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Aula 17 Termodinâmica

O documento discute os princípios básicos da termodinâmica, incluindo trabalho realizado por um gás, diagrama P-V, energia interna, primeira e segunda leis da termodinâmica e máquinas térmicas.
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Termodinâmica

1. Trabalho de um gás em uma transformação isobárica

P F
P=
P P A
d
A F=P⋅A
F
τ = F ⋅ d ⋅ cosθ

P, V1, T1 P, V2, T2 τ=P⋅A⋅d


Calor (Q)

Joule (J) τ = P ⋅ ΔV m3

N/m2 = Pa (Pascal)
τ = P ⋅ (V2 − V1)
• Expansão
V2 > V1 ⇒ ∆V > 0 ⇒ τ > 0 (realizado pelo gás)
• Compressão
V2 < V1 ⇒ ∆V < 0 ⇒ τ < 0 (realizado sobre o gás)

2. Diagrama P x V numa transformação aberta.


A “área” destacada sob a curva que representa a transformação, indicada no diagrama
pressão X volume, é igual ao módulo do trabalho que esse sistema troca com o meio externo ao
executar essa transformação.
Numa transformação aberta, podem ocorrer três situações:

a) Quando um sistema realiza trabalho τgás > 0 , seu volume aumenta.

Área = τAB
volume aumenta ⇒ τAB > 0

a) Quando um sistema recebe trabalho τgás < 0 , seu volume diminui.

Área = τAB
volume diminui ⇒ τCD < 0
c) Quando um sistema não troca trabalho com o meio externo, seu volume permanece
constante.

Área = 0
τEF = 0

O trabalho realizado num processo termodinâmico depende do caminho


entre os estados inicial e final.

A1 > A2 > A3 ⇒ τI > τII > τIII


3. Energia interna

3 3
U = n·R·T Ou U = n ⋅ R ⋅ (T)
2 2

T2 > T1 ⇒ ΔT > 0 ⇒ ΔU > 0 (Energia interna aumenta)

T2 < T1 ⇒ ΔT < 0 ⇒ ΔU < 0 (Energia interna diminui)

T2 = T1 ⇒ ΔT = 0 ⇒ ΔU = 0 (Energia não varia)


4. Primeira lei da termodinâmica

“ Num sistema isolado a energia interna permanece constante”.

“ A energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada


integralmente de uma modalidade para outras modalidades de energia”.

Q = ΔU + 

Q > 0  o gás recebe calor


Q < 0  o gás cede calor
Q = 0  o gás não troca calor (adiabática) Energia Q
 > 0  expansão gasosa Gás
 < 0  compressão gasosa
 = 0  processo isovolumétrico
4.1 Transformação isotérmica

0
Q = ∆U + τ Q=τ

4.2 Transformação isovolumétrica

0
Q = ∆U + τ Q = ΔU

4.3 Transformação isobárica

Q = ∆U + τ
4.4 Transformação adiabática

Essa transformação pode ocorrer quando o gás estar contido no interior de


um recipiente termicamente isolado do ambiente ou quando ele sofre expansões e
compressões suficientemente rápidas para que as trocas de calor com o ambiente
possam ser consideradas desprezíveis.

0
Q=0 Q = ∆U + τ ∆U = −τ
∆U = −τ
• Expansão adiabática:

V   > 0  U < 0  T

P
P • Compressão adiabática:

V   < 0  U > 0  T

P

0 V
A pressão P e o volume V do gás, num processo adiabático, relacionam-se
pela chamada lei de Poisson, que pode ser expressa por:

γ γ cp
P · Vγ = constante ⇒ P1 ⋅ V1 = P2 · V2 ∴ γ=
cv
Expoente de Poisson

K P
P= γ Adiabática (γ > 1)
V

K
P= 1
Isotérmica
V

0 V
5. Expansão livre
Considere um recipiente de paredes rígidas (volume constante) e adiabáticas (não
permite trocas de calor através delas), dividido em duas partes por uma fina película. Em uma
das partes coloca-se certa massa de gás perfeito, enquanto na outra faz-se o vácuo.
Gás em equilíbrio termodinâmico

Q=0

Q=0
Gás está em movimento caótico (ou turbulento). Nesse
momento, o volume, a temperatura e a pressão do gás
=0 são indefinidos.

ΔU= Q - 
Expansão livre
ΔU = 0 – 0 ΔU = 0, Q = 0,  = 0
ΔU = 0
Volta do equilíbrio termodinâmico
5.1. Representação gráfica de uma expansão livre num
plano P x V.
V, P
Pressão
Início (A)
A
P ? V=?
? Logo, uma expansão livre
? P=? não pode ser representada
P ? B
T=? por um linha contínua.
2
Volume
P
Fim (B)
V 2V 2
V V

Os pontos A e B estão em equilíbrio termodinâmico, pois têm pressão, volume e temperatura


bem definidos. Porém, na evolução de A para B, há uma indefinição desses estados.
6. Transformação cíclica
Ciclo em sentido horário Ciclo em sentido anti-horário
P P
A B A B
τ>0 Área interna =  τ<0 Área interna = 
D C
D C

0 0
V V
Conversão de calor em trabalho: Q ⟶ τ Conversão de trabalho em calor: τ ⟶ Q

Uciclo = 0 (estado final coincide com o inicial)

0
ΔU = Q -  =Q
6.1. Calor trocado pelo gás em um Ciclo
P
QCD > 0 ∆V = 0 ⇒ τ = 0
C→D: TD > TC  ΔU > 0
Q = ∆U > 0 (calor recebido)
QAB < 0
QCD > 0
∆V > 0 ⇒ τ > 0
QBC < 0 D→A: TA > TD  ΔU > 0
Q = ∆U + τ (calor recebido)
0 V (+) + (+)
∆V = 0 ⇒ τ = 0
A→B: TB < TA  ΔU < 0
Q = ∆U < 0 (calor cedido) QCiclo = QAB + Q BC + Q CD + QDA

∆V < 0 ⇒ τ < 0
B→C: TC < TB  ΔU < 0
Q = ∆U + τ (calor cedido)
(–) + (–)
Máquina Térmica
1. Máquina térmica
Q1: calor retirado da fonte quente
Q2: calor rejeitado para a fonte fria
: trabalho útil obtido

Q1 =  + Q2

τ = Q1 − Q 2
τ Q1 Q 2 Qfrio
= − η= 1−
Q1 Q1 Q1 Qquente
τ
η= 0<η<1
Qquente
Rendimento

Segunda Lei da Termodinâmica:

É impossível construir uma máquina que trabalhe com rendimento de 100%.


2. Ciclo de Carnot

Ciclo teórico que proporcionaria o rendimento máximo a uma


máquina térmica entre duas dadas temperaturas.
P
• AB e CD: transformações isotérmicas.
• BC e DA: transformações adiabáticas.

Qquente Qfria Qfria Tfria


= ⇒ =
Tquente Tfria Qquente Tquente

Qfrio Tfria
η=1− ⇒ ηMáx. = 1 −
Qquente Tquente 0 V
1. Porque a máquina de Carnot não existe na prática?

a) Porque é muito difícil conseguir processos perfeitamente isotérmicos e


adiabáticos;

b) O gás teria que ser levado o tempo todo em estado de equilíbrio


termodinâmico, e isso demoraria um tempo infinito para completar um
ciclo.
2. Se a máquina de Carnot não é viável na prática, então, qual é a importância
de estudá-la?

Porque ela estabelece o limite máximo intransponível para o rendimento


teórico de uma máquina operando entre duas temperaturas TF e TQ dadas.
3. O postulado de Carnot
Comparando-se uma máquina de Carnot com outra máquina térmica
qualquer, ambas operando entre as mesmas fontes quente e fria, a de Carnot
sempre terá rendimento superior ao rendimento da outra máquina térmica.

Máquina de Carnot Máquina genérica X

ηX < ηCarnot
Exemplo. Um inventor informa ter construído uma máquina térmica que recebe,
em certo tempo, 105 cal e fornece, ao mesmo tempo, 5 x 104 cal de trabalho útil.
A máquina trabalha entre as temperaturas de 177 ºC e 227 ºC.

a) Que rendimento tem a máquina que o inventor alega ter construído?

τ 5 ⋅ 104
η= ⇒ η= 5
⇒ η = 0,5 = 50%
Qquente 10

b) Comente a possibilidade de essa máquina existir.

Tfria 450
ηMáx. = 1 − ⇒ ηMáx. = 1 − = 1 − 0,9 ⇒ ηMáx. = 0,1 = 10%
Tquente 500

A máquina não pode existir, pois, necessariamente, devemos ter:

ηmáquina < ηmáx.


E se ηmáx = 100%?

TF
ηMáx. = 1 −
TQ

TF TF
1=1− ⇒ =0 ⇒ TF = 0 K
TQ TQ

Ou seja, uma máquina de Carnot que operasse com rendimento máximo de


100% teria que ter uma fonte fria a zero kelvin, porém, esse valor é inatingível.

Terceira Lei da Termodinâmica: “O zero Kelvin é inatingível”.


Máquina frigorífica
1. Máquina frigorífica
Q2: calor retirado da fonte fria
Q1: calor rejeitado para a fonte quente
: trabalho externo realizado pelo compressor
ligado à rede elétrica.

 + Q 2 = Q1

Um bom refrigerador (ou condicionador de ar) é aquele que retira o máximo de calor da
fonte fria (Qf) para um mesmo trabalho (τ) realizado pelo motor. Assim, quanto mais eficiente for o
refrigerador, maior será a razão Qf/τ. Definimos então o coeficiente de desempenho de um
refrigerador (e).

QF QF
e= =
τciclo QQ − QF

Eficiência, coeficiente de performance ou coeficiente de desempenho


Máquina frigorífica
O funcionamento de uma geladeira baseia-se em um
processo de transferência de calor de uma fonte fria para uma
quente. Esse processo não é espontâneo. É necessária uma
energia externa, em forma de trabalho (no compressor), para que
essa transferência possa ocorrer.

A geladeira possui, portanto, uma fonte fria (o congelador)


e outra quente (o radiador), que se encontra na parte externa
traseira, em forma de serpentina.

O fluido operante usado é o fréon, que vaporiza a baixa


pressão no congelador e se condensa a alta pressão no radiador. O
mecanismo utilizado para reduzir a pressão no congelador é uma
válvula; para aumentar a pressão no radiador, o mecanismo é um
compressor.

Observe que o fréon retira calor do interior da geladeira ao


se vaporizar no congelador e libera calor para o ambiente no
radiador, quando se condensa ao ser comprimido pelo compressor.
Expansão adiabática
(o gás se resfria)
Exterior Interior
Trabalho
Líquido quente
Líquido frio
Condensador

Válvula de

(congelador)
Evaporador
(radiador)

Calor expansão Calor


Q1 Q2 Válvula: um tubo estreito (capilar) que
diminui a pressão do vapor.
Compressor
Fonte Fonte fria Congelador: o fréon no estado líquido
quente Vapor frio se vaporiza ao absorver calor do interior
da geladeira.
vapor quente
Compressor: o fréon entra no estado
Trabalho (gasto de energia elétrica) gasoso com baixa pressão e sai com
alta pressão, já condensado.
Compressão adiabática
(o gás se aquece) Radiador: serpentina externa (localizada
na parte traseira) na qual o vapor se
liquefaz, liberando calor para o ambiente.
1. (UEPB) O refrigerador é uma máquina térmica que retira calor dos corpos colocados em seu
interior e rejeita calor para o meio ambiente, que está a uma temperatura mais elevada que a do
seu interior. No refrigerador, entretanto, a transferência de calor não é espontânea: é oposta à
“ordem natural” e, de acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, é um processo que só se pode
efetivar com fornecimento externo de energia. Como está esquematizado na figura abaixo, o
refrigerador consta de quatro componentes: 1 – compressor; 2 – condensador ou radiador; 3 –
válvula (tubo capilar); e 4 – congelador.

Tendo como base as informações dadas, analise, nas proposições a seguir, os processos que ocorrem
em cada um dos componentes da geladeira, com suas respectivas transformações gasosas, como se
observa no diagrama p x V apresentado, que representa as variações de pressão e volume para o ciclo
da substância de operação na geladeira.
I. No compressor, devido à rapidez com que ocorre a compressão, esta pode ser considerada adiabática. A
temperatura e a pressão se elevam. Como não há trocas de calor (Q = 0), o trabalho realizado pelo compressor é
equivalente à variação da energia interna da substância (2 → 3). 0
(V) Q = ∆U + τ

II. O condensador ou radiador é a serpentina na qual o vapor se liquefaz, trocando calor com o ambiente.
Inicialmente ocorre um aumento de temperatura à pressão constante (3 → 4), seguida de uma diminuição do
volume da substância em condensação, à pressão e temperatura constantes (4 → 5).
(F)
Constante P⋅V
= K Ou traçava a isoterma
T
III. A válvula é um tubo capilar que diminui a pressão da substância. Esta descompressão ocorre com muita
rapidez, não permitindo a troca de calor com o ambiente, logo se constitui numa transformação adiabática (5 → 1).
(V)
(F)
IV. No congelador, a substância operante troca calor com o interior da geladeira, a pressão constante e
diminuição de temperatura, expandindo-se à medida que se vaporiza (calor latente de vaporização) (1 → 2). A
partir da análise feita, assinale a alternativa correta.
Constante P⋅V Ou traçava a isoterma
a) Todas as proposições são verdadeiras. =K
b) Apenas as proposições III e IV são verdadeiras. T
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
e) Apenas as proposições II e IV são verdadeiras.

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