Wa0034.
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1 INTRODUÇÃO
De acordo com Outorga de uso da água (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico),
exigência legal do poder público, mediante autorização para utilização de recursos hídricos
superficiais (rio, córrego, ribeirão, lago, mina ou nascente) e subterrâneos (mini-poços ou poços
tubulares profundos). O usuário deve solicitar a outorga com o órgão gestor de recursos hídricos
do seu respectivo Estado, sendo desnecessário o registro no sistema REGLA, ferramenta da ANA
utilizada para a solicitação de outorgas para utilização do uso de recursos hídricos. Ademais, a
Lei nº 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, assim dispõe:
Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: VI - à preservação e restauração dos recursos
ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção
do equilíbrio ecológico propício à vida; VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos
ambientais com fins econômicos.
Considerando o prazo limitado para a realização da presente perícia, neste item, os dois itens
do Termo de Referência do empreendimento Lago Artificial e Reassentamento - Projeto
Urbanístico Ceilondres, são analisados de forma a evidenciar inconsistências e lacunas técnicas.
Cada empreendimento foi avaliado criticamente por um perito signatário, respeitando-se a
formação acadêmica e a experiência prévia com os temas.
Diante disso é necessário ainda rever os programas ambientais para que estes contemplem
não só Programa de Monitoramento de Recursos Hídricos, Programa de Recuperação de
Áreas Degradadas, mas também programas de Plano de Reflorestamento e Vegetação Nativa
para proteger as margens do ribeirão e ao redor do lago artificial, Plano de Uso de Energias
Renováveis e Infraestrutura Ecológica para tornar o redor do lago mais sustentável e ecológico.
2.5 TR - REASSENTAMENTO
Recomendações
1. Revisar o escopo e incluir uma descrição detalhada das áreas afetadas e das populações.
2. Realizar um diagnóstico social mais abrangente entre a área que será usada x número de
famílias deslocadas.
3. Estabelecer um processo de consulta efetivo e inclusivo, trazendo estatísticas concisas e
descritivas para atender a todos os que serão deslocados no período.
4. Elaborar um plano de mitigação mais claro e detalhado.
5. Incluir uma análise de riscos ambientais e estratégias para gestão de conflitos entre
comunidades locais e a mão de obra.
6. Definir um plano de monitoramento e avaliação com indicadores de sucesso de cada
etapa das construções da nova Capital.
7. Reavaliar o orçamento e garantir a alocação adequada de recursos.
Portanto, tem-se como conclusão ao presente parecer que o mais indicado, pela análise
jurídica realizada, é que se tenha a formulação de um novo TR a partir das recomendações.
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal. TJ-DF - Lago artificial. Jusbrasil. Disponível
em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-df/4654871. Acesso em: 31 out. 2024.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ea/a/GQThH3pHRWGLf3WXj9DrKrt/?format=html&lang=pt. Acesso
em: 31 out. 2024.