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Artigo ICOMOS 2018

O documento discute a incorporação da categoria Lugar no registro de bens culturais imateriais, conforme o Decreto nº 3.551 de 2000, e sua relevância no licenciamento ambiental de empreendimentos lineares. Destaca a importância de considerar os impactos desses empreendimentos sobre o patrimônio cultural imaterial, promovendo uma abordagem participativa da sociedade. A categoria Lugar é apresentada como uma ferramenta estratégica para reconhecer e proteger esses bens culturais durante o processo de licenciamento ambiental.

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Artigo ICOMOS 2018

O documento discute a incorporação da categoria Lugar no registro de bens culturais imateriais, conforme o Decreto nº 3.551 de 2000, e sua relevância no licenciamento ambiental de empreendimentos lineares. Destaca a importância de considerar os impactos desses empreendimentos sobre o patrimônio cultural imaterial, promovendo uma abordagem participativa da sociedade. A categoria Lugar é apresentada como uma ferramenta estratégica para reconhecer e proteger esses bens culturais durante o processo de licenciamento ambiental.

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O PATRIMÔNIO IMATERIAL E A CATEGORIA DE LUGAR FRENTE

AO LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS LINEARES

VILAÇA, MARINA. (1);

1. Universidade Federal de Viçosa. Departamento de História


Av. P. H. Rolfs, s/n, Viçosa/MG – CEP 36570-900
vilaca.marina@gmail.com

RESUMO
Através do Decreto nº 3.551 de 2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza
Imaterial, incorporou-se a categoria Lugar como uma classificação de bens culturais. Esse registro se
fará no Livro de Registro dos Lugares, onde poderão ser inscritos mercados, feiras, santuários,
praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas. Lugares são
espaços físicos imbuídos de significação cultural, acrescidos de valores e sentidos. Para tanto, a
utilização desta categoria requer uma compreensão da unidade que agrega os referenciais culturais
em suas diversas dimensões, como histórica e identitária dos espaços socioambientais dos principais
elementos atribuído a esses bens. Considerando a abrangência da noção de Patrimônio Cultural
Imaterial e os potenciais impactos ambientais causados por empreendimentos lineares, emerge a
demanda por uma postura mais participativa da sociedade sobre as questões ligadas à concepção de
meio ambiente, em especial, através dos processos de licenciamento ambiental. Empreendimentos
lineares são segmentos de redes ou malhas dos projetos de infraestrutura, tais como, ferrovias,
rodovias, gasodutos, oleodutos e linhas de transmissão. São estruturas de ocupação que se
estendem por grandes áreas de extensão, ligando alguns pólos ou estações, que afetam diretamente
diferentes compartimentos ambientais, por apresentarem caracterizações definidas e pontuais no
espaço, devido aos seus traçados e determinação geográfica de instalação e operação. Desta forma,
uma questão que se coloca é como a categoria de Lugar pode ser compreendida como ferramenta
estratégica de reconhecimento de um bem cultural imaterial, contemplada e inserida como
instrumento de verificação e análise dos potenciais impactos decorrentes de empreendimentos
lineares em processo de licenciamento ambiental sobre o Patrimônio Cultural Imaterial. A ampliação
desta discussão pode contribuir para que os estudos e relatórios de avaliação de impactos
apresentem a categoria de Lugar como recurso metodológico a ser utilizado, inclusive, para
proposição de medidas de salvaguarda frente aos impactos causados por esses empreendimentos.

Palavras-chave: : Patrimônio Imaterial; Lugar; Licenciamento

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Patrimônio Cultural Imaterial e a categoria de Lugar

O Patrimônio Cultural Imaterial se manifesta nos seguintes campos: tradições e expressões


orais; expressões artísticas; práticas sociais, rituais e atos festivos; conhecimentos e
práticas relacionadas à natureza e ao universo e técnicas artesanais tradicionais, segundo a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO.
Transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e
grupos em função de seu meio ambiente, gerando um sentimento de identidade e
continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à
criatividade humana (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, 2014a).

De acordo com Abreu (2007, p. 267), o atual sentido de Patrimônio Cultural está relacionado
a um “bem coletivo, um legado ou uma herança artística e cultural por meio dos quais um
grupo social pode reconhecer enquanto tal”. Antes sinônimo de arte e erudição, a cultura
agora transcende sua definição para o universo das práticas locais de simbolização e
experimentação da realidade.

Neste sentido, contemporaneamente, a prospectiva do conceito de Patrimônio Cultural


Imaterial é em direção ao futuro e não ao passado, com a insistente necessidade de “salvar
do esquecimento” as referencias para a construção da memória social. Visto que, de fato, a
palavra de ordem é diversidade cultural e, mais do que salvar os bens culturais ou mais do
que guardar os seus fragmentos (Abreu, 2007) trata-se de criar condições para que estes
bens e seus detentores se promovam no porvir.

Podem ser considerados bens culturais de natureza imateriais as festas, celebrações,


narrativas orais, danças, músicas, modos de fazer artesanais, ofícios e saberes, enfim, um
conjunto de expressões culturais. A UNESCO, que considera a importância do Patrimônio
Cultural Imaterial como fonte de diversidade cultural e garantia de desenvolvimento
sustentável, o define, no Artigo 2 da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural
Imaterial, como “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as

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comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte
integrante de seu patrimônio cultural” (UNESCO, 2003, p. 02).

Ao estudar os lugares, as festas, as religiões, as danças e a culinária, enquanto expressões


do Patrimônio Cultural Imaterial, para Tempass (2006), a ênfase não deve ser posta,
simplesmente, nos objetos e nas técnicas, mas sim nas relações sociais e simbólicas nas
quais esses estão contidos, nos aspectos ideais e valorativos. Desta forma, afirma Tempass
(2006), que o Patrimônio Cultural Imaterial é uma “matéria viva”, um processo, e não um
produto acabado.

Arantes (2008) faz referência ao Patrimônio Cultural Imaterial enquanto política de Estado,
que é a atribuição de valor patrimonial a determinado artefato ou prática cultural feita em
nome do interesse público, fundamentando-se no conhecimento acadêmico e obedecendo a
preceitos jurídicos e administrativos específicos. Neste sentido, os instrumentos de proteção
ao Patrimônio Cultural Imaterial devem mostrar-se aptos a assegurar a sua tutela, mesmo
que, por vezes, este processo se mostre complexo e trabalhoso, tendo em vista a natureza
singular de seus bens (Aguinaga, 2006).

A presença do Patrimônio Imaterial é relativamente recente nas políticas de Patrimônio


Cultural, mas para Fonseca (2009), dever-se-iam traçar políticas inclusivas para aproximar o
patrimônio da cultura produzida no país. Segundo Arantes (2008), essas mudanças ainda
desafiam as instituições de preservação, que há décadas dialogam apenas com ocupantes
de postos de comando na administração pública ou com representantes da elite cultural e
que o desafio que se apresenta é encontrar o ponto de equilíbrio entre essas forças, ou seja,
construir a sustentabilidade da preservação, atentando para os seus aspectos simbólicos,
econômicos e socioambientais.

Especificamente ao campo do Patrimônio Cultural Imaterial a principal base legal é o


Decreto Federal nº 3.551, de 04 de agosto de 2000 (Brasil, 2000), que propõe a inclusão de
representantes da sociedade civil, possibilitando a inclusão de segmentos sociais e áreas da
cultura até então excluídas do escopo das políticas públicas pertinentes (Vianna e Teixeira,
2008) e entre as partes legítimas para propor a inscrição, nos livros de Registro, de um bem
cultural de natureza imaterial.

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Para Vianna e Teixeira (2008, p. 123), idealmente, o Decreto Federal nº 3.551 trata-se de
uma diretriz para política pública potencialmente inclusiva e transformadora, “na medida em
que objetiva não os produtos culturais em si (materialização), mas os seres humanos
concretos, ou seja, os agentes, e as condições e processos objetivos de produção e
reprodução dos tais bens culturais patrimonializáveis”.

Com a aprovação do Decreto Federal nº 3.551, que instituiu o registro de bens culturais de
natureza imaterial que constituem Patrimônio Cultural e cria o Programa Nacional do
Patrimônio Imaterial (PNPI), descortinou-se, assim, um novo panorama que alterou
radicalmente a visão sobre as bases legais no campo do Patrimônio Cultural do país. A
criação do PNPI, segundo Abreu (2007), institui dois mecanismos de valorização dos
chamados aspectos imateriais do Patrimônio Cultural: o inventário dos bens culturais
imateriais e o registro daqueles considerados merecedores de uma distinção por parte do
Estado. O parágrafo 2 º do Artigo 1º do referido Decreto menciona que a inscrição num dos
livros de registro – quais sejam: Livro dos Saberes, das Celebrações, das Formas de
Expressão e dos Lugares – terá sempre como referência a continuidade histórica do bem e
sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira.

Destaca-se que foi através do Decreto Federal nº 3.551, que incorporou-se a categoria
Lugar como uma classificação de bens culturais. Esse registro se fará no Livro de Registro
de mesmo nome, onde poderão ser inscritos mercados, feiras, santuários, praças e demais
espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas. Ademais, segundo
Teixeira (2015), um elemento importante para a compreensão da categoria diz respeito a
sua unidade (sem necessariamente haver uma contiguidade espacial).

Nesse sentido, diversas composições são possíveis, como um bairro, um conjunto de


prédios, uma zona de mata, uma casa, uma cavidade natural, um campo de futebol. Como
Lugar se pode entender "um conjunto de fontes de água em uma região ou de caminhos que
estejam relacionados entre si, pois, mesmo não estando em contato físico direto, o valor
cultural de cada um apenas se constituiria no interior do conjunto" (Teixeira, 2015).

Segundo Teixeira (2015), Lugares são espaços físicos imbuídos de significação cultural,
acrescidos de valores e sentidos. Para tanto, a utilização desta categoria requer uma

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compreensão da unidade que agrega os referenciais culturais em suas diversas dimensões,
como histórica e identitária dos espaços socioambientais dos principais elementos atribuído
a esses bens.

Os Lugares são aqueles que possuem sentido cultural diferenciado


para a população local, onde são realizadas práticas e atividades de
naturezas variadas, tanto cotidianas quanto excepcionais, tanto
vernáculas quanto oficiais. Podem ser conceituados como lugares
focais da vida social de uma localidade, cujos atributos são
reconhecidos e tematizados em representações simbólicas e
narrativas, participando da construção dos sentidos de pertencimento,
memória e identidade dos grupos sociais (IPHAN, 2014b).

Nesse processo, a categoria Lugar se consolidou como forma de compreender um


referencial cultural especializado, segundo Teixeira (2015), e desse modo, a categoria diz
respeito a um recorte espacial dotado de significação cultural e social expressas no tempo
presente por meio da relação que pessoas e grupos estabelecem com ele. Ou seja, nesta
concepção de lugar estão implícitos os laços sociais que o conformam.

Um lugar como bem cultural deve ser caracterizado por sua dimensão física e social, já que,
segundo Nór (2013), há que se considerar as pessoas e os seus modos de vida. Além deste
aspecto, o lugar está intimamente associado ao mundo dos valores, mesmo que imaginários
e simbólicos, sendo um elemento constitutivo dos grupos sociais, desempenhando um papel
na estrutura dos indivíduos (NÓR, 2013). "Guardamos os lugares em nossas lembranças e
emoções, podemos identificá-los com afetos e experiências de vida, o que faz com que os
lugares compareçam na formação complexa das personalidades humanas" (NÓR, 2013).

O conceito de lugar expressa uma clara identificação com grupos


sociais definidos, contextualizando suas atividades. Os lugares são
constituídos por diferentes atores sociais, tanto por aqueles que os
criam e habitam, como por aqueles que os visitam, todos participando
ativamente da construção de seu sentido. O lugar pode ser
compreendido como a espacialização das relações sociais, sendo que

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todas elas interagem com a história acumulada do lugar e com o que
lhe é externo (NÓR, 2013).

Deste modo, de acordo com Nór (2013), a identidade dos lugares remete a dois aspectos
importantes: está vinculada ao sujeito, às suas memórias, concepções, interpretações, às
suas ideias e a seus afetos, sendo capaz de trazer sentimentos de segurança e bem-estar
ao indivíduo; e, pode emanar do próprio lugar, que se manifesta como seu “espírito”, sendo
possível reconhecê-lo e vivenciá-lo.

Fica evidente que a dimensão histórica e identitária dos espaços naturais e sociais são os
principais elementos de atribuição de valor. Por outro lado, os elementos materiais que os
compõem, as pedras e lajes, as barracas da feira, o artesanato e o gado ocupam um lugar
central no valor atribuído a esses bens. A espacialização opera como uma unidade que
agrega os referenciais tangíveis e intangíveis e estes existem de determinado modo porque
se realizam naquele espaço. Por fim, segundo Teixeira (2015) essa é a dimensão múltipla
que a categoria de Lugar procura abranger.

Patrimônio Imaterial no Licenciamento Ambiental em Nível Federal

Conceitualmente, considera-se o processo de licenciamento ambiental um procedimento


administrativo, ou seja, uma seqüência de atos que resultará na concessão ou não de
licenças ambientais, que contem medidas e ações para proteger o meio ambiente em
virtude de futuras ou já ocorridas intervenções que nele causem algum tipo de impacto.

Tendo em vista que o patrimônio cultural integra o conceito amplo de


meio ambiente, obviamente que todos os impactos sobre os bens
culturais materiais e imateriais devem ser devidamente avaliados para
se averiguar a viabilidade do empreendimento [...]. Em razão disso,
podemos afirmar que o processo de licenciamento ambiental é um
instrumento de acautelamento e proteção também do patrimônio
cultural (Miranda, 2009, p. 01).

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Neste sentido, o licenciamento ambiental é uma obrigação legal, prevista no Artigo 10º da
Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (Brasil, 1981); na Resolução do Conselho
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986 (CONAMA, 1986);
no Decreto Federal nº 99.274, de 06 de junho de 1990 (Brasil, 1990); e na Resolução
CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 (CONAMA, 1997).

De acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental é um instrumento da


Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA, de modo que sua principal função é conciliar o
desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente. Assim sendo, o
licenciamento ambiental é o instrumento que o poder público possui para controlar a
instalação e operação das atividades geradoras de impacto ambiental.

Ademais, a Lei Federal nº 6.938 estipula que é obrigação do empreendedor buscar o


licenciamento ambiental junto ao órgão competente, desde as etapas iniciais do
planejamento de seu empreendimento e instalação até a sua efetiva operação. Destaca-se
que a Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988), no parágrafo 1º, Inciso IV, de seu Artigo
225, também determina que o poder público está obrigado a exigir estudo prévio de impacto
ambiental para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de degradação
ambiental.

A Resolução CONAMA nº 001 de 1986 traz um rol das atividades em que são obrigatórias a
apresentação do Estudo do Impacto Ambiental - EIA e seu respectivo Relatório de Impacto
Ambiental - RIMA, sendo algumas delas: extração e tratamento de minerais; obras civis;
transporte, terminais e depósitos; incluindo os empreendimentos tipo lineares, melhor
descritos a seguir.

Segundo o Artigo 1º, Inciso I da Resolução CONAMA nº 237, o licenciamento ambiental é o


procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, nas respectivas
esferas Federal, Estadual ou Municipal, licencia a localização, instalação, ampliação e
operação de empreendimentos e atividades que utilizem recursos ambientais considerados
efetiva ou potencialmente poluidores ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental.

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Essa obrigação é compartilhada pelos órgãos Federais, como partes integrantes do Sistema
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA. O órgão executor da política ambiental nacional é o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, criado
através da Lei Federal nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989 (Brasil, 1989), que tem como
principais atribuições exercer o poder de polícia ambiental, executar ações da política
nacional de Meio Ambiente, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade
ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e
controle ambiental, dentre outras.

O processo de licenciamento é composto por etapas distintas, sendo elas representantes de


uma licença concedida, quais sejam: a licença prévia - LP, de instalação - LI e de operação -
LO. A LP é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade,
aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo
os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua
implantação. Já a LI autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com
as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as
medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo
determinante, e a LO autoriza a operação do empreendimento ou atividade, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, como as medidas
de controle ambiental e condicionantes determinantes para a operação.

O EIA/RIMA é um estudo multidisciplinar que avalia os possíveis impactos ambientais,


ampliação ou alteração de atividade que possa degradar o meio ambiente nas áreas de
estudo e influência do empreendimento. A já mencionada Resolução CONAMA nº 001, que
define as situações e estabelece os requisitos mínimos e condições para elaboração do
EIA/RIMA, diz no seu Artigo 6º que nos estudos do meio socioeconômico devem ser
incluídos estudos relativos ao Patrimônio Cultural, sendo eles: estudos aos sítios e
monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura
desses recursos.

“Entretanto, apesar da expressa previsão legal, percebe-se que na maioria das vezes os
estudos de impacto ambiental negligenciam a análise dos impactos negativos causados aos

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bens culturais, relegando-os a uma condição de segunda importância”, nos diz Miranda
(2009, p. 02). E foi neste contexto que em 2015, o IPHAN publicou a Instrução Normativa n°
001, de 25 de março de 2015 (IPHAN, 2015), que por sua vez, surgiu a partir da
necessidade de normatização do estabelecido na Portaria Interministerial nº 60, de 24 de
março de 2015 (Brasil, 2015).

De acordo com a Instrução Normativa n° 001 de 2015, cabe ao IPHAN dar parecer em
relação a intervenção em bem cultural acautelado em âmbito federal, considerando a área
de influência direta - AID da atividade ou do empreendimento, para os fins da análise de
processos de licenciamento ambiental, aqueles registrados, nos termos do Decreto n°3.551,
de 4 de agosto de 2000.

Contudo, inclui a possibilidade de mensuração de impactos sobre bens culturais que


estejam em processo de registro ao indicar, no 2º parágrafo do Artigo 10, que o IPHAN
informará no Termo de Referência Específico “a existência de processos que estejam
devidamente instruídos, mas ainda não concluídos”. Na Subseção II – “Da avaliação de
impacto aos bens culturais tombados, valorados e registrados” – da Seção II “Da avaliação
de impacto aos bens acautelados de âmbito federal”, são apresentados os itens que devem
conter no Relatório de Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Tombados, Valorados e
Registrados presentes na AID do empreendimento.

Considerando a abrangência da noção de Patrimônio Cultural Imaterial e os potenciais


impactos ambientais causados por grandes empreendimentos, em especial neste artigo
sobre os empreendimentos lineares, emerge a demanda por uma postura mais participativa
da sociedade sobre as questões ligadas aos processos de licenciamento ambiental, ao
conceito mais amplo de meio ambiente e avaliação de impactos.

Ressalta-se papel fundamental das equipes técnicas de pesquisas que elaboram os


relatórios de avaliação de impactos sobre bens de natureza imaterial, para investigarem as
referências de lugares e os sujeitos locais onde estão previstos os empreendimentos em
questão, para que sejam alvo e participantes das etapas de definição, identificação, análise
e elaboração dos estudos que irão compor os processos de licenciamento ambiental. De

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maneira que os detentores possam identificar quais são os lugares de referência cultural e
de que maneira podem ser potencialmente afetados pelos impactos dos empreendimentos.

Empreendimentos Lineares e a Avaliação de Impactos ao


Patrimônio Imaterial

Empreendimentos lineares são segmentos de redes ou malhas dos projetos de


infraestrutura, tais como, ferrovias, rodovias, gasodutos, oleodutos e linhas de transmissão.
São estrutura de ocupação que se estendem por grandes áreas de extensão, ligando alguns
pólos ou estações, que afetam diretamente diferentes compartimentos ambientais, por
apresentarem caracterizações definidas e pontuais no espaço, devido aos seus traçados e
determinação geográfica de instalação e operação.

Destaca-se que, esta conformidade física no espaço de caracterização destes tipos de


empreendimentos, requerem, portanto, maior esforço e dedicação de pesquisa dos técnicos
envolvidos na elaboração e análise (sejam eles parte dos órgãos competentes ao
licenciamento, como IBAMA e principalmente IPHAN, ou consultorias dos empreendedores),
pois a eminência de se identificar conflitos de sobreposição e potencial ocorrência de
impactos com a categoria de Lugar é potente.

Segundo Rangel e Bueno (2016), apesar da importância para locomoções e representam


um sistema de transporte de pessoas e matérias primas, seja de energia ou de produtos
comercializáveis, estes tipos de empreendimentos lineares causam impactos ambientais
durante sua instalação e no seu funcionamento. Neste sentido, o esclarecimento do conceito
sobre tais tipos de empreendimentos faz-se, portanto, necessário devido a importância
econômica e comercial que revestem, sempre em vias de desenvolver ideias para sua
expansão e melhor aproveitamento com fins lucrativos (Rangel e Bueno, 2016).

Segundo Dodde (2012), todos têm a característica de cruzar “diferentes compartimentos


geográficos com ocupações distintas” gerando impactos ambientais, econômicos, culturais e
sociais. Além disso, cada tipo de empreendimento linear tem características próprias que

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afetam o meio de maneira diferente, de forma que os impactos relacionados podem ser mais
ou menos intensos, dependendo do empreendimento em questão.

Segundo Dodde (2012), esses empreendimentos lineares têm a característica de estarem


presentes por grandes extensões e alcançarem longas distâncias apesar de ocuparem uma
faixa territorial relativamente estreita em cada local por que passam. A necessidade de
transportar materiais e energia a grandes distâncias favoreceu o surgimento dessa classe
de empreendimentos, afetando de diversas maneiras o meio socioambiental em diferentes
regiões, já que a interligação de diferentes áreas favorece o contato entre diferentes
culturas.

Desta forma, uma questão que se coloca é como a categoria de Lugar pode ser
compreendida como ferramenta estratégica de reconhecimento de um bem cultural
imaterial, contemplada e inserida como instrumento de verificação e análise dos potenciais
impactos decorrentes de empreendimentos lineares em processo de licenciamento
ambiental sobre o Patrimônio Cultural Imaterial.

Neste contexto, seria uma ferramenta já que agrega a dimensão múltipla do bem cultural de
natureza imaterial, dando sentido e agregando a completude do bem no seu ambiente, já
que "deslocado" do seu lugar perde o seu valor total. Ademais, não é a condição física stritu,
mas o que este "onde" representa e significa para quem pratica, para a coletividade, para a
política pública e instrumentos de preservação do patrimônio cultural imaterial brasileiro,
mas para a sociedade e gerações futuras como um todo.

Surge então a importância dos trabalhos de campo e verificação in loco dos traçados destes
tipos de empreendimentos lineares e não apenas na observação e definição cartográfica e
geométrico (linear) e por imagens de satélite (j´s q possuem grandes extensões), mas pela
busca acurada junto aos detentores sobre estes "Lugares". A partir de uma perspectiva
etnográfica, buscar o conhecimento e caracterização das práticas culturais a partir de
estudos acerca deles, mas, principalmente, pelos discursos de autorreconhecimento dos
detentores inseridos nos contextos sociais e culturais. O intuito é evidenciar visões e pontos
de vista dos detentores mesmo que, em alguns casos, eles não soubessem especificar de

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que maneira suas manifestações eram (ou poderiam ser) impactadas pelos
empreendimentos lineares.

Considerações Finais

Após a compilação das questões que envolvem o patrimônio cultural imaterial e as


considerações das bases legais e dos instrumentos relativos ao licenciamento ambiental,
fica expressiva a necessidade de se incorporar a estes processos diretrizes e critérios que
tratem do campo da avaliação de impactos aos bens de natureza imaterial.

Sabe-se que preservar e salvaguardar o patrimônio cultural envolve questões muito


complexas como, o poder público e suas políticas públicas, interesses do capital de
segmentos mais favorecidos da sociedade, mas mesmo assim, deve-se pensar em
alternativas e embasamentos legais que criem novos instrumentos que ampliem as
discussões sobre o campo do patrimônio cultural imaterial.

Para Fonseca (2009), não basta uma revisão dos critérios adotados pelas instituições que
têm o dever de fazer com que a lei seja aplicada. É necessária uma mudança de
procedimentos, com o propósito de abrir espaços para maior participação da sociedade no
processo de construção e de apropriação de seus bens culturais.

Por fim, ressalta-se a necessidade de aprofundar os conhecimentos e críticas sobre os


processos de licenciamento ambiental no campo do patrimônio cultural imaterial, já que este
campo é ainda muito recente. Pois é como Vianna (2005, p. 13) enfatiza “a mobilização na
sociedade é condição fundamental para que qualquer legislação e política pública tenha
eficácia, pois Estado e sociedade são co-responsáveis na proteção do patrimônio nacional”.

A ampliação desta discussão pode contribuir para que os estudos e relatórios de avaliação
de impactos apresentem a categoria de Lugar como recurso metodológico a ser utilizado,
inclusive, para proposição de medidas de salvaguarda frente aos impactos causados por
esses empreendimentos.

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O critério técnico utilizado para caracterizar os potenciais impactos tem como alusão o
conceito de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), que é um processo de coleta de
informações, análises e predições, destinadas a identificar, interpretar, prevenir e comunicar
os possíveis efeitos de um empreendimento sobre o meio ambiente e as práticas culturais.

Para o Patrimônio Cultural Imaterial, não existem, amplamente difundidas em bibliografias,


modelos ou indicações de matrizes de avaliação de impactos sobre bens culturais
registrados e em processo de registro. Os métodos de avaliação de impacto ambiental
servem de referência nos estudos para se determinar de forma mais precisa a significância
de uma alteração ambiental. Assim como são usados para padronizar e facilitar a
abordagem dos meios físico, biótico e socioeconômico, que em geral levam em
consideração vários aspectos. Uma outra questão na utilização de matrizes de avaliação de
impacto é a subjetividade do técnico (pesquisador) na avaliação dos impactos ambientais,
ficando ao seu critério a pontuação de importância e magnitude e ainda as inter-relações
entre os impactos.

Neste sentido, em especial com base no conceito e delineamentos que a categoria de Lugar
fornece, acredita-se que o uso de um método mais espontâneo a partir do conhecimento
empírico da equipe técnica no assunto, pode proporcionar uma avaliação de impactos de
forma simples, objetiva e de maneira dissertativa. Ademais, uma matriz de avaliação de
impactos, pode ser um método não aplicável e coerente para avaliação de bens de natureza
imaterial.

Para tanto, enfatiza-se a necessidade de uma percepção contextualizada e de cunho


etnográfico, que implique realizar visitas in loco por parte da equipe de pesquisa aos
detentores das práticas culturais nas áreas de influência dos empreendimentos lineares.
Essa estratégia permite obter dados mais consistentes sobre a realidade dos grupos e,
consequentemente, identificar e analisar possíveis impactos ao patrimônio imaterial.

A escuta apurada da fala dos entrevistados sobre as dinâmicas dos bens culturais
acautelados pelo IPHAN, registrados ou em processo de registro, é essencial para avaliar o
grau de impacto em relação ao empreendimento. Cumpre ressaltar, também, os fatos e
situações não ditas pelos detentores, mas captadas pelo pesquisador durante as

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observações realizadas nas visitas in loco. Portanto, a ênfase nos diálogos dos
entrevistados e as observações efetuadas pelos pesquisadores de campo contribuíram para
definir a ocorrência potencial ou não de impactos causados pelos empreendimentos
lineares.

Referências Bibliográficas

ABREU, Regina Maria do Rego Monteiro de. Patrimônio Cultural: tensões e disputas no
contexto de uma nova ordem discursiva. In: LIMA FILHO, Manuel Ferreira; ECKERT,
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