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PROVA – TÉCNICO EM METALURGIA

CONHECIMENTOS ESPECIFICOS - 30 QUESTÕES

01ª QUESTÃO - Analise o diagrama Ferro-Carbono (Fe-C) abaixo.

(Fonte: CALLISTER JR. W. D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. Tradução Sérgio Murilo Stamile
Soares. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 589p.)

Com base no diagrama Ferro-Carbono (Fe-C), é CORRETO afirmar:


A) O ferro em todas as formas alotrópicas terá a estrutura cúbica de corpo centrado.
B) No caso do diagrama Ferro-Carbono (Fe-C), haverá pelo menos três reações
peritéticas: uma a 1493 C, outra a 1147 C, e a última a 727 C.
C) A solubilidade máxima do carbono na austenita é de 0,76 % em peso.
D) A reação eutética acontece com o carbono a 2,14 % em peso, logo, na fronteira do
campo austenítico.
E) A perlita é o resultado da transformação eutetoide.

02ª QUESTÃO - Em relação à característica dos diagramas de fases, é INCORRETO


afirmar:

A) Se as linhas solidus e liquidus coincidissem, uma alteração da temperatura de uma


mistura de duas fases alteraria o número de fases em equilíbrio de um para dois.
B) O diagrama é formado por uma região de uma única fase líquida, uma região de uma
única fase sólida e por uma região de duas fases (líquido + sólido).
C) As composições das fases presentes podem ser determinadas, em qualquer
temperatura, para um material de composição global conhecida em equilíbrio.
D) A linha solidus é a curva temperatura-composição para a fase sólida que coexiste, em
equilíbrio, com o líquido.
E) A linha liquidus é a curva temperatura-composição para a fase líquida que coexiste,
em equilíbrio, com o sólido.
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03ª QUESTÃO - O diagrama Ferro-Carbono (Fe-C) é um dos principais diagramas de
materiais metálicos em razão da grande demanda tecnológica das ligas oriundas desse
diagrama. Considerando esse diagrama de fases, é INCORRETO afirmar:

A) A ferrita possui estrutura cúbica de corpo centrado e se transforma em austenita, que


possui estrutura cúbica de face centrada (CFC), a 912 C.
B) Existem três formas alotrópicas do ferro, sendo elas: delta (Fe ), com estrutura cúbica
de face centrada (CFC); gama (Fe ), com estrutura cúbica de face centrada (CFC) e
alfa (Fe ), com estrutura cúbica de corpo centrado (CCC).
C) O carbono forma uma solução sólida com o ferro, na qual a solubilidade máxima será
maior na austenita que na ferrita.
D) A estrutura eutetoide lamelar (em camadas) de ferrita e cementita, formada a partir do
resfriamento da austenita, é denominada perlita.
E) A cementita consiste de um carboneto de ferro com 6,7% de carbono.

04ª QUESTÃO - Nas ligas metálicas oriundas do diagrama Ferro-Carbono (Fe-C),


pode ocorrer a formação de estruturas que estão fora do equilíbrio. Baseando-se em tais
formações, é INCORRETO afirmar:

A) A bainita é o constituinte que pode ser formado quando a austenita é resfriada


rapidamente até uma certa temperatura, usualmente na faixa entre 200 e 400°C, e aí
mantida.
B) A fração de austenita que se transforma em martensita é determinada quase
unicamente pela temperatura.
C) A martensita é uma fase extremamente dura e frágil, na qual todo o carbono fica
aprisionado em solução sólida supersaturada.
D) A transformação da austenita em martensita se dá sem difusão e ocorre tão
rapidamente que é quase independente do tempo.
E) Se o aço for temperado em vez de normalizado, duas microestruturas, diferentes da
perlita, podem ser produzidas pela inibição da transformação eutetoide: martensita e
ledeburita.

05ª QUESTÃO - Tomando como referência uma liga de Ferro-Carbono (Fe-C) com
0,8% em peso de carbono, é CORRETO afirmar:

A) A matriz da liga é composta por perlita e cementita.


B) A liga é de um aço hipoeutetoide.
C) A liga apresentará uma microestrutura totalmente perlítica.
D) A liga apresentará basicamente ferrita e perlita, com uma proporção de perlita superior
a 95%.
E) A cementita que a liga contém está toda na composição da perlita.

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06ª QUESTÃO - A Figura abaixo refere-se a uma amostra de granalha de ferro
utilizada para o processo de corte na indústria de granito. Tal material, geralmente, é à
base de uma liga ferrosa com alto teor de carbono. O material é resultado de um processo
de fundição e tratamento térmico. Como é possível observar, notam-se duas formações
principais nessa microestrutura: internamente, tem-se a martensita, e, nas bordas do grão
maior, a ferrita.

(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

A respeito desse tem a, é CORRETO afirmar:

A) A martensita está internamente no grão maior, porque é mais fácil formá-la, e, como o
processo de sua formação não acontece por difusão, quanto menor o grão, maior a
possibilidade de formação desta.
B) O tamanho de grão não influencia a transformação martensita, uma vez que ela não
depende de nenhum processo de difusão.
C) A ferrita, em função da difusão do carbono e também da taxa de resfriamento do
material, é passível de ser formada na borda do grão, quando o material atinge a
temperatura de formação de martensita e esta se forma instantaneamente.
D) A temperatura e o tempo a que o material está submetido não influenciarão a
transformação martensítica, pois, uma vez que o aço é austenitizado, quando
resfriado, toda autenita se transformará em martensita.
E) Somente a ferrita delta poderá se transformar em martensita, pois esta é a primeira
parcela do material a se solidificar.

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07ª QUESTÃO - As imperfeições superficiais de natureza estrutural nos metais
decorrem de uma variação na sequência dos planos atômicos que resulta no surgimento
de um contorno. Baseando-se nisso, é INCORRETO afirmar:

A) Contornos de grãos são as imperfeições superficiais que separam cristais de


diferentes orientações, num agregado policristalino.
B) A natureza imperfeita dos contornos dos grãos permite que eles possam ser
visualizados ao microscópio óptico de luz refletiva, pois a luz incidente se dispersa.
C) Imperfeições superficiais que separam duas orientações cristalográficas que são
imagens espelhadas uma da outra são chamadas contornos de macla.
D) Os contornos de grãos, devido a sua natureza organizacional, são mais difíceis de
serem atacados quimicamente do que a rede cristalina.
E) As maclas podem se originar durante o crescimento de um cristal ou durante uma
deformação.

08ª QUESTÃO - A avaliação macrográfica é de grande importância na caracterização


de materiais e processos de fabricação. Essa avaliação geralmente consiste no exame, à
vista desarmada ou com lupa, de uma peça ou amostra plana. Considerando o exposto, é
CORRETO afirmar:

A) A preparação dos corpos de prova é estabelecida por meio da escolha e da


localização, dispensando o polimento e o ataque com reagente químico específico.
B) O corte longitudinal ao sentido de processamento mecânico do material de amostras
metálicas é favorável à verificação de defeitos próximos a falhas de processamento.
C) A visualização da penetração de uma união soldada necessita tanto da macrografia
quanto da micrografia.
D) As linhas de conformação mecânica não são passíveis de observação somente com a
macrografia.
E) O corte com discos abrasivos, desde que feito com baixas velocidades, dispensa o
uso de fluidos de corte e permite o corte adequado de amostras, sem que haja
problemas de encruamento ou transformação de fases nas ligas transformáveis.

09ª QUESTÃO - Considerando os tratamentos térmicos utilizados nos processamentos


de materiais metálicos, está CORRETO o que se afirma em

A) A têmpera consiste no resfriamento rápido do aço de uma temperatura superior à sua


temperatura crítica, em um meio como óleo, água, salmoura ou mesmo ar.
B) Um dos fins do recozimento em aços é melhorar a usinabilidade do aço, pois tal
tratamento transforma a microestrutura perlítica dos aços em martensítica.
C) A esferoidização é conseguida com o recozimento e garante uma alta resistência
mecânica do aço submetido a tal processamento.
D) Quanto mais severo for a têmpera, maior a resistência do material, pois a martensita é
mais homogênea e as tensões internas são reduzidas.
E) Tanto a têmpera como o revenimento têm a função de aumentar a resistência do
material tratado, diferindo-se apenas pelo tempo de resfriamento, o que torna o
processo de têmpera mais vantajoso, pois esse processo é estabelecido em um menor
tempo, aumentando a produtividade.

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10ª QUESTÃO - O recozimento, a têmpera, o revenimento e a normalização são
tratamentos térmicos convencionalmente utilizados nas práticas industriais para o
processamento e a utilização de ligas ferrosas. Tais processamentos modificam a
estrutura das ligas a eles submetidas. Assim, é CORRETO afirmar:

A) O aço recozido acima da zona crítica, quando resfriado lentamente em forno,


produzirá uma estrutura martensítica mais macia.
B) A normalização é comumente utilizada para se obter uma microestrutura mais
homogêna e refinada.
C) O recozimento a um tempo prolongado promoverá a formação de estrutura
esferoidizada, garantido melhor resistência mecânica à liga.
D) O revenimento de uma liga ferrosa produzirá martensita revenida, que, em razão da
dureza mais elevada que a da martensita gerada na têmpera dessa liga, é evitada.
E) Após o processo de recozimento em uma liga ferrosa, procede-se com a têmpera,
pois, somente com a têmpera, é possível a execução de processos de fabricação com
essas ligas.

11ª QUESTÃO - Tomando como base as características da fase martensita das ligas
Ferro-Carbono (Fe-C), é CORRETO afirmar:

A) A martensita tem uma estrutura cúbica de face centrada (CFC), apresentando uma
distorção da rede, se comparada à estrutura cúbica de corpo centrado (CCC).
B) É obtida por tratamento térmico de têmpera resultante de uma transformação por
difusão da austenita.
C) Para composições menores que 0,6% em peso de carbono, a martensita pode
apresentar-se na forma de ripas, ao passo que, para composições maiores que 0,6%
em peso de carbono, ela pode apresentar-se na forma de placas.
D) O carbono presente na composição do microconstituinte é uma impureza
substitucional.
E) Quando submetida a tratamentos térmicos de revenimento, a estrutura das ligas Ferro-
Carbono (Fe-C) muda, passando a estrutura similar à da perlita.

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12ª QUESTÃO - A metalografia tem um papel importantíssimo na caracterização dos
materiais metálicos. Logo, a preparação metalográfica poderá comprometer essa
caracterização, caso seja executada inadequadamente. Considerando a preparação
metalográfica, é INCORRETO afirmar:

A) As etapas de preparação de uma amostra em metalografia envolvem: a escolha e a


localização a ser analisada; a preparação de uma superfície plana e polida; e o ataque
químico, eletroquímico ou térmico da região polida.
B) Os materiais macios como os aços inoxidáveis austeníticos e os aços ferríticos devem
ser submetidos a longas etapas de lixamento inicial, preferencialmente em lixas 100,
para que seja garantido um adequado polimento da superfície.
C) A utilização de cortes mecânicos e termomecânicos, principalmente os que utilizam
procedimentos abrasivos, poderá, devido ao aquecimento, mudar a microestrutura
adjacente ao corte. Tal variação microestrutural poderá mascarar a análise
metalográfica. Assim, é premente que, em tais processos, sistemas de arrefecimento
sejam utilizados.
D) A sequência usual das lixas de carboneto de silício (SiC) na preparação das
superfícies das amostras de metalografia é 120 (ou 100), 220, 320, 400, 600, podendo
ainda haver a utilização das lixas 800 e 1200.
E) Os principais abrasivos utilizados nos processo de polimento para metalografia são: o
diamante, a alumina e a sílica coloidal.

13ª QUESTÃO - No processo de metalografia ótica, a revelação da microestrutura é de


suma importância para o estudo e a caracterização dessa microestrutura. Essa revelação
acontece pelo contraste gerado pela heterogeneidade dessa microestrutura, geralmente,
após algum processamento envolvendo reagentes específicos. Em relação a esses
reagentes, é CORRETO afirmar:

A) Independentemente do reagente, utiliza-se um tempo de 3 minutos para a devida


revelação da microestrutura nas ligas ferrosas.
B) Para que se tenha a devida revelação da microestrutura, a amostra deverá ser
totalmente imersa no regente, evitando agitação, com risco de explosões.
C) O uso dos reagentes depende da sua reatividade, mas, depois de utilizados, eles
podem ser estocados por longos períodos, sem que percam sua funcionalidade.
D) Os contornos de grão, em virtude da maior energia nessa região, são
preferencialmente atacados por reagentes específicos, revelando, com maior
facilidade, o contraste entre essa região e o interior dos grãos.
E) Após o ataque químico, a lavagem e a secagem da amostra se tornam
desnecessárias, uma vez que o material, por ser metálico e já ter sido submetido a um
processo de corrosão pelo reagente químico, está imune a um ataque subsequente,
mantendo, dessa forma, o contraste necessário à visualização.

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14ª QUESTÃO - A metalografia quantitativa vem se firmando cada vez mais como uma
técnica experimental de grande utilidade, tanto no estudo de fenômenos metalúrgicos,
como na caracterização das microestruturas e sua correlação com as propriedades
mecânicas. É uma ferramenta extremamente útil no estudo de fenômenos metalúrgicos,
gerando informações importantes para o correto dimensionamento de processos
industriais. Sobre o tema, é CORRETO afirmar:

A) Embora a metalografia quantitativa seja uma técnica bem consistente, alguns


procedimentos inviabilizam o uso da técnica em situações específicas como a
precipitação, pois, em função do tamanho e do grau de dispersão dos precipitados, ela
se torna, em muitos dos casos, inviável.
B) Para a quantificação das fases nos aços inoxidáveis duplex, utilizam-se técnicas
indiretas, como a permeabilidade magnética, pois a metalografia quantitativa, para
esse material, é inadequada.
C) Para os ferros fundidos, a metalografia quantitativa é inviabilizada, pois a morfologia
da grafita não possibilita que, por meio de metalografia, se possa quantificá-la.
D) Somente com a metalografia quantitativa é possível fazer a avaliação da
transformação de fase, determinando, dessa forma, as características de cada fase
pela sua fração volumétrica.
E) Por meio da metalografia quantitativa, é possível avaliar a recristalização e o
crescimento de grão pela determinação do tamanho e da superfície específica dos
grãos cristalizados, bem como a medida da fração recristalizada, após laminação a
quente ou tratamento térmico.

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15ª QUESTÃO - A figura abaixo representa a superfície polida de um aço AISI 1030
sem ataque químico. É observada a presença de diversas inclusões, estando elas
acompanhando a direção de laminação a que o material foi submetido.

(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

A respeito das inclusões, é CORRETO afirmar:

A) A caracterização das inclusões é estabelecida em função de sua fração volumétrica e


de sua distribuição e formato.
B) Para a caracterização das inclusões em uma liga ferrosa, é necessário todo o
processo de preparação metalográfica e ataque químico.
C) Todas as inclusões nos aços possuem as mesmas características geométricas, pois,
devido à característica cerâmica que as inclusões possuem, elas não sofrem
deformações como a matriz metálica dos aços.
D) Como as inclusões geralmente têm característica cerâmica, elas são facilmente
atacadas pelos reagentes que são utilizados na preparação metalográfica dos aços, e,
por essa razão, não se utilizam reagentes para a análise de inclusões.
E) Nas amostras em que se deseja caracterizar as inclusões, a etapa de polimento da
região de análise poderá ser dispensada, uma vez que as inclusões são de tamanho
macroscópico, não sendo, portanto, sua observação influenciada pelo acabamento da
superfície.

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16ª QUESTÃO - Tomando como referência os ensaios de dureza, é INCORRETO
afirmar:

A) As impressões devem ser espaçadas umas das outras em pelo menos três vezes o
diâmetro da impressão, evitando interferências nas medidas.
B) Em razão da maior facilidade, em termos operacionais, no uso da técnica de dureza
Rockwell, essa técnica é mais usada no setor industrial, enquanto a técnica de dureza
Vicker’s é mais usada em pesquisas.
C) Os metais de maior resistência mecânica se deformam mais que os metais de menor
resistência mecânica; daí a maior dureza dos primeiros.
D) A profundidade de impressão Knoop é menor que metade da profundidade causada
pela impressão Vicker’s com a mesma carga.
E) Para a avaliação de camadas e revestimentos, utilizam-se preferencialmente as
durezas Knoop e Vicker’s, pois elas permitem a execução de pequenas impressões.

17ª QUESTÃO - Com relação à definição dos ensaios, a alternativa CORRETA é

A) Ensaio de dureza Rockwell consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço


diâmetro “D”, sobre a superfície plana, polida e limpa de um metal, utilizando a carga
“Q”, durante um tempo “t”, e, após medida sua calota, é dado o resultado pela razão
entre a carga e a área da calota gerada.
B) Ensaio de dureza Brinell é baseado na profundidade de penetração de uma ponta,
subtraída da recuperação elástica devido à retirada da carga.
C) A dureza Mohrs utiliza uma escala de 1 a 10, tendo como referência a penetração do
diamante nos diversos outros minerais, que tem o talco na referência 1 da escala
Mohrs.
D) No ensaio de dureza Vicker’s, o penetrador é uma pirâmide de diamante de base
quadrada, com um ângulo de 136° entre as faces opostas.
E) A dureza Shore é auferida por uma barra de aço padronizada com 2,5N e ponta
arredondada de diamante. Liberada a uma altura de 256 mm, e pela impressão
gerada, mede-se a dureza.

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18ª QUESTÃO - As duas figuras abaixo mostram os resultados obtidos para um
tratamento térmico (Figura A – envelhecimento a 160ºC e Figura B – envelhecimento a
350 ºC), para a liga de alumínio da classe 6061. Tais procedimentos permitem a essa liga
modificar sua resistência mecânica. Tal material, no estado encruado, geralmente possui
dureza na ordem de 110 HV (~ 115 HB). Já o aço AISI 1010, na forma recozida, possui
dureza na ordem de 110 HB. Considerando que tais materiais têm dureza dentro da
mesma ordem de grandeza, utilizou-se a dureza Vicker’s para a observação do fenômeno
de envelhecimento da liga de alumínio. No entanto, são diversas as metodologias de
medição de durezas, e sua utilização depende, em muitos casos, dos materiais e do que
se deseja observar.

Figura A Figura B
86 80
84 80
82
80 60
Dureza Vickers

Dureza Vickers
60
78 rs
e
76 k
c
iV 40
74 40
72 a
70 urez20
68 D 20
66
64 0
0
0,5 1 2 4 8 16 24 0,5 1 2 4 8 16 24
0,5 1 2 4 8 16 24
Tempo de envelhecimento [h] Tempo de envelhecimento [h]
Tempo de envelhecimento [h]
(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

Com base nas técnicas de avaliação de dureza, é CORRETO afirmar:

A) No caso da medição da dureza mostrada, a metodologia Vicker’s é a mais adequada,


pois, por ser a dureza do alumínio menor que a das ligas ferrosas, tal técnica permite
uma maior resolução, além de facilidade e rapidez em sua execução.
B) A metodologia Rockwell B, em função da escala para menores durezas, permitiria que
o fenômeno fosse também visualizado, conforme é verificado com a metodologia
Vicker’s, pois o alumínio apresentado, como citado, teria dureza na mesma ordem de
grandeza da do aço AISI 1010, que tem baixa dureza.
C) A metodologia de dureza Rockwell C, em virtude de sua facilidade de execução,
poderia ser utilizada para o mesmo fim, permitindo, dessa forma, a execução de mais
durezas e uma melhor visualização do fenômeno.
D) A dureza Brinell permite uma avaliação bem minuciosa, pois sua escala contínua
permite que se avalie qualquer tipo de material, mesmo os de altíssima dureza, já que
seu penetrador de diamante não sofre deformações.
E) Caso o material em questão fosse um aço de alto carbono temperado, somente as
metodologias Brinell e Vicker’s seriam adequadas a sua avaliação, pois, devido à
elevada dureza que a martensita gerada atinge, somente as metodologias que utilizam
o diamante como penetrador poderiam ser utilizadas sem que se danificasse o
durômetro.

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19ª QUESTÃO - O diagrama abaixo apresenta um perfil de dureza de uma barra de
aço AISI 1045 com espessura de 1”, largura de 4” e comprimento de 10”. A barra em
questão foi submetida a aquecimento até 820 C e resfriada em água.

(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

Considerando as informações dadas, é CORRETO afirmar:


A) A microdureza Vicker’s, devido ao tamanho da impressão, permite que diversas fases
sejam observadas.
B) A variabilidade dos valores é natural, uma vez que o material é heterogêneo.
Independentemente do tipo de dureza utilizada, o comportamento seria o mesmo, até
à variabilidade em torno da linha de tendência.
C) Somente técnicas como a Vicker’s e microdureza Rockwell permitem que as
características de dureza desses materiais submetidos a têmpera sejam avaliadas,
pois tais materiais, devido à grande dureza, podem danificar os penetradores em
outras técnicas, mascarando os resultados.
D) Como houve granulação grosseira, os valores de dureza variam devido à diferença do
tamanho de grão; assim, tanto a dureza Vicker’s quanto a Brinell iriam gerar diagrama
similar.
E) Como o nível de dureza esperado para o aço AISI 1045 é elevado, uma vez que a
têmpera aumenta significativamente a dureza, é mais adequada a utilização da dureza
Rockwell C, pois se obterá maior resolução e melhor será o diagrama.

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20ª QUESTÃO - A figura abaixo retrata um aço mola submetido a um processo de
corte a plasma. O processo de corte a plasma utiliza-se de um feixe de plasma
responsável pela fusão e vaporização de parte do material que se deseja cortar. Tal
procedimento, no entanto, promove o aquecimento, mesmo que tênue, da região
adjacente ao corte. Em função das características do material, seu teor de carbono
promove a geração de estrutura martensítica, caso seja submetido a têmpera. Os cortes
realizados foram estabelecidos em uma distância de 5 mm um do outro.

(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

A figura a seguir mostra o perfil de dureza entre os dois cortes.

(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

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Considerando as informações dadas, é CORRETO afirmar:
A) Devido à extensão muito tênue da zona afetada pelo calor, somente a metalografia
permitirá a caracterização dessa zona, uma vez que a martensita tem dureza já
definida e tabelada.
B) Somente com a dureza Rockwell C será possível a caracterização da região.
C) A técnica de dureza Shore, em consonância com a metalografia, torna-se uma
ferramenta adequada para a caracterização da zona atacada pelo calor no corte a
plasma.
D) A microdureza, juntamente com a metalografia, é uma boa ferramenta para a
caracterização da região e para a definição da extensão da zona atacada pelo calor do
corte .
E) A dureza Mohrs, por ser utilizada como padrão para medir a dureza de dez minerais,
entre os quais se cita o diamante, em virtude de sua gama de atuação, seria uma
técnica passível de ser utilizada nessa caracterização.

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21ª QUESTÃO - A determinação do tamanho de grão é feita a partir da sobreposição
de uma linha-teste sobre a imagem da microestrutura em estudo, contando-se o número
de interseções dos contornos de grão da microestrutura com a linha-teste. Essa linha-
teste pode ser um segmento de reta ou um círculo, com comprimento conhecido. Quando
se quer evitar o efeito da orientação preferencial dos grãos, recomenda-se o uso do
círculo de forma a minimizar o erro estatístico produzido, conforme mostrado nas figuras
abaixo.

(Fonte: Acervo da Banca Elaboradora.)

Com base no tamanho do grão de um material metálico, é CORRETO afirmar:


A) O grão, em um material metálico, é definido pela região delimitada de defeitos de
linha, denominados contornos de grão, que, no entanto, não interferem na avaliação
de tamanho de grão por não serem visualizados por meio da microscopia ótica, em
virtude de seu tamanho diminuto.
B) O tamanho de grão ASTM está pautado na quantidade de grãos por milímetro
quadrado; por isso, quanto maior o tamanho de grão ASTM, menor será a
granulometria do material.
C) O tamanho de grão com a utilização da linha-teste é estabelecido pela razão entre a
extensão da linha-teste e o número de interseções.
D) O diâmetro do grão é determinado pela razão entre a extensão da linha-teste e o
produto do número de interseções por 100, pois o aumento da ocular pouco
influenciará nesse resultado.
E) O material com granulação ASTM 10 possui um diâmetro médio de grão superior ao
do material que tem granulação ASTM 9.

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22ª QUESTÃO - A estrutura física e o comportamento macroscópico dos materiais
dependem da sua estrutura cristalina. Logo, variações no arranjo cristalino poderão
interferir nas propriedades do material. Considerando a estrutura cristalina do material, a
afirmativa CORRETA é

A) Alguns materiais apresentam formas alotrópicas distintas quando submetidas a


ambientes diferentes, não sendo influenciadas pela pressão e temperatura.
B) A transformação polimórfica de um metal puro com reticulado cúbico de corpo
centrado para cúbico de face centrada gerará mudanças estruturais, no entanto não
haverá alteração volumétrica da célula unitária.
C) As propriedades mecânicas do aço variam significativamente conforme as direções
cristalográficas, o que é denominado anisotropia. Quando o material policristalino é
tratado termicamente, eliminando os defeitos direcionais, como as linhas de
deformação, essa característica se mantém, sendo, da mesma forma, um material
anisotrópico.
D) A densidade do material depende da característica do elemento contido nesse
material, independentemente do tamanho do reticulado cristalino e da quantidade de
átomos na célula unitária desse reticulado.
E) Os materiais policristalinos constituem a maioria dos sólidos cristalinos e são
compostos por uma grande quantidade de cristais denominados de grãos.

23ª QUESTÃO - Considerando a influência que a forma e o tamanho de grão exercem


sobre as propriedades mecânicas do material policristalino, é INCORRETO afirmar:

A) O “antigo” contorno de grão da austenita pode ser identificado em aços totalmente


transformados com pequeno teor de ferrita.
B) A presença de microestrutura bifásica de grãos equiaxiais de cementita e perlita é
observada nos aços hipereutetoides.
C) O crescimento de grão austenítico é um processo que depende do tempo e da
temperatura.
D) O tamanho de grão austenítico não ditará o tamanho de grão final, depois de
transformado todo o material, podendo o material ter tamanho de grão diferente do
grão austenítico.
E) O teor de carbono do aço pode ser avaliado em função das áreas de ferrita e perlita,
se o aço for submetido a um resfriamento lento, conforme o que preconiza a formação
do diagrama Ferro-Carbono (Fe-C).

24ª QUESTÃO - Considerando que os efeitos dos elementos nos aços envolvem
alterações não apenas nas fases ou constituintes presentes, mas também na maneira e
na forma como essas fases se constituem, é INCORRETO afirmar:

A) Os elementos de liga dissolvidos na austenita podem atrasar tanto a nucleação quanto


o crescimento da ferrita.
B) Um mesmo elemento de liga poderá se apresentar na estrutura do material, tanto
dissolvido na matriz, quanto na formação de outros componentes, como os óxidos.
C) A taxa de resfriamento de um aço poderá alterar a morfologia da perlita, pois isso
interfere no processo de difusão.
D) Os elementos gamagênicos tendem a diminuir a faixa de temperatura de ocorrência da
austenita, diminuindo, dessa forma, a região de estabilidade da austenita.
E) Os carbonetos presentes nos aços que são resfriados lentamente poderão se
apresentar em formas de lamelas ou dispersos na matriz.

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25ª QUESTÃO - O ferro fundido, normalmente, é obtido da fusão do ferro gusa com
sucata (até 50%), em fornos do tipo cubilô ou em fornos elétricos. O carbono está
presente nos ferros fundidos sob duas formas: Grafite (carbono puro) e Cementita
(carboneto de ferro Fe3C). Com base na estrutura do ferro fundido, é CORRETO afirmar:

A) Os principais elementos que influenciam a obtenção do tipo de ferro fundido são o


silício e o manganês.
B) O tratamento térmico, embora muito importante para os aços como um todo, para os
ferros fundidos, tem pouca influência na sua microestrutura.
C) A forma da grafita influencia a aparência da fratura do ferro fundido; no entanto, em
termos de propriedades, sua influência não se torna significante.
D) Tanto a grafita como a cementita têm efeito similar no ferro fundido, pois elas
influenciam na absorção de vibrações, característica principal dos ferros fundidos.
E) A cementita é responsável pelas características de resistência mecânica dos ferros
fundidos que a contêm, sendo esse componente indispensável na estrutura do ferro
fundido maleável.

26ª QUESTÃO - Os ferros fundidos são ligas metálicas próximas ao eutético do


sistema Ferro-Carbono (Fe-C). Considerando a microestrutura desses materiais, a
assertiva CORRETA é

A) Os ferros fundidos brancos apresentarão, em sua microestrutura, os seguintes


componentes: grafita, perlita e cementita.
B) Os ferros fundidos cinzentos terão matriz basicamente martensítica.
C) A obtenção do ferro fundido maleável é feita a partir do ferro fundido branco por meio
de tratamento térmico específico.
D) A formação dos veios de grafita nos ferros fundidos nodulares é conseguida pela
maior taxa de resfriamento no molde.
E) O ferro fundido maleável de núcleo branco passa por um tratamento térmico, em
atmosfera neutra, no qual o carbono é removido por descarbonetação, não havendo
formação de grafita.

27ª QUESTÃO - No caso dos tratamentos termoquímicos, o procedimento está


pautado na difusividade de um elemento, geralmente intersticial, na matriz. Com base nos
tratamentos termoquímicos, a assertiva CORRETA é

A) No caso das ligas, a difusão acontecerá somente pelos defeitos de lacunas.


B) Tanto na nitretação quanto na cementação, tempos elevados promovem uma maior
espessura da camada tratada.
C) Não acontecerá a difusão substitucional devido ao tamanho atômico dos elementos.
D) A difusão dos elementos modificantes das características dependerá estritamente da
temperatura a que o conjunto está sendo submetido.
E) Somente o carbono, devido ao seu tamanho atômico muito pequeno, poderá ser
utilizado como agente de endurecimento nos tratamentos termoquímicos.

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28ª QUESTÃO - A cementação poderá acontecer por via gasosa ou sólida. Com
relação à cementação, a assertiva CORRETA é

A) Em virtude da característica de seu processo, a cementação sólida permite a utilização


de uma maior variedade de fornos.
B) O processo de cementação sólida (geralmente estabelecido em caixa), devido às suas
características, é mais rápido que o processo de cementação gasosa.
C) No processo de cementação sólida, existe um limite da camada cementada,
geralmente inferior a 0,6 mm.
D) Na cementação sólida, são utilizadas diversas misturas carburizantes, excetuando-se
o carvão de madeira e o carbonato de bário, pois seu uso no processo é muito
prejudicial à saúde.
E) O metano não é utilizado na cementação gasosa, em virtude de sua característica de
combustível, tornando-se inviável e perigoso no processo.

29ª QUESTÃO - A cianetação acontece por meio do banho do aço em sal fundido.
Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar:

A) O processo é estabelecido nos mesmos moldes do processo de cementação líquida.


B) Uma pequena parte do sal fundido é composto de cianeto de sódio (menor que 10%),
sal que caracteriza o processo.
C) O aço não deve atingir a linha de austenitização, a fim de que a granulação do
material não tenha variação.
D) As temperaturas do tratamento são superiores a 1000°C, para que se possa ter o sal
fundido.
E) Nesse processo, especificamente, não se deve permitir que haja a absorção de
carbono e nitrogênio na superfície, a fim de que sejam evitados problemas de
fragilização por hidrogênio.

30ª QUESTÃO - Em relação aos tratamentos termoquímicos, a assertiva CORRETA é

A) A cementação envolve o tratamento superficial de aços por meio da difusão de


nitrogênio, carbono e cromo, conseguindo superfícies de altíssima dureza.
B) A nitretação só é conseguida por meio de um forno a plasma, em função do controle
de temperatura e tamanho atômico do níquel, principal elemento do processo.
C) Nos casos de tratamentos termoquímicos com elementos à base de boro, utiliza-se
apenas o processo sólido em função das características asfixiantes da mistura gasosa
oriunda desse elemento.
D) Embora o tratamento termoquímico seja utilizado para o aumento de dureza
superficial, essa dureza não poderá atingir valores muito superiores ao do substrato
(metal de base), pois poderá provocar problemas estruturais e inviabilizar o uso.
E) Por meio dos tratamentos termoquímicos, é possível adquirir propriedades como
resistência à fadiga, à corrosão e à oxidação em altas temperaturas.

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