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Aula 2.condicoes e Recursos

A disciplina de Ecologia Geral aborda conceitos fundamentais sobre a relação entre organismos e seu meio ambiente, enfatizando a importância da ecologia como uma ciência multidisciplinar. Os principais tópicos incluem os níveis de organização biológica, fatores ecológicos como condições e recursos, e o conceito de nicho ecológico, que descreve as tolerâncias e necessidades de cada organismo. A compreensão desses conceitos é essencial para o manejo e conservação das espécies.
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Aula 2.condicoes e Recursos

A disciplina de Ecologia Geral aborda conceitos fundamentais sobre a relação entre organismos e seu meio ambiente, enfatizando a importância da ecologia como uma ciência multidisciplinar. Os principais tópicos incluem os níveis de organização biológica, fatores ecológicos como condições e recursos, e o conceito de nicho ecológico, que descreve as tolerâncias e necessidades de cada organismo. A compreensão desses conceitos é essencial para o manejo e conservação das espécies.
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Universidade do Estado da Bahia

Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas


Docente: Me. Núbia da Silva
Componente Curricular: Ecologia Geral

Bem vindos (as) a essa disciplina!


1.Iniciando a conversa
Nesta primeira semana quero recordar com vocês alguns conceitos importantes e
necessários para mergulharmos no contexto da Ecologia, e sua relação com o Meio
ambiente, bem como as inúmeras relações com outras áreas do conhecimento e assim
entendermos que essa é uma ciência multidisciplinar e de extrema relevância na
atualidade. Começaremos a entrar nos tópicos estudados dentro da Ecologia. Vamos lá?
A intenção é estimulá-lo a realizar uma revisão dos conceitos mais importantes nesta
área do conhecimento, atualizando-os e aprofundando-os quando cabível. Ao mesmo
tempo, procurarei enriquecer os conteúdos com atividades e orientações para ampliar
seus conhecimentos.
Vamos começar propondo a seguinte pergunta:
“Por que cada ser vivo está onde vive e como isso é determinado?”
Responderemos a esta questão à medida que o nosso estudo for avançando, mas alguns
elementos para essa resposta serão abordados no presente tópico.

Bom estudo!

2. Objetivos da Semana:
✔ Estudar os fatores ecológicos e o seu papel como possíveis limitadores da
abundância dos organismos;
✔ Estudar mais especificamente os seguintes fatores: condições, recursos e
principalmente nicho ecológico de organismos;
✔ Relacionar a tolerância dos organismos aos fatores ecológicos
✔ Importância de entender os conceitos de condições, recursos, nicho para uso,
manejo e conservação das espécies.
Vamos começar?
3. Níveis de Organização

Figura 2.1. Níveis de organização biológica.


Fonte: CEPA

Comecemos então por uma retomada do tema dos níveis de organização


hierárquicos em ecologia.

Todos nós sabemos quais são os principais níveis de organização tratados na


ecologia: indivíduos, populações, comunidades, ecossistemas e biosfera. Na
passagem de um nível para outro emergem novas propriedades, que então
caracterizam especificamente o nível superior.

Indivíduo: é cada organismo de determinada espécie. Os indivíduos são as


entidades termodinâmicas, que efetivamente sofrem as pressões seletivas do
ambiente e que interagem, trocando energia e materiais com o meio (incluindo
seus compartimentos biótico e abiótico). Peso, tamanho, frequência de certos
comportamentos e taxas metabólicas individuais são algumas das propriedades
inerentes aos indivíduos.

Nesta semana ficaremos mais centrados nesse nível de organização, falando


primeiros dos organismos e quais fatores que influenciam a distribuição desses
indivíduos e sua sobrevivência. Na sequência veremos o modo como esses
organismos interagem e as propriedades das comunidades e sistemas dos quais
eles fazem parte.

População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie em uma


comunidade, com ampla troca gênica entre si. São atributos definidos
especificamente no nível de populações: a densidade populacional, as taxas de
natalidade, mortalidade, imigração e emigração, a estrutura etária, os atributos
individuais médios etc.
Falaremos nas próximas semanas sobre as interações intraespecíficas (dentro de
uma mesma população) e interespecíficas (entre populações distintas), além de
analisar a dinâmica das populações, revendo alguns dos atributos citados acima.
Comunidade: corresponde ao componente biótico de um ecossistema, no qual
os organismos das diversas espécies interagem, estabelecendo o fluxo energético
e os passos biológicos da ciclagem de materiais. São propriedades emergentes
no nível de comunidade: a diversidade, a dominância, a estabilidade, a estrutura
trófica (desde sua expressão mais simples, em termos de níveis tróficos, até a
própria teia alimentar e suas características específicas), a repartição espaço
temporal (mosaicos, estratificação, zonações) etc.

Ecossistema: entidade definida no espaço e no tempo, onde componentes


bióticos e abióticos interagem, estabelecendo um fluxo energético e uma
reciclagem de matéria. A produtividade (taxa de produção de biomassa pelos
organismos) é um exemplo de propriedade que só se define neste nível de
organização, já que é determinada pela interação dos seres vivos com os fatores
abióticos, tais como a disponibilidade de luz, de nutrientes e de água.

Biosfera: inclui todas as regiões da Terra habitadas por organismos. No nível da


Biosfera, os grandes ecossistemas continentais e oceânicos interagem,
determinando os padrões macroclimáticos globais, que por sua vez se
relacionam com os de diversidade e de produtividade. Esses padrões globais são
atributos ou propriedades que não se definem nos níveis de organização mais
baixos.

4. Fatores Ecológicos

FATORES ECOLÓGICOS: CONDIÇÕES E RECURSOS

Os organismos são do jeito que são e vivem onde vivem não por ação pura do
acaso, mas devido às restrições impostas pela sua história evolutiva. Tais como
todo um processo Evolutivo, dos agentes de pressão de seleção e como o
ambiente age nos organismos ao longo de sua história. Abordaremos agora os
fatores ecológicos – um dos fatores que impõe restrições diversas e que
participam da história evolutiva dos organismos.

Fatores ecológicos são quaisquer fatores que possam interferir no desempenho


biológico dos organismos, ou seja, na sua sobrevivência, crescimento corporal,
atividade e, principalmente, na sua reprodução. Devemos sempre ter em mente
que um bom desempenho biológico resulta, geralmente, em proles mais
numerosas e, portanto, numa transmissão mais eficiente dos genes para a
geração seguinte.
Figura 2.2. Fatores ecológicos e sua relação com os organismos.
Fonte: CEPA

Dentre os fatores que impõem restrições à sobrevivência (ou até mesmo à


simples permanência) de um organismo em certos ambientes, podemos destacar
as condições ambientais e os recursos. Portanto, podemos dizer que esses dois
fatores são responsáveis por determinar os limites à distribuição das espécies
pelas regiões do planeta, além de, também, regulam as populações de
organismos, mas isso veremos com mais detalhe em um outro momento, quando
estudarmos a dinâmica de populações.

4.1. CONDIÇÕES

Podemos definir as condições como sendo os “fatores abióticos que influenciam


no funcionamento dos seres vivos” (Begon et al. 2007). Como exemplos de
condições podemos citar o pH, a temperatura e a salinidade, dentre outras.

A diferença básica entre uma condição e um recurso é que as condições não são
consumidas e não se esgotam, mas caracterizam o ambiente em que os
organismos vivem, isto é, o seu habitat (temperatura, vento, salinidade, pressão,
radiações diversas).

Você sabia?
É interessante comentar que, apesar de haver um nível ótimo
das condições para cada organismo, no qual este organismo
tem seu melhor desempenho, não conseguimos medi-lo
exatamente. Na prática, só conseguimos medir o efeito
indireto das condições sobre alguma propriedade-chave do
organismo, como por exemplo, a taxa reprodutiva ou a
atividade de uma enzima.

Podemos caracterizar os organismos de acordo com as condições. Por exemplo,


se utilizarmos a temperatura, podemos dividir os organismos em ectotérmicos
(dependem de fontes externas de calor, não regulam sua temperatura corporal) e
endotérmicos (regulam a temperatura pela produção de calor no próprio corpo,
não dependendo da temperatura externa).

A temperatura é uma das condições que mais influencia a distribuição dos


organismos. Os organismos distribuem-se na terra de acordo com as
temperaturas, que também influenciam os climas existentes.

Se considerarmos a salinidade, temos a famosa distribuição de um costão rochoso, onde


a zonação característica é determinada, entre outros fatores, pelas condições ambientais
que a salinidade determina.

Figura 2.3. Esquema da zonação em um costão rochoso.


Fonte: Extraído de Begon et al. 2007.

Na Figura 2.3, vemos um esquema da zonação em um costão rochoso,


determinada por diversos fatores como a salinidade, temperatura, vento,
umidade. Na região supralitorânea os organismos estão mais expostos aos
fatores abióticos externos, por isso encontramos seres que toleram mais a
dessecação, por exemplo; já a região média é a que está sujeita às flutuações da
maré, e os organismos que vivem ali devem tolerar tanto a submersão nas marés
altas quanto ficar exposto às condições externas durante a maré baixa; a zona
infralitorânea está sempre submersa, independente da maré, por isso as
condições nessa zona são mais estáveis e organismos mais sensíveis às variações
podem viver nessa área (extraído de Begon et al., 2007).

O costão rochoso é mesmo uma região muito didática e excelente local para
visualizar os fatores limitantes, e as condições e recursos distintos que resultam
no padrão de zonação. Vamos explorar um pouco mais esse ambiente?
4.2 RECURSOS

Os recursos são, por definição, “tudo que é consumido de alguma forma por
algum organismo” (Begon et al. 2007). Isso significa que, quando os recursos
são usados por um indivíduo, deixam de estar disponíveis para os demais
(alimento, luz, água, nutrientes, gases, espaço físico, etc.). Assim, o termo
“consumir” da definição acima não é só no sentido de “comer”, mas no sentido
de utilizar-se do recurso tornando-o indisponível, e diminuindo sua quantidade
total para outros organismos.

Alguns exemplos de recursos são clássicos, como as presas na alimentação de


um carnívoro ou o nitrogênio do solo para as plantas. Mas podemos usar o termo
“recurso” em um sentido mais amplo, por exemplo, utilizando um processo já
visto na disciplina de Botânica, podemos dizer que “os recursos para a
fotossíntese são a radiação, a água e o gás carbônico”.

Figura 2.4. Esquema indicando os recursos que são necessários para que ocorra a
fotossíntese, e o produto formado nesse processo.
Fonte: http://www.ib.usp.br/ecologia/energetica_print.htm.

Um dos aspectos mais importantes a serem estudados em relação aos recursos é que,
por sua natureza ser de um material esgotável, os organismos competem para conquistar
um recurso que é limitado.

5. FATORES LIMITANTES

O que são fatores limitantes?

Dependendo de como os recursos e as condições se apresentem num certo


espaço e tempo, os processos fisiológicos dos organismos podem não ocorrer em
seu pleno potencial. Dizemos então que tais processos se encontram limitados
por inadequação ou indisponibilidade de um ou mais fatores ecológicos –
chamados nesse caso de fatores limitantes.

Os fatores ecológicos não são limitantes por si; eles podem ou não
apresentar-se como limitadores dependendo de sua concentração ou
intensidade.

O conceito de fatores limitantes foi sendo aprimorado ao longo do tempo. A


primeira definição veio em 1843, com a Lei do Mínimo de Liebig, originalmente
proposta a partir de estudos sobre nutrição vegetal: “Sob condições de estado
constante, o nutriente presente em menor quantidade (concentração próxima à
mínima necessária) tende a ter efeito limitante sobre a planta”.

Figura 2.5. Esquema dos fatores limitantes, ilustrando a “Lei do Mínimo”.


Fonte: Modificado de Lepch, 1976.

Posteriormente, a definição foi mais generalizada: “Para cada espécie, existem


amplitudes de tolerância (com limites máximos e mínimos) aos fatores ecológicos,
dentro das quais sua existência é possível” – Lei da Tolerância (Shelford, 1913). Essa
lei pode ser facilmente entendida ao observarmos a abundância de certa espécie ao
longo de um gradiente ambiental referente a determinado fator ecológico.
Figura 2.6. ilustração da “Lei da Tolerância”.
Fonte: Modificado de Cox et al., 1976.

A faixa de variação de um fator ecológico na qual uma espécie pode existir


chama-se faixa de tolerância ao fator. O fato de os organismos de certa espécie
poderem existir dentro de sua faixa de tolerância não quer dizer, todavia, que
tenham o mesmo desempenho biológico. Nos extremos da faixa, próximo aos
limites máximo e mínimo, o desempenho naturalmente não é ótimo; aí os
organismos se encontram sob certo estresse. Na porção mais mediana da faixa
de tolerância, aí sim, os organismos se apresentam com a plenitude de seu
desempenho potencial no ambiente em que estão, ou então próximo dela. Essa é
a chamada faixa ótima.

De acordo com a amplitude da faixa de tolerância aos diversos fatores, os


organismos ou as espécies podem ser caracterizados como euriécios ou
estenoécios, respectivamente, com faixas de tolerância mais amplas ou mais
estreitas. Os termos podem ser mais específicos, envolvendo um fator em
particular: uma espécie do estuário, adaptada a grandes variações de salinidade,
é eurialina; uma que ocorre tanto em regiões muito frias quanto em muito
quentes é euritérmica; uma que só vive em ambientes com determinada
disponibilidade de água, não tolerando grandes variações em torno disso, é
estenohídrica.

Há alguns princípios associados à lei da tolerância:

Uma mesma espécie pode ter ampla tolerância a um fator e estreita a outro.
Espécies euriécias, frequentemente, apresentam ampla distribuição geográfica.
Condições não-ótimas de um fator podem causar alterações na amplitude de
tolerância a outros fatores.

A interação dos fatores faz com que a resposta das espécies à sua variação em
condições naturais (resposta ecológica) possa ser bem diferente daquela que
observaríamos em condições de laboratório tratando cada espécie isoladamente
(resposta fisiológica). As faixas de tolerância e ótimos fisiológicos potenciais de
uma espécie podem ser, portanto, alterados em decorrência da presença de
outras espécies no ambiente natural. Da tolerância de cada espécie aos diferentes
fatores ecológicos atuantes num ambiente vem o conceito de nicho ecológico.

6. NICHOS ECOLÒGICOS

O nicho ecológico de um organismo pode ser definido como o “conjunto das


suas tolerâncias e necessidades”, ou simplesmente como o modo de vida daquele
organismo (Begon et al. 2007). As condições são apenas uma das dimensões do
nicho, já a sua necessidade de recursos faz parte de uma outra dimensão.
Veremos a seguir o que são essas dimensões do nicho.

Não confunda....

Um erro comum de se fazer é confundir termos ecológicos, nesse caso há uma


troca de “nicho” pelo termo “habitat”. Tome cuidado para não confundir o
conjunto de tolerâncias e necessidades com o local onde o organismo vive
(sendo que são as condições do local e os recursos presentes que fazem parte
do nicho do organismo). Por exemplo, ao dizer que “os bugios vivem na
floresta”, estou me referindo ao habitat, e não ao nicho desses animais.

É comum, especialmente no Ensino Médio, definir-se o nicho ecológico como o


papel desempenhado pela espécie no ecossistema. Esta é, todavia, uma definição
tendenciosa, pois faz parecer que nicho é apenas o que a espécie faz no
ambiente, quando na verdade o nicho é mais o que o ambiente faz com a
espécie. Uma definição melhor é: “Nicho ecológico é o conjunto de relações que
cada espécie mantém com o ambiente, ou seja, a integração de seus diversos
limites de tolerância”. Um modelo teórico para representar o nicho ecológico de
uma espécie, proposto por Hutchinson em 1957, é um hipervolume n-
dimensional, do qual cada uma das n dimensões é um dos fatores ecológicos
atuantes. Por exemplo, se uma espécie hipotética fosse afetada por apenas 3
fatores ecológicos, então poderíamos representar a disponibilidade ou
intensidade desses fatores nas escalas de 3 eixos perpendiculares entre si,
situando aí as 3 faixas de tolerância da espécie. Projetando as coordenadas
referentes aos máximos e mínimos nos 3 eixos, obteríamos um volume em
forma de paralelepípedo, que então representaria o nicho da espécie. O tamanho
do paralelepípedo seria então um indicativo do que poderíamos chamar
amplitude de nicho da espécie. Veja a figura 8 a seguir para entender melhor as
dimensões que podemos tratar o nicho:
Figura 2.8. Exemplo das n–dimensões que o nicho pode ser determinado: no
gráfico temos três dimensões para um organismo aquático, utilizando duas
condições (pH e temperatura) e um recurso.
Fonte: extraído de Begon et al. 2007.

O nicho, como vimos, pode ser definido em termos das faixas de tolerância
fisiológicas (potenciais) ou ecológicas (ambiente natural): falamos então em
nicho ecológico fundamental (integração das tolerâncias fisiológicas) ou então
em nicho real, realizado ou efetivo (tolerâncias ecológicas).

Quando os nichos fundamentais de duas espécies se superpõem, especialmente


do ponto de vista das dimensões correspondentes a recursos, surge a
possibilidade de haver competição entre elas no ambiente natural onde venham a
coexistir. Como resultado da pressão competitiva mútua nas faixas de
superposição dos nichos, vem o estreitamento do nicho fundamental de uma ou
ambas as espécies, e este passar a ser denominado seu nicho real ou efetivo.
Com a redução na superposição que acaba surgindo no caso dos nichos reais
também diminui o potencial para haver competição e assim otimiza-se o
desempenho biológico de cada uma das espécies envolvidas.
Figura 2.9. Interações de espécies e sua influência nos nichos de ambas. Os
gráficos acima mostram os nichos fundamentais de duas espécies isoladas. Já os
gráficos abaixo mostram o deslocamento desses nichos quando há uma interação
dessas espécies com sobreposição dos nichos.
Fonte: CEPA

Se considerarmos conjuntos inteiros de espécies coexistindo num mesmo


ambiente caracterizado por certa amplitude de variação em seus fatores
ecológicos macroclimáticos, geomorfológicos e pedológicos (solo), veremos que
seus nichos se encontram mais ou menos superpostos nessas dimensões,
caracterizando associações. Chamamos associação a um conjunto de espécies
que tendem a re-ocorrer juntas em ambientes similares. Assim, cada bioma
terrestre é caracterizado por uma associação de espécies cujos nichos sejam
compatíveis com as condições e recursos vigentes. Devemos entender, portanto,
que cada bioma só existe dentro de determinados limites quanto aos fatores
ecológicos a que nos referimos acima.

7. Para Saber Mais

Begon M, Townsend CR & Harper J. 2007. Ecologia: de indivíduos a


ecossistemas. 4ed. Editora Artmed, Porto Alegre. 752 p.

Ricklefs, R. E. 2010. A economia da natureza. 6ed. Guanabara Koogan (Grupo


GEN), Brasil. 570p.
Uma ótima ferramenta para juntar conceitos biológicos apartir de tudo que foi
abordado até aqui são por meio de mapas conceituais. Como nessa aula tivemos
muitas definições, vamos retomar o mapa de conceitos para fixá-las e ordenar os
conceitos de uma forma mais didática.

ATIVIDADE

1. Abaixo temos um pequeno mapa de conceitos com os quadros numerados,


sendo que cada quadro corresponde a um termo. A lista a seguir mostra
opções de termos a serem escolhidas:"

Desempenho biológico – condições – fatores ecológicos – recursos – nicho


ecológico – fatores limitantes- serviços ambientais.

Sua tarefa é apresentar a ordem correta dos termos correspondentes a cada


número do mapa conceitual.

2. Na região em que você vive, há predomínio de uma espécie arbórea.


Identifique essa espécie.
Relacione os fatores bióticos e abióticos presentes na sua região, que determinam a
presença dessa árvore.

• Apresente uma lauda contendo:


- a identificação da espécie arbórea - nome comum e, de preferência, nome científico;
- a identificação dos fatores bióticos e uma breve explicação de como eles interferem;
pode ser herbivoria, competição, parasitismo ou outra;
- a identificação dos fatores abióticos que determinam, ou seja, explicam a presença
dessa espécie arbórea na sua região, como temperatura, precipitação pluviométrica,
altitude, relevo, tipo de solo e outro fator que for específico para a espécie.

(Escolha uma espécie arbórea diferente do seu colega, não copiar resposta!)

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