0% acharam este documento útil (0 voto)
34 visualizações

Cap 3

Enviado por

68tpqsrr9f
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
34 visualizações

Cap 3

Enviado por

68tpqsrr9f
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 24

CAPÍTULO 3

A PRESENÇA DOS INDICADORES DE


ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NOS LIVROS
DIDÁTICOS A PARTIR DO TEMA ÁGUA

Abraão Felipe Santos de Oliveira/ Monique Gabriella Ângelo/


Elton Casado Fireman

Compreendemos a Alfabetização Científica como importante


proposta para o ensino de ciências devido a contribuição que ela
promove para o processo de ensino aprendizagem, já que por meio dela
os indivíduos têm a oportunidade de realizar ações que colaboram para
a sua a atuação social. Nesse sentido, ela não se limita apenas ao espaço
escolar, perpassando a vida em comunidade, favorecendo aos sujeitos a
atitude de um pensamento crítico diante dos avanços que a ciência e a
tecnologia promovem, possibilitando também a compreensão a respiro
de como esse avanço tem impacto sobre a vida individual, coletiva e
sobre o meio ambiente.
Nesse contexto, a Alfabetização Científica no Ensino de
Ciências rompe com modelos tradicionais de ensino. Pizarro e Junior
(2015) reconhecem a Alfabetização Científica

Como um processo que impõe às propostas de ensino de


Ciências compromissos que superam o contato com
noções e conceitos científicos, viabilizando a
compreensão da dimensão pública da ciência a partir do
acesso às informações, mas, em especial, fomentando
repertórios de discussão, de reflexão e de
posicionamentos críticos em relação aos temas que
envolvem o trabalho da ciência, seus produtos, a
utilização dos mesmos e os aspectos humanos, sociais e
ambientais que circunscrevem tais trabalhos, seus
produtos e a sua utilização. (p. 113).

A Alfabetização Científica (AC) propõe um novo modelo de


ensino que foge das aulas meramente expositivas, limitadas ao livro

– 48 –
didático e a transcrição dos textos e atividades escritos na lousa pelo
professor. Ela possibilita uma sala de aula viva, que trabalha por meio
da reflexão dos sujeitos.
Reconhecendo a importância da AC para o Ensino de ciências,
levantamos dois questionamentos a saber: como reconhecer que o
trabalho desenvolvido em sala de aula pelo professor e pelos alunos está
colaborando para que os sujeitos em aprendizagem sejam alfabetizados
cientificamente? E como o livro didático pode ser utilizado, nas aulas
de ciências, como um facilitador para a ocorrência da Alfabetização
Científica?
A partir dos estudos e da reflexão sobre o tema, percebemos que
os Indicadores de Alfabetização Científica – IAC são um caminho
viável para que os professores consigam perceber-se em sua prática – e
aprofundando, mais especificamente sobre a utilização do livro didático
em sala de aula – estão sendo favorecidas aos alunos condições para
que eles possam ser alfabetizados cientificamente.
Sendo assim, demonstraremos nas próximas páginas deste
capítulo, o que são os Indicadores de Alfabetização Científica e como
eles podem ser percebidos nos livros didáticos de ciências.
Os exemplos de abordagem e atividades apresentados adiante se
referem a coleções de livros aprovadas no Plano Nacional do Livro
Didático – PNLD 2016 e as nossas análises se concentraram nos
conteúdos referentes ao tema água.
Adiante passamos a apresentar o que são os IAC, realizando
algumas considerações sobre as suas contribuições para o processo de
ensino e aprendizagem em Ciências, que tem como perspectiva a
Alfabetização Científica.

O QUE SÃO OS INDICADORES DE ALFABETIZAÇÃO


CIENTÍFICA?

Os Indicadores de Alfabetização Científica possuem elaboração


pensada por diferentes autores, dentre eles Sasseron (2008), Pizarro e
Junior (2015), Cerati (2014), entre outros. Para defini-los, os autores

– 49 –
utilizam perspectivas diferentes. De modo geral, ao elaborá-los, esses
autores pretendem demonstrar quais atitudes que os alunos apresentam
que demonstram que eles estão se alfabetizando cientificamente, seja
pelas ações realizadas pelos alunos, pela argumentação, entre outros
aspectos.
Neste trabalho escolhemos os IAC propostos por Pizarro e
Junior (2015), tendo em vista que buscamos identificar os IAC em
livros didáticos. A proposta desses autores é a que mais se adéqua para
o nosso trabalho, pois os IAC apresentados por eles buscam identificar,
na ação que os alunos realizam, se os IAC estão ocorrendo,
diferentemente, por exemplo, dos propostos por Saserron (2008) que
busca identificar seus IAC a partir da argumentação que os alunos
realizam.
Sendo assim, identificar os IAC de Pizarro e Junior nos livros
didáticos torna-se mais viável, pois os livros indicam possíveis ações
que os alunos podem realizar em sala de aula e não apresentam as
argumentações dos alunos.
Segundo Pizarro e Junior (2015)

