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Lista 03 - CdM_v2

O documento aborda questões sobre a ciência dos materiais, focando em ligas ferro-carbono, suas fases e microestruturas resultantes de diferentes tratamentos térmicos. Inclui cálculos de frações mássicas, fases formadas durante resfriamento, e conceitos como nucleação, crescimento e fenômenos de superaquecimento e super-resfriamento. Além disso, discute a dureza de diferentes microestruturas e defeitos cristalinos em materiais cerâmicos.

Enviado por

Yasmin Oliveira
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Lista 03 – Ciências dos Materiais – EQM057

Professores Manuel Houmard e Mariana Wolf


Questão 01. (a) Calcule as frações mássicas de ferrita α e cementita na perlita. (b) Qual é a
concentração de carbono em uma liga ferro-carbono com fração de ferrita total de 0,94?

(a) Perlita: reação eutetóide: Austenita → Ferrita + Cementita


Nesse ponto, aplicando a regra da alavanca:
C Fe3C = 6,7 %p
Co = 0,76%p
C Ferrita = 0,022%p
W = fração mássica

De modo similar, para a Cementita:


(b) W ferrita = 0,94

Questão 02. Considere 1 kg de austenita contendo 1,15% p C, a qual é resfriada até abaixo de
727 °C. (a) qual a fase proeutetoide? (b) quantos quilogramas de cementita e de ferrita total se
formam? (c) quantos quilogramas da fase proeutetoide e de perlita se formam? (d) esboce
esquematicamente e identifique a microestrutura resultante.
(a) Para Cc=1,15%, a fase proeutetóide será Cementita (Cc > C eutetóide = 0,76)
(b) Aplicando a regra da alavanca e considerando:
C Fe3C = 6,70
Co = 1,15
C ferrita = 0,022

MASSA FORMADA = Fração x 1 kg


Para Ferrita, massa formada = 0,83 x 1 kg = 0,83 kg
CEMENTITA:

Para a Cementita, massa formada = 0,17 kg

(c) A fase proeutetóide é CEMENTITA (Cp = 1,15)


Pelo diagrama, C perlita = 0,76. Neste ponto, C cementita = 6,70

O que corresponde a uma massa de 0,93 kg


De modo similar, fração mássica de cementita será 0,07, resultando em uma massa de 0,07 kg.

(d)

Quando a austenita resfria na composição dada, Cementita proeutetoide será formada no contorno
de grão da austenita. Em 727 °C, toda austenita se transformará em perlita (ferrita + cementita) –
estrutura lamelar.

Questão 03. É possível haver uma liga ferro-carbono para a qual as frações mássicas de ferrita
total e de cementita proeutetoide sejam de 0,846 e 0,049, respectivamente? Justifique.
Para as frações mássicas fornecidas, iremos aplicar a regra da alavanca de modo a determinar a
composição da liga (Co). Se o valor de Co for igual para ambas as frações, então a liga é possível:
Ferrita:

Co = 1,05%p
Cementita:

C1’ = 1,05%p
Como Co = C1’, a liga é possível.

Questão 04. Cite os dois estágios envolvidos na formação das partículas de uma nova fase.
Descreva sucintamente esses estágios.
Os dois estágios são nucleação e crescimento.
Nucleação: envolve a formação de partículas muito pequenas da nova fase, as quais são estáveis
e capazes de crescerem de forma contínua.
A fase de crescimento envolve o aumento do tamanho da partícula contendo a nova fase.
Questão 05. (a) Para a solidificação do ferro, calcule o raio crítico r* e a energia livre de ativação
ΔG* se a nucleação é homogênea. Os valores para o calor latente de fusão e para a energia livre
de superfície são de -1,85 x 109 J/m3 e de 0,204 J/m2, respectivamente. O valor para o grau de
super-resfriamento do ferro é 295 °C.
Temperatura de fusão do ferro = Tm = 1583 °C
Hf = calor latente de fusão
γ = energia livre de superfície
Para a determinação do raio crítico:

ENERGIA LIVRE DE ATIVAÇÃO:


(b) Agora calcule o número de átomos encontrados em um núcleo com o tamanho crítico. Assuma
um parâmetro de rede de 0,292 nm para o ferro sólido na sua temperatura de fusão.
Primeiramente temos que determinar o número células unitárias dentro do núcleo crítico = razão
entre o volume do núcleo crítico e o volume da célula unitária.
Ferro: estrutura cúbica de corpo centrado → volume da célula unitária = a3, onde a = parâmetro
de rede = 0,292 nm.

Uma célula CCC tem 2 átomos/célula.


O número total de átomos no núcleo = número de células x número de átomos por célula = 2 x
414 = 828 átomos/núcleo crítico

Questão 06. (a) Calcule a taxa de uma dada reação que obedece à cinética de Avrami, assumindo
que as constantes n e k têm valores de 3 e de 7 x10-3, respectivamente, sendo o tempo expresso
em segundos.
Primeiramente vamos determinar t 0,5 (tempo necessário para a reação atingir y=0,5)
y = fração transformada
t 0,5 = tempo necessário para que a transformação ocorra até metade da sua conclusão


Para determinar t0,5:

→ substituindo k e n:
Taxa = 1 / t0,5
Taxa = 1 / 4,63 = 0,216 s-1

Questão 07. Descreva sucintamente os fenômenos de superaquecimento e de super-resfriamento.


Por que esses fenômenos ocorrem?
O superaquecimento ou super-resfriamento correspondem, respectivamente, ao aquecimento
acima ou resfriamento abaixo da temperatura de transição de fase sem a ocorrência da
transformação.
Esses fenômenos ocorrem, pois, na temperatura de transição, a força motriz pode não ser
suficiente para que a transformação ocorra. No entanto, se esta condição for mantida por um
tempo suficientemente longo, a transformação ocorrerá.

Questão 07. Suponha que um aço de composição eutetóide seja resfriado desde 760 °C até 550
°C em menos de 0,5 s, e que este seja mantido nessa temperatura.
(a) Quanto tempo levará até que a reação da austenita em perlita atinja 50% da sua totalidade?
E para atingir 100%?
No gráfico abaixo, traçamos uma reta horizontal em T = 550 °C até esta interceptar a curva de
50% de totalidade da reação. Neste ponto, t ~3 s. Para 100% de reação, t ~ 6 s.
(b) Estime a dureza da liga que se transformou completamente em perlita.
Na tem temperatura de transformação (550 °C), teremos a formação de perlita fina. Para a
composição da perlita, 0,76%p a dureza será de 265 HB
Questão 08. Usando o diagrama abaixo, determine a microestrutura final (em termos somente
dos microconstituintes presentes) de uma amostra que tenha sido submetida aos seguintes
tratamentos tempo-temperatura. Para cada caso, assuma que a amostra estava a 845 °C e que ela
foi mantida nessa temperatura durante tempo suficiente para atingir uma estrutura totalmente
austenítica e homogênea.
(a) Resfriamento rápido até 250 °C, manutenção por 103 s e, então, têmpera até a temperatura
ambiente.

Durante o resfriamento rápido até 250 °C, cerca de 80% do material se transforma em martensita.
Essa temperatura é mantida por 1000 s, no entanto, nenhuma transformação adicional ocorre. No
resfriamento final até a temperatura ambiente, a austenita ainda restante irá se transformar em
martensita. Assim, a microestrutura final consistirá em ~ 100% martensita.
(b) Resfriamento rápido até 700 °C, manutenção por 30 s e, então, têmpera até a temperatura
ambiente.

Após o resfriamento rápido, o material continua sendo austenita. Quando a temperatura é mantida
a 700 °C por 30s, forma-se ferrita proeutetóide. Durante o resfriamento até a temperatura
ambiente, as espécies restantes transformam-se em martensita. Assim, a microestrutura final terá
ferrita proeutetóide e martensita.
(c) Resfriamento rápido até 625 °C, manutenção por 1s e, então, têmpera até a temperatura
ambiente.

Após o resfriamento rápido, teremos austenita como microestrutura. Após a manutenção da


temperatura por 1s, ferrita proeutetoide e perlita se formam. No resfriamento até T ambiente, a
restante da austenita se transforma em martensita.
(d) Resfriamento rápido até 625 °C, manutenção por 10s, resfriamento rápido até 400 °C,
manutenção por 5s e, então, têmpera até a temperatura ambiente.

Após o resfriamento rápido, teremos ainda austenita. Quanto T é mantida por 10s, TODA a
austenita se transforma em ferrita e perlita. Como a conversão foi total, o resfriamento adicional
resultará ainda em perlita e ferrita, sendo esta a microestrutura final.

Questão 09. Com base em considerações de difusão, explique por que a perlita fina se forma sob
resfriamento moderado da austenita através da temperatura eutetóide, enquanto a perlita grosseira
é o produto sub taxas de resfriamento relativamente lentas.
Para resfriamento moderado, o tempo disponível para a difusão do carbono não é tão grande
quanto para taxas de resfriamento mais lentas. Portanto, a distância de difusão será menor, e
camadas mais finas de ferrita e cementita se formarão (perlita fina).

Questão 10. Explique sucintamente por que a perlita fina é mais dura e mais resistente que a
perlita grosseira, a qual, por sua vez, é mais dura e mais resistente que a cementita globulizada.
A dureza e a resistência de ligas ferro-carbono que possuem microestrutura composta de cementita
e ferrita dependem da área de contorno entre as duas fases.
Quanto maior essa área (maior o número de grãos), mais dura e resistente será a liga, uma vez
que (1) essas fronteiras irão impedir o movimento de discordâncias (maior será o número de
barreiras para a discordância se movimentar), e (2) a cementita não se deforma (é rígida), e isso
irá restringir o quanto a ferrita irá se deformar.
A perlita grosseira apresenta menor área de contorno do que a fina. Desse modo, sua dureza e
resistência será menor.
Já a cementita globilizada apresenta menor área de interface do que a perlita grosseira, resultando
em menor dureza e resistência.
Questão 11. Cite duas razões pelas quais a martensita é tão dura e frágil.
(1) A martensita apresenta estrutura tetragonal de corpo centrado. Essa estrutura não
apresenta muitos sistemas de escorregamento. Essa dificuldade da discordância se
movimentar torna o material mais duro e frágil.
(2) A martensita apresenta muito carbono em solução sólida. Isso aumenta a dureza por
solução sólida, mas também aumenta a fragilidade do material.

Questão 12. Para um composto cerâmico, quais são as duas características dos íons que os
compõem, as quais determina a estrutura cristalina do material?
1 – a magnitude da carga elétrica de cada íon (de modo que o cristal seja eletricamente neutro –
ou seja, todas as cargas positivas dos cátions devem ser equilibradas por igual número de cargas
negativas dos ânions)
2 – o tamanho relativo dos cátions e dos ânions (cátions são, geralmente, menores do que os
ânions)

Questão 13. O sulfeto de ferro (FeS) pode formar uma estrutura cristalina que consiste em um
arranjo HC de íons S2-. (a) qual o tipo de sítio intersticial que os íons Fe2+ ocuparão?
A partir de dados tabelados (Callister):
rS2- = 0.184 nm
rFe2+ = 0.077 nm

Como a razão entre os raios está entre 0,414 e 0,732, o número de coordenação do ferro é 6.
Assim, o cátion estará situado no centro de um octaedro, circundado por 6 ânions, um em cada
vértice do octaedro.

Questão 14. Calcule a massa específica do FeO, sabendo-se que ele tem a estrutura cristalina do
sal-gema.
Para calcular a densidade teórica:

Para um estrutura cristalina do sal-gema, n=4 (número de fórmulas unitárias por célula unitária)
AFe = peso atômico de todos os cátions na fórmula unitária
Ao = peso atômico do de todos os ânions
Vc = volume da célula unitária
Na = número de Avogrado

Questão 15. Calcule o fator de empacotamento atômico para o cloreto de césio usando os raios
iônicos da tabela abaixo e assumindo que os íons se tocam ao longo das diagonais do cubo.

Fator de Empacotamento = Volume de átomos por célula (Vs) / Volume da célula unitária (Vc)
CsCl: equivalente e 1 Cs e 1 Cl por célula unitária.
rCs+ = 0,17 nm
rCl- = 0,181 nm
A aresta da célula unitária em termos dos raios atômicos será:

Como Vc = a3

Fator de Empacotamento:

Questão 16. Se o óxido cúprico (CuO) é exposto a atmosferas redutoras em temperaturas


elevadas, alguns dos íons Cu2+ irão se tornar Cu+. (a) Sob essas circunstâncias, cite um defeito
cristalino cuja formação seria esperada para a manutenção da neutralidade de cargas. (b) Quantos
íons Cu+ são necessários para a criação de cada defeito? (c) Como poderia ser expressa a fórmula
química para esse material não estequiométrico?
(a) Para cada íon Cu+ formado, uma carga positiva a menos será introduzida (ou uma carga
negativa a mais) no material. De modo a manter a neutralidade de cargas, uma carga
positiva deve ser adicionada ou uma carga negativa deve ser retirada. Isso pode ser
realizado por meio da criação de interstícios com Cu2+ ou lacunas com O2-.
(b) Dois íons Cu+ são necessários para a criação do defeito.
(c) Cu1+xO ou CuO1-x, onde x representa uma pequena fração de átomos removidos ou
adicionados.

Questão 17. Quais defeitos pontuais são possíveis para o Al2O3 como uma impureza no MgO?
Quantos íons Al3+ devem ser adicionados para formar cada um desses defeitos?
Para cada íon Al3+ substituindo o Mg2+ no MgO, uma carga positiva será adicionada. Para
manter a neutralidade de cargas, ou uma carga positiva deve ser removida, ou uma carga negativa
deve ser adicionada.
Cargas negativas são adicionadas por meio da formação de interstícios com O2-.
Cargas positivas podem ser removidas por meio da formação de lacunas de Mg2+. Para cada 2
íons de Al3+ adicionados, uma lacuna de magnésio deve ocorrer.
Questão 18. Escreva todas as reações eutéticas e eutetóide no resfriamento, para o sistema ZrO2-
CaO.

Reação Eutética:
~ 2250 °C: Liquido → ZrO2 cúbico + CaZrO3

Eutetóides:
~ 1000 °C: Tetragonal ZrO2 → Monoclinico ZrO2 + Cúbico ZrO2

~850 °C: Cúbico ZrO2 → Monoclinico ZrO2 + CaZr4O9


Questão 19. Quando a argila caulinita [Al2(Si2O5)(OH)4] é aquecida até uma temperatura
suficientemente elevada, água de hidratação é eliminada. (a) Sob essas circunstâncias, qual é a
composição do produto remanescente (em porcentagem em peso de Al2O3)? (b) Quais são as
temperaturas liquidus e solidus desse material?

Fórmula química da Caulinita: Al2O3-2SiO2-2H2O. Se a água for removida, a fórmula se torna:


Al2O3 – 2SiO2.
O peso molecular do Al2O3 é 2x(26,98 g/mol) + 3x(16,00 g/mol) = 101,96 g/mol
Para o SiO2 = 28,09 g/mol + 2x(16 g/mol) = 60,09 g/mol.
Em termos de concentração, a composição do produto será, em porcentagem mássica:
𝑔
101,96
𝐶 𝐴𝑙2𝑂3 = 𝑚𝑜𝑙
𝑔 𝑔 𝑥 100% = 45,9%𝑝
101,96 + 2𝑥60,09
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
Pelo gráfico e usando a composição anterior, a temperatura de líquidus será ~1825 °C e sólidus
será ~ 1590 °C.

Questão 20. Explique sucintamente (a) por que pode haver uma dispersão significativa na
resistência à fratura para alguns dados materiais cerâmicos? (b) por que a resistência à fratura
aumenta com a redução do tamanho da amostra?
(a) A resistência a fratura depende da probabilidade da existência de uma falha que é capaz
de iniciar uma trinca. Essa probabilidade varia de amostra para amostra.
(b) Quanto menor o tamanho da amostra, menor a probabilidade de ocorrer uma amostra
dentro dela.
Questão 21. A resistência a fratura do vidro pode ser aumentada por um ataque químico que pode
remover uma fina camada superficial. Acredita-se que o ataque químico pode alterar a geometria
das trincas superficiais (isto é, reduzir o comprimento da trinca e aumentar o raio da ponta da
trinca). Calcule a razão entre o raio original e o raio da ponta da trinca após o ataque químico para
um aumento de 8 vezes na resistência a fratura, considerando que 2/3 do comprimento da trinca
foi removido.
ρt = raio de curvatura trinca original
ρ’t = raio de curvatura da trinca após ataque
σf = tensão máxima na ponta da trinca
σf= σ’f
Removeu 2/3 do comprimento da trinca → restaram 1/3
a'=a/3
σ’o = 8σo (ataque aumentou em 8 vezes a resistência a fratura)
σo = tensão aplicada externamente (resistência a fratura)

Questão 22. O módulo de elasticidade para o carbeto de boro (B4C) com 5% vol de porosidade
é de 290 GPa (45 x 106 psi). (a) Calcule o módulo de elasticidade para o material sem porosidade.
(b) Com qual porcentagem volumétrica da porosidade o módulo de elasticidade seria de 235 GPa?
(a) Material sem porosidade:
Porosidade = 5% → P = 0,05
Módulo elástico com poros = E = 290 GPa

(b) Qual a porosidade para E = 235 GPa?


Vamos usar Eo=320 GPa
Achando as raízes:

A única raiz fisicamente possível é a P = 0,151 = 15,1% de porosidade.

Questão 23. Esboçar as estruturas das unidades de repetição dos seguintes polímeros: (a)
policlorotrifluoretileno; (b) álcool polivinílico.
(a) Policlorotrifluoretileno
Etileno:

→ polimerização (1 cloro e 3 flúor):

(b) Álcool polivinílico


Álcool Vinílico (Etenol):

→ polimerização:
Questão 24. A tabela a seguir lista os dados da massa molar para um material feito em
polipropileno. Calcule: (a) a massa molar numérica média; (b) a massa molar ponderal média; (c)
o grau de polimerização.

(a) Massa molar numérica média = ̅̅̅̅


𝑀𝑛 = ∑ 𝑥𝑖 𝑀𝑖, onde Mi = Massa molar média de cada
faixa:
xi = fração numérica de cadeias em cada faixa de tamanho
Mi = massa molar média de cada faixa de tamanho
Faixa de Massas Mi (médio) xi xi.Mi
Molares:
8000 - 16000 12000 0,05 600
16000 – 24000 20000 0,16 3200
24000 – 32000 28000 0,24 6720
32000 – 40000 36000 0,28 10080
40000 – 48000 44000 0,20 8800
48000 – 56000 52000 0,07 3640

𝑔
̅̅̅̅ = ∑ 𝑥𝑖 𝑀𝑖 = 33040
𝑀𝑛
𝑚𝑜𝑙

(b) Massa molar ponderal média = ̅̅̅̅̅


𝑀𝑤 = ∑ 𝑤𝑖 𝑀𝑖
wi = fração em peso das moléculas de cada faixa de tamanho
Faixa de Massas Mi (médio) wi wi.Mi
Molares:
8000 - 16000 12000 0,02 240
16000 – 24000 20000 0,10 2000
24000 – 32000 28000 0,20 5600
32000 – 40000 36000 0,30 10800
40000 – 48000 44000 0,27 11880
48000 – 56000 52000 0,11 5720

𝑔
̅̅̅̅̅
𝑀𝑤 = ∑ 𝑤𝑖 𝑀𝑖 = 36240
𝑚𝑜𝑙

(c) Para o propileno, a unidade de repetição é:


Logo, o peso molecular será:
MM = 3 x C + 6 x H = 3 x (12,01 g/mol) + 6 x (1,008 g/mol) = 42,08 g/mol
𝑔
̅̅̅̅ 33049 𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑛
𝐷𝑃 = = = 785
𝑀𝑀 42,08 𝑔
𝑚𝑜𝑙

Questão 25. Esboce partes de uma molécula linear de poliestireno que sejam: (a) sindiotática, (b)
atática e (c) isotática. Além disso, esboce as estruturas cis e trans para o butadieno.
Poliestireno Sindiotático:

Poliestireno Atático:

Poliestireno Isotático:

Polibutadieno CIS:

Polibutadieno TRANS:
Questão 26. Compare polímeros termoplásticos e termofixos: (a) em termos das características
mecânicas; (b) de acordo com as possíveis estruturas moleculares.
(a) Polímeros termoplásticos amolecem quando aquecidos e endurecem quando resfriados.
Sendo esses processos totalmente reversíveis e podem ser repetidos. São relativamente
macios. Polímeros termofixos (estrutura em rede) não amolecem sob aquecimento. São,
em geral, mais duros e mais resistentes do que os termoplásticos.
(b) Polímeros termoplásticos possuem cadeias lineares ou ramificadas, enquanto os
termofixos apresentam geralmente estrutura em rede ou reticulada.

Questão 27. Esboce a estrutura repetida para cada um dos seguintes copolímeros alternados: (a)
poli(butadieno-cloropreno); (b) poli(acrilonitrila-cloreto de polivinila).
(a) Poli(butadieno-cloropreno)
Butadieno Cloropreno

Polímero:

OBS: outra opção possível seria a quebra de apenas uma dupla ligação de cada composto,
gerando, ao invés de um polímero linear, um polímero ramificado. Sendo assim, o exercício
deveria fornecer mais informações sobre como esse copolímero seria formado.

(b) Poli(acrilonitrila-cloreto de polivinila)


Poliacrilonitrila Policloreto de vinila
Questão 28. Calcule a massa molar numérica média de uma borracha nitrílica aleatória
[copolímero poli(acrilonitrila-butadieno)] para o qual a fração de unidades repetidas de butadieno
é 0,30; assuma que a concentração corresponde a um grau de polimerização de 2000.
Acrilonitrila:

Butadieno:

A massa molar média da unidade de repetição será:

Como DP (grau de polimerização) = 2000, a Massa Molar Numérica Média pode ser calculada:

Questão 29. Explique por que a tendência que um polímero tem em cristalizar diminui com o
aumento da massa molar.
Com o aumento do tamanho das cadeias (e consequentemente da massa molar), torna-se mais
difícil que regiões de cadeias adjacentes se alinhem de modo a produzir um arranjo ordenado das
cadeias. Cadeias maiores estarão mais sujeitas a apresentarem torções, dobras e enrolamentos, o
que prejudica a cristalinidade desses materiais.
Questão 30. Para cada um dos seguintes pares de polímeros, faça o seguinte: diga se é possível
determinar se um polímero tem maior probabilidade de cristalizar que o outro (justifique a sua
escolha).
(a) Cloreto de polivinila linear e sindiotático; poliestireno linear e isotático;
Entre esses dois polímeros, é possível escolher qual tem maior probabilidade de cristalizar. O
PVC linear possui como grupo lateral um átomo de cloro, enquanto que o PS possui um grupo
fenil, o qual é muito mais volumoso do que o cloro. Tanto polímeros sindiotáticos quanto
isotáticos podem cristalizar, Nessa caso, a influencia na cristalização será devido ao volume do
grupo lateral.

(b) Polietileno linear; polipropileno isotático levemente ramificado;


Neste caso a escolha também é possível. Estruturas ramificadas (polipropileno) dificultam a
cristalização. Além disso, o polipropileno possui um grupo lateral (metil) mais volumoso do que
o polietileno (H). Assim, o polietileno linear apresentará maior probabilidade de cristalizar.

(c) Copolímero alternado poli(estireno-etileno); copolímero aleatório cloreto de polivinila-


politetrafluoretileno.
Neste caso a escolha também é possível. O Poli(estireno-etileno) alternado possui maior
probabilidade de cristalizar. Copolímeros alternados cristalizam mais facilmente do que os
aleatórios devido a maior “regularidade” na estrutura.
Questão 31. Argônio difunde-se através de uma lâmina de polietileno de alta massa específica
(PEAD) com 40 mm de espessura a uma taxa de 4,0 x 10-7 (cm3 CNTP)/cm2.s a 325 K. As pressões
do argônio nas duas faces são de 5000 kPa e 1500 kPa, as quais são mantidas constantes.
Assumindo condições de regime estacionário, qual é o coeficiente de permeabilidade a 325 K?

A partir da equação acima, basta substituir os valores do enunciado para calcular o coeficiente de
PERMEABILIDADE (P1 = 1500 kPa, P2 = 5000 kPa, Δx = 40 mm = 4 cm)

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