , que é uma proposição
verdadeira.
n
X 1 n
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, temos = .
(2k − 1)(2k + 1) 2n + 1
k=1
n+1
X 1 n+1
Tese (a provar): = .
(2k − 1)(2k + 1) 2n + 3
k=1
Temos, usando a HI na segunda igualdade:
n+1 n
X 1 X 1 1
= +
(2k − 1)(2k + 1) (2k − 1)(2k + 1) (2(n + 1) − 1)(2(n + 1) + 1)
k=1 k=1
n 1 n(2n + 3) + 1
= + =
2n + 1 (2n + 1)(2n + 3) (2n + 1)(2n + 3)
2
2n + 3n + 1 n+1
= =
(2n + 1)(2n + 3) 2n + 3

já que (n + 1)(2n + 1) = 2n2 + 3n + 1.


n
X 5 − 2k n−1
b) = 1 + n , para qualquer n ∈ N:
3k 3
k=1
P1 5−2k
Para n = 1, temos k=1 3k = 1, que é uma proposição verdadeira.
n
X 5 − 2k n−1
Hipótese de indução: para certo n ∈ N, temos k
=1+ n .
3 3
k=1
n+1
X 5 − 2k n
Tese (a provar): k
= 1 + n+1 .
3 3
k=1
Temos, usando a HI na segunda igualdade:
n+1 n
X 5 − 2k X 5 − 2k 5 − 2(n + 1)
= +
3k 3k 3n+1
k=1 k=1
n − 1 3 − 2n 3n − 3 + 3 − 2n
=1+ n
+ n+1 = 1 +
3 3 3n+1
n
= 1 + n+1 ,
3
como querı́amos mostrar.

8
1. Considere a sucessão real (un ) dada por:
(
u1 = 1,
un
un+1 = 1 + .
2
a) Mostre usando indução que un ≤ 2 para qualquer n ∈ N.
b) Mostre que (un ) é uma sucessão crescente.
c) Mostre que (un ) é convergente e indique lim un .

a) un ≤ 2 para qualquer n ∈ N:
Para n = 0 temos u0 = 1 ≤ 2. Supondo un ≤ 2 para um certo n ∈ N, consideremos
un+1 :
un 2
un+1 = 1 + ≤ 1 + = 2.
2 2
Por indução conclui-se que un ≤ 2 para todo o n ∈ N.
b) (un ) é uma sucessão crescente:
Com n ≥ 0 e tendo em conta a alı́nea (a):
un un 2
un+1 − un = 1 + − un = 1 − ≥1− =0
2 2 2
e portanto (un ) é uma sucessão crescente.
c) De (a) e (b) decorre que (un ) é crescente e majorada, pelo que é convergente. Da
definição de (un ), e uma vez que sendo (un+1 ) uma subsucessão de (un ), teremos
(un+1 ) convergente com lim un+1 = lim un , segue que

lim un
lim un = 1 + .
2
Resolvendo a equação em ordem a lim un , obtem-se
lim un
lim un − = 1 ⇔ lim un = 2.
2

2. Seja u1 > 1 e un+1 = 2 − u1n para n ∈ N1 . Mostre que un é convergente e calcule lim un .
(Sugestão: comece por provar por indução matemática que 1 < un < 2, para todo o
inteiro n ≥ 2.)

Notemos que, se x > 1, então 0 < x1 < 1 e, portanto 1 < 2 − x1 < 2. Como u1 > 1,
concluimos que 1 < u2 < 2. Por outro lado, se, como hipótese de indução, considerarmos
1 < un < 2, então, usando o mesmo argumento concluimos que 1 < un+1 < 2. Provamos
assim que ∀n∈N2 , 1 < un < 2, e que, portanto, a sucessão é limitada.

9
2 2
Como un+1 − un = 2 − u1n − un = − un −2u
un
n +1
= − (unu−1)
n
< 0, dado que, como vimos
un > 1, concluimos que un é decrescente. Logo a sucessão é monótona e limitada e,
portanto, convergente.
Seja l = lim un . Então, dado que lim un+1 = lim un , temos
 
1 1
lim un+1 = lim 2 − ⇔ l =2− ⇔ l = 1.
un l


3. Seja (un ) a sucessão definida por recorrência por u1 = 1, un+1 = 2 + un .

a) Prove por indução que 1 ≤ un < 2, para todo o n ∈ N.


b) Prove por indução que (un ) é crescente.
(2−un )(un +1)
(Alternativamente, verifique que un+1 − un = √
un + 2+un
.)
c) Justifique que (un ) é convergente.
d) Aplicando limites a ambos os membros da expressão de recorrência, determine o
limite de (un ).

a) 1 ≤ un < 2, para n ∈ N:
• n = 1: u1 = 1, logo 1 ≤ u1 < 2 é uma proposição verdadeira.
• Hipótese de indução: 1 ≤ un < 2,√para certo n ∈ N. Queremos ver que também
1√ ≤ un+1 < 2. Como√ un+1√= 2 + un , usando a hipótese de indução temos
2 + 1 ≤ un+1 < 2 + 2 ⇔ 3 ≤ un+1 < 2 ⇒ 1 ≤ un+1 < 2.
b) (un ) é crescente: vamos usar indução matemática para mostrar que un+1 ≥ un para
qualquer n ∈ N.
√ √
• n = 1: u1 = 1, u2 = 2 + 1 = 3, logo u2 > u1 é uma proposição verdadeira.
• Hipótese de indução: un+1 ≥ un , para certo n ∈ N. Queremos ver que também
√ √
√n+2 ≥ un+1 . Temos un+2 = 2 + un+1 , e, de un+1 ≥ un , vem que 2 + un+1 ≥
u
2 + un , ou seja, que un+2 ≥ un+1 , como queriamos mostrar.
c) (un ) é monótona crescente e limitada, logo convergente.
d) Seja l = lim un . Então, dado que lim un+1 = lim un , temos ou decrescente

√ √
lim un+1 = lim 2 + un ⇔ l = 2 + l ⇔ l2 = 2 + l ∧ l ≥ 0 ⇔ l = 2.

10

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy