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Relatório - AL 1.3

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Relatório - Atividade Laboratorial 1.

3⠀
Movimento uniformemente retardado: ㅤ

velocidade e deslocamento ㅤ

Atividade realizada por:


Vitor Lopes, nº 21

Da turma 11º A
No dia 21/11/2023 ‎‫‏‬

Para a disciplina de Física e Química A


No ano letivo 2023/24
Objetivo
Esta atividade laboratorial visa estudar o movimento retilíneo uniformemente
retardado de corpos (de diferentes massas e apoiados em diferentes superfícies) num plano
horizontal, relacionando as suas velocidades e deslocamentos, bem como estudar a
resultante das forças de atrito e a aceleração durante a travagem.

Introdução teórica
Para estudar o movimento retilíneo de um corpo num plano horizontal é essencial

primeiro compreender o conceito de velocidade, 𝑣, que é grandeza vetorial que relaciona o
∆𝑥
deslocamento com o tempo decorrido através da fórmula 𝑣 = ∆𝑡
, com seu módulo
expresso em metros por segundo.

A velocidade pode ser alterada dependendo da força resultante, 𝐹𝑅, que é uma
grandeza vetorial que equivale a soma de todas as forças que atuam em um corpo, tanto em

intensidade quanto em direção e sentido. Ao imaginar um corpo onde atuam as forças 𝐹1,
→ → → → → →
𝐹2 e 𝐹3, a resultante das forças seria: 𝐹𝑅 = 𝐹1+ 𝐹2 + 𝐹3. Se a velocidade e a força
resultante tiverem a mesma direção podem acontecer as seguintes situações:

● Se 𝐹𝑅 tiver o mesmo sentido da velocidade, o módulo da velocidade aumentará:


● Se 𝐹𝑅 tiver sentido oposto ao da velocidade, o módulo da velocidade diminuirá:


Outro conceito importante para esta atividade laboratorial é a aceleração, 𝑎, que é
uma grandeza vetorial que descreve a variação da velocidade de um corpo em relação ao
∆𝑣
tempo: 𝑎 = ∆𝑡
. Portanto, se a aceleração tiver o mesmo sentido da velocidade, a
velocidade aumenta; se tiverem sentidos opostos, a velocidade diminui; e caso a aceleração
seja nula a velocidade é constante.
Nos movimentos retilíneos uniformemente variados, a força resultante age de
forma a alterar a velocidade do corpo de forma uniforme ao longo do tempo, ou seja, com a
aceleração constante. Existem dois tipos: movimentos retilíneos uniformemente acelerados,
onde a aceleração tem o mesmo sentido da velocidade e movimentos retilíneos
uniformemente retardados, onde a aceleração tem sentido contrário ao da velocidade.
A componente escalar da resultante das forças e da aceleração podem ser
diretamente relacionados através da segunda lei de Newton, que estabelece a seguinte
→ →
fórmula: 𝐹𝑅 = 𝑚 × 𝑎.

2
Existem também as equações do movimento, que são definidas apenas pela
aceleração e condições iniciais (nomeadamente a posição inicial, xo, e a velocidade inicial, vo)
do corpo. Estas são apenas duas, equação das velocidades e das posições, respetivamente:
1 2
𝑣(𝑡) = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 𝑥(𝑡) = 𝑥𝑜 + 𝑣𝑜𝑡 + 2
𝑎𝑡
Essas equações são úteis para o cálculo da velocidade ou da posição de um corpo,
em movimento retilíneo uniformemente variado, em um instante específico.
No contexto desta atividade laboratorial, podemos observar que sobre o carrinho irá
atuar: a força gravítica, a força normal (força exercida pelo plano horizontal no carrinho) e a
força de atrito, sendo sua velocidade inicial positiva, visto que o carrinho será empurrado.
Assim podemos representá-la pela seguinte imagem estroboscópica desde o momento
inicial até o final:

Assim podemos concluir que a força resultante do sistema será apenas a força de
atrito, já que a força normal exercida sobre o carrinho é simétrica a sua força gravítica
(anulam-se), ou seja: 𝐹𝑅 = 𝐹𝑎.
Outra conclusão importante é que como a força de atrito é constante, a aceleração
também será, o que faz com que a velocidade diminue uniformemente ao longo do tempo,
ou seja, um movimento uniformemente retardado.
No caso desta atividade laboratorial, o procedimento foi alterado, visto que
decidimos não usar uma rampa antes do plano horizontal, substituindo-a por um impulso
(de diferentes intensidades) num plano horizontal, garantindo assim uma velocidade inicial,
no plano horizontal, positiva. Se tivéssemos optado pela rampa, teríamos que ajustar a
altura de onde o carrinho é largado para que a velocidade inicial, no plano horizontal, fosse
diferente em cada movimento. Isso porque a altura influencia diretamente a velocidade
devido a conservação da energia mecânica.
Assumindo a ausência de forças dissipativas durante a descida da rampa, a energia
mecânica do carrinho se mantém constante. Inicialmente, a energia mecânica é a soma da
energia potencial gravítica e da energia cinética, sendo apenas a primeira positiva, dado o
ponto inicial em uma altura positiva. No entanto, à medida que o corpo inicia a descida, a
energia potencial gravitacional diminui, enquanto a energia cinética aumenta:
1 2
𝐸𝑚 = 𝐸𝑝𝑔 + 𝐸𝑐 = 𝑚𝑔ℎ + 2
𝑚𝑣 Início (v = 0 m/s): 𝐸𝑚 = 𝐸𝑝𝑔 Fim (h = 0 m): 𝐸𝑚 = 𝐸𝑐
Como uma observação, para calcular a velocidade que o corpo passou num
determinado ponto do plano pode-se usar uma célula fotoelétrica e um cronómetro digital.
O cronómetro inicia a contagem quando o corpo passa pela célula, interrompendo o seu
feixe luminoso, e finaliza quando este atravessa o feixe por completo. Para um resultado
mais exato, pode-se utilizar uma tira opaca estreita, a fim de diminuir o intervalo de tempo.

3
Material
• Calha de ar c/ fita métrica
(150,00 ± 0,05) cm
• Cronómetro digital (± 0,001) ms
• Célula fotoelétrica
• Carrinhos da calha de ar, pequeno e
grande, c/ tira opaca estreita
• Suporte universal
• Balança digital (3100,00 ± 0,01) g
• Régua (15,00 ± 0,05) cm
• Papel e plástico p/ colocar debaixo
dos carrinhos
Procedimento
1. Meça:
• O comprimento da tira do carrinho com a régua;
• A massa do carrinho com a balança digital;
2. Coloque o suporte universal em um ponto próximo do início da calha de ar (aprox. 40 cm);
3. Posicione a célula fotoelétrica (apoiada pelo suporte e ligada ao cronómetro digital):
• Perpendicularmente ao plano;
• Numa altura suficiente para que a tira do carrinho seja detetada;
4. Ligue o cronómetro digital e configure de modo a que se obtenha o intervalo de tempo;
5. Empurre o carrinho com uma força qualquer;
6. Registre o intervalo de tempo e o deslocamento do carrinho (subtraindo o valor inicial);
7. Repita o procedimento:
• Com o carrinho pequeno, grande, pequeno com papel na parte de contato com a calha e
grande com plástico na parte de contato com a calha (sete vezes cada);
• Empurrando o corpo com diferentes forças.

Resultados
Atenção: Dados marcados em vermelho foram desprezados na reta de regressão linear.

Carrinho pequeno Largura da tira = (1,50 ± 0,05) cm

Sem papel Massa (m) = (110,20 ± 0,01) g Com papel Massa (m) = (110,99 ± 0,01) g

Intervalo de tempo Deslocamento Intervalo de tempo Deslocamento


Δt · ± 0,001 ms Δx · ± 0,05 cm Δt · ± 0,001 ms Δx · ± 0,05 cm

11,021 26,10 13,932 10,10

10,876 28,60 12,058 14,10

8,865 38,80 9,812 19,10

7,997 36,98 8,598 25,70

4
7,932 40,67 7,649 28,20

7,655 37,61 6,036 46,90

6,288 63,28 4,929 68,90

Carrinho grande Largura da tira = (1,50 ± 0,05) cm

Sem plástico Massa (m) = (209,40 ± 0,01) g Com plástico Massa (m) = (215,53 ± 0,01) g

Intervalo de tempo Deslocamento Intervalo de tempo Deslocamento


Δt · ± 0,001 ms Δx · ± 0,05 cm Δt · ± 0,001 ms Δx · ± 0,05 cm

13,972 12,70 7,724 14,20

12,554 15,70 8,154 15,65

9,831 25,20 6,861 19,60

8,915 32,10 6,491 22,85

7,923 35,30 5,311 26,50

5,827 63,40 5,022 38,10

5,328 74,90 4,504 43,45

Tratamento de resultados
A velocidade inicial (vo) foi calculada através da fórmula: v = largura da tira / Δt

Carrinho pequeno Largura da tira = 0,0150 m

Sem papel m = 0,11020 kg Com papel m = 0,11099 kg

Δt (s) Δx (m) vo (m/s) vo2 (m/s) Δt (s) Δx (m) vo (m/s) vo2 (m/s)

0,011021 0,2610 1,36 1,85 0,013932 0,1010 1,08 1,16

0,010876 0,2860 1,38 1,90 0,012058 0,1410 1,24 1,55

0,008865 0,3880 1,69 2,86 0,009812 0,1910 1,53 2,34

0,007997 0,3698 1,88 3,52 0,008598 0,2570 1,74 3,04

0,007932 0,4067 1,89 3,58 0,007649 0,2820 1,96 3,85

0,007655 0,3761 1,96 3,84 0,006036 0,4690 2,49 6,18

0,006288 0,6328 2,39 5,69 0,004929 0,6890 3,04 9,26

5
Carrinho grande Largura da tira = 0,0150 m

Sem plástico m = 0,20940 kg Com plástico m = 0,21553 kg

Δt (s) Δx (m) vo (m/s) vo2 (m/s)2 Δt (s) Δx (m) vo (m/s) vo2 (m/s)2

0,013972 0,1270 1,07 1,15 0,007724 0,1420 1,94 3,77

0,012554 0,1570 1,19 1,43 0,008154 0,1565 1,84 3,38

0,009831 0,2520 1,53 2,33 0,006861 0,1960 2,19 4,78

0,008915 0,3210 1,68 2,83 0,006491 0,2285 2,31 5,34

0,007923 0,3530 1,8964 3,58 0,005311 0,2650 2,82 7,98

0,005827 0,6340 2,57 6,63 0,005022 0,3810 2,99 8,92

0,005328 0,7490 2,82 7,92 0,004504 0,4345 3,33 11,1

Quadrado da velocidade inicial em função do deslocamento

Carrinho pequeno Carrinho grande

Sem papel Com papel Sem plástico Com plástico

vo2 = 10,6Δx - 1,02 vo2 = 13,9Δx - 0,32 vo2 = 11,0Δx - 0,38 vo2 = 25,3Δx - 0,06

Discussão de resultados
Inicialmente, é importante destacar que, durante a realização da atividade
laboratorial, poderão ter ocorrido algumas disparidades nas medições devido à incerteza de
leitura associada aos equipamentos utilizados, nomeadamente a fita métrica (± 0,05 cm), a
6
régua (± 0,05 cm) e o cronómetro digital (± 0,001 ms). Além disso, com o objetivo de
assegurar a coerência dos resultados obtidos, optou-se por desprezar valores (marcados a
vermelho nas tabelas) em desacordo em relação aos outros dados.
Ao analisar o gráfico do quadrado da velocidade inicial em função do deslocamento,
é evidente que, à medida que a velocidade inicial do corpo aumenta, o deslocamento
também aumenta, ou seja, uma relação de proporcionalidade direta. Isso dá-se visto que o
intervalo de tempo para a passagem da tira opaca pela célula fotoelétrica diminui à medida
que o deslocamento aumenta, resultando no aumento da velocidade inicial. Para além da
prática, é possível concluir que através de fórmulas a relação entre as duas grandezas:
2 2 2 2 2 2 1 2
𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 ⇔ 𝑣 = 𝑣𝑜 + 2 𝑣𝑜 𝑎𝑡 + 𝑎 𝑡 ⇔ 𝑣 = 𝑣𝑜 + 2𝑎 (𝑣𝑜𝑡 + 2
𝑎𝑡 )
1 2 1 2
𝑥 = 𝑥𝑜 + 𝑣𝑜𝑡 + 2
𝑎𝑡 ⇔ ∆𝑥 = 𝑣𝑜𝑡 + 2
𝑎𝑡
2 2 2 2
Logo, 𝑣 = 𝑣𝑜 + 2𝑎 ∆𝑥. E nesse caso (𝑣 = 0 𝑚/𝑠 ∧ 𝑎 < 0 𝑚/𝑠 ) ⇒ 𝑣𝑜 = 2𝑎 ∆𝑥
Podemos assim observar que o declive de todas as retas presentes no gráfico são o
dobro do módulo da aceleração do respetivo corpo, e baseado na equação deduzida é
possível calcular o módulo da aceleração independente da massa. A partir disso é possível
justificar porque os corpos de diferente massa e apoiados na mesma superfície têm o
declive muito idêntico (como isto é uma atividade laboratorial é muito improvável que os
valores sejam exatamente iguais).
Assim, resta-nos compreender porque a aceleração de corpos apoiados em
diferentes superfícies difere. Essa disparidade acontece por conta da influência da força de
atrito, visto que é a única força que contribui para a resultante das forças no carrinho, sendo
a força resultante responsável pela alteração da velocidade, que por sua vez altera a
aceleração. A seguir encontra-se um exemplo:
11,0
𝐹𝑅 = 𝑚𝑎 ⇔ 𝐹𝑎 = 𝑚𝑎 𝐹𝑎 (𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜.)
= 0, 20940 (− 2
) =− 1, 15𝑁
25,3
𝐹𝑎 (𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜) = 0, 21553 (− 2
) =− 2, 73𝑁
Logo, o plástico faz o corpo se deslocar menos por conta de seu maior atrito. Outra
observação é que no gráfico, todas as retas, teoricamente deveriam passar pela origem, uma
vez que se não houver velocidade inicial, o corpo não terá nenhum deslocamento.
Conclusão
Concluímos, portanto, que num movimento uniformemente retardado de um corpo
sobre um plano horizontal, a relação estabelecida entre o quadrado da velocidade inicial e o
deslocamento é expressa por vo2 = 2a × Δx, sendo, assim, uma relação de proporcionalidade
direta entre vo2 e Δx, com a sendo o módulo da aceleração. Também foi possível concluir que
quanto maior o módulo da força de atrito, maior será o módulo da aceleração, fazendo com
que o corpo se desloque menos do que se tivesse menor atrito.
Bibliografia/Webgrafia
– VENTURA, Graça; FIOLHAIS, Manuel; FIOLHAIS, Carlos. 11F Leya. 1ª Edição (2023).
– Aula Digital. AL 1.3. Movimento uniformemente variado. bit.ly/AL1-3 (26/11/23).
– GeoGebra. Calculadora gráfica. geogebra.org/graphing (26/11/23).
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