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4-Circuitos de Corrente Continua

Este documento discute circuitos de corrente contínua, incluindo força eletromotriz, resistências em série e paralelo, e as regras de Kirchhoff. Analisa circuitos simples com baterias, resistores e condensadores, utilizando as leis de Kirchhoff para simplificar a análise. Explica como as regras são consequência das leis da conservação da energia e da carga.

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4-Circuitos de Corrente Continua

Este documento discute circuitos de corrente contínua, incluindo força eletromotriz, resistências em série e paralelo, e as regras de Kirchhoff. Analisa circuitos simples com baterias, resistores e condensadores, utilizando as leis de Kirchhoff para simplificar a análise. Explica como as regras são consequência das leis da conservação da energia e da carga.

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4.

CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA


4.1. Força Electromotriz
4.2. Resistências em Série e em Paralelo.
4.3. As Regras de Kirchhoff

• Análise de circuitos simples que incluem baterias, R e C, diversamente


combinados.
• A análise é simplificada pelo uso das duas Leis de Kirchhoff.
• As regras são consequência das leis da conservação da energia e da
conservação da carga.

170
4.1. Força Electromotriz
Uma fonte de força eletromotriz (fem) é um dispositivo qualquer (uma
bateria ou um gerador) que aumenta a energia potencial das cargas que
circulam num circuito.
A fem, , duma fonte é medida pelo trabalho feito sobre uma carga unitária.
A unidade SI de fem é o volt.

•Vamos admitir que os fios de ligação


têm resistência desprezável.

•Se desprezarmos a resistência interna (r)


da bateria  V na bateria (o potencial
entre os terminais) será igual à fem da
bateria.

171
• Uma bateria real tem sempre uma certa resistência interna, por isso o
potencial (V) entre os terminais é diferente da fem da bateria.

• Para uma carga (+) deslocando-se entre “a” e “b”  quando passa do
terminal (–) para o terminal (+) da bateria, o seu potencial aumenta de
; ao deslocar-se através de r, o seu potencial diminui de I·r (I =
corrente no circuito)

- + r
bateria  V = Vb – Va =  - I·r
a b

I entre os terminais
R da bateria

d c

172
•  é a voltagem (potencial) em circuito aberto; i.e., a voltagem entre os
terminais quando a corrente é nula.
• Variações de potencial (V) quando o circuito for percorrido no sentido
a, b, c, d:

V + - r
 r R bateria
a b


I·r
I·R R I

a b c d d c

173
• A voltagem, V, entre os terminais da bateria é igual à diferença de potencial
na resistência (muitas vezes denominada de resistência de carga): V = I·R

V =  - Ir 
  = IR + Ir , I
V = IR Rr

I depende de r e da R
Quando R >> r  podemos desprezar r na análise.

I = I2·R + I2·r (multiplicando ambos os membros por I)


P  I V
A potência total debitada pela fonte de fem, I, converte-se em potência
dissipada pelo efeito Joule na resistência de carga, I2R, mais a potência
dissipada na resistência interna, I2r.
Se R >> r  a maior parte da potência da bateria transfere-se para a
resistência de carga.

174
4.2. Resistências em Série e em Paralelo
a) Resistências em Série

a R1 b R2 c

I I
V
+ -

A corrente é a mesma através de ambas as resistência, pois qualquer carga


que passa por R1 também passa por R2
Queda de potencial entre a e b = IR1
Queda de potencial entre b e c = IR2
A queda de potencial de a para c:

V  IR1  IR2  I ( R1  R2 )

175
• Podemos substituir os dois R em série por uma única resistência
equivalente (Req),
Req  R1  R2

• Req é equivalente à combinação em série R1 + R2 porque a intensidade de


corrente (I) no circuito será a mesma se Req substituir R1 + R2
• Três ou mais resistências ligadas em série:

Req  R1  R2  R3  ...

• A Req de resistências em série é sempre maior do que qualquer das


resistências individuais.

176
b) Resistências em Paralelo R1
I1 R2
a b
I I2
+ -
V

• A diferença de potencial é a mesma em ambas as resistências.


• A corrente não é, em geral, a mesma em todas as resistências.
• Quando I atinge “a” (um nó), divide-se em duas partes, I1 pelo ramo R1, e I2
pelo ramo R2. Se R1 > R2  I1 < I2. A carga tende a seguir a via de menor
resistência.
• A carga dever ser conservada  I = I 1 + I2 (a corrente I que entra no nó “a”
deve ser igual à corrente que sai deste nó, I1 + I2)

177
• Uma vez que a queda de potencial em cada R é a mesma, a lei de Ohm dá:

V V  1 1  V
I  I1  I 2    V    
R1 R2  R1 R2  Req

1 1 1
    Req 
R1 R2
Req R1 R2 R1  R2

• Para três ou mais resistências

1 1 1 1
  
Req R1 R2 R3

• Cada nova resistência ligada em paralelo com uma ou mais resistências


diminui a Req do conjunto.

178
4.1. O componente R no diagrama do circuito é
uma resistência variável. Das seguintes
afirmações, indique a(s) verdadeira(s).
Quando R diminui ...

a)  I1 diminui, I2 diminui
b)  I1 diminui, I2 aumenta
c)  I1 permanece inalterado, I2 aumenta
d)  I1 aumenta, I2 diminui
e)  I1 aumenta, I2 aumenta

179
4.2. Re = 100 W, Rd = 50 W, Rf = 25 W, qual a corrente I que passa pelo ponto
A?
achega: simplificar circuito

V = 12 V

180
Exemplo de um circuito de uma casa. Várias aplicações são ligadas em paralelo com
um dos lados do circuito ligado à Terra e o outro ao potencial a utilizar. O circuito
está protegido por um disjuntor, que dispara se ocorrer algum curto-circuito.

181
Ligação à terra dos electrodomésticos

As tomadas com dois pernos não


protegem contra curto-circuitos.
Se um dos fios entrar em contacto
com o corpo metálico do
equipamento ocorrerá um curto
circuito. Se alguém tocar no
equipamento a corrente fluirá para
a terra através dessa pessoa.

Com as tomadas de três pernos o


corpo metálica ficará ligado à terra
através do terceiro perno.
Qualquer curto-circuito fará a
corrente fluir pelo terceiro perno
para a terra.

182
Potência elétrica

P  I V
A potência total debitada pela fonte de fem, I, converte-se em potência
dissipada pelo efeito Joule nas resistência de carga.
Em cada resistência Ri dissipa-se a potência Pi = I2 Ri ,
p.ex. no circuito anterior a potência PR=I2R, é dissipada na resistência R e
a potência Pr=I2r é dissipada na resistência interna,.

183
4.3. Uma bateria tem uma fem de 12 V e uma resistência interna de 0.05 W.
Os seus terminais estão ligados a uma resistência de carga de 3 W.
a) Achar a corrente no circuito e a voltagem entre os terminais da bateria.
b) Calcular a potência dissipada na resistência de carga, a potência
dissipada na resistência interna da bateria e a potência debitada pela
bateria.

4.4. Nas especificações de um eletrodoméstico elétrico lê-se 2200 W e 220 V. Das seguintes
opções, relativas à resistência interna desse dispositivo quando ligado e de acordo com as
especificações, indique a(s) verdadeira(s):
 5 W < R < 10 W
 10 W < R < 25 W
 25 W < R < 47 W
 47 W < R < 78 W

184
4.3. As Regras de Kirchhoff

• Muitas vezes não é possível reduzir um circuito a uma simples malha que
possa ser analisada pela Lei de Ohm e as regras das ligações das resistências
em série ou em paralelo.
• A análise de circuitos mais complicados pode simplificar-se pelo uso de
duas regras simples, as Leis de Kirchhoff:
1. A soma das correntes que entram num nó é igual à soma das
correntes que saem desse nó (um nó é qualquer ponto do circuito
onde é possível a divisão da corrente)  Lei dos Nós
2. A soma algébrica das variações de potencial em todos os elementos
duma malha fechada do circuito é nula  Lei das Malhas

185
• A primeira regra, Lei dos Nós, é um enunciado da conservação da carga:
qualquer carga que chega a um dado ponto do circuito, deve abandonar
esse ponto, pois não pode haver acumulação de carga em nenhum ponto.

I2
I1
I1 = I2 + I3
I3

• A segunda regra, Lei das Malhas, é consequência da conservação da energia:


qualquer carga que se desloque ao longo de qualquer malha fechada num
circuito (começa e termina o deslocamento no mesmo ponto) deve ganhar tanta
energia como aquela que perder.
• Uma carga pode ver a sua energia diminuir, na forma de uma queda de potencial
(-IR), por exemplo, ao atravessar uma resistência, ou vê-la aumentar na forma
de um potencial , por exemplo, se atravessar uma fem.
 V
i
i 0

186
• Aplicação da segunda regra de Kirchhoff: Lei das Malhas
Regras de cálculo:

1. Se uma resistência for atravessada na direcção da corrente (queda de


potencial), a variação do seu potencial (V) é negativa  -IR

+ - V = Vb – Va = -IR
a I b

2. Se a resistência for atravessada numa direcção oposta à de I (aumento de


potencial), a variação do seu potencial (V) é positiva  +IR

- + V = Vb – Va = +IR
a I b

187
3. Se uma fonte de fem for atravessada na direcção da fem (do terminal (-)
para o (+) ou seja um aumento de potencial), a V é positiva  +

- + V = Vb – Va = +
a  b

4. Se uma fonte de fem for atravessada na direcção oposta à da fem (do (+)
para (-) que é uma queda de potencial), a V é negativa  - 

- + V = Vb – Va = - 
a  b

188
! A lei das malhas pode ser usada desde que em cada nova equação apareça
um novo elemento do circuito (R ou + - ) ou uma nova I.

* Em geral o número de vezes que a lei dos nós deve ser usada é uma unidade
menor que o número de nós no circuito.

• O número de equações independentes de que se precisa deve ser pelo


menos igual ao número de incógnitas, para que um certo problema seja
solúvel.

• Redes complicadas  grande número de eq. lineares independentes e


grande número de incógnitas  álgebra de matrizes (ou programas de
computador)

• Admite-se que os circuitos estejam em estado estacionário, e as correntes


(I) nos diversos ramos sejam constantes.

• Se um condensador (C) aparecer como componente dum ramo, esse C actua


como um interruptor aberto no circuito, e a I no ramo onde estiver será
nula.
189
Estratégia e sugestões para a resolução de problemas:

1. Faça o diagrama do circuito e identifique, com nomes ou símbolos, todas as


grandezas conhecidas e desconhecidas.
2. Em cada parte do circuito, atribua um sentido à corrente I. (*)

3. Aplique a Lei dos Nós (1ª regra)

4. Aplique a Lei das Malhas (2ª regra). Tenha atenção aos sinais!!!

5. Resolva o sistema de equações.

* Não fique preocupado se fizer uma escolha incorrecta do sentido duma


corrente: nesse caso, o resultado terá o sinal negativo, mas o seu valor estará
correcto. Embora seja arbitrária a fixação inicial do sentido de I, a partir daí
é indispensável respeitá-la RIGOROSAMENTE ao aplicar as regras de
Kirchhoff.

190
4.5. Considere o circuito esquematizado na figura.

a) Qual a corrente I que passa pelo ponto


A?
b) Qual a d.d.p VCD entre os pontos C e
D?
c) Qual a potencia absorvida pela
resistência R1?

191
4.6. Re = 100 W, Rd = 50 W, Rf = 25 W, quais as correntes IA, IB, IC que
passam pelos pontos A, B, C, respetivamente?

V = 12 V

192
4.7. Um circuito elétrico DC consiste em 3
resistências R1 = 50 W, R2 = 100 W, R3 = 75
W, 2 fontes de tensão V1 = 15 V e V2 = 24
V, associados conforme o esquema. Quais as
correntes I1, I2, I3?

193
Fundamentos de Física para Tecnologias da Informação- MIEGSI
- Problemas 02.-0.8. 11.2012
4.8. Uma bateria tem uma fem de 3 V e uma resistência interna de 0.1 W. Os seus terminais estão ligados a uma
resistência de carga de 6 W.
a) Achar a corrente no circuito e a voltagem entre os terminais da bateria.
b) Calcular a potência dissipada na resistência de carga, a potência dissipada na resistência interna da bateria e a potência
debitada pela bateria.
4.9. Quatro resistências estão ligadas como mostra a figura em baixo.
a) Achar a resistência equivalente entre a e c.
b) Qual é a corrente, em cada resistência, se a diferença de potencial entre a e c for constante e igual a 42 V?

8W 4W 6W
a b c

3W
Figura 21

a
4.10. Três resistências estão ligadas em paralelo, como na
figura. Uma diferença de potencial de 18 V é mantida entre
os pontos a e b.
a) Achar a corrente em cada resistência.
18 V
b) Calcular a potência dissipada em cada resistência e a
potência total dissipada nas três resistências. 3W 6W 9W
c) Calcular a resistência equivalente das três resistências e,
a partir do resultado, achar a potência total dissipada. b
Figura 22

194
4.11. Achar as correntes I1, I2, e I3, no circuito da
e f
figura 24. Achar a diferença de potencial entre os
14 V
pontos b e c. 4W
I2
I1
b c
10 6W
V
I3
2W
a d
Figura 24

4.12. Uma lâmpada tem uma potencia de 100 W e deve ser colocado num circuito de
220 V.
a) Qual a corrente I no circuito ?
b) Qual a resistência elétrica R da lâmpada?

195
4.13. Achar as correntes I1, I2, e I3, no circuito da figura 24. Achar a diferença de
potencial entre os pontos b e c.

e f

14 V
4W
I2
I1

b c

10 V 6W

I3

2W

a d

Figura 24

196
4.14. Um circuito elétrico DC consiste em 3 resistências R1 = 0.7 W, R2 = 1 W,
R3 = 12W e 2 fontes de tensão V1 = 15 V e V2 = 12 V
•a) Quais as correntes I1e I2?
•Qual a diferença de potencial V entre os pontos A e B

4.15. Considere o circuito da figura com resistências R1 = 100 W, R2 = 50


W, R3 = 75 W e R4 = 65 W, 1 = 10 V. Determine:
•a) as correntes I1 e I2 através das resistências R1 eR2, respectivamente;
•b) a potência P2 absorvida pelas resistência R2 ;
c) a potência P 2 fornecida pela fonte 2

197

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