Programming in VBA
Programming in VBA
Texto Introdutório
António Silva
2009-10-6
1
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Conteúdo
1 Introdução 6
2 Conceitos Básicos 6
2.1 O que é um Macro? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Técnicas de construção dum Macro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Gravação de um Macro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 A escrita de um Macro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.5 O editor de VBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.6 Criação de um Macro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3
5.2.2 Ciclos controlados por contador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.2.3 Ciclos controlados por sentinela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.2.4 Estrutura de Controlo For...Next . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5.2.5 Estruturas de controlo repetitivo imbricadas . . . . . . . . . . . . 42
5.3 Variáveis indexadas - vectores e matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5.3.1 Declaração de vectores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.3.2 Processamento de vectores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
6 Funções e Procedimentos 47
8 Notas finais 51
4
Lista de Figuras
1 Janela de invocação do ambiente de Gravação de Macros . . . . . . . . . 7
2 Janela de Gestão de Macros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 Barra de Ferramentas de VBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4 Editor integrado do VBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5 Criação de novo Módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6 Diferentes tipos de dados e o seu armazenamento em memória . . . . . . 13
7 Como forçar a declaração explícita automaticamente . . . . . . . . . . . 14
8 Uma Form e vários Controlos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9 Janela de Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
10 Lista de eventos disponíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
11 Objectos e Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
12 Exemplo de MsgBox . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
13 Exemplo de InputBox . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
14 Criação de uma Form no VBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
15 Uma Frame agrupando três botões de comando . . . . . . . . . . . . . . 28
16 Vários optionButton agrupados numa frame . . . . . . . . . . . . . . . . 29
17 Vários checkBox agrupadas numa frame . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
18 Exemplo de listBox . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
19 Estrutura de controlo condicional If...Then...Else . . . . . . . . . . . . . 32
20 Estrutura de controlo condicional If...Then . . . . . . . . . . . . . . . . 33
21 Estrutura de controlo condicional If...Then . . . . . . . . . . . . . . . . 35
22 Estrutura de controlo repetitivo Do...While . . . . . . . . . . . . . . . . 37
23 Estrutura de controlo repetitivo Do...Until . . . . . . . . . . . . . . . . 38
24 Ciclos controlados por contador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
25 Ciclos controlados por sentinela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
26 Exemplo de Ciclos Imbricados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
27 Um vector é uma variável múltipla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
28 Um exemplo de vector de strings . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
29 Porquê usar ciclos para processar vectores? . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
30 Exemplo de processamento de um vector . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
31 Outro exemplo de processamento de um vector . . . . . . . . . . . . . . . 47
5
1 Introdução
Este texto tem como objectivo apoiar o ensino das técnicas de Programação de compu-
tadores, utilizando, como ambiente de aplicação, programas como o gestor de folhas de
cálculo Excel.
Destina-se assim aos alunos que já possuem alguns conhecimentos da utilização e
funcionamento desta aplicação. Concretamente, presume-se que estão já familiarizados
com os conceitos de folha de cálculo, de livro de trabalho, de fórmulas e funções standard.
A linguagem de programação que vai ser utilizada será o VBA (Visual Basic for
Applications). É uma linguagem que permite acrescentar capacidades adicionais a certo
tipo de aplicações informáticas, concretamente as pertencentes ao Microsoft Office, entre
as quais o Excel e o Word. Permite ainda automatizar a realização de certas tarefas
rotineiras nessas aplicações.
Como o próprio nome indica, trata-se duma adaptação da linguagem genérica de
programação Visual Basic de modo a poder ser utilizada no ambiente específico das
aplicações Office.
2 Conceitos Básicos
O VBA constitui uma ferramenta poderosa nas mãos de programadores experimentados
mas pode, ao mesmo tempo, ser muito útil a qualquer utilizador, mesmo inexperiente.
De facto, no dia a dia da utilização destas aplicações, defrontamo-nos com a neces-
sidade de repetir a mesma tarefa várias vezes ao dia ou, de em certas ocasiões, ter que
repetir uma determinada tarefa uma série de vezes de seguida. Seja escrever ou formatar
um certo texto, seja executar uma série de comandos ou escolher opções de menus, seja
ainda realizar a formatação complexa de um documento, são inúmeras as ocasiões em
que dava jeito poder automatizar essas tarefas repetitivas.
É aqui que entra o VBA, permitindo a construção daquilo que se designa vulgarmente
por macros.
6
2.2 Técnicas de construção dum Macro
Se bem que um macro seja um programa em VBA, nem sempre é necessário escrevê-lo de
forma explícita, ou seja, escrevendo especificamente as instruções VBA que o compõem.
Sobretudo quando os macros são simples, é muitas vezes mais prático criá-lo de forma
automática, gravando a sequência de passos que ele deverá executar na aplicação.
Esta forma de criar um macro corresponde a mostrar ao computador o que fazer
para conseguir obter o resultado pretendido. O utilizador indica ao programa que se
vai entrar num modo de gravação do macro e inicia a execução da sequência de acções
que normalmente teria que executar. Quando chega ao fim dessa sequência, indica ao
programa que a gravação terminou. Após ter atribuído a essa sequência uma combinação
de teclas especial, esse macro estará pronto a ser executado, substituindo assim o conjunto
de acções que anteriormente seriam necessárias.
Se se investigar, no entanto, o conteúdo desse macro, verificar-se-á que ele é composto
por instruções escritas precisamente em VBA, sendo que a cada acção ou comando da
aplicação corresponderá uma instrução (ou conjunto de instruções) específica do macro.
A forma alternativa de construir um macro será assim introduzir essas instruções num
editor de texto apropriado. É essa, de facto, a forma de criar um macro quando o seu
âmbito é algo não trivial.
Após se premir a tecla OK, aparecerá uma pequena janela que permitirá controlar
7
Figura 2: Janela de Gestão de Macros
o processo de gravação e dever-se-á dar início à execução das acções que o macro vai
substituir. Quando se tiver executado a última acção a incluir no macro, basta dar a
indicação de que a gravação terminou.
Uma vez tal realizado, esse macro passará a estar disponível mediante a invocação
da combinação de teclas especificada anteriormente (no caso da Figura 1 na página pre-
cedente, seria Ctrl+Shft+M) e executará, de forma automática, exactamente a mesma
sequência de acções que tínhamos realizado manualmente.
Em alternativa, mediante a combinação de teclas ALT-F8, pode ser accionada a janela
de Gestão de Macros (Figura 2), onde, entre outras acções, pode ser escolhido o macro a
ser executado.
8
Figura 3: Barra de Ferramentas de VBA
9
Figura 4: Editor integrado do VBA
Não nos vamos de momento preocupar com os detalhes do código que constitui o
macro. Basta verificar que, em 1o lugar, é constituído por uma linha de cabeçalho que
especifica o tipo de macro (neste caso, um procedimento) e o seu nome (verificaValor ).
O corpo do macro é composto pela estrutura de controle condicional (If...Then) que vai
verificar se o conteúdo da célula B2 é ou não maior que o valor 200. Caso essa condição
seja verdadeira afixará, o macro apresentará uma mensagem no ecran dizendo que o valor
máximo foi excedido. Finalmente, o macro é terminado com uma linha contendo "End
Sub".
O que este simples macro faz, portanto, é verificar o conteúdo de uma célula específica
da folha de cálculo e avisar o utilizador caso o valor nela contido ultrapassar um valor
pré-determinado. Sempre que for necessário fazer esta verificação, bastará invocar a
combinação de teclas que tenha sido associada a este macro.
Esta verificação poderia, no entanto, ter sido realizada colocando numa célula uma
fórmula contendo a função standard do Excel IF. Mas suponhamos agora que se pretende
algo mais complicado, por exemplo, fazer essa verificação num conjunto de células e
apenas desencadear o alarme caso mais do que duas dessas células ultrapassem o limite
estabelecido. A sub-rotina modificada poderia ser algo como:
1 Public Sub v e r i f i c a G a m a ( )
2 Dim i As Integer , c As Integer
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Figura 5: Criação de novo Módulo
3 c = 0
4 For i = 1 To 5
5 I f C e l l s ( i , 3 ) > 100 Then
6 c = c + 1
7 End I f
8 Next
9 I f c > 2 Then
10 MsgBox c & "␣ v a l o r e s ␣ s u p e r i o r e s ␣ ao ␣ l i m i t e ! "
11 End I f
12 End Sub
A verificação é agora repetida em todas as células de C1 a C5 graças aos serviços
da estrutura de controlo repetitivo For...To...Next que executará 5 vezes as instruções
contidas nas linhas 5 a 7. Para além de verificar o conteúdo da célula em análise, é ainda
actualizado um contador, baseado na variável c (ver linha 6), sempre que o valor contido
nessa célula ultrapasse o limite. Só no caso de o valor desse contador for maior que 2 será
gerada a mensagem de alarme.
Estaremos já em posição de perceber a utilidade de construir os macros usando di-
rectamente o VBA. Não seria trivial resolver este problema usando apenas fórmulas e
certamente impossível executando comandos e seleccionando menus do Excel.
A um macro criado usando directamente o VBA pode também ser associada uma
combinação de teclas que facilite o seu acesso. Isso pode ser feito através do botão
Opções na Janela de Gestão de Macros, invocada mediante ALT-F8.
11
informação chamada alfa-numérica, ou seja texto. A linguagem VBA consegue lidar com
informação de diversos tipos, que detalharemos adiante.
O tipo da variável especifica qual o tipo de dados que pode conter. Uma variável de um
determinado tipo não está preparada para armazenar dados de um tipo diferente. A razão
para este facto é que o espaço necessário para armazenar diferentes tipos de dados não é
o mesmo. Enquanto um inteiro simples pode ser guardado em 2 bytes de memória 3 , para
guardar um número real podem ser necessários 8 bytes (ou mesmo mais, dependendo da
precisão requerida). A Figura 6 na próxima página ilustra graficamente esta realidade.
12
Figura 6: Diferentes tipos de dados e o seu armazenamento em memória
13
à variável em causa. O VBA não emitirá nenhum alerta, já que aceitou tranquilamente
"Distncia"como uma nova variável. A forma mais prudente de lidar com declarações de
variáveis é, pois, utilizar apenas declarações explícitas, e instruir o VBA para não aceitar
declarações implícitas, gerando uma mensagem de erro apropriada. Para tal, deverá ser
acrescentada a seguinte instrução no início do módulo contendo o macro:
Option Explicit
Se se pretender que seja esse o comportamento automático do VBA em todos os
módulos, então, no Editor do VBA, deverá seleccionar-se a opção "Require Variable
Declaration"no sub-menu Options do menu Tools.
14
boa ideia acaba por não o ser porque, entre outros motivos, implica um gasto excessivo
de memória e torna a execução dos macros mais lenta.
15
muitas vezes ao longo dum programa, caso ocorra a necessidade de o modificar, haverá ne-
cessidade de corrigir manualmente todas as ocorrências desse valor, correndo, além disso,
o risco de se enganar. Se, ao invés, for definida uma constante com esse valor, bastará
modificar essa definição inicial para que tal mudança automaticamente se repercuta em
todas as ocorrências dessa constante no decurso do programa. A sintaxe da definição de
constantes é a seguinte:
Const Nome As tipo = expressão
Por expressão entende-se um valor numérico, uma cadeia de caracteres, ou uma ex-
pressão cujo resultado seja um destes tipos de valores.
Caso, por exemplo, seja necessário usar ao longo de um macro um mesmo factor em
vários cálculos, faz sentido definir esse factor como constante e usar o seu nome em vez
dele:
Const Factor as Single = 1.347
• podemos aplicar um método a esse objecto, ou seja, executar uma acção sobre ele;
• podemos especificar uma sub-rotina que será executada sempre que um determinado
evento ocorra nesse objecto.
Vamos agora utilizar a analogia para introduzir estes conceitos de propriedades, mé-
todos e eventos. Consideremos um automóvel:
16
Figura 8: Uma Form e vários Controlos
• Os seus "métodos"especificam o que pode ser feito com ele: acelerar, travar, mudar
de direcção, etc;
4.1.1 Propriedades
As propriedades de um objecto são as suas características físicas. Como na vida real, cada
objecto possui características próprias ou propriedades, que podem ser quantificadas ou
especificadas, como sejam as suas dimensões ou o tipo de letra que usa. Cada objecto
tem associado uma lista de propriedades a que é possível atribuir valores determinando
a sua aparência, localização e outros detalhes. Pode-se então dizer que as propriedades
de um objecto definem a forma como ele se apresenta ou se comporta.
Diversos objectos podem partilhar a mesma propriedade. Essa propriedade, no en-
tanto, pode afectar esses objectos de forma diferente.
Já vimos que quer os elementos do Excel como folhas de cálculo ou próprio documento,
quer elementos constituintes de interfaces gráficas que os macros possam utilizar, são
considerados objectos. Algumas das propriedades mais importantes e que são comuns à
maior parte dos objectos gráficos são as seguintes:
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Caption Define o texto a afixar na barra de título das forms, da legenda
(“caption”) dos botões de comando, ou nos rótulos (“label”)
Name Define o nome pelo qual o objecto é identificado
Left Define o afastamento entre uma “form” e o limite esquerdo do ecrã
ou entre um controlo e o limite esquerdo da form
Top Define o afastamento entre uma “form” e o topo do ecrã ou entre um
controlo e o topo da “form”
Height Define a altura do objecto
Width Define a largura do objecto
Font Especifica qual o tipo de letra a usar nos controlos
Visible Permite controlar o aparecimento de um dado objecto
4.1.2 Métodos
Os métodos traduzem acções que podem ser realizadas sobre os objectos. Por exemplo,
aplicar o método Save ao objecto ActiveDocument implica desencadear o processo de sal-
vaguardar o conteúdo do documento activo num determinado ficheiro. Aplicar o método
Clear a um objecto da classe ListBox terá como consequência a eliminação de todas as
linhas nele contidas.
Para vermos como um método é aplicado a um objecto, vamos considerar o objecto
Worksheet, que representa uma folha de cálculo do Excel. Se pretendermos que o nosso
macro mova essa folha para uma nova posição dentro do Livro de Trabalho (Workbook ),
ele deverá aplicar o método Move a esse objecto, usando a seguinte sintaxe:
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Worksheet.Move([Before][, After])
Exemplificando, se quisermos que o macro desloque a folha de cálculo "Dados 2009"para
a posição imediatamente a seguir à folha "Dados 2008", o comando a inserir no macro
será:
Worksheets("Dados 2009").Move Before:=Worksheets("Dados 2008")
Como veremos mais à frente, o objecto Worksheet é definido como um elemento do
conjunto de folhas de cálculo contidas no Livro de Trabalho. Este conjunto de folhas é
representado por Worksheets(). Assim sendo, Worksheets("Dados 2009") refere-se à folha
de cálculo com o nome "Dados 2009".
4.1.3 Eventos
Os eventos são acções que, uma vez exercidas sobre um objecto, implicam a possibilidade
de ocorrer uma resposta automática desse objecto. Basicamente, um evento é algo que
acontece a um objecto. Por exemplo, a abertura de uma folha de um livro de trabalho
(workbook ) em Excel é um evento. A inserção de uma nova folha no livro é outro exemplo
de evento.
Para que um objecto possa reagir a um dado evento deverá existir, previamente pro-
gramado, um procedimento especial, chamado event handler, que vai especificar o que
fazer caso esse evento ocorra. Sem isso, o objecto detectará esse acontecimento mas não
saberá o que deve fazer. Nenhuma resposta será produzida.
19
Figura 11: Objectos e Eventos
20
cálculos necessários para concluir se o número introduzido é ou não primo e apresentar
essa conclusão no rótulo lbl2.
21
Para obtermos o conteúdo da célula activa da folha de cálculo, a instrução correcta
seria:
conteudo = ActiveCell.Value
Estaremos, assim, a usar a propriedade Value do objecto ActiveCell. Nessa proprie-
dade encontra-se o conteúdo da célula.
Workbooks.Open("Dados.xls")
Muitas vezes, os argumentos que se podem fornecer a um método são opcionais. Por
exemplo, a instrução abaixo adiciona (insere) uma nova folha de cálculo imediatamente
antes da folha com o nome "Dados_Jan":
O seguinte exemplo abre um Livro de Trabalho pré-existente com o nome "Dados.xls":
Worksheets.Add Before:=Worksheets("Dados_Jan")
No entanto, caso seja omitido o argumento Before, a nova folha será inserida antes da
folha de cálculo activa. É esse o comportamento por defeito do método Add.
22
4.3.1 MsgBox
Assim, para obter a MsBox da Figura 12 o valor a utilizar para o parâmetro carac-
terísticas seria obtido somando 3 valores, um de cada coluna da tabela, cada um deles
especificando uma das características (Botões de Comando, Ícone e qual o botão com o
23
"Focus"7 ):
1 + 16 + 0 = 17
A MsgBox serve então para apresentar uma mensagem ao utilizador. No entanto,
permite também recolher informação. Quando a caixa de mensagem apresenta mais
do que um botão, está-se a pedir ao utilizador que escolha uma de entre duas ou três
alternativas. Dependendo de qual o botão premido pelo utilizador, assim o valor numérico
devolvido pela função MsgBox será um de entre 7 valores possíveis, descritos na tabela
seguinte.
De notar que caso a tecla ESC (Escape) seja premida o valor devolvido será 2, a que
corresponde o botão Cancel (o que indica que as duas acções são equivalentes).
Claro que quando se pretende aproveitar o valor devolvido pela função MsgBox será
necessário usá-la com a seguinte sintaxe:
Variável = MsgBox(Mensagem, Características, Título)
Desta maneira, o valor devolvido pela função será guardado (atribuído) em Variável,
podendo depois ser avaliado por instruções seguintes.
7
Por botão com o "Focus"entende-se o botão que está previamente assinalado e que será actuado se
se premir a tecla Enter. Também se pode chamar botão por defeito.
24
Como poder ser visto na Figura 13 na página anterior, esta função cria um objecto
composto (uma Caixa de Entrada) incluindo um caixa de texto, dois botões8 e um rótulo
dentro de uma pequena janela.
A sua sintaxe é
Variável = InputBox (mensagem, título, valor_de_defeito, xpos, ypos)
Em que os argumentos são:
Mensagem Texto da mensagem a afixar na Caixa de Entrada (máximo
de 1024 caracteres)
Título Conteúdo da barra de título da janela (opcional)
valor_de_defeito Texto a colocar à partida na caixa de texto da Caixa de En-
trada (opcional)
xpos e ypos coordenadas da “Input Box” relativamente aos bordos es-
querdo e superior do ecrã (opcionais)
4.3.3 Forms
Como vimos no início da Secção 4 na página 16, uma interface gráfica (em terminolo-
gia VBA, uma DialogBox ) é construída dispondo os objectos adequados (genericamente
designados por controlos) sobre uma janela especial, a form. Efectivamente uma form é
utilizada como um contentor para outros objectos gráficos. Um objecto da classe User-
Form pode ser criado no Editor do VBA através do Menu "Inser/User Form".
Na Figura 14 na página seguinte pode ser visto o ambiente de desenvolvimento inte-
gradodo VBA, mostrando uma janela com uma form vazia recém-criada e um conjunto
de janelas que permitem aceder às facilidades oferecidas pelo VBA para construção de
interfaces gráficas.
Uma dessas janelas é a Janela de Propriedades, onde podem ser consultadas ou alte-
radas as propriedades do objecto gráfico que nesse momento estiver seleccionado (neste
caso, a form). Outra janela é a chamada Caixa de Ferramentas (ToolBox ) e contem os
objectos gráficos (os controlos) disponíveis.
Usando a Janela de Propriedades, é possível especificar uma série de características
que determinam a sua aparência e o seu comportamento. A seguir são apresentadas
algumas das principais propriedades que podem ser configuradas numa Form:
25
Figura 14: Criação de uma Form no VBA
26
• Width - especifica a sua largura
4.3.6 Rótulos
Os rótulos, também designados por etiquetas (label ) são usados para apresentar texto
na interface. Mais uma vez, a propriedade mais utilizada é a propriedade Caption, que
permite especificar o texto a apresentar. Este controlo é usado não só para apresentar
informação estática, que é escolhida na fase de concepção da interface, como também
informação dinâmica, como seja a apresentação de resultados:
lblResultado.Caption = "O valor total é 235 metros"
27
• MaxLenght - Especifica o tamanho máximo do texto (em caracteres) que o utili-
zador pode introduzir.
4.3.8 Quadros
Tais objectos destinam-se a agrupar outros objectos (controlos). São usados muitas vezes
para organizar um dado conjunto de botões de opção (Secção 4.3.9 na página seguinte),
tornando-os independentes de outros botões de opção eventualmente existentes na mesma
form.
28
Outra utilidade dos quadros é servir de “moldura” a um dado conjunto de controlos, de
modo a melhorar a aparência e a organização da form em que estão inseridos, agrupando
os diversos controlos de acordo com as suas funcionalidades.
29
Possuem também uma propriedade Value que, neste caso, pode apresentar os seguintes
valores:
0 não activada
1 activada
2 não disponível
O texto a inserir junto de cada caixa de verificação deve ser especificado mediante a
propriedade Caption.
30
ListCount permite conhecer em qualquer momento o número de elemen-
tos contidos na lista
Sorted permite especificar se a lista é ou não apresentada de maneira
ordenada
ColumnCount especifica qual o número de colunas em que a lista é apresen-
tada
MultiSelect permite controlar a forma de selecção de elementos na lista:
0 - só é possível seleccionar um elemento
1 - é possível seleccionar vários elementos simultaneamente,
pressionando cada elemento
2 - é possível seleccionar vários elementos simultaneamente,
usando a tecla Ctrl
ListIndex fornece ou especifica qual o índice do item actualmente selec-
cionado (ou –1 caso nenhum esteja). Sintaxe:
objecto.ListIndex [= indice]
List permite aceder aos elementos duma lista, quer para os ler,
quer para os modificar. Sintaxe:
objecto.List(indice) [= string]
Text permite obter o elemento actualmente seleccionado. Sintaxe:
variavel = objecto.Text
RowSource no Excel, especifica qual a gama de células onde estará a in-
formação a incluir na lista
Existe uma variante da ListBox, chamada ComboBox, que combina uma TextBox com
uma ListBox. O utilizador pode introduzir um item na TextBox ou seleccioná-lo na lista
que, estando normalmente escondida, só aparecerá quando se clica num ícone próprio. É
normalmente utilizado quando se pretende dar a possibilidade de escolher um elemento
de uma lista mas sem ocupar muito espaço na form.
31
5.1 Estruturas de controlo condicional
Uma estrutura de controlo fundamental é a estrutura condicional, ou de selecção. Usando
esta estrutura, as instruções podem ser executadas condicionalmente. Se uma dada con-
dição fôr verdadeira, será executada uma dada sequência de instruções. Se fôr falsa, uma
sequência diferente será escolhida.
5.1.1 If...Then...Else
A Figura 19 descreve a estrutura condicional If...Then...Else. Como o seu nome sugere,
esta estrutura está baseada no teste de uma condição. Se essa condição fôr verdadeira,
desencadeará a execução das instruções representadas na figura por Bloco de Instru-
ções1. Em caso contrário, será executada o Bloco de Instruções 2.
32
Quando a condição é verdadeira serão executadas as instruções delimitadas por Then
e Else. Em caso contrário, será executado o bloco alternativo de instruções.
A condição pode consistir numa comparação ou outra operação lógica, ou ainda em
qualquer expressão de que resulte um valor numérico: um valor não nulo será interpretado
como Verdadeiro, enquanto um valor nulo será considerado como Falso.
A condição é, portanto, uma expressão booleana (lógica). Uma expressão booleana
representa um valor booleano, TRUE (verdadeiro) ou FALSE (falso) e pode ser cons-
tituída por uma variável, uma função ou uma combinação destas entidades através de
operações.
5.1.2 If...Then
Esta estrutura condicional existe em duas variantes: com ou sem a alternativa Else.
No 1o existe uma acção alternativa a ser executada caso a condição seja falsa. No 2o
caso, a alternativa será não fazer nada. O seu diagrama está descrito na Figura 20. A
sua sintaxe será então:
1 I f c o n d i c a o Then
2 [ instrucoes ]
3 End I f
33
Nesta 2a variante, quando a acção a realizar no caso a condição seja verdadeira puder
ser executada com apenas uma instrução, é possível utilizar a seguinte sintaxe simplifi-
cada, sem o delimitador End If :
1 I f c o n d i c a o Then i n s t r u c a o
Expressões lógicas
As expressões lógicas, utilizadas nas condições das estruturas de controlo, são cons-
truídas utilizando operadores lógicos específicos. A linguagem VBA prevê os seguin-
tes operadores lógicos, utilizáveis em expressões:
Operador Descrição
> Maior que
< Menor que
= Igualdade
<= Menor ou igual
>= Maior ou igual
<> Desigualdade
And E
Or Ou
Not Negação
Dos primeiros seis operadores não haverá muito a dizer. Já do And e do Or haverá
alguns detalhes a esclarecer:
AND
Sintaxe: Expr1 And Expr2
• Basta que quer Expr1 quer Expr2 seja falsa, para a expressão ser falsa
OR
Sintaxe: Expr1 Or Expr2
• Basta que quer Expr1 quer Expr2 seja verdadeira, para a expressão ser ver-
dadeira
34
1 IF c o n d i c a o 1 THEN
2 Accao1
3 ELSEIF c o n d i c a o 2 THEN
4 Accao2
5 ELSEIF c o n d i c a o 3 THEN
6 ...
7 ELSE
8 AccaoN
9 ENDIF
Esta estrutura condicional permite a selecção de uma entre várias alternativas mu-
tuamente exclusivas. As instruções que se seguem à palavra reservada ELSE (aqui re-
presentadas por "AcçãoN") serão executadas apenas se nenhuma das condições se tiver
verificado.
Na Figura 21 pode-se ver o fluxograma de uma estrutura imbricada com quatro vias
alternativas. A Acção 1 é executada caso a 1a condição seja verdadeira. A Acção 3 será
executada caso a Condição 3 for verdadeira e as duas anteriores falsas. A Acção 4 será
executada caso todas as quatro condições se tiverem verificado falsas. Chama-se a esta
acção, a acção por defeito, o que se faz quando todo o resto falha.
É muito importante que se compreenda que estamos aqui a tratar de verdadeiras alter-
nativas, i.e., mútuamente exclusivas. Cada vez que uma estrutura deste tipo é executada,
só uma das acções será efectuada.
O exemplo seguinte traduz uma situação em que o programa, confrontado com a
necessidade de classificar uma nota numérica, pode escolher uma de entre seis notas
35
qualitativas diferentes. Só uma estrutura condicional imbricada lhe permitirá resolver o
problema.
Exemplo de aplicação
If (nota < 0) Or (nota > 20) Then
resultado = "Nota Invalida!"
ElseIf nota < 6 Then
resultado = "Mau"
ElseIf nota < 10 Then
resultado = "Mediocre"
ElseIf nota < 14 Then
resultado = "Suficiente"
ElseIf nota < 17 Then
resultado = "Bom"
Else
resultado = "Muito Bom"
End If
36
Figura 22: Estrutura de controlo repetitivo Do...While
a condição se verificar ser verdadeira, o programa não sairá deste ciclo. Na 1a vez em
que a condição se mostrar falsa, o ciclo terminará e o programa poderá continuar coma
s instruções seguintes.
A sintaxe em VBA desta estrutura de controle é a seguinte:
1 Do While c o n d i c a o
2 [ instrucoes ]
3 Loop
A segunda variante é muito semelhante à primeira. A grande diferença diz respeito à
condição de controle. Neste caso, temos a chamada condição de termo (ou de fim) o que
faz com que o ciclo funcione enquanto a condição for falsa ou, por outras palavras, até
que a condição de termo seja verdadeira.
A sintaxe desta variante será então:
1 Do
2 [ instrucoes ]
3 Loop U n t i l c o n d i c a o
Como se pode deduzir do atrás dito, é possível tranformar uma estrutura Do...While
numa Do...Until desde que se substitua a palavra While pela Until e se negue a condição
de controlo. Escolher uma outra estrutura de controlo depende, no fundo, do jeito do pro-
gramador e, sobretudo quando se usam condições múltiplas, da forma como a expressão
lógica traduz com maior ou menor facilidade a condição em linguagem normal.
37
Figura 23: Estrutura de controlo repetitivo Do...Until
38
Figura 24: Ciclos controlados por contador
Exemplo
Se o utilizador estiver a introduzir os dados referentes a
um conjunto de alunos identificados pelos seus números
de matrícula, a introdução de um número com menos de
6 dígitos (no caso do ISEP) como, or exemplo, o valor 1,
permitirá indicar ao programa que a presente sequência
de introdução de dados deve terminar.
39
Figura 25: Ciclos controlados por sentinela
vezes as instruções contidas no corpo do ciclo devem ser repetidas. Nesse caso, deverão
ser utilizadas as estruturas de controlo repetitivo estudadas na Secção 5.2.1 na página 36.
A sintaxe da estrutura For..To..Next é:
1 For c o n t a d o r = v a l o r _ i n i c i a l To v a l o r _ f i n a l
2 [ instrucoes ]
3 Next
Esta estrutura baseia-se na existência dum contador que incrementa automaticamente
o conteúdo da variável contador, chamada variável de controlo do ciclo, cada vez
que o ciclo funciona, isto é, cada vez que as instruções contidas no corpo do ciclo são
executadas. No início contador vai conter o valor inicial e após valorfinal - valor inicial
iterações atingirá o valor final. Nesse momento o ciclo terminará.
A inicialização da variável contadora, o seu incremento/decremento e a verificação da
condição de funcionamento do ciclo (contador <= fim) é da responsabilidade da própria
estrutura de controlo. O programador deve, apenas, especificar qual o valor de início e
de fim (ou, por outras palavras, o número de vezes que o ciclo vai funcionar) e quais as
instruções que o ciclo vai repetir (o corpo do ciclo).
O conteúdo da variável de controlo do ciclo pode ser utilizado por instruções contidas
40
no corpo do ciclo, mas não deve, sob pretexto algum, ser modificado por estas instruções,
sob pena de se perder o controlo do funcionamento do ciclo.
A estrutura de controlo verifica no início de cada iteração (repetição) do ciclo se a
condição de funcionamento do ciclo é ainda verdadeira. Caso seja falsa, o ciclo terminará,
e o programa passará a executar as instruções que se seguem.
Pode ainda ser utilizada a seguinte sintaxe alternativa:
1 For c o n t a d o r = v a l o r _ i n i c i a l To v a l o r _ f i n a l Step p a s s o
2 [ instrucoes ]
3 Next
A diferença está na utilização da palavra Step após a especificação do valor final. A sua
inclusão é opcional: caso se pretenda que o conteúdo de variável seja incrementada uma
unidade de cada vez, é desnecessário especificar o passo. Em caso contrário, Step passo
permitirá incrementar o valor de variável de um valor diferente da unidade (positivo ou
negativo).
Caso o valor de passo seja positivo a variável contadora será incrementada. Se pre-
tendermos, no entanto, efectuar um decremento, deverá ser utilizado um valor negativo
para passo. Obviamente, nesse caso, a condição de funcionamento do ciclo passará a ser
contador >= fim.
Repara-se que nesta estrutura de controlo, ao contrário das estudadas anteriormente,
o incremento ou decremento da variável de controle do ciclo é automático. Outro aspecto
interessante é que a condição de funcionamento do ciclo é implícita. Ela existe e é
verificada mas não é especificada de forma explícita, apenas de forma indirecta ao fixarem-
se os valores inicial e final da variável de contagem.
Existe ainda em VBA uma estrutura de controlo que é uma variante da For...Next e
que opera numa colecção de objectos. Uma colecção é um conjunto de objectos idênticos,
pertencentes à mesma classe, e que são referenciáveis mediante um índice. Por exemplo,
um Workbook é constituído por um conjunto de objectos da classe Worksheet 9 .
A sintaxe desta estrutura é a seguinte:
1 For Each elemento In C o l e c c a o
2 [ instrucoes ]
3 Next
O bloco de instruções será aplicada a cada elemento da colecção de objectos em causa.
A seguir é apresentado um exemplo de sub-rotina, utilizando esta estrutura de controlo:
1 Public Sub FormataBordo ( )
2 Dim c e l l O b j e c t As Range
3 For Each c e l l O b j e c t In S e l e c t i o n
4 c e l l O b j e c t . BorderAround C o l o r I n d e x :=3 , Weight := x l T h i c k
5 Next
6 End Sub
É criada a variável cellObject para guardar um objecto do tipo Range (que representa
uma gama de células - assunto tratado na Secção 7.4). O ciclo For Each...Next aplica
9
Por sua vez, um workbook é também um objecto. Um objecto pode assim ser ele próprio uma
colecção de objectos.
41
o método BorderAround a cada uma das células contidas na gama representada por
cellObject. Com os argumentos fornecidos no exemplo, este método formata o bordo
dessas células a vermelho e uma linha grossa.
42
Exemplo de utilização de Ciclos Imbricados
‘Leitura do 1o número cujo factorial vai ser calculado
num = InputBox("Introduza um no positivo não nulo", "Calculo de factoriais")
Do Until num < 0
’calculo do factorial de num
factorial = 1
contador = 1
Do Until contador > num
factorial = factorial * contador
contador = contador +1
Loop
‘Leitura do número seguinte
num = InputBox("Introduza um no positivo não nulo", "Cálculo de factoriais")
Loop
Um vector é uma lista ordenada de variáveis simples do mesmo tipo. Pode também ser
visto como um conjunto de variáveis simples agrupadas. Todos as variáveis membros desse
vector partilham o mesmo nome (o nome do vector). São identificadas individualmente
mediante o valor dum índice, que determina qual a sua posição dentro do vector. É por
isso que estas variáveis são conhecidas por variáveis indexadas.
43
Os valores do índice devem obrigatoriamente ser do tipo Integer. O primeiro valor do
índice é zero10 .
44
Uma forma alternativa de utilizar a instrução Dim para declarar vectores implica a
utilização da palavra reservada To, permitindo especificar o menor e o maior valor que o
índice pode assumir:
Dim nome_vector(menorIndice To maiorIndice) As Tipo
Exemplos:
Dim numeros(100 To 200) As Double
Dim valores(-100 to 100) As Single
45
outro lado, quando necessitasse de actualizar os preços em, por exemplo, 5%, teria que
inserir 100 instruções do tipo preçoN = preçoN * 1,05.
Do atrás exposto facilmente se verificará que esta solução não tem qualquer exequi-
bilidade prática. Analizemos então a solução alternativa usando uma variável indexada:
em vez de 100 variáveis individuais teremos apenas um vector de 100 elementos, cada ele-
mento capaz de armazenar o preço de um produto. Consequentemente, teremos apenas
uma instrução Dim, no caso, algo como Dim preços As single. E quando necessitar
de actualizar os preços, como o vector é uma variável múltipla indexada, haverá apenas
que construir um ciclo que percorra automáticamente o vector, actualizando cada um dos
seus elementos.
Exemplo
Private Sub cmdGo_Click()
Dim vectorSqr(100) As Double
Dim i As Integer ‘ variável índice
Dim res As Single
lstTabela.Clear
For i = 0 To txtMaior
res = Sqr(i)
vectorSqr(i) = res
lstTabela.AddItem Format(res, "0.000")
Next i
End Sub
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Exemplo Private Sub cmdGo_Click()
Dim vector(100) As Double
Dim i As Integer
Dim indice As Integer
Dim res As Single
Dim linha As String
lstTabela.Clear
indice = 0
For i = txtMenor To txtMaior
res = Sqr(i)
vector(indice) = res
linha = Format(Str(i), "##0") + - "+ Format(vector(indice), "000.000")
lstTabela.AddItem linha
indice = indice + 1
Next i
End Sub
mente possível efectuar operações de leitura sobre todos ou parte dos elementos dum
vector. Neste caso, como é óbvio, a variável do tipo Array deverá encontrar-se do lado
direito de uma operação de atribuição:
var = vector(indice)
A instrução acima copia o conteúdo de vector na posição índice para a variável var.
6 Funções e Procedimentos
7 Programação do Excel usando VBA
Nesta secção vamos aprender a trabalhar com os objectos do Excel mais comuns: o Work-
book (Livro de trabalho), a Worksheet (Folha de cálculo) e o Range (gama de células). São
objectos que pertencem, por sua vez, ao objecto principal que é a Application (Aplicação,
neste caso, o próprio Excel).
47
WorsheetFunction do objecto Application 12 . Por exemplo, para, num macro, calcular o
valor médio de uma gama de células (identificada pelo nome "Dados") poderia ser usada
a seguinte instrução:
1 med = A p p l i c a t i o n . WorksheetFunction . Average ( Range ( "Dados" ) )
Esta instrução permite aceder à função standard Average do Excel, à qual é fornecido
um objecto do tipo Range, representando a gama de células descritas sob o nome "Dados".
• Usando o objecto Workbooks que representa o conjunto dos ficheiros Excel abertos
naquele momento (Workbooks(Nome));
• Usando o objecto ActiveWorkbook que representa o ficheiro com que se está de
momento a trabalhar;
• Usando o objecto ThisWorkbook que representa o ficheiro em que o próprio pro-
grama em VBA (e não o utilizador) está a operar.
1 Exemplo :
2 Workbooks . Open "C: \ Documentos \ E x c e l \Dados . x l s "
Os métodos Save e Close são utilizados de forma similar para salvaguardar o conteúdo
dum ficheiro e para o fechar, respectivamente.
12
Claro que só as funções do Excel que não se encontram duplicadas no VBA podem ser acedidas por
meio da propriedade WorsheetFunction.
48
7.3.1 Propriedades de Worksheet
Nesta secção são referidas algumas das suas propriedades mais úteis:
49
1 Sintaxe 1:
2 Worksheet . Range (Nome)
3 Range (Nome)
1 Sintaxe 2:
2 Worksheet . Range ( Ce lul a1 , C e l u l a 2 )
A 1a sintaxe usa nomes de gamas pré-definidos 14 , enquanto que a 2a utiliza as referên-
cias das células que definem dois vértices opostos da área rectangular contendo as células
que se quer especificar. Caso se omita Worksheet em qualquer das sintaxes anteriores, o
VBA pressupõe que se trata da folha de cálculo activa naquele momento.
1 Exemplos :
2 Range ( "C5" ) . Value = 100
3 Range ( "D1" , "D10" ) . Value = 0
4 Worksheets ( 3 ) . Range ( "Dados" ) . C l e a r C o n t e n t s
O 1o exemplo guarda o valor 100 na célula C5. O 2o exemplo atribui o valor zero
a todas as células da gama D1 a D10. O 3o exemplo limpa o conteúdo das células da
gama "Dados" da 3a folha de cálculo. A propriedade Value dos objectos Range permite
conhecer ou modificar o seu valor.
Para identificarmos apenas uma célula podemos também utilizar o método Cells.
1 Sintaxe :
2 Objecto . C e l l s ( Linha , Coluna )
Objecto pode ser um objecto Worksheet ou Range. A sua omissão, leva o VBA a
partir do princípio que se trata da folha de cálculo activa. Linha e Coluna são valores
numéricos indicando qual a linha e qual a coluna na intersecção das quais a célula se
encontra15 .
1 Exemplo :
2 For c o l u n a = 2 To 13
3 C e l l s ( 2 , Coluna ) . Value = "Mes␣" & c o l u n a − 1
4 Next
O exemplo acima usa um ciclo For...To para preencher todas as células da gama C2 a
C13 com um texto "Mês X" em que X é o no do mês. É usado o operador de concatenação
de strings & para efectuar a colagem.
Caso se pretenda identificar uma linha ou coluna completa, podem ser utilizados os
métodos Rows e Columns.
1 Sintaxe :
2 Objecto . Rows ( I n d i c e )
3 Objecto . Columns ( I n d i c e )
Para ilustrar a utilização do método Rows atente-se no seguinte exemplo16 :
14
Atribuídos em Excel usando o Menu "Name/Define".
15
Se o objecto for do tipo Range, Linha e Coluna referir-se-ão à linha e à coluna dentro da gama de
células especificada.
16
Adaptado de um exemplo contido em [?].
50
1 Sub I n s e r e L i n h a s ( gama As Range , num As Integer )
2 Dim num_linhas As Integer , u l t i m a _ l i n h a As Integer
3 Dim i As Integer
4 With gama
5 num_linhas = . Rows . Count
6 u l t i m a _ l i n h a = . Rows ( num_linhas ) . Row
7 For i = 1 To num
8 . Rows ( u l t i m a _ l i n h a + i ) . I n s e r t
9 Next
10 End With
11 End Sub
Esta sub-rotina recebe como argumentos uma gama de células (um objecto do tipo
Range) e um inteiro especificando o número de linhas a inserir abaixo da última linha
dessa gama. A estrutura With...End...With é muito prática porque permite executar
um conjunto de instruções sobre um determinado objecto, neste caso qualquer objecto
Range que a sub-rotina receba como argumento. Dentro da estrutura With...End...With
omite-se qualquer referência a esse objecto, usando-se apenas os seus métodos e propri-
edades. Assim, .Rows.Count refere-se ao número total de linhas da gama especificada
e .Rows(num_linhas).Row fornece-nos o índice da última linha dessa gama. O ciclo
For...To repete num vezes a aplicação do método Insert à ultima linha da gama.
Para testar a sub-rotina InsereLinhas, use-se a seguinte rotina de teste:
1 Sub i n s e r e T e s t e ( )
2 I n s e r e L i n h a s Worksheets ( 3 ) . Range ( "Dados" ) , 3
3 End Sub
Apresentamos outro exemplo, agora referido ao método Columns em que a largura da
coluna E (5a coluna) é mudada para 15:
1 Columns ( 5 ) . ColumnWidth = 15
8 Notas finais
Parte da estrutura e alguns dos exemplos apresentados foram inspirados no livro de Paul
McFredies[?]. Foram ainda reutilizados materiais contidos na Seventa de Introdução à
Computação da minha autoria[2].
Referências
[1] Paul McFredies. VBA for the Microsoft Office System, QUE.
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