0% acharam este documento útil (0 voto)
10 visualizações32 páginas

Apostila - Automação - Aula 01

O documento apresenta uma introdução aos microcontroladores, destacando sua programação e aplicação em diversos dispositivos, como robótica e automação. Além disso, discute a plataforma Arduino, sua história, hardware, e a flexibilidade de uso e desenvolvimento de dispositivos digitais. O texto também fornece instruções sobre como utilizar o Arduino pela primeira vez, incluindo a instalação do IDE e drivers necessários.

Enviado por

leo479694
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
10 visualizações32 páginas

Apostila - Automação - Aula 01

O documento apresenta uma introdução aos microcontroladores, destacando sua programação e aplicação em diversos dispositivos, como robótica e automação. Além disso, discute a plataforma Arduino, sua história, hardware, e a flexibilidade de uso e desenvolvimento de dispositivos digitais. O texto também fornece instruções sobre como utilizar o Arduino pela primeira vez, incluindo a instalação do IDE e drivers necessários.

Enviado por

leo479694
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 32

1

www.roboticaarduino.com.br
2

Aula 01 – Introdução
Microcontroladores: O que são e para que servem
Os microcontroladores podem ser definidos de maneira simples como sendo um
“pequeno” componente eletrônico, dotado de uma “inteligência” programável, utilizado
no controle de processos lógicos. Para ilustrar melhor esta definição, vamos analisá-la
por partes:
O controle de processos deve ser entendido como o controle de periféricos, tais
com: LEDs, botões, displays de segmentos, displays de cristal líquido (LCD),
resistências, relês, sensores diversos (pressão, temperatura, etc.) e muitos outros. São
chamados de controles lógicos, pois a operação do sistema baseia-se nas ações lógicas
que devem ser executadas, dependendo do estado dos periféricos de entrada e/ou saída.
O microcontrolador é programável, pois toda a lógica de operação de que
acabamos de falar é estruturada na forma de um programa e gravada dentro do
componente. Assim, sempre que o microcontrolador é alimentado o programa interno é
executado. Quanto à “inteligência” do componente, podemos associá-la a Unidade
Lógica Aritmética (ULA), pois é nessa unidade que todas as operações matemáticas e
lógicas são executadas.
O adjetivo “pequeno” se refere ao fato de que em uma única pastilha de silício
(conhecido como CHIP) encapsulada temos todos os componentes necessários ao
controle de um processo, ou seja, o microcontrolador está provido internamente de
memória de programa, memória de dados, portas de entrada e/ou saída paralela, timers,
contadores, comunicação serial, conversores analógico-digitais, etc. Esta é uma das
características fundamentais que diferencia os microcontroladores dos
microprocessadores, pois os últimos, apesar de possuírem uma ULA muito mais
poderosa, não possuem todos esses recursos em um único CHIP.
Podemos ver a computação embarcada no nosso cotidiano: celulares, carros; na
indústria, controlando processos que necessitem de maior robustez e menor consumo de
energia; no setor de telecomunicações, sendo utilizado como DSP(Processador Digital
de Sinais); na automação e controle de dispositivos, aonde existe uma união com
técnicas de inteligência artificial, tornando os dispositivos ainda mais eficientes. Um
ramo que utiliza muito a computação embarcada é a robótica, que utilizam sensores para
captar os sinais do ambiente e motores para interagir com o meio.
A grande vantagem do desenvolvimento de dispositivos digitais através de
microcontroladores é a flexibilidade do desenvolvimento e manutenção da lógica do
sistema. Antigamente, um sistema digital era montado através de portas lógicas que,
uma vez montados, só poderiam ser modificados através da modificação do hardware
do sistema. Atualmente, toda a lógica é baseada na programação, e não no hardware do
sistema, o que torna a sua manutenção e o seu desenvolvimento muito mais flexível e
eficiente.

www.roboticaarduino.com.br
3

Arduino
Definição: Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre,
projetada com um microcontrolador Atmel AVR de placa única, com suporte de
entrada/saída embutido, e uma linguagem de programação padrão.
Página oficial: http://arduino.cc/

História: O projeto iniciou-se na cidade de Ivrea, Itália, em 2005, com o intuito de


interagir em projetos escolares de forma a ter um orçamento menor que outros sistemas
de prototipagem disponíveis naquela época. Seu sucesso foi sinalizado com o
recebimento de uma menção honrosa na categoria Comunidades Digitais em 2006, pela
Prix Ars Electronica.
Atualmente, seu hardware é feito através de um microcontrolador Atmel AVR,
sendo que este não é um requisito formal e pode ser estendido se tanto ele quanto a
ferramenta alternativa suportarem a linguagem Arduino e forem aceitas por seu projeto.
Considerando esta característica, muitos projetos paralelos se inspiram em cópias
modificadas com placas de expansões, e acabam recebendo seus próprios nomes.
Apesar de o sistema poder ser montado pelo próprio usuário, os mantenedores
possuem um serviço de venda do produto pré-montado, através deles próprios e também
por distribuidores oficiais com pontos de venda mundiais.

Hardware: Os Arduinos originais utilizam a série de chips megaAVR, especialmente


os ATmega8, ATmega168, ATmega328 e a ATmega1280; porém muitos outros
processadores foram utilizados por clones deles.
A grande maioria de placas inclui um regulador linear de 5 volts e um oscilador de
cristal de 16 MHz. Atualmente, existem alguns métodos diferentes para realizar a
transmissão dos dados, como por placas programáveis via USB, adicionadas através de
um chip adaptador USB-para-Serial como o FTDI FT232.

O Arduino original é fabricado pela companhia italiana Smart Projects, porém


a estadunidense SparkFun Electronics também possui algumas marcas comerciais sob a
mesma licença.

www.roboticaarduino.com.br
4

A seguir, nas figuras 01 a 14, imagens de algumas das principais placas do arduino:

Figura 01: Arduino Diecimila Figura 02: Arduino Duemilanove

Figura 03: Arduino Lilypad Figura 04: Arduino Mini

Figura 05: Arduino Nano Figura 06: Arduino NG

www.roboticaarduino.com.br
5

Figura 07: Arduino BT Figura 08: Arduino MEGA

Figura 09: Arduino DUE Figura 10: Arduino Fio

Figura 11: Arduino Esplora Figura 12: Arduino Leonardo

Figura 13: Arduino Serial >> Figura 14: Arduino Severino (Adilson Akashi)

www.roboticaarduino.com.br
6

Placas-clones: O hardware e o software do Arduino são ambos de fonte aberta, o que


significa que o código, os esquemas, o projeto, etc, podem ser utilizados livremente por
qualquer pessoa e com qualquer propósito. Dessa forma, há muitas placas-clone e outras
placas com base no Arduino disponíveis para compra, ou que podem ser criadas a partir
de um diagrama. De fato, nada impede que você compre os componentes apropriados e
crie seu próprio Arduino em um protoboard ou em uma placa de circuito impresso. A
única ressalva que a equipe do Arduino impõe é que você não utilize a palavra
“Arduino”. Esse nome é reservado à placa oficial. Daí a existência de nomes para as
placas-clone como Freeduino, Roboduino, Seeeduino, dentre outros.

As placas a seguir são quase ou totalmente compatíveis tanto com o hardware quanto
com o software do Arduino, incluindo serem capazes de aceitarem placas derivadas do
mesmo: Freeduino SB, Freeduino MaxSerial, Illuminato, metaboard, Seeeduino
(derivada do Arduino Diecimila), eJackino (Similar ao Seeeduino), Wiseduino,
Brasuíno (baseada no Arduino UNO).

A seguir, nas figuras 15 a 18, imagens de algumas das placas-clones do arduino:

Figura 15: Illuminato Figura 16: Freeduino SB

Figura 17: Freeduino MaxSerial Figura 18: Seeeduino

www.roboticaarduino.com.br
7

Neste curso será utilizada a placa-clone Seeeduino V2.21. Abaixo, na figura 19, está
ilustrada a estrutura do Seeeduino com seus componentes:

Figura 19: Estrutura do Seeeduino

Caracteristicas do Seeeduino V2.21:

Microcontrolador ATmega168
Tensão de operação 3,3VDC ou 5VDC
Tensão de entrada (recomendada) 7 – 12VDC
Tensão de entrada (limites) 6 – 20VDC
Pinos de ENTRADA/SAIDA digitais 14
Pinos de ENTRADA analógica 8 (Podem ser usados como E/S digitais)
Corrente DC por pino de E/S – 5V 40mA
Corrente DC por pino de E/S – 3,3V 50mA
Memória Flash 16kB
SRAM 1kB
EEPROM 512bytes
Velocidade de clock 16MHz

www.roboticaarduino.com.br
8

SHIELDS e MÓDULOS
Shields são placas que podem ser conectadas diretamente no topo de uma placa arduino,
estendendo assim suas funcionalidades. Já os módulos deferem das Shields por não
serem conectadas ao topo da placa arduino, senda a ligação entre eles feita através de
cabos conectores.
Abaixo, da figura 20 a 25, são mostrados alguns Shields e módulos para arduino:

Figura 20: Shield MP3-Player Figura 21: Shield Wi-fi

Figura 22: Shield Ethernet Figura 23: Módulo Ethernet

Figura 24: Shield Bluetooth Figura 25: Módulo Bluetooth

www.roboticaarduino.com.br
9

FAZENDO AS PRÓPRIAS SHIELDS:


Uma forma fácil e barata de fazer uma Shield para arduino é utilizando uma Protoshield
com um miniprotoboard, como mostrado abaixo nas figuras 26 e 27. Nela, o usuário
monta circuitos no miniprotoboard e faz as ligações elétricas nos pinos adequados da
protoshield.

Figura 26: Protoshield com Figura 27: Protoshield e


miniprotoboard miniprotoboard

Existem vários modelos de placas protoshield, como a Proto Shield R3. A mesma é
vendida “crua”, sem conectores ou botões, como mostrado nas figuras 28 e 29, devendo
o usuário soldá-los, juntamente com outros componentes para adicionar funcionalidades
ao arduino.

Figura 28: Proto Shield R3 - Frente Figura 29: Proto Shield R3 - Costa

www.roboticaarduino.com.br
10

Usando o Arduino pela 1ª vez


Para usar o arduino pela 1ª vez, é necessário realizar as seguintes
etapas:

1. Adquirir uma placa arduino e um cabo USB;


2. Fazer o download do IDE do arduino;
3. Conectar a placa arduino;
4. Instalar os drivers USB;
5. Executar o IDE;
6. Fazer o upload do 1º programa;

1. Adquirir uma placa arduino e um cabo USB:


Neste curso será utilizada a plana-clone Seeeduino V2.21. O cabo USB utilizado
nesta placa é um cabo USB tipo A – tipo mini B, conforme mostrado na figura 30,
abaixo:

Figura 30: Cabo USB tipo A – tipo mini B

2. Fazer o download do IDE do Arduino:


O IDE pode ser baixado em: http://www.roboticaarduino.com.br/#!arduino/c1ep4.
Você pode baixá-lo compactado em um arquivo .zip, como mostrado na figura 31.
Descompacte o arquivo e atente para não alterar a estrutura interna das pastas. O
aplicativo do IDE é o arduino.exe, como mostrado na figura 32.

www.roboticaarduino.com.br
11

Figura 31: Arquivo .zip Figura 32: arduino.exe

O IDE (Integrated Development Environment, ou Ambiente de Desenvolvimento


Integrado) do Arduino é uma aplicação multiplataforma escrita em Java.
É esquematizado para introduzir a programação a artistas e a pessoas não
familiarizadas com o desenvolvimento de software. Inclui um editor de código com
recursos de realce de sintaxe, parênteses correspondentes e identificação automática,
sendo capaz de compilar e carregar programas para a placa com um único clique.
Abaixo, na figura 33, pode ser vista a interface do IDE do Arduino:

Figura 33: Interface do IDE do Arduino


www.roboticaarduino.com.br
12

3. Conectar a placa arduino:


Com o cabo USB tipo A – tipo mini B, conecte o arduino ao computador. O Power
LED deverá acender, como mostrado na figura 34:

Figura 34: Power LED

4. Instalar os drivers USB:


Modo 01:
Quando uma placa do Arduino é conectada pela 1ª vez no computador, é
necessário instalar os drivers USB para o chip FTDI da placa. Isso se faz da seguinte
forma: ao conectar a placa no computador, irá abrir uma janela de “Novo Hardware
Encontrado”, conforme mostrado na figura 35, abaixo:

Figura 35: Novo Hardware Encontrado


www.roboticaarduino.com.br
13

Nesta janela marque a opção “Não, agora não”, para o Windows não conectar ao
Windows Update.
Em seguida marque a opção “Instalar de um local ou lista específica”, conforme
mostrado na figura 36, abaixo:

Figura 36: Instalar de um local ou lista específica


Na janela seguinte, marque as opções “Procurar pelos melhores drivers nestes locais”
e “Incluir este local na busca:”, e indique a localização dos drivers (na pasta FTDI USB
Drivers dentro da pasta drivers do arquivo zip previamente baixado), como mostrado na
figura 37.

Figura 37: Localização dos drivers USB

www.roboticaarduino.com.br
14

Clique em “Próximo” e a instalação estará concluída. Uma janela, como a mostrada


na figura 38, abaixo, deverá aparecer:

Figura 38: Instalação dos drivers concluída

Modo 02:
Se, ao conectar uma placa do arduino pela 1ª vez no computador, não abrir a
janela de “Novo Hardware Encontrado”, será necessário instalar os drivers USB
manualmente. Para isso, é preciso acessar o Gerenciador de Dispositivos no Painel de
Controle (Ver figuras 39 e 40):

Figura 39: Painel de Controle

www.roboticaarduino.com.br
15

Figura 40: Gerenciador de Dispositivos

Na janela do Gerenciador de Dispositivos, a placa do Arduino estará na aba “Outros


dispositivos” identificado como “FT232R USB UART” (ou outro nome similar) com um
sinal de “!” dentro de um símbolo de advertência, como pode ser visto na figura 41,
abaixo:

Figura 41: Reconhecimento da placa Arduino


www.roboticaarduino.com.br
16

Escolha a opção “Atualizar Driver”, como mostrado na figura 42, e siga as etapas
mostradas nas figuras 43, 44 e 45.

Figura 42: Atualizar Driver

Figura 43: Procurar software de driver no computador

www.roboticaarduino.com.br
17

Figura 44: Indicar local dos drivers

Figura 45: Local dos drivers

Note, na figura 45, que a pasta selecionada não é a FTDI USB Drivers, mas a pasta
drivers.
Após concluir essas etapas, a placa do arduino aparecerá na aba “Portas (COM e
LPT)”, e passará a ser reconhecida como “USB Serial Port (COMxx)”, onde “xx” é o
número da porta atribuída à placa, como mostrado nas figuras 46 e 47:

www.roboticaarduino.com.br
18

Figura 46: Portas (COM e LPT) Figura 47: USB Serial Port (COMxx)

5. Executar o IDE:
Execute o aplicativo arduino (ver figura 48), e uma janela semelhante à mostrada na
figura 49 abrirá.

Figura 48: Aplicativo arduino Figura 49: Interface do IDE

www.roboticaarduino.com.br
19

6. Fazer o upload do 1º programa:


No arduino, os programas criados são chamados de sketches.
O IDE é dividido em três partes: a Toolbar no topo, o código ou Sketch Window
no centro, e a janela de mensagens na base.

Toolbar: A Toolbar consiste de seis botões. Ao longo do topo há a barra de


menus, com os itens File, Edit, Sketch, Tools e Help. Os botões na Toolbar (figura
50) são atalhos no acesso às funções mais utilizadas dentro desses menus.

Figura 50: Toolbar

Abaixo, na tabela 01, estão listados os botões da Toolbar e suas funções:

Tabela 01
Verify Verifica se há erros no código.
Upload Faz o upload do sketch atual para o Arduino.
New Cria um sketch em branco.
Open Mostra uma lista de sketches, em seu Sketchbook,
para abrir.
Save Salva o sketch atual em seu sketchbook.
Serial Monitor Exibe os dados seriais enviados do Arduino.

• O botão Verify é utilizado para verificar se seu código está correto e livre de
erros, antes que você faça o upload para a placa do Arduino.

• O botão New cria um novo sketch em branco.

• O botão Open apresenta uma lista de sketches armazenados em seu


sketchbook, bem como uma lista de sketches de exemplo que você pode
experimentar com diversos periféricos.

• O botão Save salva o código na janela de sketch para seu arquivo. Uma vez
feito isso, você receberá uma mensagem “Done saving” (“Gravação
completa”) na base de sua janela de código, indicando que o sketch foi salvo.

• O botão Upload to I/O Board faz o upload do código contido na janela de


sketch atual para seu Arduino. Certifique-se de que você selecionou
corretamente a placa e a porta (no menu Tools) antes do upload.

• O monitor serial exibe os dados seriais enviados de seu Arduino (USB ou


placa serial). Você também pode enviar dados ao Arduino utilizando o
monitor serial.
www.roboticaarduino.com.br
20

Clique no botão Serial Monitor para abrir uma janela como a mostrada na figura 51,
abaixo:

Figura 51: Janela do monitor serial

No canto inferior direito você pode ver a taxa de transmissão (Baud Rate) na qual os
dados seriais devem ser enviados de/para o Arduino. A taxa de transmissão é a taxa por
segundo em que os bits (dados) são enviados de/para a placa. A configuração padrão é
9600.
No topo, há uma caixa de texto em branco, para que você digite o texto a ser enviado de
volta para o Arduino, e um botão Send, para enviar o texto.
Por fim, a área central da janela é o local em que seus dados seriais serão exibidos.

Sketch Window: É onde escrevemos o programa que iremos gravar no arduino;

Janela de mensagens na base: É onde são exibidas informações sobre a


verificação do código, localização e dica de possível erro no código, tamanho do
código em binário, etc.

Agora que você tem o software de seu Arduino instalado, a placa conectada e funcio-
nando, e um conhecimento básico de como utilizar o IDE, vamos avançar diretamente
para o Projeto 1, no qual criaremos um LED piscante.

www.roboticaarduino.com.br
21

Projeto 01: Gerar uma onda quadrada com frequência de 1Hz


no pino 13.
Descrição do problema:
Neste projeto visamos programar o arduino para que ele gere uma onda quadrada no
pino 13. Podemos “visualizar” o sinal pelo ligar e desligar do LED, na placa, conectado
ao pino 13 (Ver figura 52).

CÓDIGO FONTE:
void setup()
{
pinMode(13, OUTPUT);
}

void loop()
{
digitalWrite(13, HIGH);
delay(500);
digitalWrite(13, LOW);
delay(500);
}

Figura 52: LED conectado ao pino 13 do arduino

www.roboticaarduino.com.br
22

Na figura 53, abaixo, está ilustrada a forma da onda quadrada que deve ser gerada pelo
arduino:

Figura 53: Onda quadrada, onde T=1/(frequência)

Para fazer o upload do programa para o arduino, basta apertar o botão upload na
Toolbar. Mas antes devemos indicar no IDE qual o modelo de arduino em que iremos
gravar o sketch (figura 54), e qual a porta serial utilizada pelo arduino (figura 55).

Figura 54: Modelo utilizado do arduino (Diecimila para o Seeeduino)

Figura 55: Porta serial utilizada pelo arduino

www.roboticaarduino.com.br
23

ANÁLISE DO CÓDIGO

void setup()
Esta linha indica ao arduino que o próximo bloco de códigos pertence à função
setup().

{
Com esta chave, iniciamos o bloco de código da função setup().

pinMode(13, OUTPUT);
pinMode() indica para o arduino como configurar um determinado pino. Os pinos
digitais podem ser configurados como INPUT (entrada) ou OUTPUT (saída). Neste
exemplo, precisamos de um pino de saída (OUTPUT) para controlar o LED.
O pinMode é um função, e as palavras ou números dentro de seus parênteses são
chamados de parâmetros.

}
Esta chave indica o fim da função setup().

void loop() {
loop() é onde especificamos o código, propriamente dito, com suas ações, etc. Esta
função, e seu bloco de comandos, será executada repetidamente até que o arduino
seja desligado, ou até que um comando no código encerre o laço.

digitalWrite(13, HIGH);
digitalWrite() é capaz de ligar ou desligar qualquer pino configurado como saída
(OUTPUT). O 1º parâmetro da função indica qual pino deve ser “ligado” ou
“desligado”. O 2º parâmetro “liga” (HIGH) ou “desliga” (LOW) o pino indicado.

delay(500);
delay() basicamente faz o arduino parar e esperar um certo intervalo de tempo, em
milissegundos, passado como parâmetro na função. Como 1000 milissegundos é 1
segundo, 500 milissegundos equivalem a meio segundo. Então, delay(500); faz o
arduino esperar meio segundo (e o LED fica aceso nesse intervalo de tempo);

digitalWrite(13, LOW);
Este comando desliga o LED (pino 13) que foi previamente ligado.
delay(500);
Arduino espera meio segundo novamente, e o LED fica desligado durante esse
meio segundo.

}
Esta chave indica o fim da função loop()

www.roboticaarduino.com.br
24

Projeto 02: Conectar um LED ao pino 13 do arduino.


Descrição do problema:
Conectar um LED ao pino 13 para que o mesmo pisque com o sinal de onda quadrada
gerada pelo arduino. Abaixo, na figura 56, pode ser visto o esquema de montagem do
circuito deste projeto, utilizando um protoboard.

Figura 56: Circuito do projeto 02

O resistor usado no circuito é de 220Ω. Este resistor é usado com a finalidade de limitar
a corrente que passará pelo LED, para que o mesmo não corra o risco de queimar.
Para calcular o valor do resistor que deve ser usado em série com o LED, precisamos
saber os valores da queda de tensão e corrente máximo do LED. O ideal seria consultar
a datasheet do LED, que é um documento escrito pelo fabricante e que contém essas
informações. Mas os LEDs não têm indicado o modelo e fabricante. Contudo, os LEDs
dos vários fabricantes são tipicamente muito semelhantes nas suas características,
existindo uma espécie de padrão.
Sendo assim, na tabela 02, estão os valores médios da queda de tensão e corrente
máxima dos LEDs “normais” (não são os de alto brilho), das cores que utilizaremos
neste curso.

www.roboticaarduino.com.br
25

Tabela 02: Queda de Tensão e Corrente Máxima do LED


Cor Queda de tensão Corrente máxima
Vermelho 1,8V 0,020 A
Verde 2V 0,020 A
Amarelo 2,1V 0,015 A

Cálculo do valor MÍNIMO de resistência:


LED Vermelho: O LED será ligado a uma tensão =5 fornecida pelo
arduino. De acordo com a tabela 02, a queda de tensão do LED vermelho é
de 1,8V e a corrente máxima é de 0,020A. Pela Lei de Ohm, temos:
= / → =( − )/ → = (5 − 1,8)/0,020
= 3,2⁄0,020 → = 160Ω

LED Verde:

LED Amarelo:

Para usarmos apenas 1 valor de resistor para os LEDs vermelho, verde e amarelo,
devemos usar o maior dos valores mínimos de resistência calculados. Para darmos uma
margem de segurança no valor da resistência, usaremos um valor ligeiramente acima:
220Ω.

www.roboticaarduino.com.br
26

Abaixo, na figura 57, estão listados os valores comerciais de resistência:

Figura 57: Valores Comerciais de resistores

www.roboticaarduino.com.br
27

Para fazer a identificação do valor da resistência de um resistor é preciso realizar a


leitura de seu código de cores.

Abaixo, na tabela 03, pode ser vista correspondência das cores com um valor numérico,
que indicará o valor do resistor:
Tabela 03
COR 1ª FAIXA 2ª FAIXA 3ª FAIXA 4ª FAIXA
PRATA - - 0,01 +/-10%
OURO - - 0,1 +/-5%
PRETO 0 0 1 -
MARROM 1 1 10 +/-1%
VERMELHO 2 2 100 +/-2%
LARANJA 3 3 1.000 -
AMARELO 4 4 10.000 -
VERDE 5 5 100.000 -
AZUL 6 6 1.000.000 -
VIOLETA 7 7 - -
CINZA 8 8 - -
BRANCO 9 9 - -

PARA UM RESISTOR DE 220Ω:

• A PRIMEIRA FAIXA em um resistor é interpretada como o PRIMEIRO


DÍGITO do valor ôhmico da resistência do resistor. Para um resistor de 220Ω, o
primeiro dígito é 2. Logo, a primeira faixa é VERMELHA.

• A SEGUNDA FAIXA indica o SEGUNDO DÍGITO. Para um resistor de 220Ω,


o segundo dígito é 2. Logo, a segunda faixa é VERMELHA.

• A TERCEIRA FAIXA é chamada de MULTIPLICADORA, e não é interpretada


do mesmo modo. O número associado à cor do multiplicador nos informa por
quanto deve ser multiplicado o valor indicado pelas faixas anteriores.
Tendo 2 faixas vermelhas, o valor é 22. Para obtermos 220, devemos multiplicar
22 por 10. Logo, a cor da faixa multiplicadora é MARROM.

• A QUARTA FAIXA (se existir), um pouco mais afastada das outras três, é a
faixa de tolerância. Ela nos informa a precisão do valor real da resistência em
relação ao valor lido pelo código de cores. Isso é expresso em termos de
porcentagem. A maioria dos resistores obtidos nas lojas apresenta uma faixa de
cor prata, indicando que o valor real da resistência está dentro da tolerância dos
10% do valor nominal. A codificação em cores, para a tolerância é a seguinte:

COR MARROM VERMELHO PRATA OURO


TOLERÂNCIA +- 1% +-2% +-10% +-5%

www.roboticaarduino.com.br
28

O código de cores de um resistor de 220Ω é VERMELHO, VERMELHO e MARROM.


A ilustração de tal resistor pode ser vista abaixo, na figura 58:

Figura 58: Resistor de 220Ω

Como o LED é um diodo (Diodo Emissor de Luz), deve-se atentar para a polaridade do
mesmo ao ligá-lo no circuito. Nas figuras 59, 60 e 61, estão ilustradas a polaridade,
estrutura interna e representação de um LED, respectivamente:

Figura 59: Polaridade de um LED Figura 60: Estrutura interna de um LED

Figura 61: Representação e ilustração de um LED


www.roboticaarduino.com.br
29

Os projetos realizados serão montados em um protoboard de 550 furos. A distribuição


dos pinos do mesmo pode ser acompanhada através da figura 62, abaixo:

Figura 62: Distribuição dos pinos no protoboard

Projeto 03: Gerar uma onda quadrada com frequência de 4Hz


no pino 13.
Descrição do problema:
Neste projeto alteraremos a frequência do sinal da onda quadrada para 4Hz.

CÓDIGO FONTE:
#define LED 13

void setup()
{
pinMode(LED, OUTPUT);
}

void loop()
{
digitalWrite(LED, HIGH);
delay(125);
digitalWrite(LED, LOW);
delay(125);
}

www.roboticaarduino.com.br
30

Projeto 04: Ler o sinal de um botão conectado ao pino 2 e


que, ao se pressionar o botão, o arduino gere uma onda
quadrada com frequência de 5Hz no pino 13.
Descrição do problema:
Este projeto visa programar o arduino para que ele gere uma onda quadrada em um de
seus pinos, para fazer um LED piscar, a partir de um comando dado através do
acionamento de um botão: enquanto o botão estiver pressionado, o LED irá piscar, e
quando o botão for solto, o mesmo parará de piscar.
O esquema de ligação do circuito pode ser visto na figura 63

CÓDIGO FONTE:
#define LED 13
#define BOTAO 2

void setup()
{
pinMode(LED, OUTPUT);
pinMode(BOTAO, INPUT);
}

void loop()
{
if(digitalRead(BOTAO)==HIGH)
{
digitalWrite(LED, HIGH);
delay(100);
digitalWrite(LED, LOW);
delay(100);
}
}

Figura 63: Acionar LED por comando de um botão


www.roboticaarduino.com.br
31

COMANDOS
#define LED 13
#define é como uma “busca e substituição” automática no código. Neste exemplo,
#define está dizendo para o arduino substituir por “13” toda vez que “LED” aparecer
no código. A substituição é a 1ª coisa feita quando o botão Verify ou Upload to I/O
Board é pressionado.

if() – A função if(), que é usada em conjunto com operadores de comparação, serve para
verificar se a condição no seu parâmetro foi alcançada ou não. Se sim, a função executa
seu bloco de comandos. Se não, seu bloco de comandos é ignorado pelo programa.

digitalRead(BOTAO) - Função que lê e retorna o estado do pino referenciado como


parâmetro (para esse exemplo, o pino 2 declarado como “BOTAO”).
Retorna LOW(ou falso) se o pino estiver em nível baixo, ou retorna HIGH(ou
verdadeiro) se o pino estiver em nível alto.

Projeto 05: Controlar a freqüência do piscar de um LED (4Hz ou


10Hz) utilizando 1 botão
Descrição do problema:
Neste projeto serão utilizados um LED e um botão. Se o botão estiver pressionado, o LED
deve piscar com um frequência de 4Hz. E se o botão não estiver pressionado, o LED deve
piscar com uma frequência de 10Hz. O circuito é o mesmo do projeto 04.

CÓDIGO FONTE:
#define LED 13
#define BOTAO 2

void setup()
{
pinMode(LED, OUTPUT);
pinMode(BOTAO, INPUT);
}

void loop()
{
if(digitalRead(BOTAO)==HIGH)
{
digitalWrite(LED, HIGH);
delay(125);
digitalWrite(LED, LOW);
delay(125);
}
else
{
www.roboticaarduino.com.br
32

digitalWrite(LED, HIGH);
delay(50);
digitalWrite(LED, LOW);
delay(50);
}
}

Projeto 06: Controlar 2 LEDs utilizando 2 botões


Descrição do problema:
Adicione um LED e um botão ao circuito do projeto 04 e faça um programa que execute a
seguinte tarefa: ao se pressionar o botão1 apenas um LED irá piscar. Ao se pressionar o
botão2 os dois LEDs irão piscar simultaneamente.

CÓDIGO FONTE:
#define LEDa 13
#define LEDb 11
#define BOTAOa 2
#define BOTAOb 4

void setup()
{
pinMode(LEDa, OUTPUT);
pinMode(LEDb, OUTPUT);
pinMode(BOTAOa, INPUT);
pinMode(BOTAOb, INPUT);
}

void loop()
{
if(digitalRead(BOTAOa)==HIGH)
{
digitalWrite(LEDa, HIGH);
delay(100);
digitalWrite(LEDa, LOW);
delay(100);
}

if(digitalRead(BOTAOb)==HIGH)
{
digitalWrite(LEDa, HIGH);
digitalWrite(LEDb, HIGH);
delay(100);
digitalWrite(LEDa, LOW);
digitalWrite(LEDb, LOW);
delay(100);
}
}

www.roboticaarduino.com.br

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy