Etnoconhecimento
Etnoconhecimento
1. INTRODUÇÃO
As plantas medicinais têm sido utilizadas desde os tempos remotos, com registros de
seu uso no Brasil antes mesmo da chegada dos colonizadores europeus às Américas, uma vez
que os povos indígenas já dominavam esse conhecimento, adquirido a partir da observação e
experimentação, transmitidos de geração em geração e que hoje são aproveitados na medicina
moderna. Essa transmissão era feita oralmente e assegurava que cada nova geração herdasse
os saberes acumulados, mas nos últimos tempos ela vem sendo perdida, principalmente com o
avanço da ciência e a influência das indústrias farmacêuticas, sendo cada vez mais
substituídos pela produção de medicamentos.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS
Os primeiros registros históricos sobre o uso de plantas medicinais datam de cerca de
500 a.C., conforme documentado por Duarte (2006) apud Firmo et al. (2020). Na China
antiga, por exemplo, já existiam textos que descreviam os nomes, doses e como usar plantas
para tratar doenças específicas, por outro lado, o "Papiro de Ebers", um antigo manuscrito
egípcio datado de 1.500 a.C., é uma das fontes mais antigas de informações médicas e
farmacêuticas que existe, contendo uma lista extensa com 811 prescrições e 700 substâncias
diferentes, incluindo plantas, minerais e outros materiais, que eram usados para tratar uma
variedade de condições médica, o que mostra como civilizações antigas já dominavam um
conhecimento avançado sobre elas, usando-as como parte importante de seus tratamentos
médicos.
Segundo Veiga (2002, apud ARGENTA et al., 2011), a primeira descrição sobre o uso
de plantas como remédios no Brasil foi feita por Gabriel Soares de Souza, no Tratado
Descritivo do Brasil, publicado em 1587. Esse tratado descrevia os produtos medicinais
utilizados pelos indígenas como "árvores e ervas da virtude". Com a chegada dos primeiros
médicos portugueses ao Brasil, e a escassez de remédios na colônia, foi reconhecida a
importância das plantas usadas pelos indígenas como medicamento. A partir desse
conhecimento, o uso de plantas medicinais continuou a se expandir e a se integrar cada vez
mais na prática médica, mostrando a diversidade de espécies e a sabedoria ancestral das
comunidades indígenas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS