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4.2 Embalagem de Alimentos

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Embalagem de Alimentos

Embalagens Metal Papelão Plástico Vidro

As embalagens de alimentos são estruturas tecnológicas de contenção, proteção,


divulgação e comunicação dos produtos alimentícios, planejadas para otimizar o
transporte, a distribuição e o armazenamento dos alimentos acondicionados, visando
aumentar o tempo de prateleira dos ingredientes e diminuir o custo operacional de
venda dos alimentos ofertados. As tecnologias aplicadas estão relacionadas com o
aumento do prazo de validade, com a maior resistência ao empilhamento e na
preservação das características organolépticas dos produtos. As embalagens devem
proporcionar uma maior praticidade ao consumo do alimento, sendo de fácil abertura
e fracionamento; facilitar o processo de armazenagem em condições adequadas
(temperatura e umidade); e proteger o seu conteúdo de contaminações químicas,
físicas e biológicas.

Curiosidade: segundo a ANIVA, a embalagem de alimentos é “o


invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível
ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter,
especificamente ou não, matérias-primas, produtos semielaborados ou
produtos acabados. Incluído dentro do conceito de embalagem se
encontram as embalagens primárias, secundárias e terciárias”. Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, 1996.

A principal função das embalagens de alimentos é conservar os ingredientes por


meio do retardo ou inativação de reações químicas, bioquímicas e microbiológicas,
responsáveis pela degradação das características nutricionais e pelas alterações de
aroma e sabor dos produtos armazenados. A proteção está fundamentada em
impedir o contato direto dos ingredientes com agentes degradadores, promovendo
uma barreira física contra a ação do processo de oxidação (oxigênio) e da
permeabilidade dos raios solares (radiação ultravioleta), estabelecendo um ambiente
impróprio para o desenvolvimento de microrganismos, ação enzimática e interações
moleculares. As embalagens a vácuo impedem o contato direto do alimento com o
oxigênio presente no meio externo, barrando o processo de oxidação, bloqueando
interações moleculares entre os ingredientes acondicionados e o oxigênio,
impossibilitando alterações na coloração, aroma e sabor dos produtos. As garrafas de
vinho possuem proteção contra a ação dos raios solares (proteção UVA e UVB),
promovendo uma barreira física contra as possíveis alterações realizadas por essa
radiação em substâncias fotossensíveis presentes na bebida (polifenóis).

Outra função importante das embalagens de alimentos está associada à


comunicação visual do produto com o seu público-alvo. Informações sobre a
composição alimentar, o prazo de validade, o modo adequado de armazenamento e
os dizeres legais de restrição de consumo são fundamentais e devem estar contidas
nas embalagens, pois estabelecem, de maneira racional, o uso adequado do produto
e as suas possibilidades de utilização. As informações nutricionais presentes nas
embalagens de alimentos revelam as quantidades e a qualidade dos ingredientes
disponíveis no produto embalado, estabelecendo a oportunidade da escolha
consciente do consumo, ofertando ao consumidor a possibilidade de comparação do
produto com outros alimentos. Os dizeres legais de restrição de consumo apresentam
ao cliente algumas características inerentes ao produto que podem apresentar risco a
saúde do consumidor. Por isso, a embalagem deve informar quais os ingredientes
inadequados para uma determinada parcela da população, como é o caso do glúten
para pessoas celíacas; ou de difícil metabolização, como, por exemplo, a lactose. Os
dizeres legais podem estar relacionados com a formação adequada do hábito
alimentar de uma determinada faixa etária, informando sobre a importância da
restrição do uso de um alimento em um determinado ciclo de vida. Exemplo disso
são o reforço sobre a importância do consumo exclusivo de leite materno para
crianças menores de 6 meses; e o alerta para diabéticos sobre a presença de açúcar
no alimento.
Tabela 01: Representação das informações nutricionais presentes em uma
embalagem de alimentos

Quantidade por porção %VD(*)

Valor energético 74 kcal = 311 kJ 4%

Carboidratos 10 g 3%

Proteínas 6,4 g 9%

Gorduras totais 0,8 g 1%

Gorduras saturadas 0,5 g 2%

Gorduras trans 0g **

Fibra alimentar 0g 0%

Sódio 130 mg 5%

Cálcio 334 mg 33%

Fonte: VERDESMARES. Embalagens terão informações mais claras. Diário do


Nordeste. Acesse o link Disponível aqui

As embalagens podem ser classificadas em relação ao seu grau de proteção:

Primárias: São as embalagens que entram em contato direto com o alimento. Por
legislação, não podem ser elaboradas com material tóxico ou reciclado. Ex.: latas,
vidros e envelopes plásticos).

Secundárias: São os revestimentos que protegem as embalagens primárias,


normalmente, definem a forma de apresentação do produto (papelão, filme plástico e
sacolas).

Terciárias: São os revestimentos que recobrem e/ou aglomeram as embalagens


secundárias. São estruturas importantes para facilitar o transporte e a armazenagem
de grandes volumes (filme plástico e papelão).
Figura 01: Tipos de embalagens

Fonte: AGS. Embalagens. AGS-logística. Acesse o link Disponível aqui

Todo produto alimentício para ser distribuído precisa ser transportado e armazenado,
nesses processos, são necessários procedimentos de manipulação e
acondicionamento, pois o produto pode sofrer choques e manuseios inadequados. As
embalagens são projetadas para realizar a proteção dos alimentos acondicionados
contra vibrações, compressões, amortecendo choques, impermeabilizando
superfícies de contato e promovendo resistência física para o empilhamento de
outras unidades. A resistência das embalagens evita a perda da integridade e
alterações das características dos alimentos, oferecendo uma barreira física contra
adulterações e contaminações externas, pela maior robustez da sua composição
(celulose) ou pela flexibilidade da sua estrutura química (filme plástico).

As embalagens de alimentos passam por rigorosos processos de assepsia e


descontaminação, para garantir a qualidade sanitária dos produtos acondicionados,
promovendo a inativação de substâncias degradadoras e a presença de
microrganismos patogênicos, pela sua resistência aos tratamentos térmicos e pela
sua tolerância à ação de agentes sanificantes. Os materiais utilizados na fabricação
das embalagens devem garantir a integralidade do material acondicionado, pela
construção de um ambiente hermético, isolado das substâncias contaminantes
externas e da presença de agentes degradadores.

Tipos de substâncias utilizadas para a elaboração de embalagens para alimentos:


Vidro: Material muito valorizado na fabricação das embalagens de alimentos por
permitir a visualização integral do produto acondicionado, representa 16% do total de
embalagens produzidas no Brasil. As embalagens de vidro ofertam vedação
adequada do alimento acondicionado, não permitindo alterações nas características
organolépticas (aroma e sabor), devido a sua composição química impermeável e
altamente isolante. Possui algumas desvantagens em relação à resistência, que é
frágil; ao peso e ao custo financeiro. Para maior segurança, necessita de embalagens
secundárias e terciárias para gerar maior amortecimento contra choques e quedas
acidentais. Devido ao seu peso, necessita de um transporte com menor carga e o seu
empilhamento é realizado com menos unidades, gerando maior custo operacional na
sua distribuição e estocagem.

Metálicas: As embalagens metálicas são altamente resistentes e possuem maior


praticidade e economia, representam 25% do total de embalagens utilizadas no Brasil.
Promovem a maior proteção contra a luminosidade e são muito resistentes a
soluções corrosivas contidas nos alimentos (acidez e salmoura). Seu sistema de
fechamento (lacre) é altamente eficiente e permite a sua abertura com facilidade e
praticidade, proporciona o fracionamento do produto acondicionado e a sua
utilização, quando necessário. São embalagens pesadas que geram uma menor
capacidade de empilhamento, armazenagem e transporte e podem ser amassadas
por choques ou quedas acidentais. Podem ser recicladas após o seu uso.

Plásticas: São embalagens de grande acesso, custo baixo e ampla utilização. Podem
conter alimentos líquidos ou sólidos, são muito resistentes e possuem uma grande
flexibilidade e resistência. Representam 26% de todas as embalagens utilizadas no
Brasil. São barreiras pouco eficientes em relação às alterações das características
sensoriais – como aroma e sabor – dos alimentos acondicionados, permitem o contato
com gases e substâncias aromáticas estranhas quando acondicionados em locais
fechados e com proximidade das fontes de contaminação. As embalagens plásticas,
quando aquecidas, podem permitir a migração de substâncias tóxicas presentes na
composição química da embalagem para o alimento, por contato direto (bisfenol A).

Celulose: São as embalagens mais utilizadas no Brasil, representam 33% do total


produzido. Possuem baixa resistência à umidade (produto permeável) e alta proteção
contra choques e quedas acidentais (amortecimento de impactos), pelo sistema de
ondulação em multicamada presente nas embalagens de celulose (papelão
ondulado). Possuem baixo custo de obtenção e são estruturas muito leves e
altamente resistentes, permitindo um transporte facilitado e uma maior capacidade
de empilhamento.

Existem vários tipos de compostos plásticos utilizados como embalagens. Os


principais produtos utilizados pela indústria de alimentos são:

PVC (policloreto de vinila) – plástico transparente e altamente resistente, muito


utilizado para a contenção de conservas, azeitonas e maionese.
PS (poliestireno) – substância leve e altamente resistente, excelente isolante
térmico.
PET (polietileno tereftalato) – muito resistentes e podem apresentar alto grau de
transparência e flexibilidade, são muito utilizados na contenção de refrigerantes
e sucos.
PEAD (poliestireno de alta densidade) – são substâncias com alta resistência e
tolerância térmica, muito utilizadas para a fabricação de tampas e lacres.

A indústria de alimentos tem investido no desenvolvimento de embalagens “ativas”


para melhor conter os seus produtos, possibilitando uma maior durabilidade dos
alimentos embalados e uma maior preservação das suas características sensoriais,
pela eliminação de condições inadequadas de armazenamento no interior das
embalagens. O conceito utilizado para determinar uma embalagem como “ativa” está
relacionado com a sua capacidade de alterar o ambiente onde o alimento se
encontra, possibilitando uma situação mais favorável para o seu acondicionamento.
As embalagens com absorvedores de fitormônios são indicadas para prolongar o
tempo de armazenamento de frutos e vegetais embalados, eliminando substâncias
sinalizadoras do desenvolvimento e amadurecimento dos tecidos vegetais,
protegendo os alimentos de serem estragados pelo acúmulo de hormônios vegetais.

SAIBA MAIS
Para saber mais sobre as embalagens de alimentos, leia esse trabalho
que apresenta os tipos de embalagem de alimentos:

Para saber mais sobre a dinâmica das embalagens ativas, leia esse artigo
que apresenta os benefícios das embalagens ativas:
FICA A DICA
Para maior compreensão dos assuntos abordados neste tema,
recomendo a leitura do livro: Alquimia dos alimentos, publicado pela
Editora Senac. Nele, são tratados assuntos relacionados à composição
química dos alimentos.

ARAÚJO, W.M.C. (Coord). Alquimia dos alimentos. Brasília, DF: Editora


Senac.

Para maior compreensão sobre as reações químicas que ocorrem nos


alimentos, leia: 400g Técnicas de cozinha. Nesse livro, são apresentadas
as principais técnicas culinárias.

CREMA, Carole; KÖVESI, Betty; MARTINOLI, Gabriela; SIFFERT, Carlos.


400g Técnicas de cozinha. Companhia Editora Nacional – Ibep.

Finalizando
As embalagens de alimentos são estruturas tecnológicas de contenção, proteção,
divulgação e de comunicação dos produtos alimentícios, planejadas para otimizar o
transporte, distribuição e armazenamento dos alimentos acondicionados, visando
aumentar o tempo de prateleira dos ingredientes e diminuir o custo operacional de
venda dos alimentos ofertados. As tecnologias aplicadas estão relacionadas com o
aumento do prazo de validade, com a maior resistência ao empilhamento e com a
preservação das características organolépticas dos produtos.

Outra função importante das embalagens de alimentos está associada com a


realização da comunicação visual do produto com o seu público-alvo, informações
sobre a composição alimentar, o prazo de validade, o modo adequado de
armazenamento e os dizeres legais de restrição de consumo são fundamentais e
devem estar contidas nas embalagens, pois estabelecem, de maneira racional, o uso
adequado do produto e as suas possibilidades de utilização.

A indústria de alimentos tem investido no desenvolvimento de embalagens “ativas”


para melhor conter os seus produtos, possibilitando uma maior durabilidade dos
alimentos embalados e uma maior preservação das suas características sensoriais,
pela eliminação de condições inadequadas de armazenamento no interior das
embalagens. O conceito utilizado para determinar uma embalagem como “ativa” está
relacionado com a sua capacidade de alterar o ambiente onde o alimento se
encontra, possibilitando uma situação mais favorável para o seu acondicionamento.

Dúvidas Frequentes
1. Quais são as principais características das embalagens de alimento?
Resposta: As embalagens de alimentos são estruturas tecnológicas de
contenção, proteção, divulgação e de comunicação dos produtos alimentícios,
planejadas para otimizar o transporte, distribuição e armazenamento dos
alimentos acondicionados, visando aumentar o tempo de prateleira dos
ingredientes e diminuir o custo operacional de venda dos alimentos ofertados.
2. Quais são as principais funções das embalagens?
Resposta: A principal função das embalagens de alimentos é conservar os
ingredientes por meio do retardo ou inativação de reações químicas,
bioquímicas e microbiológicas responsáveis pela degradação das características
nutricionais e pelas alterações de aroma e sabor dos produtos armazenados. A
proteção está fundamentada em impedir o contato direto dos ingredientes com
agentes degradadores, promovendo uma barreira física contra a ação do
processo de oxidação (oxigênio) e da permeabilidade dos raios solares (radiação
ultravioleta), estabelecendo um ambiente impróprio para o desenvolvimento de
microrganismos, ação enzimática e interações moleculares.
3. Quais são as características das embalagens de papelão?
Resposta: São as embalagens mais utilizadas no Brasil, representam 33% do
total de embalagens produzidas. Possuem baixa resistência à umidade (produto
permeável) e alta proteção contra choques e quedas acidentais (amortecimento
de impactos), pelo sistema de ondulação em multicamada presente nas
embalagens de celulose (papelão ondulado). Possuem baixo custo de obtenção
e são estruturas muito leves e altamente resistentes, permitindo um transporte
facilitado e uma maior capacidade de empilhamento.
4. O que são embalagens ativas?
Resposta: O conceito utilizado para determinar uma embalagem como “ativa”
está relacionado com a sua capacidade de alterar o ambiente onde o alimento
se encontra, possibilitando uma situação mais favorável para o seu
acondicionamento.

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