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Projeto SUAPEtnobotânica

O projeto de extensão intitulado 'Etnobotânica na comunidade quilombola Cavalhada' visa estudar o conhecimento tradicional sobre plantas alimentícias e medicinais em uma comunidade quilombola em Flores/PE, promovendo a valorização e preservação desse saber. O projeto busca desenvolver catálogos sobre esses conhecimentos, publicar resultados em periódicos científicos e contribuir para o desenvolvimento social e econômico da comunidade. A execução do projeto está programada para ocorrer entre 09/09/2020 e 31/01/2021, com a prestação de contas prevista para 02/03/2021.

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Wagner Germano
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Projeto SUAPEtnobotânica

O projeto de extensão intitulado 'Etnobotânica na comunidade quilombola Cavalhada' visa estudar o conhecimento tradicional sobre plantas alimentícias e medicinais em uma comunidade quilombola em Flores/PE, promovendo a valorização e preservação desse saber. O projeto busca desenvolver catálogos sobre esses conhecimentos, publicar resultados em periódicos científicos e contribuir para o desenvolvimento social e econômico da comunidade. A execução do projeto está programada para ocorrer entre 09/09/2020 e 31/01/2021, com a prestação de contas prevista para 02/03/2021.

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04/08/2020 Projeto de Extensão - SUAP: Sistema Unificado de Administração Pública

Projeto de Extensão
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Título do projetoEtnobotânica na comunidade quilombola Cavalhada: conhecimento tradicional sobre plantas alimentícias e medicinais
Período do editalInscrição
Campus do projetoCAMPUS-PI
Núcleos vinculados-
Empreendimentos sociais-
vinculados
Código da atividade-

- Dados do Projeto
Início da Execução 09/09/2020
Término da Execução 31/01/2021
Prestação de Contas 02/03/2021 23:59:00
Situação do Projeto Em edição
Possui Cunho Social Sim
Linha Temática Questões Ambientais
Área do Conhecimento BOTÂNICA (CIÊNCIAS BIOLÓGICAS)
Área Temática Meio Ambiente
Pré-seleção Aguardando pré-seleção
Seleção Aguardando avaliação
Data da Seleção -
Pontuação -
Data da Divulgação 01/09/2020 23:59:00

- Discriminação do Projeto
Os conhecimentos práticos das comunidades locais, populares ou tradicionais sobre as
plantas medicinais, estão intimamente relacionados aos recursos naturais disponíveis e a
seu patrimônio ambiental, social e cultural. Dessa forma, essas comunidades se baseiam
em um processo de reprodução sociobiocultural (além de econômica) dos conhecimentos
adquiridos de seus antepassados. Dentre as finalidades do uso das plantas podemos citar
a alimentação, a medicina, a construção de moradias e a confecção de vestimentas. Em
termos gerais, esse projeto visa estudar o papel da natureza sob os olhares das
Resumo
populações locais dentro de um sistema de crenças e adaptações do homem com o meio,
por meio de uma visão interdisciplinar que relacione os mundos natural, simbólico e
social estabelecidos por diferentes culturas. A pesquisa será realizada em uma
comunidade quilombola no município de Flores/PE. Espera-se colaborar para confecção
de catálogos sobre os saberes tradicionais acerca de plantas medicinais e
alimentícias que serão divulgados tanto na comunidade local, quanto por meio online;
publicar os resultados obtidos na pesquisa através de artigos em jornais e revistas
científicas; e contribuir para um desenvolvimento social, ambiental e econômico das
comunidades estudadas.
Fundamentação Teórica
Histórico do uso de plantas
Desde os primórdios, os seres humanos saem na natureza em busca de recursos
para obter uma melhor qualidade de vida, focando em aumentar suas chances de
sobrevivência. Essa sobrevivência pode ocorrer pela constante busca por alimentos,
remédios ou objetos de valor. Essa relação é evidenciada no processo de interação
existente o homem e as plantas, já que os usos dos recursos vegetais são ricos,
diversificados e muito importantes. Dentre as finalidades do uso das plantas podemos

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citar a alimentação, a medicina, a construção de moradias e a confecção de vestimentas


(Balick & Cox 1997).
O uso tradicional e popular de plantas alimentícias e medicinais é visto como
uma arte que direciona o ser humano desde o início da civilização, sendo baseada na
junção de distintas ideias e informações repassadas oralmente através de sucessivas
gerações. Ao longo dos anos, os produtos de origem vegetal constituíram a base para
tratamento de diferentes doenças no mundo. No Brasil, a exploração dos recursos
naturais e genéticos referentes às plantas medicinais está relacionada, em grande parte, à
coleta extensiva e extrativa do material silvestre.
Apesar da exploração considerável das várias espécies de plantas na forma bruta
ou de seus subprodutos, as pesquisas básicas ainda são incipientes. A população
brasileira, de um modo geral, guarda um saber significativo a respeito de métodos
alternativos de cura das doenças mais comuns, de alimentação alternativas e que
ocorrem com frequência naqueles locais. As comunidades tradicionais apresentam uma
bagagem ainda maior sobre o assunto, porém sofre ameaça constante devido à influência
direta da medicina ocidental moderna, do agronegócio promisso e pelo desinteresse dos
jovens da comunidade, interrompendo assim o processo de transmissão do saber entre as
gerações (Amoroso, 2002).
O emprego de plantas medicinais para a manutenção e a recuperação da saúde
tem ocorrido ao longo dos tempos desde as formas mais simples de tratamento local até
as formas mais sofisticadas de fabricação industrial de medicamentos (Hamilton 2004;
Lorenzi & Matos 2008). No Brasil, a diversidade ecológica e genética vegetal das
plantas é uma das maiores do planeta. Utilizar-se de plantas medicinais com fins
curativos é uma prática normal, resultado das influências indígenas, africanas e
europeias, ou seja, heranças culturais passadas de geração em geração.
Os primeiros europeus que chegaram no Brasil depararam-se com uma grande
quantidade de plantas medicinais e alimentos exuberantes que eram constantemente
consumidos pelos indígenas que aqui viviam. Os conhecimentos sobre a flora local pelos
indígenas acabaram se fundindo aos europeus e aos africanos devido à contribuição dos
escravos. A percepção sobre o poder curativo e alimentar de algumas plantas é uma das
formas de relação entre populações humanas e plantas, e as práticas relacionadas ao uso
tradicional de plantas medicinais são o que muitas comunidades têm como alternativa
para a manutenção da saúde ou o tratamento de doenças.
No entanto, a transmissão desse conhecimento é atualmente ameaçada pela
interferência de diversos fatores, como a maior exposição das comunidades à sociedade
urbano-industrial e, consequentemente, às pressões econômicas e culturais externas; e
maior facilidade de acesso aos serviços da medicina moderna (Amorozo, 2002). Por
outro lado, a introdução da medicina moderna e da agricultura voltado para exportação
traz outra opção para as práticas locais já estabelecidas, tornando-as necessárias para a
sobrevivência. Ao invés disso, em muitas instâncias, procedimentos da medicina
moderna e da medicina popular podem acabar por se tornar complementares. Do mesmo
modo, vem acontecendo com a agricultura, cada vez mais se fala em agricultura familiar
e em tecnologias sociais ativas voltadas para o plantio.

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Numerosos processos marcaram a evolução da arte de curar com plantas


medicinais e da cultura alimentar com plantas não convencionais, no entanto é um
processo muito difícil de se unir informações ou delimitar porque esta arte esteve por
muito tempo associada a práticas mágicas, místicas e ritualísticas, onde adquiriram
fundamental importância na medicina tradicional (Amorozo, 2002). Este fato referencia
as tribos indígenas brasileiras e as comunidades de quilombo, onde as mulheres, os
curandeiros e os responsáveis pela cozinha se encarregavam de extrair os princípios
ativos das plantas para utilizá-los na alimentação e na cura das doenças.
As observações tradicionais e as investigações científicas sobre o uso e a eficácia
de plantas medicinais mantêm atual e válida a prática do consumo de fitoterápicos
naturais, contribuindo para aumentar as informações terapêuticas que foram sendo
acumuladas durante séculos (Albuquerque; Antonio, 2014). O conhecimento do modo
pelo qual diferentes sociedades humanas relacionam-se com o ambiente circundante, tem
papel fundamental no acesso à socialização do conhecimento tradicional à medida que,
na busca do resgate do conhecimento popular, esses saberes vão sendo registrados e
sistematizados (Luz, 2005; Meirelles, 2002; Santos, 2004).
As plantas alimentícias não convencionais (PANCs) são fontes de alimentos que
se desenvolvem em ambientes naturais sem a necessidade de insumos ou da degradação
de áreas florestadas (Bressan et al., 2011). O fato de muitas dessas plantas estarem em
áreas manejadas por pequenos agricultores e agricultores familiares torna-se estratégia
fundamental para o fortalecimento da soberania alimentar de muitas famílias (Cruz-
Garcia & Price, 2011). No entanto, essas plantas ainda são desconhecidas e subutilizadas
por uma grande parte da população (Kinupp, 2007; Luizza et al., 2013). Além disso, vale
ressaltar a publicidade dos fastfood, que contribuem para a adoção de hábitos
alimentares não saudáveis e para a perda da soberania alimentar de muitas famílias
(King et al., 2011).
As populações locais, seja elas em ambiente urbano ou rural, em geral, possuem
uma proximidade bastante grande com o meio ambiente ao seu redor. Esta proximidade
ocorre, dentre outras razões, devido à necessidade de se explorar meio ambiente por
meio da captação de recursos que serão utilizados para os mais diversos fins. Essas
populações possuem, geralmente, um alto grau de conhecimento sobre o ambiente em
que está inserida.
A etnobotânica
A etnobotânica traz o estudo do contato direto com as populações tradicionais,
procurando uma aproximação e vivência que permitam conquistar a confiança das
mesmas, resgatando, assim, todo conhecimento possível sobre a relação de afinidade
entre o ser humano e as plantas de uma comunidade. Isso ocorre devido à desagregação
dos sistemas de vida tradicionais que acompanham a devastação do ambiente e à
inclusão de novos elementos culturais que ameaça muito de perto a perda de acervo dos
conhecimentos empíricos e do patrimônio genético de valor inestimável para as gerações
futuras (Amoroso & Gély, 1988).
A Etnobotânica compreende o estudo das sociedades humanas, passadas e
presentes, e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com

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as plantas. Pesquisas nesta área facilitam a determinação de práticas apropriadas ao


manejo da vegetação com finalidade utilitária, pois empregam os conhecimentos
tradicionais obtidos para solucionar problemas comunitários ou para fins
conservacionistas (Beck & Ortiz 1997).
O uso de medicamentos industrializados e de plantas medicinais indica uma
complementaridade entre a medicina moderna e a medicina popular, assim como a
relação entre agricultura familiar e o consumo de alimentos industrializados. A
transmissão do conhecimento feita na própria comunidade, com pais/avós e vizinhos,
demonstra uma rica herança cultural local sobre plantas medicinais. Muitas dessas
comunidades ocupam áreas que também são prioritárias para a conservação devido à sua
importância ecológica e frequentemente tais comunidades se viram prejudicadas, uma
vez que foram alvo de medidas políticas que as excluíam de seus ambientes.
Por outro lado, as comunidades tradicionais adquiriram técnicas de manejo e
cuidado com a conservação da biodiversidade. Como o impacto da ação humana pode
elevar ou reduzir a, os esforços de conservação devem identificar e promover sistemas
locais de conhecimento do ambiente que permitam às comunidades locais conservar e
aumentar a diversidade biológica como parte de seus modos de vida (Pimbert & Pretty,
2000).
O saber local sobre o tratamento de diferentes males que perturbam/afetam o ser
humano é geralmente evidenciado em conversas com as pessoas mais idosas (inserindo
aí os raizeiros, benzedeiras, donas-de-casa etc.) que carregam consigo informações
recebidas dos ancestrais. A recuperação dessas informações é altamente necessária,
tendo em vista que elas servem de subsídio para o conhecimento do potencial medicinal
da flora. Propiciam também caminhos férteis para a discussão de Educação Ambiental,
tendo estas plantas como eficientes instrumentos pedagógicos, enquanto elementos que
podem subsidiar a relação educativo-ambiental.
O momento da pesca, da preparação de artefatos, das caminhadas nas roças e
pastos, do cultivo de subsistência, da condução da boiada e outros, são ricos no repasse
do conhecimento, pautado na forte oralidade que permeia essas ações. O aproveitamento
desses elementos em uma proposta educativa, tendo como instrumento a Educação
Ambiental, deve prever a sua introdução gradativa como temática.
O resgate do conhecimento tradicional e dos saberes etnobotânicos das plantas
medicinais implica em desenvolvimento humano e socioambiental das comunidades
tradicionais. O diálogo entre diferentes saberes populares, propicia a elaboração uma
tecnologia social voltada para as necessidades da população no contexto local, e o
próprio conhecimento tradicional traz consigo a necessidade da melhor utilização dos
recursos terapêuticos disponibilizados pela biodiversidade.
Educação ambiental
Por sua natureza mais ampla e capaz de influenciar uma série de outros aspectos da
sociedade, alguns temas acabam ganhando uma importância mais relevante do que
outros, por isso, surgem como elementos mais recorrentes (e preocupantes) dentre os
diálogos e atuações do Serviço Social quanto a resolução dessas problemáticas. Um dos
mais constantes nesse quesito, tem sido a questão ambiental, que vem preocupando cada

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vez mais o mundo, devido à possíveis consequências desastrosas que a negligência ao


tema pode trazer à médio e longo prazo, em âmbito mais geral (GOMEZ, AGUADO,
PÉREZ, 2011).
A Educação Ambiental é um dos ambientes da cultura, um ambiente em que a
sociedade reprocessa a si mesma numa operação sem fim, recriando conhecimentos,
tecnologias, saberes e práticas. Ela se dá por meio de processos nos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente e sua sustentabilidade. A
educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não formal (Lei 9.795/1999, Política Nacional
de Educação Ambiental).
Loureiro (2004) define educação ambiental como uma atividade de cunho
educativo e social, que tem por objetivo a construção de valores, conceitos, habilidades e
atitudes que possibilitem o entendimento da consciência de vida e a responsabilidade
individual e coletiva sobre o meio ambiente. A educação ambiental torna-se estratégica
na formação de ampla consciência crítica entre as relações sociais humanas e a natureza.
Para preservar mais a natureza, deve-se possibilitar um entendimento maior em
relação ao comportamento dos indivíduos. Sendo assim, devemos criar estratégias na
formação de ampla conscientização em relação à natureza. Através de intervenções,
pode-se inserir a consciência sustentável e o pensamento crítico dos seres humanos.
Deve-se trabalhar os meios de atuação e intervenção com as pessoas para evitar os
desastres ambientais, porque mesmo trabalhando esses temas, já é difícil lidar com o
povo, ainda mais senão trabalhar. Sustentável é a sociedade ou o planeta que produz o
suficiente para si e para os seres dos ecossistemas onde ela situa; que toma da natureza
somente o que ela pode repor; que mostra um sentido de solidariedade geracional, ao
preservar para as sociedades futuras os recursos naturais de que elas precisarão (BOFF,
1999, p. 137).

Vale destacar também, que o tema do Meio Ambiente tornou-se fruto de debates
à nível mundial devido a grave natureza de suas ocorrências, sobretudo, para a sociedade
contemporânea. Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CNUMAD), ocorrida em 1992, no Rio de Janeiro, foram produzidos
importantes documentos, destacando a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, a Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas, a Convenção
das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica e a Convenção das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas, e a Agenda 21 Global.
Os documentos que surgiram como fruto desses diálogos, passaram a representar
marcos ligados ao comprometimento internacional relacionado ao desenvolvimento
sustentável, especialmente, devido a união dos esforços de governos distintos no sentido
de evoluir o cuidado com a questão, em especial, no tocante ao desenvolvimento
sustentável, que, em cerne é “aquele que atende as necessidades do presente sem
comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias
necessidades” (Relatório Nosso Futuro Comum – Rio 92).
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Historicamente, a transmissão do conhecimento sobre as plantas medicinais e


alimentícias é muito importantes e necessárias paras as populações rurais e locais e estão
presentes desde os primeiros registros sobre o uso de plantas, por isso é tão importante
que a educação ambiental esteja presente nesse contexto. O interesse pelas plantas
medicinais. pela agricultura familiar e por plantas não convencionais demonstra uma
preocupação do agitado mundo atual para uma volta as suas raízes naturais, livres de
agentes perniciosos que afetam a sua qualidade de vida. Nesta percepção é muito
importante que a comunidade como um todo conheça e multiplique essa cultura
etnobotânica.
Justificativa
O capitalismo e a grande forma de contato com a sociedade capitalista é
responsável por conduzir às populações locais a perderem seu referencial cultural e,
consequentemente, antigas práticas de manejo das plantas estão se perdendo ou estão
entrando em esquecimento. Outra consequência advinda do mundo capitalista é a
exploração abusiva dos recursos naturais devido ao aumento da população e/ou da
entrada destas na economia de mercado, um grande exemplo disso é a medicina e a
produção de alimentos industrializadas.
É válido salientar que o costume e/ou conhecimento que vem da cultura popular
uma vez perdido, torna-se irrecuperável. O mesmo ocorre com os recursos naturais, se
extintos, não mais se encontrarão disponíveis às futuras gerações. Tais informações
podem ser de grande utilidade para o conhecimento acerca de atividades menos
perturbadoras sobre o meio ambiente e social local.
Ao perceber a atual relação homem-natureza, consideramos de extrema
importância o entendimento de como as comunidades locais percebem o meio à sua
volta, bem como interagem com o mesmo. As áreas de cultivo domiciliar, localizados
em comunidades locais, são de extrema importância para a Etnobotânica, uma vez que
são nessas áreas que se encontram plantas oriundas de outras regiões e/ou espécies
vegetais nativas, sendo que o plantio é utilizado para as mais diferentes finalidades:
alimentares, condimentares, medicinais, ornamentais.
Os conhecimentos práticos das comunidades locais, populares ou tradicionais
sobre as plantas medicinais e alimentícias, estão intimamente relacionados aos recursos
naturais disponíveis e a seu patrimônio ambiental, social e cultural. Dessa forma, essas
comunidades se baseiam em um processo de reprodução sociobiocultural (além de
econômica) dos conhecimentos adquiridos de seus antepassados, transmitindo-os para as
gerações atuais. As plantas medicinais e seus derivados vêm, há muito tempo, sendo
utilizados pelas populações locais, nos seus cuidados básicos de saúde, com destaque
para as comunidades indígenas, quilombolas e rurais, através da transmissão oral de
conhecimentos entre as gerações.
A importância do saber tradicional é necessária não só para a manutenção das
tradições locais como para a segurança alimentar global. Isto se deve tanto ao fato de
oferecer certa autonomia a quem planta, como também por ser uma rica fonte de novos
saberes para quem estuda e trabalha diretamente com as espécies vegetais. Além disso,
as pesquisas em etnobotânica em comunidades quilombolas do semiárido nordestino
ainda são insípidas.
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As ordens dos estudos de etnobotânica está no grande interesse pelo


conhecimento nativo das comunidades tradicionais e na sua dinâmica de gestão e
organização. Estes sistemas tomam ainda uma importância maior, quando estudos
relatam que muitos destes conhecimentos tradicionais estão sendo perdidos ao longo do
tempo, seja pelo extermínio de alguns povos que não deixaram registros escritos, seja
pela introdução de novos hábitos pelas sociedades modernas.
Nesse sentido, vê-se uma necessidade de se trabalhar processos de educação
ambiental de mão dupla nessas comunidades tradicionais, uma vez levando
conhecimento para aprimorar suas técnicas e conhecimentos já adquiridos, outra
procurando informações que contribuam para o desenvolvimento científico social e
ambiental. Nesta definição, através da educação no campo, a busca pelo resgate à cultura
e valores são de fundamental importância considerando a realidade socioeconômica,
política e cultural na qual a comunidade está inserida.
Dentre os 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável, este projeto
compreende os seguintes:
2. Fome zero e agricultura sustentável - Acabar com a fome, alcançar a
segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
3. Saúde e bem-estar - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para
Objetivo(s) de
Desenvolvimento Sustentável todos, em todas as idades.
(ODS) da Agenda 2030
12. Consumo e produção responsáveis - Assegurar padrões de produção e de
consumo sustentáveis.
15. Vida terrestre - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação,
deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.
A pesquisa será realizada na Comunidade Quilombola da Cavalhada, que está
situada na zona rural do município de Flores - PE, distando aproximadamente 5 km da
cidade, e cerca de 13 km do município de Princesa Isabel - PB, onde encontra-se uma
unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB).
Área de Abrangência Social
Os sujeitos da pesquisa serão os moradores da comunidade Cavalhada, com foco
no grupo de idosos, embora todos os grupos serão envolvidos. Para realização dessa
pesquisa os participantes deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.

O objetivo geral desse trabalho é estudar o papel da natureza sob os olhares das
populações locais por meio do conhecimento sobre plantas medicinais e alimentícias.
Como objetivos específicos, tem-se:
- Registrar o uso e a importância das plantas medicinais e alimentícias consumidas pela
Objetivo Geral
Comunidade Quilombola Cavalhada em Flore/PE.
- Promover a Educação Ambiental nas comunidades forma a instigar a percepção e
sensibilidade ambiental;
- Implementar o resgate, valorização e publicização dos conhecimentos locais,
demonstrando a importância dessas informações sobre as plantas no resgate dos saberes
etnobotânicos.
Metodologia da Execução do
Projeto Nesta pesquisa, adotaremos a abordagem qualitativa é um aspecto da realidade na
qual dificilmente pode ser quantificado, pois esta abordagem está definida no universo

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de valores, representações, se aprofunda no mundo dos significados de acordo com a


realidade social e pela subjetividade dos sujeitos envolvidos na pesquisa (Minayo, 2002).
A finalidade aplicada será a exploratória, que serve para familiarizar o
pesquisador com seu objeto de pesquisa, para torna-lo mais explícito e claro e que se
configura no campo das hipóteses. A pesquisa exploratória tem como objetivo principal
o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições (Gil, 2002).
Entre as pesquisas envolvidas estarão a bibliográfica e a de campo. A pesquisa
bibliográfica onde o pesquisador assume um contato direto com o assunto e as
bibliografias existentes sobre o mesmo Esse tipo de pesquisa é fundamental para a
explanação do assunto, na qual coleta informações, dados e conhecimentos através de
livros, revistas, artigos e demais publicações. A pesquisa de campo tem um grande valor
para elaboração da pesquisa, pois o trabalho de campo nos proporciona uma intimidade
com a realidade do objeto que escolhemos e com as perguntas que elaboramos,
permitindo que, tenhamos uma interação com aqueles que fazem parte dessa realidade,
repassando conhecimentos importantes para a concretude da pesquisa (Minayo, 2002).
A pesquisa será realizada na Comunidade Quilombola da Cavalhada, que está
situada na zona rural do município de Flores - PE, distando aproximadamente 5 km da
cidade, e cerca de 13 km do município de Princesa Isabel - PB, onde encontra-se uma
unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB).
Os sujeitos da pesquisa serão os moradores da comunidade Cavalhada, com foco
no grupo de idosos. A técnica utilizada para a coleta de dados e informações serão as de
observação, diário de campo e questionário semiestrutura, que poderá ser aplicado por
meio online devido à pandemia. Para realização dessa pesquisa os participantes deverão
assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Quanto aos aspectos éticos da
pesquisa, esta será baseada na Resolução Nº 510 de 07 de abril de 2016 e a Resolução Nº
466 de 12 de dezembro de 2012. Consideramos os aspectos éticos fundamentais para o
sigilo, respeito e proteção dos participantes da pesquisa.
Após o processo de coleta das informações concernentes aos saberes tradicionais
sobre as plantas medicinais, essas informações serão compiladas, organizadas e
implementadas para a elaboração de um catálogo que será desenvolvido e publicado em
parceria com o IFPB Princesa Isabel. Além disso, a partir dos resultados encontrados,
serão elaborados banners, maquetes e pequenos cordéis, os quais irão compor o Museu
da Comunidade da Cavalhada.
A análise dos dados se dará por meio de uma avaliação qualitativa e quantitativa
dos dados. A análise qualitativa será priorizada em relação à análise quantitativa, sendo
verificados desta os dados mais básicos tais como porcentagem e média. Embora
Marques (2002), considere a análise qualitativa uma abordagem complementar, não
deixa de considerar o alto valor desta abordagem para trabalhos de etnobotânica. As
respostas serão agrupadas procurando perceber pontos em comuns e divergentes nas
entrevistas que pudessem subsidiar uma caracterização das comunidades tradicionais.
Além desta caracterização, subsidiar também, o entendimento sobre o lugar e quem o
ocupa, suas interações e interpretações.

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A comunidade quilombola terá retorno social e ambiental, tanto pela divulgação


da História e Cultura do local, como por meio da contribuição física para o museu. Além
disso, a depender da condição epidemiológica do país/estado, poderá ser elaborado uma
feira de divulgação dos resultados na própria comunidade.

O acompanhamento e a avaliação do projeto serão realizados por meio da


elaboração de relatórios mensais, onde será verificado o cumprimento do cronograma de
execução, as metas e a obtenção dos resultados esperados. No referido relatório serão
Acompanhamento e
Avaliação do Projeto durante anexados registros fotográficos das atividades realizadas, assim como, documentos
a Execução
comprobatórios, tais como, atas e listas de presenças geradas nas visitas e no evento de
culminância do projeto. Ao final do projeto, será elaborado um artigo científico para
divulgar os resultados.

Espera-se que sejam registrados o uso e a importância das plantas alimentícias


medicinais utilizadas pela comunidade quilombola, além de ser utilizado o conhecimento
etnobotânica tradicional para fundamentar e possibilitar a inserção da Educação
Ambiental. Deve-se também promover a Educação Ambiental na comunidade de forma
a instigar a percepção e sensibilidade ambiental, além de integrar socialmente as
comunidades por meio da confecção de hortos medicinais. Para finalizar, deve-se
implementar o resgate, valorização e publicização dos conhecimentos locais,
demonstrando a importância dessas informações sobre plantas medicinais no resgate dos
saberes etnobotânicos.
O resgate do conhecimento tradicional e dos saberes etnobotânicos das plantas
medicinais implica em desenvolvimento humano e socioambiental das comunidades
tradicionais. O diálogo entre diferentes saberes populares, propicia a elaboração uma
tecnologia social voltada para as necessidades da população no contexto local, e o
próprio conhecimento tradicional traz consigo a necessidade da melhor utilização dos
recursos terapêuticos disponibilizados pela biodiversidade.
Resultados Esperados e
Disseminação dos Resultados Entende-se, que o amplo conhecimento sobre as plantas usadas pelos moradores
da comunidade dar-se através da propagação do conhecimento tradicional compartilhado
entre os membros de uma mesma família, esse fato só reforça a importância de manter-
se vivo esse elo entre as novas gerações. Logo, o resgate do conhecimento local sobre as
indicações terapêuticas das espécies vegetais pode fornecer contribuições para a
conservação e manejo dos recursos naturais, além de especificar a riqueza cultural das
práticas utilizadas no trato das plantas medicinais e alimentícias, fortalecendo os
vínculos entre os moradores da comunidade e os seus recursos naturais.
Os resultados serão compilados na forma de banners/catálogos/site, que servirá
tanto para a publicização da comunidade quilombola, quanto para a disseminação do
uso de plantas não convencionais na agricultura e medicina popular. Além disso, a
estudante bolsista do projeto é moradora da comunidade, tornando esse processo ainda
mais interno e prático. Os resultados serão analisados e escritos cientificamente para
publicação na revista de extensão do IFPB - Práxis.
O material resultante será utilizado como meio de divulgação física tanto no
Museu da Comunidade Quilombola da Cavalhada quanto no IFPB por meio do Núcleo
de Extensão GEMAS, dessa forma a discente bolsista terá uma grande produção final
para o seu processo formativo durante todo o projeto.

