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Analgesia, Anestesia E Os Principais Cuidados Pós-Operatórios em Animais de Laboratório

O documento discute a importância da analgesia, anestesia e cuidados pós-operatórios em animais de laboratório de acordo com princípios éticos. Ele destaca que os procedimentos devem minimizar a dor e sofrimento dos animais e que os pesquisadores precisam ter qualificação adequada. O documento também fornece considerações sobre etapas cirúrgicas, escolha de técnicas anestésicas, agentes usados e cuidados pós-operatórios como controle de dor e infecção.
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Analgesia, Anestesia E Os Principais Cuidados Pós-Operatórios em Animais de Laboratório

O documento discute a importância da analgesia, anestesia e cuidados pós-operatórios em animais de laboratório de acordo com princípios éticos. Ele destaca que os procedimentos devem minimizar a dor e sofrimento dos animais e que os pesquisadores precisam ter qualificação adequada. O documento também fornece considerações sobre etapas cirúrgicas, escolha de técnicas anestésicas, agentes usados e cuidados pós-operatórios como controle de dor e infecção.
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ANALGESIA, ANESTESIA E OS

PRINCIPAIS CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS


EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO

Thiago Vignoli, PhD


Médico Veterinário
CRMV SP 20615
Qual é a importância:

➢ Atender as exigências dos CEUAs, CONCEA, ICLAS, CFMV e outros

➢ Tornar-se o melhor anestesista do laboratório?

➢ Agradar o orientador e os colegas de trabalho?

➢ SALVAGUARDAR A VIDA DOS ANIMAIS!!!

DOR / BEM-ESTAR
Princípios Éticos na Experimentação Animal

(CONCEA e ICLAS)

Artigo I
Todas as pessoas que pratiquem a experimentação biológica devem tomar
consciência de que o animal é dotado de sensibilidade, de memória e que sofrem
sem poder escapar da dor.

Artigo II
O experimentador é moralmente responsável por suas escolhas e por seus atos na
experimentação animal.

Artigo III
Procedimentos que envolvam animais devem prever e se desenvolver
considerando-se sua relevância para a saúde humana ou animal, a aquisição de
conhecimentos ou o bem para a sociedade.
Princípios Éticos na Experimentação Animal

(CONCEA e ICLAS)

Artigo IV
Os animais selecionados para um experimento devem ser de espécie e qualidade
apropriadas e apresentar boas condições de saúde, utilizando-se o n° mínimo
necessário para se obter resultados válidos. Ter em mente a utilização de métodos
alternativos....

Artigo VI
Todos os procedimentos com animais, que possam causar dor ou angústia,
precisam se desenvolver com sedação, analgesia ou anestesia adequada...

Artigo IX
Os investigadores e funcionários devem ter qualificação e experiência para exercer
procedimentos em animais vivos...
Considerações Iniciais

• Procedimentos envolvendo dor ou desconforto aos animais, incluso eutanásia

• Conhecimentos Essenciais: contenção física, vias de acesso, equipamentos


apropriados, parâmetros vitais

• Antiinflamatórios, ATB, sedativos, tranquilizantes, analgésicos e anestésicos

• Reproduzir ou saber o que está usando!


Escolha da Técnica

Espécie-respostas a agentes

Temperamento e estado físico do animal

Familiaridade com o animal

Grau de invasividade e duração do procedimento

Experiência prévia com determinados anestésicos

Disponibilidade de equipamentos e fármacos, bem como treinamento


da equipe
Fatores que Influenciam a Anestesia

• Jejum* • MPA
• Idade • Medicação habitual
• Nutrição • Espécie/linhagem animal
• Estresse • T°C corporal e ambiental
• Gestação • Procedimentos invasivos,
duração, etc.
Etapas do procedimento
cirúrgico
• Preparo do laboratório: campo cirúrgico, anestésicos e soluções

• Cuidados com os animais: alojamento, manipulação, administração de


fármacos (Respeito!)

• Cuidados com o ambiente: Assepsia, ruído, movimentação de pessoas,


luminosidade e odores

MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

• Reduzir o estresse da manipulação, agressividade e medo


• Facilita o preparo para a cirurgia e outros procedimentos
• Reduz a dose de indutores anestésicos e seus efeitos indesejáveis
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

1) ANTICOLINÉRGICOS

- Ação parassimpatolítica; redução do ptialismo/sialorréia e secreções


brônquicas

Atropina 0,04 mg/Kg (SC, IP, IM)

2) TRANQUILIZANTES
- Produzem efeito calmante, sonolência, redução do medo/ansiedade, hipnótico,
anticonvulsivante

Neuroléptico: Acepromazina

Benzodiazepínico: Dizepam, Midazolam


MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

3) SEDATIVOS
- Produzem sedação, hipnose, relaxamento muscular, ataxia, leve analgesia*
Alfa-2 agonistas: Xilazina, Medetomidina

