Financas Publicas Cugara
Financas Publicas Cugara
Indice
Introdução...................................................................................................................................................2
Conceito......................................................................................................................................................3
Falhas do mercado......................................................................................................................................3
Funções do Governo....................................................................................................................................4
Teoria da tributação....................................................................................................................................5
Impostos......................................................................................................................................................5
O gasto público............................................................................................................................................6
As finanças e o Estado.................................................................................................................................6
Objectivos da politica monetaria.................................................................................................................7
Crises financeiras.........................................................................................................................................8
A inflação.....................................................................................................................................................8
Classificação da receita pública...................................................................................................................9
Processamento da receita pública...............................................................................................................9
Imposto.......................................................................................................................................................9
Funções.....................................................................................................................................................10
Princípios da tributação.............................................................................................................................10
Receita pública..........................................................................................................................................11
Conclusão..................................................................................................................................................12
Referências................................................................................................................................................13
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Introdução
O presente trabalho referente a cadeira de Financas Publicas, aborda assuntos sobre as finanças
publicas na sua generalidade.
Finanças públicas é o campo da economia que trata sobre o pagamento de atividades coletivas e
governamentais, assim como com a administração e o desempenho destas atividades. O campo é,
muitas vezes, dividido em questões sobre as quais as organizações coletivas ou governamentais
deveriam fazer ou estão fazendo, e questões de como pagar tais atividades. O termo mais amplo,
economia pública, e o termo mais curto, finanças governamentais, são também muitas vezes
usados. Podemos dizer, que as Finanças Públicas abrangem a captação de recursos pelo Estado,
sua gestão e seu gasto para atender às necessidades da coletividade e do próprio Estado.
A partir daí, são desenvolvidos estudos, teorias e modelos que procuram explicar: a evolução da
participação do setor público na economia as formas de intervenção do Estado na atividade
econômica as fontes e origens das receitas públicas bem como a evolução crescente dessas
receitas relativamente ao produto/renda nacional.
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Conceito
Finanças Públicas refere-se a aquisição e utilização de meios financeiros pelas entidades
publicas. Por outras palavras, dizem respeito as receitas e despesas do Estado, dos municípios e
das entidades para estaduais. Finanças Públicas e a terminologia que tem sido tradicionalmente
aplicada ao conjunto de problemas da politica económica que envolve o uso de tributação e de
dispêndios Públicos.
Finanças públicas são os métodos, princípios e processos financeiros por meio dos quais o
governo central, provincial, distrital e municipal desempenha suas funções: locativas,
distributivas e estabilizadoras.
Função Locativa: processo pelo qual o governo divide os recursos para utilização no sector
público e privado, oferecendo bens públicos, semi-públicos ou meritórios, como rodovias,
segurança, educação, saúde, dentre outros, aos cidadãos.
Função Distributiva: distribuição, por parte do governo, de rendas e riquezas, buscando assegurar
uma adequação àquilo que a sociedade considera justo, tal como a destinação de parte dos
recursos provenientes de tributação ao serviço público de saúde, serviço – por essência – mais
utilizado por indivíduos de menor renda.
Função Estabilizadora: aplicação das diversas políticas económicas, pelo governo, a fim de
promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da incapacidade do mercado em
assegurar oa tingimento desses objectivos.
De uma forma geral, a teoria das finanças públicas gira em torno da existência das falhas de
mercado que tornam necessária a presença do governo, o estudo das funções do governo, da
teoria da tributação e do gasto público.
Falhas do mercado
As falhas de mercado são fenômenos que impedem que a economia alcance o ótimo de Pareto,
ou seja, o estágio de welfare economics, ou estado de bem estar social através do livre mercado,
sem interferência do governo. São elas:
a) Existência dos bens públicos: bens que são consumidos por diversas pessoas ao mesmo
tempo (ex. rua). Os bens públicos são de consumo indivisível e não excludente. Assim, uma
pessoa adquirindo um bem público não tira o direito de outra adquirí-lo também;
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c) As externalidades: uma fábrica pode poluir um rio e ao mesmo tempo gerar empregos.
Assim, a poluição é uma externalidade negativa porque causa danos ao meio ambiente e a
geração de empregos é uma externalidade positiva por aumentar o bem estar e diminuir a
criminalidade. O governo deverá agir no sentido de inibir atividades que causem externalidades
negativas e incentivar atividades causadoras de externalidades positivas;
Funções do Governo
Um Governo possui funções alocativas, distributivas e estabilizadoras.
Teoria da tributação
Pelo conceito da eqüidade, cada indivíduo deve contribuir com uma quantia "justa"; pelo
conceito da progressividade, as alíquotas devem aumentar à medida que são maiores os níveis de
renda dos contribuintes; pelo conceito da neutralidade, a tributação não deve desestimular o
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Impostos
Impostos são tributos cobrados cujo valor arrecadado não tem um fim específico. As
contribuições são tributos cujos recursos devem ser legalmente destinados a finalidades pré-
estabelecidas. Taxas são tributos para manutenção do funcionamento de um serviço dirigido a
uma comunidade de indivíduos.
O imposto de renda é uma tributação direta muito eficaz. Segundo dados históricos, o IRPF tem
apresendado características de progressividade ao longo do tempo. Infelizmente o IRPJ não tem
alcançado muito sucesso. Além de inibir a produção ele pode causar perda de competitividade do
produto nacional frente ao produto importado, pelo o que se observa. O imposto sobre o
patrimônio, como o IPTU e o IPVA, são de fácil cobrança e controle e tendem a penalizar os
indivíduos com maior poder aquisitivo.
Entretanto, o IPTU, por exemplo, é falho no momento em que o inquilino de um imóvel paga o
imposto ou um estabelecimento comercial encarece seus produtos, embutindo tal imposto nos
preços. O imposto sobre as vendas, embora muito utilizado, não é o mais indicado por questões
de progressividade. Além disso um bem com maior número de etapas de produção é mais
penalizado do que os demais.
Uma crítica constante aos impostos "em cascata" ou "cumulativos" são a conseqüente inibição à
integração vertical da produção e a perda de competitividade em termos internacionais. Face a
isso, grande importância tem sido dada ao imposto sobre o valor adicionado (IVA) em diversas
economias do planeta. Suas principais vantagens são a neutralidade, a dificuldade de sonegação
por concentrar a tributação no atacado, dentre outras. Todavida, tal imposto permaneceria
infringindo o conceito da progressividade, como faz o atual ICMS.
O gasto público
Embora muito tem-se ouvido dizer sobre redução de gastos governamentais e redução do
"tamanho" do Estado, a sua participação na economia é de extrema importância, e inúmeras são
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as funções desempenhadas. Fica difícil decidir onde serão feitos os cortes: se na saúde, educação,
defesa, policiamento, justiça ou, efim, no investimento econômico-social.
As finanças e o Estado
Os bancos nasceram como financiadores de grandes projetos e só mais tarde foram criados
instituições bancárias voltadas à "classe média". Com a expansão da produção industrial na
América do Norte, a partir de 1870, surgiram as multinacionais e as grandes organizações
empresariais nacionais e internacionais. O sistema financeiro foi obrigado a modernizar-se e
acompanhar tal evolução a nível mundial. Surgiram, as bolsas de valores e todo o mercado
acionário, além de grandes processos de fusões e incorporações mercantis. Nesse contexto,
diferenciaram-se os bancos varejistas dos bancos atacadistas.
A grande relação entre política cambial e monetária está no fato de que um balanço de
pagamentos superavitários aumenta o volume de moeda na economia e vice versa. Quanto à
estabilidade dos preços emprega-se políticas monetárias restritivas para inibir a inflação e
expansionistas para incentivar o crescimento. Vale ressaltar que políticas monetárias restritivas
não têm sido capazes de anular inflações inerciais.
O Fundo Monetário Internacional foi criado na conferência de 1944 com o objetivo de fomentar
o processo de globalização e dar apoio financeiro às economias em dificuldades. De imediato, o
FMI passou a agir conforme seus objetivos. Em um segundo momento, observou-se que a grande
maioria das crises nas economias periféricas eram provenientes de más condições estruturais.
Diante dessa situação, o Fundo implementou o que ficou conhecido como stand-by. Na nova
dinâmica, os empréstimos são autorizados mediante fixação de metas de ajustes estruturais na
economia. A liberação de recursos é gradativa e condicionada ao cumprimento das referidas
metas.
Outro fato importante relacionado ao sistema financeiro é que na década de 70 os EUA foram
obrigados a abandonar a conversibilidade de sua moeda ao ouro devido a consecutivos déficits
no balanço de pagamentos. É como se deixasse de existir um sistema internacional de
pagamentos, pois as desvalorizações de moeda passam a ser totalmente arbitrárias. Alguns países
abdicam da possibilidade de fazer política monetária criando um sistema de paridade com suas
reservas internacionais. Muitos pensadores liberais defendem um regime cambial totalmente
livre.
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Crises financeiras
Uma crise financeira é normalmente desencadeada quando há, em determinada nação, um maior
número de agentes pessimistas em relação aos demais. Suas principais consequências são a
desvalorização de ativos financeiros e a iliquidez de diversas instituições, ou seja, a confirmação
e o agravamento dos motivos que geraram o pessimismo inicial.
Por fim, a crise gera o conhecido "efeito dominó" no mercado financeiro que tende a causar
grandes estragos nos agentes produtivos, a não ser que a autoridade monetária tome alguma
providência.
A inflação
A inflação de demanda diz respeito ao aumento de preços que se observa em casos onde o poder
aquisitivo da população sobe em disparidade com a capacidade que a economia tem de prover os
bens e serviços demandados. Em outras palavras, quando a demanda supera a oferta.
A inflação de custos ocorre quando os insumos necessários para a produção de bens e serviços
ficam mais caros, e os custos de produção são repassados ao consumidor final. Dois dos
exemplos mais comuns são a alta no preço da energia elétrica e a dos combustíveis.
A inflação pode causar sérios transtornos à economia de um país, mas não deve ser confundida
com a hiperinflação, que consiste em um aumento contínuo e generalizado dos preços em uma
proporção muito maior. Ao passo que um pouco de inflação é um sintoma comum de economias
saudáveis em crescimento, hiperinflação é um processo completamente descontrolado, associado
a severas recessões econômicas e crises de estabilidade.
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O conceito de inflação pode ser contrastado com os conceitos de deflação, a redução contínua e
generalizada dos preços e estagflação, a inflação acompanhada de estagnação econômica, ou
baixo crescimento.
Receita orçamentária
Receitas orçamentárias são aquelas que entram de forma definitiva no patrimônio, são recursos
próprios que poderão financiar políticas públicas e os programas de governo. Podem estar
previstas no orçamento público LOA ou não.O fato de estar ou não estar prevista na LOA ou em
Lei de Crédito Adicional não serve de parâmetro para a diferenciação de receita orçamentária e
extraorçamentária.
A Classificação da Receita: - Conforme a lei n. 4.320/64 - Art.11, § 4º foi alterada pelo decreto-
lei Nº 1.939, DE 20 DE MAIO DE 1982.
1-Receitas Correntes — Conforme a lei 4.320/64 Art.11 § 1º São Receitas Correntes as receitas
tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda,
as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
Receita patrimonial — rendas obtidas pelo Estado quando este aplica recursos em inversões
financeiras, ou as rendas provenientes de bens de propriedade do Estado, tais como aluguéis;
Outras receitas de capital — classificação genérica para receitas não especificadas na lei;
também classifica-se aqui o superávit do orçamento corrente (diferença entre receitas e despesas
correntes), embora este não constitua item orçamentário.
Receita extraorçamentária
Receitas extraorçamentárias são aquelas que não fazem parte do orçamento público.
Como exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de
pagamento, retenções na fonte, salários não reclamados, operações de crédito por antecipação de
receita (ARO) e outras operações assemelhadas.
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Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua realização não se vincula à
execução do orçamento.
Tais receitas também não constituem renda para o Estado, uma vez que este é apenas depositário
de tais valores. Contudo tais receitas somam-se às disponibilidades financeiras do Estado, porém
têm em contrapartida um passivo exigível que será resgatado quando da realização da
correspondente despesa extraorçamentária.
Receita Adicional
São aquelas não previstas no orçamento ou computadas com insuficiente dotação orçamentária.
Elas se subdividem em suplementares (destina-se a aumentar a dotação orçamentária que já
existe) e especiais (destinam-se a suprir despesas sem dotação específica).
Imposto
Imposto (do latim imposìtu-, particípio passado de imponère: "impor", "pôr como obrigação") é a
imposição de um encargo financeiro ou outro tributo sobre o contribuinte (pessoa física ou
jurídica) por um estado ou o equivalente funcional de um estado a partir da ocorrência de um
fato gerador, sendo calculado mediante a aplicação de uma alíquota a uma base de cálculo de
forma que o não pagamento do mesmo acarreta irremediavelmente sanções civis e penais
impostas à entidade ou indivíduo não pagador, sob forma de leis.
Funções
Essencialmente, a principal função dos impostos é a transferência monetária. O imposto é
sempre fundamental para o Estado, o que torna, a tributação, uma ferramenta chave da política,
disponível em diferentes variantes.
Funções de Base
Princípios da tributação
O processo de tributação estatal foi defendido inicialmente pelo liberalismo inglês,
principalmente por Adam Smith, advogando que a justiça, simplicidade e neutralidade eram os
preceitos da boa tributação. Estas considerações foram muito importantes no período clássico,
quando o imposto não era considerado uma questão econômica. Atualmente, tais dogmas são
questionados e, inversamente ao que era defendido, a política fiscal é, muitas vezes, usada para
influenciar o comportamento do consumidor ou para influenciar o mercado em determinado
ponto ou setor que a autoridade considere existir uma avaria.
O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), elaborado de forma compatível com o Plano
Plurianual (PPA), com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com as normas da LRF
conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os
objetivos e metas constantes no Anexo de Metas Fiscais e será acompanhado de demonstrativo
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regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de incentivos fiscais, bem como
das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de
caráter continuado;
Conterá também uma reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com
base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada
ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
A Lei Orçamentária Anual também conterá todas as despesas relativas à dívida pública,
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, bem como o refinanciamento da dívida
pública, que constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
A lei orçamentária não deverá consignar dotação para investimento com duração superior a um
exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua
inclusão.
Receita pública
É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação, sendo
vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe este procedimento,
no que se refere aos impostos.
Conclusão
Não há mais espaço para pensamentos pejorativos relacionados a arrecadação tributária, mas sim
discussão sobre seu equilíbrio com os anseios da sociedade, sempre devendo ser respeitadas as
limitações extraídas da Constituição da República Federativa do Brasil.
Assim, necessária se faz uma conscientização maior da população para a importância do papel de
que cada contribuinte tem ao pagar os tributos devidos, afinal se estará a colaborar com um
Estado que, cada vez mais, terá meios de atender aos anseios da sociedade.
Referências
1 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário / Paulo de Barros Carvalho. - 24.
Ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. Citado na página 2.
2 PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário: completo / Leandro Paulsen. 7. Ed. revisada,
atualizada e ampliada. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2015. Citado nas páginas
2, 6, 8, 9 e 11.
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