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Referências Bibliográficas Albuquerque, U. P.; Andrade, L.H.C. 2002. Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma
área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta Botanica Brasilica, 16(3): 273-285.
Albuquerque, U. P. de; Lucena, R. F. P. de (Org). 2004. Métodos e técnicas na pesquisa
etnobotânica. Recife: LivroRápido/NUPEEA, 189p.
Amorozo, M.C.M. & Viertler, R.B. 2008. A abordagem qualitativa na coleta e análise de dados
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Ineditismo da Proposta
https://suap.ifpb.edu.br/extensao/projeto/4676/ 10/13
04/08/2020 Projeto de Extensão - SUAP: Sistema Unificado de Administração Pública

Esse projeto é uma proposta inédita para comunidades quilombolas no sertão


nordestino, uma vez que existem poucos levantamentos etnobotânicos em comunidades
quilombolas. Além da sua contribuição científica incontestável, irá contribuir para um
aporte cultural e histórico na comunidade, trazendo um maior envolvimento dos
moradores com sua história e região. Mais ainda, servirá como recurso para aprimorar o
Museu Quilombola da Cavalhada.
Esta pesquisa etnobiológica tem o potencial de contribuir com informações para
embasar pesquisas futuras que venham a ser desenvolvidas na região e na comunidade,
valorizando a riqueza cultural, social e o desenvolvimento local. Estudos realizados na
área podem despertar o interesse de órgãos públicos sobre os problemas enfrentados pela
comunidade. A comunidade envolvida poderá se beneficiar também das atividades e
poder ter autonomia para começar a criar mudas de plantas, xaropes artesanais,
agricultura familiar e desenvolver seus próprios empreendimentos e negócios
envolvendo as áreas ambientais e sociais.
Esse projeto está vinculado ao Grupo de Extensão Multidisciplinar Articulando
Vinculação à Núcleos de
Extensão Sustentabilidade - GEMAS, por ocorrerão reuniões e atividades que unirão o grupo e
agregar novos saberes às questões ambientais.
O professor proponente possui experiência com Botânica e trabalhos envolvendo
plantas medicinais com comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas. Além disso,
Experiência da Equipe desenvolveu atividades com o tema do projeto de extensão nos últimos anos. A estudante
participante é membro da Comunidade Cavalhada e tem sede de aprender sobre o tema e
as riquezas das plantas medicinais e alimentícias para embasar projetos futuros.

- Caracterização dos Beneficiários


Público alvo Quantidade prevista de pessoas a atender Quantidade de pessoas atendidas Registro de pessoas atendidas
Público Interno do Instituto 100 - Pendente
Associações 250 - Pendente

- Equipe
 Atenção: Para atribuir a responsabilidade do projeto a outro participante clique no ícone 

# Ações Situação Membro Categoria/Titulação Bolsista Apoio Coordenador Carga Opções


financeiro horária

 Ativo Ivan Jeferson Sampaio DOCENTE (DOUTORADO) Não Sim Sim 6 h/s
Diogo

 Ativo Maria Cristina Barbosa DISCENTE Sim Desativado Não 10 h/s


da Silva

Ativo Everaldo Barbosa da PARCEIRO SOCIAL Não Desativado Não 2 h/s


 Silva

Pendente Lucélia Cristina Maria DISCENTE Não Desativado Não 8 h/s


da Silva Barbosa

Ativo Raffaella Cristina da DOCENTE (ESPECIALIZACAO NIVEL Não Desativado Não 2 h/s
 Silva Ferreira SUPERIOR)

 Atenção: Existem participações pendentes no projeto que não poderão ser incluídas nas atividades.

- Meta 1: 09/09/2020 a 09/10/2020


https://suap.ifpb.edu.br/extensao/projeto/4676/ 11/13
04/08/2020 Projeto de Extensão - SUAP: Sistema Unificado de Administração Pública

Descrição da Meta
Realizar revisão bibliográfica de temas específicos da área
Atividades
Planejado Executado
Opções Ordem
# Descrição Ação # Status Avaliador Registro

1 Reuniões online para discussão do tema Aguardando - Pendente


avaliação

- Meta 2: 10/10/2020 a 20/12/2020


Descrição da Meta
Elaborar e realizar entrevistas com a comunidade
Atividades
Planejado Executado
Opções Ordem
# Descrição Ação # Status Avaliador Registro

1 Elaboração de questionário a partir de material bibliográfico. Aguardando - Pendente


avaliação

2 Entrevistas virtuais ou entre os membros da comunidade (uma vez que a Aguardando - Pendente
discente faz parte da comunidade quilombola); avaliação
Encontros não presenciais via google meets ou presenciais (a depender da Aguardando
3 condição epidemiológica) com a comunidade quilombola para divulgação, avaliação - Pendente
discussão, conversa sobre o projeto.

- Meta 3: 20/12/2020 a 31/01/2021


Descrição da Meta
Avaliar e publicizar dados e resultados
Atividades
Planejado Executado
Opções Ordem
# Descrição Ação # Status Avaliador Registro

1 Analisar os dados recolhidos por meio das entrevistas Aguardando - Pendente


avaliação

2 Elaborar banners e catálogos para divulgação dos resultados Aguardando - Pendente


avaliação

3 Produzir relatório final Aguardando - Pendente


avaliação

- Demonstrativo do Plano de Aplicação/Memória de Cálculo e Desembolso


Previsão Execução
Elemento de Despesa / Origem Valor Planejado Valor Distribuído Valor Disponível Valor Executado Valor Disponível
Memória de Cálculo (A) Plano de Desembolso (B) Planejamento (A-B) Desembolso (C) Execução (B-C)

333018 - Auxílio Financeiro a 2.500,00 2.500,00 0,00 0,0 2.500,00


Estudantes / PROEXC
449020 - Auxílio Financeiro a 750,00 750,00 0,00 0,0 750,00
Pesquisadores / PROEXC
339020 - Auxílio Financeiro a 1.250,00 1.250,00 0,00 0,0 1.250,00
Pesquisadores / PROEXC

- Memória de Cálculo
Legenda:Memória de Cálculo sem Desembolso cadastrado.

Valor Total Total


Ações Despesa Descrição Quantidade Unitário Orçado Executado
(R$) (R$) (R$)
339020 - Auxílio Recursos de custeio: aquisição de materiais de consumo e prestação de
Financeiro a Pesquisadores serviços: impressão, banners, catálogos, taxas de inscrição em eventos, 1 1.250,00 1.250,00 0,0
/ PROEXC materiais de escritório.

https://suap.ifpb.edu.br/extensao/projeto/4676/ 12/13
04/08/2020 Projeto de Extensão - SUAP: Sistema Unificado de Administração Pública

Valor Total Total


Ações Despesa Descrição Quantidade Unitário Orçado Executado
(R$) (R$) (R$)
449020 - Auxílio
Financeiro a Pesquisadores Recurso de capital: material bibliográfico e equipamento para áudio. 1 750,00 750,00 0,0
/ PROEXC
333018 - Auxílio
Financeiro a Estudantes / Bolsa auxílio estudante 5 500,00 2.500,00 0,0
PROEXC

- Plano de Desembolso
Ações Memória de Cálculo Ano Mês Valor Valor Valor Opções
Executado Disponível
333018 - Auxílio Financeiro a Estudantes - Bolsa auxílio estudante 2020 1 500,00 0,00 500,00

333018 - Auxílio Financeiro a Estudantes - Bolsa auxílio estudante 2020 2 500,00 0,00 500,00

333018 - Auxílio Financeiro a Estudantes - Bolsa auxílio estudante 2020 3 500,00 0,00 500,00

333018 - Auxílio Financeiro a Estudantes - Bolsa auxílio estudante 2020 4 500,00 0,00 500,00

333018 - Auxílio Financeiro a Estudantes - Bolsa auxílio estudante 2020 5 500,00 0,00 500,00
339020 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores - Recursos de custeio: aquisição de materiais de
consumo e prestação de serviços: impressão, banners, catálogos, taxas de inscrição em eventos, 2020 1 1.250,00 0,00 1.250,00
materiais de escritório.
449020 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores - Recurso de capital: material bibliográfico e 2020 1 750,00 0,00 750,00
equipamento para áudio.

- Anexos da Equipe
 Atenção: Caso o termo do participante não possa ser validado, clique no ícone  para que seja atualizado.

# Nome Descrição Tipo Vinculo Participante Arquivo


Membro
 Termo de compromisso do proponente - Todos Todos Ivan Jeferson Sampaio Diogo Documento
 Anexo I Declaração do Setor de Gestão de Pessoas Todos Todos - Pendente

 Anexo III Comprovação de Submissão ou Parecer Todos Todos - Pendente


Favorável

 Termo de compromisso do bolsista - Todos Todos Maria Cristina Barbosa da Documento


discente Silva
 Anexo IV Carta de Anuência do Parceiro Social Todos Todos Ivan Jeferson Sampaio Diogo Documento
 Anexo II Comprovantes de Experiência da Equipe Todos Todos Ivan Jeferson Sampaio Diogo Documento
 Termo de adesão ao serviço voluntário - Todos Todos Everaldo Barbosa da Silva Documento

 Termo de adesão ao serviço voluntário - Todos Todos Raffaella Cristina da Silva Documento
Ferreira

- Anexos Adicionais
O projeto não possui anexos adicionais.

- Pré-seleção
Não existe pré-avaliação registrada.

- Pontuação média
Não existe pontuação registrada.

https://suap.ifpb.edu.br/extensao/projeto/4676/ 13/13

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