4) OPIÓIDES
- Produzem insensibilidade à dor, sem perda da consciência
Fentanil* (30 min), Tramadol (4-5h), Meperidina (1-2h), Sufentanil (100x)

➢ AINEs: Analgesia Preemptiva


INDUÇÃO E MANUTENÇÃO ANESTÉSICA

1) ANESTÉSICOS INJETÁVEIS
- Produzem perda da consciência (narcose), proteção neurovegetativa,
relaxamento muscular, leve analgesia*
Quetamina / Tiletamina (dissociativos)

Barbitúricos (peritonite), Propofol (não tem efeito cumulativo/exclusivo IV)

2) ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
- Deprimem de maneira global o SNC (não analgesia)
- Grandes vantagens!
- Intubação oro-traqueal (cânula PE ou scalpe) ou
máscara
- Vaporizador: Indução até 5% e Manutenção 1-3%
Halotano*, Isoflurano, Sevoflurano
AGENTES ANESTÉSICOS EM ASSOCIAÇÃO

Quetamina (60 - 80 mg/Kg) + Xilazina (10 - 30 mg/Kg)

Diazepan (2 mg/Kg)
ou
Quetamina (40 - 60 mg/Kg) + Xilazina (10 - 15 mg/Kg) Acepromazina (1 mg/Kg)
ou
Tramadol (2 mg/Kg)

Flecknell, 2009; Unifesp, 2005


• Monitoramento Fisiológico

• Pomada oftálmica ou lágrima artificial para


evitar danos à córnea

• Verificação do plano anestésico: reflexo podal!


BZP, NLT
ANESTÉSICOS GERAIS XILAZINA

VDI
VAP

OPIÓIDES
QUETAMINA
PÓS-CIRÚRGICO: DOR

1) ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS:

• Dipirona (50-100 mg/Kg, VO, SC / BID ou TID) e Paracetamol (200-300 mg/Kg,


VO / BID ou TID)

• Cetoprofeno (15-25 mg/Kg, VO, SC / SID)

• Carprofeno (5 mg/Kg, VO / BID)

Hawk and Leary, 2005; Flecknell, 2009


PÓS-CIRÚRGICO: DOR

1) ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS:

• Meloxican (1-5 mg/Kg, VO, SC, IM / BID)

• Flunixin Meglumine (1-2,5 mg/Kg, VO, SC / SID)

2) ANALGÉSICOS OPIÓIDES:

• Tramadol (5 mg/Kg, VO, SC, IM / BID)

Hawk and Leary, 2005; Flecknell, 2009


PÓS-CIRÚRGICO: INFECÇÃO

3) ANTIMICROBIANOS:

• Enrofloxacina (5-10 mg/Kg, VO, SC / BID)

• Ampicilina (100-150 mg/Kg, VO, SC / BID)

• Sulfametoxazol/Trimetoprima
(15-30 mg/Kg, VO, SC / BID)

Hawk and Leary, 2005; Flecknell, 2009


PÓS-CIRÚRGICO: INFECÇÃO

3) ANTIMICROBIANOS:

➢ Gestação e Lactação

• Penicilina (100.000 UI/Kg, SC, IM / SID)

• Cefalexina (60 mg/Kg, VO / BID)

Hawk and Leary, 2005; Flecknell, 2009


• Alojá-los separadamente após a cirurgia (sangue / gaiolas MIs)

• Pouca luz, ruído e manipulações

• Temperatura: 27-30°C adultos e 35-37°C neonatos até restabelecimento


parâmetros (camundongos!)
• Administração de fluidos SC ou IP

• Avaliar os parâmetros de dor e estresse !!!


Expressão Facial da Dor (Grimace Scale)

Dr Mary Lynch, president of the Canadian Pain Society, Nature 2010; Sotocinal, et al., 2010, 2011
Contração
orbital

Achatamento
da bochecha

Forma do nariz

Posição das
vibrissas

Posição da
orelha

(Keating; Flecknell, et al., 2012)


Piloereção
Porfirina
“ Todas as espécies,
incluindo o homem, sente
dor com a mesma
qualidade e intensidade”
Thiago Vignoli, MV, PhD
thiagovignoli@yahoo.com.br
Tel: (11) 94075-8785
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Manual de Terapêutica Veterinária (3° ed), Silvia Franco Andrade, 2008

• Anestesiologia Veterinária – Farmacologia e Técnicas (6° ed), Flávio


Massone, 2011

• Princípios Éticos e Práticos do uso de Animais de Experimentação,


Universidade Federal de São Paulo, 2005

• Laboratory Animal Anaesthesia (3rd edition), Paul Flecknell, 2009

• Formulary for Laboratory Animals (3rd edition), C. Terrance Hawk and


Steven L. Leary, 2005

• Canadian Council on Animal Care (CCAC)

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