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Prova Fmabc 2024

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processo seletivo

residência médica – 2024

002. Prova Objetiva

áreas de acesso direto


Anestesiologia, Cirurgia Cardiovascular, Cirurgia Geral, Clínica Médica, Infectologia, Medicina de Família
e Comunidade, Medicina do Trabalho, Neurocirurgia, Neurologia, Obstetrícia e Ginecologia,
Oftalmologia,Ortopedia e Traumatologia, Otorrinolaringologia, Pediatria,
Psiquiatria e Radiologia e Diagnóstico por Imagem

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 Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao
fiscal da sala para a devida substituição desse caderno.
 Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
 Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu.
 A duração da prova é de 5 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas.
 Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorrida 1 hora do início da prova.
 Deverão permanecer em cada uma das salas de prova os 3 últimos candidatos, até que o último deles entregue sua prova, assinando
termo respectivo.
 Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este caderno.
 Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

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Confidencial até o momento da aplicação.


Confidencial até o momento da aplicação.
Clínica Médica 04. Em relação à avaliação do escarro induzido no paciente
com asma, é correto afirmar que

(A) a contagem de células no escarro é clinicamente útil.


01. Mulher de 46 anos com cirrose faz sua primeira endos- (B) a porcentagem de eosinófilos é altamente repetível
copia de rastreamento que mostra pequenas varizes gas- num paciente que não muda a sua terapia.
troesofágicas. Nesse sentido, qual é o preditor mais forte
para a progressão das varizes de pequenas para grandes? (C) a presença de neutrófilos é sempre anormal.

(A) Etiologia alcoólica da cirrose. (D) existe boa correlação entre a contagem de células
inflamatórias no escarro e na parede brônquica.
(B) Gradiente de pressão venosa hepática de 8 mmHg.
(E) os cristais de Charcot-Leyden são diagnósticos de
(C) Presença de telangiectasias (aranhas vasculares). asma.
(D) Sexo feminino.

(E) Uso de anti-inflamatórios não hormonais.


05. Mulher de 38 anos, com diabete melito, apresenta dor
subaguda e progressiva no ouvido direito com redução
da audição e que dura mais de uma semana. Nos últimos
02. Homem de 18 anos é avaliado por sopro cardíaco ob- 2 dias, evolui com diplopia. O exame geral mostra que
servado em um exame de saúde para realização de ati- a paciente está febril e com membrana timpânica direi-
vidades esportivas. Ele se lembra de ter ouvido falar de ta turva. O exame neurológico mostra paralisia do sexto
um sopro no passado, mas não fez nenhum teste ou in- nervo craniano direito. A causa mais provável da apre-
tervenção. Ele é assintomático, sem problemas médicos sentação da paciente é:
conhecidos e não toma medicamentos. Ao exame físico:
os sinais vitais são normais; a pressão venosa central es- (A) mastoidite aguda com abscesso cerebral.
timada é normal; o impulso apical é normal e nota-se um (B) meningite bacteriana.
frêmito ao longo da borda esternal esquerda; ausculta:
sopro holossistólico grau 4/6 na borda esternal esquerda, (C) mucormicose do seio cavernoso.
obscurecendo B2 (segunda bulha); o restante do exame
(D) síndrome de Gradenigo.
físico é normal. ECG e radiografia de tórax são normais.
Qual é o diagnóstico mais provável? (E) trombose venosa central.

(A) A coarctação da aorta.

(B) A comunicação interatrial. 06. Homem de 45 anos, com psoríase e artrite psoriática, pro-
cura assistência médica com piora das placas cutâneas.
(C) A insuficiência tricúspide.
Os sintomas foram previamente bem controlados com eta-
(D) A persistência do canal arterial. nercepte. Ele relata piora abrupta das placas difusamente
no tronco, cotovelos e joelhos. Ao exame físico: tempera-
(E) O defeito do septo ventricular. tura: 38,2 º C; hemodinamicamente estável; nota-se sino-
vite difusamente em todas as interfalangianas proximais
e distais, punhos, joelhos e tornozelos bilaterais; placas
03. Homem de 24 anos, com infecção pelo HIV, apresenta cutâneas são observadas difusamente nas áreas mencio-
cefaleia progressiva, fotofobia e náuseas há 1 mês. Exa- nadas (tronco, cotovelo e joelhos). O próximo passo mais
mes recentes mostram CD4 de 156 células/mm³ e car- apropriado para o manejo desse paciente é:
ga viral de 2.900 cópias/mL. Ele relata descumprimento
(A) coletar hemoculturas e iniciar antibióticos de amplo
ocasional de seu regime de 3 drogas antirretrovirais. A
espectro.
tomografia (TC) de crânio é normal e o líquor confirma o
diagnóstico de meningite criptocócica, sendo iniciada a (B) iniciar hidroxicloroquina e metotrexato.
anfotericina B lipossomal e fluocitosina. Na avaliação de
2 semanas, considerando essa infecção do SNC, é(são) (C) pedir teste de HIV.
recomendado(s): (D) solicitar a pesquisa do HLA-B27.
(A) Exames séricos apenas, se não houver complicação (E) trocar o etanercepte por adalimumabe.
na evolução.

(B) Medida de CD4 e carga viral.

(C) Punção lombar.

(D) Ressonância magnética do encéfalo.

(E) TC de crânio.

Confidencial até o momento da aplicação. 3 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


07. Mulher de 46 anos apresenta quadro de diarreia profusa 09. Homem de 64 anos é submetido a colecistectomia por
há 5 meses, apesar do jejum, com distensão abdominal dor no quadrante superior direito. A análise da vesícula
associada. Relata também fadiga crescente e rubor. Ela mostra parede muscular espessada com múltiplas glân-
se apresenta desidratada. Exames de sangue: hemoglo- dulas prolapsadas no tecido subseroso (seios de Roki-
bina: 12,5 g/dL; sódio: 144 mEq/L; potássio: 1,9 mEq/L; tansky-Aschoff) que estão variavelmente dilatadas.
ureia: 44 mg/dL; creatinina: 1,5 mg/dL; viscosidade plas-
O diagnóstico mais provável é:
mática normal.
(A) adenomiomatose.
Em relação à principal hipótese diagnóstica, assinale a
alternativa correta. (B) adenocarcinoma da vesícula biliar.
(A) Adenoma de hipófise e feocromocitoma são tipica- (C) colangiocarcinoma.
mente associados a essa condição.
(D) colecistite aguda.
(B) Análogos da somatostatina são geralmente muito
eficazes no controle da diarreia. (E) vesícula biliar em porcelana.

(C) Constitui o principal tumor neuroendócrino, habitual-


mente na cabeça do pâncreas. 10. Homem de 69 anos é avaliado por quadro de edema de
membros inferiores há 4 semanas. A colonoscopia de
(D) Eritema necrolítico migratório e intolerância à glicose
rastreamento realizada há 1 ano foi normal. Relata ta-
ocorrem em até metade dos pacientes.
bagismo de 45 maços-ano, mas parou há 2 anos. Não
(E) Esofagite e úlcera gástrica são achados frequentes há outro histórico relevante e não há uso de medicamen-
na evolução. tos. Ao exame físico: os sinais vitais são normais; ede-
ma simétrico de 2 mm nas extremidades inferiores até
tornozelos; o restante do exame é normal. Exames de
08. Homem de 55 anos com hipertensão arterial e hiperlipi- sangue: albumina: 2,9 g/dL; colesterol total: 311 mg/dL;
demia, mas sem usar qualquer medicação, é reavaliado creatinina: 1,0 mg/dL. Exame de urina: excreção de pro-
por quadro de algumas semanas de desconforto torácico teínas em 24 horas de 6.300 mg. A biópsia renal mostra
aos moderados esforços. No momento, a pressão arterial nefropatia membranosa com coloração negativa para o
é 180 x 90 mmHg. Perfil lipídico recente mostra: coles- antígeno do receptor de fosfolipase A2.
terol total de 210 mg/dL; LDL: 150 mg/dL; HDL: 34 mg/
Nesse paciente, o teste mais apropriado a ser realizado é:
dL; triglicerídeos: 130 mg/dL. O teste ergométrico mos-
tra: depressões do segmento ST descendentes de 2 mm (A) angiotomografia de abdome com contraste.
nas derivações V5, V6 e aVL durante o pico do exercício,
com resposta hipertensiva. A angiografia coronária evi- (B) anticorpos anticitoplasma de neutrófilo e antinúcleo.
dencia lesão proximal de 70% em grande ramo marginal (C) eletroforese de proteínas séricas.
esquerdo; restante das artérias coronárias são angiogra-
ficamente normais. (D) tomografia de tórax sem contraste.

Constitui uma afirmação verdadeira: (E) ultrassonografia Doppler de rins e veias renais.

(A) A revascularização coronária percutânea com stent é


superior ao tratamento médico nesse paciente. 11. Mulher de 42 anos apresenta história de 6 meses de fra-
(B) A revascularização coronária percutânea com stent queza progressiva nas pernas, evoluindo com retenção
não costuma melhorar a sobrevida nessa circunstân- urinária. Ela é HIV negativa e não tem história prévia de
cia, comparado com o tratamento clínico otimizado. disfunção neurológica. O histórico familiar não é digno de
nota. Ao exame físico: há paraparesia espástica. A resso-
(C) Este paciente deve iniciar tratamento médico com nância magnética do encéfalo e da medula espinhal não
aspirina, rosuvastatina e terapia anti-hipertensiva se- mostra nenhuma anormalidade significativa. A análise do
guido de revascularização para sua doença arterial líquido cefalorraquidiano revela pleocitose linfocítica leve
coronariana. (26 células/mm³) e 5 bandas oligoclonais únicas.
(D) O tratamento médico é superior à revascularização Nessa paciente, o próximo passo diagnóstico mais ade-
coronária percutânea com stent nesse paciente. quado é:

(E) Se os sintomas persistirem apesar do tratamento (A) pedir testes genéticos para paraplegia espástica
médico, a revascularização coronária percutânea hereditária.
deve ser indicada e está associada à redução da
(B) pedir a adenosina deaminase no líquor.
mortalidade.
(C) solicitar sorologia para esquistossomose.

(D) solicitar a pesquisa do HIV por PCR (carga viral).

(E) solicitar sorologia para vírus linfotrópico T humano.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 4 Confidencial até o momento da aplicação.


12. Homem de 48 anos com paraplegia e uso prolongado de 14. Mulher de 55 anos é avaliada quanto a o aumento no ní-
cateter suprapúbico é hospitalizado com quadro de febre vel de creatinina sérica. Relata hipertensão de longa data
e queda do estado geral há 2 dias. Ele já teve múltiplas em uso regular de lisinopril (20 mg/dia). Ao exame físico:
infecções do trato urinário (ITUs) e é colonizado por or- pressão arterial: 129 x 78 mmHg; frequência cardíaca:
ganismos gram-negativos multirresistentes. O exame de 78/min; demais sinais vitais são normais, assim como e
urina mostra Escherichia coli resistente a carbapenêmi- restante do exame. Exames de sangue: creatinina: 1,4
cos (ERC). O rastreamento para bactérias resistentes é mg/dL (era de 0,55 mg/dL há 5 meses). Taxa de filtração
positivo para Klebsiella pneumoniae resistente a carbape- glomerular estimada: > 52 mL/min/1,73m². Exame de uri-
nem e negativo para metalo-β-lactamase de Nova Delhi. na: gravidade específica: 1,014; pH: 5,7; não há sangue
ou proteína. Relação albumina-creatinina na urina: 390
Nessa situação, é correto afirmar que
mg/g. Ultrassom: rins de tamanhos normais com ecoge-
(A) a ceftazidima-avibactam deve ser considerada como nicidade aumentada; não há hidronefrose ou anormalida-
opção terapêutica adequada. de do sistema coletor.

(B) a colistina não deve ser usada para infecção do trato Considerando o caso acima exposto, assinale a aternati-
urinário. va que apresenta o manejo mais adequado.

(C) comprovou-se que a polimixina B é mais nefrotóxica (A) Aumentar o lisinopril e associar anlodipino, AAS in-
que a colistina por isso deve ser evitada. fantil e atorvastatina.

(D) a polimixina B é farmacologicamente menos confiá- (B) Marcar retorno em 6 meses com nova creatinina.
vel que a colistina no tratamento de ERC e não deve
ser usada. (C) Pedir uma biópsia renal.

(E) a tigeciclina é uma monoterapia apropriada para in- (D) Solicitar marcadores séricos de autoimunidade e so-
fecções da corrente sanguínea com ERC. rologias para doenças infecciosas.

(E) Trocar o lisinopril por hidroclorotiazida.

13. Homem de 55 anos com hipertensão grave e resistente


realiza os seguintes exames séricos: aldosterona aleató-
15. Mulher de 29 anos, sem comorbidades prévias, apresen-
ria de 55 pmol/L (normal: 100 a 850); atividade da renina
ta quadro súbito de hemiparesia direita e disartria. Há 1
plasmática de 0,1 pmol/mL/h (normal: 0,5 a 3,5).
semana ela vinha com febre, calafrios, mal-estar e mial-
Nesse cenário, a condição que, com maior probabilidade, gias difusas. O exame físico mostra sopro audível na re-
pode explicar os resultados descritos é a gião cervical esquerda. A tomografia sem contraste reve-
la um infarto agudo do território da artéria cerebral média
(A) hiperplasia adrenal congênita.
esquerda. Exames de sangue: leucocitose (12.700/mm³)
(B) hipertensão renovascular. com predominância de neutrófilos; creatinina: 1,7 mg/dL;
marcadores inflamatórios elevados (VHS: 89 mm/hora;
(C) síndrome de Conn. PCR: 3,7 mg/dL). Angiotomografia: lesões estenóticas
focais das artérias subclávia esquerda, carótida comum
(D) síndrome de Cushing. esquerda e renal direita; há também dilatação da raiz da
aorta. Ecocardiograma: não há vegetações valvares; há
(E) síndrome do excesso de mineralocorticóides.
hipocinesia global difusa com fração de ejeção de VE de
37%. Corticosteroide é iniciado, mas a ciclofosfamida
não é aceita devido a preocupações com a fertilidade a
longo prazo.
Nesse momento, a terapia adicional recomendada é:

(A) azatioprina.

(B) imunoglobulina intravenosa.

(C) infliximabe.

(D) plasmaférese.

(E) rituximabe.

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16. Homem de 73 anos apresenta quadro de palpitações e 18. Mulher de 56 anos é avaliada por dificuldades recentes
perda de peso. Ele tem antecedentes de hipertensão ar- com tarefas no seu trabalho como assistente jurídico,
terial, hiperlipidemia e fibrilação atrial e faz uso de lisino- especialmente aquelas que envolvem memória de curto
pril, anlodipino, rosuvastatina, amiodarona e dabigatrana. prazo e multitarefa. Ela tem esclerose múltipla e já teve
Ao exame físico: há tremores de extremidades bilaterais; episódios depressivos maiores anteriores, que foram tra-
frequência cardíaca de 110 a 120 bpm; não há altera- tados, recorrentemente, com venlafaxina. Outros medica-
ção ocular ou em região cervical. Exames séricos: TSH < mentos em uso são: acetato de glatirâmer e suplemento
0,01 mU/L; T4 livre: 2,3 ng/dL (normal: 0,9 a 1,8). de vitamina D. Os sinais vitais são normais. Exame neuro-
lógico: ela consegue lembrar apenas um dos três objetos
Considerando a principal hipótese diagnóstica dessa
em 3 minutos e recita “o-d-n-u-m” quando solicitado a so-
apresentação, assinale a alternativa correta.
letrar “mundo” de trás para frente. A pontuação no PHQ-9
(A) A ausência de anticorpos antitireoidianos é habitual (Questionário de Saúde do Paciente – 9) para depressão é
nessa patologia, sendo relevante para descartar do- 4, devido a dificuldades de concentração e sono.
ença autoimune. Nesse momento, o manejo mais adequado é
(B) A cintilografia mostra hipercaptação difusa e homo- (A) aumentar a dose de venlafaxina.
gênea da tireoide em quase todos os pacientes.
(B) encaminhar para reabilitação cognitiva.
(C) Cerca de 75% dos pacientes evoluem com hipoti-
reoidismo em poucos meses. (C) iniciar a memantina.

(D) O tratamento inicial habitualmente é feito com meti- (D) iniciar o metilfenidato.
mazol e/ou corticoide.
(E) trocar a venlafaxina por duloxetina.
(E) Radioiodo e/ou tireoidectomia subtotal não deve(m)
ser recomendados em hipótese alguma.

19. Homem de 70 anos é avaliado quanto à fadiga e disp-


neia aos esforços que progrediram ao longo de 1 ano.
17. Homem de 76 anos apresenta quadro de febre intermi- Ele não relata dor torácica. O histórico é significativo para
tente e calafrios de duas semanas de duração. O exame hipertensão, hiperlipidemia e síndrome do túnel do carpo
cardíaco é notável por sopro de ejeção sistólico de grau bilateral, em uso de losartana, hidroclorotiazida e ator-
2/6 na borda esternal superior direita e sopro diastólico vastatina. Ao exame físico: os sinais vitais são normais;
precoce de grau 1/4 na borda esternal superior esquerda. a pressão venosa central está elevada e há estertores
Quatro hemoculturas sequenciais evidenciam Staphylo- nas bases pulmonares; o restante do exame físico não
coccus aureus. O ecocardiograma transesofágico mostra é digno de nota. O peptídeo natriurético tipo B sérico é
fração de ejeção normal, estenose aórtica leve, com ve- elevado (640 ng/L). O ECG revela ritmo sinusal, aumento
getação de 0,5 cm em valva aórtica. O tratamento paren- biatrial e baixa voltagem dos complexos QRS. O ecocar-
teral para endocardite é iniciado. diograma mostra: tamanho normal da cavidade do ventrí-
culo esquerdo (VE); hipertrofia concêntrica moderada de
Nessa circunstância, assinale a alternativa correta.
VE; fração de ejeção de VE de 50%; estrutura e função
(A) A endocardite causada por S. aureus é indicação ab- das válvulas são normais; há hipertrofia ventricular direita
soluta de cirurgia. (VD) com tamanho da cavidade e função de VD normais;
a pressão sistólica de VD estimada é de 40 mmHg.
(B) A antibioticoterapia isolada, sem intervenção cirúr-
Considerando a principal hipótese, o exame diagnóstico
gica, costuma ser curativa em pacientes com valva
de maior utilidade é
nativa.
(A) angiotomografia multidetector de coronárias.
(C) A presença de vegetação maior que 0,5 cm de diâ-
metro constitui indicação classe I para troca valvar. (B) cateterismo cardíaco direito e esquerdo.
(D) Há indicação de cirurgia para substituição urgente da (C) cintilografia do miocárdio com estresse farmacológico.
válvula afetada.
(D) ecocardiografia com estresse físico.
(E) Mesmo que o paciente evolua com insuficiência car-
díaca intratável, cirurgia valvar deve ser adiada, até (E) ressonância magnética cardíaca com contraste.
que as hemoculturas se tornem estéreis.

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20. Homem de 68 anos é avaliado quanto a desconforto no Cirurgia Geral
quadrante superior direito. Por outro lado, relata se sen-
tir bem, trabalha em tempo integral e caminha cerca de
oitocentos metros para ir e voltar do trabalho todos os
21. Entre os instrumentos a seguir, destaca-se um de gran-
dias. Os sinais vitais são normais e o exame físico é notá-
de utilidade nas laparotomias, com intuito de facilitar o
vel por hepatomegalia. Exames de sangue: hemograma,
acesso e a visualização do conteúdo intracavitário. Esse
creatinina, glicemia e bilirrubina são normais; fosfatase
instrumento é o afastador autoestático denominado
alcalina e aminotransferase estão elevadas. Tomogra-
fia tórax, abdome e pelve: hepatomegalia com múltiplas (A) Volkmann.
lesões metastáticas; carcinomatose abdominal com pe-
quena quantidade de ascite; nenhuma outra anormali- (B) Finochietto.
dade é observada. A biópsia hepática revela adenocarci- (C) Farabeuf.
noma. O diagnóstico é de câncer metastático de origem
desconhecida. (D) Gosset.

Em relação a esse paciente, assinale a alternativa que (E) Weitlaner.


apresente a melhor conduta a seguir.

(A) Avaliar a matriz de expressão genética do tecido he- 22. Sobre o nó cirúrgico, assinale a alternativa correta.
pático.
(A) É realizado unicamente com o auxílio de um porta
(B) Pedir marcadores tumorais (PSA, CEA, CA 19-9, agulhas.
CA 15-3 e CA-125).
(B) É utilizado, de preferência, em situações em que há
(C) Pedir endoscopia digestiva alta e colonoscopia. grande tensão tecidual.

(D) Pedir PET/TC. (C) É composto por: seminó de contenção, seminó de


fixação e seminó de segurança.
(E) Indicar quimioterapia combinada.
(D) Devemos trazer sempre a estrutura até o nó, man-
tendo grande força de tração.

(E) O nó de cirurgião é composto pela primeira laçada


simples e a segunda laçada dupla.

23. Mulher de 47 anos de idade, condutora de veículo, sofreu


colisão frontal contra uma árvore. Não estava usando cinto
de segurança. No local do acidente, estava irresponsiva. A
equipe de Atendimento Pré-Hospitalar encontrou o para-
-brisa quebrado com vários estilhaços dentro do veículo e
o volante deformado. Chegou ao hospital trazida pelo su-
porte básico do SAMU 192, imobilizada em prancha longa,
com colar cervical, ventilado com dispositivo de máscara
de O2 com válvula e balão. Apresentava trauma facial ex-
tenso com muito sangue na boca e no nariz. Saturação
O2 = 80%. A equipe de emergência iniciou o atendimento
inicial e solicitou exames radiológicos. O laudo do RX de
face foi o seguinte: “linhas de fraturas oblíquas acometen-
do o osso nasal e estendendo-se pelas paredes mediais e
a margem interna da órbita reconhecível pela mobilidade
central da face”. A conduta imediata que deverá ser reali-
zada na sala de emergência e o diagnóstico da fratura da
face são, respectivamente:

(A) Intubação orotraqueal / Le Fort I.

(B) Intubação orotraqueal / Le Fort III.

(C) Cricotireoidostomia / Le Fort II.

(D) Cricotireoidostomia / Le Fort III.

(E) Traqueostomia / Le Fort IV.

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24. A American College of Cardiology Foundation (ACCF) e a 27. Com relação ao Schwannoma vestibular, um tumor de
American Heart Association (AHA) emitem periodicamen- cabeça e pescoço, assinale a alternativa correta.
te recomendações conjuntas sobre a avaliação cardíaca
(A) Representa uma proliferação neoplásica maligna de
e a preparação de pacientes antes de cirurgias não car-
células de Schwann na bainha do sétimo par craniano.
díacas. Com relação ao preparo e aos cuidados pré-ope-
ratórios de pacientes portadores de stents coronarianos, (B) No caso de tumores grandes, os pacientes podem al-
assinale a alternativa correta. gumas vezes apresentar compressão do nervo facial.

(A) Os dados atuais apoiam a revascularização percutâ- (C) O tinido e a vertigem verdadeira são os sintomas
nea pré-operatória de rotina para pacientes com is- mais comuns.
quemia coronariana assintomática ou angina estável. (D) Representam cerca de 1% de todos os tumores in-
(B) O teste de estresse não invasivo antes de uma cirur- tracranianos e geralmente se apresentam com perda
gia não cardíaca não é indicado para pacientes com de audição neurossensorial bilateral.
doenças cardíacas atuais (ex.: angina instável, IM re- (E) Uma importante síndrome associada aos schwanno-
cente, arritmia significativa ou doença valvar grave). mas vestibulares é a síndrome de Gardner.
(C) Os β-bloqueadores devem ser interrompidos no pe-
rioperatório de pacientes que já faziam uso do medi-
28. O anestesiologista deve questionar especificamente o
camento e naqueles que serão submetidos a cirur-
paciente sobre cirurgias anteriores, tipo de anestesia e
gias vasculares com risco cardíaco elevado.
quaisquer complicações. História familiar de resposta ad-
(D) No caso de uma cirurgia cardiovascular, a terapia du- versa a anestésicos e história social de tabagismo, uso
pla de agentes antiplaquetários (AAS + clopidogrel) de drogas e consumo de álcool também são importantes.
deve ser suspensa no perioperatório para minimizar Finalmente, deve-se documentar uma ampla revisão dos
a probabilidade de hemorragias, não aumentando a medicamentos atualmente em uso. O emprego de ervas
probabilidade de trombose vascular. medicinais pelo paciente pode levar a reações adversas
com alguns anestésicos, tais como:
(E) Bons dados apoiam a revascularização coronariana
antes de cirurgias não cardíacas em pacientes com (A) Erva-de-são-joão - acentua a depressão por estimu-
estenose significativa da artéria coronária esquerda lar a recaptação de serotonina; deve-se interromper
principal, e angina estável com doença coronariana 24 horas antes da cirurgia.
de três vasos. (B) Kava – diminui a ansiedade por efeitos hipnóticos
mediados por dopamina; possível risco de abstinên-
cia aguda – interromper 7 dias antes da cirurgia.
25. A causa mais comum de choque nas primeiras 24 horas
após cirurgia abdominal é: (C) Ginseng – hiperglicemia; ativação da agregação pla-
quetária e da cascata de coagulação; interromper
(A) Hemorragia (hemoperitônio). pelo menos 24 horas antes da cirurgia.
(B) Sepses por abscessos intracavitários. (D) Alho – aumento da pressão arterial e os níveis de coles-
terol e ativação da agregação plaquetária (irreversível);
(C) Insuficiência renal aguda por hipovolemia.
interromper pelo menos 48 horas antes da cirurgia.
(D) Anafilaxia por fármacos anestésicos e antibióticos.
(E) Ginkgo Biloba – Inibição do fator de ativação plaque-
(E) Distributivo por vasodilatação reflexa. tária; deve-se interromper seu uso pelo menos 36
horas antes da cirurgia.

26. Com relação à cicatrização das feridas operatórias, assi-


nale a alternativa correta. 29. Homem de 72 anos retorna ao ambulatório de cirurgia
vascular para seguimento de aneurisma de aorta abdo-
(A) O processo de cicatrização de feridas agudas se minal. Na última consulta, há 1 ano, o diâmetro do aneu-
completa dentro de 1 a 2 semanas. risma era de 4,5 cm. Paciente mantém-se assintomático
(B) A maioria das feridas operatórias consiste em feridas e a tomografia de abdome de controle evidencia aneuris-
crônicas, que cicatrizam completamente. ma de aorta abdominal infrarrenal, medindo 5,2 cm, com
presença de trombos murais. Diante do novo exame, pa-
(C) Na maioria das vezes, a interrupção da cicatrização ciente questiona sobre o seu tratamento, que deverá ser :
ocorre na fase de proliferação.
(A) Não se deve indicar cirurgia no momento; apenas
(D) Funcionalmente, uma ferida aguda deve passar tratamento clínico e seguimento do caso.
pela fase de cicatrização para resultar em reparação
(B) Cirurgia deve ser indicada devido a presença de
completa e mantida.
trombos murais.
(E) Os macrófagos assumem um papel de menor impor- (C) Cirurgia deve ser indicada devido ao crescimento do
tância na síntese de moléculas de cicatrização de aneurisma no último ano.
feridas.
(D) Cirurgia deve ser indicada devido diâmetro de 5,2 cm.
(E) O tratamento deverá ser reparo endovascular com
prótese de Dacron.
FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 8 Confidencial até o momento da aplicação.
30. Homem de 20 anos, não tabagista, sem antecedentes 32. A síndrome do intestino curto (SIC) é uma condição clíni-
mórbidos, procura pronto socorro com queixa de dor ca na qual há uma extensão inadequada de intestino fun-
torácica à direita há 25 minutos, de início súbito, acom- cional para manter nutrição enteral normal, geralmente
panhada por dispneia aos esforços. No exame físico à como resultado de grandes ressecções do intestino del-
admissão, apresenta-se consciente, hemodinamicamen- gado ou, na criança, atresia intestinal. Nesta faixa etária,
te estável e levemente dispneico. No hemitóraxdireito muitas técnicas cirúrgicas (excluindo o transplante de in-
observam-se diminuição da expansibilidade, timpanismo testino delgado), voltadas para tornar mais lento o tempo
à percussão e ausência de murmúrio vesicular. O exame de trânsito intestinal e/ou aumentar a área da superfície
do hemitórax esquerdo está normal. Em relação ao caso mucosa para melhorar a absorção, têm sido descritas, e
apresentado, assinale a alternativa correta. dentre estas, uma técnica geralmente usada é:
(A) A hipótese diagnóstica mais provável é hemotórax (A) Rothenberg.
espontâneo primário.
(B) Heineke-Mickulicz.
(B) Uma ressonância magnética do tórax será necessá-
(C) Nissen.
ria para confirmar o diagnóstico.
(D) Procedimento de Bianchi.
(C) Ruptura espontânea de blebs subpleurais é a prová-
vel etiologia do quadro. (E) De Peña.
(D) Toracotomia anterior de emergência no 5o espaço in-
tercostal direto deve ser realizada. 33. Homem de 14 anos procura atendimento médico por apre-
(E) Está indicada toracocentese no 2o espaço intercostal sentar aumento doloroso da hemibolsa escrotal à esquer-
direito. da, percebida há cerca de duas horas; nega episódios an-
teriores. Ao exame físico, verifica-se aumento do volume
da hemibolsa escrotal esquerda, dolorosa à palpação. Foi
31. Mulher de 57 anos dá entrada na sala de emergência aventada a possibilidade de torção testicular. Baseado nos
com quadro de fraqueza intensa, palidez, sudorese, con- dados apresentados, assinale a alternativa correta.
fusão mental e evacuações com sangue há 4 dias. Des-
(A) Em todos os casos, no tratamento cirúrgico, o testí-
corada +++, PA = 90/62 mmHg; FC = 122 bpm, FR = 26
culo contralateral também deve ser fixado ao escroto.
irpm; Sat. O2 = 93%. Exame abdominal: dor à palpação
difusa do abdome com descompressão brusca negativa. (B) A cintilografia é um teste pouco específico para o
Exame proctológico e toque retal: presença de sangue diagnóstico da torção testicular.
vermelho vivo, sem patologias orificiais. A conduta a ser
(C) Na maioria dos casos, história cuidadosa e exame
realizada diante do caso descrito é:
não são suficientes para confirmar o diagnóstico de
(A) Realizar anuscopia para melhor visualização da re- torção testicular; uma ultrassonografia é obrigatória
gião anal, e caso encontrar trombose hemorroidária, para determinar o fluxo vascular dos testículos.
realizar a ligadura destas e tratamento cirúrgico se
(D) A imediata distorção manual por meio de uma abor-
não der resultado.
dagem na rafe escrotal mediana é o tratamento
(B) Providenciar máscara O2 com oxigênio suplementar, apropriado.
acessos venosos calibrosos com reposição volêmica
(E) Em torções de menos de 24 horas, 90% dos testícu-
adequada e se o resultado desta for satisfatório, in-
los podem ser recuperados, no entanto, essa taxa de
dicar colonoscopia.
recuperação diminui significativamente para menos
(C) Indicar retossigmoidoscopia para provável polipecto- de 10%, com mais de 48 horas de sintomas.
mia e cauterização dos vasos sangrantes; caso es-
tes não sejam visíveis ao exame, indicar cintilografia
com hemácias marcadas. 34. A profundidade de uma queimadura afeta significativa-
mente todos os eventos clínicos subsequentes. Com re-
(D) Providenciar reposição volêmica por acessos veno- lação a esse tema, assinale a alternativa correta.
sos centrais com soluções cristaloides em grande
volume (5 L) e indicar angiorressonância, mesmo se (A) Queimaduras de espessura integral não requerem
o status hemodinâmico não se alterar. enxerto de pele, podendo cicatrizar com curativos
especiais a base de gazes com nitrofural.
(E) Indicar laparotomia ou laparoscopia de urgência com
provável colectomia total, para contenção definitiva (B) As queimaduras de segundo grau são também deno-
da enterorragia, tendo em vista que o diagnóstico minadas de espessura total, atualmente.
provável é retocolite ulcerativa. (C) Queimaduras de espessura parcial são capazes de
cicatrizar espontaneamente e podem, eventualmen-
te, ser excisadas e enxertadas.
(D) As complicações decorrentes de queimaduras de se-
gundo grau superficiais estão relacionadas principal-
mente à presença de infecção.
(E) Os achados diagnósticos das queimaduras de es-
pessura integral são caracterizados pela extrema
sensibilidade na pele queimada.
Confidencial até o momento da aplicação. 9 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto
35. A administração intravenosa de Plasma Fresco Congela- 37. Com relação a um tipo de hérnia incomum e perigosa, a
do, atualmente, é recomendada nas seguintes situações: hérnia de Richter, assinale a alternativa correta.

(A) INR menor do que 1,5 ou se o tempo de protrombi- (A) Nesse tipo de hérnia, o conteúdo interno é composto
na (TP) e o tempo de tromboplastina parcial ativada pelo apêndice cecal, na vigência de apendicite agu-
(TTPa) estiverem abaixo de 60%. da perfurada; no caso, o abscesso periapendicular
permanece bloqueado pelo saco herniário.
(B) Pacientes com doença hepática, com TP e TTPa mi-
nimamente alterados e com sangramento normal. (B) Ocorre quando a parede de uma víscera forma uma
porção da parede do saco herniário; do lado direito,
(C) Pacientes com grave deficiência congênita de IgA o ceco é mais comumente envolvido enquanto, à es-
circulante. querda, é o colo sigmoide.
(D) Reposição de volume, suporte nutricional e reposi- (C) É uma hérnia ventral adquirida por meio da linha se-
ção de imunoglobulinas. milunar, a linha onde as bainhas dos músculos abdo-
minais laterais se fundem para formar lateralmente a
(E) Presença de sangramento ativo ou se houver risco de
bainha do reto.
sangramento em um procedimento de emergência.
(D) Parte da circunferência do intestino fica encarcerada
ou estrangulada no defeito da fáscia, podendo sofrer
redução espontânea; a porção intestinal com gan-
36. Com relação às infecções do sítio cirúrgico (ISCs) e às in-
grena pode não ser identificada na cirurgia.
fecções que envolvem o ato operatório, pode-se afirmar:
(E) É uma hérnia que contém um divertículo de Meckel
(A) O termo “infecção cirúrgica” é utilizado para indicar
no saco herniário; a distribuição relativa é a seguin-
infecções que tendem a ser otimamente responsivas
te – inguinal, 50%; femoral, 20%; umbilical, 20%; e
a tratamentos médicos e antimicrobianos.
variadas 10%; são mais comuns em mulheres e do
(B) Staphylococcus aureus é o agente patogênico mais lado esquerdo.
comum nas ISCs, e sua habilidade de desenvolver
resistência à terapia antimicrobiana continua sendo
um dos maiores desafios, atualmente, enfrentados
38. Com relação ao tratamento do megaesôfago, assinale a
pela comunidade médica.
alternativa correta.
(C) O desenvolvimento de uma infecção cirúrgica en-
(A) A cirurgia (miotomia de Heller + fundoplicatura) ali-
volve uma estreita interface entre três sistemas or-
via efetivamente os sintomas em cerca de 90% dos
gânicos do paciente: imunológico, hematológico e
pacientes.
metabólico.
(B) A esofagectomia é reservada para pacientes com
(D) O Centers for Disease Control and Prevention
disfagia moderada, que não foram submetidos à di-
(CDCP) define a ISC como uma infecção que ocorre
latação nem cirurgias prévias.
na (ou perto da) incisão cirúrgica, até 90 dias do pós-
-operatório do procedimento ou, se for feito um im- (C) A mucosectomia laparoscópica e a fundoplicatura to-
plante (ex.: malha, valva cardíaca) em até 6 meses. tal se tornaram os procedimentos de escolha.
(E) Feridas contaminadas são as feridas operatórias em (D) A aplicação de toxina botulínica provoca uma rea-
que os tratos respiratório, alimentar, genital ou uriná- ção no nível da junção gastresofágica, tornando uma
rio são penetrados sob condições controladas. miotomia subsequente mais fácil.

(E) A taxa de perfuração após dilatação pneumática do


esfíncter esofágico inferior (EEI) é de aproximada-
mente 20 a 50%, o que fez a técnica ser abandonada.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 10 Confidencial até o momento da aplicação.


39. Diversos fatores relacionados à doença e ao paciente de- Pediatra
vem ser avaliados antes de decidir pela ressecção hepáti-
ca. Com relação a este tema, assinale a alternativa correta.
41. Em Julho de 2023, o Ministério da Saúde anunciou uma
(A) Ressecções em cunha, enucleações e desbridamen- mudança no esquema vacinal de poliomielite: “Em rela-
to de tecidos desvitalizados são exemplos das res- ção aos imunizantes contra a pólio, a indicação da Câma-
secções hepáticas anatômicas. ra Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI)
foi para que o Brasil passe a adotar exclusivament­ e
(B) As ressecções não anatômicas são preferidas por
a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) no reforço aos
estarem associadas à menor perda de sangue e,
15 mese­s de idade, que atualmente é feito com a forma
quando realizadas para tratamento de câncer, à me-
oral do imunizante. A VIP (forma injetável) já é aplica-
nor incidência de margens positivas.
da aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário
(C) A embolização pré-operatória da veia porta é uma Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de
técnica que pode ser utilizada para aumentar a segu- transição que começa no primeiro semestre de 2024, as
rança das ressecções hepáticas maiores. crianças brasileiras que completarem as três primeiras
doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com a
(D) O pinçamento do pedículo de influxo portal (mano- VIP (injetável) aos 15 meses. A dose de reforço aplicada
bra de Pringle) não deve ser utilizado para reduzir a atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que
perda de sangue via ramos arteriais intra-hepáticos e o esquema vacinal com quatro doses garantirá a prote-
venosos portais, pois pode aumentar o sangramento ção contra a pólio. A atualização considerou os critérios
proveniente das veias supra-hepáticas. epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e
as recomendações internacionais sobre o tema.”
(E) Pode-se remover até no máximo 50% do fígado nor-
mal com a expectativa de que o remanescente irá É correto afirmar que essa retirada da Vacina Oral de
se regenerar suficientemente para que o paciente P­oliomielite (VOP) do Calendário Nacional de Vacinação
sobreviva, desde que tenha função hepática normal. é respaldada, entre outros fatores, no fato de que

(A) há uma baixa cobertura vacinal no mundo após a


pandemia e a figura de propaganda do “Zé Gotinha”
40. Com relação às neoplasias do pâncreas, pode-se afirmar: já está desgastada, pouco conhecida entre as crian-
ças mais novas, e gera efeito oposto ao que ocorria
(A) Os cistadenomas serosos, que geralmente são ade- no passado.
nomas macrocísticos, são lesões com limites mal de-
finidos e seu epitélio tem potencial maligno. (B) a VIP demonstrou uma efetividade superior a VOP
e espera-se que, ao oferecer uma dose de VIP aos
(B) Os cistadenomas mucinosos (adenomas microcísti- 15 meses, mesmo sem o reforço aos 4 anos, deve-se
cos), muito mais comuns nos homens, não têm in- atingir a completa erradicação da doença no Brasil.
dicação cirúrgica, pois não evoluem para cistadeno-
carcinoma. (C) o Brasil não tem casos notificados de poliomielite há
mais de 30 anos e a retirada da VOP irá mitigar o ris-
(C) O glucagonoma, a neoplasia funcional mais comum co de ocorrências de poliomielite associada à vacina
de células da ilhota, surge de células β, produz glu- e de poliomielite por vírus derivado da vacina.
cagon e sintomas de hipoglicemia.
(D) não há casos notificados de poliomielite no mun-
(D) Os tumores das células delta produzem gastrina e do há mais de 20 anos, e o uso da VIP, por mais
síndrome de Mallory-Weiss, com formação de úlce- que seja menos eficaz, é a melhor estratégia neste
ras pépticas no estômago e duodeno. m­omento devido a menor custo de produção, armaze­
namento e distribuição da vacina.
(E) Adenoma e adenocarcinoma da ampola de Vater re-
presentam cerca de 10% das neoplasias que obs- (E) a eficácia da VOP está diretamente relacionada
truem o colédoco distal; 1/3 são adenomas e 2/3 à c­apacidade de absorção oral do antígeno, não
adenocarcinomas. d­evendo ser engolida, algo não controlável e que
pode deixar algumas crianças desprotegidas, já a
vacina VIP (injetável) não tem esse risco.

Confidencial até o momento da aplicação. 11 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


42. Lactente masculino, 1 ano e 6 meses de idade, está em 43. Na avaliação de uma criança do sexo masculino, com
consulta de rotina, acompanhado da mãe, sem queixas. 100 cm de altura e 16 kg, nota-se que apresenta os seguin­
Trata-se do terceiro filho, a mãe refere que tem 2 outros tes pontos quanto aos campos do desenvolvimento:
meninos, hígidos, de 7 a 11 anos de idade. Na consulta,
Socioemocional: Finge ser outra coisa durante a brin-
não foi notado nenhum ponto relevante em relação à ali-
cadeira (professor, super-herói, cachorro); Pede para
mentação, sono e rotinas. Quanto ao desenvolvimento,
ir brincar com crianças se nenhuma estiver por perto,
a criança aponta quando vê algo de seu interesse, usa
exemplo: “Posso ir brincar com Alex?”; Conforta outras
a­lgumas palavras, que no total são: “mama” para mamãe,
pessoas que estão feridas ou tristes, como abraçar um
“papa” para papai, “gu” para água e “esse” para qualquer
amigo chorando; Muda o comportamento com base em
objeto. Ele entende nomes de objetos, de partes do corpo
onde está (igreja, biblioteca, playground).
e consegue obedecer aos comandos quando solicitado,
como pegar determinados objetos. Olha nos olhos do Linguagem e comunicação: Diz frases com ≥ 4 palavras;
i­nterlocutor durante uma conversa. Ele anda sem apoio, Conta pelo menos 1 coisa que aconteceu durante o dia
corre em alguns momentos, sobe e desce do sofá e de dele, como “Eu joguei futebol”; Responde a perguntas
escadas sob supervisão, colabora ao ser vestido e con- simples, como “Para que usar um casaco?” ou “Para que
segue comer algumas frutas e pequenos alimentos com serve um lápis de cera?”
a própria mão. Não apresenta movimentos estereotipa- Cognitivo: Conta o que vem a seguir em uma história
dos ou repetitivos. A mãe está tranquila com o desen- bem conhecida; Desenha uma pessoa com ≥ 3 partes
volvimento, refere que está no mesmo ritmo dos irmãos do corpo.
mais velhos. Motor: Segura giz de cera ou lápis entre os dedos e o
polegar (não em um punho); Desabotoa alguns botões;
Seguindo as recomendações atuais da Sociedade Brasi-
Serve-se de comida ou água, com supervisão de adulto.
leira de Pediatria, é correto afirmar que
Considerando que a criança tem estatura, peso e desen-
(A) a criança apresenta desenvolvimento adequado para
volvimento neuropsicomotor compatíveis com a idade,
a idade, a família está tranquila quanto às capaci-
o conjunto de achados descritos é condizente com uma
dades da criança, não há necessidade de nenhuma
criança com a idade de
avaliação específica sobre neurodesenvolvimento.
(A) 2 anos.
(B) a criança deverá ser triada para transtorno do espec-
tro do autismo (TEA) com auxílio de escalas específi- (B) 2 anos e 6 meses.
cas, como o M-CHAT-R, entre 16 e 30 meses de ida-
de, independentemente de qualquer suspeita clínica. (C) 3 anos.

(C) a criança apresenta atraso específico da lingua- (D) 4 anos.


gem expressiva, que isoladamente já representa
alto r­isco para transtorno do espectro do autismo (E) 5 anos.
(TEA), devendo iniciar terapia direcionada para TEA
p­recocemente.

(D) a criança apresenta atraso de comunicação e lingua-


gem, mas a capacidade de olhar nos olhos do inter-
locutor e a ausência de movimentos estereotipados
ou repetitivos excluem a possibilidade de transtorno
do espectro do autismo (TEA).

(E) a criança apresenta atraso global do desenvolvi­


mento, sendo que o campo da comunicação e lin-
guagem é o mais afetado, direcionando o diagnós­
tico para um déficit auditivo moderado a grave.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 12 Confidencial até o momento da aplicação.


44. Lactente, sexo masculino, 1 ano de idade, está em con- 46. Lactente, sexo masculino, 3 meses de vida, está em
sulta de rotina. A mãe tem dúvidas sobre a necessidade consulta ambulatorial de rotina. Trata-se de uma criança
de escovação dentária nesta idade. Ele já apresenta os prematura de 35 semanas e 2 dias de gestação, devi-
incisivos centrais e laterais das arcadas superior e infe- do à doença hipertensiva específica da gestação e tra-
rior (8 dentes no total). balho de parto prematuro, tendo nascido com peso de
2 285 g, adequado para a idade gestacional. A criança
A orientação adequada sobre a higiene oral neste caso é nasceu bem, sem necessidade de manobras de reani-
mação. Nos primeiros dias de vida, apresentou icterícia
(A) escovação pelo menos 2 vezes ao dia, escova
por incompatibilidade ABO, tendo recebido alta hospitalar
p­equena com cerdas macias, escolher pasta de den-
no quinto dia de vida. Atualmente, a criança tem estatu-
te sem flúor na quantidade equivalente a um grão
ra de 61 cm e peso de 5 170 g (ambos adequados pela
de arroz, com uso de fio dental antes da escovação.
idade gestacional corrigida), tendo ganhado 28 g por dia
(B) escovação pelo menos 1 vez ao dia, escova peque- desde a última consulta. Alimenta-se de leite materno
na com cerdas duras, pasta de dente sem flúor na complementado com fórmula láctea de partida, tomando
quantidade equivalente a um grão de ervilha, com 90 mL, 7 vezes ao dia. Nega intercorrências desde o nas-
uso de fio dental após a escovação. cimento. Na semana passada, colheu hemograma devi-
do à i­nvestigação de febre sem s­inais localizatórios, que
(C) escovação pelo menos 2 vezes ao dia, escova evoluiu com exantema súbito, e o resultado demonstra
peque­na com cerdas macias, escolher pasta de den- Hb 9,8 g/dL, Ht 31,3%, VCM 81,7 fL, RDW 13,8%, com
te com flúor na quantidade equivalente a um grão de leucócitos e plaquetas sem alterações.
arroz, sem necessidade de fio dental.
Tendo em vista os dados apresentados, sobre o uso de
(D) escovação pelo menos 1 vez ao dia, escova peque- suplementação de ferro para este paciente, está reco­
na com cerdas duras, pasta de dente com flúor na mendado de acordo com a diretriz mais recente de
quantidade equivalente a um grão de ervilha, com S­ociedade Brasileira de Pediatria:
uso de fio dental após a escovação.
(A) Já deveria ter iniciado aos 30 dias de vida, na dose
(E) Higiene com escova de dente ou dedal próprio para de 2 mg/kg/dia até completar 1 ano de idade, e
criança, sem necessidade de pasta de dente, e sem d­epois 1 mg/kg/dia até completar 2 anos.
necessidade de fio dental.
(B) Deve iniciar agora na dose de 3 a 6 mg/kg/dia, com
controle laboratorial após 4 semanas do início do
t­ratamento.
45. Lactente, sexo feminino, 6 meses de idade, hígida, está
em consulta de puericultura. Até o momento, se alimenta (C) Deve ser iniciado agora, da dose de 1 mg/kg/dia até
com leite materno exclusivo e mãe está na consulta para completar 2 anos de idade.
obter informações sobre a alimentação complementar.
(D) Deverá ser iniciado ao completar 6 meses de vida, da
Ela sabe que poderá iniciar a oferta de novas fontes de
dose de 1 mg/kg/dia até completar 2 anos de idade.
proteína, como carne de vaca e frango, mas tem dúvidas
sobre a idade de liberação de outras fontes de proteína, (E) Não há necessidade de nenhuma suplementação,
como ovos, carne de porco e peixes. devendo ser revisto apenas se deixar de utilizar fór-
mula láctea enriquecida em ferro.
Baseado no Guia Alimentar para a População Brasileira
abaixo de 2 anos de idade, é correto afirmar que

(A) ovos (tanto a clara quanto a gema), peixes e carne


de porco são liberados desde os 6 meses de idade.

(B) clara de ovo está liberada a partir dos 8 meses, gema


e carne de porco a partir de 10 meses, e peixes a
partir de 1 ano de idade.

(C) gema está liberada a partir dos 6 meses, clara do


ovo e carne de porco a partir de 9 meses, e peixes a
partir de 1 ano de idade.

(D) ovos (tanto a clara quanto a gema) e carne de porco


são liberados a partir de 6 meses, e peixes a partir
de 1 ano de idade.

(E) gema de ovo e carne de porco estão liberados a par-


tir dos 6 meses, clara do ovo a partir de 1 ano, e
peixes a partir de 2 anos de idade.

Confidencial até o momento da aplicação. 13 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


47. Adolescente, sexo feminino, 12 anos de idade, está em 49. Recém-nascido, sexo feminino, acaba de ser internado
consulta de rotina. Ela refere estar incomodada, porque é na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais, com
mais baixa que a maioria das colegas de escola, deseja 2 horas de vida. Mãe de 38 anos, hígida, primigesta, sem
algum tratamento para crescer mais. Não tem nenhum intercorrências durante a gestação, apresentou rotura
antecedente patológico relevante, se alimenta bem, faz prematura de membranas ovulares e perda de líquido
atividade física regularmente, 4 vezes na semana, sem amniótico sem trabalho de parto. Tentada indução de
nenhum ponto relevante na anamnese. Ao exame clíni- trabalho de parto, sem sucesso. Nascida de parto cesá-
co, tem estágio puberal M1P1, sem nenhuma alteração rea após 24 horas de bolsa rota, prematura (36 sema-
ao exame clínico. Na consulta de hoje tem estatura de nas e 1 dia), posição cefálica, peso de nascimento de
142 cm, na consulta de 1 ano atrás era 137 cm. Mãe tem 2 210 g, adequada para a idade gestacional, Boletim
estatura de 163 cm e lembra que menstruou aos 14 anos. de Apgar: 7/9. Nasceu vigorosa e com choro forte, mas
Pai tem estatura de 178 cm e não lembra de nenhum evoluiu com desconforto respiratório, com Boletim de
marco puberal. Silverman-Andersan de 4 (retração intercostal modera-
da, retração xifóide moderada, batimento de asa nasal
O exame que confirmará a hipótese diagnóstica mais
moderado, gemido expiratório audível com estetoscó-
provável é
pio), sendo colocada com suporte de oxigênio. Colhi-
(A) dosagem de IGF1 e IGFBP3. dos exames com Hb: 16,7 g/dL, Ht: 58%, leucócitos:
8 480 (40,5% neutrófilos, 2,5% eosinófilos, 46% linfócitos,
(B) radiografia de punho esquerdo para determinação 11% monócitos), plaquetas: 226 000/microL, Proteína C
de idade óssea. reativa < 0,5 mg/L. Radiografia de tórax conforme ima-
gem a seguir.
(C) dosagem de TSH e T4L.

(D) ressonância magnética de encéfalo.

(E) ultrassonografia de pelve e dosagem de LH, FSH e


estradiol.

48. Recém-nascido, sexo feminino, nasce em hospital, por


parto vaginal, com 39 semanas de gestação. Sabe-se
que a mãe é primigesta, hígida, sem intercorrências
d­urante a gestação. A criança nasceu em apneia e hipo-
tônica, sendo levada à mesa de reanimação, colocada
sob calor irradiante, secado o corpo e a fontanela, posi-
cionado a cabeça e realizada a aspiração suave de boca
e narinas. Neste momento, verificado recém-nascida
com respiração irregular e com frequência cardíaca abai-
xo de 100 bpm.
O próximo passo indicado é
(radiopaedia.org)
(A) iniciar oferta de oxigênio em máscara aberta com
A hipótese diagnóstica mais provável é
oxigênio suficiente para manter saturação de oxigê-
nio superior a 90%. (A) displasia broncopulmonar.
(B) ventilação com pressão positiva utilizando máscara (B) hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido.
facial e ar ambiente (fração inspirada de oxigênio
de 21%). (C) pneumonia afebril do lactente.

(C) ventilação com pressão positiva utilizando máscara (D) síndrome do desconforto respiratório (doença da
facial e fração inspirada de oxigênio de 50%. membrana hialina).

(D) intubação orotraqueal e ventilação com pressão (E) taquipneia transitória do recém-nascido (síndrome
p­ositiva com ar ambiente (fração inspirada de oxigê- do pulmão úmido).
nio de 21%).

(E) intubação orotraqueal e ventilação com pressão


p­ositiva com fração inspirada de oxigênio suficiente
para manter saturação de oxigênio superior a 90%.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 14 Confidencial até o momento da aplicação.


50. Recém-nascido, sexo masculino, acaba de ser admiti- 52. Recém-nascido, sexo masculino, 22 dias de vida, é
do em alojamento conjunto. Filho de mãe primigesta, l­
evado pela mãe ao pronto-socorro com queixa de
19 anos de idade, deu entrada no hospital hoje, já em v­ômitos há 6 dias. Nega febre, nega diarreia, nega quei-
trabalho de parto, com 38 semanas de gestação. Parto xas respiratórias ou urinárias, nega lesões de pele. Nas-
vaginal sem intercorrências. Mãe recebeu diagnóstico de cido de termo (39 semanas), parto vaginal, Apgar 9/10,
sífilis no primeiro trimestre de gestação. O VDRL inicial sem intercorrências peri-natais. Peso de nascimento de
da gestante era 1/64, com teste treponêmico p­ositivo. 3 480 g, adequado para a idade gestacional. Estava em
Foi tratada, com 3 doses de penicilina benzatina, seio materno exclusivo, até que começou a apresentar os
colheu VDRL de controle após o fim do tratamento, com v­ômitos após as mamadas, o que fez a mãe tentar fórmu-
32 semanas de gestação, com resultado de 1/4. Colhidos la láctea de partida, mas que também levou a vômitos. Há
VDRL materno e do recém-nascido hoje, com resultado 3 dias, passou em consulta de rotina em UBS, onde foi
de 1/32. orientada a i­nclinar o berço a 45o, aumentar o tempo que é
colocado em pé após as mamadas e introdução de dom-
Considerando os antecedentes de sífilis na gestação e a
peridona. A mãe não viu resposta as orientações e, atual-
evolução dos exames laboratoriais, a conduta indicada
mente, o bebê vomita após todas as mamadas, sem exce-
para o recém-nascido é
ção. Ao exame clínico, recém-nascido em regular estado
(A) não coletar nenhum exame neste momento, colher geral, descorado, desidratado, com aspecto emagrecido,
novo VDRL com 1 mês de vida. Se VDRL menor que irritado e choroso. Abdome plano com presença de ondas
o do parto, manter seguimento clínico; se VDRL mais peristálticas visíveis no epigástrio. Peso atual de 3 540 g.
elevado, aplicar penicilina benzatina em dose única. Sem outras alterações relevantes ao exame clínico.
Optado pela coleta de exames laboratoriais com:
(B) coletar teste treponêmico específico. Se teste nega-
Hb 14,5 g/dL, Ht 49,5%, leucócitos: 12 350 (39% neu-
tivo, aplicar penicilina benzatina em dose única; se
trófilos, 2% eosinófilos, 1% basófilos, 43% linfócitos,
teste positivo, coletar líquor, hemograma, radiografia
15% monócitos), plaquetas: 450 000, proteína C reativa:
de ossos longos.
4 mg/dL, sódio: 143 mEq/L, potássio 3,8 mEq/L, cloro:
(C) coletar hemograma e radiografia de ossos longos. 91 mEq/L, ureia: 35 mg/dL, creatinina: 0,35 mg/dL,
Se exames normais, aplicar penicilina benzatina em gasometria arterial: pH: 7,49, pO2: 97 mmHg, pCO2:
dose única; se exames alterados, colher líquor e ini- 45 mmHg, HCO3: 33 mEq/L, BE: +6, SatO2 = 98%. Tend­o
ciar penicilina cristalina por 10 dias. em vista os dados apresentados, a hipótese diagnóstica
(D) coletar hemograma e radiografia de ossos longos. mais provável é
Se exames normais, aplicar penicilina procaína por
(A) alergia a proteína do leite de vaca.
10 dias; se exames alterados, colher líquor, realizar
tomografia de crânio e aplicar penicilina cristalina por (B) doença do refluxo gastroesofágico.
10 dias.
(E) coletar líquor, hemograma, radiografia de ossos lon- (C) estenose hipertrófica de piloro.
gos. Se líquor normal, o tratamento poderá ser com
(D) hiperplasia adrenal congênita.
penicilina cristalina ou procaína, ambas por 10 dias;
se líquor alterado, a única alternativa é penicilina (E) meningoencefalite herpética.
cristalina por 10 dias.

51. Recém-nascido, sexo feminino, 2 dias de vida, está


em alojamento conjunto. Filho de mãe secundigesta,
39 anos, hígida, sem intercorrências durante a gestação.
Ao nascimento, foi notado a presença de sopro sistólico
na borda esternal esquerda baixa, realizado ecocardio-
grama que evidenciou defeito de septo atrioventricular
t­otal. Ao exame clínico, nota-se que a criança tem uma
discreta hipotonia muscular com reflexo de Moro dimi­
nuído, hiperflexibilidade de articulações, perfil facial
achatado, fendas palpebrais oblíquas, pele redundant­e
na nuca, orelhas pequenas e arredondadas e prega
palmar única bilateral. Baseado na hipótese diagnósti-
ca mais provável para todos os achados fenotípicos da
p­aciente, além da coleta de teste do pezinho, assinale a
alternativa que contém outro exame complementar fun-
damental a ser realizado para este caso.
(A) Troponina.
(B) Ultrassonografia transfontanela.
(C) Creatinina.
(D) Creatinofosfoquinase.
(E) Hemograma completo.
Confidencial até o momento da aplicação. 15 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto
53. Lactente, sexo feminino, 5 meses de idade, é levada ao 54. Escolar, sexo masculino, 7 anos de idade, é portador
serviço de emergência devido a quadro de febre de até de doença falciforme SC em seguimento com pediatra
39,5 ºC há 2 dias. Não apresenta sintomas respiratórios, e h­ ematologista. Mãe refere que ele estava em uma
familiares não notaram alterações intestinais ou uriná- e­xcursão da escola e começou a sentir dor na face
rias. Em aleitamento materno exclusivo, com boa acei- anterior da perna direita após mergulhar em uma
tação das mamadas. Nega comorbidades. Vacinação em c­achoeira de águas geladas. Mãe tentou dar dipirona oral
dia conforme Calendário Nacional de Vacinação. Exame em casa, sem melhora da dor. Nega febre, nega sinto-
clínico sem nenhuma alteração significativa. Optado pela mas respiratórios, nega alterações intestinais ou uriná-
coleta de urina tipo 1 e urocultura por sondagem vesi- rias. Boa aceitação alimentar e de líquidos. Na entrada,
cal, com os seguintes achados: densidade: 1010, pH 7,0, paciente em regular estado geral, descorado 2+/4+,
n­itrito negativo, esterase leucocitária 2+, 10 000 hemá- hidratado, ativo, FC: 110 bpm, FR: 24 irpm, Saturação:
cias, mais de 1 000 000 de leucócitos. 96% em ar ambiente, sem alterações as propedêuti-
cas cardíaca, pulmonar e abdominal, sem outros acha-
A hipótese diagnóstica mais provável e a conduta mais dos relevantes ao exame clínico. Refere dor nota 7 em
adequada, respectivamente, são 10 na face anterior da perna direita. Refere Hb basal
de 9. Optado pela coleta de exames complementares,
(A) cistite. Alta hospitalar com cefalexina oral, retorno se
com Hb 8,8 g/dL, Ht 26,2%, leucócitos: 16 320 (48,7%
sinais de alarme e seguimento habitual de pue­ricultura.
neutrófilos, 0,4% eosinófilos, 1,2% basófilos, 42,8%
(B) pielonefrite. Alta hospitalar com axetilcefuroxima oral linfócitos, 6,9% monócitos), plaquetas: 520 000, proteí­
e retorno em 48 horas para reavaliação e checagem na C reativa: 7,1 mg/dL, Ureia: 28 mg/dL, creatinina:
de resultado de urocultura, ou antes se sinais de 0,86 mg/dL, U­ rina 1: d: 1 005, proteína 2+/4+, nitrito
alarme. n­egativo, estearase n­egativa, leucócitos: 1 000, hemá-
cias: 1 000. Radiografia de tórax sem alterações.
(C) cistite. Internação com amicacina endovenosa até
resultado de urocultura e até paciente permanecer A prescrição inicial mais indicada neste momento é
afebril por mais de 48 horas.
(A) dieta para a idade, Morfina endovenosa 4/4h, Dipiro-
(D) pielonefrite. Internação com ceftriaxone endovenoso na endovenosa 6/6h, Paracetamol oral se necessá-
até resultado de urocultura e realização de ultrasso- rio, Ácido fólico oral 1x/dia.
nografia de rins e vias urinárias em até 48 horas.
(B) dieta para a idade, Soro de manutenção basal
(E) febre sem foco definido. Continuar investigação com e­ndovenoso, Cetoprofeno endovenoso 8/8h, Dipiro-
coleta de hemograma completo, proteína C reativa e na endovenosa 6/6h, Paracetamol oral se necessá-
radiografia de tórax. rio, Sulfato ferroso oral 1x/dia.

(C) dieta para a idade, Ceftriaxone endovenoso, Oxige-


noterapia com cateter nasal, Cetoprofeno endoveno-
so 8/8h, Dipirona endovenosa 6/6h, Morfina endove-
nosa se necessário, Vitamina B12 oral 1x/dia.

(D) dieta para a idade, Soro de manutenção basal



ndovenoso, Claritromicina oral, Morfina endove-
nosa 4/4h, Cetoprofeno endovenoso 8/8h, Dipirona
endovenosa se necessário.

(E) jejum, Soro fisiológico 20 mL/kg endovenoso ago-


ra, Oxigenoterapia com cateter nasal, Cefotaxima
e­ndovenosa, Cetoprofeno endovenoso 8/8h, Dipiro-
na endovenosa se necessário.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 16 Confidencial até o momento da aplicação.


55. Lactente, sexo feminino, 2 meses de idade, foi levada ao 56. Pré-escolar, sexo masculino, 4 anos de idade, hígido,
pronto atendimento por quadro de tosse seca, obstrução foi levado ao serviço de emergência devido a quadro de
nasal e coriza hialina há 4 dias. Tem evoluído com piora f­ebre de até 39,2 ºC, vômitos e cefaleia frontal há 1 dia.
progressiva da tosse, em alguns momentos com vômitos Sem sintomas respiratórios, sem diarreia, sem altera-
pós-tosse, e piora do cansaço há 1 dia. Sem febre, sem ções urinárias. Na entrada, paciente em regular estado
alterações intestinais ou urinárias. Ao exame, criança em geral, com presença de rigidez de nuca, sinais de Kerni­g
regular estado geral, desidratada de algum grau, auscul- e B­ rudzinski positivos, sem outros achados relevan-
ta pulmonar com roncos esparsos, presença de tiragem tes. Colhido líquor, com 1 250 células (80% neutrófilos,
subdiafragmática moderada, frequência respiratória de 20% linfócitos), proteinorraquia 160 mg/dL, Glicorraquia
58 irpm, saturação de 90% em ar ambiente, pele com 18 mg/dL, glicemia sérica 102 mg/dL. Aguarda resultado
a­lgumas petéquias exclusivamente na face. Sem outras de culturas e bacterioscopia. Foi optado pela introdução
alterações relevantes ao exame clínico. Optado pela de antibioticoterapia com Ceftriaxone e Vancomicina.
c­oleta de exames, com Hb 12,4 g/dL, Ht 38,2%, leucó- A opção de introdução de vancomicina neste caso visa
citos: 26 300 (12,2% neutrófilos, 0,5% basófilos, 82,6% melhorar a cobertura de espécimes mais resistentes de:
linfócitos, 5% monócitos), plaquetas: 327 000, proteína
C reativa de 32,1 mg/dL, radiografia de tórax conforme (A) Haemophilus influenzae tipo B.
imagem a seguir.
(B) Neisseria meningitidis.

(C) Listeria monocytogenes.

(D) Streptococcus pneumoniae.

(E) Acinetobacter baumannii.

57. A hidratação é o ponto mais importante do manejo da


doença diarreia aguda. No plano A, quando a criança
se encontra com diarreia, mas sem sinais de desidrata-
ção, preconiza-se, entre outros pontos, o uso de soro de
reidratação oral (SRO), em domicílio, para ser ofertado
após cada diarreia. A quantidade é preconizada de acor-
do com a idade: 50 a 100 mL de SRO a cada diarreia
para crianças abaixo de 1 ano, 100 a 200 mL de SRO
para crianças entre 1 e 10 anos e o quanto aceitar para
crianças acima de 10 anos.
(radiopaedia.org) A preocupação em limitar o uso do SRO para as crianças
abaixo de 10 anos está associado ao fato que o excesso
Tendo em vista o diagnóstico mais provável, o tratamento
de SRO, principalmente nessas idades, poderia levar à
de escolha deve ser realizado com:
(A) hipomagnesemia.
(A) Ampicilina.
(B) hiper-hidratação.
(B) Dexametasona.
(C) hipernatremia.
(C) Amicacina.
(D) hiperglicemia.
(D) Azitromicina.
(E) hipocalemia.
(E) Apenas medidas de suporte.

Confidencial até o momento da aplicação. 17 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


58. Escolar, sexo feminino, 6 anos de idade, hígida, é leva- 60. Escolar, sexo feminino, 8 anos de idade, deu entra-
da ao pronto atendimento com história de febre de até da no pronto atendimento com queixa de febre de até
38,7 ºC há 4 dias. Há 2 dias houve surgimento de exan- 39 ºC há 3 dias. Há 2 dias com cefaleia frontal, pros-
tema não-pruriginoso pelo corpo, inicialmente em face, tração, dor em joelhos e cotovelos, e desde hoje com
agora também em superfícies extensoras dos braços. exantema pruriginoso em tronco, vômitos e dor abdo-
O exantema é rendilhado e a mãe acha que piorou hoje minal d­ifusa. Nega diarreia. Sem sintomas respiratórios.
pela manhã, quando ela levou a criança ao parque e ficou Nest­e período, usou apenas dipirona para controle da dor
exposta ao sol. Nega alterações respiratórias, gastroin- e da febre. Ao exame clínico, paciente em regular esta-
testinais ou urinárias. Vacinação em dia pelo Calendá- do g­eral, descorado 1+/4+, hidratado, ativo, sem sinais
rio Nacional de Vacinação. Ao exame, criança em bom meníngeos. Sinais vitais com FC 90 bpm, FR 18 irpm,
e­stado geral, com exantema de aspecto rendilhado, mas PA 90 x 60 mmHg, pulsos cheios, tempo de e­nchimento
intenso na região malar do rosto e nas faces extensoras capilar de 2 segundos. Abdome plano, doloroso a pal-
dos braços e parte anterior do tronco. Discreta hipere- pação difusamente, sem dor a descompressão brusca.
mia de orofaringe, sem pontos purulentos. Presença de Presença de exantema difuso, mais intenso em tron-
linfonodos submandibulares fibroelásticos e indolores, de co. Sem outras alterações significativas. Optado pela
até 0,5 cm. Sem outras alterações significativas ao exa- coleta de exames, com Hb 11,2, Ht 48,3%, leucócitos:
me clínico. 5 200 (60% neutrófilos, 2% basófilos, 24% linfóticos,
14% monócitos), plaquetas: 130 000, proteína C reativa
Considerando a hipótese diagnóstica mais provável, o 77 mg/dL, TGO: 92 U/L, TGP: 103 U/L, albumina:
agente etiológico responsável pela doença é 2,2 mg/dL, sódio: 140 mEq/L, potássio: 4,1 mEq/L. Ultras-
sonografia de abdome com discreta quantidade de líqui-
(A) herpes vírus tipo 6.
do livre em cavidade, sem outros achados significativos.
(B) morbilivírus. Radiografia de tórax sem alterações. Trata-se de criança
sem comorbidades prévias conhecidas e com vacinação
(C) paramyxovírus. completa pelo Calendário Nacional de Imunizações.

(D) parvovírus B19. Tendo em vista o diagnóstico mais provável, a conduta


indicada é
(E) rubivírus.
(A) internação, notificação compulsória, coleta de soro-
logia e prescrição de vitamina A oral.

59. Pré-escolar, sexo masculino, 3 anos de idade, hígido, foi (B) epinefrina intramuscular, anti-histamínico e corticoi-
levado ao pronto-socorro após episódios de vômitos e de endovenosos, observação em pronto socorro por
prostração de início súbito, iniciados há 1 hora. Até então, 4 a 6 horas.
criança estava assintomática. Nega febre, nega diarreia.
Pais referem que estavam trabalhando de home-office (C) internação, realização de ecocardiograma, prescri-
e que criança estava brincando na frente de casa, sem ção de gamaglobulina endovenosa e ácido acetilsa-
supervisão, quando os sintomas se iniciaram. Ao exame licílico oral.
clínico de entrada, apresenta-se descorado, desidratado
(D) aplicação de penicilina benzatina intramuscular, alta
de algum grau, hipoativo e hiporreativo. Parâmetros vitais
hospitalar para encaminhamento para seguimento
com FC: 65 bpm, FR: 14 irpm, PA 78 x 46 mmHg, satu-
ambulatorial.
ração: 95% em ar ambiente, tempo de enchimento capi-
lar de 4 segundos. Pupilas mióticas com lacrimejamento
(E) internação, notificação compulsória, dosagem de a­ntí­
intenso, sudorese e salivação intensas. Ausculta pulmo-
geno NS1 e prescrição de hidratação endovenosa.
nar com roncos de transmissão, sem desconforto. Sem
l­esões de pele. Sem outras alterações ao exame clínico.

Assinale a medicação indicada no caso referido

(A) atropina.

(B) flumazenil.

(C) gluconato de cálcio.

(D) naloxone.

(E) vitamina K.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 18 Confidencial até o momento da aplicação.


Ginecologia e Obstetrícia 64. Mulher, 24 anos, sexualmente ativa, vem ao pronto aten-
dimento com dor no abdome inferior há 2 dias. Nuligesta,
sem atraso menstrual e usa contraceptivo oral regular-
mente. Nega disuria. Ao exame físico a paciente encon-
61. Jovem de 25 anos relata que apresenta leucorreia de re-
tra-se com temperatura axilar 38,1 °C. Ao exame espe-
petição sem melhora com o uso de diferentes cremes va-
cular, apresenta conteúdo vaginal amarelado volumoso
ginais. Ao exame físico, há leucorreia branco amarelada
e, ao toque vaginal, dor a mobilização do colo uterino e
incaracterística e hiperemia das paredes vaginais.
palpação anexial.
Sobre o diagnóstico dessa paciente,
Qual a hipótese diagnóstica e a conduta assertiva para o
(A) se os critérios de Amsel forem positivos, teremos um caso apresentado?
quadro de candidíase.
(A) Apendicite; laparotomia exploradora.
(B) a Gardnerella seria causa mais provável para o qua-
(B) Gestação ectópica rota; laparoscopia.
dro de vaginite aguda.
(C) Doença inflamatória pélvica; ceftriaxona e doxiciclina.
(C) o teste das aminas torna-se positivo na infecção pela
Chlamydia. (D) Endometriose; progestógenos.
(D) se o pH vaginal estiver 5,5, o quadro de candidíase (E) Clamídia; colher material vaginal e azitromicina se
seria o mais provável. positivo.
(E) em casos de difícil diagnóstico, devemos cogitar a
possibilidade de tratar-se de vaginite aeróbica.
65. A endometriose permanece uma doença subdiagnosticada
e de patogênese não esclarecida. Sobre sua patogênese:
62. Mulher de 27 anos vem para consulta na UBS com re- (A) a teoria da menstruação retrógrada conseguiu expli-
sultado colpocitológico apresentando ASCUS. De acordo car com precisão o porquê de as células endome-
com as recomendações do Ministério da Saúde (2018), triais desenvolverem-se em local anômalo.
qual a conduta apropriada do médico?
(B) os macrófagos estão diminuídos no fluido peritoneal
(A) Repetir a citologia em 12 meses. das mulheres com endometriose.
(B) Realizar a colposcopia imediata. (C) as células Natural Killer (NK) apresentam aumento
da sua toxicidade e os linfócitos T estão reduzidos
(C) Tomar a vacina quadrivalente para HPV.
no fluido peritoneal das mulheres com endometriose.
(D) Cauterizar o colo uterino.
(D) são encontrados interleucinas, interferon-g, fator de ne-
(E) Realizar a captura híbrida para HPV. crose tumoral alfa e fator de crescimento vascular en-
dotelial (VEGF) no fluido peritoneal dessas mulheres.

63. As mudanças no eixo hipotálamo-hipófise-ovariano são (E) na teoria da metaplasia celômica, o epitélio celômico
as responsáveis pela irregularidade menstrual associada sofre apoptose e isso explica os focos a distância.
a esse período. Os ciclos tendem a encurtar e observa-
-se um aumento progressivo de FSH. Mais tarde, ciclos
66. Qual a interpretação correta para os exames subsidiários
curtos ocorrem alternados com ciclos longos, a ovulação
em infertilidade conjugal?
torna-se mais rara até desaparecer. Ocorre diminuição
da inibina ovariana. Essa hipersecreção gonadotrófica (A) Hormônio antimulleriano abaixo de 1 indica boa re-
permanece por toda a vida. A taxa de estradiol é inferior a serva ovariana.
20 pg/ml. A taxa de estrona é de 30-60 pg/ml.
(B) Espermograma com morfologia estrita de Krueger
A qual período/alteração endócrina o texto se refere? 6% indica normalidade.
(A) Puberdade anormal. (C) FSH acima de 10 MUI/ml no 3o dia do ciclo sugere
(B) Climatério. boa reserva ovariana.

(C) Primeira fase do ciclo. (D) Progesterona acima de 2 ng/ml na fase lútea média
sugere ciclo ovulatório.
(D) Hipogonadismo hipogonadotrófico.
(E) Normogonadismo hipergonadotrófico sugere síndro-
(E) Síndrome de ovários policísticos. me dos ovários policísticos.

Confidencial até o momento da aplicação. 19 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


67. A descrição e estadiamento do Prolapso de Órgãos Pél- 69. Mulher de 40 anos com quadro de hipermenorragia as-
vicos (POP) se dá através de um teste objetivo chamado sociada a dismenorreia há 6 meses. Secundípara e tem
POP-Q e essa classificação propõe medidas e pontos laqueadura. Ao exame físico ginecológico não foram ob-
pré-definidos em relação à estática pélvica feminina con- servadas alterações.
forme a imagem a seguir.
Quanto às hipóteses diagnósticas, exames inicialmente
indicados e tratamento adequado, escolha a alternativa
correta.

(A) Pré-menopausa; dosar estrogênio e FSH; terapêutica


com contraceptivos.
TVL

Ba (B) Miomatose uterina; ressonância magnética; histerec-


Aa
tomia.
Gh
D (C) Carcinoma invasor de colo uterino; colposcopia; co-
nização.
C Pp
Bp Ap

(D) Pólipo endometrial; ultrassonografia; exérese.

(E) Sangramento uterino anormal; hemograma; DIU


com levonorgestrel.
Após avaliação desses pontos, interprete os resultados
de uma possível paciente:
Aa -3; Ba -3; Ap +3; Bp +5; C -6; D -2. 70. Identifique qual dos fatores de risco a seguir é mais signi-
ficativo para o desenvolvimento do câncer de mama nas
(A) Prolapso de parede vaginal anterior. mulheres acima de 40 anos.
(B) Prolapso de parede vaginal posterior. (A) Menarca abaixo de 14 anos.
(C) Prolapso de cúpula vaginal. (B) Uso de anticoncepcionais orais.
(D) Prolapso uterino. (C) Terapia hormonal com estrogênios.
(E) Sem prolapso. (D) Hiperplasia mamária típica.

(E) Câncer de ovário em parente de primeiro grau.


68. A respeito da fisiologia menstrual, assinale a alternativa
correta.
Considere o caso a seguir para responder as questões de
(A) O endométrio divide-se em camada funcional, que números 71 e 72.
se regenera após a menstruação, e camada basal,
que se transforma ao longo do ciclo menstrual. Primigesta com 40 semanas de gestação vem ao pron-
to atendimento com dores em baixo ventre há 3 horas. Ao
(B) A duração do corpo lúteo é sempre fixa entre 10 e
exame físico, apresenta 2 contrações irregulares e movimen-
12 dias.
tação fetal presente. Altura uterina de 35 cm e batimentos
(C) A progesterona reduz a atividade proliferativa endome- cardiofetais 120 bpm. Ao toque vaginal, a paciente apresenta
trial e inicia a diferenciação das glândulas do epitélio 2 cm de dilatação.
pseudoestratificado.

(D) No estágio inicial antral, os folículos são dependentes 71. Qual o diagnóstico do caso apresentado?
do LH para seu crescimento.
(A) Fase ativa protraída.
(E) Na fase em que a produção de estradiol folicular é
máxima ocorre um feedback positivo sobre a hipófise. (B) Pós-termo.

(C) Está na 2a fase clínica do parto.

(D) Fase latente.

(E) Deverá ocorrer a dilatação de 1,5 cm/hora.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 20 Confidencial até o momento da aplicação.


72. Na assistência a essa parturiente, quais as condutas 75. Sobre a assistência pré-natal:
apropriadas?
(A) VDRL 1/4 e FTA-ABS negativo indicam sífilis latente
(A) Internação e indução do parto com misoprostol. tardia.

(B) Internação e condução do parto com ocitocina intra- (B) glicemia de jejum quando acima de 110 mg/dL deter-
venosa. mina o overt diabetes.

(C) Cardiotocografia e reavaliação em 1 a 2 horas. (C) diversos componentes específicos ingeridos como
suplementos dietéticos não parecem ter efeitos sig-
(D) Ultrassonografia com doppler e, se normal, retorno
nificativos sobre o peso ao nascer.
semanal.
(D) ultrassonografia transvaginal na fase embrionária
(E) Administrar fluidos intravenosos e manter paciente
mostra o saco gestacional a partir de 3 semanas de
em decúbito lateral esquerdo.
gestação após a data da última menstruação.

(E) se hemoglobina menor que 12 g/dL, deve-se usar


73. Com relação às medidas preventivas da prematuridade, ferro em dose terapêutica.
(A) a prevenção primária representada pelo acesso ao
pré-natal garante a redução da prematuridade es-
76. A taxa de transmissão vertical do HIV gira em torno de
pontânea.
30% se não há intervenção. Após intervenção, é possível
(B) o rastreamento universal com ultrassonografia trans- reduzi-la para 2 a 4%.
vaginal entre 20 a 24 semanas detecta as gestantes Qual das condutas a seguir tem se mostrado eficaz?
de risco quando a medida do colo uterino for menor
que 30 mm. (A) A administração de AZT via oral no parto.

(C) o uso do pessário vaginal deve ser indicado rotineira- (B) Cesariana eletiva em todos os casos.
mente em gestações gemelares.
(C) Liberar para o aleitamento materno, visto que não
(D) os uterolíticos são eficientes nas reduções das taxas aumenta a transmissão vertical.
de prematuridade.
(D) Teste molecular com quantificação de carga viral no
(E) a progesterona vaginal tem sua indicação nas gesta- rastreamento.
ções únicas de mulheres com antecedente de parto
(E) Terapia antirretroviral com lamivudina + tenofovir +
prematuro espontâneo.
raltegravir.

74. Na assistência ao parto, eventos ominosos podem ocor-


77. Primigesta, 17 anos, com pré-natal de baixo risco e 34
rer, exigindo pronta atuação do obstetra para reduzir os
semanas de idade gestacional. Dá entrada no pronto
agravos à saúde materna e fetal.
atendimento com queixa de cefaleia de início súbito asso-
A respeito dessas emergências: ciada a edema generalizado, dor epigástrica e alterações
visuais. A pressão arterial era de 160 x 110 mmHg na
(A) o fórcipe médio baixo pode ser indicado quando o
admissão, sendo medicada com hidralazina intravenosa
biparietal atingir o plano -1, se obstetra experiente.
a cada 15 a 20 minutos. A paciente manteve o mesmo
(B) o vácuo extrator deve ser aplicado próximo a fonta- quadro na reavaliação de 2 horas após. Realizados exa-
nela anterior em fetos de tamanho adequado. mes, tais como hemograma, enzimas hepáticas, ureia e
creatinina normais com aumento de ácido úrico. O feto
(C) na atonia uterina, a intervenção inicial mais impor- apresentava-se com nota 10 no perfil biofísico fetal.
tante é o uso do ácido tranexâmico.
Assinale a alternativa que apresenta a conduta adequada
(D) em casos com inversão uterina aguda, deve-se rea- para o caso.
lizar a manobra manual de Huntington.
(A) A paciente deve ser hipertensa crônica e indica-se o
(E) na distocia de ombros, deve-se utilizar a manobra bloqueador de canal de cálcio.
de McRoberts, de Rubin, de Jacquemier, posição de
Gaskin, entre outras. (B) Estamos diante de uma iminência de eclampsia,
impondo-se sulfato de magnésio e resolução da
gestação.

(C) Será necessário realizar a proteinúria de 24 horas


para confirmação diagnóstica.

(D) Realizar a corticoterapia antenatal seguida da indu-


ção do parto.

(E) Internar a paciente, controlar a pressão arterial com


três drogas anti-hipertensivas e seguir até 40 semanas.

Confidencial até o momento da aplicação. 21 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


78. Primigesta com 16 semanas de idade gestacional vem 80. Paciente com atraso menstrual de 7 semanas vem ao
para sua segunda consulta de pré-natal, apresentando pronto atendimento com cólicas leves e sangramento va-
os seguintes resultados: ginal leve. Ao exame geral, a paciente estava em bom
estado, corada e com parâmetros cardiorrespiratórios
Tipagem sanguínea: A negativo.
dentro da normalidade. Ao exame ginecológico, o útero
Sorologia: anti-HIV ELISA negativo, anti-HCV negativo, não era palpável no nível da sínfise púbica e o colo uteri-
Ag HBs negativo, Toxo IgG positivo e IgM negativo, VDRL no estava fechado.
1/2.
Quais achados ultrassonográficos são esperados para as
Glicemia: 87 mg/dL. hipóteses prováveis para esse caso?
Urina 1: 30 000 leucócitos. (A) Abortamento infectado – ultrassom com retenção de
Assinale a alternativa que apresenta a conduta adequada produtos da concepção.
neste momento. (B) Aborto retido – ausência de embrião.
(A) Administrar Rhogan. (C) Aborto incompleto – espessura endometrial > 12 mm
(B) Solicitar Western Blot. com ecos agrupados.

(C) Solicitar teste treponêmico. (D) Ameaça de abortamento – embrião com atividade
cardíaca compatível.
(D) Tratar com cefalexina.
(E) Gestação anembrionada – saco gestacional de 12 mm
(E) Solicitar avidez de IgG para toxoplasmose e espira- e ausência do embrião.
micina.

Med. Prev. Social / Med. de Família e Comunidade /


79. Primigesta com 41 semanas de idade gestacional vem
referindo diminuição da movimentação fetal, tendo sido
Saúde Coletiva
realizada a cardiotocografia a seguir.
81. Um pesquisador deseja estudar os fatores de risco de
uma forma rara de sarcoma. Ele descobriu o maior re-
gistro desta forma de câncer, mas a base de dados co-
letados é de poucos meses de duração. Nesse cenário,
qual é o tipo de desenho de estudo mais adequado para
avaliar essa condição?

(A) Caso-controle.

(B) Coorte prospectiva.

(C) Coorte retrospectiva.

(D) Experimental.

(E) Seccional.

Após avaliação por toque vaginal, o colo uterino era im-


pérvio, amolecido e anteriorizado. Qual o diagnóstico da 82. Em relação ao uso e preenchimento da declaração de
cardiotocografia e a conduta inicial para esta paciente? óbito (DO), é correto afirmar que:
(A) Categoria 1 – reavaliar em 3 dias. (A) em caso de recém-nascido com menos de 500 g que
(B) Categoria 2 – reavaliar em algumas horas. morre minutos após o nascimento, por ser conside-
rado óbito fetal, não deve ser emitida DO.
(C) Categoria 3 – parto cesariana.
(B) o médico que transporta um paciente com politrauma
(D) Categoria 1 – indução do parto com misoprostol. de um hospital para outro deve emitir a DO, caso o
paciente faleça no caminho.
(E) Categoria 2 – romper bolsa.
(C) o médico do Programa Mais Médicos que não pos-
sui registro em Conselho Regional de Medicina não
pode emitir uma DO.

(D) quando gêmeos conjugados (ou xipófagos ou siame-


ses) nascem e morrem logo após o parto, deve-se
emitir apenas uma DO.

(E) quando a grávida falece sem que tenha havido a ex-


pulsão do feto (permanece no útero), deve-se emitir
apenas uma DO.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 22 Confidencial até o momento da aplicação.


83. Em relação à saúde do trabalhador, assinale a alternativa 86. Homem de 52 anos de idade refere muita preocupação
que descreve, com maior probabilidade, a profissão de de longa data acerca dos exames para o rastreamento de
maior risco e doença ocupacional relacionada, respecti- doenças (screening).
vamente.
Em relação à eficácia e efetividade de estratégias para
(A) Agricultores que lidam com inseticidas arsênicos e screening, é verdadeiro afirmar:
doença de Parkinson.
(A) intervenções, como a mamografia, são uma forma
(B) Profissionais de indústria têxtil com corantes e cân- de prevenção primária.
cer de bexiga.
(B) intervenções que visam afecções de baixa prevalên-
(C) Profissionais de eletrônica e mesotelioma. cia são aceitáveis, se os custos forem baixos.

(D) Profissionais que trabalham no esgoto e hepatites A, (C) muitas intervenções não conseguem demonstrar um
C e D. efeito benéfico sobre a mortalidade de uma doença
X, apesar da alta sensibilidade e especificidade do
(E) Profissionais que lidam com gases anestésicos e in- seu exame de rastreamento.
fertilidade.
(D) para uma estratégia ser efetiva, o tratamento na fase
assintomática de uma doença X detectada pelo scre-
84. Em relação ao Plano de ações estratégicas para o en- ening não pode se associar a melhor prognóstico do
frentamento das doenças crônicas e agravos não trans- que esperar que a fase sintomática apareça.
missíveis no Brasil (2021-2030), constitui uma meta, até
(E) se existirem questões de eficácia de uma interven-
2030, reduzir
ção, é melhor errar pelo lado da intervenção do que
(A) a mortalidade prematura (30 a 49 anos) por câncer pela omissão.
de mama em 15%.

(B) a mortalidade prematura (50 a 69 anos) por câncer


de colo do útero em 25%.

(C) a mortalidade prematura (30 a 69 anos) por câncer


do aparelho digestivo em 30%.

(D) em 1/3 a taxa padronizada de mortalidade prematura


(30 a 69 anos) por doença crônica não transmissível
(DCNT).

(E) em 50% a probabilidade incondicional de morte pre-


matura (30 a 69 anos) por DCNT.

85. O Programa de Qualificação dos Prestadores de Ser-


viços de Saúde (Qualiss) da ANS é um bom indicador
de qualidade hospitalar. Ele foi desenvolvido justamente
para nos ajudar a entender se um hospital atende os cri-
térios importantes relacionados à qualidade assistencial,
bem como clínicas, laboratórios e profissionais.
Entre os requisitos mínimos estabelecidos, não só pela
ANS, mas por todas as entidades governamentais que
contribuem para a sua qualificação, como Anvisa, Inme-
tro, ONA e SBP, um hospital precisa

(A) ter uma comissão de Revisão de Prontuários.

(B) ter no mínimo 100 leitos, dos quais 15% ou mais de-
vem ser de terapia intensiva.

(C) ter um núcleo de humanização ativo.

(D) ter no máximo 3 prontuários médicos.

(E) realizar o censo hospitalar três vezes ao dia.

Confidencial até o momento da aplicação. 23 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


87. Homem de 47 anos apresenta quadro de 2 meses com 88. Em relação ao panorama da prevalência de fatores de
tosse seca, sudorese noturna, anorexia, adinamia e perda risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT),
de peso (12% do peso). Não há diarreia ou vômitos. Refe- descritas no Plano de ações estratégicas para enfrenta-
re tabagismo há 20 anos (15 cigarros/dia). Ao exame físi- mento das DCNT no Brasil, de acordo com dados do Mi-
co, temperatura: 37,6 °C; pressão arterial: 112 × 66 mmHg; nistério da Saúde, no período de 2011 a 2022, é correto
frequência cardíaca: 108 bpm; frequência respiratória: 26 afirmar que:
ipm; oximetria de pulso com saturação de 93% em ar am-
(A) a obesidade em adultos vem aumentando em quase
biente. Exames de sangue, hemoglobina: 11,4 g/dL; leu-
todas as regiões e países, com 2,9 bilhão de pesso-
cócitos: 3 400 (neutrófilos: 87%; bastões: 3%; linfócitos:
as acima do peso em 2016, das quais 650 milhões
9%; eosinófilos: 1%). A radiografia realizada é mostrada
(13% da população mundial) têm obesidade grau II.
a seguir.
(B) a Organização Mundial de Saúde determina que o
consumo de açúcares livres deve ser reduzido para
menos de 30% da ingestão calórica total, com predi-
leção para frutas e hortaliças como alimentos essen-
ciais para um padrão saudável de alimentação.

(C) a prevalência do tabagismo tem se mantido estável


nos últimos 15 anos, sendo responsável por um ex-
tenso número de mortes evitáveis, por consideráveis
anos de vida perdidos, e pelo alto custo da assistên-
cia médica atribuível ao tabagismo.

(D) além da relação das bebidas alcoólicas com aci-


dentes, evidências indicam grande contribuição do
consumo de álcool na ocorrência de diabete melito,
hipertensão arterial, hiperlipidemia, obesidade e do-
ença renal crônica de estádio final.

(E) estudo com dados do Vigitel 2019 mostrou que a


prática de atividade física é mais prevalente entre
os mais jovens, do sexo masculino, com maior es-
colaridade, da cor branca, com plano de saúde, não
Considerando a principal hipótese diagnóstica, é correto fumantes e que consomem frutas e hortaliças.
afirmar:

(A) a doença deve ser notificada em até 7 dias, mesmo 89. Em relação ao rastreamento populacional, de acordo
antes da confirmação. com as mais recentes evidências científicas de qualida-
de, é correto afirmar:
(B) as opacidades retículo/micronodulares difusas de
distribuição randômica decorrem da disseminação (A) a mamografia junto com autoexame de mamas para
hematogênica do germe no parênquima pulmonar. o rastreamento do câncer de mama são as estraté-
gias com as quais mais se consegue reduzir a mor-
(C) o tabagismo tem importância epidemiológica asso-
talidade. Tais exames devem ser feitos por todas as
ciada e aponta para câncer de pulmão com linfangite
mulheres com idade de 40 a 80 anos.
carcinomatosa.
(B) o rastreio do câncer de cólon com colonoscopia a
(D) o teste de HIV costuma ser positivo nessa condição
cada 10 anos deve ser realizado dos 50 a 70 anos
e o paciente deve ser tratado com trimetoprima-sul-
de idade.
fametoxazol.
(C) o rastreamento do câncer de colo do útero com exa-
(E) se houver história ocupacional (agrotóxicos, gases
me de papanicolau e pesquisa de HPV deve ser ini-
tóxicos e metais pesados), a doença deve ser notifi-
ciado em todas as mulheres a partir dos 21 anos de
cada em até 24 horas.
idade.

(D) homens de 50 a 80 anos devem ser rastreados anu-


almente para câncer de próstata com dosagem de
antígeno específico da próstata (PSA) e exame retal
digital.

(E) tomografia de tórax de baixa dose anual é reco-


mendada para rastreamento de câncer de pulmão
em pessoas de 50 a 80 anos com tabagismo de 20
maços-ano que fumam ou pararam de fumar nos úl-
timos 15 anos.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 24 Confidencial até o momento da aplicação.


90. De acordo com a Política Nacional de Regulação em 93. Bebê de 3 meses de idade chega ao serviço de autópsia
Saúde no SUS, a regulação é composta por um conjunto com história significativa de pneumonia e choque séptico.
de ações-meio que dirigem, ajustam, facilitam ou limitam O levantamento radiológico completo do esqueleto é rea-
determinados processos, abrangendo tanto o ato de re- lizado e um dos filmes é retratado a seguir.
gulamentar quanto as ações e técnicas que asseguram
seu cumprimento.
Nesse sentido, constitui ação da Regulação da Rede de
Atenção em Saúde:
(A) aplicação dos recursos financeiros destinados ao
SUS nas 3 esferas de governo.
(B) avaliação das condições sanitárias dos estabeleci-
mentos de saúde.
(C) contratualização de serviços de saúde segundo as
normas e políticas específicas da ANVISA.
(D) melhoria do atendimento médico ao paciente e oti-
mização dos resultados clínicos através da revisão
do atendimento prestado aos pacientes em relação
a critérios explícitos.
(E) incorporação de novas tecnologias e medicamentos
com base em evidências científicas de qualidade.

91. Um estudo comparou os níveis de colesterol em crianças


cujos pais morreram de infarto do miocárdio com os ní-
veis de colesterol em crianças cujos pais morreram por
outras causas. O valor de p obtido no teste foi inferior a
0,001 (p < 0,001).
Com maior probabilidade, o que esse valor p indica?
(A) A diferença nos níveis de colesterol entre os dois Qual é a melhor interpretação dessa radiografia de extre-
grupos foi inferior a 0,1%. midade inferior?

(B) A probabilidade é menor de 0,1% de que os resulta- (A) Fratura traumática.


dos obtidos nesse estudo tenham ocorrido devido a (B) Lesão ocasionada pelo parto.
um erro amostral.
(C) Lesão iatrogênica.
(C) Ele ajuda a avaliar se o valor observado é provavel-
mente devido ao acaso. (D) Osteomielite.

(D) Não houve diferença nos níveis de colesterol entre (E) Variante normal.
os dois grupos.
(E) Reflete a diferença absoluta nos dados entre os gru- 94. Em relação às doenças crônicas não transmissíveis, é
pos e a exatidão dos dados na amostra. correto afirmar:
(A) apesar de muito bom para a saúde, não há estudos
92. Paciente de 65 anos de idade é diagnosticado com han- que mostrem que a mudança de hábitos e estilo de
seníase paucibacilar e inicia o tratamento com dapsona vida tem impacto na redução da pressão arterial.
e rifampicina. Algumas semanas depois, ele evolui com (B) até 5% das mortes por acidente vascular cerebral
queda do estado geral, febre, linfonodomegalia, hepatite agudo ocorrem fora dos hospitais.
e quadro exantemático descamativo agudo. Exames de
(C) o risco de doenças cardíacas aumenta em até 30%
sangue: hemoglobina: 11,5 g/dL; leucócitos: 8 300/mm3;
para não fumantes expostos à fumaça ambiental do
neutrófilos: 2 500/mm3; linfócitos: 1 900/mm3; eosinófilos:
tabaco no local de trabalho ou em casa.
2 900/mm3; plaquetas: 190 000/mm3.
(D) em pacientes com hipertensão arterial, o risco de
Qual é o diagnóstico mais provável?
apresentar um acidente vascular cerebral é 1,5 ve-
(A) Eczema alérgico agudo. zes maior do que em pessoas sem hipertensão.
(B) Estado reacional tipo 2. (E) para cada redução de 1% na concentração sérica de
(C) Necrólise epidérmica tóxica. colesterol, há uma redução de 8% no risco de morte
por doença cardíaca.
(D) Síndrome da sulfona.
(E) Síndrome de Stevens-Johnson.

Confidencial até o momento da aplicação. 25 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


95. Mulher de 18 anos apresenta quadro de meningite me- 98. Durante um período de 3 semanas, várias enfermarias
ningocócica. Nessa situação, qual o membro da equipe identificam pacientes com infecção sintomática por Clos-
hospitalar que tem maior probabilidade de se beneficiar tridioides difficile. Um total de 24 pacientes são afetados
da profilaxia para essa condição? com ligações epidemiológicas claras que sugerem trans-
missão nosocomial.
(A) Enfermeira de triagem que fez história por 10 minutos.
Qual é a melhor opção para encerrar com maior rapidez
(B) Enfermeira da equipe que fez observações cinco ve- o surto de C. difficile?
zes, cada uma com duração de 5 minutos.
(A) Alterar a política de prescrição de antimicrobianos na
(C) Médico que fez anamnese e exame por 20 minutos. instituição.

(D) Médico que intubou a paciente por 5 minutos. (B) Bloquear as internações nas enfermarias afetadas.

(E) Recepcionista do pronto-socorro que registrou o pa- (C) Fazer a triagem da bactéria em todos os funcionários.
ciente por 5 minutos.
(D) Programar uma campanha para higienização das
mãos com álcool gel.

96. Qual das alternativas a seguir é uma afirmação verdadeira? (E) Mover os pacientes sintomáticos para salas separa-
das em todo o hospital.
(A) A probabilidade de um erro Tipo II não depende da
probabilidade de um erro Tipo I.

(B) Ao conduzir um teste de hipótese, é possível come- 99. Um ensaio clínico randomizado busca avaliar um novo
ter erros do Tipo I e do Tipo II simultaneamente. betabloqueador como tratamento para hipertensão arte-
rial. Para serem elegíveis, os indivíduos devem ter uma
(C) Os erros dos Tipos I e II são causados por falhas, pressão arterial diastólica em repouso de pelo menos 90
mesmo que pequenas, cometidas pela pessoa que mmHg. Cem pacientes com esse nível de hipertensão
realiza o teste. atendidos na clínica de triagem são recrutados para o
(D) Um erro Tipo I é uma probabilidade condicional. estudo e marcam consultas com a enfermeira do estu-
do. Quando a enfermeira mede a pressão arterial duas
(E) Um erro Tipo II só pode ser cometido se a hipótese semanas depois, apenas 65 deles apresentam pressão
nula for verdadeira. arterial diastólica de 90 mmHg ou mais.
A explicação mais provável para isso é

(A) efeito Hawthorne.


97. Em relação a recém-nascido normal cuja mãe é positiva
para o HBsAg (antígeno de superfície do vírus da hepati- (B) erro de medição.
te B), qual protocolo é recomendado no manuseio dessa
criança? (C) hipertensão do “jaleco-branco”.

(A) Vacinação contra hepatite B e imunoglobulina contra (D) resolução espontânea.


hepatite B dentro de 12 horas após o nascimento,
(E) regressão em direção à média.
segunda dose de vacina contra hepatite B em 1 mês
e uma terceira dose de vacina em 6 meses.

(B) Vacinação contra hepatite B até 12 horas após o


nascimento, a segunda e terceira doses devem ser
baseadas na carga viral do vírus da hepatite B da
mãe no momento do parto.

(C) Vacinação contra hepatite B e imunoglobulina contra


hepatite B dentro de 12 horas após o nascimento,
segunda dose da vacina e imunoglobulina em 1 mês
e uma terceira dose da vacina e imunoglobulina em
6 meses.

(D) Vacinação contra hepatite B entre 0 a 2 meses, uma


segunda dose entre 1 a 4 meses e uma terceira dose
dos 6 aos 18 meses de idade.

(E) Vacinação contra hepatite B ao nascimento, imuno-


globulina e demais doses devem ser baseadas nos
resultados dos testes sorológicos do bebê logo após
o nascimento.

FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto 26 Confidencial até o momento da aplicação.


100. Cinco estudos de coorte prospectivos foram realizados
para examinar a associação entre vaginose bacteriana
e parto prematuro. Os resultados destes cinco estudos
estão ilustrados na figura seguinte e são expressos como
riscos relativos com intervalos de confiança de 95%.

D
E

RR
0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8

Qual o estudo que, mais provavelmente, tem o maior ta-


manho da amostra?

(A) A.

(B) B.

(C) C.

(D) D.

(E) E.

Confidencial até o momento da aplicação. 27 FABC2302/002-ÁreasAcessoDireto


Confidencial até o momento da aplicação.

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