Os indicadores nos oferecem a oportunidade de


visualizar, com maior clareza, os avanços dos alunos nas
atividades propostas pelo professor, importa destacar que
estes indicadores também demonstram o aluno como
sujeito de sua própria aprendizagem. O professor tem,
através dos indicadores, pistas sobre como aprimorar sua
prática de modo que ela, efetivamente, alcance o aluno.
(p. 209).

Podemos perceber que os IAC possuem uma contribuição de


mão dupla, pois eles tanto beneficiam o aluno, como o professor, que
por meio deles podem repensar as estratégias que tem utilizado em suas
aulas.
Além disso, os IAC apresentam a nos professores um caminho
a ser trilhado rumo a AC de nossos alunos. Eles apontam quais as
atividades devem ser realizadas pelos nossos alunos para que eles

– 50 –
desenvolvam as habilidades, as quais um sujeito alfabetizado
cientificamente precisa ter.
É nesse sentido que pensamos nos IAC por meio do livro
didático. A realização da análise do conteúdo e das atividades presentes
no livro didático, em uma perspectiva a partir dos IAC, nos dá a
possibilidade de identificar nele quais os tipos de atividades presentes
que promovem a Alfabetização Científica de nossos alunos e nos ajuda
a realizar melhores escolhas do material que será adotado pela escola.
Isso é possível uma vez que os professores têm a oportunidade de
analisarem previamente as coleções que foram aprovadas no Plano
Nacional do Livro Didático – PNLD e que serão utilizadas na escola a
partir desta seleção.
Para formular os IAC, Pizarro e Junior (2015) buscaram
compreender as diferentes perspectivas de autores que discutem a
Alfabetização Científica. Para isso, os autores realizaram um
levantamento dos trabalhos produzidos no triênio de 2010-2012, no
banco de dados QUALIS3 de periódicos da capes. (p. 210).
Depois da identificação dos trabalhos, os artigos foram
divididos em 3 categorias. A primeira categoria foi as habilidades dos
alunos, a segunda a argumentação dos alunos e a terceira as implicações
sociais.
Em seguida, os autores apresentam as possíveis ações geradoras
de alfabetização científica, as quais os trabalhos encontrados, após o
levantamento, apresentavam. (PIZARRO e JUNIOR, 2015, p. 230).
A partir da identificação, Pizarro (2014) apresenta a sua
proposta para os indicadores de alfabetização científica. São eles:

Articular ideias – Surge quando o aluno consegue


estabelecer relações, seja oralmente ou por escrito, entre
o conhecimento teórico aprendido em sala de aula, a
realidade vivida e o meio ambiente no qual está inserido.
Investigar – Ocorre quando o aluno se envolve em

3
QUALIS se refere ao sistema de avaliações de revistas científicas que a Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) utiliza para avaliação dos
programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil.

– 51 –
atividades nas quais ele necessita apoiar-se no
conhecimento científico adquirido na escola (ou até
mesmo fora dela) para tentar responder a seus próprios
questionamentos, construindo explicações coerentes e
embasadas em pesquisas pessoais que leva para a sala de
aula e compartilha com os demais colegas e com o
professor. Argumentar – Está diretamente vinculado com
a compreensão que o aluno tem e a defesa de seus
argumentos apoiado, inicialmente, em suas próprias
ideias, para ampliar a qualidade desses argumentos a
partir dos conhecimentos adquiridos em debates em sala
de aula e valorizando a diversidade de ideias e os
diferentes argumentos apresentados no grupo. Ler em
ciências – Trata-se de realizar leituras de textos, imagens
e demais suportes reconhecendo características típicas do
gênero científico e articulando essas leituras com
conhecimentos prévios e novos, construídos em sala de
aula e fora dela. Escrever em ciências - Envolve a
produção de textos pelos alunos que leva em conta não
apenas as características típicas de um texto científico,
mas avança também no posicionamento crítico diante de
variados temas em Ciências e articulando, em sua
produção, os seus conhecimentos, argumentos e dados
das fontes de estudo. Problematizar – Surge quando é
dada ao aluno a oportunidade de questionar e buscar
informações em diferentes fontes sobre os usos e
impactos da Ciência em seu cotidiano, na sociedade em
geral e no meio ambiente. Criar - É explicitado quando o
aluno participa de atividades em que lhe é oferecida a
oportunidade de apresentar novas ideias, argumentos,
posturas e soluções para problemáticas que envolvem a
Ciência e o fazer científico discutidos em sala de aula
com colegas e professores. Atuar – Aparece quando o
aluno se compreende como um agente de mudanças
diante dos desafios impostos pela Ciência em relação à
sociedade e ao meio ambiente, sendo um multiplicador
dos debates vivenciados em sala de aula para a esfera
pública. (PIZARRO, 2014, p. 92 – 93).

Podemos perceber, a partir dos indicadores apresentados


anteriormente, que a autora apresenta os indicadores a partir de uma
perspectiva em que o aluno se encontra no centro do processo. Nosso
objeto de estudo é ir além do aluno. Observaremos o livro didático, pois
compreendemos que a utilização do livro didático, quando realizada em

– 52 –
sala de aula, precisa ser a mais significativa possível, transcendendo
momentos de leitura e de resoluções de atividades. Queremos
potencializar o uso do livro didático, trazendo o professor à visão de
articulações para AC.
Nós reconhecemos que o fazer pedagógico não deve se restringir
apenas ao uso do livro didático em sala de aula. O livro deve ser
utilizado como um dos muitos recursos e possibilidades utilizadas pelos
professores como facilitador de aprendizagem, diferente do que tem
ocorrido nas escolas, pois como nos afirma Silva (2012):

O livro didático tem assumido a primazia entre os


recursos didáticos utilizados na grande maioria das salas
de aula do Ensino Básico. Impulsionada por inúmeras
situações adversas, grande parte dos professores
brasileiros o transformaram no principal ou, até mesmo,
o único instrumento a auxiliar o trabalho nas salas de
aula. (p. 805).

O que nós queremos destacar é que ao mesmo tempo em que o


livro didático não deve ser superestimado em relação a outros recursos,
que podem ser utilizados em sala de aula, ele também não pode e não
deve ser desprezado completamente.
Outro aspecto importante é que, ao ser feita a utilização do livro
didático, ela possa ser realizada da forma mais significativa possível, de
modo a proporcionar um momento de aprendizagem relevante.
Ainda em relação à importância do livro didático, apresentamos
a ideia de LIBÂNEO (2002), o qual considera que

O livro didático é um companheiro do professor e um


valioso recurso didático para o aluno. Nele, encontra-se
organizado e sequenciado o conteúdo científico da
matéria supostamente correto. Através dele o professor
continua aprendendo, ganhando mais segurança para o
trabalho na sala de aula. Para o aluno é uma fonte de
informação imprescindível por conter o saber
sistematizado da matéria escolar, além de ser meio para
o estudo individual, revisão e consolidação da matéria.
Se bem utilizado pelo professor, o livro didático ajudará
os alunos a lidar com a informação, a formar conceitos, a

– 53 –
desenvolver habilidades intelectuais e estratégias
cognitivas, que são os objetivos de um ensino adequado
para o nosso tempo. (p. 126).
Como podemos perceber, a partir das considerações
apresentadas por Libâneo, o livro didático se bem utilizado, contribui
de forma positiva para a promoção da aprendizagem.
E nesse sentido de tornar os momentos de utilização do livro
didático significativos, encontramos, nos Indicadores de Alfabetização
Científica, uma possibilidade de promover, em nossa sala de aula,
momentos que correspondam aos aspectos apresentados por Libâneo e
em direção à Alfabetização Científica.
Diferente de Pizarro, nosso objeto de análise é o livro didático,
no qual buscamos encontrar a possibilidade de analisar as atividades e
a forma como o conteúdo é apresentado, o que possibilitará a ocorrência
dos IAC.
Salientamos que a adequação na definição dos IAC apresentado
por Pizzarro (2014), ocorre especificamente na mudança do objeto de
estudo, deixando de centrar a ocorrência do indicador a partir do aluno,
para observá-la no conteúdo e propostas do livro didático.
Devido a necessidade da adequação das definições dos IAC
apresentados por Pizzaro (2014), mediante nosso objeto de estudo,
apresentamos como ficou a definição dos IAC após a adequação
realizada por nós:

Articular ideias – Poderá ocorrer quando o livro propor


atividades em que o aluno possa estabelecer relações,
seja oralmente ou por escrito, entre o conhecimento
teórico aprendido em sala de aula, a realidade vivida e o
meio ambiente no qual está inserido. Investigar –
Possivelmente ocorra quando o livro apresentar
atividades em que o aluno precise apoiar-se no
conhecimento científico adquirido na escola (ou até
mesmo fora dela) para tentar responder a seus próprios
questionamentos, construindo explicações coerentes e
embasadas em pesquisas pessoais que leva para a sala de
aula e compartilha com os demais colegas e com o
professor. Argumentar – Poderá ocorrer quando o livro
propuser atividades em que o aluno possa defender seus

– 54 –
argumentos, apoiado inicialmente em suas próprias
ideias, para ampliar a qualidade desses argumentos a
partir dos conhecimentos adquiridos em debates em sala
de aula, e valorizando a diversidade de ideias e os
diferentes argumentos apresentados no grupo. Ler em
ciências – Poderá ser percebido quando o livro propuser
a realização de leituras de textos, imagens e demais
suportes reconhecendo características típicas do gênero
científico e articulando essas leituras com conhecimentos
prévios e novos, construídos em sala de aula e fora dela.
Escrever em ciências – Poderá ser percebido quando o
livro apresentar atividades que envolvem a produção de
textos pelos alunos que leva em conta não apenas as
características típicas de um texto científico, mas avança
também no posicionamento crítico diante de variados
temas em Ciências e articulando, em sua produção, os
seus conhecimentos, argumentos e dados das fontes de
estudo. Problematizar – Poderá surgir quando o livro
apresentar atividades em que o aluno tenha a
oportunidade de questionar e buscar informações em
diferentes fontes sobre os usos e impactos da Ciência em
seu cotidiano, na sociedade em geral e no meio ambiente.
Criar – Possivelmente ocorra quando o livro apresentar
atividades as quais ofereçam a oportunidade de
apresentar novas ideias, argumentos, posturas e soluções
para problemáticas que envolvem a Ciência e o fazer
científico discutidos em sala de aula com colegas e
professores. Atuar – Poderá ocorrer quando o livro
apresentar atividades que o aluno possa compreender-se
como um agente de mudanças diante dos desafios
impostos pela Ciência em relação à sociedade e ao meio
ambiente, sendo um multiplicador dos debates
vivenciados em sala de aula para a esfera pública. (p. 191,
OLIVEIRA, 2019).

Esses são os oito indicadores formulados por Pizarro (2014)


com nossa adaptação, considerando nosso objeto de estudo.
As definições dos indicadores foram adequadas ao livro didático
e receberam uma condição de probabilidade da ocorrência por meio da
atividade ou não, tendo em vista que nossa análise se restringe apenas
ao livro didático, na análise das atividades em possibilitar a ocorrência
do indicador.

– 55 –
No entanto, apesar de identificarmos que uma atividade tem
potencialidade para proporcionar um determinado indicador, não
podemos afirmar que ele ocorrerá, pois isso irá depender de fatores
externos ao livro, ligados, por exemplo, a forma como o professor vai
orientar o desenvolvimento da atividade.

OS INDICADORES DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA


NOS LIVROS DIDÁTICOS

Neste momento passaremos a apesentar exemplos de atividades


para cada um dos IAC apresentados anteriormente, com a intenção de
exemplificar como os IAC podem ser percebidos nos livros didáticos
de ciência.

Articular Ideias

Este indicador poderá ser percebido todas as vezes que os livros


apresentarem atividades, as quais possibilitem aos alunos realizarem a
relação entre o conteúdo que está sendo abordado em sala de aula e a
sua realidade. Como por exemplo em uma atividade em que o aluno
consiga realizar a relação com situações do seu dia a dia.
Ao abordar o consumo de água, o livro apresenta uma atividade
em que os alunos precisam identificar, nas ilustrações, situações onde
ocorre o desperdício de água. Ao realizar essa identificação, os alunos
podem fazer a relação entre as situações que ocorrem em suas casas e
até as praticadas por eles. Como por exemplo: deixar a torneira ligada
enquanto escovam-se os dentes, ou o chuveiro aberto enquanto
ensaboam-se.
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

– 56 –
ARTICULAR IDEIAS:

Fonte: Coleção Aprender Juntos

Consideramos que a abordagem do livro, em relação a este


conteúdo, adéqua-se dentro da definição do IAC ARTICULAR
IDEIAS, pois o livro ao mesmo tempo em que aborda o conteúdo,
apresenta situações que podem ocorrer no cotidiano dos alunos, que,
nesse caso específico, se refere aos cubos de gelo e ao vapor da água.
Nesse sentido, por meio dessa abordagem do conteúdo e dos
exemplos representados pelas ilustrações, tem grandes chances de
favorecer condições para a ocorrência do IAC ARTICULAR IDEIAS,
pelos alunos, pois eles poderão perceber que os diferentes estados
físicos da água podem ser percebidos não apenas na natureza, mas
também nas atividades a que realizam em seu dia a dia.

– 57 –
Apesar de favorecer a ocorrência do IAC, acreditamos que o
livro poderia ter tornado a atividade mais rica se tivesse apresentado
questões em que os alunos precisassem exercitar outras habilidades,
como por exemplo a argumentação, apresentando questões que
pudessem ser discutidas entre os alunos, contado com a mediação do
professor.
Chassot (2011, p. 62) afirma que “seria desejável que os
alfabetizados cientificamente não apenas tivessem facilidade a leitura
de mundo em que vivem, mas entendessem as necessidades de
transformá-lo, e transformá-lo para melhor”.
É nesse sentido que pensamos o indicador ARTICULAR
IDEIAS como uma possibilidade para que se alcance o objetivo
apresentado por Chassot, em relação a transformação do mundo.
Através desse indicador, o aluno consegue estabelecer reação com o
mundo real, refletindo a partir do conteúdo apresentado em sala de aula
sobre os problemas sociais que envolvem as ciências, o ambiente e
tecnologia.
É a partir dessa reflexão que os alunos podem pensar em como
esses problemas os atingem e atingem a sociedade em geral e a partir
disso possam atuar em busca de transformação.

Investigar

O indicador INVESTIGAR não está presente em nenhuma das


coleções. Se pensarmos às atividades dos livros didáticos, levando em
consideração o entendimento de Sasseron (2013) sobre investigação, é
possível afirmar que as coleções analisadas apresentam atividades
investigativas. Segundo a autora:

No dicionário, a palavra “investigação” aparece como


sinônimo de pesquisa, e busca. Neste momento podemos
começar a pensar no que seja a investigação cientifica.
Esta sim é uma pesquisa, uma busca, mas, como muitas
das experiências que temos em nossa vida, o mais

– 58 –
importante da investigação não é seu fim, mas o caminho
trilhado.
Uma investigação cientifica pode ocorrer de maneiras
distintas e, certamente, o modo como ocorre está ligado
as condições disponibilizadas e especificidades do que se
investiga, mas é possível dizer que toda investigação
cientifica envolve um problema, o trabalho com dados,
informações e conhecimentos já existentes, o
levantamento e o teste de hipóteses, o reconhecimento de
variáveis e o controle destas, o estabelecimento de
relações entre as informações e a construção de uma
explicação. (p. 42 – 43)

Dentro dessa perspectiva, a respeito da investigação, foi


possível perceber em diversos momentos que as coleções trazem
atividades investigativas, em que os alunos precisam realizar o
levantamento e teste de hipóteses, a sistematização de dados, o registro
das observações, entre outros aspetos que são considerados como
característicos da atividade investigativa.
Chamamos a atenção para o fato de que, quando afirmamos que
as coleções não apresentam o IAC INVESTIGAR, estamos fazendo tal
afirmação levando em consideração a definição dada por Pizarro (2014)
ao IAC em questão. Isso porque o propósito da nossa análise é verificar
se as atividades do livro podem favorecer a ocorrência dos IAC ou não.
Isso se deve, em primeiro lugar, ao fato de que ao analisarmos
as atividades propostas pelo livro didático nas diferentes coleções,
nossa busca se deu com a intenção de encontrar nestas atividades
elementos que contemplassem os IAC de forma total, no que diz
respeito a sua definição.
Nesse indicador em particular, se levássemos em consideração
apenas a primeira parte da sua definição (Possivelmente ocorra quando
o livro apresentar atividades em que o aluno precise apoiar-se no
conhecimento científico adquirido na escola [ou até mesmo fora dela])
conseguiríamos encontrar nos livros elementos correspondentes
suficientes que corresponderiam ao IAC. No entanto, a segunda parte
da definição desse indicador aponta que, além de se apoiar no

– 59 –
conhecimento científico aprendido na escola ou até mesmo fora dela, é
necessário que o aluno também responda a questionamentos próprios.
É nessa particularidade que se encontra o motivo pelo qual esse
indicador não pode ser percebido durante a realização da análise das
coleções por meio do questionário, compreendendo a totalidade da
definição apresentada por Pizarro (2014).
Nesse caso específico, esse indicador apresenta um elemento
que ultrapassa a esfera do livro didático, pois coloca como condição
para que haja a sua ocorrência um aspecto que é intrínseco ao sujeito,
que seria a formulação de questionamentos próprios, e o livro não tem
como prever se, durante a realização de uma atividade, esses
questionamentos próprios dos alunos podem surgir ou não. No entanto,
no que concerne às atividades investigativas, podemos identificar ao
longo da obra.

Argumentar

Para facilitar a ocorrência do IAC Argumentar, mediante a


utilização do livro, é preciso observar as atividades que são destinadas
a momentos de discussões e debates.
De modo geral essas atividades apresentam as seguintes
expressões: “hora do debate”, “converse com seus colegas”, “discuta
com seu professor e colegas”, “vamos conversar”, etc.
Essas atividades, que propõe momentos de discussão entre
professor e demais colegas de classe, são ideais para que o IAC
argumentar seja desenvolvido. O professor precisa aproveitar a
oportunidade e estimular seus alunos para conversarem a respeito da
temática proposta buscando valorizar os argumentos, estimulando o
respeito pela fala de cada um e intervindo para corrigir as possíveis
falhas na argumentação dos seus alunos para que eles possam melhorar
a qualidade desses argumentos.

– 60 –
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

ARGUMENTAR:

Fonte: Coleção Ligados.com

Esse indicador se caracteriza pelos momentos em que os alunos


têm a oportunidade de falar de forma argumentativa com base em seus
conhecimentos, mas que, a partir do debate gerado em sala de aula, ele
possa melhorar a qualidade desse argumento e adquirir novos
conhecimentos (PIZARRO, 2014).
Além disso,

Ao falar sobre determinado fenômeno, procurando


explicá-lo para os colegas e o professor, discutindo e
considerando diferentes pontos de vista, o aluno tem a
oportunidade de familiarizar-se com o uso de uma
linguagem que carrega consigo características da cultura
científica. (DRIVEE, NEWTON e OSBORNE, 2000
apud CAPECCHI, 2013, p. 37)

Ler em Ciências

Esse IAC é um dos mais presentes no livro didático, pois o


próprio livro didático pode ser considerado como um exemplo da
materialização do gênero textual científico.
Esse tipo de gênero textual se caracteriza por texto que
apresentam conceitos científico e faz a utilização de elementos
tipicamente encontrados nesse tipo de texto, como gráficos, tabelas,
quadro, infográficos, esquemas, dados de relatórios, entre outros.

– 61 –
Sendo assim, esse indicador pode ocorrer quando os livros, na
abordagem do conteúdo, apresentam essas características e propõem,
através das atividades, a leitura e interpretação por parte dos alunos, de
dados contidos em gráficos, tabelas, esquemas, infográficos, entre
outros.
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

LER EM CIÊNCIAS:

Fonte: Coleção Ápis

Os elementos que caracterizam a presença do IAC LER EM


CIÊNCIAS, nas coleções de livros que foram analisadas neste trabalho,
se caracterizam pela proximidade com os elementos presentes no
gênero textual científico, como por exemplo, os diversos tipos de
gráficos, tabelas, quadros, infográficos etc., que buscam sintetizar e

– 62 –
apresentar dados e informações a respeito de um determinado assunto
do qual se quer tratar.
Além desses elementos, o próprio texto escrito pode se
caracterizar como pertencente ao gênero textual científico, se observado
que o texto apresenta conceitos ou teoria e que faz uso da linguagem
científica ao ser redigido.

Escrever em Ciências

Esse IAC é muito semelhante ao IAC ler em ciências, mas ao


contrário dele, os alunos precisam realizar a construção de elementos
tipicamente característicos do gênero textual científico. Esse indicador
poderá ocorrer nas atividades em que o livro solicite aos alunos o
preenchimento de tabelas, a elaboração de um gráfico, ou o registro em
forma de relatório dos resultados de uma pesquisa que os estudantes
precisaram realizar.
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

ESCREVER EM CIÊNCIAS:

Fonte: Coleção Aprender Juntos

Através da atividade apresentada anteriormente, ao tratarmos do


IAC ESCREVER EM CIÊNCIAS, foi possível perceber que a
necessidade do registro de informações não se limita apenas às
respostas das atividades tradicionalmente conhecidas, nas quais o aluno
transcreve abaixo do enunciado de uma questão o trecho de um texto
apresentado anteriormente. Como afirma Carvalho (2013)

As ciências necessitam de figuras, tabelas, gráficos e até


mesmo da linguagem matemática para expressar suas
construções. Portanto, temos de prestar atenção nas
outras linguagens, uma vez que somente as linguagens

– 63 –
verbais – oral e escrita – não são suficientes para
comunicar o conhecimento científico. Temos de integrar,
de maneira coerente, todas as linguagens, introduzindo os
alunos nos diferentes modos de comunicação que cada
disciplina utiliza, além da linguagem verbal, para
construção de seu conhecimento. (p. 7-8).

Nesse sentido, pensamos que as atividades dos livros didáticos


precisam ir além da linguagem verbal, apresentando na abordagem dos
conteúdos e na realização das atividades os múltiplos tipos de registro,
pois

oferecer aos alunos dos anos iniciais diferentes


alternativas de registro é uma ação muito importante.
Visto que, muitas das crianças que participam das aulas
de Ciências e das demais áreas podem não estar
plenamente alfabetizadas. É muito importante oferecer o
desenho e a fala como alternativas para que elas possam
articular e socializar o que aprenderam. São ações que
garantem ao aluno a oportunidade de se expressar e de
trabalhar cognitivamente com o conteúdo, ainda que não
tenha o registro convencional da escrita como um
processo plenamente alcançado. (PIZARRO E JUNIOR,
2015, p. 216).

Além disso, a leitura de informações apresentadas por Carvalho,


favorece a aparição tanto do IAC ESCREVER EM CIÊNCIAS como
de outros IAC, que podem ser favorecidos a ocorrerem por meio da
presença desses elementos que devem ser trazidos pelos IAC
ESCREVER EM CIÊNCIAS.

Problematizar

Esse indicador é possibilitado pelo livro didático quando o livro


oferece a oportunidade de que os alunos realizem pesquisas em outras
fontes para além dele.
Nesse tipo de atividade, os alunos são direcionados a buscar
informações na internet, em revistas, jornais, documentos, entre outros.

– 64 –
Sendo assim, quando o livro apresentar momentos dedicados a
busca de informações, em outras fontes, muito provavelmente o IAC
problematizar poderá ocorrer.
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

Fonte: Coleção Ligados.com

PROBLEMATIZAR:

As atividades que apresentam condições para que possivelmente


haja a ocorrência deste IAC levam os alunos a pesquisar em outros tipos
de fonte de informação. Esse tipo de contato favorece o
desenvolvimento de habilidades ligadas à capacidade dos alunos em
reconhecerem fontes de informação seguras. Isso favorece a sua
atuação dentro da sociedade, pois um dos problemas que a sociedade
tem enfrentado hoje são as chamadas “fake news”, as quais têm
espalhado informações falsas sobre os mais diferentes assuntos. A
população, em muitos casos, não consegue reconhecer esses tipos de
notícias como sendo falsa ou como verificar a veracidade delas.
Diante disso, e do que já foi apresentado em relação à
Alfabetização Científica, e sua contribuição na formação de sujeitos
críticos e participativos em relação aos problemas que os avanços
tecnológicos e científico tem sobre as vida e organização social,
consideramos que os livros que apresentam situações de atividade que
possivelmente promoverão a ocorrência do IAC PROBLEMATIZAR
podem contribuir para que os sujeitos desde cedo comecem a

– 65 –
reconhecer as fontes de informação confiáveis, contribuindo para que,
na vida adulta, os sujeitos possam também reconhecer quais são essas
fontes confiáveis, para que não depositem sua confiança em
informações falsas.

Criar

Este IAC será percebido nas atividades em que sejam solicitados


que os alunos tenham a possibilidade de apresentar alguma solução para
um problema que envolva ciências.
Por exemplo, uma atividade em que seja solicitada aos alunos a
elaboração de um cartaz alertando as pessoas sobre o problema do
desmatamento das florestas e, nele, os alunos precisem apresentar
sugestões do que as pessoas podem fazer para que haja uma redução
dos desmatamentos.
Por meios desse tipo de atividade, os alunos são levados a
refletir a respeito de um determinado problema e criar soluções, novas
ideias sobre a os problemas de ciências.
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

CRIAR:

Fonte: Coleção Ligados.com

– 66 –
Nessa atividade, o momento que possibilita a presença do
indicador criar é o momento dedicado a formulação dos cartazes e
panfletos, pois ao produzi-los os alunos terão, a partir dos seus
conhecimentos e da pesquisa realizada, a oportunidade de sugerir e
apresentar novas ideias para a questão do desperdício de água, que é um
problema que envolve ciências.

Atuar

A característica das atividades, que podem possibilitar a


ocorrência desse IAC em sua grande maioria, está relacionada a
situações do cotidiano dos alunos.
Um exemplo que podemos apresentar seria a exposição de
algumas ilustrações, a qual apresenta algumas cenas, em que algumas
pessoas estão desperdiçando água e outras não, e solicita que os alunos
escrevam uma mensagem para cada uma delas.
Essa atividade vai levar o aluno a refletir sobre as atitudes
corretas e as que não são em relação ao uso da água. Ele poderá
perceber-se como uma agente de mudança, alterando seu
comportamento caso realize alguma das atitudes ilustrada e
disseminando, em seu convívio, as boas práticas para um consumo
responsável.
Dessa forma, o que foi aprendido em sala de aula não fica
restrito apenas a esse espaço, mas sai dos muros da escola e passa a ter
reflexo na esfera pública.

– 67 –
Veja a seguir um exemplo de atividade representativa do IAC

ATUAR:

Fonte: Projeto Buriti

O indicador ATUAR pode ser percebido nessa atividade, já que,


ao propor novas soluções para os problemas impostos pela Ciência, os
alunos podem perceber-se como os próprios agentes de mudança, sendo
eles mesmos os sujeitos que colocaram em prática as próprias soluções
que formam apresentadas por eles, podendo, dessa forma, serem
multiplicadores desse

aprendizado de maneira crítica, valorizando os saberes


adquiridos na escola e na sua vida cotidiana, participando
com consciência e coerência da vida em sociedade e
dando sentido às Ciências aprendidas na escola para a
vida em sociedade, em relação ao meio ambiente, à
saúde, ao bem-estar, entre outros, gerando impactos
tecnológicos e possíveis desdobramentos da ação
human.a em sociedade. (PIZARRO; JUNIOR, 2015,
p.212)

Acreditamos que, quando os livros didáticos dão indícios de que


os IAC, CRIAR e ATUAR podem ser exercidos pelos alunos através
das atividades, um dos aspectos fundamentais para alfabetização
científica é desenvolvida, tendo em vista que a transformação da

– 68 –
sociedade para melhor é um dos resultados almejados com a
alfabetização científica da população.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da discussão realizada e dos exemplos das atividades


utilizadas para exemplificar como os IAC estão presentes nos livros
didáticos, foi possível perceber que as atividades e abordagem do
conteúdo podem favorecer a possível ocorrência dos indicadores de
alfabetização científica.
Foi possível perceber que, apesar dos livros oferecerem
condições para a ocorrência dos IAC, o papel do professor é
imprescindível. Isso se justifica porque dependendo do direcionamento
que o professor dará a atividade proposta pelo livro, os IAC podem ou
não ocorrer.
Ao promover situações que possibilitem a ocorrências dos IAC
aos alunos, sejam elas através da utilização do livro didático ou algum
outro tipo de recurso didático, o professor favorece um ensino que
rompe com os modelos tradicionais de ensino, bem como, promove o
desenvolvimento dos sujeitos para atuar frente as implicações do
avanço tecnológico e científico.

REFERÊNCIAS

BAKRI, M. S. Projeto Buriti – Ciências. São Paulo: Moderna, 3ª


edição, 2014.

CAPECCHI, M.C.V.de M. Problematização no ensino de Ciências. In:


CARVALHO, A.M.P. (Org.). Ensino de ciências por investigação:
condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage
Learning. 2013, p.21-39.

CARNEVALLE, M. R. Ligados.com – Ciências. São Paulo: Saraiva,


1ª edição, 2014.

– 69 –
CARVALHO, M.C.V.de M. O ensino de Ciências e a proposição de
sequências de ensino investigativas. In: CARVALHO, A.M.P. (Org.).
Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning. 2013, p.1-20.

CERATI, T. M. Educação em jardins botânicos na perspectiva da


alfabetização científica: análise de uma exposição e público. Tese
(Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Educação. Área de
Concentração: Ensino de Ciências e Matemática) - Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo) 2014.

CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para


a educação.Rio Grande do Sul: Unijuí, 2000.

JÚLIO, S. R. Ligados.com – Ciências Humanas e da Natureza. São


Paulo: Saraiva, 1ª edição, 2014.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos tempos. Goiânia:


Edição do Autor, 2002.

MICHELAN, Y. Juntos Nessa – Ciências. São Paulo: Leya, 1ª


edição, 2014.

NIGRO, R. Ápis – Ciências. São Paulo: Ática, 2ª edição, 2014.


Oliveira, Abraão Felipe Santos de. Os indicadores de alfabetização
científica: uma análise do tema água no livro didático de ciências
dos anos iniciais do ensino fundamental Dissertação (mestrado em
Ensino de Ciências e Matemática) –Universidade Federal de Alagoas.
Centro de Educação. Maceió, 2019.

PIZARRO, M. V. Alfabetização científica nos anos iniciais:


necessidades formativas e aprendizagens profissionais da docência no
contexto dos sistemas de avaliação em larga escala. 2014. 311 f. Tese
(doutorado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho,

– 70 –
Faculdade de Ciências, 2014. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/110898>

PIZARRO, M. V.; LOPES JUNIOR, J. Indicadores de Alfabetização


Científica: uma revisão bibliográfica sobre as diferentes habilidades
que podem ser promovidas no ensino de ciências nos anos iniciais.
Investigações em Ensino de Ciências (Online), v. 20, p. 208-238,
2015.

SASSERON, L. H. Alfabetização Científica no Ensino


Fundamental: Estrutura e Indicadores deste processo em sala de aula.
São Paulo: s.n., 2008.

SILVA, M. A. A Fetichização do Livro Didático no Brasil. Educ.


Real., Porto Alegre, v. 37, n. 3, p. 803-821, set./dez. 2012.

– 71 –

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy