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Imunidade

O documento aborda as principais características da imunidade inata e adaptativa, destacando suas diferenças em memória, tempo de ação e componentes celulares. A interação entre essas duas formas de imunidade é essencial para a resposta imune, onde células apresentadoras de antígenos ativam linfócitos T e B. Além disso, o texto discute atividades normais e alteradas do sistema imunológico, incluindo vacinação, doenças autoimunes e reações alérgicas.
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Imunidade

O documento aborda as principais características da imunidade inata e adaptativa, destacando suas diferenças em memória, tempo de ação e componentes celulares. A interação entre essas duas formas de imunidade é essencial para a resposta imune, onde células apresentadoras de antígenos ativam linfócitos T e B. Além disso, o texto discute atividades normais e alteradas do sistema imunológico, incluindo vacinação, doenças autoimunes e reações alérgicas.
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1) ELABORAÇÃO DE UM RESUMO DAS PRINCIPAIS

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA IMUNIDADE INATA E


ADAPTATIVA (TANTO A HUMORAL COMO A CELULAR).

Imunidade Inapta Imunidade adaptativa


Memória Não promove Capaz de formar
imunológica
Tempo para Rápida Complexa e lenta
ação
Início Qualquer momento desde o Depende do início da imunidade inapta
nascimento do indivíduo
Ação Barreiras físicas (pele) e Produção de anticorpos específicos
químicas (secreções), além de contra o antígeno (Ag)
celulares e acelulares
Componentes Celulares (macrófagos, os Linfócitos T CD4+
neutrófilos, os eosinófilos e as (auxiliares), os linfócitos T CD8+
células dendríticas) ou (citotóxicos), os linfócitos B e os
componentes acelulares plasmócitos.
(proteínas do sistema
complemento e citocinas pró-
inflamatórias).

Referências: (LEVINSON, 2016).

A interação entre as respostas imunológicas inata e adaptativa ocorre através de células


da imunidade inata com forte atividade fagocítica, como os macrófagos e as células
dendríticas, que juntas são conhecidas como células apresentadoras de antígenos
(APCs) (CRUVINEL et al., 2010). Após fagocitar o patógeno, as APCs fragmentam-no
em pequenos pedaços e apresentam esses fragmentos à principal célula da imunidade
adaptativa — o linfócito T CD4+. Quando ativado, o linfócito T CD4+ coordena toda a
resposta adaptativa, estimulando os linfócitos T CD8+ a induzirem a morte celular por
apoptose em células infectadas, através da molécula MHC classe II. Além disso, o
linfócito T CD4+ também ativa os linfócitos B, promovendo sua diferenciação em
plasmócitos que secretam anticorpos (LEVINSON, 2016). Após a resolução da
infecção, permanecem no organismo os linfócitos de memória, tanto para os linfócitos B
quanto para os linfócitos T CD4+ e CD8+, que poderão gerar uma resposta imunológica
muito mais rápida e eficaz em um possível segundo contato com o antígeno.

IMUNIDADE ADAPTATIVA
Memória HUMORAL CELULAR
imunológica
Direção É direcionada principalmente Os episódios infecciosos mais
contra doenças mediadas por frequentes são geralmente bacterianos,
exotoxinas, como o tétano e a como infecções respiratórias ou mesmo
difteria, infecções nas quais a tuberculose. Agem contra a progressão
virulência está relacionada à da infecção, infecções atípicas, resposta
presença de cápsulas à antibioticoterapia e memória a partir
polissacarídicas (pneumocócicas, de infecções semelhantes e antigas.
meningocócicas, Haemophilus
influenzae).
Células Anticorpos específicos para o Leucócitos (células T auxiliares que
Principais antígeno: IgM, IgG e IgA. expressam CD4; células T citotóxicas
que expressam CD8 e células B).
Respostas Primária mais longa (7 a 10 dias), Similar ao tempo da resposta humoral:
dependendo da natureza do 7 a 10 dias na primária, e de 3 a 5 dias
antígeno, primeiro IgM, seguidos na secundária. Na resposta primária as
por anticorpos IgG ou IgA. células T virgens (não ativadas) se
Secundária mais rápida (3 a 5 tornam células T efetoras, que são
dias), depois de meses ou anos capazes de reconhecer e eliminar as
após a resposta primária, células infectadas, muitas vezes através
alcançando níveis mais elevados de mecanismos de citotoxicidade, como
de IgG. a liberação de perforinas e granzimas.
Elas podem também se diferenciar em
células T de memória, que ficam no
organismo para enfrentar uma possível
reinfecção futura representando a
resposta secundária.
Fenômeno “células de memória” antígeno- Em conjunto com a imunidade inapta,
específicas, geradas após o as células apresentadoras de
primeiro contato. antígenos (APCs), como as células
dendríticas e os macrófagos, capturam
e processam o antígeno, apresentando-o
em sua superfície ligado a uma
molécula do Complexo Principal de
Histocompatibilidade (MHC), que pode
ser tipo MHC classe II (para células T
CD4+) ou MHC classe I (para células
T CD8+).
Ação A concentração sérica dos Quando um antígeno é reconhecido, as
anticorpos continua a aumentar células T CD4+ (auxiliares) ativam
por várias semanas e, então, citocinas e outras células do sistema
declina, podendo cair a níveis imunológico, incluindo células B para
bem baixos. Essas células de produzir anticorpos e células T CD8+
memória proliferam, (efetoras) para eliminar diretamente as
desencadeando uma expansão células infectadas. As Células T CD4+
clonal maior de células B e se diferenciam em vários subtipos,
células plasmáticas específicas, como Th1 (para resposta contra
as quais medeiam a resposta infecções virais e intracelulares), Th2
secundária por anticorpos. (para resposta contra infecções
parasitárias), Th17 (para defesa contra
fungos e bactérias extracelulares), entre
outros. Cada subtipo de célula T helper
tem um papel específico na regulação
da resposta imune.
Referências: (LEVINSON, 2022).

2) ELABORAÇÃO DE UM RESUMO COM AS PRINCIPAIS


CORRELAÇÕES CLÍNICAS DAS ATIVIDADES NORMAIS E
ALTERADAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO.
2.1 ATIVIDADES NORMAIS

A principal função do sistema imunológico é impedir a entrada e/ou eliminar agentes


infecciosos, minimizando os danos que eles causam, de modo que a maioria das
infecções em indivíduos saudáveis tenha curta duração e cause danos permanentes
mínimos. No entanto, os patógenos apresentam uma grande diversidade em termos de
formas, modos de transmissão e ciclos reprodutivos, o que leva o sistema imunológico a
desenvolver respostas específicas para cada tipo de ameaça. As defesas externas do
corpo funcionam como uma barreira eficaz contra a maioria dos agentes infecciosos.
Poucos patógenos conseguem penetrar a pele intacta. Em contrapartida, muitos agentes
infecciosos acessam o organismo através dos epitélios do trato digestivo ou urogenital,
enquanto outros, como os vírus que causam o resfriado comum, invadem o epitélio
respiratório da nasofaringe e dos pulmões. Alguns poucos patógenos, como os
responsáveis pela malária e pela doença do sono, só conseguem infectar o organismo se
tiverem acesso direto ao sangue.

2.1.1 Vacinação

A imunidade adquirida é caracterizada por dois elementos principais: especificidade e


memória. O objetivo das vacinas é modificar um patógeno ou suas toxinas de forma que
se tornem inofensivos, sem perder sua capacidade de estimular uma resposta imune.
Isso é possível porque anticorpos e células T reconhecem partes específicas dos
antígenos, chamadas de epítopos, e não o organismo ou a toxina inteira. Agentes
infecciosos completos, como o poliovírus, podem ser atenuados para manter sua
antigenicidade, mas sem a capacidade de causar doenças.

2.1.2 Doenças Crônicas e inflamação


O dano tecidual causado por agentes físicos, como trauma ou radiação, ou por
patógenos, desencadeia uma resposta inflamatória, que envolve três componentes
principais:

• aumento do fluxo sanguíneo para as áreas afetadas;


• aumento da permeabilidade capilar, resultante da retração das células endoteliais
que revestem os vasos, permitindo que moléculas maiores escapem dos
capilares;
• migração de leucócitos das vênulas para os tecidos adjacentes – nos estágios
iniciais da inflamação, predominam os neutrófilos, enquanto nos estágios
posteriores, monócitos e linfócitos também migram para o local de infecção ou
lesão. A migração dos leucócitos é regulada por quimiocinas, um tipo específico
de citocina, que se ligam ao endotélio venular nos tecidos inflamados. Essas
quimiocinas ativam os leucócitos circulantes, fazendo com que se conectem ao
endotélio e iniciem a migração através dele. Uma vez nos tecidos, os leucócitos
se deslocam em direção ao foco da infecção por meio de um processo
denominado quimiotaxia, que é a atração química direcionada.

2.2 ATIVIDADES ALTERADAS DO SISTEMA IMUNE

2.2.1 Doenças autoimunes e tolerância.

2.2.1.1 Tolerância
A tolerância imunológica é o estado de não-responsividade a determinados
antígenos, estabelecida principalmente pelos linfócitos T e B. Os receptores
clonais dos linfócitos são gerados por recombinação aleatória de genes que
codificam as regiões de ligação aos antígenos, o que cria a necessidade de
eliminar os receptores que possam reconhecer e atacar os próprios tecidos do
organismo. Quando há falha na manutenção da tolerância imunológica contra os
antígenos próprios, surgem as doenças autoimunes. A tolerância central refere-se
aos processos de seleção dos linfócitos T no timo, onde os precursores de
linfócitos T imaturos são expostos a antígenos próprios apresentados por células
epiteliais do timo e células dendríticas. Os linfócitos T que reconhecem
fortemente esses antígenos próprios sofrem apoptose, um processo denominado
seleção negativa. O timo também possui células especializadas que podem
expressar antígenos específicos de órgãos, como a insulina, que é expressa no
pâncreas e no timo. A tolerância periférica envolve mecanismos que garantem
que linfócitos T autorreativos não entrem em contato com seus antígenos-alvo.
Isso inclui a exclusão desses linfócitos T de suas células-alvo, a morte celular
induzida por falta de sinalização, a anergia (incapacidade de montar uma
resposta efetiva) e a supressão por linfócitos T reguladores. A tolerância dos
linfócitos B é mantida por mecanismos como a deleção clonal de linfócitos B
autorreativos, a edição do receptor de linfócitos B ou a anergia. Além disso, a
tolerância dos linfócitos B depende da tolerância dos linfócitos T, pois a
produção de anticorpos de alta afinidade e a mudança de classe de anticorpos
requerem a ajuda dos linfócitos T. Assim, quando a tolerância aos antígenos é
estabelecida no compartimento de linfócitos T, os linfócitos B que reconhecem o
mesmo antígeno geralmente permanecem tolerantes. A superação da tolerância
imunológica é uma estratégia chave para o desenvolvimento de tratamentos
inovadores contra o câncer.
2.2.1.2 Autoimunidade
A autoimunidade está associada a diversas doenças, algumas de natureza órgão-
específica e outras com distribuição sistêmica, podendo até haver sobreposição
de desordens autoimunes em um mesmo indivíduo. Em muitos casos, uma
pessoa pode apresentar mais de uma doença autoimune, seja ela órgão-específica
ou sistêmica. Fatores genéticos desempenham um papel importante no
desenvolvimento dessas doenças, com estudos em gêmeos indicando um
componente hereditário na autoimunidade. A maioria das doenças autoimunes é
poligênica, com destaque para os genes HLA, que têm grande relevância nesse
processo. Linfócitos T e B autorreativos podem persistir em indivíduos
saudáveis, mas na presença de antígenos próprios, esses linfócitos são ativados e
contribuem para a produção de respostas autoimunes. Fatores como a reação
cruzada com antígenos microbianos e a desregulação de citocinas podem
desencadear a autoimunidade. Na maioria das doenças autoimunes, o processo
autoimune é responsável pelas lesões nos tecidos. O papel patogênico da
autoimunidade pode ser demonstrado em modelos experimentais, e
autoanticorpos humanos podem ter um efeito diretamente patogênico.
Imunocomplexos também estão frequentemente associados a doenças
autoimunes sistêmicas. Os testes para detecção de autoanticorpos são valiosos
no diagnóstico e, em alguns casos, no prognóstico dessas doenças. O tratamento
das doenças autoimunes tem múltiplos objetivos, com o controle metabólico
sendo geralmente o foco para as doenças órgão-específicas. Para as doenças
sistêmicas, utilizam-se drogas anti-inflamatórias e imunossupressoras, sendo que
terapias biológicas com anticorpos monoclonais contra citocinas pró-
inflamatórias têm revolucionado o tratamento de doenças reumáticas
autoimunes. Além disso, terapias direcionadas aos linfócitos B têm mostrado
grande eficácia em diversas condições autoimunes.
2.2.1.3 Transplantes
A resposta imunológica no transplante é influenciada por diversos fatores. As
respostas do enxerto contra o hospedeiro são responsáveis pela rejeição do
transplante, sendo os antígenos de histocompatibilidade os principais alvos dessa
rejeição. Antígenos menores também podem desencadear rejeição, mesmo
quando o doador e o receptor são geneticamente idênticos para o MHC. A
doença do enxerto contra o hospedeiro ocorre quando os linfócitos do doador
atacam o tecido receptor. A rejeição pode ocorrer por meio de diferentes
mecanismos imunes efetores. A rejeição hiperaguda é imediata e causada por
anticorpos; a rejeição aguda se manifesta de dias a semanas após o transplante,
enquanto a rejeição crônica pode ser detectada meses ou até anos depois. A
compatibilidade de HLA é um dos principais métodos para prevenir a rejeição
dos aloenxertos, sendo que quanto maior a compatibilidade entre o doador e o
receptor, menor o risco de rejeição. O sucesso do transplante de órgãos depende
do uso de medicamentos imunossupressores. Drogas antiproliferativas, como 6-
MP, azatioprina e MPA, são comumente utilizadas. Ciclosporina, tacrolimus e
sirolimus agem como inibidores da ativação dos linfócitos T. Corticosteroides,
que possuem propriedades anti-inflamatórias, também são usados para
imunossupressão no transplante. Além disso, anticorpos direcionados ao
receptor IL-2 ou aos leucócitos são amplamente empregados para evitar a
rejeição.
2.2.2 Doenças alérgicas e hipersensibilidade

Em algumas situações, as reações imunológicas são desproporcionais ao dano causado


pelo patógeno, e o sistema imunológico pode até reagir contra antígenos inofensivos,
como moléculas presentes em alimentos. Essas reações, chamadas hipersensibilidade,
podem causar mais danos do que o próprio patógeno ou antígeno. Por exemplo,
moléculas na superfície de grãos de pólen podem ser reconhecidas como antígenos por
determinados indivíduos, resultando em sintomas de rinite ou asma. Em 1963, Coombs
e Gell propuseram uma classificação para as reações de hipersensibilidade, incluindo o
tipo I, que se referia à hipersensibilidade alérgica descrita por Portier e Richet, e
expandiram a definição para abranger os seguintes tipos:

 Tipo I (hipersensibilidade imediata): Caracteriza-se pela produção de


anticorpos IgE contra proteínas estranhas, frequentemente encontradas no
ambiente, como pólens, pelos de animais ou ácaros da poeira. Essa reação pode
ser identificada por testes de pele, que provocam reações papuloeritematosas em
15 minutos.

 Tipo II (hipersensibilidade mediada por anticorpos): Ocorre quando


anticorpos IgG e IgM são produzidos contra antígenos de superfície nas células
do corpo, podendo desencadear reações por ativação do complemento (como na
anemia hemolítica autoimune) ou pela ativação das células natural killer.

 Tipo III (doenças do complexo imune): Envolve a formação de complexos


imunes na circulação que não são adequadamente removidos por macrófagos ou
outras células do sistema reticuloendotelial. Esses complexos exigem
quantidades significativas de anticorpos e antígenos (geralmente em níveis de
microgramas). Exemplos clássicos incluem o lúpus eritematoso sistêmico (LES),
glomerulonefrite crônica e doença sérica.
 Tipo IV (hipersensibilidade mediada por células): Neste tipo, os linfócitos T
específicos são as principais células efetoras. Exemplos incluem:

o Sensibilidade ao contato, como no caso de níquel ou plantas como a hera


venenosa;

o Respostas tardias em doenças como hanseníase ou tuberculose;

o Resposta exagerada a infecções virais, como no sarampo;

o Sintomas persistentes em doenças alérgicas.

2.2.3 Imunodeficiência

Quando qualquer componente do sistema imunológico apresenta defeito, o


indivíduo pode ter dificuldade em eliminar infecções adequadamente, resultando em
imunodeficiência. Essas condições podem ser divididas em dois tipos:
 Imunodeficiências primárias, que são hereditárias e geralmente se manifestam
logo após o nascimento.
 Imunodeficiências secundárias, que se desenvolvem mais tardiamente, como é
o caso da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
Deficiências nutricionais frequentemente comprometem as respostas imunes. A
desnutrição, por exemplo, aumenta o risco de mortalidade infantil por infecções
devido à redução da imunidade mediada por células, o que inclui a diminuição do
número e da função dos linfócitos T CD4+ auxiliares, bem como uma redução nos
níveis de IgA secretora. O ferro, selênio, cobre e zinco são oligoelementos
essenciais para a imunidade, e sua falta pode comprometer a função dos neutrófilos
na eliminação de bactérias e fungos, além de aumentar a suscetibilidade a infecções
virais e diminuir as respostas de anticorpos. Vitaminas como A, B6, C, E e o ácido
fólico também são fundamentais para a resistência a infecções. Dessa forma, uma
dieta equilibrada e adequada pode reduzir significativamente a morbidade e
mortalidade associadas a infecções.
Alguns medicamentos podem alterar seletivamente a função do sistema
imunológico. Fármacos imunomoduladores, embora necessários em casos como
transplante de órgãos sólidos ou doenças autoimunes, podem enfraquecer a resposta
imunológica e aumentar a vulnerabilidade do paciente a infecções oportunistas,
causadas por vírus, bactérias e fungos.
O HIV é uma das principais causas de imunodeficiência. O vírus da
imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus que ataca principalmente os
linfócitos T CD4+. As infecções agudas causadas pelo HIV levam à depleção dos
linfócitos T CD4+ e à redução temporária de sua quantidade no sangue, até que o
sistema imunológico consiga controlar parcialmente o vírus, dando início à fase
crônica da infecção. Mesmo durante a fase crônica, que pode durar em média 10
anos, sem tratamento com medicamentos antirretrovirais, os níveis de linfócitos T
CD4+ diminuem progressivamente, resultando em imunossupressão e maior
vulnerabilidade a infecções oportunistas. A fase final, conhecida como AIDS
(síndrome da imunodeficiência adquirida), é caracterizada pela baixa contagem de
linfócitos T CD4+, altos níveis de HIV no plasma, reativação de infecções latentes
e, frequentemente, o surgimento de doenças malignas associadas ao HIV, como
sarcoma de Kaposi e linfoma não-Hodgkin.

3) REFERÊNCIAS
1. MALE, David. Imunologia. 8th ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan,
2014. E-book. p.275. ISBN 9788595151451.
2. RIBEIRO, Helem F.; VAZ, Lisiane S.; ZANELATTO, Carla; et al. Imunologia
clínica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. p.74. ISBN 9788533500716.
3. COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia. 6th ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010. E-book. p.Capa1. ISBN 978-85-277-2341-1.
4. LEVINSON, W. et al. Microbiologia médica e imunologia: um manual clínico
para doenças infecciosas. 15. ed. Porto Alegre: AMGH, 2022.

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