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Relacoes

O documento apresenta uma introdução sobre relações entre conjuntos, definindo-as como subconjuntos do produto cartesiano dos conjuntos. Em seguida, discute propriedades básicas de relações binárias e relações em um conjunto, como reflexividade, simetria e transitividade. Por fim, aborda operações com relações e caminhos em grafos orientados.

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O documento apresenta uma introdução sobre relações entre conjuntos, definindo-as como subconjuntos do produto cartesiano dos conjuntos. Em seguida, discute propriedades básicas de relações binárias e relações em um conjunto, como reflexividade, simetria e transitividade. Por fim, aborda operações com relações e caminhos em grafos orientados.

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Relações

André Rodrigues da Cruz


andre@decom.cefetmg.br

Departamento de Computação
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Matemática Discreta

André Rodrigues da Cruz (CEFET-MG) Relações Matemática Discreta 1 / 27


Introdução

• Ligações entre elementos de conjuntos.


• Subconjunto do produto cartesiano dos conjuntos.
• Exemplos de aplicações:
I Cidades que são ligadas por linhas aéreas.

I Busca de uma ordem viável em diferentes fases de um projeto.


I Armazenamento organizado de informações em banco de dados.

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Relação Binária
Definição
Uma relação binária entre dois conjuntos A e B é um subconjunto de
A × B. Ou seja, um conjunto R de pares ordenados do qual o primeiro
elemento é de A e o segundo de B. Usa-se aRb para indicar (a, b) ∈ R (a
relaciona-se com b por R), e aRb para (a, b) 6∈ R, caso contrário.

Exemplo
Sejam A e B conjuntos de alunos e disciplinas, respectivamente. Seja R a relação
dos pares (a, b) ∈ R ⊆ A × B, tal que a é matriculado em b. Se Juca e Ana estão
matriculados em Fı́sica, (Juca, Fı́sica) ∈ R e (Ana, Fı́sica) ∈ R. Se Juca está
matriculado em Artes então o par (Juca, Artes) ∈ R. Mas se Ana não está
matriculada em Artes, então (Ana, Artes) 6∈ R.

Exemplo
Se A = {0, 1, 2} e B = {a, b}, então R = {(0, a), (0, b), (1, a), (2, b)} é uma
relação de A para B tal que 0Ra e 1Rb.
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Relação no Conjunto
Definição
Uma relação no conjunto A é uma relação de A em A, ou seja, um
subconjunto de A × A.

Exemplo
Se A = {1, 2, 3, 4} e R = {(a, b) ∈ A2 |a divide b}, tem-se que
R = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 4), (3, 3), (4, 4)}.

Exemplo
Sejam as relações no conjunto dos inteiros, R1 = {(a, b)|a ≤ b},
R2 = {(a, b)|a = b + 1} e R3 = {(a, b)|a + b > 3}. Vê-se o par (2, 3) pertence a
R1 e R3 , mas não a R2 ; e que (2, 1) pertence a R2 apenas.

Exemplo
2
Seja A um conjunto com n elementos. Logo, A × A tem n2 elementos e 2n
subconjuntos distintos, que também é o número de possı́veis relações.
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Propriedades de Relações

Definição
Uma relação R no conjunto A é reflexiva se (a, a) ∈ R para todo a ∈ A
(∀a, (a, a) ∈ R). Ou seja, cada elemento de A está relacionado a si mesmo.

Exemplo
Seja A = {1, 2, 3, 4}. A relação R1 = {(1,1), (1,2), (2,1), (2,2), (3,3), (4,1), (4,4)}
é reflexiva, pois contêm todos os pares da forma (a, a). Já as relações
R2 = {(2,1), (2,2), (3,4), (4,4)} e R3 = {(1,1), (2,1), (2,2), (4,4)} não são.

Exemplo
As relações R1 = {(a,b)|a ≤ b} e R2 = {(a,b)|a = b ∨ a = −b} no conjunto dos
números inteiros são reflexivas.

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Propriedades de Relações

Definição
Uma relação R no conjunto A é simétrica se (a, b) ∈ R sempre que
(b, a) ∈ R, para todo a, b ∈ A (∀a∀b, (a, b) ∈ R → (b, a) ∈ R). Agora,
para qualquer a, b ∈ A, se (a, b) ∈ R e (b, a) ∈ R implicar em a = b,
então R é antissimétrica (∀a∀b, ((a, b) ∈ R ∧ (b, a) ∈ R) → (a = b)).

Exemplo
Para A = {1, 2, 3, 4}, R1 = {(1,1), (1,2), (1,4), (2,1), (2,2), (3,3), (4,1), (4,4)} é
simétrica, e R2 = {(1,1), (2,1), (2,2), (3,1), (3,2), (4,1), (4,2), (4,3)} é
antissimétrica.

Exemplo
As relações sobre os inteiros R1 = {(a,b)|a + b ≤ 3} e
R2 = {(a,b)|a = b ∨ a = −b} são simétricas. As relações R3 = {(a,b)|a > b} e
R4 = {(a,b)|a = b} são antissimétricas.

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Propriedades de Relações

Definição
Uma relação R no conjunto A é transitiva se (a, b) ∈ R e (b, c) ∈ R
implicar em (a, c) ∈ R, para todo a, b, c ∈ A
(∀a∀b∀c, ((a, b) ∈ R ∧ (b, c) ∈ R) → (a, c) ∈ R).

Exemplo
Para A = {1, 2, 3, 4}, a relação R = {(2,1), (3,1), (3,2), (4,1), (4,2), (4,3)} é
transitiva.

Exemplo
As relações sobre os inteiros R1 = {(a,b)|a > b} e R2 = {(a,b)|a = b ∨ a = −b}
são transitivas. Já a relação R3 = {(a,b)|a = b + 1} não é transitiva.

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Combinando Relações

Relações podem ser combinadas com operações de conjuntos:


Exemplo
Seja A = {1, 2, 3} com R1 = {(1,1), (2,2), (3,3)} e B = {1, 2, 3, 4} com
R2 = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4)}. Disto, tem-se que R1 ∩ R2 = {(1,1)} e
R1 − R2 = {(2,2), (3,3)}.

Exemplo
Sejam as relações no conjunto dos números reais R1 = {(x,y )|x < y } e
R2 = {(x,y )|x > y }. Disto, tem-se que R1 ∪ R2 = {(x,y )|x 6= y }, R1 ∩ R2 = ∅,
R1 ⊕ R2 = R1 ∪ R2 − R1 ∩ R2 = {(x,y )|x 6= y } e R1 − R2 = R1 .

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Combinando Relações
Definição
Seja R uma relação de um conjunto A em um conjunto B e S uma relação
de B em um conjunto C . A composta de R e S é a relação que consiste
dos pares ordenados (a, c), em que a ∈ A e c ∈ C , para os quais existe um
elemento b ∈ B, tal que (a, b) ∈ R e (b, c) ∈ S. Indica-se a composta de
R e S por S ◦ R.

Exemplo
Sejam A = {1, 2, 3}, B = {1, 2, 3, 4} e C = {0, 1, 2}. Sejam também
R = {(1,1), (1,4), (2,3), (3,1), (3,4)} uma relação de A em B, e
S = {(1,0), (2,0), (3,1), (3,2), (4,1)} uma relação de B em C . Logo,
S ◦ R = {(1,0), (1,1), (2,1), (2,2), (3,1), (3,0), (3,1)}.

Exemplo
Seja R a relação no conjunto de todas as pessoas tal que (a, b) ∈ R se a é progenitor de b.
Assim, (a, c) ∈ R ◦ R se existir uma pessoa b tal que a é progenitor de b, e este último o
progenitor de c.

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Combinando Relações

Definição
Seja R uma relação em um conjunto A. As potências R n , n = 1, 2, . . ., são
definidas recursivamente por R 1 = R e R n = R n−1 ◦ R.

Exemplo
Se R = {(1,1), (2,1), (3,2), (4,3)}, então R 2 = R ◦ R = {(1,1), (2,1), (3,1), (4,2)} e
R 3 = R 2 ◦ R = {(1,1), (2,1), (3,1), (4,1)}.

Teorema
A relação R em um conjunto A é transitiva se e somente se R n ⊆ R para
n = 1, 2, . . ..

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Caminhos em Grafo Orientado

Definição
Um caminho de a para b em um grafo orientado G é uma sequência de
arestas (x0 , x1 ), (x1 , x2 ), . . . , (xn−1 , xn ) em G , em que n ≥ 0, x0 = a e
xn = b. Tal caminho indicado por x0 , x1 , x2 , . . . , xn−1 , xn tem comprimento
n. Pode-se considerar um conjunto vazio de arestas como um caminho de
um vértice a para a. Caminhos de comprimento n ≥ 1 que começam e
terminam no mesmo vértice é chamado de circuito ou ciclo.

Exemplo
b
a

e São caminhos: São circuitos: Não são caminhos:


c
• a, b, d, c • a, c, d, a • a, b, c, d
d • d, c, d, e, b • c, d, a, c • d, e, b, a, c

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Caminhos e Relações

• Aplica-se o conceito de caminhos em relações.


• Existe um caminho de a para b em R se existir uma sequência de
elementos a, x1 , x2 , . . . , xn−1 , b, com (a, x1 ) ∈ R, (x1 , x2 ) ∈ R, . . . , e
(xn−1 , b) ∈ R.

Teorema
Seja R uma relação em um conjunto A. Existe um caminho de
comprimento n, em que n é um inteiro positivo, de a para b se e somente
se (a, b) ∈ R.

Dica: {Vejam demonstração no livro texto.}

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Fecho Transitivo
Fecho transitivo de uma relação: determinar quais pares de vértices no
grafo orientado associado são ligados por um caminho.
Definição
Seja R uma relação em um conjunto A. A relação de conectividade R ∗
consiste nos pares (a, b), tal que existe um caminho de comprimento pelo
menos um, de a para b em R.

Teorema
O fecho transitivo de uma relação R é igual à relação de conectividade R ∗ .

Lema
Sejam A um conjunto com n elementos e R uma relação em A. Se existir
caminho de comprimento pelo menos um, em R de a para b, então existirá um
tal caminho com comprimento que não exceda n. Além disso, quando a 6= b, se
existir um caminho de comprimento pelo menos um, em R de a para b, então
existirá um tal caminho com comprimento que não exceda n − 1.
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Fecho Transitivo

Exemplo
Seja R a relação no conjunto de todas as pessoas do mundo que contém
(a, b) se a já encontrou b. O que é R n , quando n é um inteiro positivo
maior do que um? O que é R ∗ ?
A relação R 2 contém (a, b) se existir uma pessoa c tal que (a, c) ∈ R e (c, b) ∈ R. Ou seja, a já
encontrou c, e c já encontrou b. Similarmente, R n consiste em todos os pares (a, b), tal que
existam pessoas x1 , x2 , . . . , xn−1 , tal que a já encontrou x1 , x1 já encontrou x2 , . . . , e xn−1 já
encontrou b.

A relação R ∗ contém (a, b) se existir uma sequência de pessoas, começando com a e terminando
com b, tal que cada pessoa na sequência já encontrou a próxima pessoa na sequência.

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Propriedades de Relações

Definição
Uma relação R no conjunto A é uma relação de equivalência se for
reflexiva, simétrica e transitiva. A relação de equivalência de dois
elementos a e b é representada por a ∼ b.

Exemplo
A relação R no conjunto dos reais, tal que aRb se somente se a = b ou a = −b é
reflexiva, simétrica e transitiva, e portanto, é uma relação de equivalência.

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Propriedades de Relações

Exemplo
Seja m > 1 e inteiro. Mostre que a congruência módulo
R = {(a, b) | a ≡ b (mod m)} é uma relação de equivalência no conjuntos dos
inteiros.
Tem-se que a ≡ b (mod m) se e somente se m divide a − b. Primeiro, a − a = 0 é divisı́vel por
m (0 = 0 · m). Como, a ≡ a (mod m), R é reflexiva.
Agora suponha que a ≡ b (mod m). Então a − b é divisı́vel por m (a − b = km, k ∈ Z). Segue
que b − a = (−k)m, de modo que b ≡ a (mod m). Portanto, R é simétrica.
Por fim, suponha a ≡ b (mod m) e b ≡ c (mod m). Então, m divide tanto a − b quanto b − c.
Consequentemente, existem inteiros k e l com a − b = km e b − c = lm. Somando as duas
equações, obtém-se a − c = (a − b) + (b − c) = km + lm = (k + l)m. Logo, a ≡ c (mod m).
Portanto, R é transitiva.
Assim, segue que R, a congruência módulo m, é uma relação de equivalência.

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Classes de Equivalência

Definição
Seja R uma relação de equivalência em um conjunto A. O conjunto de
todos os elementos que estão relacionados a um elemento a de A é
chamado de classe de equivalência de a. A classe de equivalência de a
relativa a R é indicada por [a]R . Quando apenas uma relação está sendo
considerada, pode-se omitir o R subscrito e escrever [a] para essa classe de
equivalência.

• Se R é uma classe de equivalência em A, então para o elemento a


tem-se [a]R = {s | (a, s) ∈ R}.
• Se b ∈ [a]R , então b é um representante dessa classe de equivalência.
• Qualquer elemento da classe pode ser usado como representante.

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Classes de Equivalência

Exemplo
Qual é a classe de equivalência de 0 e 1 na congruência módulo 4?
A classe de equivalência de 0 contém todos os inteiros a, tal que a ≡ 0 (mod 4), ou seja, os
divisı́veis por 4. Portanto, [0] = {. . . , −8, −4, 0, 4, 8, . . .}.

A classe de equivalência de 1 contém todos os inteiros a, tal que a ≡ 1 (mod 4), ou seja, aqueles
que resultam em resto 1 quando divide por 4. Portanto, [1] = {. . . , −7, −3, 1, 5, 9, . . .}.

De um modo geral, a classe de congruência de um inteiro a módulo m é indicada por


[a]m = {. . . , a − 2m, a − m, a, a + m, a + 2m, . . .}.

André Rodrigues da Cruz (CEFET-MG) Relações Matemática Discreta 18 / 27


Classes de Equivalência e Partições

Teorema
Seja R uma relação de equivalência em um conjunto A. São afirmações
equivalentes para elementos a e b de A:
(i) a R b. (ii) [a] = [b]. [a] ∩ [b] 6= ∅.

• A relação de equivalência divide um conjunto em partições.


• Se R é uma relação de equivalência em A, então a união das classes
S
de equivalência é todo o A, ou seja, a∈A [a]R = A.
• [a]R ∩ [b]R = ∅ quando [a]R 6= [b]R .

Teorema
Seja R uma relação de equivalência em um conjunto S. Então, as classes
de equivalência de R formam uma partição de S. Reciprocamente, dada
uma partição {Ai | i ∈ I } do conjunto S, existe uma relação de equivalência
R que tem os conjuntos Ai , i ∈ I como suas classes de equivalência.
André Rodrigues da Cruz (CEFET-MG) Relações Matemática Discreta 19 / 27
Classes de Equivalência e Partições

Exemplo
Quais são os conjuntos na partição dos inteiros que aparecem na
congruência módulo 4?
São quatro classes de congruência que correspondem aos conjuntos:
• [0]4 = {. . . , −8, −4, 0, 4, 8, . . .}.
• [1]4 = {. . . , −7, −3, 1, 5, 9, . . .}.
• [2]4 = {. . . , −6, −2, 2, 6, 10, . . .}.
• [3]4 = {. . . , −5, −1, 3, 7, 11, . . .}.
Tais classes são disjuntas, todo inteiro está em exatamente uma delas, e logo, formam uma
partição.

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Ordens Parciais

Definição
Uma relação R em um conjunto S é uma ordenação parcial se for
reflexiva, anti-simétrica e transitiva. Um conjunto S junto com uma ordem
parcial R é um conjunto parcialmente ordenado e é indicado por (S, R).

Exemplos
• A relação “maior ou igual a ” (≥) é uma ordem parcial no conjunto
dos inteiros. Pois, para todo a, b,c ∈ Z , (i) a ≥ a (reflexão); (ii) se
a ≥ b e b ≥ a, então a = b (anti-simetria); e (iii) se a ≥ b e b ≥ c,
então a ≥ c (transitividade). Logo ≥ é uma ordem parcial em Z.
• A relação de divisibilidade | é uma ordem parcial no conjunto dos
inteiros, pois é reflexiva, anti-simétrica e transitiva (demonstre em
casa tais propriedades).

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Ordens Parciais

Definição
Os elementos a e b de um conjunto parcialmente ordenado (S, 4) são
denominados comparáveis se a 4 b ou b 4 a. São incomparáveis
quando a e b forem elementos de S tal que nem a 4 b e nem b 4 a.

Exemplo
No conjunto parcialmente ordenado (Z+ , |) os inteiros 3 e 9 são
comparáveis, pois 3|9. Mas, os inteiros 5 e 7 são incomparáveis, porque
5 6 | 7 e tampouco 7 6 | 5.

• O adjetivo parcial é dado porque pares de elementos podem ser


incomparáveis.
• Quando quaisquer dois elementos forem comparáveis, a relação é de
ordem total.

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Ordens Totais

Definição
Se (S, 4) for um conjunto parcialmente ordenado e quaisquer dois
elementos de S forem comparáveis, então S é denominado de conjunto
totalmente ordenado ou linearmente ordenado, e 4 será chamado de
ordem total ou ordem linear. Um conjunto totalmente ordenado
também é chamado de cadeia.

Exemplos
• O conjunto parcialmente ordenado (Z, ≤) é totalmente ordenado,
pois a ≤ b ou b ≤ a para a, b ∈ Z.
• O conjunto parcialmente ordenado (Z+ , |) não é totalmente
ordenado, pois contém elementos não comparáveis, com 5 e 7.

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Ordens Totais

Definição
(S, 4) é um conjunto bem ordenado se for um conjunto parcialmente
ordenado tal que 4 seja uma ordem total e todo subconjunto não vazio de
S tenha um menor elemento.

Teorema
Princı́pio de indução da boa ordem. Suponha que S seja um conjunto
bem ordenado. Então P(x) será verdadeira para todo x ∈ S se:
• Passo de indução: Para todo y ∈ S, se P(x) for verdadeira para
todo x ∈ S, com x ≺ y , então P(y ) será verdadeira.

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Ordem Lexicográfica

Definição
A ordem lexicográfica 4 em A1 × A2 , um produto cartesiano de dois
conjuntos parcialmente ordenados (A1 , 41 ) e (A2 , 42 ) é definida da
seguinte forma:
• (a1 , a2 ) ≺ (b1 , b2 ) se somente se a1 ≺1 b1 , ou, a1 = b1 e a2 ≺2 b2 .

Definição
A ordem lexicográfica 4 em A1 × A2 × . . . × An , um produto cartesiano
de n conjuntos parcialmente ordenados (A1 , 41 ), (A2 , 42 ), . . . , (An , 4n ) é
definida da seguinte forma:
• (a1 , a2 , . . . , an ) ≺ (b1 , b2 , . . . , bn ) se somente se
∃i ∈ {1, 2, . . . , n − 1}, ∀j < i, ai ≺i bi e aj = bj .

André Rodrigues da Cruz (CEFET-MG) Relações Matemática Discreta 25 / 27


Ordem Lexicográfica

Exemplo
No conjunto parcialmente ordenado (Z × Z, 4), em que 4 é ordem
lexicográfica construı́da à partir da relação ≤ em Z, tem-se que
(4, 9) ≺ (4, 11), mas (5, 3) 6≺ (4, 1).

Exemplo
No conjunto parcialmente ordenado (Z4 , 4), em que 4 é ordem
lexicográfica construı́da à partir da relação ≤ em Z, tem-se que
(1, 2, 3, 5) ≺ (1, 2, 4, 3).

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