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Apostila - GEO I-Ju2b

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P.

01 Biomas
P. 20 Cartografia
P. 35 Conceitos de geografia
P. 42 Demografia
P. 63 Fusos horários
P. 68 Orientação e coordenadas
s atmosféricos
SUMÁRIO

0
1. Biomas mundiais
2. Biomas e ecossistemas brasileiros

CONTEÚDO

1
1. Os grandes biomas

Os biomas podem ser entendidos como conjunto de fauna e flora que compõem
um conjunto de tipos de vegetação em nível regional, com condições geológicas
e climáticas parecidas e que originam paisagens similares, assim como a
diversidade da flora e da fauna.

1 Tundra

• Presente em alta latitude. Ocorre no Círculo Polar Ártico e no Círculo Polar


Antártico;
• Apresenta clima Polar ou Subpolar. E suas temperaturas variam entre -
40°C e 18°C;
• Conta com plantas rasteiras de ciclo vegetativo curto, como musgos, e
líquens;
• Com Permafrost ou pergelissolo: solo encontrado na região do Ártico, o
qual está constantemente congelado;

2
• Fauna e flora adaptados ao frio extremo, condições raras de água em
estado líquido, invernos rigorosos e precipitação de neve.

2 Taiga

• Ocorre em alta latitude, porém somente no Hemisfério Norte;


• Apresenta clima Temperado Continental e Subpolar. Temperatura variam
entre -30°C e 20°C;
• Conta com uma mata consideradamente aberta. Muito utilizada para
extração de madeira produção de papel;
• Floresta de coníferas (pinheiros) adaptadas ao frio extremo e com folhas
em formas de agulha (aciculifoliada), o que permite que a neve não
acumule muito peso sobre as folhas e galhos;
• Aqui existem animais que praticam a hibernação, que são longos períodos
de sono no inverno para guardar energia até uma estação mais quente.

3 Floresta temperada, caduca ou decidual

3
• Ocorre em latitudes médias, entre 30° a 60° de latitude, presente nos dois
hemisférios;
• Apresenta clima temperado com influência da maritimidade. As
temperaturas variam entre -5°C e 25°C;
• Caduca e Decidual são maneiras de dizer que a vegetação perde as folhas
durante as estações mais frias do ano, ou seja, no outono e inverno;
• Pouca pluviosidade. E seus rios e lagos podem congelar no inverno;
• Cobertura vegetal muito devastada nos territórios dos Estados Unidos,
Europa e China, pela ocupação humana e extração de madeira.

4 Campos ou pradarias

4
• Apresenta clima Temperado, Úmido e Quente. Com temperaturas entre -
5°C até 25°C;
• Ocorre em latitudes médias, 30° a 60° de latitude, presente nos dois
hemisférios;
• Conta com muitas plantas rasteiras, principalmente, gramíneas.
• Regiões historicamente utilizada como pasto pela pecuária;
• No território brasileiro, esse bioma é conhecido como Pampa e ocorre
somente no Rio Grande do Sul;
• O é geralmente plano ou com leves ondulações e sem a presença natural
de árvores e arbustos.

5
5 Vegetação mediterrânea

• Ocorre latitudes médias, 30° a 60° de latitude, presente nos dois


hemisférios, contudo, é mais abrangente na região do mar Mediterrâneo e
regiões pontuais da América Norte, América do Sul e África do Sul;
• Apresenta clima Mediterrâneo. As temperaturas variam entre 0°C e 30°C;
• Conta com invernos frios e chuvosos e verões quentes e muito secos;
• Grande influência da maritimidade;
• Tem o predomínio de Vegetação arbustiva e plantas xerófilas (adaptadas
a climas quentes e secos);
• Nas proximidades do mar Mediterrâneo, esse bioma foi historicamente
explorado;
• Vegetação apresenta folhas mais grossas e resistente aos ventos fortes e
evitam a perda de água.

6 Estepe

6
• Ocorre com mais frequência entre médias e baixas latitudes;
• Conta com vegetação xerófila (adaptadas aos períodos secos), com
espécies caducas (que perdem as folhas no outono e inverno), espécies
arbustivas e plantas espinhosas;
• Fauna adaptada a grandes períodos de seca;
• As estepes não são pradarias. As estepes ocorrem em climas mais seco;
• Em território brasileiro, a Caatinga pode ser compreendida como uma
savana-estépica.

7 Deserto

7
• Presente em latitudes médias, em regiões que os ventos são constantes e
impedem a concentração de umidade;
• Apresenta clima Árido ou Desértico. As temperaturas são altas e ficam
entre 10°C e 30°C, porém, durante as noites apouca umidade do ar faz com
que as temperaturas cheguem até -3,5°C;
• Conta com formações vegetais xerófilas e com folhas modificadas para
espinhos, o que diminui a transpiração e protege a planta contra animais
predadores;
• Fauna e flora adaptadas ao ambiente árido, arenoso e grande amplitude
térmica;

8 Savana

• Ocorre em baixas latitudes. Acontece na África, Ásia, na Austrália e América


do Sul;
• Apresenta clima Tropical Típico ou Continental. Com temperaturas que
variam entre 18°C e 40°C;
• Plantas adaptadas a estações chuvosas, secas e adaptadas com
incêndios naturais;
• Conta com plantas rasteiras, plantas arbóreas e arbustivas;

8
• A baixa densidade vegetal é responsável pela formação da megafauna,
animais com mais de 44kg;
• O bioma de savana do Brasil é conhecido como Cerrado.

9 Florestas tropicais

• Apresenta vegetação latifoliada (com folhas grandes), o que permite uma


grande absorção de energia solar e mais evapotranspiração;
• Plantas higrófilas, adaptadas a grande pluviosidade;
• Vegetação perenefólias, não perdem as folhas ao longo do ano;
• Conta com florestas estratificadas: com camadas de vegetação
(andares). Como se fossem duas florestas uma no nível do solo e outra a
40 metros de altura (dossel);
• Vegetação de topo, requerem mais luz solar, enquanto a vegetação ao
nível do solo necessita de menos luz para realizarem o processo da
fotossíntese;

9
• Animais adaptados a vegetação densa ao clima quente e úmido. Algumas
espécies são adaptadas a não andarem no solo, como os, macacos;
• Gigantesca variedade de insetos, aves e até morcegos frugívoros;

10 Vegetação das montanhas

• Bioma relacionado com a altitude;


• Apresenta vegetação adaptada ao ar rarefeito, clima frio e poucas chuvas;
• Vegetação diversificada e desenvolvida para um clima inóspito a
formações vegetais;
• Fauna adaptada para regiões que apresentem pouca vegetação.

10
2. Biomas e ecossistemas brasileiros

O Brasil apresenta uma grande biodiversidade. Aqui existem diversas espécies


endêmicas, ou seja, que só são vistas nessa região do mundo.

O Brasil conta com duas florestas tropicais, Mata Atlântica e Floresta Amazônica,
uma savana, o Cerrado, uma savana estépica, a Caatinga, um bioma ímpar que
combina a floresta tropical, cerrado e terras inundadas, o Pantanal, e também,
uma pradaria no seu extremo sul, o Pampa.

11 Floresta amazônica

Floresta Ombrófila Densa: Floresta com grande umidade, uma vegetação sempre
verde, com árvores que podem chegar entre 40 e 50 metros de altura.

Na vegetação conta com plantas de folhas grandes, denominadas de


latifoliadas. Adaptadas ao clima quente e úmido, ou seja, são higrofilas.

11
A floresta apresenta camadas (estratificada), a vegetação se desenvolve com
árvores de topo, mas também com o conjunto de plantas rasteiras e arbustivas.
Embora seja um símbolo de biodiversidade, o solo deste bioma não é rico em
todos os nutrientes. Mas o ciclo da vida vegetal combinado com a fauna,
possibilita que ocorra uma renovação dos minerais e matéria orgânica do solo.

Esse bioma está localizado na região Norte e parte do Mato Grosso, Tocantins,
Maranhão e abrange toda a bacia hidrográfica do rio Amazonas. A Amazônia
tem 3 tipos diferentes de vegetação:

• Mata de igapó: região ribeirinha permanentemente alagada;


• Mata de várzea: região perto de cursos de água e que sofre alagamentos
periodicamente;
• Mata de terra firme: região raramente alagada, mas que conta com
plantas de raízes profundas que utilizam agua de reservatórios do solo

A Amazônia é o maior bioma do Brasil, apresenta grande quantidade de insetos e


conta com grande variedade de macacos e aves. Além abranger grande parte
do território brasileiro, a Amazônia se destaca-se pelo número de espécies, que
de acordo com alguns autores equivale à metade de todas as espécies do
planeta aproximadamente.

12 Mata atlântica

A mata atlântica é composta por diversas formações florestais e se estende pelo


litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Tem uma
biodiversidade impressionante, mesmo após a grande devastação do bioma,
motivada pela ocupação dos grandes centros urbanos e suas áreas de plantio e
pastagem.

12
Estudos apontam que existe cerca de 20.000 espécies de plantas na Mata
Atlântica, número maior toda a Europa. Embora seja uma das áreas mais ricas
em biodiversidade do planeta, é um dos biomas mais devastados do país.

Apesar de apresentar um clima para sustentar uma floresta perene, a vegetação


deste bioma apresenta espécies que perdem as suas folhas nas estações mais
frias. Mesmo no inverso esse bioma continua apresentando muita umidade.

Dentro da Mata Atlântica existem os ecossistemas litorâneos com as restingas e


manguezais e na região Sul e Sudeste existem a Mata das Araucárias. Esse
bioma conta com uma gigantesca diversidade porque abrange uma grande
extensão latitudinal e condições climáticas distintas.

A Mata Atlântica corresponde à faixa “verde” da região nordeste da Zona da


Mata e do Agreste. Na região sul se estende do litoral e avança sobre a serra e
parte do Planalto Meridional, chegando até a Argentina e Paraguai.

13
13 CERRADO

O cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. Conta com muitas espécies


endêmicas e a sua vegetação está adaptada aos incêndios naturais.

A vegetação desse bioma apresenta um aspecto de galhos retorcidos e de


cascas grossas. Possivelmente devido a acidez do solo, rico em alumínio ou por
ação do fogo nas sementes e brotos.

É um dos biomas mais afetados pelos latifúndios, monoculturas e agropecuária.


Embora seja comparável com as savanas da África e da Austrália, o Cerrado tem
uma formação vegetal um pouco mais densa.

14
14 Pantanal

O Pantanal é o menor dos biomas brasileiros e mesmo assim apresenta uma


grande complexidade. É um bioma que combina aspectos tropicais de florestas
e do Cerrado enquanto apresenta áreas inundadas.

A região acumula as águas das chuvas que chegam na região por causa zona
de baixa pressão do Chaco (próximo ao Paraguai) e devido ao barramento das
nuvens de chuva pela Cordilheira dos Andes.

15
15 Caatinga

A palavra caatinga vem do tupi e significa “floresta branca”, esse bioma é rico
em biodiversidade. É exclusivamente brasileiro e o bioma mais seco.

A vegetação é adaptada às temperaturas elevadas e a falta de água. Durante o


verão ocorrem os maiores volumes de chuva da região, época em que acontece
o crescimento das folhas das árvores. Depois desse momento, a Caatinga passa
por um longo período de seca que exige muito da adaptação das plantas e
animais.
O solo apresenta pouca matéria orgânica na superfície, por isso as plantas
precisam ter raízes mais profundas para chegar em regiões do solo com mais
nutrientes. As plantas contam com folhas pequenas e algumas com espinhos.
Apesar do clima hostil, conta com uma fauna exuberante e rica.

As vegetações de suculentas espinhosas podem ser utilizadas como fonte de


águas para algumas espécies e são usualmente utilizadas para alimentar os
rebanhos de criação em momento mais extremos.

16
16 PAMPAS

No Brasil esse bioma ocorre apenas em parte do Rio Grande do Sul e é composto
por uma vegetação herbácea e arbustiva, sem a presença de árvores. Contudo,
devido a ocupação da região, foram realizados plantios de árvores para servirem
como madeira de corte e de queima.

Essa região apresenta temperaturas subtropicais e está localizado em uma


região do globo onde costuma se formar desertos, porém essa região recebe
uma umidade por causa da circulação atmosférica, acarretada principalmente
pela localização das Cordilheira dos Andes e do movimento de rotação da Terra.

17
18
1. Cartografia e geoprocessamento
2. Sistema de informações
cartográficas
CONTEÚDO

19
1. Cartografia
1 Introdução
Representar a Terra em mapas é uma tarefa difícil, principalmente por causa do
globo ser em 3D e os mapas precisarem ser feitos em folhas em 2D. Para resolver
essa questão existem as projeções cartográficas. Técnicas que projetam a
superfície do globo para uma superfície plana.

A cartografia trabalha com projeções, que podem ser entendidas como sombras
de um objeto qualquer como copo ou um carrinho de brinquedo na parede. E
dependendo da posição, as sombras podem ficar mais parecidas ou distorcidas
em relação. As projeções cartográficas sempre vão apresentar distorções.

2 Propriedades de projeções cartográficas:

Projeções Equidistantes: mantêm as distâncias lineares, porém apresentam


distorções nas áreas e nas formas. Esse tipo de projeções é adequado para
medir distâncias.

Projeções Conformes: mantêm as formas terrestres, porém apresentam


distorções nas áreas ilustradas, ou seja, afeta a escala ao longo do mapa, e isso
dificulta o seu uso para medir distâncias e áreas. Mas pode ser utilizado para
navegação por mar, já que mantem os valores angulares das coordenadas
geográficas

20
Projeções Equivalentes: mantêm o valor da área, porém distorcem os formatos e
os ângulos das coordenadas geográficas. É mais utilizada para medições de
áreas.

Projeção Afilática: não preservam o ângulo, forma, área ou distância, ou seja,


não existe a conservação das propriedades, o objetivo é minimizar as
deformações em conjunto.

3 TIPOS DE PROJEÇÕES
As projeções são feitas da Terra sobre superfícies que podem ser planas, cônicas
ou Cilíndricas.

21
Projeções do tipo plana: Podem ser denominadas como chamadas de polares,
azimutais ou tangenciais. Aqui a superfície de projeção ocorre sobre uma
superfície plana. É normalmente usada para representação dos polos, como
Antártida e Polo Norte.

Um dos mapas mais conhecido desse tipo de projeção é a ilustração da


bandeira da ONU. Nas projeções planas, a porção do mapa com menor distorção
está no centro da projeção e vai aumentando em direção à borda.

Esse tipo de projeção pode ser utilizada pra representar qualquer lugar do globo,
mas são mais famosas mesmo por representarem os polos.

22
Projeções do tipo Cilíndrica: Como se uma folha envolvesse a Terra, deixando a
forma de um cilindro.

Se esse cilindro for feito com a superfície de projeção própria para a linha do
Equador, isso fará as partes do globo mais próximas da linha do Equador com
menor distorção, mas com distorções maiores nos polos.

Uma das projeções cilíndricas muito conhecida foi feita por Gerard Mercator, a
qual também é conforme. Essa projeção mantem as formas, as coordenadas
angulares e as direções, o que a deixa ideal para a navegação. Mas esse formato
dá uma área muito maior para regiões próximas aos polos, como a Groelândia
que parece maior que o continente africano inteiro.

23
Outra projeção cilíndrica muito conhecida, é a Projeção de Arno Peters. Peters
desenvolveu um mapa para projetar o 3° mundo, durante a Guerra Fria, ele
mantem a proporção entre as áreas, mas distorce as formas, com propriedades
equivalentes.

Arthur Robison criou uma projeção cilíndrica, sendo uma das mais famosas no
mundo. Robison, realizou uma projeção que não preserva nem a forma nem as
áreas corretas do continente, porém ela conseguia minimizar as distorções.
Dessa forma, é ideal para representação da terra como um todo, sendo muito
utilizada em mapas e atlas.

Projeção do tipo Cônica: apresenta a superfície de projeção de formato cônico,


parecendo uma casquinha de sorvete. A Terra fica completamente dentro deste
cone. Esse possibilita a mapeação de apenas um hemisfério por vez, existindo

24
distorções maiores na linha do Equador e nos polos, ou seja, é ideal para
representar as regiões de latitude média. Essa projeção fornece mapas com as
linhas paralelas em uma forma curva.

Um exemplo de projeção cônica, é a de John Heinrich Lambert, além de ser


cônica, também é conforme.

4 Situação das superfícies de projeções


Com o objetivo de reduzir distorções, as projeções podem realizadas de uma
forma que a superfície de projeção (plana, cônica ou cilíndrica) apresente
menos distorções.

25
• Se a superfície da projeção em questão toca um ponto, uma faixa ou uma
região, é denominada de Classe Tangente.
• Se a superfície de projeção atravessa o globo, a projeção é classificada
como Classe Secante.

5 Posição das projeções


É uma classificação determinada pela posição no globo, podendo ser Equatorial,
Polar Transversal ou Oblíqua.

• Equatorial: o centro da superfície de projeção está localizada na linha o


Equador.
• Polar: quando o centro de superfície de projeção (plana) está localizada
nos polos.
• Transversal: Quando o eixo do cilindro ou cone de projeção está em 90° em
relação ao eixo da terrestre
• Oblíqua: quando está posicionado em qualquer outra parte do globo que
não seja uma das anteriores

26
6 CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
As convenções Cartográficas são as informações que devem estar contida em
mapas para facilitar a interpretação e entender as convenções é um passo
muito importante para resolver qualquer questão que envolva análise de mapas.

Título
O título deve ser objetivo, contendo o local, tema e período. O período deverá ser
de acordo com a coleta de dados.

Orientação
Os mapas têm que apresentar a orientação, usualmente apresentam o NORTE
por convenção.

Legenda
Os mapas têm que apresentar legendas, nas quais é possível identificar o
significado das cores, das espessuras e texturas utilizados.

A legenda traz informações quantitativas ou qualitativas.

• Legenda Qualitativa: Não estabelece análises comparativas, é usada para


indicar a localização de diferentes objetos e fenômenos.
• Legenda Quantitativa: Demonstra a quantidade e a frequência de
determinado fenômeno ou objeto.

7 Curvas de nível
As Curvas de Nível são uma ferramenta usada em Cartas Topográficas para
representar uma perspectiva bidimensional, indicando as declividades do relevo.

27
As Curvas de nível são equidistantes, ou seja, permanecem sempre com a
mesma distância entre si. É importante saber que quanto mais próximas as
linhas de nível estão entre si, maior é a declividade do terreno.

8 Escala
Ao representar uma região em um mapa, é preciso reduzir as proporções do
terreno para caber em uma folha de papel. A proporção a realidade e o tamanho
do desenho é denominada como escala.

Dessa forma, a escala indica o quanto o terreno foi reduzido para caber no
mapa. Podemos ter escalas numéricas ou por escalas gráficas.

Escala Numérica: é um número fracionário que indica o quanto o terreno foi


reduzido. Normalmente indicado da seguinte maneira: 1:600.000, 1:72.500 ou
1:9.000. Isso quer dizer que a cada 1 centímetro que for medido, no mapa precisa
ser multiplicado por aquele denominador para então se saber a distância na
realidade.

Então se um mapa apresenta a escala 1:6.000, e você mediu uma estrada de 7


centímetros. É preciso multiplicar 7cm por 6.000, o que resulta em 42.000
centímetros que correspondem a 420 metros.

28
Existem uma fórmula bem simples para se calcular as distâncias medidas em
um mapa na realidade:

Se o mapa não apresentar o valor da escala é possível calcular com a mesma


fórmula.

Exemplo: se a distância real é de 15km e no mapa a distância no mapa é de 5


centímetros.

Primeiramente os dois valores têm que estar na mesma unidade de medida.

Então:
• 5 centímetros são 0,05 metros;
• 15 quilômetros são 15.000 metros;
• 0,05m / 15.000m = 300.000
• Então a Escala é 1:300.000

Escala gráfica tem a mesma utilidade da escala numérica, mas ela não é uma
proporção escrita e sim um uma figura gráfica, onde mede-se com uma régua
na escala gráfica e então se calcula aquela medida para a distância real.

29
Essa escala é para quem não tem uma régua a disposição, podendo usar palito
de dente, uma caneta, um barbante. Porém a sua principal utilidade é poder
corrigir distorções que podem acontecer quando se imprime o mapa em uma
proporção.

Imagine que alguém faça uma cópia de um mapa em uma folha A4. O mapa e a
escala irão reduzir na mesma proporção.

É importante lembrar que escalas são proporções, ou seja, frações. E como em


toda fração, um denominador com valor alto significa uma fração pequena. E
por isso 1:15.000 é muito maior do que 1:15.000.000, por exemplo.

30
2. Sistemas de informações geográficas

9 Cartografia sistemática
É a produção de dados cartografia para as bases de dados, com características
mais técnicas, sob a supervisão de organismos estatais estratégicos, como o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

10 Cartografia temática
A expressão utilizada para enfatizar as possibilidades de uso dos recursos visuais
de maneira direcionada à representação de temas. Os mapeamentos temáticos
são feitos tendo como base um outro mapa.

Os mapas físicos podem representam a superfície física da Terra, como forma do


altitude, relevo, clima e hidrografia.

31
O mapa político realiza a divisão de fronteiriça entre as regiões, para delimitar os
territórios.

Outros exemplos de cartografia temática:

32
11 GEOTECNOLOGIAS
Geoprocessamento é a utilização da informática e cartografia de forma
conjunta, permitindo fazer os desenhos com assistência do computador, usar
imagens digitais da superfície terrestre (feitas de aviões e satélites), criar
modelos digitais, entre outras possibilidades.

Com isso, é possível produzir mapas em camadas e visualizar melhor como


diferentes temas (hidrografia, ocupação do solo, vegetação, infraestrutura)
influenciam no local.

Os programas utilizados para realizar o geoprocessamento são chamados de


Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e são muito utilizados por entidades
governamentais para o planejamento urbano, e o mapeamento de condições
sociais e econômicas. Entre os principais órgãos federais utilizam esse sistema,
estão a Agência Nacional das Águas (ANA), Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE)e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

33
1. Conceitos da geografia

CONTEÚDO

34
1. Sistemas de informações geográficas

1 O pensamento geográfico
A geografia a estuda o espaço. Seja pela relação entre elementos naturais ou

artificiais, limites, potencialidades, recursos econômicos e a vida da sociedade

humana, todos esses fatores interagem entre eles. A geografia, apresenta quatro

conceitos fundamentais: Paisagem, Lugar, Território e Região.

Paisagem: é aquilo que pode percebido pelos sentidos humanos sobre alguma

localidade. Por esse motivo, costuma ser associado com pinturas e fotografias.

• Lugar: está relacionado a percepção humana, ou seja, estão vinculadas

com sentimentos de afeição, representação e identidade. Atrelados aos

valores que as pessoas dão para aquele espaço.

• Território: é uma delimitação do espaço que está sob o poder de algo ou

alguém. A delimitação é feita por fronteiras (naturais, políticas ou

culturais), sendo, em sua maioria, invisíveis e imaginárias. Exemplo:

território de nações, estados e municípios ou o território de animais

silvestres.

• Região: é um cercamento do espaço, mas sendo baseado em algum

critério temático para a sua compreensão. Isso possibilita o estudo do

espaço com base em suas características e como elas se relacionam e

como são divergentes de outras regiões.

2 Movimentos da terra

TERRA NO ESPAÇO

A Terra no Sistema Solar

35
O Sistema Solar é composto pelo Sol, que é uma estrela, e os outros corpos

celestes que orbitam em sua volta esses corpos podem ser, planetas, satélites

naturais, cometas, asteroides e os meteoros.

Os corpos celestes orbitam em torno do Sol, devido campo gravitacional da

estrela, que atrai os corpos celestes para si. Os planetas apresentam uma órbita mais

definida, esse movimento de órbita em torno do Sol é denominado de movimento de

translação.

O sistema solar apresenta 8 planetas, sendo 4 planetas rochosos e 4 planetas

gasosos. Os planetas rochosos (ou telúrios) estão mais próximos ao Sol, são eles

Mercúrio, Vênus, Terra e Marte; por causa da proximidade ao Sol, esses planetas

também são conhecidos como os planetas internos.

Existem também os planetas gasosos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Esses,

apresentam composições baseadas em gases, como hélio e hidrogênio. Devido ao

distanciamento em relação ao Sol, esses planetas também são chamados de

planetas externos.

Os planetas apresentam uma órbita elíptica em relação ao Sol, ou seja, não é

um círculo perfeito e sim, um círculo com um leve achatamento (um pouco oval). Mas,

36
todos eles têm um movimento de translação bem definidos e alinhados com plano

orbital do Sol. Contudo, Plutão que por muito tempo foi classificado como planeta,

apresentou uma mudança em sua classificação, em 2006, por não apresentar um

dos requisitos para um planeta, no caso ter uma órbita livre de outros corpos celestes

e por apresentar uma órbita bem divergente do plano orbital do Sol.

A Terra apresenta cerca de 14 movimentos, contudo os mais importantes são

de Rotação e Translação. Sendo que a rotação trata do movimento da Terra de girar

em torno do seu próprio eixo. Esse movimento é responsável pelo dia e a noite. Um

ciclo de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos que, tempo esse que é arredondado para

24 horas.

O movimento de rotação da Terra acontece de oeste para leste, o que tem

como resultando o movimento aparente dos astros como Sol, Lua, outros planetas e

estrelas que começam do horizonte mais a leste e termina no oeste. Além disso, a

rotação gera uma alteração nos percursos dos ventos e correntes e ondas do mar.

Já a Translação, é o movimento de orbitar em torno do Sol e que junto da

inclinação do eixo da Terra em relação ao plano orbital do Sol é responsável pelas

estações do ano, em um ciclo de 1 ano. As estações do ano e a sucessão do dia e da

noite são pontos fundamentais para entender a dinâmica da vida na Terra, seja por

da circulação atmosférica, ciclos de migração da fauna ou do desenvolvimento da

flora ao longo do ano para que então a humanidade desenvolva técnicas de

extrativismo, de plantio e de criação animal.

Estações do ano

A terra apresenta uma inclinação de 23,5° em seu eixo em relação ao plano

orbital do Sol, junto ao movimento de translação são os responsáveis pelas quatro

estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Ao decorrer do ano, o planeta

37
passa pelo ciclo das estações. Por causa da inclinação, cada hemisfério terá, ao seu

tempo, os solstícios e equinócios em cada hemisfério. Os solstícios e equinócios são

eventos que marcam o início da sua respectiva estação em cada hemisfério.

Nos equinócios cada hemisfério recebe a mesma quantidade de raios solares

por 12 horas, deixando o dia e a noite com a mesma duração em todo o globo. Mas,

durante os solstícios, a incidência dos raios solares é desigual entre cada hemisfério.

Os raios solares são mais intensos na linha do equador. Contudo, ao passar dos

meses o local de incidência direta do Sol vai sendo alterada pouco a pouco. A latitude

23,5°N (Trópico de Câncer) é a faixa de incidência direta do Sol mais ao norte o que

ocorre apenas no dia de Solstício de verão do hemisfério norte. O mesmo fenômeno

ocorre no hemisfério sul, no seu solstício de verão, no Trópico de Capricórnio (23,5°S).

38
Durante o verão as latitudes médias e altas têm mais horas de incidência de luz

solar, por esse motivo os dias de verão são mais longos. Isso também ocorre em

latitudes baixas, mas o aumento das horas do dia é quase imperceptível, é mais

evidente em latitudes acima de 30°.

A inclinação do eixo do planeta, faz com que os raios solares que incidem nas

regiões de alta e média latitude sejam mais amenos do que na faixa de baixa latitude.

Lembrando que:

Latitude Baixa: latitudes entre 30°N e 30°S;

Latitude Média: latitudes de 30°N até 60°N e 30°S até 60°S;

Latitude Alta: latitude de 60°N até 90°N e 60°S até 90°S.

É preciso saber que a Terra está executando mais de um movimento e a

combinação resulta em fenômenos e ciclos que afetam a dinâmica da natureza na

litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera.

As estações do ano apresentam características distintas para cada região do

globo. É possível destacar algumas características gerais das 4 estações:

39
PRIMAVERA: Um período de certa estabilidade, com chuvas mais recorrentes,

onde a vegetação recupera a folhagem e começa a sua floração. Nos lugares que

foram cobertos por neve passam por um período de degelo. A fauna começa a

retomar espaço na paisagem.

VERÃO: Época do ano com maior foto período, aumento das temperaturas,

estação que a vegetação aproveita a insolação para acumular nutrientes para os

frutos ainda verdes. Podendo ter um aumento da quantidade de chuvas, dependendo

da região

OUTONO: Período de certa estabilidade, na paisagem as plantas perdem as

folhagens. Alguns estocam alimentos ou gordura no corpo e alguns realizam

migrações.

INVERNO: estação com menos horas de iluminação e raios solares incidindo

com menor intensidade, o que favorece a diminuição de temperatura e a formação

de massas de ar frio. Em latitudes médias e altas é mais notável na paisagem que a

vegetação já deve ter perdido boa parte das folhas, alguns animais ficam mais

reservados. Em latitudes baixas é um período com menos chuvas.

40
1. Demografia
2. Análises populacionais
3. Características da população
CONTEÚDO brasileira

41
1. Demografia
1 Introdução
Dentro da geografia existe uma área que estuda processos populacionais e as
suas dinâmicas, a Geografia da População ou, a Demografia, nela são estudados
a quantidade de habitantes, a localização da população no território, migrações,
aspectos econômicos e sociais.

Dessa forma, a demografia tenta compreender as dinâmicas da população


mundial, com suas transformações qualitativas e quantitativas. Para que seja
possível entender a demografia é preciso conhecer conceitos básicos desse
tema.

Primeiramente temos a chamada População Absoluta, que é o índice geral da


população (contagem populacional) de um determinado local, podemos ver as
populações absolutas de alguns países a seguir:

Outro conceito fundamental é a densidade demográfica (ou população relativa),


onde é calculado uma proporção de habitantes por um determinado espaço, o
mais comum é habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²).

42
Com base nesses termos nesses dois primeiros termos apresentados, é possível
classificar territórios como populoso e densamente povoado:

Populoso (População absoluta): quando o local apresenta grande quantidade de


habitantes (sem levar em consideração o tamanho desse território). Por exemplo:
A Índia, com cerca de 1,38 Bilhões de habitantes é mais populoso do que o Brasil,
que possui 200 Milhões de habitantes.

Densamente povoado (Densidade populacional): Considera a quantidade de


pessoas por área. Por exemplo: Singapura apresenta uma das maiores
densidades demográfica do mundo, com mais de 5,88 Milhões de habitantes, em
um território de apenas 700 km².

Exemplo: Um determinado lugar tem 1.000.000 habitantes e 300.000 km2.

43
Podemos calcular que existem 3 habitantes por quilômetro quadrado.

A população não é estática, ela é dinâmica e muda por inúmeras razões, como o
nascimento e o falecimento de pessoas e migrações, por isso esses fatores são
medidos e estudados.

A Taxa de natalidade é o número de nascidos vivos para cada 1000 habitantes,


no período de um ano. A taxa de mortalidade é o número de óbitos ocorridos,
para cada 1000 pessoas, em um ano.

Com os valores das taxas de natalidade e mortalidade, é possível entender se


determinada população está aumentando, diminuindo ou está estabilizada. Para
isso é calculado a diferença dos valores da taxa de natalidade e da taxa de
mortalidade, a denominada taxa de crescimento natural ou vegetativo.

Exemplo:
Um bairro apresentava mil (1000) habitantes.
Em um ano, nasceram 10 indivíduos nesse bairro.
Resultado: taxa de natalidade de 10/1000.
No mesmo ano, houve 4 óbitos no bairro.
Resultado: Taxa de mortalidade de 4/1000.

O crescimento natural ou vegetativo da população desse bairro depois de um


ano foi de 6/1000.

Além do cálculo do crescimento natural, também é preciso calcular os


crescimentos migratórios.

O Crescimento migratório é a taxa de crescimento estabelecida pela diferença


da taxa de pessoas que chegam em uma determinada região a cada mil

44
habitantes em um ano (imigração) pela taxa de pessoas que se mudam de
determinado local a cada mil habitantes em um ano (emigração)

Exemplo:
Um bairro apresentava mil (1000) habitantes.
Em um ano, chegaram 15 indivíduos nesse bairro.
Resultado: taxa de imigração de 15/1000.
No mesmo ano, partiram 3 indivíduos nesse bairro.
Resultado: taxa de emigração de 14/1000.

O crescimento migratório desse bairro depois de um ano foi de 12/1000

Com isso, nós temos que o crescimento populacional ou demográfico é


calculada pela taxa de crescimento populacional calculada com a soma entre o
crescimento natural e o crescimento migratório.

Como observado, a migração tem um dinamismo próprio, por isso contribui para
a alteração da taxa do crescimento populacional. Mas as migrações não
ocorrem da mesma maneira. Entre os tipos de migração populacional estão:

Migração pendular: quando ocorre diariamente, normalmente relacionado com


o deslocamento para escola e trabalho.

Migração sazonal: quando ocorre durante um determinado período, mas que


também é temporária, como nas migrações sazonais para as colheitas.

Migração definitiva: quando ocorre algum tipo de mudança de moradia


definitivamente, comum acontecer quando as pessoas buscam mehores
condições de vida.

O êxodo rural é quando ocorre uma migração em massa de pessoas do campo


para a cidade, essa movimentação se trata de um grande movimento
populacional, não apenas poucos indivíduos, semelhante ao que aconteceu no
Brasil durante a segunda metade do século XX.

45
Os movimentos populacionais originam fenômenos demográficos relacionados
aos aspectos da população e do local, entre eles estão a Metropolização e a
Desmetropolização.

A Metropolização é a migração em massa de pessoas de pequenos centros para


grandes metrópoles ou regiões metropolitanas. Já a Desmetropolização é o
processo inverso, em que a população de grandes centros urbanos migra para
pequenas ou médias cidades.

2 Teoria Malthusianista
Quando é discutido o tema de população sempre é levantada a pautada da
demanda de alimentos, nesse viés existe um nome muito comum, Thomas
Malthus (1766-1834).

Thomas Malthus foi um pastor e economista que viveu durante os impactos


sociais e demográficos da 1a Revolução Industrial. Para Malthus, iria ocorre uma
catástrofe no futuro da população mundial, ele acreditava que a população
cresceria de forma acelerada e que o aumento da produção de alimentos não
alcançaria o mesmo ritmo, o que resultaria em mais pessoas do que alimentos.

46
Porém, diversas coisas aconteceram desde a formulação da sua teoria, 2
revoluções industriais, 2 guerras mundiais, e a Revolução Agrícola.
Acontecimentos que geraram um novo cenário mundial e que evidenciaram a
mudança no crescimento populacional e no aumento da produção de alimento
mundial.

Dessa forma, Malthus estava errado, devido ao progresso tecnológico a


produção de alimentos superou o crescimento demografico, tornando mais
raras as crises de fome.

Ao invés da “catástrofe demográfica”, está ocorrendo uma desaceleração


gradual do crescimento demográfico, em todo o planeta, e o Brasil não é
exceção.

O fenômeno de haver mais pessoas do que recursos tem o nome de


Superpovoamento ou superpopulação. Atualmente não existe falta de recursos,
como comida por exemplo, o que existe é a dificuldade de acesso aos alimentos
por causa dos preços, desemprego ou renda.

3 As fases do crescimento demográfico


O demógrafo Warren Thompson criou o Modelo de Transição Demográfica.
Warren desenvolveu um modelo para servir de ferramenta teórica para a leitura
e interpretação para o planejamento sobre a dinâmica do crescimento
populacional mundial.

47
Nesse modelo Thompson estabeleceu que as sociedades atravessariam um
processo de transição, no qual chegariam em um crescimento populacional
baixo ou nulo.

Primeira Fase

Pré-transição ou do equilíbrio primitivo


• Na Europa: Ocorreu até o século XVIII;
• No Brasil: Ocorreu até meados dos anos 40;
• Não existem registros de nações que ainda estejam nessa fase;
• Altas taxas de natalidade e mortalidade;
• Crescimento populacional bem baixo;
• A taxa de mortalidade é alta por causa da falta de técnicas de medicina,
falta de atendimento médico, saneamento básico e boas condições de
vida.
• A taxa de natalidade também era alta devido à ausência de conhecimento
sobre planejamento familiar e métodos anticonceptivos.
• Populações concentradas no meio rural;
• Nessa fase, a pirâmide etária apresenta uma base bem larga e um topo
bem estreito

48
Segunda fase

Fase aceleração demográfica ou do crescimento acelerado


• Na Europa: século XVIII até final do século XIX;
• No Brasil: anos 40 até os anos 70;
• Alguns países estão nesta fase, como Somália, Uganda, República do Níger,
e Haiti.
• Altas taxas de natalidade e queda nas taxas de mortalidade;
• Crescimento populacional elevado.
• Está relacionado com o início da industrialização das nações;
• A taxa de mortalidade está caindo. Isso ocorre por causa do surgimento do
tratamento de doenças, aumento da produção alimentar, acesso aos
tratamentos, melhores condições de vida e acesso ao saneamento básico;
• A taxa de natalidade ainda se mantém semelhante ao da fase anterior.
• A taxa de natalidade alta com taxa de mortalidade baixa resulta em uma
taxa de crescimento populacional acelerado ou alto;
• Populações começam a concentrar-se em centros urbanos.
• Aqui nessa fase, a pirâmide etária ainda tem uma base larga e um topo
estreito, mas é possível ver um alargamento do meio para baixo

49
Terceira Fase
Fase de desaceleração demográfica ou do crescimento moderado
• Na Europa: final do século XIX até meados dos anos 1940;
• No Brasil: dos anos 70 até a atualidade;
• Atualmente, a grande maioria dos países subdesenvolvidos
industrializados ou países em desenvolvimento, como, México e Índia.
• Altas taxas de natalidade, porém em queda;
• Baixas taxas de mortalidade;
• Crescimento populacional ou vegetativo ainda em um patamar elevado;
• Está diretamente relacionado com a consolidação da vida em centros
urbanos e o aumento do acesso aos meios de promoção da saúde e bem-
estar;
• A taxa de mortalidade ainda se mantém semelhante ao patamar anterior
ou mais baixa;
• A taxa de natalidade ainda passa por uma redução. O planejamento
familiar se torna mais comum, existe um maior uso de métodos
anticonceptivos;
• É preciso que nessa etapa exista o investimento na criação de emprego
para atender às demandas da população adulta;
• Aqui, é possível ver um alargamento nas faixas relacionadas com a fase
adulta e a população economicamente ativa

50
Quarta Fase
Fase estabilização da população do envelhecimento
• Na Europa: dos anos 1940 até os dias atuais;
• O Brasil ainda não está nessa fase;
• Atualmente, encontram-se países desenvolvidos, como Japão, Noruega e
Suécia.
• Baixas taxas de natalidade e de mortalidade;
• Crescimento populacional ou vegetativo bem baixo.
• Um país ao chegar nessa fase concluiu a transição demográfica do
modelo de transição demográfica;
• Está relacionada com a consolidação da vida urbana e a democratização
do acesso aos meios de promoção da saúde.
• A taxa de mortalidade se mantém semelhante ao patamar da fase anterior
ou ainda mais baixa;
• A taxa de natalidade passa por uma redução. O planejamento familiar se
torna fundamental e os métodos anticonceptivos são amplamente usados.
• Nessa etapa a população idosa aumenta e a população diminui;
• As questões atreladas a previdência social e aposentadoria começam a se
mostrar emergências para o planejamento público;
• Nessa fase, a pirâmide etária apresenta um topo mais largo e uma
redução da base em relação ao meio da pirâmide.

51
,

O Brasil está caminhando para a 4a fase do modelo demográfico, devido a isso,


temáticas como a previdência social e geração de emprego e renda se tornam
cada vez mais comuns nos debates de planejamento público.

52
2. Análises populacionais e tendências globais

4 Introdução
O crescimento da população se desenvolve de formas distintas e em épocas
diferentes de cada país, porém, de uma forma geral, se comportam
acompanhando o modelo de transição demográfica.

Desde o começo da industrialização e da urbanização, estados e cidades


passam por transições demográficas.

Fase 1: o Crescimento Populacional (ou vegetativo) ocorre de forma muito baixa,


devido as altas taxas de natalidade e mortalidade.

Fase 2: ocorre uma queda na taxa de mortalidade, e a taxa de natalidade se


mantém elevada. É o momento que ocorre o fenômeno Baby Boom, um
crescimento acelerado da população.

Fase 3: A mortalidade permanece baixa, e a de nascimento passa por uma


queda. O que resulta na desaceleração do crescimento populacional.

53
Fase 4: As taxas de natalidade e de mortalidade permanecem baixas, com isso o
crescimento populacional se mantém baixo.

Europa
• 750 milhões de habitantes;
• População distribuída de maneira irregular, com áreas intensamente
povoadas e áreas inabitadas;
• A Europa conta com a nação com a menor população do mundo, o
Vaticano, com 800 habitantes;
• Diversos países já se encontram na fase 4 do modelo de transição
demográfica;
• A taxa de crescimento é de 0,6‰ por ano;
• A redução de jovens e adultos na Europa estimula o aumento de
imigrantes no continente.
• Conta com a população mais envelhecida entre os continentes

Ásia
• 4,4 bilhões de habitantes;
• População distribuída de maneira irregular, com áreas intensamente
povoadas e áreas inabitadas;
• Apresenta os dois países mais populosos do mundo (China e Índia)
• A Rússia e a Turquia estão em dois continentes, Europa e Ásia;
• Cerca de 60% da população do mundo é asiática.
• Grande diferença entre as fases de transição demográfica entre os países:
• Alguns países do oriente estão entre as fases 1 e 2; China e Índia estão na
fase 3, Rússia e Turquia se encontram na 4ª fase.

África
• 1,2 bilhão de habitantes;
• Distribuição da população de forma mias equilibrada no território, com
exceção de grandes centros que reúnem um maior número de habitantes.
• Os países que mais devem aumentar a sua população no mundo estão na
África.
• A maioria dos países está na fase 2 do modelo de transição demográfica;
• Conta com uma taxa de crescimento de 20‰ por ano;

54
• A África tem uma baixa quantidade de pessoas idosas, devido à baixa
expectativa de vida;
• Conta a população mais jovem proporcionalmente.

Oceania
• 37,1 milhões de habitantes;
• Os povos nativos da Oceania foram dizimados no período de colonização;
• Ainda restaram alguns povos maoris, polinésios e aborígenes dispersos
entre as nações deste continente;
• Conta com uma densidade populacional de 4,3 habitantes por quilômetros
quadrados.
• Existem muitas regiões desabitadas;
• As nações desse continente se encontram entre as fases 3 ou 4;
• Os altos índices de qualidade de vida fazem com que mesmo estando no
hemisfério sul do globo, algumas nações sejam consideradas “Países do
Norte Global”;

Américas
América Anglicana
• Conta apenas com o Canadá e Estados Unidos;
• Tem aproximadamente 365 milhões de habitantes
• A população não está uniformemente distribuída, algumas regiões são
altamente ocupadas em relações a outras;
• Esses dois países apresentam desaceleração do crescimento populacional
e hoje eles encontram-se na fase 4.
• O crescimento desacelerado, ou até negativo, do Canadá incentiva a
imigração de pessoas formadas para o país;

América Latina
• 925 milhões de habitantes;
• Conta com a densidade de 27 habitantes por quilômetro quadrado;
• A população não está uniformemente distribuída, algumas regiões são
altamente ocupadas em relações a outras;
• O crescimento populacional acelerado acarreta no crescimento
populacional, mas está quase chegando ao seu ápice;

55
• Diversos países já estão na fase 3, mas alguns países ainda se encontram
na fase 2 (Paraguai, Bolívia, Suriname e Peru) enquanto o Uruguai e a
Guiana Francesa já estão na fase 4.

5 Tendências globais
A maior parte da população mundial se encontra na Ásia, mas estudos apontam
que a China e Índia devem chegar em seu ápice em breve. Enquanto isso,
diversas nações africanas começam a entrar na sua fase de crescimento
acelerado devido a urbanização, industrialização, acesso ao saneamento básico,
atendimento médico e outros fatores ligados a qualidade de vida.

Diversos países que já se consolidaram na fase 4 começam a apresentar um


crescimento populacional negativo, como a Rússia, Ucrânia e Geórgia.

O governo chinês mantinha uma política de 1 filho ou filha por casal, mas, em
2016, o governo aumentou para 2 o número máximo de filhos por casal. Esse é o
resultado de uma política pensada para reverter a baixa natalidade do país.

Políticas públicas de promoção a natalidade são uma realidade em países da


Europa, no quais muitas mulheres não têm interesse em ter filhos e por isso
alguns governos criam políticas de incentivo.

Por outro lado, inúmeros países ainda em desenvolvimento criam políticas


públicas para promover a saúde e a qualidade de vida das crianças para reduzir
a mortalidade infantil.

56
3. Caracteristicas da população brasileira

6 Introdução
O Brasil se tornou o 5º país mais populoso em 2010, ficando atrás da China, Índia,
Estados Unidos e Indonésia. Embora seja considerado um país populoso, não um
país muito povoado.
O Brasil é considerado um país populoso por ter um grande número de
habitantes (população absoluta), mas não é muito povoado devido a sua
grande dimensão territorial e por parte do seu território não ser habitado.
A ocupação do território brasileiro é muito desigual quando se compara os
Estados ou até mesmo as Grandes Regiões.

7 Composição da População
O Brasil apresenta valores percentuais próximos entre a quantidade de homens e
mulheres, 51,03% da população são mulheres e 49,97% homens. Cerca de 24,08%
da população brasileira é apresenta 14 anos ou menos, 68,54% estão no grupo de
idade economicamente ativa (entre 15 e 64 anos) e 7,38% são idosos (65 anos ou
mais).

Percebe-se que ao longo dos anos que no Brasil o percentual de idosos está
aumentando e o de jovens reduzindo. Por enquanto, o número de pessoas em
idade economicamente ativa se mantém elevado, o que permite, a preparação
do país para o envelhecimento da sua população.

57
O Brasil apresenta transformações da sua pirâmide etária desde os anos 70,
quando passou pela transição populacional.

A pirâmide etária de 2010 já conta com um estreitamento da sua base.

Taxa de Natalidade e Mortalidade do Brasil

58
Desde os anos 70, o Brasil vem apresentando reduções nas taxas de natalidade e
de mortalidade. Para 2015, as projeções feitas pelo IBGE mostraram os seguintes
valores:

• Taxa de natalidade: 14,16‰ (por mil habitantes).


• Taxa de mortalidade: 6,08‰ (por mil habitantes).
• Taxa de crescimento populacional: 8,08‰ (por mil habitantes).
• Taxa de fecundidade: 1,72‰ (por mil mulheres)
• Taxa de mortalidade infantil: 13,82 por mil nascidos

O Brasil está chegando no fim da fase 3. As diferenças nos aspectos econômicos


e sociais pelo país geram índices distintos de qualidade de vida nas diferentes
regiões do território nacional.

A rede urbana brasileira ilustra claramente a concentração populacional que


existe em algumas fatias do território nacional.

O Brasil tem 5.568 municípios e uma distribuição desigual da sua população,


mais da metade da população vive em cidades com 20 mil habitantes ou mais.

59
Mesmo entre os Estados do Brasil existe uma desigualdade na distribuição da
população, o país conta com uma concentração populacional maior nos Estados
do Sul e Sudeste (em geral), os Estados da Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina
são exceções.

Os dois mapas apresentam a mesma informação (população total em 2017),


mas na representação da direita é uma anamorfose, que é uma deformação na
forma do que é representado, no caso quanto mais “inchado” mais populoso e
quanto mais “espremido” menor a sua população.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O IDH é uma medida, relacionada a qualidade de vida da população com


valores entre 0 e 1, sendo 0 os piores desempenhos e 1 os melhores
desempenhos. Para fazer essa relação são consideradas três dimensões:
longevidade, educação e renda.

Os valores abaixo de 0,499 são considerados muito baixos, de 0,500 a 0,599 são
considerados baixos, os valores entre 0,600 e 0,699 são considerados médios,
altos quando estão entre 0,700 e 0,799 e muito altos quando estão acima de 0,8.

Ao longo do tempo, o valor médio do IDH brasileiro vem aumentando desde os


anos 90, mas isso não é uniforme por todo o país. Entre 2000 e 2010, a quantidade
de municípios em condições consideradas altas se interiorizou pelo Centro-Sul
do país.

60
61
1. Fusos horários

CONTEÚDO

62
1. Fusos Horários
1 Introdução
No século XIX em Washington (EUA) aconteceu a Conferência Internacional do
Meridiano. Ficou determinado que haveria uma padronização dos horários, com
base nos respectivos meridianos locais em relação ao meridiano de Greenwich.
Assim foi originado Greenwich Mean Time (GMT), ou o Tempo Médio de
Greenwich.

Dessa maneira, o meridiano de Greenwich tornou-se o meridiano central e os


meridianos ao seu oeste estarão atrasados e os meridianos ao seu leste estarão
adiantados.

Os fusos são apresentam um meridiano central (MC), um meridiano com -7°30’ a


oeste e um meridiano com +7°30’ ao seu leste. O que resulta em 15° e aplicando o
horário do meridiano central nessa faixa.

Uma vez que o dia apresenta 24 horas e a soma dos meridianos (180°W e 180°E)
resultam em 360°, dividindo 360° por 24 horas, resulta em cada 15° de longitude,
correspondendo a 1 hora.

63
Os fusos a oeste são atrasados e os fusos a leste são adiantados, por isso existe
uma faixa que tem +12 horas de um lado e -12 horas do outro, assim, 24 horas de
diferença. Isso acontece na Linha Internacional de Data.

Por ser uma região composta quase totalmente por oceanos, convencionou-se
que esta linha teria desvios para não ter um país com a diferença de horário de
um dia inteiro.

Mas como os fusos são linhas imaginárias, eles não respeitem limites político-
administrativos. Diversas nações apresentam fusos diferentes, mas, para resolver
esses problemas, são aderidos mudas nesses fusos.

2 Os fusos horários no brasil

O Brasil apresenta 4 fusos horários distintos e atravessam os estados, mas por


convenção são estabelecidos horários padrões para os territórios.

GMT -2: Com MC 30°W, atrasado 2 horas em relação a Greenwich. Está presente
nas ilhas oceânicas do Brasil: Fernando de Noronha e Ilhas Trindade e Martins
Vaz.

64
GMT -3: Horário de Brasília, com o MC 45°W, 3 horas de atraso em relação a
Greenwich. Está presente na maior parte do território brasileiro. Corresponde ao
território dos estados da Região Sul, Sudeste, Nordeste, Amapá, Tocantins, Pará,
Goiás e Brasília-DF.

GMT -4: Com o MC 60°W, 4 horas de atraso em relação a Greenwich. Está nos
território dos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul.

GMT -5: Com o MC 75°W,5 horas de atraso em relação a Greenwich. Corresponde


ao território ao estado do Acre, exclusivamente.

3 Calculando o horário
Existem muitas questões que envolvem cálculo de horários.

Para saber a hora dos fusos:

• Análise qual meridiano central do fuso correspondente ao local,


• Divida o valor da longitude por 15;
• Se for de um lugar ao oeste, deve subtrair. Se estiver à leste, deve somar.
• Exemplo: Se são 20h em Londres (GMT 0), que horas são em São Paulo
(46°30’W)?
• A longitude 46°30’ W está mais próxima do MC 45°W.
• Por ser ao oeste, devemos subtrair.
• -45/15 = -3. ou seja, 3 horas a menos em relação a Greenwich.
• 20h-3h = 17h.

Em situações que é preciso calcular o horário em uma questão que envolva


tempo de deslocamento, é preciso acrescentar no cálculo o tempo de viagem.

Lembre:
• Análise os fusos das cidades e a diferença entre ele;
• Análise qual é o sentido da viagem;
• Análise o tempo gasto em viagem.

65
Exemplo: Um voo que sai às 11h, do Rio de Janeiro (GMT -3) para a San José
(Costa Rica) no fuso horário GMT -6. A viagem tem 10 horas de duração. Que
horas serão no Rio de Janeiro e em San José no momento do pouso?

• Para o Rio de Janeiro, só é preciso somar o tempo de viagem com o horário


da partida.
• 11h + 10h: 21h no Rio de janeiro.
• Partida em “menos 3 horas” para o fuso “menos 6 horas”.
• (-6 horas) - (-3 horas) = -3 horas.
• A viagem é para oeste, ou seja, tem que atrasar.
• A viagem é de 10 horas. Então: Horário do fuso de partida – diferença entre
os fusos + tempo de viagem.
• 11h -3h +10h = 18h em San José.
• Resposta: Serão 18h em San José e 21h no Rio de Janeiro

4 HORÁRIO DE VERÃO
O horário de verão adianta as horas do relógio em relação ao fuso horário para
um melhor aproveitamento do fotoperíodo. Isso faz com que as pessoas
aproveitem mais o dia após o trabalho. O que acarreta a diminuição de
consumo de energia elétrica.

Essa ação é mais eficaz para lugares que não estejam na zona equatorial. É ideal
para a zona temperada (latitude média), e isso só é possível por causa dos
solstícios de verão no hemisfério Norte (em julho) e no hemisfério sul (em
dezembro).

E por isso os lugares em que estão em latitude média ou em latitude alta tem um
maior período de iluminação natural. Nem todos os países usam o horário de
verão e alguns países optam por deixar o horário de verão opcional por região.

No Brasil, essa ação seria mais eficaz nos estados por onde passa o Trópico de
Capricórnio (MS, SP, PR, SC e RS). Porém, o horário de verão vivinha sendo
implementado no Brasil no Distrito Federal e nos estados do Centro-Oeste, Sul e
Sudeste. Contudo em 2019, os horários de verão foram suspensos.

66
1. Orientação e coordenadas

CONTEÚDO

67
1. Orientação e coordenadas

1 Orientação
A orientação é um método para localização e direcionamento. Quando o senso

de Orientação é bem definido, é de grande ajuda para quês as pessoas consigam se

localizar no espaço.

Para facilitar o direcionamento e localização, usam-se os quatro pontos

cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. E os pontos colaterais: Nordeste, Noroeste, Sudeste

e Sudoeste. Os pontos colaterais estão entre os pontos cardeais.

Os pontos Cardeais e Colaterais têm suas respectivas siglas, veja:

Pontos Cardeais: Norte - N, Sul - S, Leste - L, Oeste -O;

Pontos Colaterais: Nordeste - NE, Noroeste - NO, Sudeste - SE, Sudoeste- SO.

Eventualmente uma rosa dos ventos pode estar com as palavras em Inglês:

NORTH (N), SOUTH (S), WEST (W) e EAST (E)

68
Uma forma de se orientar é estendendo o braço direito para o lado onde nasce

o sol (LESTE), o braço esquerdo para onde o sol se põe (OESTE), à sua frente será a

direção NORTE e às suas costas será a direção SUL.

É comum a utilização das palavras ocidente e oriente para nos relacionarmos

com partes e regiões do planeta. O Ocidente é relacionado com Oeste enquanto

Oriente é relacionado com Leste, ambos em relação ao meridiano de Greenwich.

As palavras setentrional e meridional são utilizadas para se referir aos

hemisférios norte e sul, respectivamente. Também são utilizadas as palavras Boreal e

Austral.

69
As orientações também são utilizadas para regionalizar um território, no Brasil,

se podemos perceber uma relação entre as regiões (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e

Centro-Oeste) e uma rosa dos ventos projetadas no mapa.

Diversos povos do mundo usaram as orientações conforme as técnicas e

ferramentas disponíveis na época e na região, essas técnicas eram baseadas no sol,

nas estrelas da noite, nos ventos ou no magnetismo, isso permitiu ao homem começar

a entender que faz parte de um sistema maior do que a própria região em que vivia.

Os mapas atuais geralmente apresentam o Norte para cima e centrados na

Europa. Contudo, nem sempre foi assim, já existiram mapas com o Leste para cima,

pois é de onde nasce o sol todas as manhãs

A orientação e a centralização dizem muito sobre o motivo e para quem é feito

o mapa.

70
2 Latitude e longitude

71
As coordenadas geográficas de um ponto na superfície do planeta, elas são

feitas pela combinação de latitudes e longitudes. A latitude e a longitude usam como

referência o meridiano de Greenwich (0°E) e a linha do Equador (0ºN).

As coordenadas podem normalmente ser escritas com a forma Graus, minutos

e segundos ou em graus decimais. Exemplo: 13°S e 38°31'W ou 13°S e 38,18°W. As

coordenadas que forem a Oeste do meridiano de Greenwich ou Sul da linha do

Equador podem ser escritas com o sinal negativo na frente ou com W e S

respectivamente, exemplo: -20°30’0” N e -55°0'0”E ou 20°30’0”S e 55°0'0”W

Paralelos:

• São linhas imaginárias, as quais circulam a superfície da Terra de leste a

oeste, que se baseiam na linha do Equador (0°N ou 0°S). Os paralelos

variam de 0° a 90°N (Polo Norte) e de 0° a 90°S (Polo Sul);

• Os principais paralelos são os Trópicos de Capricórnio (23°27’S) e o

Trópico de Câncer (23°27’N) E a linha do Equador (0°N);

• Também há o círculo polar ártico em 60°N e o Círculo Polar Antártico em

60°S. Em 90°N fica o Polo Norte e em 90°S fica o Polo Sul;

• Os paralelos são linhas horizontais

• Os paralelos vão servir para indicar o quão ao Norte ou ao Sul um lugar

está.

Meridianos:

• São linhas imaginárias que atravessam a superfície do globo de Norte a

Sul, começam em um polo do globo até chegar ao outro polo;

• O meridiano de Greenwich (0°W ou 0°E) é a referência para os meridianos

• Os meridianos variam de 180°E até 0°E, e de 0°W até 180°W;

72
• Os meridianos estão relacionados aos fusos horários. Alguns países e

estados adotam outro fuso horário por questões praticas.

• Os principais meridianos são o de Greenwich e o seu meridiano

(antimeridiano) em 180°E ou 180°W, conhecido como Linha Internacional

de Mudança.

A Terra tem uma forma de Geoide, uma forma geométrica tridimensional

arredondada, porem cheia de imperfeições.

Altitude

Também podemos verificar a altitude de um local. A Altitude é a medida linear,

medida na vertical em relação à da Linha Média do Nível do Mar.

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