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Aula-04 - Entidades Do Terceiro Setor

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Aula 04 - Prof.

Herbert
Almeida
TJ-RR (Analista Judiciário - Direito)
Direito Administrativo - 2024 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Direito Administrativo,
Herbert Almeida, Ricardo Torques

05 de Julho de 2024

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Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Ricardo Torques
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Índice
1) Serviço Social Autônomo, OS e OSCIP
..............................................................................................................................................................................................3

2) Organizações da Sociedade Civil (Regime de Parcerias)


..............................................................................................................................................................................................
19

3) Questões Comentadas - Terceiro Setor e Entidades Paraestatais - FGV


..............................................................................................................................................................................................
29

4) Lista de Questões - Terceiro Setor e Entidades Paraestatais - FGV


..............................................................................................................................................................................................
50

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ENTIDADES PARAESTATAIS E O TERCEIRO SETOR


O termo terceiro setor é utilizado para designar as entidades privadas, que não integram a Administração
Pública, mas que com ela colaboram. Nesse sentido, é formado pelas entidades privadas da sociedade
civil, que prestam atividade de interesse social, sem finalidade lucrativa.

Segundo a doutrina, o primeiro setor é o próprio Estado, enquanto o segundo setor é formado pelo
mercado. Assim, o terceiro setor se difere dos demais, pois não integra o Estado, vale dizer, as entidades
do terceiro setor não fazem parte da Administração Pública; e também não possuem fins lucrativos nem
exploram atividade econômica, diferentemente do mercado.

1º Setor • Estado

2º Setor • Mercado

3º Setor • Organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos

Essas entidades do terceiro setor costumam ser chamadas pela legislação e pela doutrina mais moderna de
organizações da sociedade civil. Todavia, são popularmente conhecidas como organizações não
governamentais (ONGs).

Nesse contexto, as chamadas entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por particulares – portanto, não integrantes da Administração Pública –, que atuam
em colaboração ou apoio ao Estado na prestação de atividades de utilidade pública. Essas entidades
recebem incentivos do Estado, na forma de fomento, como, por exemplo, recursos do orçamento ou a
permissão para utilizar bens públicos. Por conseguinte, sujeitam-se ao controle direto ou indireto da
Administração Pública e estão sujeitas ao controle do Tribunal de Contas.

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, as chamadas entidades paraestatais são:1

[...] pessoas privadas que colaboram com o Estado desempenhando atividade não
lucrativa e às quais o Poder Público dispensa especial proteção, colocando a serviço delas
manifestações do seu poder de império, como o tributário por exemplo; não abrangem
as entidades da Administração Indireta; trata-se de pessoas privadas que exercem
função típica (embora não exclusiva do Estado), como as de amparo aos hipossuficientes,
de assistência social, de formação profissional.

1
Di Pietro, 2014, p. 566-567.

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Ademais, a autora apresenta esse conceito para as entidades do terceiro setor que possuam algum vínculo
com o Poder Público. Isso porque nem todas as entidades do terceiro setor atuam em colaboração com o
Estado. Os particulares podem criar entidades privadas sem fins lucrativos para a prestação de atividades
de interesse social. Contudo, nem sempre precisam formalizar alguma parceria com o Poder Público.

Nessa esteira, Lucas Rocha Furtado ensina que as entidades do terceiro setor não precisam manter
qualquer vínculo com o Poder Público. Porém, se mantiver, como seria o caso de uma associação que
venha a se qualificar como organização social para receber recursos públicos, essa entidade do terceiro
setor passará a ser considerada uma entidade paraestatal.

Assim, o conceito de terceiro setor é mais amplo que o de entidades paraestatais, pois essas últimas
possuem algum tipo de vínculo com o Estado, a exemplo do contrato de gestão ou do termo de parceria,
conforme estudaremos em seguida. Dessa forma, podemos perceber que as entidades paraestatais
integram o chamado terceiro setor e, portanto, não fazem parte da Administração Pública.

As entidades paraestatais não fazem parte da Administração Pública direta nem indireta, mas sim do
terceiro setor.

Dessa forma, são entidades paraestatais:

a) os serviços sociais autônomos;


b) as organizações sociais (OS);
c) as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP);
d) as “entidades de apoio”;
e) as organizações da sociedade civil.

A depender do doutrinador, poderemos observar mais ou menos “nomes” de entidades paraestatais.


Preferimos “reservar” as entidades acima para maiores detalhes. Vamos, então, prosseguir com o regime
aplicável a cada uma dessas espécies de entidades paraestatais.

Serviços sociais autônomos

Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas com personalidade de Direito Privado, sem fins
lucrativos, criadas por meio de autorização legal, para ministrar assistência ou ensino a certas categorias
sociais ou grupos profissionais, sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições
parafiscais. São entes paraestatais, que atuam em colaboração com o Poder Público, com administração e

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patrimônio próprios, revestindo a forma de instituições particulares sem fins lucrativos convencionais,
como as associações civis e as fundações privadas.

São exemplos de serviços sociais autônomos as famosas entidades do “Sistema S”, como: Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial – Senai; Serviço Social do Comércio – Sesc; Serviço Social da Indústria – Sesi;
Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – Senac; etc.

Iremos agora listar as principais características dessas entidades:

Serviços sociais autônomos


Criação ▪ autorizada em lei, mas efetivada por atos complementares de particulares
Área de atuação ▪ assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais
Recursos ▪ contribuições parafiscais, recolhidas compulsoriamente, e dotações
orçamentárias do Poder Público
Regime de pessoal ▪ são empregados privados, sujeitos às normas da CLT.
▪ seleção não depende de concurso público
▪ são equiparados a “funcionário público” para fins penais e para fins de
improbidade administrativa
Contratações ▪ não dependem de licitação
▪ seguem um regulamento próprio de contratações
Controle ▪ devem prestar contas ao TCU
▪ foro competente na Justiça Estadual
"Novo modelo" ▪ Criadas pelo Poder Executivo, após autorização legal;
▪ Entidades privadas, sem fins lucrativos, que não integram a Administração;
▪ Recebem recursos do orçamento; presidente nomeado pelo Presidente da
República; firmam contrato de gestão e sofrem supervisão ministerial.

Organizações Sociais (OS)

Noções gerais

De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro,

Organização social é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação do Poder
Público, mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza
social. Nenhuma entidade nasce com o nome de organização social; a entidade é criada
como associação ou fundação e, habilitando-se perante o Poder Público, recebe a
qualificação; trata-se de título jurídico outorgado e cancelado pelo Poder Público.

Dos ensinamentos da autora, é possível perceber que as organizações sociais não representam uma nova
forma de pessoa jurídica, mas apenas uma qualificação outorgada pelo Poder Público às associações civis
ou às fundações privadas.

Nesse contexto, a Lei 9.637/1998, estabelece em seu artigo 1º que o Poder Executivo poderá qualificar
como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam

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dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do


meio ambiente, à cultura e à saúde.

Devemos observar que a Lei 9.637/1998 aplica-se exclusivamente ao nível federal. Assim, os estados e
municípios devem dispor de legislação própria para disciplinar a qualificação de entidades como
organizações sociais. No entanto, as regras federais costumam ser reproduzidas na legislação dos demais
níveis. Além disso, a construção jurisprudencial que vem sendo firmada pelo assunto está cada vez mais
sendo incorporada pelas novas leis estaduais e municipais que tratam da matéria.

As organizações sociais – OS são conhecidas como entidades públicas não estatais. São públicas porque
prestam serviços públicos e administram patrimônio público e não estatais porque não integram nem a
Administração direta nem a indireta.

Nessa linha, os seguintes fatores devem ser observados para qualificar uma entidade como organização
social:

a) deve ter personalidade jurídica de direito privado;


b) não pode ter finalidade lucrativa;
c) deve atuar nas atividades de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e
preservação do meio ambiente, cultura ou saúde;
d) firmar um contrato de gestão com o Poder Público.

Com efeito, a entidade privada sem fins lucrativos tentará obter a qualificação de organização social com o
objetivo de receber alguma forma de fomento do Poder Público, por intermédio de recursos
orçamentários, permissão de uso de bens públicos ou cessão de servidores, para prestar o serviço de
interesse para a coletividade.

Aprovação da qualificação

A qualificação da OS depende de duas etapas, ambas envolvendo um juízo discricionário das autoridades
envolvidas. Primeiro, o ato de qualificação deverá ser aprovado pelos ministros de Estado envolvido. Estes,
por sua vez, enviarão proposta de qualificação ao Presidente da República, que poderá efetuar a
qualificação.

Nessa linha, mesmo que a entidade preencha os requisitos, não é certo que será qualificada como
organização social, uma vez que o ato de qualificação depende de juízo discricionário da Administração
(art. 2º, II).

Conselho de administração e diretoria

Uma das exigências para a qualificação é que a OS tenha, como órgão de deliberação superior, um conselho
de administração e uma diretoria.

O conselho de administração é formado por representantes da Administração, da sociedade e da própria


entidade, que não podem receber remuneração, salvo o pagamento de ajuda de custo para participação
nas reuniões.

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Por outro lado, a diretoria é o órgão que efetivamente gerencia a organização social, conduzindo a
realização de suas atividades. Dessa forma, os membros da diretoria podem ser remunerados, sendo
atribuição do conselho de administração fixar o valor desta remuneração.

Contrato de gestão

Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada
como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de
atividades relativas às áreas de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e
preservação do meio ambiente, cultura e saúde (art. 5º).

==1868fc==

A parceria entre o Poder Público e a OS se formaliza por meio de contrato de gestão.

O contrato de gestão, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade supervisora e a organização
social, deverá discriminar as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e da organização
social (art. 6º). Com efeito, o contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo Conselho de
Administração da entidade, ao Ministro de Estado ou autoridade supervisora da área correspondente à
atividade fomentada (art. 6º, parágrafo único).

Ademais, na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, aos preceitos estabelecidos no art.
7º da Lei, como a especificação do programa de trabalho, a estipulação das metas e os respectivos prazos
de execução, entre outros.

Além do contrato de gestão firmado entre o Estado e a organização social, há um outro tipo de contrato de
gestão, firmado dentro da própria Administração Pública com o objetivo de pactuar metas de desempenho
entre os órgãos e entidades públicos, em troca de maior autonomia. Nessa linha, vejamos o que dispõe o
art. 37, § 8º, da CF:

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

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II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade


dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

Um exemplo de utilização deste tipo de contrato de gestão ocorre na qualificação das autarquias e
fundações como agências executivas.

Portanto, lembre-se: existem pelo menos dois tipos de contrato de gestão:

a) um como requisito para qualificação de uma autarquia ou fundação como agência executiva;
b) outro como exigência para qualificação da entidade do terceiro setor como organização social.

Fiscalização e execução do contrato

Basicamente, a fiscalização da organização social ocorrerá em três níveis diferentes: (i) pelo órgão ou pela
entidade supervisor(a); (ii) pelo Tribunal de Contas e outros órgãos estatais (como o Ministério Público); e
(iii) pela sociedade.

A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo órgão ou entidade
supervisora da área de atuação correspondente à atividade fomentada (art. 8º).

Os responsáveis pela fiscalização devem dar ciência quanto a eventuais irregularidades encontradas ao
Tribunal de Contas da União – TCU, sob pena de responsabilidade solidária (art. 9º), ou seja, poderão
responder juntamente com as pessoas que derem causa à irregularidade ou à ilegalidade.

Além da representação ao TCU, se a gravidade dos fatos ou o interesse público assim exigir, existindo
indícios fundados de malversação2 de bens ou recursos de origem pública, os responsáveis pela
fiscalização representarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria da entidade
para que requeira ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o
sequestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público (art. 10).

Fomento às atividades sociais (formas de incentivo)

As entidades qualificadas como organizações sociais são declaradas, para todos os efeitos legais, como
entidades de interesse social e utilidade pública (art. 11). Por conseguinte, receberão incentivos do Estado,
como forma de fomento para o desempenho de suas atribuições.

As formas de incentivo previstas na legislação são as seguintes:

a) poderão ser destinados recursos orçamentários necessários ao cumprimento do contrato de gestão


(art. 12);

2 Malversação significa má administração ou má gerência dos recursos ou bens de origem pública.

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b) poderão ser destinados bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão (art. 12);

A destinação de bens às organizações sociais ocorrerá mediante permissão de uso, dispensada licitação,
conforme cláusula expressa do contrato de gestão (art. 12, §3º).

c) cessão especial de servidor público para as organizações sociais, com ônus para o órgão de origem
do servidor (art. 14);

Por exemplo: se for firmado um contrato de gestão para uma OS operar um hospital pública, a
Administração poderá ceder alguns de seus médicos e enfermeiros. Nesse caso, o ônus do pagamento da
remuneração será da própria Administração.

O art. 24 da Lei 8.666/1993, que é a antiga Lei de Licitações e que foi revogada pela Lei 14.133/2021,
estabelecia como hipótese de dispensa de licitação a celebração de contratos de prestação de serviços
com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão.

Contudo, a Lei 14.133/2021 não trouxe regra com o mesmo teor, ou seja, não citou a “contratação de
organizações sociais” como hipótese de dispensa da licitação.

Mas e aí, professor, isso significa que tem que licitar para “contratar” as organizações sociais?

Não! Não precisa licitar. A Lei 14.133/2021 não trouxe a mesma regra justamente porque ela nem fazia
sentido. Na prática, só gerava confusão no setor público quando era firmada uma parceria com as
organizações sociais.

Na ADI 1.923, o STF já havia concluído que os contratos de gestão possuem natureza de parceria, não se
aplicando o dever de licitar. Isso porque a licitação é para firmar “contratos” propriamente ditos (com
empresa privadas) e não para parcerias. Logo, não existe licitação para selecionar as organizações sociais.
Na prática, porém, o Estado deverá promover um procedimento de seleção impessoal, quando várias
entidades tiverem condições de firmar a parceria com o poder público.

Note que aqui estamos falando da administração “contratando” a organização social.

Por outro lado, existia muita dúvida se as organizações sociais, quando promovessem contratações de
terceiros com recursos públicos, seriam obrigadas a licitar. Por exemplo: quando uma OS fosse contratar
uma empresa de vigilância ou quando fosse adquirir resmas de papel, ela teria que promover licitação
pública?

O tema, felizmente, foi pacificado quando o STF julgou a ADI 1.923, quando a Corte considerou que os
contratos a serem celebrados pelas organizações sociais com terceiros, com recursos públicos, devem ser
conduzidos de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da

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Constituição Federal (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), e nos termos do


regulamento próprio a ser editado por cada entidade.3 Assim, a partir do julgamento deste julgamento,
não mais subsiste dúvida: as organizações sociais não seguem a Lei de Licitações, mas sim o seu
regulamento próprio. Tal entendimento também encontra guarita na jurisprudência do TCU.4

Logo, podemos afirmar tranquilamente que as organizações sociais não se submetem à Lei 14.133/2021
(ou seja, não realizam licitação pública), mas a procedimento próprio, que deve observar os princípios
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Desqualificação

O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como organização social, quando
constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão (art. 16).

Para tanto, a desqualificação será precedida de processo administrativo, assegurado o direito de ampla
defesa, respondendo os dirigentes da organização social, individual e solidariamente, pelos danos ou
prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão (art. 16, § 1º).

Por fim, a desqualificação importará reversão dos bens permitidos e dos valores entregues à utilização da
organização social, sem prejuízo de outras sanções cabíveis (art. 16, § 2º).

Organizações sociais
Qualificação ▪ concedida de forma discricionária pela Administração para as entidades de
direito privado, sem fins lucrativos, que firmarem um contrato de gestão com
o poder público.
▪ ato conjunto do ministro supervisor, do Ministro da Economia e da autoridade
supervisora, se for o caso
Área de atuação ▪ ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e
preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
Fomento ▪ Podem perceber recursos orçamentários;
▪ Poderão ser destinados bens públicos, mediante permissão de uso
▪ Faculta-se a cessão especial de servidor público
Conselhos ▪ Conselho de administração:
▪ representantes da Administração, da sociedade e da entidade
▪ membros não são remunerados

3
ADI 1.923/DF, julgamento em 16/4/2015.
4 Acórdão 3.239/2013 – TCU/Plenário: “as organizações sociais submetem-se a regulamento próprio sobre compras e
contratação de obras e serviços com emprego de recursos provenientes do Poder Público, observados os princípios da
impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo necessário, no mínimo, cotação prévia de preços no mercado”.

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▪ Diretoria:
▪ órgão que gerencia a entidade
▪ membros são remunerados
Contrato de gestão ▪ Instrumento que formaliza a parceria com a organização social
▪ Deve observar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e economicidade
Regime de pessoal ▪ Em regra, são empregados privados, contratados por meio da CLT
▪ Não fazem concurso público, mas apenas processo seletivo impessoal
▪ Podem receber servidores cedidos da Administração
Contratações ▪ Procedimento próprio, público, objetivo e impessoal (não precisam licitar)
Fiscalização ▪ Órgão ou entidade supervisora
▪ Submetem-se ao controle do tribunal de contas, do MP e da sociedade
Desqualificação ▪ Por descumprimento do contrato de gestão
▪ Processo administrativo – contraditório e ampla defesa
▪ Reversão dos bens permitidos e valores

(DPE - AM - 2018) As Organizações Sociais, assim qualificadas pelo Poder Executivo, vinculam-se
juridicamente à Administração pública por meio de contrato de gestão, que pode ser firmado com
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à
pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à
cultura e à saúde.
Comentários:
O instrumento de parceria entre as organizações sociais e o poder público é o contrato de gestão. Além
disso, tal instrumento pode ser firmado com as entidades do terceiro setor, ou seja, com as entidades
privadas sem fins lucrativos. Por fim, a área de atuação dessas entidades deve ser dirigida ao ensino, à
pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura
e à saúde (Lei OS, art. 1º).
Gabarito: correto.

Organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip)

Noções gerais

Recorrendo novamente aos ensinamentos da Prof.ª Maria Sylvia Di Pietro, encontramos o seguinte
conceito de organização da sociedade civil de interesse público:

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Trata-se de qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais
não exclusivos do Estado com incentivo e fiscalização do Poder Público, mediante vínculo
jurídico instituído por meio de termo de parceria.

Assim, é possível perceber que os regimes estabelecidos pela Lei 9.637/1998 (OS) e pela Lei 9.790/1999 são
muito semelhantes.

Da mesma forma como ocorre com a Lei das Organizações Sociais, a Lei 9.790/1999 (Lei das Oscip) disciplina
o assunto apenas para o nível federal, mas as suas disposições são muitas vezes copiadas pelos estados e
municípios, que incorporam, ainda, os novos entendimentos firmados pelo Judiciário ou pelo Tribunal de
Contas da União. Assim, vamos trabalhar o assunto nos termos da Lei 9.790/1999.

Segundo a Lei 9.790/1999, podem qualificar-se como Oscip as pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo,
três anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos
instituídos na Lei (art. 1º).

Considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios
ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais,
brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos
mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto
social (art. 1º, parágrafo único).

Para receber a qualificação, as Oscip deverão atuar em áreas específicas, listadas no art. 3º, Lei 9.790/1999,
entre as quais a de promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de
participação das organizações de que trata esta Lei; entre outras.

Por outro lado, a Lei apresenta um rol de pessoas jurídicas que não podem ser qualificadas como Oscip,
nos termos do art. 2º, Lei 9.790/1999), como é o caso das instituições religiosas ou voltadas para a
disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais; das organizações sociais,
cooperativas e fundações públicas, entre outras.

Nesse contexto, devemos destacar que não é possível qualificar uma OS como Oscip. Dessa forma,
nenhuma entidade pode ser qualificada concomitantemente como OS e Oscip.

Entretanto, há uma exceção. A Lei dispõe que não constituem impedimento à qualificação como Oscip as
operações destinadas a microcrédito realizadas com instituições financeiras na forma de recebimento de
repasses, venda de operações realizadas ou atuação como mandatárias (Lei 9.790/1999, art. 2º, parágrafo
único).

Aprovação da qualificação

A legislação federal estabelece que o interessado em se qualificar como Oscip formular requerimento
escrito ao Ministério da Justiça. Verificando o cumprimento dos requisitos previstos na Lei, será deferido
o pedido e expedido o certificado de qualificação, tratando-se, portanto, de uma competência vinculada,

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pois cabe ao Ministro da Justiça apenas verificar se os requisitos foram atendidos e, se positivo, deverá
conceder a qualificação.

A Lei dispõe que o Ministro da Justiça só poderá indeferir o pedido de qualificação se:

a) a requerente enquadrar-se nas hipóteses previstas no art. 2º da Lei (relação das entidades que não
são passíveis de qualificação);
b) a requerente não atender aos requisitos descritos nos arts. 3º (áreas de atuação das Oscip) e 4º
(algumas regras específicas) da Lei;
c) a documentação apresentada estiver incompleta.

Formação do vínculo: o termo de parceria

Enquanto o contrato de gestão é celebrado com as organizações sociais, o termo de parceria é o


instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) destinado à formação de vínculo de cooperação entre as
partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas na Lei (art. 9º da Lei
9.790/1999). Assim, o termo de parceria também é um instrumento de contratualização de resultados,
estabelecendo objetivos, metas e prazos, critérios de avaliação, previsões de receitas e despesas e
obrigações das OSCIP.5

Enquanto o vínculo da OS ocorre por meio de contrato de gestão; para a OSCIP ocorre
por meio de termo de parceria.

A escolha da organização da sociedade civil de interesse público, para a celebração do termo de parceria,
deverá ser feita por meio de publicação de edital de concurso de projetos pelo órgão estatal parceiro para
obtenção de bens e serviços e para a realização de atividades, eventos, consultoria, cooperação técnica e
assessoria (Decreto 3.100/1999, art. 23). O Decreto 3.100/1999 excepciona a realização de concursos de
projetos somente mediante decisão fundamentada do titular do órgão estatal, em algumas situações
listadas pelo art. 23, §2º, como em casos de emergência ou calamidade pública, por exemplo.

Por fim, após ser instaurado o processo de seleção por concurso, é vedado ao Poder Público celebrar termo
de parceria para o mesmo objeto, fora do concurso iniciado.

5
Paludo, 2013, p. 39.

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A Lei de licitações não prevê a contratação das Oscip como forma de dispensa de
licitação, diferentemente do que ocorre com as organizações sociais, que expressamente
são contempladas no art. 24, XXIV, da Lei de Licitações. Assim, para fins de prova, uma
diferença entre as OS e as Oscip é que aquelas podem ser contratadas pelo poder público
mediante dispensa de licitação.

No entanto, isso não significa que a “contratação” da Oscip ocorra mediante licitação.
Não ocorre! Parece contraditório, mas isso acontece porque, na prática, não se faz um
contrato com a Oscip, mas apenas um instrumento chamado de termo de parceria. Nesse
caso, a seleção ocorre mediante concurso de projetos (quando for possível e necessário)
e não por meio de licitação.

Já imagino que você esteja se perguntando: mas as contratações que a Oscip realiza com os recursos
públicos, dependem de licitação? Não!

Nessa linha, a própria Lei 9.790/1999 determina que essas entidades devem elaborar, no prazo máximo de
30 dias, contado da assinatura do termo de parceria, regulamento próprio contendo os procedimentos
que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos
provenientes do Poder Público, observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, economicidade e da eficiência.6

Fiscalização

A Lei 9.790/1999 determina que a execução do objeto do termo de parceria será acompanhada e fiscalizada
por órgão do Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos
de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo.

Ademais, os termos de parceria destinados ao fomento de atividades nas áreas previstas na Lei estarão
sujeitos aos mecanismos de controle social previstos na legislação.

Desqualificação da Oscip

A entidade poderá perder a qualificação se deixar de cumprir as exigências previstas em lei e no termo de
parceria. A perda poderá ocorrer:

(a) a pedido; ou

(b) mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do


Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório.

6
O entendimento é confirmado também na jurisprudência do TCU (Acórdão 1.777/2005-TCU/Plenário): “[...] as
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - Oscips, contratadas pela Administração Pública Federal, por
intermédio de Termos de Parceria, submetem-se ao Regulamento Próprio de contratação de obras e serviços, bem como
para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Público, observados os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência, nos termos do art. 14, c/c o art. 4º, inciso I, todos
da Lei 9.790/99”.

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Além disso, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para
requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação da OSCIP. No entanto, a Lei veda o
anonimato e exige que o requerimento esteja amparado por fundadas evidências de erro ou fraude.

Organizações da sociedade civil de interesse público


Qualificação ▪ concedida de forma vinculada pela Administração para as entidades de direito
privado, sem fins lucrativos, que firmarem um termo de parceria com o poder
público e atenderem aos requisitos legais.
▪ ato do Ministro da Justiça
Área de atuação ▪ assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico; promoção gratuita da educação; promoção gratuita da saúde;
segurança alimentar e nutricional; meio ambiente; voluntariado, etc.
Não podem se ▪ sociedades comerciais
qualificar ▪ sindicatos, entidades de classe
▪ instituições religiosas
▪ escolas privadas
▪ organizações sociais
▪ cooperativas, fundações públicas, entidades criadas p/ órgão público, etc.
Conselhos ▪ Tem que ter conselho fiscal
▪ Servidores podem participar do conselho ou diretoria
Termo de parceria ▪ Instrumento que formaliza a parceria com a Oscip
▪ Quando for o caso, depende de concurso de projetos
▪ Não é causa de dispensa de licitação
Contratações ▪ Procedimento próprio, público, objetivo e impessoal (não precisam licitar)
Fiscalização ▪ Órgão ou entidade supervisora e Conselho de Políticas Públicas
▪ Mecanismos de controle social
Desqualificação ▪ A pedido; ou
▪ P/ decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa
popular ou do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e
o devido contraditório

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(TCE PB - 2018) As organizações sem fins lucrativos que são voltadas à resolução de problemas coletivos
de interesse social e podem prestar serviços públicos são as organizações da sociedade civil de interesse
público.
Comentários:
As organizações sociais atuam em setores de interesse coletivo, prestando serviços para a população. A
expressão serviços públicos foi adotada em um sentido amplo, envolvendo os tipos de comodidades que
podem ser prestadas para a população, como serviços na área de educação e cultura. Por fim, também é
fato que as Oscip são organizações sem fins lucrativos.
Gabarito: correto.

Diferenças entre OS e Oscip

As bancas de concurso público costumam explorar as diferenças entre as OS e as Oscip, que estão
resumidas no quadro abaixo:

OS – Lei 9.637/1998 Oscip – Lei 9.790/1999


Pessoa privada, não integrante da administração pública (entidades paraestatais).
Atuação em áreas de interesse social, especificadas na lei respectiva.
Vedada finalidade de lucro.
Foram idealizadas para substituir órgãos e Não foram idealizadas para substituir órgãos ou
entidades da administração pública, que seriam entidades da administração.
extintos e teriam suas atividades “absorvidas” pela
OS.
Formaliza a parceria com o poder público Formaliza a parceria com o poder público
mediante contrato de gestão, condição mediante termo de parceria, condição
indispensável para a entidade fazer jus ao indispensável para a entidade fazer jus ao
fomento a suas atividades. fomento a suas atividades.
Qualificação é ato discricionário. Qualificação é ato vinculado.
Qualificação é realizada pelo Presidente da Qualificação concedida pelo Ministério da Justiça.
República e depende de proposta pelo Ministro
de Estado ou titular de órgão supervisor ou
regulador da área de atividade correspondente
ao objeto social da OS.
Uma entidade não pode ser qualificada concomitantemente como OS e OSCIP.
A lei exige que a OS possua um conselho de A lei exige que a Oscip tenha um conselho fiscal;
administração, do qual participem representantes não exige que a Oscip tenha um conselho de
do poder público. Não exige que a OS tenha administração. Não há exigência de que existam
conselho fiscal. representantes do poder público em algum órgão
da entidade.
É hipótese de licitação dispensável a contratação Não existe hipótese legal específica de licitação
de OS pelo poder público, para a OS prestar ao dispensável para a contratação de Oscip pelo
poder público serviços contemplados no contrato poder público.
de gestão.

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O Poder Executivo poderá proceder à A entidade perderá a qualificação como Oscip


desqualificação da entidade como organização quando descumprir as normas estabelecidas na
social, quando constatado o descumprimento das lei, mediante decisão em processo administrativo
disposições contidas no contrato de gestão. ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério
Necessário processo administrativo, assegurado o Público.
contraditório e a ampla defesa.

Adaptado de Alexandrino e Paulo, 2017, pp. 167-168.

Acrescenta-se, ainda, que existe previsão de cessão especial de servidor público para as organizações
sociais, enquanto não existe previsão de cessão para as organizações da sociedade civil de interesse
público.

Entidades de apoio

Para Maria Di Pietro, as entidades de apoio são definidas como:

[...] as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa,
para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado,
mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra
por meio de convênio.

São entidades paraestatais e, portanto, não integram a Administração Pública. Além disso, o vínculo entre
essas entidades e o Poder Público é realizado, em regra, por meio de convênio. Ademais, elas atuam mais
comumente em hospitais públicos e universidades públicas.

Não há uma lei geral que disponha sobre as chamadas entidades de apoio. Só existe, atualmente,
regramento para um tipo específico de entidades de apoio, que é a Lei 8.958/1994, regulamentada pelo
Decreto 7.423/2010, que estabelece regras para as fundações de apoio a Instituições Federais de Ensino
Superior - IFES e demais Instituições Científicas e Tecnológicas – ICTs.

Segundo a Lei, essas instituições devem ter por finalidade “apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão,
desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão
administrativa e financeira necessária à execução desses projetos” (art. 1º).

Além disso, a Lei permite que a celebração de convênios e contratos entre as fundações de apoio e as
Instituições Federais de Ensino Superior - IFES e entre as fundações de apoio e as Instituições Científicas e
Tecnológicas – ICTs seja realizada por dispensa de licitação.

Sobre a contratação de obras, compras e serviços, adotarão regulamento específico, a ser editado por meio
de ato do Poder Executivo federal, sem precisar seguir a Lei de Licitações e Contratos.

Lembrando, finalmente, que essas regras alcançam somente um grupo específico de entidades de apoio,
que são as fundações instituídas com a finalidade de apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão,

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desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão


administrativa e financeira necessária à execução desses projetos de interesse das IFES e demais ICT.

(TCM BA - 2018) Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa, para a prestação, em
caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado e que mantêm vínculo jurídico com
entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de convênio, denominam-se entidades
de apoio.
Comentários:
Esse é o exato conceito da Prof. Maria Di Pietro para as entidades de apoio. Logo, o item está certo!
Gabarito: correto.

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Organizações da Sociedade Civil – Regime de Parcerias

Noções preliminares

A Lei 13.019/2014 instituiu o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações
da sociedade civil. Trata-se de um regime de mútua cooperação, destinado à consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, por meio da execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em
acordos de cooperação.

Além disso, a Lei 13.019/2014 definiu diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de
cooperação com organizações da sociedade civil.

Vamos, então, às principais disposições da Lei 13.019/2014.

Âmbito de aplicação

A Lei 13.019/2014 estabeleceu as normas gerais para as parcerias entre a administração pública e
organizações da sociedade civil. A expressão administração pública, para os fins da Lei, alcança União,
estados, Distrito Federal, municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades
de economia mista prestadoras de serviço público, e suas subsidiárias que recebam recursos do ente
instituidor para pagamento de despesas com pessoal e custeio em geral (art. 2º, II). Portanto, a Lei obriga
todos os entes da Federação, nas administrações direta e indireta.

No entanto, não são todas as empresas públicas, sociedades de economia mista e subsidiárias que se
submetem à Lei 13.019/2014, mas somente aquelas que recebam do ente instituidor (União, estados,
Distrito Federal e municípios) recursos para suas despesas com pessoal ou custeio em geral. Por outro
lado, se a empresa pública for “independente”, ou seja, não precisar de repasses da União para custeio ou
pagamento de pessoal, ela não estará abrangida pela Lei das Parcerias.

Administração Direta (todos os Poderes)

Todos os entes Autarquias, fundações públicas


(União, estados,
Lei 13.019/14
DF e
municípios) Prestadores de serviços
EP, SEM e públicos
subsidiárias,
desde que: Recebam recursos para
pessoal e custeio

É importante destacar que as exigências da Lei 13.019/2014 não se aplicam a qualquer forma de parceria
com organizações da sociedade civil. Nessa linha, o art. 3º dispõe que as suas disposições não se aplicam,
por exemplo:

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a) às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo Senado


Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e convenções internacionais
conflitarem com esta Lei;
b) aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os requisitos
previstos na Lei nº 9.637/1998 (Lei das OS);
c) aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos termos
do § 1o do art. 199 da Constituição Federal;
d) aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse público, desde
que cumpridos os requisitos previstos na Lei no 9.790/1999;
e) às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais autônomos, entre outros.

Isso ocorre porque essas situações são disciplinadas em legislações próprias, a exemplo dos contratos de
gestão cujas regras são definidas na Lei 6.637/1998.

A Lei 13.019/2014 não se aplica aos contratos de gestão e aos termos de parcerias
firmados, respectivamente, com as OS e Oscip.

Por fim, salienta-se que, a despeito de ser uma lei de normas gerais, nem todas as disposições da Lei
13.019/2014 aplicam-se a todos os entes da Federação. Isso porque alguns de seus dispositivos são
direcionados unicamente à União. Cita-se, por exemplo, o art. 15, caput, que autoriza o Poder Executivo
federal a criar o Conselho Nacional de Fomento e Colaboração – obviamente, tal disposição direciona-se
somente para a União.

Definições

O ponto central para ser compreender a aplicação da Lei 13.019/2014 é entender o que vem a ser
organização da sociedade civil. Tal definição encontra-se no art. 2º, I, da Lei 13.019/2014, que estabelece
três grupos de organizações que se enquadram no conceito de organização da sociedade civil:

a) entidades privadas sem fins lucrativos que não distribuam entre os seus sócios ou
associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de
qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o
exercício de suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo
objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou
fundo de reserva;

b) as sociedades cooperativas previstas na Lei no 9.867/1999; as integradas por pessoas


em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e

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ações de combate à pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para fomento,


educação e capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência
técnica e extensão rural; e as capacitadas para execução de atividades ou de projetos de
interesse público e de cunho social.

c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse


público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;

Em resumo, organização da sociedade civil é um conceito que abrange as pessoas jurídicas de direito
privado sem fins lucrativos, bem como determinadas sociedades cooperativas e organizações religiosas,
sendo que, estas últimas, devem exercer atividades ou projetos de interesse público e de cunho social, que
não se confundem com aqueles de fins unicamente religiosos.

Ademais, deve-se notar que as organizações da sociedade civil não integram a administração pública, uma
vez que são entidades privadas.

Outro conceito importante da Lei é o de parceria, definida como o conjunto de direitos, responsabilidades
e obrigações decorrentes de relação jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e
organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação (art. 2º, III).

A parceria, portanto, é o meio como a administração pública e as organizações sociais se unem para
executar uma atividade ou um projeto, com o fim de alcançar uma finalidade de interesse público. Essa
parceria é formalizada por um tipo de instrumento jurídico, podendo ser um termo de colaboração, um
termo de fomento ou, por fim, um acordo de cooperação. Por fim, dentro de cada um desses instrumentos
jurídicos, deverá constar o plano de trabalho, que é o documento que efetivamente estabelece o que será
realizado (qual é a atividade ou projeto), quais as metas a serem alcançadas, quais os recursos necessários,
etc.

O que será Documento que define Instrumento de


realizado as atividades, projetos, formalização do vínculo
metas, recursos, etc.
Termo de colaboração
Atividades
Plano de
Termo de fomento
trabalho
Projetos
Acordo de cooperação

Nesse contexto, é essencial distinguirmos o que é atividade e o que é projeto.

A atividade é o conjunto de operações que se realizam de modo contínuo ou permanente, das quais resulta
um produto ou serviço necessário à satisfação de interesses compartilhados pela administração pública e

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pela organização da sociedade civil (art. 2º, III-A). Dessa forma, a atividade caracteriza-se pelo seu caráter
permanente e contínuo. Por exemplo, a prestação de auxílio a crianças portadoras de necessidades
especiais é uma atividade, uma vez que deve ocorrer de forma permanente e contínua.

Por outro lado, projeto é conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto
destinado à satisfação de interesses compartilhados pela administração pública e pela organização da
sociedade civil (art. 2º, III-B). Um projeto, por conseguinte, terá um início e fim. Por exemplo, se uma
organização da sociedade civil desejar promover um evento de conscientização da população sobre a
importância da inclusão social para as crianças portadoras de necessidades especiais, estaremos diante de
um projeto. Diferentemente do auxílio, que seria prestado de forma contínua, o evento seria um projeto,
uma vez que seria encerrado ao seu término.

Em termos simples, a atividade é permanente, ao passo que o projeto limita-se no tempo.

Finalmente, a formação do vínculo entre a administração pública e a organização da sociedade civil, com a
finalidade de executar um projeto ou atividade, pode ocorrer por meio de três tipos de instrumentos
jurídicos, cada um aplicável a determinadas situações, vejamos:

a) termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias


estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela
administração pública1 que envolvam a transferência de recursos financeiros;
b) termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas
organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos
financeiros;
c) acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros.

Distinguir os três instrumentos é fácil, basta lembrar que os “termos” envolvem recursos financeiros, sendo
que o termo de colaboração decorre de iniciativa da administração, enquanto o termo de fomento decorre
de iniciativa da organização da sociedade civil. Já no acordo de cooperação a iniciativa é irrelevante,
podendo ser da administração ou da organização, mas o que caracteriza esse instrumento é a ausência de
transferência de recursos financeiros.

1A proposta do termo de colaboração é da administração pública. Contudo, o art. 16, parágrafo único, da Lei das Parcerias
permite que os conselhos de políticas públicas apresentem propostas à administração pública para celebração de termo
de colaboração com organizações da sociedade civil, isto é, os conselhos sugerem à administração determinada parceria,
mas a administração decidirá ao final se propõe efetivamente à organização da sociedade civil que seja firmado um termo
de colaboração.

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Instrumento Iniciativa Recursos financeiros


Termo de colaboração Administração pública Sim
Termo de fomento Organização da sociedade civil Sim
Acordo de cooperação Administração ou organização da sociedade civil Não

Ressalva-se ainda que o termo de colaboração, o termo de fomento e o acordo de cooperação não excluem
a previsão do termo de parceria (firmado com organizações da sociedade civil de interesse público) e do
contrato de gestão (firmado com organizações sociais). Portanto, todos esses instrumentos continuam em
vigor, mas cada um com a sua aplicação, vejamos:
==1868fc==

→ termo de colaboração: firmado quando a parceria é de iniciativa da administração pública e há


transferência de recursos financeiros;
→ termo de fomento: firmado quando a parceria é de iniciativa da organização da sociedade civil e
há transferência de recursos financeiros;
→ acordo de cooperação: firmado quando não há transferência de recursos financeiros,
independentemente de quem teve a iniciativa;
→ termo de parceria: firmado quando a parceria ocorre com uma organização da sociedade civil de
interesse público, na forma da Lei 9.790/1999;
→ contrato de gestão: firmado quando a parceria ocorre com uma organização social, nos termos da
Lei 9.637/1998.

Vamos ver como isso cai em prova!

(TRT PE - 2018) De acordo com a Lei n° 13.019/2014, os instrumentos de parceria previstos nesse diploma
legal se destinam a disciplinar a realização de atividades de interesse público e recíproco, nem todos
envolvendo o repasse de recursos financeiros em favor da organização da sociedade civil.
Comentários:
O quesito está correto, uma vez que os instrumentos de parceria previstos na Lei 13.019/2014 nem todos
exigem o repasse de recursos financeiros. É o caso acordo de cooperação.

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Gabarito: correto.

Fundamentos e princípios

O Regime de Parcerias fundamenta-se (art. 5º): na gestão pública democrática; na participação social; no
fortalecimento da sociedade civil; na transparência na aplicação dos recursos públicos; em determinados
princípios administrativos (a seguir detalhados).

Os princípios aplicáveis, expressamente, ao Regime de Parcerias são os da legalidade, legitimidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade, eficiência e eficácia. Podemos notar, portanto,
que além dos princípios constitucionais expressos (CF, art. 37, caput), aplicam-se ao regime jurídico das
Parcerias os princípios da legitimidade, economicidade e eficácia.

Dois mnemônicos que podem nos ajudar a memorizar são o “L²IMPE³” ou “LIMPE + ELE”.

LIMPE Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (princípios


constitucionais expressos)
ELE Economicidade, Legitimidade e Eficácia

Chamamento público

Um dos princípios que regem a administração pública é o da impessoalidade, aplicável expressamente à Lei
13.019/2014, nos termos de seu art. 5º, caput. Por esse motivo, tendo em vista que diversas organizações
da sociedade civil podem ter interesse e condições de desenvolver as atividades e projetos que serão objeto
de parceria, a administração deverá promover, em regra, um processo de seleção, denominado
chamamento público.

De acordo com o art. 2º, XII, da Lei 13.019/2014, o chamamento público é o procedimento destinado a
selecionar organização da sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de colaboração ou de
fomento, no qual se garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Nesse contexto, o chamamento público é semelhante aos processos licitatórios, mas com estes não se
confunde, tendo em vista que se trata de um procedimento próprio aplicável no âmbito das parcerias. A
licitação é a forma de a administração selecionar empresas, fornecedores e prestadores de serviços para
firmar contratos administrativos. O chamamento público, por outro lado, é adotado para selecionar
organizações da sociedade civil para firmar o termo de colaboração ou de fomento.

Assim, o chamamento público não é uma licitação, nem tampouco constitui uma modalidade licitatória,
mas sim um procedimento destinado à seleção da organização da sociedade civil para firmar a parceria.

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Ademais, o chamamento público aplica-se, como regra, aos termos de colaboração e de fomento. Existe
uma única exceção em que há previsão de realização de chamamento público para a celebração de acordo
de cooperação. Trata-se daqueles em que o objeto envolver a celebração de comodato2, doação de bens
ou outra forma de compartilhamento de recurso patrimonial, hipótese em que o respectivo chamamento
público observará as mesmas disposições aplicáveis aos termos de colaboração e de fomento (art. 29).

Ressalta-se ainda, como será estudado adiante, que nem todos os termos de colaboração e de fomento
são precedidos de chamamento público, uma vez que a legislação estabelece situações em que o
procedimento não dever ser realizado ou será dispensável ou inexigível, de forma semelhante ao que
ocorre com as licitações públicas. Assim, a regra é realizar o chamamento público, excetuando-se a sua
realização nas hipóteses de dispensa, de inexigibilidade ou ainda nos casos de emendas parlamentares
constantes nas leis orçamentárias anuais.

Realização de chamamento público

Termos de colaboração e Regra: realizar chamamento público.


de fomento Exceção: casos de dispensa, inexigibilidade e emendas parlamentares.

Regra: não realizar chamamento público.


Acordo de cooperação Exceção: quando o objeto envolver a celebração de comodato, doação de
bens ou outra forma de compartilhamento de recurso patrimonial. Neste
caso, realiza chamamento público.

O edital de chamamento público deverá ser amplamente divulgado em página do sítio oficial da
administração pública na internet, com antecedência mínima de trinta dias (art. 26, caput).

O edital de chamamento público será divulgado em sítio oficial da administração na internet, com
antecedência mínima de 30 dias.

Em regra, a parceria dependerá da realização do chamamento público, contudo a Lei 13.019/2014 prevê
hipóteses em que este não deve ser realizado ou será dispensável ou inexigível.

2 Sem precisar ser muito técnico, o comodato é uma forma de empréstimo gratuito.

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Inicialmente, o art. 29 da Lei das Parcerias dispõe que os termos de colaboração ou de fomento que
envolvam recursos decorrentes de emendas parlamentares às leis orçamentárias anuais serão celebrados
sem chamamento público. Não há nenhuma explicação ou uma nomenclatura para essa “não realização”
do chamamento público, a legislação simplesmente determina que não haverá o procedimento de seleção
se os recursos forem oriundos de emendas parlamentares constantes nas leis orçamentárias.

Por outro lado, será dispensável a realização do chamamento público (art. 30):

a) no caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades de


relevante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta dias;
b) nos casos de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou ameaça à paz
social;
c) quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que
possa comprometer a sua segurança;
d) no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência social,
desde que executadas por organizações da sociedade civil previamente credenciadas pelo órgão
gestor da respectiva política.

Nota-se que, nos casos em que o chamamento é dispensável, há uma faculdade, isto é, uma
discricionariedade para a administração decidir pela realização do chamamento público ou pela sua
dispensa.

Por fim, será inexigível o chamamento público quando houver inviabilidade de competição entre as
organizações da sociedade civil, em razão da natureza singular do objeto da parceria ou se as metas
somente puderem ser atingidas por uma entidade específica (art. 31). Além disso, a Lei 13.019/2014
apresentou dois exemplos em que se considera inexigível o chamamento público, ou seja, quando:

a) o objeto da parceria constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso internacional,


no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos;
b) a parceria decorrer de transferência para organização da sociedade civil que esteja autorizada em lei
na qual seja identificada expressamente a entidade beneficiária, inclusive quando se tratar da
subvenção social.

Cumpre observar novamente que os dois casos acima são exemplos de inexigibilidade, tratando-se de um
rol exemplificativo. Dessa forma, podem existir outras situações de inexigibilidade, desde que se trate de
inviabilidade de competição decorrente da natureza singular do objeto ou quando somente uma
organização da sociedade civil específica for capaz de cumprir as metas.

Em qualquer hipótese de dispensa ou de inexigibilidade, a ausência de realização do chamamento público


será justificada pelo administrador público (art. 32, caput).

Dessa forma, será possível a realização da impugnação dessa justificativa, desde que apresentada no prazo
de cinco dias a contar de sua publicação. Nesse caso, o conteúdo da impugnação deverá ser analisado pelo
administrador público responsável em até cinco dias da data do respectivo protocolo (art. 32, § 2º).
Havendo fundamento na impugnação, será revogado o ato que declarou a dispensa ou considerou

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inexigível o chamamento público, e será imediatamente iniciado o procedimento para a realização do


chamamento público, conforme o caso.

Por fim, a dispensa, inexigibilidade ou a não realização do chamamento por ser tratar de emenda
parlamentar não afastam a aplicação dos demais dispositivos da Lei 13.019/2014.

Requisitos para celebração dos termos de colaboração e de fomento

Para firmar a parceria, a organização da sociedade civil deve preencher alguns requisitos, que são as
condições de “habilitação” da entidade.

Nesse contexto, estabelece o art. 33 da Lei 13.019/2014 que, para celebrar as parcerias, no caso de termos
de colaboração e de fomento, as organizações da sociedade civil deverão ser regidas por normas de
organização interna que prevejam, por exemplo, os objetivos voltados à promoção de atividades e
finalidades de relevância pública e social.

Ademais, em regra, a entidade deve possuir, no mínimo, um, dois ou três anos de atividade, conforme a
parceria seja firmada, respectivamente, com os municípios, os estados ou o DF, ou a União. Essa regra,
porém, poderá ser reduzida se nenhuma entidade atingir os prazos.

Tempo mínimo de atividade da organização da sociedade civil para firmar parceria


Municípios 1 ano
Estados ou Distrito Federal 2 anos
União 3 anos
Exceto se nenhuma entidade alcançar o prazo, quando ele poderá ser reduzido por ato específico de
cada ente.

Ademais, a celebração e a formalização do termo de colaboração e do termo de fomento dependerão da


adoção das seguintes providências pela administração pública (art. 35, caput):

• realização de chamamento público, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei;


• indicação expressa da existência de prévia dotação orçamentária para execução da parceria;
• demonstração de que os objetivos e finalidades institucionais e a capacidade técnica e operacional
da organização da sociedade civil foram avaliados e são compatíveis com o objeto;
• aprovação do plano de trabalho, a ser apresentado nos termos da Lei;
• emissão de parecer de órgão técnico (chamado parecer técnico) da administração pública;
• emissão de parecer jurídico do órgão de assessoria ou consultoria jurídica da administração pública
acerca da possibilidade de celebração da parceria.

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1. (FGV – MPE RJ/2019) Considerando a relevância das atividades desenvolvidas em benefício da


educação, por determinada associação da sociedade civil sem fins lucrativos, que não remunerava seus
dirigentes e que empregava no seu objeto social todos os recursos que obtinha, o Município Alfa decidiu
celebrar ajuste com essa associação, sem a transferência de recursos financeiros, para que pudessem
desenvolver determinado projeto em conjunto.
Considerando que a referida associação não possuía qualquer qualificação fornecida pela legislação
específica, o ajuste a ser celebrado é o:
a) convênio;
b) termo de fomento;
c) contrato de gestão;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.
Comentário: vamos reunir as informações trazidas pela questão: trata-se de uma associação civil sem fins
lucrativos; que não remunera dirigentes; não houve transferência de recursos financeiros; o projeto seria
desenvolvido em conjunto.
Com base nessas características, chegamos ao conceito de acordo de cooperação, que é o instrumento por
meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros.
Lembrando que, no acordo de cooperação, a iniciativa é irrelevante, podendo ser da administração ou da
organização, mas o que caracteriza esse instrumento é a ausência de transferência de recursos financeiros.
Assim, nosso gabarito está na alternativa E.
Sobre as demais alternativas, vamos analisar:
a) convênio é o acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos
financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como
partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro
lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou
ainda, entidades privadas sem fins lucrativos. Então, não se enquadra nas características trazidas pelo
enunciado – ERRADA;

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b) o termo de fomento é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de
recursos financeiros – ERRADA;
c) contrato de gestão é o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como
organização social. Veja que no enunciado há o destaque de que a entidade não possuía nenhuma
qualificação – ERRADA;
d) o termo de colaboração é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de
recursos financeiros – ERRADA.
Gabarito: alternativa E.

2. (FGV – MPE RJ/2019) O Município Alfa decidiu estimular a participação de organização da


sociedade civil sem fins lucrativos, que não contasse com qualquer qualificação obtida com base em
legislação específica, em projetos de interesse público e recíproco. Para tanto, lançou chamamento
público para que os interessados apresentassem os seus projetos, sendo celebrado ajuste com a
organização vencedora, que seria contemplada com a transferência de recursos financeiros.
À luz da sistemática vigente, o referido ajuste terá a forma de:
a) termo de parceria;
b) contrato de gestão;
c) termo de interação;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.
Comentário:
a) o termo de parceria é o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) destinado à formação de
vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público
previstas em lei – ERRADA;
b) contrato de gestão é o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como
organização social. No enunciado há o destaque de que a entidade não possuía nenhuma qualificação,
então não poderia ser esse instrumento – ERRADA;
c) não há instrumento com essa denominação – ERRADA;
d) o termo de colaboração é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil, ou seja, entidades que receberam uma
qualificação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela
administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros. Notem que o conceito se
enquadra em todas as informações fornecidas pelo enunciado, sendo ainda que, nas parecerias da Lei
13.019/2014 (a exemplo do termo de colaboração), não há uma qualificação específica para a organização
da sociedade civil – CORRETA;

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e) acordo de cooperação é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

3. (FGV – Prefeitura de Salvador - BA/2019) Até recentemente, havia o entendimento dos


especialistas de que a sociedade poderia ser classificada em dois setores, o primeiro sendo o Poder
Público e o segundo o Mercado.
Com o crescente número de demandas sociais não atendidas pelo Estado, um terceiro setor começa se
consolidar e ganhar importância no atendimento das demandas da sociedade.
Assinale a opção que indica uma organização do terceiro setor.
a) Agência Executiva.
b) Sociedade Anônima.
c) Fundação Autárquica.
d) Associação Pública.
e) Entidade de Apoio.
Comentário:
a) agências executivas são autarquias ou fundações públicas que tenham celebrado contrato de gestão com
o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos.
São, portanto, entidades da administração indireta que firmam um contrato de gestão – ERRADA;
b) sociedade anônima é um tipo societário para constituição de empresas privadas ou públicas. Não
integram o terceiro setor – ERRADA;
c) as fundações autárquicas, ou fundações públicas de direito público, são entidades integrantes da
administração indireta – ERRADA;
d) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito público criadas a partir da celebração de um
consórcio entre as entidades federativas – ERRADA;
e) as entidades de apoio compõem sim o terceiro setor. São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação,
associação ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do
Estado, mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio
de convênio, mas não integrando a Administração Pública – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

4. (FGV – Prefeitura de Salvador - BA/2019) No terceiro setor da economia estão presentes as


entidades privadas, chamadas pela doutrina de paraestatais, que atuam ao lado da Administração
Pública, sem finalidade lucrativa e executam atividades de interesse social.
Dentre elas, destacam-se as qualificadas como Organizações Sociais (OS`s) que, como disposto na Lei nº
9.637/98,

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a) possuem autonomia em seu órgão colegiado de deliberação superior, vedada a participação de


representantes do Poder Público e de membros da comunidade.
b) prestam serviços públicos não exclusivos do Estado, como ensino, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.
c) dependem de prévia lei específica para serem criadas e promovem obrigatoriamente a distribuição de
bens e de parcela do patrimônio líquido a seus acionistas.
d) integram a Administração Indireta e possuem em seu estatuto objeto social relacionado com as
atividades que desempenharão após a celebração do convênio.
e) têm personalidade jurídica de direito público e estão habilitadas, estatutariamente, a prestar serviços
públicos essenciais compatíveis com o termo de parceria.

Comentário:

a) nos termos do art. 2º, I, ‘d’, da Lei 9.637/1998, é um requisito específico para que as entidades privadas
habilitem-se à qualificação como organização social a previsão de participação, no órgão colegiado de
deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória
capacidade profissional e idoneidade moral – ERRADO;

b) as organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades são
dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do
meio ambiente, à cultura e à saúde – CORRETO;

c) as entidades que pretendam ser OS são originariamente criadas como associação ou fundação e,
habilitando-se perante o Poder Público, recebem a qualificação. Ademais, o art. 2°, I, ‘h’ da Lei 9.637/1998
expressamente traz como requisito a proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido
em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou
membro da entidade – ERRADO;

d) as OS não pertencem à administração indireta, e nem firmam convênio com o poder público – ERRADO;

e) as OS não tem personalidade de direito público. Nos termos do art. 1° da Lei 9.637/1998, o Poder
Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos
previstos na Lei – ERRADO.

Gabarito: alternativa B.

5. (FGV – SEFIN RO/2018) A partir da reforma administrativa e da ideia de um estado mínimo, em


que a atuação do poder público está restrita às áreas onde sua presença é indispensável, foram criadas
entidades e regulamentaram-se institutos com o propósito de possibilitar e incentivar a prestação de
serviços de interesse da coletividade por pessoas privadas não integrantes da Administração Pública.
Com relação às entidades sem fins lucrativos, chamadas organizações sociais, analise as afirmativas a
seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.

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I. Organização Social é um tipo de autarquia.


II. O título de Organização Social é conferido de maneira irreversível.
III. Organização Social é uma pessoa jurídica de direito privado integrante da Administração Pública.
Observada a ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – F – F.
b) F – F – F.
c) F – V – F.
d) F – F – V.
e) F – V – V.

Comentário:

Vamos analisar as assertivas separadamente:

I – Falsa. A organização social não é uma autarquia nem faz parte da Administração Pública. Ela não
configura nova categoria de ente, mas mera qualificação outorgada a uma pessoa jurídica de direito privado
sem fins lucrativos, que preencha os pressupostos legais. O Poder Executivo poderá qualificar como
organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam
dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do
meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei (art. 1º, da Lei 9.637/1998);

II – Falsa. O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como organização social,
quando constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão (art. 16, da Lei
9.637/1998);

III – Falsa. As organizações sociais, por integrarem o terceiro setor, não fazem parte do conceito
constitucional de Administração Pública.

Portanto nosso gabarito é aquele em que todas as assertivas são falsas, qual seja, a alternativa B.

Gabarito: alternativa B.

6. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2018) Com referência ao regime jurídico de colaboração entre a
Administração Pública e a sociedade civil organizada, leia o trecho a seguir. “Conjunto de direitos,
responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica estabelecida formalmente entre a
Administração Pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco”. O trecho corporifica
a) um projeto.
b) uma política pública.
c) uma parceria.
d) um termo de fomento.

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e) um termo de colaboração.
Comentário: quando falamos em mútua cooperação, devemos logo pensar no regime de parcerias.
Nesse sentido, o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade
civil é um regime de mútua cooperação, destinado à consecução de finalidades de interesse público e
recíproco, por meio da execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de
trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
Portanto, nosso gabarito está na alternativa C.
Lembrando que as letras D e E estão erradas, pois mencionaram apenas espécies de parcerias, sendo que
o conceito do enunciado pediu "o gênero".
Gabarito: alternativa C.

7. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2018) No Município de Córrego Seco, a associação Meu Bem
Querer, sem fins lucrativos e que oferece educação básica e cursos profissionalizantes para menores em
situação de vulnerabilidade, pleiteou qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP). A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) Ainda que a associação preencha os requisitos previstos em lei, a outorga da qualificação é ato
discricionário do Poder Executivo.
b) Caso obtenha a qualificação pleiteada, a associação poderá firmar termo de parceria com o Município
de Córrego Seco.
c) Qualquer instrumento de parceria só poderá ser firmado entre a associação qualificada como OSCIP e o
Poder Público que lhe outorgou a qualificação.
d) Um dos requisitos necessários à obtenção da qualificação é a exigência de estar constituída e em
funcionamento regular há pelo menos um ano.
e) Caso preencha os requisitos previstos em lei, a associação qualificada como OSCIP pode celebrar contrato
de gestão para exercício das atividades descritas em seu estatuto.
Comentário:
a) a qualificação das OSCIP é um ato vinculado, devendo ser concedida às entidades que preencherem os
requisitos legais (art. 1°, §2°, Lei n° 9.790/99) – ERRADA;
b) as OSCIP formalizam a parceria com o poder público mediante termo de parceria, condição indispensável
para a entidade fazer jus ao fomento a suas atividades (art. 9°, Lei n° 9.790/99) – CORRETA;
c) essa limitação não existe na legislação, uma vez que existem diversos instrumentos de parcerias –
ERRADA;
d) conforme previsão do art. 1° da Lei n° 9.790/99, podem qualificar-se como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido
constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os
respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos pela lei – ERRADA;
e) o vínculo entre as OSCIP e o Poder Público é estabelecido com a celebração de termo de parceria, e não
do contrato de gestão, que é celebrado entre as organizações sociais (OS) e o Poder Público – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

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8. (FGV – TJ SC/2018) As organizações sociais (OS) são entidades de direito privado que tiveram
origem na estratégia de publicização de parte de atividades exercidas pelo Estado.
Em relação às OS é correto afirmar que:
a) fazem parte da estrutura da administração indireta;
b) podem exercer qualquer tipo de atividade de interesse público;
c) são vinculadas à Administração Pública por meio do contrato de gestão;
d) podem adquirir qualificação de agência executiva por decreto presidencial;
e) devem se enquadrar no modelo societário de sociedade de economia mista.
Comentário:
a) as OS são entidades privadas, não integrantes da administração – ERRADA;
b) as OS são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que recebem delegação para
desempenho de serviço público de natureza social, dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde (art. 1°, Lei
n° 9.637/98) – ERRADA;
c) as OS recebem delegação do Poder Público para desempenho de serviços públicos de natureza social
através da assinatura de contrato de gestão – CORRETA;
d) as agências executivas são autarquias ou fundações que assinam contrato de gestão com o órgão da
Administração Direta a que se acha vinculada. Já as OS são pessoas jurídicas de direito privado, não
integrantes da administração pública – ERRADA;
e) o modelo societário adotado pelas SEM é o de sociedade anônima. Esse modelo não é compatível com
as entidades sem finalidades lucrativas, como é o caso das OS – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

9. (FGV – MPE AL/2018) A denominação Terceiro Setor está relacionada com o conjunto de
organizações
a) de qualquer natureza, que têm, em sua missão, os valores de cooperação e de solidariedade.
b) internacionais, que atuam no setor terciário da economia.
c) empresariais, que atuam principalmente na prestação de serviços.
d) públicas ou privadas, que produzem bens públicos.
e) privadas sem fins lucrativos, que prestam serviços de caráter público.
Comentário:
a) as entidades do terceiro setor não são de qualquer natureza, devendo ser uma entidade privada sem fins
lucrativos – ERRADA;
b) o conceito de terceiro setor não está relacionado a um conjunto de organizações internacionais, nem ao
setor terciário da economia, que corresponde ao comércio e prestação de serviços em geral. Não confunda
o terceiro setor (entidades privadas sem fins lucrativos) com o setor terciário da economia (comércio e
prestação de serviços) – ERRADA;

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c) as entidades do terceiro setor não possuem fins lucrativos, de forma que não são organizações
empresariais – ERRADA;
d) as organizações do terceiro setor são privadas e não produzem bens públicos – ERRADA;
e) o termo terceiro setor é utilizado para designar as entidades privadas, surgidas necessariamente no meio
privado, mas que não possuem fins lucrativos nem econômico, sendo formado pelas entidades privadas da
sociedade civil, que prestam atividade de interesse social, sem finalidade lucrativa – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

10. (FGV – IBGE/2016) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado introduziu no Brasil, em
meados da década de 90, a estratégia de flexibilização denominada publicização. Esta foi definida como
sendo o processo de descentralização para o setor público não-estatal da execução de serviços como
educação, saúde, cultura e pesquisa científica.

A estratégia de publicização introduziu na administração pública brasileira, por meio da Lei nº 9.637/98,
a contratação de:
a) Autarquia;
b) Consórcio Público;
c) Empresa de Propósito Específico;
d) Organização Social;
e) Parceria Público-Privada.
Comentário: Lei nº 9.637/98 introduziu a contratação das Organizações Sociais em nosso ordenamento.
Nesse sentido, organização social é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação do Poder Público, mediante
contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza social. Nosso gabarito está na
alternativa D, portanto.
Gabarito: alternativa D.

11. (FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT/2016) Sobre as normas gerais acerca da prestação de serviços
públicos por Organizações Sociais – OS's, assinale a afirmativa correta.
a) A qualificação de pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos em Organização Social depende
de lei específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo.
b) A Organização Social formada será integrante da Administração Indireta do ente federado que a criou,
estando submetida aos princípios da hierarquia e do controle.
c) Não obstante a qualificação como Organização Social, a entidade de direito privado qualificada está
submetida à prévia licitação para a prestação do serviço delegado.
d) A qualificação da entidade privada como Organização Social depende de licitação na modalidade de
concorrência, salvo se por inviabilidade de competição a mesma for inexigível.
e) As entidades qualificadas como Organização Social não integram a estrutura da Administração Pública e
não possuem fins lucrativos, mas se submetem ao controle financeiro do Poder Público, inclusive do
Tribunal de Contas.

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Comentário:
a) a qualificação como OS é realizada pelo Presidente da República e depende de proposta pelo Ministro
de Estado ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao objeto social
da OS. Logo, não depende de lei específica – ERRADA;
b) as OS são pessoas privadas, não integrantes da administração pública – ERRADA;
c) anteriormente, a "contratação" de organizações sociais ocorria por dispensa de licitação, conforme
definia a Lei 8.666/1993. Entretanto, tratava-se de uma impropriedade do legislador, uma vez que o Estado
e as organizações sociais firmam uma parceria, por intermédio do contrato de gestão, que possui regime
de mútua cooperação. Assim, a natureza do contrato de gestão aproxima-se dos convênios e não dos
contratos. Logo, não fazia sentido falar em "dispensa de licitação", já que a obrigatoriedade de licitar não
se aplica aos "convênios" (no sentido amplo dessa expressão). Esse posicionamento foi confirmado pelo
STF, no julgamento da ADI 1923. Consequentemente, na elaboração da Lei 14.133/2021 (Nova Lei de
Licitações), não houve a inclusão do contrato de gestão com as organizações sociais como hipótese de
dispensa de licitação, uma vez que tal previsão seria desnecessária. Logo, não há licitação para firmar o
contrato de gestão. No mesmo contexto, a OS não faz licitação para firmar os seus contratos, devendo
apenas realizar um procedimento público, isonômico e transparente – ERRADA;
d) a qualificação como OS é ato discricionário do Presidente da República, não dependendo de licitação –
ERRADA;
e) a execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo órgão ou
entidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade fomentada. Ademais, os responsáveis
pela fiscalização da execução do contrato de gestão devem dar ciência de qualquer irregularidade ou
ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social ao Tribunal de Contas
da União – TCU (arts. 8° e 9° da Lei n° 9.637/98) – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

12. (FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT/2016) Edinaldo e Pedro, estudantes de direito, travaram intenso
debate a respeito da sujeição, ou não, dos serviços sociais autônomos à exigência constitucional de que
a investidura em cargo ou emprego público dependa de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos.
À luz da sistemática constitucional e da interpretação que lhe vem sendo dispensada pelo Supremo Tribunal
Federal, é correto afirmar que os serviços sociais autônomos,
a) por integrarem a Administração Pública direta, devem observar a referida exigência constitucional.
b) na medida em que não integram a Administração Pública, não devem observar a referida exigência
constitucional.
c) por integrarem a Administração Pública indireta, devem observar a referida exigência constitucional.
d) somente estarão sujeitos à referida exigência constitucional quando receberem contribuições
parafiscais.
e) por serem entes paraestatais, devem observar a referida exigência constitucional.
Comentário: o STF entendeu que as OS não seguem a Lei 8.666/1993, mas sim o seu regulamento próprio,
e não precisam realizar concurso público, mas devem conduzir a seleção de pessoal de forma impessoal,
nos termos do regulamento próprio de cada entidade.

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Assim, os contratos a serem celebrados pela Organização Social com terceiros, com recursos públicos,
sejam conduzidos de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do caput do art.
37 da Constituição Federal, e nos termos do regulamento próprio a ser editado por cada entidade.
Ademais, a seleção de pessoal pelas Organizações Sociais seja conduzida de forma pública, objetiva e
impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da CF, e nos termos do regulamento próprio
a ser editado por cada entidade (ADI 1923).
Portanto, nosso gabarito está na alternativa B.
Gabarito: alternativa B.

13. (FGV – Câmara Municipal de Caruaru - PE/2015) Com referência às Organizações Sociais – OS e às
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, analise as afirmativas a seguir.
I. As OSCIP são qualificadas por meio de certificação emitida pelo Ministério da Justiça.
II. O instrumento de vinculação jurídica de ambas com o poder público é o contrato de gestão.
III. Ambas são organizações criadas com o propósito de substituir o Estado em algumas de suas atividades.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário:
I – de fato, no caso das OSCIP, a qualificação é concedida pelo Ministério da Justiça – CORRETA;
II – no caso das OSCIP, o instrumento é o termo de parceria; quanto às OS, o instrumento é mesmo o
contrato de gestão – ERRADA;
III – elas não substituem o Estado, mas atuam ao lado do Poder Público desenvolvendo atividades de
interesse social – ERRADA.
Apenas a afirmativa I está correta, portanto.
Gabarito: alternativa A.

14. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2015) As pessoas qualificadas como organizações sociais (OS`s)
devem ostentar alguns fundamentos ou características principais, conforme exigido pela Lei nº 9.637/98,
por exemplo:
a) ter personalidade jurídica de direito público e possuir em seu estatuto objeto social relacionado com as
atividades que desempenhará após o contrato de gestão;
b) estar habilitada estatutariamente para prestar serviços públicos essenciais compatíveis com o termo de
parceria e possuir fins lucrativos;
c) destinar-se ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação
do meio ambiente, à cultura e à saúde;

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d) possuir autonomia em seu órgão colegiado de deliberação superior, vedada a participação de


representantes do Poder Público e de membros da comunidade;
e) ser obrigatória a distribuição de bens e de parcela do patrimônio líquido advinda do lucro anual, inclusive
em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado.
Comentário:
a) as OS têm personalidade jurídica de direito privado – ERRADA;
b) as OS firmam parceria através de contrato de gestão – ERRADA;
c) as organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam
dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do
meio ambiente, à cultura e à saúde (art. 1°) – CORRETA;
d) o conselho de administração é formado por representantes da Administração, da sociedade e da própria
entidade – ERRADA;
e) pelo contrário, a Lei traz a proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em
qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro
da entidade (art. 2°, I, ‘h’) – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

15. (FGV – PGE RO/2015) Quando tratamos das formas de parceria entre Estado e sociedade, surge a
dificuldade de definir os contornos do que venha a ser o “terceiro setor". Essa dificuldade é importante
em função dos tipos de organização que a esse pertencem e que podem estabelecer parcerias não
comerciais com o Estado. Uma organização que claramente estaria fora desses contornos são:
a) associações de moradores;
b) cooperativas sem fins lucrativos;
c) fundações filantrópicas;
d) instituições com fins lucrativos;
e) sociedades científicas.
Comentário: as entidades do terceiro setor são entidades privadas, surgidas necessariamente no meio
privado, mas que não possuem fins lucrativos nem econômicos. Portanto, o terceiro setor é formado pelas
entidades privadas da sociedade civil, que prestam atividade de interesse social, sem finalidade lucrativa.
Nesse sentido, nosso gabarito só pode ser a alternativa D.
Gabarito: alternativa D.

16. (FGV – PGE RO/2015) Atualmente, as relações prolongadas de parceria com organizações sociais
(OS) para a realização de atividades de interesse público nas áreas de prestação de serviços sociais
diretamente aos cidadãos, possuem diferentes características, EXCETO aquela na qual:
a) a comissão de acompanhamento é instituída para monitorar o desempenho e os resultados;
b) a fiscalização pelo poder público se dá por meio de relatório de execução e prestação de contas;

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c) o contrato de gestão é o instrumento contratual em que governo e OS negociam metas de desempenho


e resultados esperados;
d) o convênio é o mecanismo contratual adotado visando mútua colaboração sem prever remuneração ou
registro no SICONV;
e) o instrumento celebrado contemple obrigações, prazos, metas e indicadores de execução relativos aos
serviços.
Comentário:
a) nos termos do art. 8°, § 2°, da Lei 9.637/1998, os resultados atingidos com a execução do contrato de
gestão devem ser analisados, periodicamente, por comissão de avaliação, indicada pela autoridade
supervisora da área correspondente, composta por especialistas de notória capacidade e adequada
qualificação. Então, a alternativa traz uma característica das OS – CORRETA;
b) o art. 8°, § 1°, da Lei 9.637/1998 diz que a entidade qualificada apresentará ao órgão ou entidade do
Poder Público supervisora signatária do contrato, ao término de cada exercício ou a qualquer momento,
conforme recomende o interesse público, relatório pertinente à execução do contrato de gestão,
contendo comparativo específico das metas propostas com os resultados alcançados, acompanhado da
prestação de contas correspondente ao exercício financeiro – CORRETA;
c) de fato, o contrato de gestão, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade supervisora e a
organização social, discriminará as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e da
organização social. Além disso, na elaboração o contrato de gestão, deve haver a previsão das metas a
serem atingidas, nos termos do art. 7°, I, Lei 9.637/1998 – CORRETA;
d) o instrumento que firma a parceria entre o Poder Público e as organizações sociais é o contrato de gestão,
e não o convênio, como diz a alternativa – ERRADA;
e) na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados, dentre outros, os preceitos da especificação
do programa de trabalho proposto pela organização social, a estipulação das metas a serem atingidas e os
respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de
desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e produtividade (art. 7°, I, Lei
9.637/1998) – CORRETA;
Gabarito: alternativa D.

17. (FGV – TCM SP/2015) Ao tratarmos das formas de atuação conjunta entre o ente público e
organizações privadas sem fins lucrativos, observa-se que diferentes possibilidades apresentam
características específicas. Nesse sentido, é correto afirmar que uma OSCIP caracteriza-se por ser
qualificada:
a) por portaria do Ministério da Justiça e ter sua relação com o poder público estabelecida na forma de
fomento por meio de termo de parceria;
b) por Decreto do Chefe do Poder Executivo e ter sua relação com o poder público estabelecida na forma
de fomento por meio de contrato de gestão;
c) por Lei que autoriza sua criação e ter sua relação com o poder público estabelecida na forma de termo
de cooperação;
d) por Decreto do Chefe do Poder Executivo e, em sua relação com o poder público, receber contribuições
parafiscais por meio de contrato de gestão;

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e) como entidade civil sem fins lucrativos, com participação majoritária do poder público e da sociedade
em seu órgão deliberativo superior.
Comentário: a Lei n° 9.790/1999 estabelece que o interessado em se qualificar como Oscip deve formular
requerimento escrito ao Ministério da Justiça, que, verificando o cumprimento dos requisitos previstos na
Lei, deferirá e expedirá o certificado de qualificação. Caso sejam atendidos os requisitos, o Ministro
concederá a qualificação através de portaria. Ademais, a formação do vínculo, no caso das OSCIP, ocorre
por meio de termo de parceria.
Com essas informações conseguimos eliminar as alternativas B, C, D e E e chegar ao nosso gabarito,
alternativa A.
Gabarito: alternativa A.

18. (FGV – TCM SP/2015) Tanto as Organizações Sociais como as Organizações das Sociedades Civis
de Interesse Público são entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem tal qualificação pelo Poder
Público, uma vez preenchidos os requisitos legais. Conhecendo as peculiaridades que distinguem as
Organizações Sociais (OS’s) das Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público (OSCIP’s), é
correto afirmar que:
a) as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e das OSCIP’s são definidas por meio de
contrato de gestão, enquanto que o vínculo das OS’s com a Administração Pública é estabelecido por meio
de termo de parceria;
b) as OS’s recebem ou podem receber delegação para a gestão de serviço público, enquanto as OSCIP’s
exercem atividade de natureza privada (serviços sociais não exclusivos do Estado), com a ajuda do Estado;
c) ao contrário do que ocorre com as OS’s, são passíveis de qualificação como OSCIP’s as cooperativas, os
sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
d) as OS’s já são fundadas com a qualificação jurídica de organização social em seu estatuto social, enquanto
que as OSCIP’s somente recebem tal título por força de lei específica, após comprovarem os requisitos
legais;
e) às OS’s não poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento
do contrato de gestão, enquanto que as OSCIP’s poderão receber tal aporte por atuarem visando ao
interesse público.
Comentário:
a) na verdade, a previsão legal diz o contrário: OS -> contrato de gestão; OSCIP -> termo de parceria –
ERRADA;
b) teoricamente, as OS recebem delegação para prestar serviços públicos. Isso porque este modelo surgiu
para substituir órgãos e entidades administrativas que executavam serviços não exclusivos. Seria o caso,
por exemplo, da prestação dos serviços de saúde. Por outro lado, as Oscip exercem atividade privada com
a ajuda do Estado, como a realização de atividades de pesquisa. Por isso, a assertiva está correta. Ressalta-
se, porém, que essa "classificação" é puramente teórica, já que, na prática, há bastante confusão entre as
atividades das OS e das Oscip – CORRETA;
c) essas entidades listadas NÃO podem ser qualificadas como OSCIP, nos termos do art. 2º da Lei
9.790/1999 – ERRADA;

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d) não, em ambos os casos as entidades são criadas por iniciativa de particulares e recebem uma
qualificação jurídica, como OS ou OSCIP – ERRADA;
e) a organização social recebe sim fomento do Poder Público, por intermédio de recursos orçamentários,
permissão de uso de bens públicos ou cessão de servidores, para prestar o serviço de interesse para a
coletividade – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

19. (FGV – DPE RO/2015) O gestor de uma organização que atua na área de educação busca a
qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Para tal, a organização
terá que cumprir o requisito de:
a) distribuir excedentes operacionais entre conselheiros, diretores e associados;
b) constituir conselho fiscal que emita parecer sobre relatórios de desempenho;
c) ter sido criada por órgão público ou por fundações públicas;
d) ser escola privada dedicada ao ensino formal não gratuito;
e) destinar seus serviços a um círculo de associados.
Comentário:
a) as OSCIP não têm fins lucrativos, de forma que não distribuem, entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos,
dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de
suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social (art. 1º, parágrafo
único, Lei n° 9.790/1999) – ERRADA;
b) de fato, a lei exige que a OSCIP tenha um conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência
para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais
realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade (art. 4°, III, Lei n° 9.790/1999) –
CORRETA;
c) não, a OSCIP é uma pessoa jurídica privada, criada por particulares, que recebe uma qualificação ao
preencher os requisitos legais. Ademais, não são passíveis de qualificação como OSCIP as fundações,
sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas (art.
2°, XII, Lei n° 9.790/1999) – ERRADA;
d) as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras não são passíveis de
qualificação como OSCIP (art. 2°, VIII, Lei n° 9.790/1999) – ERRADA;
e) as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de
associados ou sócios não podem se qualificar como OSCIP (art. 2°, V, Lei n° 9.790/1999) – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

20. (FGV – TJ BA/2015) A Lei nº 9.790/99 surgiu para disciplinar as entidades que denominou de
OSCIP, instituindo-se um novo regime de parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada. Essa Lei foi
elaborada com o principal objetivo de fortalecer o Terceiro Setor, que constitui hoje uma orientação
estratégica em virtude da sua capacidade de:

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a) definir as cláusulas necessárias do protocolo de intenções, como a denominação, a finalidade, o prazo


de duração, a sede, a identificação dos entes da Federação consorciados etc.;
b) melhorar a distribuição dos bens ou serviços, através da descentralização territorial, além de garantir
qualidade uniforme de um produto ou serviço, com marca e método já experimentados e aprovados;
c) qualificar as organizações voltadas para um círculo restrito de sócios ou que estão ou deveriam estar
voltadas a outras legislações, como as instituições religiosas ou aquelas voltadas para a disseminação de
credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
d) gerar projetos, assumir responsabilidades, empreender iniciativas e mobilizar pessoas e recursos
necessários ao desenvolvimento social do país;
e) formalizar a parceria entre entidade privada e Poder Público através de contrato de gestão, além de
exigir a participação de agentes do Poder Público na estrutura da entidade.
Comentário:
a) as OSCIP formalizam a parceria com o Poder Público através de termo de parceria, não havendo que se
falar em protocolo de intenções, que é um documento preliminar dos consórcios públicos – ERRADA;
b) uma OSCIP é uma entidade privada criada por particulares, não integrante da administração, não fazendo
parte do conceito de descentralização territorial – ERRADA;
c) na verdade isso é proibido pela Lei n° 9.790/1999, que veda a qualificação como OSCIP a entidades de
benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios
não podem se qualificar como OSCIP (art. 2°, V, Lei n° 9.790/1999) – ERRADA;
d) as OSCIP atuam em áreas de interesse social, especificadas na lei. Não foram idealizadas para substituir
órgãos ou entidades da administração, atuando ao lado do Poder Público em projetos e ações de interesse
social que contribuam com o desenvolvimento social do país – CORRETA;
e) o instrumento que formaliza a parceria entre Poder Público e OSCIP é o termo de parceria, e não contrato
de gestão – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

21. (FGV – TJ BA/2015) A Lei Federal nº 9.790/99 instituiu as Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público – OSCIP, na esfera federal de Governo. A lei propõe a qualificação de pessoas jurídicas
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, e institui e disciplina o Termo de Parceria, de
maneira semelhante ao contrato de gestão firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como
Organização Social.
A OSCIP tem como finalidade:
a) gerir serviços públicos, por delegação do ente federativo;
b) prestar atividade social de interesse público, sem fins lucrativos, com a ajuda do poder público;
c) prestar atividade social de interesse público, sem fins lucrativos, por delegação do ente federativo;
d) gerir serviços públicos, sem fins lucrativos, com a ajuda do poder público;
e) prestar atividade social de interesse público, com a ajuda do poder público.
Comentário: as Oscip exercem atividade privada com a ajuda do Estado, e não delegação para gerir serviços
públicos.

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Nesse sentido, as Oscip recebem qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do
Estado com incentivo e fiscalização do Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por meio de
termo de parceria. Ademais, elas não fazem a "gestão de serviços públicos", já que tal atividade seria
realizada pelas organizações sociais.
Assim, nossa resposta está na alternativa B. A letra E, por outro lado, está "menos completa" e, por isso,
foi considerada como incorreta.
Gabarito: alternativa B.

22. (FGV – Prefeitura de Recife - PE/2014) As opções a seguir apresentam exemplos de Entidade
Paraestatal, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
b) Organizações Sociais
c) Serviço Social da Indústria
d) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
e) Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Comentário: entre as opções apresentadas, apenas a Agência Nacional de Saúde Suplementar não é
entidade paraestatal, pois é uma agência reguladora, vinculada ao Ministério da Saúde.
Gabarito: alternativa E.

23. (FGV – SEFAZ MT/2014) Acerca da qualificação, pela União, de uma pessoa jurídica de direito
privado como organização da sociedade civil de interesse público e dos efeitos daí decorrentes, assinale
a afirmativa incorreta.
a) A qualificação como organização da sociedade civil de interesse público é ato vinculado, que somente
será indeferido quando não atendidos os pressupostos legais.
b) A entidade qualificada como organização da sociedade civil de interesse público pode celebrar termo de
parceria com o poder público.
c) Somente pode se qualificar como organização da sociedade civil de interesse público uma pessoa jurídica
de direito privado sem fins lucrativos.
d) A pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos interessada em obter a qualificação deverá
formular requerimento escrito ao Ministério da Justiça.
e) Uma cooperativa de trabalhadores rurais pode se qualificar como organização da sociedade civil de
interesse público.
Comentário: as primeiras alternativas retratam corretamente as características de uma Oscip. Isso porque
a qualificação é vinculada, o instrumento será o termo de parceria, a entidade não poderá ter fins lucrativos
e a qualificação é outorgada pelo Ministério da Justiça.
Por outro lado, a alternativa E está errada, pois a Lei n° 9.790/1999 expressamente veda a qualificação de
cooperativas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (art. 2°, X).
Gabarito: alternativa E.

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24. (FGV – Prefeitura de Florianópolis - SC/2014) A semelhança entre Organizações Sociais (OS) e
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) está pautada no fato de se referirem a
entidades privadas que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebem uma qualificação pelo poder
público. Dentre as suas diferenças, é possível afirmar que:
a) uma OS pode ter fins lucrativos;
b) uma OSCIP pode remunerar seus dirigentes e distribuir seus excedentes operacionais entre seus
colaboradores;
c) uma OSCIP está impossibilitada de receber bens apreendidos, abandonados ou disponíveis,
administrados pela Secretaria da Receita Federal;
d) uma OSCIP tem seu certificado emitido pelo Ministério da Ação Social;
e) uma OS pode assumir serviços públicos desempenhados pelos órgãos da administração pública.
==1868fc==

Comentário:
a) nenhuma das duas entidades podem ter fins lucrativos – ERRADA;
b) a OSCIP pode mesmo remunerar dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles
que a ela prestam serviços específicos. Contudo, não pode haver distribuição de excedentes, sob pena de
desvirtuar o conceito de entidade sem fins lucrativos – ERRADA;
c) as organizações da sociedade civil podem receber bens móveis considerados irrecuperáveis,
apreendidos, abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos
termos do art. 84-B da Lei n° 13.019/2014 – ERRADA;
d) a qualificação é emitida pelo Ministério da Justiça – ERRADA;
e) realmente, as OS recebem delegação para prestar serviços públicos de natureza social – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

25. (FGV – Prefeitura de Florianópolis - SC/2014) O título de OSCIP foi criado no ano de 1999, com o
objetivo de instituir um novo modelo de reconhecimento de organizações da sociedade civil. Dentre as
características de uma OSCIP, pode-se destacar que:
a) possuem certificado expedido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
b) podem distribuir seus excedentes operacionais, desde que entre seus empregados e associados;
c) tem a possibilidade de formar vínculos com o poder público;
d) tem a possibilidade de receber verbas públicas mediante o estabelecimento de um contrato de gestão;
e) podem destinar no máximo 10% de seu patrimônio a seus sócios e conselheiros.
Comentário:
a) a qualificação é expedida pelo Ministério da Justiça – ERRADA;
b) isso é vedado, pois descaracteriza a ausência de finalidade lucrativa, que é um requisito para a entidade
privada se tornar Oscip – ERRADA;
c) sim, as Oscip podem formar vínculo com o Poder Público através do termo de parceria – CORRETA;
d) o recebimento de fomento do Poder Público ocorre através do termo de parceria – ERRADA;

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e) é vedada a destinação do patrimônio aos sócios, pois são entidades sem fins lucrativos – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

26. (FGV – TCE BA/2013) Sobre as pessoas jurídicas integrantes do Terceiro Setor, assinale a afirmativa
correta.
a) As Organizações Sociais (OS’s) não podem ser qualificadas como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIPs).
b) As organizações não governamentais (ONG’S) não se submetem a órgão ou órgãos de controle na
responsabilidade fiscal, dado o seu caráter de entidade de direito privado,.
c) As organizações sociais, também chamadas de OS, são criadas para execução de serviços públicos
exclusivos do Estado.
d) As instituições religiosas poderão ser qualificadas como organizações da sociedade civil de interesse
público (OSCIPs).
e) Os contratos de gestão entre a Administração Pública e as Organizações Sociais não caracterizam
convênio administrativo, não se sujeitando à fiscalização e controle por parte do Tribunal de Contas.

Comentário:

a) segundo o art. 2º da Lei 9.790/1999, não podem ser classificadas como OSCIPs pessoas jurídicas que
desempenhem determinadas atividades. Dentre elas, temos as organizações sociais (OS). Dessa forma,
nenhuma entidade pode ser qualificada concomitantemente como OS e OSCIP – CORRETA;

b) as organizações não governamentais realmente são entidades de direito privado. Todavia, quando
receberem recursos públicos, essas entidades deverão se submeter ao órgão repassador e estão sujeitas
ao controle do Tribunal de Contas – ERRADA;

c) as OS são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares para a
execução de serviços públicos de natureza social não exclusivos do Estado – ERRADA;

d) como mencionamos na alternativa A, existem pessoas jurídicas que não podem receber qualificação de
OSCIP. Esse é o caso das OS – tratadas anteriormente – e das instituições religiosas ou voltadas para a
disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais – ERRADA;

e) o instrumento firmado entre o Poder Público e a OS é o contrato de gestão e não o convênio


administrativo. Além disso, a fiscalização do contrato deverá ser feita por órgão ou entidade supervisora
da área de atuação correspondente à atividade fomentada – ERRADA.

Gabarito: alternativa A.

27. (FGV – AL MA/2013) Acerca das entidades paraestatais, com base no direito administrativo
brasileiro, analise as afirmativas a seguir.
I. A expressão abrange todos os entes da Administração Indireta, além das pessoas jurídicas de direito
privado autorizadas a realizar atividades de interesse coletivo ou público.

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II. Os serviços sociais autônomos, por arrecadarem contribuições parafiscais, estão sujeitos à jurisdição da
Justiça Federal.
III. O Termo de Parceria é o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo
de cooperação entre as partes.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário:

I. A expressão abrange todos os entes da Administração Indireta, além das pessoas jurídicas de direito
privado autorizadas a realizar atividades de interesse coletivo ou público.

As entidades paraestatais fazem parte do terceiro setor, ou seja, não fazem parte da Administração Pública.
São na verdade, entidades privadas, sem fins lucrativos, que prestam atividade de interesse social, em
cooperação com o Estado. Compõem as paraestatais: os serviços autônomos, as organizações sociais (OS),
as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) e as entidades de apoio – ERRADA;

II. Os serviços sociais autônomos, por arrecadarem contribuições parafiscais, estão sujeitos à jurisdição da
Justiça Federal.

Os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao foro da justiça estadual, uma vez que não integram a
Administração Pública. Esse entendimento já é pacífico na jurisprudência e encontra-se até em súmula do
STF ao tratar do Sesi: “O Serviço Social da Indústria (Sesi) está sujeito à jurisdição da justiça estadual” –
ERRADA;

III. O Termo de Parceria é o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de
cooperação entre as partes.

Isso mesmo! Enquanto o vínculo da OS ocorre por meio de contrato de gestão; para a OSCIP ocorre por
meio de termo de parceria, que é o instrumento que cria vínculo de cooperação entre as partes, para o
fomento e a execução das atividades de interesse público previstas na Lei – CORRETA.

Dessa forma, a única afirmação correta é a III. Por consequência, correta a alternativa B, que é o nosso
gabarito.

Gabarito: alternativa B.

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28. (FGV – OAB/2013) Determinada entidade de formação profissional, integrante dos chamados
Serviços Sociais Autônomos (também conhecidos como “Sistema S”), foi, recentemente, questionada
sobre a realização de uma compra sem prévia licitação. Assinale a alternativa que indica a razão do
questionamento.
a) Tais entidades, vinculadas aos chamados serviços sociais autônomos, integram a Administração Pública.
b) Tais entidades, apesar de não integrarem a Administração Pública, são dotadas de personalidade jurídica
de direito público.
c) Tais entidades desempenham, por concessão, serviço público de interesse coletivo.
d) Tais entidades são custeadas, em parte, com contribuições compulsórias cobradas sobre a folha de
salários.

Comentário:

Os serviços sociais autônomos não integram a Administração Pública, uma vez que são entidades privadas,
que fazem parte do terceiro setor. Com efeito, são dotadas de personalidade jurídica de direito privado.
Ademais, elas prestam serviço de utilidade pública, mas não são concessionárias de serviço público, uma
vez que não são delegatárias de serviço público. Assim, é possível perceber que as opções A, B e C estão
erradas.

O motivo do questionamento sobre a necessidade de realização de licitação por parte dos serviços sociais
autônomos decorre do fato delas receberem recursos de natureza compulsória, as chamadas contribuições
parafiscais. Nesse caso, a opção D está correta.

Com efeito, o entendimento do Tribunal de Contas da União é de que essas entidades não se submetem à
Lei de Licitações, mas devem dispor de procedimento próprio de contratação que assegure o atendimento
dos princípios constitucionais da Administração Pública. Por fim, os procedimentos dessas entidades não
podem inovar na ordem jurídica, em particular naquilo que a Constituição Federal determinou que só
poderia ser disciplinado por lei, como o caso das dispensas e inexigibilidades, que somente podem ser
criadas por lei de competência da União.

Gabarito: alternativa D.

Concluímos por hoje.

Bons estudos.

HERBERT ALMEIDA.

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Se preferir, basta escanear as figuras abaixo:

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1. (FGV – MPE RJ/2019) Considerando a relevância das atividades desenvolvidas em benefício da


educação, por determinada associação da sociedade civil sem fins lucrativos, que não remunerava seus
dirigentes e que empregava no seu objeto social todos os recursos que obtinha, o Município Alfa decidiu
celebrar ajuste com essa associação, sem a transferência de recursos financeiros, para que pudessem
desenvolver determinado projeto em conjunto.
Considerando que a referida associação não possuía qualquer qualificação fornecida pela legislação
específica, o ajuste a ser celebrado é o:
a) convênio;
b) termo de fomento;
c) contrato de gestão;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.

2. (FGV – MPE RJ/2019) O Município Alfa decidiu estimular a participação de organização da


sociedade civil sem fins lucrativos, que não contasse com qualquer qualificação obtida com base em
legislação específica, em projetos de interesse público e recíproco. Para tanto, lançou chamamento
público para que os interessados apresentassem os seus projetos, sendo celebrado ajuste com a
organização vencedora, que seria contemplada com a transferência de recursos financeiros.
À luz da sistemática vigente, o referido ajuste terá a forma de:
a) termo de parceria;
b) contrato de gestão;
c) termo de interação;
d) termo de colaboração;
e) acordo de cooperação.

3. (FGV – Prefeitura de Salvador - BA/2019) Até recentemente, havia o entendimento dos


especialistas de que a sociedade poderia ser classificada em dois setores, o primeiro sendo o Poder
Público e o segundo o Mercado.
Com o crescente número de demandas sociais não atendidas pelo Estado, um terceiro setor começa se
consolidar e ganhar importância no atendimento das demandas da sociedade.
Assinale a opção que indica uma organização do terceiro setor.
a) Agência Executiva.
b) Sociedade Anônima.
c) Fundação Autárquica.

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d) Associação Pública.
e) Entidade de Apoio.

4. (FGV – Prefeitura de Salvador - BA/2019) No terceiro setor da economia estão presentes as


entidades privadas, chamadas pela doutrina de paraestatais, que atuam ao lado da Administração
Pública, sem finalidade lucrativa e executam atividades de interesse social.
Dentre elas, destacam-se as qualificadas como Organizações Sociais (OS`s) que, como disposto na Lei nº
9.637/98,
a) possuem autonomia em seu órgão colegiado de deliberação superior, vedada a participação de
representantes do Poder Público e de membros da comunidade.
b) prestam serviços públicos não exclusivos do Estado, como ensino, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.
c) dependem de prévia lei específica para serem criadas e promovem obrigatoriamente a distribuição de
bens e de parcela do patrimônio líquido a seus acionistas.
d) integram a Administração Indireta e possuem em seu estatuto objeto social relacionado com as
atividades que desempenharão após a celebração do convênio.
e) têm personalidade jurídica de direito público e estão habilitadas, estatutariamente, a prestar serviços
públicos essenciais compatíveis com o termo de parceria.

5. (FGV – SEFIN RO/2018) A partir da reforma administrativa e da ideia de um estado mínimo, em


que a atuação do poder público está restrita às áreas onde sua presença é indispensável, foram criadas
entidades e regulamentaram-se institutos com o propósito de possibilitar e incentivar a prestação de
serviços de interesse da coletividade por pessoas privadas não integrantes da Administração Pública.
Com relação às entidades sem fins lucrativos, chamadas organizações sociais, analise as afirmativas a
seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
I. Organização Social é um tipo de autarquia.
II. O título de Organização Social é conferido de maneira irreversível.
III. Organização Social é uma pessoa jurídica de direito privado integrante da Administração Pública.
Observada a ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – F – F.
b) F – F – F.
c) F – V – F.
d) F – F – V.
e) F – V – V.

6. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2018) Com referência ao regime jurídico de colaboração entre a
Administração Pública e a sociedade civil organizada, leia o trecho a seguir. “Conjunto de direitos,
responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica estabelecida formalmente entre a

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Administração Pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a


consecução de finalidades de interesse público e recíproco”. O trecho corporifica
a) um projeto.
b) uma política pública.
c) uma parceria.
d) um termo de fomento.
e) um termo de colaboração.

7. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2018) No Município de Córrego Seco, a associação Meu Bem
Querer, sem fins lucrativos e que oferece educação básica e cursos profissionalizantes para menores em
situação de vulnerabilidade, pleiteou qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP). A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) Ainda que a associação preencha os requisitos previstos em lei, a outorga da qualificação é ato
discricionário do Poder Executivo.
b) Caso obtenha a qualificação pleiteada, a associação poderá firmar termo de parceria com o Município
de Córrego Seco.
c) Qualquer instrumento de parceria só poderá ser firmado entre a associação qualificada como OSCIP e o
Poder Público que lhe outorgou a qualificação.
d) Um dos requisitos necessários à obtenção da qualificação é a exigência de estar constituída e em
funcionamento regular há pelo menos um ano.
e) Caso preencha os requisitos previstos em lei, a associação qualificada como OSCIP pode celebrar contrato
de gestão para exercício das atividades descritas em seu estatuto.

8. (FGV – TJ SC/2018) As organizações sociais (OS) são entidades de direito privado que tiveram
origem na estratégia de publicização de parte de atividades exercidas pelo Estado.
Em relação às OS é correto afirmar que:
a) fazem parte da estrutura da administração indireta;
b) podem exercer qualquer tipo de atividade de interesse público;
c) são vinculadas à Administração Pública por meio do contrato de gestão;
d) podem adquirir qualificação de agência executiva por decreto presidencial;
e) devem se enquadrar no modelo societário de sociedade de economia mista.

9. (FGV – MPE AL/2018) A denominação Terceiro Setor está relacionada com o conjunto de
organizações
a) de qualquer natureza, que têm, em sua missão, os valores de cooperação e de solidariedade.
b) internacionais, que atuam no setor terciário da economia.
c) empresariais, que atuam principalmente na prestação de serviços.
d) públicas ou privadas, que produzem bens públicos.

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e) privadas sem fins lucrativos, que prestam serviços de caráter público.

10. (FGV – IBGE/2016) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado introduziu no Brasil, em
meados da década de 90, a estratégia de flexibilização denominada publicização. Esta foi definida como
sendo o processo de descentralização para o setor público não-estatal da execução de serviços como
educação, saúde, cultura e pesquisa científica.

A estratégia de publicização introduziu na administração pública brasileira, por meio da Lei nº 9.637/98,
a contratação de:
a) Autarquia;
b) Consórcio Público;
c) Empresa de Propósito Específico;
d) Organização Social;
e) Parceria Público-Privada.

11. (FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT/2016) Sobre as normas gerais acerca da prestação de serviços
públicos por Organizações Sociais – OS's, assinale a afirmativa correta.
a) A qualificação de pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos em Organização Social depende
de lei específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo.
b) A Organização Social formada será integrante da Administração Indireta do ente federado que a criou,
estando submetida aos princípios da hierarquia e do controle.
c) Não obstante a qualificação como Organização Social, a entidade de direito privado qualificada está
submetida à prévia licitação para a prestação do serviço delegado.
d) A qualificação da entidade privada como Organização Social depende de licitação na modalidade de
concorrência, salvo se por inviabilidade de competição a mesma for inexigível.
e) As entidades qualificadas como Organização Social não integram a estrutura da Administração Pública e
não possuem fins lucrativos, mas se submetem ao controle financeiro do Poder Público, inclusive do
Tribunal de Contas.

12. (FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT/2016) Edinaldo e Pedro, estudantes de direito, travaram intenso
debate a respeito da sujeição, ou não, dos serviços sociais autônomos à exigência constitucional de que
a investidura em cargo ou emprego público dependa de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos.
À luz da sistemática constitucional e da interpretação que lhe vem sendo dispensada pelo Supremo Tribunal
Federal, é correto afirmar que os serviços sociais autônomos,
a) por integrarem a Administração Pública direta, devem observar a referida exigência constitucional.
b) na medida em que não integram a Administração Pública, não devem observar a referida exigência
constitucional.
c) por integrarem a Administração Pública indireta, devem observar a referida exigência constitucional.
d) somente estarão sujeitos à referida exigência constitucional quando receberem contribuições
parafiscais.

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e) por serem entes paraestatais, devem observar a referida exigência constitucional.

13. (FGV – Câmara Municipal de Caruaru - PE/2015) Com referência às Organizações Sociais – OS e às
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, analise as afirmativas a seguir.
I. As OSCIP são qualificadas por meio de certificação emitida pelo Ministério da Justiça.
II. O instrumento de vinculação jurídica de ambas com o poder público é o contrato de gestão.
III. Ambas são organizações criadas com o propósito de substituir o Estado em algumas de suas atividades.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
==1868fc==

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

14. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2015) As pessoas qualificadas como organizações sociais (OS`s)
devem ostentar alguns fundamentos ou características principais, conforme exigido pela Lei nº 9.637/98,
por exemplo:
a) ter personalidade jurídica de direito público e possuir em seu estatuto objeto social relacionado com as
atividades que desempenhará após o contrato de gestão;
b) estar habilitada estatutariamente para prestar serviços públicos essenciais compatíveis com o termo de
parceria e possuir fins lucrativos;
c) destinar-se ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação
do meio ambiente, à cultura e à saúde;
d) possuir autonomia em seu órgão colegiado de deliberação superior, vedada a participação de
representantes do Poder Público e de membros da comunidade;
e) ser obrigatória a distribuição de bens e de parcela do patrimônio líquido advinda do lucro anual, inclusive
em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado.

15. (FGV – PGE RO/2015) Quando tratamos das formas de parceria entre Estado e sociedade, surge a
dificuldade de definir os contornos do que venha a ser o “terceiro setor". Essa dificuldade é importante
em função dos tipos de organização que a esse pertencem e que podem estabelecer parcerias não
comerciais com o Estado. Uma organização que claramente estaria fora desses contornos são:
a) associações de moradores;
b) cooperativas sem fins lucrativos;
c) fundações filantrópicas;
d) instituições com fins lucrativos;
e) sociedades científicas.

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16. (FGV – PGE RO/2015) Atualmente, as relações prolongadas de parceria com organizações sociais
(OS) para a realização de atividades de interesse público nas áreas de prestação de serviços sociais
diretamente aos cidadãos, possuem diferentes características, EXCETO aquela na qual:
a) a comissão de acompanhamento é instituída para monitorar o desempenho e os resultados;
b) a fiscalização pelo poder público se dá por meio de relatório de execução e prestação de contas;
c) o contrato de gestão é o instrumento contratual em que governo e OS negociam metas de desempenho
e resultados esperados;
d) o convênio é o mecanismo contratual adotado visando mútua colaboração sem prever remuneração ou
registro no SICONV;
e) o instrumento celebrado contemple obrigações, prazos, metas e indicadores de execução relativos aos
serviços.

17. (FGV – TCM SP/2015) Ao tratarmos das formas de atuação conjunta entre o ente público e
organizações privadas sem fins lucrativos, observa-se que diferentes possibilidades apresentam
características específicas. Nesse sentido, é correto afirmar que uma OSCIP caracteriza-se por ser
qualificada:
a) por portaria do Ministério da Justiça e ter sua relação com o poder público estabelecida na forma de
fomento por meio de termo de parceria;
b) por Decreto do Chefe do Poder Executivo e ter sua relação com o poder público estabelecida na forma
de fomento por meio de contrato de gestão;
c) por Lei que autoriza sua criação e ter sua relação com o poder público estabelecida na forma de termo
de cooperação;
d) por Decreto do Chefe do Poder Executivo e, em sua relação com o poder público, receber contribuições
parafiscais por meio de contrato de gestão;
e) como entidade civil sem fins lucrativos, com participação majoritária do poder público e da sociedade
em seu órgão deliberativo superior.

18. (FGV – TCM SP/2015) Tanto as Organizações Sociais como as Organizações das Sociedades Civis
de Interesse Público são entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem tal qualificação pelo Poder
Público, uma vez preenchidos os requisitos legais. Conhecendo as peculiaridades que distinguem as
Organizações Sociais (OS’s) das Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público (OSCIP’s), é
correto afirmar que:
a) as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e das OSCIP’s são definidas por meio de
contrato de gestão, enquanto que o vínculo das OS’s com a Administração Pública é estabelecido por meio
de termo de parceria;
b) as OS’s recebem ou podem receber delegação para a gestão de serviço público, enquanto as OSCIP’s
exercem atividade de natureza privada (serviços sociais não exclusivos do Estado), com a ajuda do Estado;
c) ao contrário do que ocorre com as OS’s, são passíveis de qualificação como OSCIP’s as cooperativas, os
sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;

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d) as OS’s já são fundadas com a qualificação jurídica de organização social em seu estatuto social, enquanto
que as OSCIP’s somente recebem tal título por força de lei específica, após comprovarem os requisitos
legais;
e) às OS’s não poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento
do contrato de gestão, enquanto que as OSCIP’s poderão receber tal aporte por atuarem visando ao
interesse público.

19. (FGV – DPE RO/2015) O gestor de uma organização que atua na área de educação busca a
qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Para tal, a organização
terá que cumprir o requisito de:
a) distribuir excedentes operacionais entre conselheiros, diretores e associados;
b) constituir conselho fiscal que emita parecer sobre relatórios de desempenho;
c) ter sido criada por órgão público ou por fundações públicas;
d) ser escola privada dedicada ao ensino formal não gratuito;
e) destinar seus serviços a um círculo de associados.

20. (FGV – TJ BA/2015) A Lei nº 9.790/99 surgiu para disciplinar as entidades que denominou de
OSCIP, instituindo-se um novo regime de parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada. Essa Lei foi
elaborada com o principal objetivo de fortalecer o Terceiro Setor, que constitui hoje uma orientação
estratégica em virtude da sua capacidade de:
a) definir as cláusulas necessárias do protocolo de intenções, como a denominação, a finalidade, o prazo
de duração, a sede, a identificação dos entes da Federação consorciados etc.;
b) melhorar a distribuição dos bens ou serviços, através da descentralização territorial, além de garantir
qualidade uniforme de um produto ou serviço, com marca e método já experimentados e aprovados;
c) qualificar as organizações voltadas para um círculo restrito de sócios ou que estão ou deveriam estar
voltadas a outras legislações, como as instituições religiosas ou aquelas voltadas para a disseminação de
credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
d) gerar projetos, assumir responsabilidades, empreender iniciativas e mobilizar pessoas e recursos
necessários ao desenvolvimento social do país;
e) formalizar a parceria entre entidade privada e Poder Público através de contrato de gestão, além de
exigir a participação de agentes do Poder Público na estrutura da entidade.

21. (FGV – TJ BA/2015) A Lei Federal nº 9.790/99 instituiu as Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público – OSCIP, na esfera federal de Governo. A lei propõe a qualificação de pessoas jurídicas
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, e institui e disciplina o Termo de Parceria, de
maneira semelhante ao contrato de gestão firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como
Organização Social.
A OSCIP tem como finalidade:
a) gerir serviços públicos, por delegação do ente federativo;
b) prestar atividade social de interesse público, sem fins lucrativos, com a ajuda do poder público;

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c) prestar atividade social de interesse público, sem fins lucrativos, por delegação do ente federativo;
d) gerir serviços públicos, sem fins lucrativos, com a ajuda do poder público;
e) prestar atividade social de interesse público, com a ajuda do poder público.

22. (FGV – Prefeitura de Recife - PE/2014) As opções a seguir apresentam exemplos de Entidade
Paraestatal, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
b) Organizações Sociais
c) Serviço Social da Indústria
d) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
e) Agência Nacional de Saúde Suplementar.

23. (FGV – SEFAZ MT/2014) Acerca da qualificação, pela União, de uma pessoa jurídica de direito
privado como organização da sociedade civil de interesse público e dos efeitos daí decorrentes, assinale
a afirmativa incorreta.
a) A qualificação como organização da sociedade civil de interesse público é ato vinculado, que somente
será indeferido quando não atendidos os pressupostos legais.
b) A entidade qualificada como organização da sociedade civil de interesse público pode celebrar termo de
parceria com o poder público.
c) Somente pode se qualificar como organização da sociedade civil de interesse público uma pessoa jurídica
de direito privado sem fins lucrativos.
d) A pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos interessada em obter a qualificação deverá
formular requerimento escrito ao Ministério da Justiça.
e) Uma cooperativa de trabalhadores rurais pode se qualificar como organização da sociedade civil de
interesse público.
24. (FGV – Prefeitura de Florianópolis - SC/2014) A semelhança entre Organizações Sociais (OS) e
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) está pautada no fato de se referirem a
entidades privadas que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebem uma qualificação pelo poder
público. Dentre as suas diferenças, é possível afirmar que:
a) uma OS pode ter fins lucrativos;
b) uma OSCIP pode remunerar seus dirigentes e distribuir seus excedentes operacionais entre seus
colaboradores;
c) uma OSCIP está impossibilitada de receber bens apreendidos, abandonados ou disponíveis,
administrados pela Secretaria da Receita Federal;
d) uma OSCIP tem seu certificado emitido pelo Ministério da Ação Social;
e) uma OS pode assumir serviços públicos desempenhados pelos órgãos da administração pública.

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25. (FGV – Prefeitura de Florianópolis - SC/2014) O título de OSCIP foi criado no ano de 1999, com o
objetivo de instituir um novo modelo de reconhecimento de organizações da sociedade civil. Dentre as
características de uma OSCIP, pode-se destacar que:
a) possuem certificado expedido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
b) podem distribuir seus excedentes operacionais, desde que entre seus empregados e associados;
c) tem a possibilidade de formar vínculos com o poder público;
d) tem a possibilidade de receber verbas públicas mediante o estabelecimento de um contrato de gestão;
e) podem destinar no máximo 10% de seu patrimônio a seus sócios e conselheiros.

26. (FGV – TCE BA/2013) Sobre as pessoas jurídicas integrantes do Terceiro Setor, assinale a afirmativa
correta.
a) As Organizações Sociais (OS’s) não podem ser qualificadas como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIPs).
b) As organizações não governamentais (ONG’S) não se submetem a órgão ou órgãos de controle na
responsabilidade fiscal, dado o seu caráter de entidade de direito privado,.
c) As organizações sociais, também chamadas de OS, são criadas para execução de serviços públicos
exclusivos do Estado.
d) As instituições religiosas poderão ser qualificadas como organizações da sociedade civil de interesse
público (OSCIPs).
e) Os contratos de gestão entre a Administração Pública e as Organizações Sociais não caracterizam
convênio administrativo, não se sujeitando à fiscalização e controle por parte do Tribunal de Contas.

27. (FGV – AL MA/2013) Acerca das entidades paraestatais, com base no direito administrativo
brasileiro, analise as afirmativas a seguir.
I. A expressão abrange todos os entes da Administração Indireta, além das pessoas jurídicas de direito
privado autorizadas a realizar atividades de interesse coletivo ou público.
II. Os serviços sociais autônomos, por arrecadarem contribuições parafiscais, estão sujeitos à jurisdição da
Justiça Federal.
III. O Termo de Parceria é o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo
de cooperação entre as partes.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se as afirmativas II e III estiverem corretas.

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Serviços Sociais Autônomos (também conhecidos como “Sistema S”), foi, recentemente, questionada
sobre a realização de uma compra sem prévia licitação. Assinale a alternativa que indica a razão do
questionamento.
a) Tais entidades, vinculadas aos chamados serviços sociais autônomos, integram a Administração Pública.
b) Tais entidades, apesar de não integrarem a Administração Pública, são dotadas de personalidade jurídica
de direito público.
c) Tais entidades desempenham, por concessão, serviço público de interesse coletivo.
d) Tais entidades são custeadas, em parte, com contribuições compulsórias cobradas sobre a folha de
salários.

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1. E 11. E 21. B

2. D 12. B 22. E

3. E 13. A 23. E

4. B 14. C 24. E

5. B 15. D 25. C

6. C 16. D 26. A

7. B 17. A 27. B

8. C 18. B 28. D

9. E 19. B

10. D 20. D

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro:
Método, 2011.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

TJ-RR (Analista Judiciário - Direito) Direito Administrativo - 2024 (Pós-Edital) 60


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Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Ricardo Torques
Aula 04 - Prof. Herbert Almeida

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.

TJ-RR (Analista Judiciário - Direito) Direito Administrativo - 2024 (Pós-Edital) 61


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