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Teoremas Circuitos Equiv

O documento discute teoremas e circuitos equivalentes importantes para análise de circuitos elétricos. Apresenta o teorema da substituição, que permite substituir um bipolo por uma fonte com as mesmas tensão e corrente sem alterar o circuito. Também apresenta o teorema da superposição, onde a saída de várias entradas é a soma das saídas de cada entrada isolada, e circuitos equivalentes de Thévenin e Norton, que simplificam circuitos complexos em fontes e resistores.

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Antonio Almeida
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Teoremas Circuitos Equiv

O documento discute teoremas e circuitos equivalentes importantes para análise de circuitos elétricos. Apresenta o teorema da substituição, que permite substituir um bipolo por uma fonte com as mesmas tensão e corrente sem alterar o circuito. Também apresenta o teorema da superposição, onde a saída de várias entradas é a soma das saídas de cada entrada isolada, e circuitos equivalentes de Thévenin e Norton, que simplificam circuitos complexos em fontes e resistores.

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Eletricidade Aplicada

Profa. Grace S. Deaecto


Instituto de Ciência e Tecnologia / UNIFESP
12231-280, São J. dos Campos, SP, Brasil.
grace.deaecto@unifesp.br

Novembro, 2012

Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 1 / 36


Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

1 Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes


Apresentação do capı́tulo
Teorema da substituição
Teorema da superposição
Teorema da reciprocidade
Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 2 / 36


Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Apresentação do capı́tulo

Apresentação do capı́tulo

Neste capı́tulo, serão estudados alguns teoremas essenciais na


análise de circuitos elétricos, a saber :
Teorema da substituição
Teorema da superposição
Teorema da reciprocidade
Os circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton também
serão um dos objetivos.
Estes circuitos permitem substituir um circuito complicado
por um outro mais simples composto apenas por uma fonte de
tensão ou de corrente e um resistor.
Embora trataremos aqui apenas circuitos resistivos,
generalizaremos posteriormente, estes resultados para
considerar qualquer circuito linear contendo também
capacitores e indutores.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 3 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da substituição

Teorema da substituição

Em um circuito cuja solução é única, se um bipolo k tiver tensão


vk (t) e corrente ik (t), podemos substituı́-lo por um outro bipolo
que apresente a mesma tensão vk (t) e a mesma corrente ik (t) sem
que as tensões ou correntes dos demais bipolos se alterem.

Geralmente, nas aplicações deste teorema, o novo bipolo k é


uma fonte de tensão ou de corrente.
Como consequência da solução permanecer única, após a
substituição do bipolo por uma fonte de tensão de valor vk (t),
a corrente sobre a fonte, imposta pelo restante do circuito,
também será ik (t).
A demonstração do teorema é baseada no fato de que a
solução é única e se mantém única após a substituição.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 4 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da substituição

Exemplo - Teorema da substituição


Exemplo : O resistor de 20 [Ω] possui tensão de 3 [V] e corrente
de 0.15 [A]. Ele foi substituı́do por uma fonte de tensão de 3 [V].
140 Ω 140 Ω

15 Ω 40 Ω 15 Ω 40 Ω


10 V + + +
20 Ω − 10 V 3V
− 70 Ω 70 Ω −

De acordo com o teorema


todas as variáveis (tensões e correntes) permanecerão
idênticas ao do circuito original.
a corrente que atravessa a fonte de 3 [V] é de 0.15 [A]
Verifiquem ! !
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 5 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da superposição

Teorema da superposição

Qualquer sistema linear obedece a este princı́pio. Os circuitos em


estudo são lineares e descritos da forma Tx = u em que

T representa a matriz contendo condutâncias e/ou


resistências.

x representa as tensões e/ou correntes incógnitas.

u representa o vetor de fontes independentes.

Em um sistema linear u corresponde ao vetor de entradas e as


outras grandezas (tensões de bipolos, de nós e correntes ) podem
ser definidas como saı́das.

Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 6 / 36


Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da superposição

Teorema da superposição

A saı́da correspondente a várias entradas é a soma das saı́das


correspondentes a cada uma das entradas consideradas
isoladamente quando todas as demais são anuladas.

Demonstração : A solução do circuito Tx = u com n fontes


independentes é dada por
x = T−1 u
sendo que o vetor de entradas u pode ser decomposto em n
vetores ui , i = 1, · · · , n representando cada uma das entradas
u = u1 + u2 + · · · + un
em que ui é o vetor contendo o valor da i -ésima fonte na posição i
e zero nas demais posições. Considerando esta entrada, a solução x
é a soma das soluções correspondentes a cada entrada isolada,
anuladas todas as demais.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 7 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da superposição

Exemplo - Teorema da superposição


Exemplo : Considere o circuito com duas entradas E e I , calcule a
saı́da e2 .
R5

R1 E
2
3


1

+
i3
I R4
R2

A equação de nós modificada é


 1
( R1 + R15 ) − R11 − R15 0
   
e1 I
 −1 ( R11 + R12 ) 0 1  e2   0 
 R1   =  
 −1 0 ( R14 + R15 ) −1 e3   0 
R5
0 1 −1 0 i3 E
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 8 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da superposição

Exemplo - Teorema da superposição


Definindo
( R11 + R15 ) − R11 − R15 0
− R11 ( R11+ R12 ) 0 1
D=
− R15 0 ( R14 + R15 ) −1
0 1 −1 0
A saı́da e2 é a seguinte
( R11 + R15 ) I − R15 0
1 − R11 0 0 1
e2 =
D − R15 0 ( R14 + R15 ) −1
0 E −1 0
Desenvolvendo o determinante, temos
− R11 0 1 (1 + 1) − R15 0
1 1 R1 1 R5
e2 = − − R15 ( R14 + R15 ) −1 I + − R1 0 1 E
D D
0 −1 0 − R15 ( R14 + R15 ) −1
Cada parcela representa o valor da saı́da e2 quando uma das
fontes é anulada. A seguir calcularemos e2 através do teorema.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 9 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da superposição

Exemplo - Teorema da superposição


R5 R5

R1 R1 E
2 2
1 3 1 3


+
I R4 R4
R2 R2

Anulando a fonte de tensão (circuito do lado esquerdo), temos


R2 R4
I eI 2 =
R2 + R4
Anulando a fonte de corrente (circuito do lado direito), temos
R2
E eE 2 =
R2 + R4
De forma mais simples, a solução do sistema é e2 = eI 2 + eE 2 .
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 10 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Teorema da reciprocidade

Considere um circuito resistivo linear e uma única fonte de tensão


(corrente). Suponha que haja em um ramo qualquer um medidor
ideal de corrente (tensão). A leitura do medidor não se altera
quando sua posição é trocada com a da fonte ideal.

Embora, neste momento, trataremos apenas de circuitos


resistivos, ficará claro posteriormente, que o teorema é válido
para qualquer circuito linear com condições iniciais nulas e
apenas uma fonte independente.
Ele se baseia na propriedade de simetria da matriz de
admitância. Esta matriz deve permanecer a mesma quando
ocorrer a troca de posição entre os ramos do medidor e da
fonte.
Como a matriz deve ser simétrica, o teorema não é válido,
quando existirem fontes dependentes.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 11 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Teorema da reciprocidade
Para assegurar que esta matriz não se modifique, é necessário
que fontes de tensão em um circuito sejam substituı́das por
fontes de tensão no outro circuito e o mesmo ocorrer para as
fontes de corrente.
Os medidores de corrente, como são curto-circuitos, são
fontes de tensão nula e os medidores de tensão, como são
circuitos abertos, são fontes de corrente nula.
Demonstração : Por simplicidade, consideraremos a fonte de
corrente entrando no nó p e saindo do nó de referência e um
voltı́metro ligado do nó q ao de referência. A equação de nós do
circuito é dada por Ye = If em que If terá um único elemento não
nulo I localizado na linha p. A tensão no nó q será
eq = Y−1 (q, p)I
em que Y−1 (q, p) é o elemento da posição (q, p).
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 12 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Passando a fonte de corrente para o nó q, a tensão no nó p será

erp = Y−1 (p, q)I

em que erp é a tensão do nó p após a troca. Como a matriz Y−1 é


simétrica, Y−1 (q, p) = Y−1 (p, q), então a tensão de nó eq com
fonte de corrente ligada ao nó p é igual à tensão erp com a fonte
ligada no nó q.
Embora a demonstração tenha sido feita para o caso em que o
circuito apresenta uma fonte de corrente em um dos ramos e a
medida da tensão em outro, ela pode ser generalizada para
qualquer circuito contendo apenas uma fonte independente, sem
fontes dependentes e, quando a substituição não modifica a matriz
admitância. Os exemplos a seguir apresentam as várias formas de
reciprocidade.

Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 13 / 36


Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Teorema da reciprocidade
Exemplo : Mostre que o teorema é válido para o circuito
apresentado a seguir
R1 R3
1 2 3

I R2 R4 V

As equações de nós para o circuito são


1
− R11 0
    
R1 e1 I
− 1 ( R11 + R12 + 1 1
R1 R3 ) − R3  e2  = 0
0 − R13 ( R13 + R14 ) e3 0
e a tensão no nó e3 é
R2 R4
e3 = I
R2 + R3 + R4
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 14 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Passando a fonte de corrente para o nó 3, temos


R1 R3
1 2 3

V R2 R4 I

As equações de nós para o circuito são


1
− R11 0
    
R1 er1 0
− 1 ( R11 + R12 + 1 1
R1 R3 ) − R3  er2  = 0
0 − R13 ( R13 + R14 ) er3 I

e a tensão no nó er1 é


R2 R4
er1 = I
R2 + R3 + R4
Verifica-se que e3 = er1 .
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 15 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Teorema da reciprocidade
Exemplo : Considere o circuito seguinte
R1 R3

if ia

+

E
j1
R2 R4 A
j2 j3

suas equações de malhas são


    
R1 + R2 −R2 0 j1 E
 −R2 R2 + R3 + R4 −R4  j2  =  0 
0 −R4 R4 j3 0
e a corrente ia é
R2
ia = j3 = E
R1 R2 + R2 R3 + R1 R3
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 16 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Trocando a posição do medidor e da fonte, temos


R1 R3

ia if
+
A jr1
R2 R4 −
E
jr2 jr3

As equações de malhas para o circuito são


    
R1 + R2 −R2 0 jr1 0
 −R2 R2 + R3 + R4 −R4  jr2  =  0 
0 −R4 R4 jr3 −E

e a corrente ia é
R2
ia = −jr1 = E
R1 R2 + R2 R3 + R1 R3
Logo, as correntes nos medidores em ambos os circuitos são iguais.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 17 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Teorema da reciprocidade
Exemplo : Considere o circuito a seguir
R1 R3
1 2 3
if
+

E R2 R4 V

As equações de nós modificadas são


1
− R11 0 1 e1
    
R1 0
− 1 ( R11 + R12 + 1
) 1
0
−  e2  =  0 
   
 R1 R3 R3
 0 − R13 ( R3 + R14 )
1
0 e3   0 
1 0 0 0 if E
e a tensão no nó 3 é
R2 R4
e3 = E
R1 R2 + R2 R3 + R1 R3 + R1 R4 + R2 R4
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 18 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Realizando as trocas de medidor e de fonte de outra natureza


como apresentadas a seguir
R1 R3
1 2 3

ia

A R2 R4 I

as equações de nós modificadas são


1
− R11 0 1 e1
    
R1 0
− 1 ( R11 + R12 + 1
) − 1
0 e2  0
 R1 R3 R3   =  
 0 − R13 ( R3 + R14 )
1
0 e3   I 
1 0 0 0 ia 0
e a corrente ia é
R2 R4
ia = I
R1 R2 + R2 R3 + R1 R3 + R1 R4 + R2 R4
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 19 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Teorema da reciprocidade

Note que consideramos a troca da fonte de tensão E no


primeiro circuito por um amperı́metro (fonte de tensão nula)
no segundo. Trocamos também o voltı́metro (fonte de
corrente nula) do primeiro circuito por uma fonte de corrente
I no segundo. Desta forma, as fontes de tensão e correntes
foram trocadas por medidores que representam fontes de
tensão e correntes nulas, respectivamente, o que faz com que
a matriz de admitância não seja alterada.
Pelo motivo do item anterior a simples permutação entre
medidores e fontes em um dos circuitos, como realizado nos
exemplos anteriores, não seria possı́vel neste exemplo.
Mesmo assim, podemos observar que o ganho em tensão, no
primeiro caso, é igual ao ganho em corrente no segundo.

Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 20 / 36


Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton


Quando estamos interessados no comportamento entre dois
terminais de um circuito elétrico, cuja análise pode ser
bastante complexa, podemos substituı́-lo por um circuito
equivalente de Thévenin ou de Norton.
O equivalente de Thévenin consiste simplesmente de uma
fonte ideal de tensão Vth em série com um resistor Rth .
O equivalente de Norton consiste simplesmente de uma fonte
ideal de corrente In em paralelo com um resistor Rth .
A fonte de tensão Vth deve ter tensão igual à tensão em
aberto do circuito original (com os terminais em aberto).
A fonte de corrente In deve ter corrente igual à corrente em
curto-circuito do circuito original (com os terminais em curto).
A resistência de Thévenin deve ser igual ao quociente
Rth = Vth /In.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 21 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Demonstração da equivalência
Dado um circuito conectado a uma carga, deseja-se substituı́-lo
pelo seu equivalente de Thévenin.
a

iext +
Circuito vext Carga

b

De acordo com o teorema da substituição podemos substituir a


corrente iext por uma fonte independente iext sem modificação das
demais variáveis do circuito.
a
+
Circuito vext iext

b

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Demonstração da equivalência
De acordo com o teorema da superposição, vext é obtido :
calculando Vth para a fonte iext em aberto.
calculando vi com todas as fontes do circuito anuladas.
somando ambas as tensões vext = Vth + vi .
a a
+ Circuito +
Circuito Vth com fontes vi iext
− anuladas −

b b

A tensão vi é proporcional a iext , vi = −Rth iext e, portanto,


Rth

+
+ vext Carga
vext = Vth − Rth iext Vth

O circuito original é simplificado ! !


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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Demonstração da equivalência
Para demonstrar o teorema de Norton, basta seguir os mesmos
passos mas procedendo de forma dual. A corrente externa será
vext
iext = In −
Rth
Comparando esta equação com a obtida anteriormente, temos
Vth
Rth =
In
Rth também pode ser calculada anulando-se todas as fontes
independentes do circuito e substituindo a carga por uma fonte
independente, de corrente ou de tensão. O quociente entre a
tensão e a corrente sobre a fonte adicionada fornecerá Rth .
Se o circuito não contiver fontes dependentes, a resistência Rth é
igual à resistência equivalente, vista pelos terminais em
consideração, anulando-se todas as fontes independentes.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 24 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Exemplo - Equivalente de Thévenin e Norton


Exemplo : Determine o equivalente de Thévenin visto pelos
terminais a e b do divisor de tensão apresentado a seguir.

R1

E +
− a

R2

Para calcular Vth , consideramos os terminais a, b em aberto,


calculando a tensão sobre eles (com a polaridade positiva em a) :
R2
Vth = E
R1 + R2
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 25 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Exemplo - Equivalente de Thévenin e Norton


Para calcular a corrente Norton, realizamos um curto nos terminais
e calculamos a corrente de curto (saindo do terminal a para b) :
E
In =
R1
A resistência de Thévenin é aquela vista pelos terminais, quando a
fonte é anulada.
R1 R2
Rth =
R1 + R2
Note que ela é a mesma obtida do quociente Vth /In .
R1 R2
R1 +R2
a a

E R1 R2 + R2
R1 ≡ R1 +R2
E
R1 +R2

b b

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Exemplo - Equivalente de Thévenin e Norton

Vale lembrar que para circuitos simples podemos obter o


equivalente de Thévenin e de Norton realizando transformações
sucessivas de fontes.
5Ω 4Ω 8Ω
a a a

+ 25 V 4A +
− 20 Ω 3A ≡ 8Ω ≡ 32 V

b b b

Mostre que a equivalência acima é válida, realizando o


procedimento anterior e também, através de transformações
sucessivas de fontes.

Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 27 / 36


Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Exemplo - Equivalente de Thévenin e Norton


Exemplo : Para o circuito com fonte dependente apresentado a
seguir, determine seu equivalente de Thévenin e de Norton.
2kΩ
a
i +
3v
+ + v
5V 25Ω
− −
20i

b

Aplicando a Lei de Kirchhoff na primeira malha, temos


5 − 2000i − 3v = 0
e, da segunda malha
v = −25 × 20 × i
Combinando ambas as equações, obtemos v = Vth = −5 [V ].
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 28 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Exemplo - Equivalente de Thévenin e Norton


Para calcular a corrente de Norton, realizamos um curto-circuito
nos terminais e calculamos a corrente de curto (saindo do terminal
a para b). Esta corrente In = −20 × i é determinada levando em
conta a primeira malha em que i = 5/2000 pois v = 0. Temos,
portanto In = −50 [mA].
A resistência de Thévenin é dada por Rth = Vth /In = 100 Ω.
Ela também poderia ser calculada anulando-se a fonte de 5 [V ] e
acrescentando uma adicional entre os terminais a, b como
mostrado a seguir
2kΩ
a ir
i +
3v
+ v 25Ω +
vr
− −
20i

b

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Exemplo - Equivalente de Thévenin e Norton


No circuito anterior, da segunda malha, a corrente ir é dada por
vr
ir = + 20i
25
Da primeira malha i = −(3/2)vr [mA]. Logo, temos
vr 60 ir 1 6 1
ir = − vr =⇒ = − =
25 2000 vr 25 200 100
Logo Rth = 100 [Ω] como obtido anteriormente.
100Ω
a a

50mA 100Ω − 5V
≡ +

b b

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Máxima transferência de potência


Um dos objetivos na análise de um circuito elétrico é a
transferência de potência para uma carga. Basicamente, estuda-se
dois pontos : 1.) a eficiência na transferência de potência, de forma
a não desperdiçar energia, e 2.) qual a potência máxima que pode
ser transferida. A seguir, estudaremos o segundo ponto para
sistemas que podem ser modelados como circuitos puramente
resistivos.
Para este estudo vamos considerar o circuito abaixo, em que o
objetivo é determinar o valor da carga Rℓ para obter máxima
potência.
Rth

Circuito resistivo i
contendo fontes
+
dependentes e
Rℓ ≡ −
Vth Rℓ

independentes

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Máxima transferência de potência


A potência dissipada em Rℓ é a seguinte
 2
2 Vth
p = i Rℓ = Rℓ
Rℓ + Rth
seu valor máximo é determinado através derivada
(Rth + Rℓ )2 − 2Rℓ (Rth + Rℓ )
 
dp 2
= Vth
dRℓ (Rth + Rℓ )4
A derivada é nula e p é máxima quando
(Rth + Rℓ )2 = 2Rℓ (Rth + Rℓ )
o nos fornece Rℓ = Rth .
Substituindo este valor na equação da potência, temos
2R
Vth 2
Vth
th
pmax = =
(2Rth )2 4Rth
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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Máxima transferência de potência

Logo a máxima transferência de potência ocorre para

Rℓ = Rth

e seu valor é
2
Vth
pmax =
4Rth
Exemplo : Para o circuito a seguir : 1.) Determine o valor de R
que resulta em potência máxima. 2.) Calcule o valor da potência
máxima fornecida a R. 3.) Quando R é ajustado para a máxima
potência, qual porcentagem de potência fornecida pela fonte chega
aR?

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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Máxima transferência de potência


30Ω a Rth a

+ 220V + Vth
150Ω R ≡ R
− −

b b

O valor de R que resulta em potência máxima é


30 × 150
R = Rth = = 25 [Ω]
30 + 150
e a tensão de Thévenin à esquerda dos terminais é
220
Vth = (150) = 183.33 [V ]
180
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 34 / 36
Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

O gráfico a seguir apresenta o comportamento da potência


fornecida p em função da resistência da carga Rℓ
350

300

250
p [W ]
200

150

100

50

0
0 50 100 150 200

Rℓ [Ω]

Como verificado no gráfico, a potência máxima fornecida à


carga é a seguinte
183.332
pmax = = 336.11 [W ]
4 × 25
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Teoremas Básicos e Circuitos Equivalentes

Circuitos equivalentes de Thévenin e de Norton

Máxima transferência de potência


Quando R = 25 [Ω], a tensão vab é
 183.33 
vab = (25) = 91.66 [V ]
50
e a corrente na fonte de tensão é dada por
220 − 91.66
if = = 4.278 [A]
30
Portanto, a fonte fornece

pf = −220 × 4.278 = −941.16 [W ]

sendo que
336.11
× 100 = 35.71%
941.16
de potência da fonte é fornecida à carga R.
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