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Integrando Eletrônica e Programação

O documento introduz a plataforma Arduino, focando na montagem de circuitos e programação para controlar dispositivos, destacando sua popularidade devido à simplicidade e baixo custo. O capítulo aborda os objetivos de aprendizado, como conhecer a placa Arduino UNO, a plataforma Tinkercad e conceitos básicos de eletrônica, além de apresentar projetos práticos. Também discute a IDE do Arduino e a plataforma Tinkercad como ferramentas educacionais para simulação e desenvolvimento de circuitos.

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Integrando Eletrônica e Programação

O documento introduz a plataforma Arduino, focando na montagem de circuitos e programação para controlar dispositivos, destacando sua popularidade devido à simplicidade e baixo custo. O capítulo aborda os objetivos de aprendizado, como conhecer a placa Arduino UNO, a plataforma Tinkercad e conceitos básicos de eletrônica, além de apresentar projetos práticos. Também discute a IDE do Arduino e a plataforma Tinkercad como ferramentas educacionais para simulação e desenvolvimento de circuitos.

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INTEGRANDO ELETRÔNICA E

PROGRAMAÇÃO
UTILIZANDO O ARDUINO
Introdução
Nesse capítulo vamos iniciar os estudos com a plataforma Arduino, vamos
focar em uma abordagem voltada para a montagem e simulação de circuitos,
além da criação de programas para controlar dispositivos utilizando o Arduino.
Essa placa é muito utilizada para prototipagem e se tornou bastante popular
devido a sua simplicidade de uso, baixo custo e disponibilidade no mercado. O
uso da placa Arduino permite, dentre outras coisas, controlar LEDs, ler o sinal
de sensores, apresentar informações em telas LCD, comunicação remota com
outras placas e dispositivos. Esse nosso estudo busca, principalmente, fornecer
aos usuários uma compreensão da forma mais segura para montagem de
circuitos e programas, partindo do básico e desenvolvendo projetos cada vez
mais completos.

Objetivos do Capítulo

• Conhecer a placa de prototipagem Arduino UNO;


• Conhecer a plataforma Tinkercad;
• Conhecer a interface de desenvolvimento do Arduino;
• Compreender conceitos básicos de eletrônica
• Conhecer componentes como LEDs, resistores, placas de teste;
• Desenvolver os primeiros projetos.

2
Sumário
1. Conhecendo o Arduino ................................................................................ 4

2. Placa Arduino .............................................................................................. 5

3. Software do Arduino .................................................................................... 7

4. Tinkercad ..................................................................................................... 9

Projeto 01: Ligando um LED com o Arduino .......................................... 14

Projeto 02: Controlando um LED com o Arduino ................................... 26

Projeto 03: Criando um Semáforo com o Arduino ................................. 33

Projeto 04: Semáforo Duplo com Arduino.............................................. 41

Mini currículo .................................................................................................... 49

Referências ...................................................................................................... 49

3
1. Conhecendo o Arduino

O Arduino é um pequeno computador que pode ser programado para


controlar entradas e saídas entre o dispositivo e componentes externos
conectados a ele, como sensores e atuadores. Atualmente, encontra-se
disponível uma ampla variedade de placas Arduino com diferentes
processadores, tamanhos e possibilidades de conectividade, Figura 1. O
hardware do Arduino, ou seja, suas placas, tornou-se mais barato e fácil de
adquirir, com preços que variam em média de 30 a 200 reais, dependendo do
modelo e kit de componentes comercializados com a plataforma.

Figura 1. Ilustração representando diferentes placas Arduino.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração de sete placas eletrônicas do tipo Arduino, com tamanhos e


componentes distintos.

Em relação ao software, para programar o Arduino, o IDE (do inglês,


Integrated Development Environment) é um programa aberto e gratuito, sendo
utilizado para todas as placas comerciais e a linguagem de programação
utilizada é baseada em C/C++, que permite ao usuário criar programas simples
a partir código escrito em um único arquivo na IDE, bem como programas mais

4
complexos orientado a objetos utilizando vários arquivos, chamados de
bibliotecas. Devido a sua versatilidade o Arduino permite ao usuário comum criar
diversos projetos que vão desde acender pequenas lâmpadas ou movimentar
pequenos motores, até a automação de casas, dentre outras possibilidades.
Outro aspecto relevante da plataforma Arduino é a grande quantidade de
informações disponíveis, desde tutoriais, como aqueles disponíveis no site oficial
(https://www.arduino.cc), até livros, blogs e sites completos destinados a
diferentes campos de aplicação. Outro fato que mostra o sucesso da plataforma
Arduino é a quantidade de cursos específicos que são oferecidos (geralmente
em inglês). Os cursos disponíveis de Arduino não estão apenas dirigidos a
profissionais ou curiosos com interesse particular em eletrônica e robótica, mas
também a professores de todos os níveis, da educação básica a pós-graduação,
que queiram usar a plataforma para fins educacionais. Todos os recursos
mencionados anteriormente fizeram o Arduino tornar-se uma plataforma muito
popular na academia e na indústria, sendo amplamente difundida em todo o
mundo, inclusive no contexto educacional, e especialmente popular na educação
em eletrônica e computação. Entretanto, mesmo com um crescente interesse,
muito ainda pode e deve ser realizado e encorajado a fim de integrar cada vez
mais o uso do Arduino na educação básica e no desenvolvimento de projetos.

Antes de continuar, assista ao vídeo do link abaixo, que fala


um pouco mais sobre o Arduino, destacando alguns
exemplos de aplicação e características do seu hardware e
software.
Vídeo 01 – Plataforma Arduino: Hardware e Software

2. Placa Arduino

Como já vimos, o Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica


que contempla, tanto o hardware, que são a placas eletrônicas, como também
um ambiente integrado de desenvolvimento (IDE), que é, basicamente, onde
escrevemos os comandos para controlar nossa placa. Existem várias placas
Arduino, nesse kit vamos trabalhar com a placa Arduino Uno, que funciona como
um minicomputador capaz de realizar tarefas, processar e armazenar
informações, como ilustrado na Figura 2.

5
Figura 2. Esquema descrevendo as principais partes que compõem o Arduino Uno.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração da placa Arduino Uno, destacando seus componentes: conector USB,
utilizado como fonte de energia à placa, mas tem seu principal uso na interface para programação
da placa, botão de reset, que permite resetar a placa, reiniciando a execução do código, pinos
digitais, para entrada e saída de dados. Funcionam apenas nos estados “alto”, +5V, e “baixo”,
0V (terra ou GND). A placa Arduino Uno possui 14 pinos digitais, desses 6 são pinos PWM
(destacados pelo símbolo ~). LEDs do pino 13, conectado diretamente ao pino 13 da placa, LED
de alimentação, que indica quando a placa está energizada, LEDs RxTx, LEDs da placa que
indicam a comunicação entre o Arduino e o computador. É esperado que, ao enviar um código
esses LEDs pisquem rapidamente. Pinos Analógicos, para entrada de dados analógicos, ou seja,
que variam entre 0 e 5V. A placa Arduino Uno possui 6 pinos analógicos, geralmente utilizados
para leitura de dados obtidos por sensores. Conector de alimentação, local onde energizamos o
Arduino, quando ele não está ligado na porta USB, com tensões entre 7-12V. Pinos de
alimentação, que fornecem 5V e OV (GND) de saída. Esses pinos são utilizados para
alimentação elétrica dos seus circuitos. O pino Vin é um pino que, junto com o GND, pode ser
utilizado para alimentação do Arduino.

6
3. Software do Arduino

Para programação da placa Arduino, ou seja, para escrita dos comandos


que serão realizadas pela placa, deve-se utilizar a IDE do Arduino. Para tanto,
acesse o site:
https://www.arduino.cc/

Em seguida clique na aba “software” e escolha a opção para fazer download de


acordo com o seu sistema operacional, Figura 3.

Figura 3. Tela para escolha da versão do software do Arduino para download.

Fonte: Arduino (acesso em 2022)

Audiodescrição: Tela de download do software do Arduino, disponível para os sistemas


operacionais Windows, Linux e Mac OS X.

Após instalado o software, ao abrir você se depara com uma série de


menus como Arquivo, Editar, Sketch, Ferramentas e Ajuda. Para iniciar os
trabalhos com essa plataforma é importante configurar a placa que será utilizada
nos seus projetos, Figura 4. Ao conectar a placa via USB é importante também
definir a porta, na qual a placar Arduino está conectada, geralmente são placas
“COM2” ou superior, no meu “Porta”, em “Ferramentas”.

7
Figura 4. Tela para escolha da placa Arduino Uno.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Imagem da tela da IDE Arduino, onde está selecionado no menu Ferramentas,
a opção Placa, em seguida Arduino AVR Boards e, por fim, Arduino Uno.

Na IDE do Arduino você tem 5 botões, abaixo dos menus, com as funções
de “Verificar” o código em busca de algum erro, “Carregar” o código para a placa
Arduino, além das opções de criar um código, abrir e salvar o código atual. Além
desses, no canto direito você tem um botão para monitorar a comunicação serial,
receber e enviar os dados para o Arduino. Perceba que, por padrão, duas
funções já são apresentadas no código, as funções “setup” e “loop”. A função
“setup” é executada apenas uma vez, ao alimentar o Arduino, e a função “loop”
é executada de forma ininterrupta.

8
4. Tinkercad

O Tinkercad é uma plataforma desenvolvida pela Autodesk, que


contempla ferramentas online para desenvolvimento de projetos que envolvam
modelagem 3D, criação e simulação de circuitos, além da criação de blocos de
códigos. Como destacado na Figura 5, trata-se de uma plataforma gratuita e
online, não requer download ou instalação e funciona bem em computadores,
independente do sistema operacional, baseada na ideia de aprender fazendo,
principalmente ao permitir a simulação de circuitos e a modelagem de forma
intuitiva, além de ser segura para todas as idades, não apresentando anúncios,
garantindo privacidade e um ambiente seguro de aprendizagem.

Figura 5. Ilustração representando as principais características da plataforma


Tinkercad.

Fonte: Tinkercad (acesso em 2022)


Audiodescrição: Ilustração da tela inicial da plataforma Tinkercad destacando três características
dessa plataforma, gratuita para todos, aprender fazendo e seguro para todas as idades.

Essa plataforma permite, ainda, a criação de salas de aula, nas quais o


professor pode criar tarefas a serem desenvolvidas por alunos que ingressaram
na sala utilizando um código específico para tanto. Trata-se de uma ferramenta
muito interessante para iniciar os estudos de modelagem 3D, eletrônica e
programação, principalmente por ser gratuita, leve e totalmente voltada para fins
educacionais. Por outro lado, os projetos desenvolvidos nessa plataforma
podem, facilmente, ser exportados e utilizados em projetos reais, utilizando uma
impressora 3D para obter um produto a partir de um modelo 3D, ou montando
um circuito tal como o simulado. Além disso, o Tinkercad contempla uma série
de tutoriais e exemplos de circuitos e modelagem 3D, ideais para iniciantes.

9
ACESSANDO E REALIZANDO O CADASTRO

Em se tratando de uma plataforma online, é natural que, para acessá-la,


será necessário conexão com a internet, sendo essa a principal exigência para
seu uso e, a depender da aplicação, sua principal limitação, frente a programas
offline como a própria IDE do Arduino, o Scratch ou o mBlock, para citar alguns.
Atualmente a plataforma apresenta apenas um aplicativo offline para iPad, ainda
exigindo conexão com a internet para acesso nas demais plataformas.
Para utilizar a plataforma é necessário realizar um cadastro, para tanto
acesse o link
https://www.tinkercad.com/

A tela inicial da plataforma, tal como mostrada na Figura 6, já apresenta


nas abas superiores as potencialidades dessa plataforma. Na aba “Tinker” são
listadas as possibilidades de desenvolvimento: “Projeto 3D”, “Circuitos”, “Blocos
de código”, “Aplicativo para iPad” e “Centro de aprendizagem”. Além dessas
possibilidades o usuário pode ainda visualizar a Galeria da comunidade, com
projetos desenvolvidos pelos usuários, além da abra projetos que apresenta
Projetos práticos desenvolvidos pela comunidade, as Salas de aula, ideal para
professores aplicarem em suas turmas, além de uma listagem de Recursos como
um blog da plataforma, dicas e truques, planos de aula, dentre outros.
Figura 6. Tela inicial da plataforma Tinkercad.

Fonte: Tinkercad (acesso em 2022)

Audiodescrição: Tela inicial da plataforma Tinkercad destacando os menus Tinker, Galeria,


Projetos, Salas de Aula e Recursos.

10
Apesar de gratuita, para utilizar essa plataforma será necessário realizar
um cadastro, caso seja seu primeiro acesso e, dessa forma, não possua login,
basta clicar na aba “Inscrever-se” no canso superior direito. Ao clicar você terá
três opções de cadastro, como educadores, alunos ou usuários pessoais.
Realize o cadastro de acordo com a sua realidade, caso deseje integrar uma
turma você pode se cadastrar como aluno ou se cadastrar por conta própria, nos
dois casos você utilizará um código para ingressar na turma, código que deverá
ser passado pelo professor. O professor pode, ainda, especificar o nome dos
alunos que serão aceitos na turma, nesse caso, além do código você deverá
informar um “apelido” especificado pelo professor.
Ao se cadastrar como educador você poderá trabalhar com seus alunos
no “modo seguro”, no qual apenas você poderá ter acesso aos projetos dos
integrantes das suas turmas, eles não poderão torná-los públicos, apenas o
educador terá essa possibilidade. Na prática o educador será o moderador(a) do
projeto dos alunos.
Seguindo com o cadastro, você deverá informar seu país, data de
nascimento e criar uma conta com e-mail e senha. Em seguida você terá acesso
a tela com o seu perfil de usuário, conforme Figura 7, onde você terá, no menu
à esquerda, listadas suas possibilidades de desenvolvimento na plataforma. Na
aba “Aulas” você pode acessar uma sala, basta clicar em Entrar em uma aula e
informar o código da turma, repassado pelo professor. No caso de conta
Educador você pode criar uma aula, que significa criar uma turma, na prática.
Além disso, você verá as opções de Projetos 3D, Circuitos, Blocos de código e
Lições, conforme descritas anteriormente.

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Figura 7. Tela de perfil de usuário da plataforma Tinkercad.

Fonte: Tinkercad (acesso em 2022)

Audiodescrição: Tela de perfil da plataforma Tinkercad destacando os menus Projetos 3D,


Circuitos, Blocos de Código e Lições.

Ao longo dos nossos estudos vamos focar, principalmente, na criação de


circuitos. Ao clicar na Aba circuitos você verá todos os circuitos que você já criou,
bem como terá a possibilidade de “Criar novo Circuito”, ao clicar nessa opção
você será encaminhado para a plataforma de criação e simulação de circuitos.

CONHECENDO A PLATAFORMA DE CRIAÇÃO DE CIRCUITOS

Agora que você já se cadastrou e entrou na plataforma de criação de


circuitos, vamos conhecer um pouco sobre essa plataforma. Para facilitar vamos
separar essa tela em 6 partes, conforme apresentado na Figura 8.

12
Figura 8. Partes que compõem a plataforma de criação de circuitos.

Fonte: Tinkercad (acesso em 2022)

1. No canto superior temos a opção de definir o nome do circuito, o


Tinkercad cria alguns nomes aleatoriamente.
2. No menu superior a direita temos a confirmação de salvamento, a
plataforma salva automaticamente as modificações conforme são
realizadas. Além dessa temos a opção de mudar a visão de circuito para
o esquemático ou a lista dos componentes.
3. O conjunto de botões é uma área onde estão localizados os botões para
aplicar algumas modificações nos componentes de seu circuito, como
copiar e colar, excluir algum componente, adicionar um bloco de texto,
mudar a cor de um fio, rotacionar ou espelhar um dado componente.
4. Os botões para criação do código, simulação e compartilhamento ficam
na parte superior direta, e tem como funções, naturalmente, abrir a tela
de criação de código, iniciar a simulação dos circuitos e compartilhar o
projeto.
5. Na área de criação é onde ocorre a montagem dos circuitos, conexão
entre os componentes.
6. Por fim, temos a área dos componentes, onde estão presentes diversos
componentes eletrônicos que podem ser utilizados nos projetos.

13
Projeto 01: Ligando um LED com o Arduino

Nesse projeto você vai construir um circuito simples com um LED e um resistor, além
do Arduino, para conhecer melhor essas ferramentas.

Descobertas: Teoria básica da eletricidade, como funciona a placa de testes


(protoboard) e como ligar os componentes em série e em paralelo.

Tempo: 45 minutos
Dificuldade: ◼◼◼◼◼

Ao longo de todo esse curso você será desafiado a realizar uma série de
projetos que envolverão, em sua maioria, a montagem de circuitos elétricos e a
programação de comandos para controlar os componentes desses circuitos.
Dessa forma, vamos começar nossos estudos entendendo o que são circuitos
elétricos e quais as grandezas envolvidas na montagem desses circuitos.
É importante entendermos que os nossos circuitos serão alimentados pela
eletricidade, mas o que é eletricidade? É normal vir a nossa cabeça respostas
como: “eletricidade é a energia que acende a luz”. Essa resposta não está
errada, muito pelo contrário, a energia elétrica, ou eletricidade, “acende” a luz da
sua casa, “acende” a tela do seu celular, faz com que o notebook funcione,
permite a TV receber sinal e projetar na tela para que possamos assistir. Nos
nossos projetos vamos utilizar essa energia para controlar diversos
componentes, transformar essa energia em luz, ao acender LEDs, em
movimento, ao fazer motores girarem, em som, ao acionar um Buzzer.
Mas, até agora, não respondemos a pergunta, o que é eletricidade?
Podemos dizer que eletricidade é um tipo de energia, como calor ou luz. Essa
energia flui em condutores, como os metais. Você pode converter essa energia
em outras formas de energia, de acordo com o seu interesse. Pode utilizar a
eletricidade para acender uma luz, convertendo energia elétrica em luz, energia
luminosa, ou fazer com que a eletricidade produza algum som, em uma caixa de
som, para citar alguns exemplos. Por outro lado, para utilizar a eletricidade de
forma correta, temos que conhecer algumas grandezas envolvidas no uso dessa,
começando pela corrente elétrica.

14
CORRENTE ELÉTRICA
Corrente elétrica é o deslocamento de partículas minúsculas, chamados de
elétrons, ao longo de algum material condutor, conforme ilustrado na Figura 9.
Lembre-se que todos os materiais têm elétrons, já que os elétrons são parte dos
átomos e é dos átomos que são feitas todas as coisas. Você, o seu celular, seu
computador, todas as coisas; são feitas de átomos, ou seja, todas as coisas
possuem elétrons.

Figura 9. Ilustração da movimentação da corrente elétrica oriunda de uma bateria por


materiais condutores, em um circuito.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração representando a movimentação da corrente elétrica oriunda de uma


bateria, passando por materiais condutores como fios e uma lâmpada, em um circuito elétrico.

CONDUTORES
Em alguns materiais, como os metais, os elétrons podem ser mover mais
facilmente com o fornecimento de energia elétrica. Essas substâncias nas quais
os elétrons se movam facilmente tem o nome de condutores.

15
PILHAS E BATERIAS
As pilhas e baterias são fontes de alimentação elétrica para o circuito com dois
polos, um com carga positiva e outro negativa. Na prática temos um polo com
elevado potencial energético, que geralmente nos referimos como o polo positivo
(+), e outro com baixo potencial energético, o qual nos referimos como polo
negativo (-) ou terra (GND). Os elétrons são repelidos pelo polo negativo e
atraídos pelo polo positivo, isso faz com que se movam através do fio e formem
a corrente elétrica em um circuito elétrico.

CIRCUITO ELÉTRICO
Um circuito é o caminho pelo qual a corrente elétrica pode passar. Alguns
elementos são obrigatórios nos circuitos elétricos, como a fonte de alimentação
e algum material condutor. Além disso, os circuitos elétricos devem ser fechados,
para que os elétrons circulem ao longo do circuito.

Outro ponto que deve ser observado é que o circuito sempre deve ter algum
componente que consuma corrente elétrica, caso contrário você estaria ligando
o polo positivo no polo negativo da sua bateria o que resultaria em um curto-
circuito, onde os elétrons passariam rapidamente de um polo para o outro, o que
pode causar aquecimento dos fios e da bateria, queima de componentes
eletrônicos, como a placa Arduino, até pequenos incêndios.

#IMPORTANTE: Sempre confira seus circuitos para evitar a ocorrência de


curtos.

TENSÃO
A força que “empurra” esses elétrons nos condutores é chamada de força
eletromotriz ou tensão. Essa força é medida em volts.

RESISTÊNCIA
Corrente e tensão são dois dos principais elementos de um circuito elétrico, o
terceiro é a resistência. A resistência é a capacidade de alguns materiais de
restringirem a passagem de elétrons, e assim reduzirem a corrente elétrica.

16
Podemos compreender corrente, tensão e resistência imaginando uma estrada
muito movimentada, conforme ilustrado na Figura 10. Caso em um dos pontos
dessa via exista um pedágio, ou uma ponte, o número de faixas dessa via reduz
e o número de carros que se deslocam nessa via também será reduzido.
Podemos imaginar esses carros como elétrons, a via como o material condutor,
o número de carros antes da ponte como a tensão e o número de carros após a
ponte como a corrente elétrica.

Figura 10. Ilustração relacionando a tensão, resistência e corrente elétrica com o fluxo
de carros em uma estrada.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração representando um fluxo de carros em 6 vias de uma estrada,


representando a tensão, sendo reduzido a apenas duas vias, representando a resistência, e o
fluxo desses carros após a resistência representando a corrente elétrica.

LEI DE OHM
Como descrito anteriormente, a corrente, a tensão e a resistência se relacionam,
sendo possível calcular um, conhecendo os outros dois segundo a Lei de Ohm.

Tensão = Corrente x Resistência

RESISTORES
Todos os componentes apresentam um determinado grau
de resistência à corrente elétrica, porém existem alguns
componentes chamados de resistores que são feitos
especialmente para controlar a corrente, e a tensão, de um outro componentes,
ou para reduzir a corrente de um circuito e evitar que outro componente seja
queimado.

17
O valor da resistência, medida em ohms (Ω), pode variar de alguns poucos ohms
até milhões de ohms. Por outro lado, devido ao seu tamanho, é inviável imprimir
nos resistores os valores de suas resistências. Por essa razão se criou um
código de cores de acordo com a listras coloridas pintadas no corpo dos
resistores.
No código de cores, as três listras mais próximas umas das outras são as que
determinam a resistência, conforme ilustrado na Figura 11. A última está
relacionada com a variação da medida. As duas cores das primeiras listras, no
exemplo abaixo Marrom e Preto, estão relacionadas com os valores 1 e 0,
respectivamente. A terceira lista determina a escala, ou, em outras palavras, a
quantidade de zeros que deve ser adicionada no cálculo da resistência. Dessa
forma temos 1, da primeira listra, 0, da segunda listra, mais dois zeros da terceira
listra, o valor da resistência será 1000 Ω, ou 1 KΩ, o K significa 1000.

Figura 11. Ilustração do código de cores utilizado para calcular o valor da resistência.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração das cores presentes em um resistor com seu respectivo valor, tal que
preto é 0, marrom 1, vermelho 2, laranja 3, amarelo 4, verde 5, azul 6, roxo 7, cinza 8, branco 9,
castanho 1%, dourado 5%, prateado 10%, sem cor 20%.

AGORA É A SUA VEZ


Utilizando o código de cores acima ou algum aplicativo de celular o site, calcule
o valor da resistência dos resistores que você tem disponível no seu kit e que
serão utilizados nos nossos projetos.

18
LEDs
Um LED, ou diodo emissor de luz, é um componente
que converte energia elétrica em Luz. LEDs são
componentes polarizados, ou seja, só permitem a
passagem de corrente elétrica em um único sentido. Os
polos dos LEDs podem ser identificados pelas suas pernas, geralmente, a perna
maior é o polo positivo e a perna menor o polo negativo. Quando uma voltagem
é aplicada no polo positivo e o polo negativo é conectado ao terra, GND, o LED
emitirá luz. Pode-se observar também o interior do LED, o condutor menor
corresponde ao lado positivos e o maior ao lado negativo.

#IMPORTANTE: Ao utilizar a placa Arduino para alimentar o LED é importante,


sempre, utilizar um resistor para reduzir a corrente fornecida. Ao ligar o LED
diretamente ao Arduino, a corrente fará com que o LED “queime”, logo a corrente
fornecida é superior a suportada pelo componente.

Antes de continuar, assista ao vídeo do link abaixo, que


demonstra como se cadastrar ou fazer login no Tinkercad e
como criar seu primeiro circuito utilizando apenas um LED e
resistor.
Vídeo 02 – Conhecendo o Tinkercad: Primeiro Circuito

PLACA DE TESTES
A placa de testes, também chamada de matriz de contatos ou protoboard, é o
primeiro local onde você monta seus circuitos. Essa placa tem como principal
finalidade permitir a montagem e desmontagem de circuitos sem a necessidade
de soldar os componentes, conforme apresentado na Figura 12.

19
Figura 12. Ilustração destacando as características da placa de testes.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração da placa de teste, destacando os cinco furos na linha horizontal são
conectados entre si por uma fita de metal condutor no interior da placa. Porém são separados
dos outros cinco furos abaixo e dos laterais. Os furos das colunas verticais também são
conectados entre si. Porém são separados dos outros furos laterais. Essas duas filas de furos
são, geralmente, utilizadas para conectar os polos positivos e negativos do circuito.

JUMPERS
Jumpers são cabos condutores responsáveis por realizar as conexões entre os
componentes dos circuitos eletrônicos. São utilizados juntamente com as placas
de teste na montagem dos circuitos. Repare que no exemplo abaixo, Figura 13,
os jumpers azuis estão conectados em um circuito fechado, já que os 5 furos nas
linhas horizontais estão conectados entre si. Já os jumpers verdes não estão em
circuito, já que estão em linhas horizontais diferentes. Assim como os jumpers
amarelos, que não estão em circuito fechado já que no centro da placa os furos
não estão conectados. O jumper vermelho está conectado de tal forma que todos
os furos das colunas verticais, nas quais ele está conectado, de alimentação
estão conectados entre si.

20
Figura 13. Ilustração destacando as características da placa de testes.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com jumpers em diferentes posições.

MONTANDO O CIRCUITO
Antes de iniciar a montagem do circuito de qualquer projeto é importante seguir
os passos abaixo:
1. Separar os componentes necessários;
2. Garantir que a alimentação elétrica do circuito está desligada;
3. Montar o circuito na placa de testes;
4. Conferir o circuito, todas as conexões, antes de ligar a alimentação;
5. Testar o circuito montado.
Caso não funcione, desligue novamente a alimentação elétrica e confira todo o
circuito, ponto a ponto, de acordo com a ilustração da atividade.

21
Etapa 01: Separe os componentes necessários para a montagem do circuito.

Etapa 02: Conecte o LED vermelho na protoboard com a perna maior, perna
positiva, em uma coluna vertical e a menor em outra.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho, paralela a uma placa
Arduino UNO.

22
Etapa 03: Como você já sabe, para utilizar um LED com um Arduino deve-se
utilizar um resistor para reduzir a corrente, sendo assim, insira um resistor em
série com a perna maior do LED. Resistores não possuem polaridade, ou seja,
não importa qual terminal do resistor será conectada a alimentação.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho e um resistor, paralela a
uma placa Arduino UNO.

Etapa 04: Nessa etapa vamos começar a fechar o nosso circuito, vamos iniciar
com a perna negativa do LED, a coluna na qual ela está ligada será conectada,
utilizando um jumper preto, com o pino GND da placa Arduino, que significa
terra, ou seja, ausência de tensão.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho com sua perna menor
conectada ao pino GND do Arduino e a perna maior ligada a um resistor.

23
Etapa 05: Vamos agora fechar o circuito fornecendo tensão positiva para o
LED, para tanto conectamos os pinos nos quais o resistor está ligado com o
furo 5V da placa Arduino, utilizando um jumper vermelho.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho com sua perna menor
conectada ao pino GND do Arduino e a perna maior ligada a um resistor, conectado ao pino 5V
do Arduino por um jumper.

Etapa 06: Antes de alimentarmos o circuito, confira todas as conexões


realizadas. Atenção para os detalhes. Vamos analisar o circuito, considerando
que a corrente elétrica sai dos 5V do Arduino, ela vai passar inicialmente pelo
jumper vermelho, em seguida vai para coluna da placa de teste, passa pelo
resistor, pela coluna conectada com o fio maior, positivo, do LED, e por fim, passa
pela coluna da placa de teste e pelo jumper preto, voltando para o Arduino,
fechando assim o circuito.

Etapa 07: Caso esteja tudo correto, conecte a porta USB à placa Arduino Uno e
ao computador, alimentando assim o circuito. É esperado que, da forma que o
circuito está montado, o LED acenda.

24
Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)
Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho com sua perna menor
conectada ao pino GND do Arduino e a perna maior ligada a um resistor, conectado ao pino 5V
do Arduino por um jumper.

O LED acendeu? Parabéns, você acaba de montar o seu primeiro circuito


elétrico.

O LED não acendeu? Confira novamente todas as ligações, pode ser apenas
um pino conectado na posição errada.

Você pode conferir, no vídeo do link abaixo, como realizar a


montagem desse projeto, em tempo real, no Tinkercad.

Vídeo 03 – Ligando um LED com o Arduino

Para quem possui os kits Arduino em mãos, pode conferir no


vídeo do link abaixo, como realizar a montagem desse
projeto utilizando os componentes eletrônicos físicos.

Vídeo 04 – Prática: Ligando um LED com o Arduino

25
Projeto 02: Controlando um LED com o Arduino

No projeto anterior você conseguiu ligar um led, agora é hora de assumir o controle.

Descobertas: Portas digitais, criando seu primeiro programa.

Tempo: 30 minutos
Dificuldade: ◼◼◼◼◼

Agora que você já conhece alguns conceitos básicos de eletrônica e já montou


o seu primeiro circuito, está na hora de controlar as coisas com o Arduino. Para
tanto, vamos criar nosso primeiro programa para controlar um LED conectado à
porta 9 do Arduino Uno.

MONTANDO O CIRCUITO

Etapa 01: Separe os componentes necessários para a montagem do circuito.

26
Etapa 02: Conecte o LED vermelho na protoboard com a perna maior, perna
positiva em uma coluna vertical e a menor em outra. Como você já sabe, para
utilizar um LED com um Arduino deve-se utilizar um resistor para reduzir a
corrente, sendo assim, insira um resistor em série com a perna maior do LED.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho e um resistor, paralela a
uma placa Arduino UNO.

Etapa 03: Conecte a coluna na qual está ligada a perna negativa do LED,
utilizando um jumper preto, com o furo GND da placa Arduino, que significa
terra, ou seja, ausência de tensão.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho com sua perna menor
conectada ao pino GND do Arduino e a perna maior ligada a um resistor.

27
Etapa 04: Vamos agora fechar o circuito, como você quer controlar quando o
LED irá acender, utilizando um jumper vermelho, conecte a coluna na qual está
a perna do resistor à pino 12 do Arduino UNO.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho com sua perna menor
conectada ao pino GND do Arduino e a perna maior ligada a um resistor, conectado ao pino 12
do Arduino por um jumper.

Etapa 05: Antes de alimentarmos o circuito, confira todas as conexões


realizadas. Atenção para os detalhes. Vamos conferir o circuito:

• Jumper vermelho saindo do pino 12 do Arduino e conectado à linha


horizontal junto com o resistor de 330Ω ou de 1K Ω;
• Resistor fazendo uma “ponte” conectando o jumper vermelho à perna
maior do LED;
• LED vermelho conectado em série com o resistor e com a perna menor,
negativa, na coluna vertical da placa de testes;
• Jumper preto, conectado na mesma coluna vertical que a perna menor
do LED vermelho e com o pino GND, terra, do Arduino.

Etapa 06: Caso esteja tudo correto, conecte a porta USB à placa Arduino Uno e
ao computador, alimentando assim o circuito. É esperado que, da forma que o
circuito está montado, o LED não acenda, já que ainda não fizemos a
programação do Arduino para controlar o LED.

28
CRIANDO O PROGRAMA

Etapa 07: Na plataforma Tinkercad clique no botão “Código”, em seguida altere


o modo de edição para Blocos + Texto.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Imagem da tela do Tinkercad, destacando o modo de edição, escolhendo a
opção Blocos + Texto.

Etapa 08: No modo de edição em Blocos é possível você realizar a programação


apenas utilizando blocos, que são encaixados de acordo com os comandos
desejados. Em paralelo você visualizará a programação em código, de acordo
com a linguagem de programação do Arduino (baseada em C/C++). Esse
formato de programação é ideal para compreender a lógica de programação,
utilizando a programação em blocos, e, em paralelo, observar o código
correspondente.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

29
Audiodescrição: Imagem da tela principal do Tinkercad, destacando o meu de programação.
Ao criar um projeto, por padrão, o Tinkercad já tem um código pré-gravado no
Arduino, esse código tem como função piscar o LED da placa Arduino, ou algum
LED conectado ao pino 13. Porém, no nosso exemplo, estamos trabalhando com
um LED conectado ao pino 12, dessa forma vamos arrastar todos os blocos
dentro do “para sempre” para o lixeiro, ou vamos utilizar o segundo botão do
mouse para excluir esses blocos, ficando apenas com os blocos “no início” e
“para sempre”.

Etapa 09: Esses dois blocos são padrão 1 // C++ code


2 //
para o uso com a placa Arduino, elas 3 void setup()
4 {
representam as funções “setup” que é 5
6 }
executada apenas uma vez, ao iniciar o 7
Arduino, e “loop” que é executada para 8 void loop()
9 {
sempre, enquanto a placa Arduino estiver 10 delay(10);
11 }
energizada.

Etapa 10: Como desejamos ligar o LED conectado no pino 12, vamos iniciar
nosso código definindo esse pino 12 no estado “ALTO”. Como o pino 12 é um
pino digital e vamos trabalhar como um pino de saída de informação, ou seja,
saída de 5V ou 0V (GND). Vamos arrastar um bloco para definir esse pino como
“ALTO”, basta arrastar esse bloco e colocar dentro da função “para sempre”.

1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 }
7
8 void loop()
9 {
10 digitalWrite (12, HIGH);
11 delay(10);
12 }

30
Etapa 11: Vamos analisar o código correspondente. A função “setup” é utilizada,
principalmente, para configurar as conexões realizadas com o Arduino. Por essa
razão, ao inserimos o bloco para definir o pino 12 como alto, o código
correspondente inclui a função “pinMode” no “setup”, para declarar que o modo
do pino 12 é um pino de saída, “OUTPUT”. Como os pinos digitais podem ser
utilizados como pinos de saída (OUTPUT) ou entrada (INPUT), sempre será
necessário declarar o modo de trabalho desse pino. Já a função “loop” é
executada “para sempre”, ou seja, repetidas vezes até que o Arduino seja
desconectado. Para que o pino seja definido no modo alto, devemos utilizar a
função “digitalWrite”, que “escreve” na porta digital 12 o estado alto, “HIGH”. Ao
testar o código pode-se perceber que o LED irá ligar, já que no pino 12 está tendo
como voltagem de saída 5V.

Etapa 12: Como nosso objetivo é criar um código que ligue e desligue o LED
repetidas vezes. Para tanto devemos ligar o LED, aguardar 1 segundo, desligar
o LED e aguardar mais 1 segundo, repetindo o código do começo. Para tanto,
vamos utilizar, além da função para “definir o pino 12 como ALTO ou BAIXO”,
também uma função para “aguardar 1 segundo”. Esse bloco fica no grupo
“Controlar”. Dessa forma o código gerado deve se assemelhar ao código abaixo.

1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 }
7
8 void loop()
9 {
10 digitalWrite (12, HIGH);
11 delay(1000);
12 digitalWrite (12, HIGH);
13 delay(1000);
14 }

31
Analisando a programação obtida, iniciando com a programação em Blocos,
temos na função “para sempre” os comandos para “definir pino 12 como ALTO”,
ou seja, a saída do pino 12 será +5V, ou seja, o LED será ligado, em seguida
temos o bloco “aguardar 1 s” para então “definir pino 12 como BAIXO”, ou seja,
a saída do pino 12 será 0V (GND), ou seja, o LED será desligado e por fim
aguarda-se mais 1 segundo. O código em C++, correspondente a esse algoritmo,
traz na função “setup” a função para configuração do modo do pino 12 como
saída e na função “loop” tem-se as funções para definir o pino 12 como alto,
“digitalWrite(12, HIGH)”, a função “delay” para aguardar 1000 ms, ou seja, 1000
milissegundos, além das funções “digitalWrite(12, LOW)”, para definir o pino 12
como baixo e a função “delay” mais uma vez para aguardar mais 1000 ms. Esse
mesmo código pode ser escrito na IDE do Arduino e gravado na placa.

Não funcionou? Confira novamente todas as ligações, pode ser apenas um pino
conectado no furo errado, além disso, confira o valor do pino digital no bloco.

Você pode conferir, no vídeo do link abaixo, como realizar a


montagem e a programação desse projeto, em tempo real, no
Tinkercad.
Vídeo 05 – Controlando um LED com Arduino

Para quem possui os kits Arduino em mãos, pode conferir no


vídeo do link abaixo, como realizar a montagem e a
programação desse projeto utilizando os componentes
eletrônicos físicos.
Vídeo 06 – Prática: Controlando um LED com Arduino

32
Projeto 03: Criando um Semáforo com o Arduino

Nesse projeto você vai criar um semáforo, igual aqueles que controlam o trânsito da
sua cidade.

Descobertas: criação de algorítmicos, programação sequencial, lógica booleana.

Tempo: 60 minutos
Dificuldade: ◼◼◼◼◼

Nos projetos anteriores você já conseguiu controlar o acionamento de LEDs,


agora é a hora de colocar na prática esses conhecimentos construindo um
semáforo de trânsito.

MONTANDO O CIRCUITO

Etapa 01: Separe os componentes necessários para a montagem do circuito.

33
Etapa 02: Antes de você iniciar a montagem do circuito escreva no seu caderno
quais as partes que compõem um semáforo de trânsito.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de um semáforo, juntamente com uma listagem das partes que o
compõe como luz vermelha, amarela e verde.

Etapa 03: Agora que você já sabe as partes que compõem um semáforo, já deve
imaginar como será realizada a montagem do circuito. Como o semáforo possui
três cores, precisaremos de três LEDs, um vermelho, um amarelo e um verde.
Nessa primeira etapa, monte um circuito para controlar um LED vermelho, com
o pino 12 do Arduino.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho com sua perna menor
conectada ao pino GND do Arduino e a perna maior ligada a um resistor, conectado ao pino 12
do Arduino por um jumper.

34
Etapa 04: Adicione ao seu circuito, agora, um LED amarelo, juntamente com o
seu resistor, conectado ao pino 11 do Arduino.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho e amarelo com suas
pernas menores conectadas ao pino GND do Arduino e as pernas maiores ligadas a resistores,
conectados aos pinos 12 e 11 do Arduino por jumpers, respectivamente.

Etapa 05: Por fim, adicione ao seu circuito um LED verde, juntamente com o seu
resistor, conectado ao pino 10, do Arduino.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho, amarelo e verde, com
suas pernas menores conectadas ao pino GND do Arduino e as pernas maiores ligadas a
resistores, conectados aos pinos 12, 11 e 10 do Arduino por jumpers, respectivamente.

35
Etapa 06: Antes de alimentar o circuito, confira todas as conexões realizadas.
Atenção para os detalhes. Vamos conferir o circuito:

• Jumper vermelho saindo do pino 12 do Arduino e conectado à coluna vertical


junto com o resistor, que faz uma “ponte” conectando o jumper vermelho à perna
maior do LED vermelho, que tem sua perna menor conectada na linha horizontal
da placa de testes;
• Jumper amarelo saindo do pino 11 do Arduino e conectado à coluna vertical junto
com o resistor, que faz uma “ponte” conectando o jumper vermelho à perna maior
do LED amarelo, que tem sua perna menor conectada na linha horizontal da
placa de testes;
• Jumper verde saindo do pino 10 do Arduino e conectado à coluna vertical junto
com o resistor, que faz uma “ponte” conectando o jumper vermelho à perna maior
do LED verde, que tem sua perna menor conectada na linha horizontal da placa
de testes;
• Jumper preto, conectado na mesma linha horizontal dos jumpers pretos dos
LEDs e conectado com o pino GND, terra, do Arduino.

Etapa 07: Caso esteja tudo correto, conecte a porta USB à placa Arduino Uno e
ao computador, alimentando assim o circuito. É esperado que, da forma que o
circuito está montado, os LEDs ainda não liguem, já que ainda não fizemos a
programação do Arduino para controlar os LEDs. Agora que você já montou o
circuito do semáforo, resta apenas controlar os LEDs de acordo com o
funcionamento de um semáforo, mas para fazer isso você deve compreender
como funciona um semáforo. Antes de seguir em frente, analise os três estados
do semáforo abaixo e crie, no caderno, a sequência de comandos para que o
semáforo funcione.
O resultado deve ser semelhante ao ilustrado abaixo:

Ligar LED vermelho


Esperar 4 segundos
Desligar LED vermelho
Ligar LED verde
Esperar 3 segundos
Desligar LED verde
Ligar LED amarelo
Esperar 1 segundo
Desligar LED amarelo
Repetir o código
Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)

36
Audiodescrição: Ilustração de um semáforo destacando o funcionamento de um semáforo e a
sequência de comandos para seu acionamento.

CRIANDO O PROGRAMA

Etapa 08: Na plataforma Tinkercad clique no botão “Código”, em seguida altere o modo
de edição para Blocos + Texto. Vamos iniciar a criação do código, mantendo o formato
de programação em blocos e em texto.

Etapa 09: Como você já sabe a sequência de comandos, chegou a hora de


colocar a mão na massa. A primeira etapa é ligar o sinal vermelho. Dessa forma
comece o código ligando o LED vermelho, conectado no pino 12 e aguardando
4 segundos, em seguida clique no botão para “Iniciar simulação”.
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 }
7
8 void loop()
9 {
10 digitalWrite (12, HIGH);
11 delay(4000);
12 }

É de se esperar que o LED conectado ao pino 12 acenda, já que você utilizou o


bloco para definir o pino 12 como “ALTO”. Como já foi visto anteriormente, no
código você deve iniciar configurando o pino como de saída, “OUTPUT”, para
que possa definir seu estado como alto, “HIGH”, utilizando a função “digitalWrite”.
Como o sinal vermelho deve ficar ligado 4 segundos, deve-se utilizar o bloco
aguardar por 4s e a função correspondente “delay” com 4000 ms.

Etapa 09: A próxima etapa é desligar o sinal vermelho e ligar o sinal verde. Ou
seja, o pino 12 ficará como baixo na saída e o pino 10 como alto, ligando o LED
verde e esperando 3 segundos. Clique no botão “Iniciar simulação” para testar
se, após 4 segundos o LED vermelho desliga e o LED verde acende.

37
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 pinoMode (10, OUTPUT);
7 }
8
9 void loop()
10 {
11 digitalWrite (12, HIGH);
12 delay(4000);
13 digitalWrite (12, LOW);
14 digitalWrite (10, HIGH);
15 delay(4000);
16 }

Da forma que foi construído o código, praticamente, no mesmo momento em que


o pino 12 é definido como “BAIXO”, o pino 10 é definido como “ALTO”. Dessa
forma, o LED vermelho, conectado ao pino 12, será desligado e, quase,
simultaneamente o LED verde, conectado ao pino 10, acende, em seguida, se
aguarda 3 segundos. No código temos o uso de mais um pino, o que requer a
função “pinMode” no “setup”, além da função “digitalWrite” para colocar o pino
12 no estado baixo, “LOW”, e o pino 10 no estado alto, “HIGH”. Mantendo um
delay de 3000 ms ao fim do código, referente o tempo que o LED amarelo ficará
ligado.

Etapa 10: Agora que você já conseguiu acionar o sinal verde, basta desligar o
sinal verde e ligar o amarelo por 1 segundo. Para fazer isso você deve colocar a
saída do pino 10, do LED verde, no estado baixo e a do pino 11, do LED amarelo,
no estado alto, aguardar 1 segundo e desligar o LED amarelo.

38
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 pinoMode (10, OUTPUT);
7 pinoMode (11, OUTPUT);
8 }
9
10 void loop()
11 {
12 digitalWrite (12, HIGH);
13 delay(4000);
14 digitalWrite (12, LOW);
15 digitalWrite (10, HIGH);
16 delay(3000);
17 digitalWrite (10, LOW);
18 digitalWrite (11, HIGH);
19 delay(1000);
20 digitalWrite (11, LOW);
21 }

Perceba que, os novos blocos inseridos cumpriram a função de desligar o LED


conectado ao pino 10, LED verde, e ligar o LED conectado ao pino 11, o LED
amarelo, aguardar 1 segundo e, então, desligar o LED amarelo no pino 11. Como
esse código está inserido em um uma função que será repetida “para sempre”,
assim que o LED amarelo desliga o LED vermelho, conectado ao pino 12, será
ligado, reiniciando a execução dos comandos. Em termos de código, as
alterações são análogas as executadas nos blocos, um novo pino é configurado
como de saída, “OUTPUT”, com a função “pinMode” no “setup”, e a função
“digitalWrite” é utilizada para definir o estado baixo no pino 10, desligando o LED
verde, e o estado alto no pino 11, ligando o LED amarelo, aguardando 1000 ms
e então definindo o estado do pino 11 como baixo, desligando o LED amarelo.
Esses comandos serão repetidos, uma vez que estão dentro da função “loop”,
dessa forma, podemos vislumbrar que, assim que o LED amarelo é desligado, o
LED vermelho será ligado novamente, repetindo a execução de todo o código.

39
Confira se todos os comandos estão sendo realizados
de forma correta, olhe para o seu circuito e confirme se:
1. LED vermelho fica ligado por 4 segundos e depois
desliga;
2. LED verde é ligado na sequência, permanece 3
segundos ligado e desliga;
3. LED amarelo é ligado na sequência, permanece 1
segundo ligado e desliga.

Em programação, diferentes códigos podem chegar ao


mesmo resultado. O código proposto para a montagem
do semáforo é apenas um exemplo, os blocos poderiam
ser organizados de outra forma, desde que o resultado
obtido tenha sido o mesmo.

AGORA É A SUA VEZ

Agora que você conseguiu mudar o semáforo, teste mudanças no tempo de


acionamento dos LEDs e na ordem em que eles são acionados. Que tal também
projetar uma maquete do semáforo? Isto é, a construção fora da placa de
prototipagem, simulando um semáforo real?

Não funcionou? Confira novamente todas as ligações, pode ser apenas um pino
conectado no furo errado, além disso, confira o valor do pino digital nos blocos,
se eles estão encaixados corretamente.

Você pode conferir, no vídeo do link abaixo, como realizar a


montagem desse projeto, em tempo real, no Tinkercad.

Vídeo 07 – Semáforo com Arduino

Para quem possui os kits Arduino em mãos, pode conferir no


vídeo do link abaixo, como realizar a montagem desse
projeto utilizando os componentes eletrônicos físicos.

Vídeo 08 – Prática: Semáforo com Arduino

40
Projeto 04: Semáforo Duplo com Arduino

Você já conseguiu criar um semáforo, mas você já reparou que, geralmente, são dois
semáforos? Um em cada rua de um cruzamento?

Descobertas: criação de algorítmicos, programação sequencial, raciocínio lógico.

Tempo: 60 minutos
Dificuldade: ◼◼◼◼◼

No projeto anterior você conseguiu criar o circuito e o programa para controlar


um semáforo, porém, geralmente são dois semáforos em um cruzamento, está
na hora de você criar um semáforo duplo.

MONTANDO O CIRCUITO

Etapa 01: Separe os componentes necessários para a montagem do circuito.

41
Etapa 02: Antes de você passar para a próxima página, escreva no seu caderno
quais os componentes de dois semáforos de trânsito.

2 Luzes (lâmpadas) vermelha


2 Luzes (lâmpadas) amarela
2 Luzes (lâmpadas) verde

Etapa 03: Agora que você já sabe as partes que compõem os


dois semáforos, já deve imaginar como será realizada a
montagem do circuito. Como cada semáforo possui três
cores, precisaremos de seis LEDs, dois vermelhos, dois
amarelos e dois verdes. Nessa primeira etapa, monte um
circuito para controlar os três LEDs do primeiro semáforo,
exatamente como o circuito montado no desafio do módulo
anterior.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com LED vermelho, amarelo e verde, com
suas pernas menores conectadas ao pino GND do Arduino e e as pernas maiores ligadas a
resistores, conectados aos pinos 12, 10 e 8 do Arduino por jumpers, respectivamente.

Etapa 04: Agora que você já montou o circuito com os três LEDs que compõem
o primeiro semáforo, adicione ao seu circuito outros três LEDs, um de cada cor,
nos pinos 6, 4 e 2, para compor o segundo semáforo.

42
Etapa 05: Antes de alimentar o circuito, confira todas as conexões.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022)


Audiodescrição: Ilustração de uma placa de testes com dois LEDs vermelhos, amarelos e verdes,
com suas pernas menores conectadas ao pino GND do Arduino e as pernas maiores ligadas a
resistores, conectados aos pinos 12 e 6, 10 e 4, 8 e 2 do Arduino por jumpers, respectivamente.

• Jumpers pretos, conectados na mesma coluna que a perna menor dos LEDs e
com uma linha conectada com o pino GND, terra, do Arduino;
• Jumper vermelho saindo do pino 12 do Arduino e conectado à coluna junto com
o resistor conectado à perna maior do LED vermelho, que tem sua perna menor
na coluna vertical da placa, conectado por um jumper preto na linha em serie
com o GND do Arduino;
• Jumper amarelo saindo do pino 10 do Arduino e conectado à coluna junto com
o resistor conectado à perna maior do LED amarelo, que tem sua perna menor
na coluna vertical da placa, conectado por um jumper preto na linha em serie
com o GND do Arduino;
• Jumper verde saindo do pino 8 do Arduino e conectado à coluna junto com o
resistor conectado à perna maior do LED verde, que tem sua perna menor na
coluna vertical da placa, conectado por um jumper preto na linha em serie com
o GND do Arduino;
• Jumper vermelho saindo do pino 6 do Arduino e conectado à coluna junto com
o resistor conectado à perna maior do LED vermelho, que tem sua perna menor
na coluna vertical da placa, conectado por um jumper preto na linha em serie
com o GND do Arduino;
• Jumper amarelo saindo do pino 4 do Arduino e conectado à coluna junto com o
resistor conectado à perna maior do LED amarelo, que tem sua perna menor na
coluna vertical da placa, conectado por um jumper preto na linha em serie com
o GND do Arduino;
• Jumper verde saindo do pino 2 do Arduino e conectado à coluna junto com o
resistor conectado à perna maior do LED verde, que tem sua perna menor na
coluna vertical da placa, conectado por um jumper preto na linha em serie com
o GND do Arduino.

43
Etapa 06: Antes de você iniciar a programação, analise todas as etapas
envolvidas no funcionamento dos dois semáforos. Repare que, sempre que o
Semáforo 01 está com sinal verde ou amarelo, o Semáforo 02 deve ficar com o
sinal vermelho, e vice-versa. Crie, no caderno, a sequência de comandos
necessárias para que os semáforos funcionem de forma conjunta.

Ligar LED vermelho do Semáforo 01


Ligar LED verde do Semáforo 02
Esperar 3 segundos
Desligar LED verde do Semáforo 02
Ligar LED amarelo do Semáforo 02
Esperar 1 segundo
Desligar LED vermelho do Semáforo 01
Desligar LED amarelo do Semáforo 02
Ligar LED verde do Semáforo 01
Ligar LED vermelho do Semáforo 02
Esperar 3 segundos
Desligar LED verde do Semáforo 01
Ligar LED amarelo do Semáforo 01
Esperar 1 segundos
Desligar LED amarelo do Semáforo 01
Desligar LED amarelo do Semáforo 02
Repetir o código
Etapa 07: Na plataforma Tinkercad clique no botão “Código”, em seguida altere
o modo de edição para Blocos + Texto. Como você já sabe a sequência de
comandos, chegou a hora de colocar a mão na massa. A primeira etapa é ligar
o sinal vermelho do Semáforo 01 e o sinal verde do Semáforo 02. Dessa forma
comece o código ligando o primeiro LED vermelho, conectado no pino 12, e o
segundo LED verde, conectado no pino 2, e aguardando 3 segundos, em
seguida clique no botão “iniciar simulação”.

44
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 pinoMode (2, OUTPUT);
7 }
8
9 void loop()
10 {
11 digitalWrite (12, HIGH);
12 digitalWrite (2, HIGH);
13 delay(3000);
14 }

Em termos de programação, não vemos nenhuma grande novidade,


considerando os projetos anteriores. Na programação em blocos nos basta
definir os pinos 12 e 2, conectados LEDs vermelho e verde, respectivamente,
como ALTO, ligando esses LEDs. Na codificação vemos apenas o uso da função
“pinMode” no “setup” para definir os pinos 12 e 2 como saída, “OUTPUT”, além
da função “digitalWrite” no “loop” para definir a saída desses pinos como “HIGH”.
É de se esperar, caso esteja tudo correto, que os LEDs vermelho e verde, do
primeiro e do segundo semáforo, respectivamente, liguem e permaneçam
ligados.

Etapa 08: A próxima etapa é desligar o sinal verde do semáforo 02 e ligar o sinal
amarelo. Para tanto, você deve definir a saída do pino 2, LED verde, como baixo
e a saída do pino 4, LED amarelo, para alto, e aguardar 1 segundo. Perceba que,
nesse momento, o sinal vermelho do semáforo 01 permanece inalterado, ou seja,
ligado. Teste se o LED verde do semáforo 2 apaga após 3 segundos, ligando o
LED vermelho do semáforo 2, enquanto o LED vermelho do semáforo 1
permanece ligado.

45
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 pinoMode (2, OUTPUT);
7 pinoMode (4, OUTPUT);
8 }
9
10 void loop()
11 {
12 digitalWrite (12, HIGH);
13 digitalWrite (2, HIGH);
14 delay(3000);
15 digitalWrite (2, LOW);
16 digitalWrite (4, HIGH);
17 delay(1000);
18 }

Em termos de programação a única grande alteração no código foi a inclusão de


mais um pino de saída no “setup”, as demais funções seguem exatamente os
comandos apresentados na programação em blocos. Repare que, após o LED
amarelo ligar, o código se repete e o LED verde volta a ser ligado por 3 segundos.

Etapa 09: Agora você tem que desligar os sinais vermelho, do semáforo 01, e
amarelo, do semáforo 02, e ligar os sinais verde, do semáforo 01, e vermelho,
do semáforo 02. Para tanto você deve definir as saídas dos pinos 12 e 4, LEDs
vermelho e amarelo, como baixo e a saída dos pinos 8 e 6, LEDs verde e
vermelho, para alto, e aguardar 3 segundos. Clique no bloco para testar o
funcionamento do programa até esse momento.

46
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 pinoMode (2, OUTPUT);
7 pinoMode (4, OUTPUT);
8 pinoMode (6, OUTPUT);
9 pinoMode (8, OUTPUT);
10 }
11
12 void loop()
13 {
14 digitalWrite (12, HIGH);
15 digitalWrite (2, HIGH);
16 delay(3000);
17 digitalWrite (2, LOW);
18 digitalWrite (4, HIGH);
19 delay(1000);
20 digitalWrite (12, LOW);
21 digitalWrite (4, LOW);
22 digitalWrite (6, HIGH);
23 digitalWrite (8, HIGH);
24 delay(3000);
25 }

Etapa 10: Por fim, você deve apagar o sinal verde, do semáforo 01, e ligar o sinal
amarelo, aguardar 1 segundo e desligar os sinais dos dois semáforos. Para fazer
isso você deve definir a saída do pino 8, LED verde, como baixo e do pino 10,
LED amarelo, como alto, aguardar 1 segundo, e então definir os dois pinos 6,
LED vermelho, e 10, LED amarelo, para nível baixo.

47
1 // C++ code
2 //
3 void setup()
4 {
5 pinoMode (12, OUTPUT);
6 pinoMode (2, OUTPUT);
7 pinoMode (4, OUTPUT);
8 pinoMode (6, OUTPUT);
9 pinoMode (8, OUTPUT);
10 pinoMode (10, OUTPUT);
11 }
12
13 void loop()
14 {
15 digitalWrite (12, HIGH);
16 digitalWrite (2, HIGH);
17 delay(3000);
18 digitalWrite (2, LOW);
19 digitalWrite (4, HIGH);
20 delay(1000);
21 digitalWrite (12, LOW);
22 digitalWrite (4, LOW);
23 digitalWrite (6, HIGH);
24 digitalWrite (8, HIGH);
25 delay(3000);
26 digitalWrite (8, LOW);
27 digitalWrite (10, HIGH);
28 delay(1000);
29 digitalWrite (6, LOW);
30 digitalWrite (10, LOW);
31 }

Ao analisarmos a programação podemos perceber que não há nenhuma grande


mudança, em termos das funções utilizadas, do desafio do capítulo anterior,
quando tivemos que montar um semáforo simples. A principal diferença diz
respeito a complexidade do código, que fica maior, considerando o maior número
de componentes, e que requer um maior nível de abstração.

Você pode conferir, no vídeo do link abaixo, como realizar a


montagem desse projeto, em tempo real, no Tinkercad.

Vídeo 09 – Semáforo duplo com Arduino

Para quem possui os kits Arduino em mãos, pode conferir no


vídeo do link abaixo, como realizar a montagem desse
projeto utilizando os componentes eletrônicos físicos.

Vídeo 10 – Prática: Semáforo duplo com Arduino

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AGORA É A SUA VEZ

Que tal incluir, no seu projeto, uma sinalização para os pedestres? Utilizando
LEDs verde e vermelho, você pode sinalizar a passagem segura para os
pedestres, quando o sinal estiver vermelho.

Não funcionou? Confira novamente todas as ligações, pode ser apenas um pino
conectado no furo errado, além disso, confira o valor do pino digital nos blocos,
se eles estão encaixados corretamente.

Mini currículo
Pedro Lemos de Almeida Júnior
Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
no Instituto Federal do Sertão Pernambucano,
campus Salgueiro. Doutor em Química, pela
Universidade Federal da Paraíba. Licenciado em
Química, pela UFRPE, e mestre em Química pela
mesma universidade, tendo realizado parte do
mestrado na Universidade de Coimbra. Membro do Laboratório de Química
Analítica, LAQA, na UFPB, atua na área de Instrumentação e Automação em
Química Analítica. Atualmente integra o Laboratório IFMaker do IFSertãoPE e
preside o Grupo de Estudos Ambientais no Sertão Pernambucano (GEASP),
além de ser membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas
Educacionais Tecnológicas (GEPET), vinculados ao IFSertãoPE.

Referências

ARDUINO. Site oficial. Ambiente de Programação do Arduino. Disponível em:


https://create.arduino.cc/editor. Acesso em: 05 jun. 2021.

MAKEBLOCK. mBlock. Download mBlock. Disponível em: https://


mblock.makeblock.com/en-us/download/. Acesso em: 15 jun. 2022.

TINKERCAD. Autodesk. Circuitos. Disponível em: www.tinkercad.


com/things?type=circuits&view_mode=default. Acesso em: 05 jun. 2021.

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