Solucoes_Prova-modelo2_FQ11
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Soluções
Prova-modelo 2 (pág. 336) 1.2 (A). N.o de oxidação do carbono na espécie CO: x + (−2) = 0 ⇒
⇒ x = +2. N.o de oxidação do carbono na espécie CO2: x + 2 × (−2) =
GRUPO I = 0 ⇒ x = +4. Variação do número de oxidação do carbono:
+4 – (+2) = +2. O CO oxida-se, logo o NO atua como oxidante.
1. (B). A percentagem, em volume, de N2 no ar é 78%. Assim, o vo- 2. Cálculo da quantidade de NO existente na amostra de ar:
lume de N2 em 10,0 dm3 de ar, em condições PTN, seria m 50,0 L × (30,0 × 10–3) g L–1
nNO = NO = = 0,0500 mol.
1 2
78 MNO 30,01 g mol–1
VN2 = × 10,0 dm3 = 7,8 dm3. A quantidade de moléculas de
100 Cálculo da quantidade de O2:
VN2 7,8 dm3 VO2 1,8 dm3
N2 é nN2 = = = 0,35 mol, pelo que a quanti- nO2 = = = 0,0804 mol.
Vm 22,4 dm3 mol–1 Vm 22,4 dm3 mol–1
dade de átomos de nitrogénio é nN = 2nN2 = 2 × 0,35 mol = 0,70 mol. Identificação do reagente limitante: de acordo com a estequiometria
2. Cálculo da quantidade de matéria de dioxigénio em 0,500 dm3: 2 mol NO 0,0500 mol NO
da reação (2 mol NO : 1 mol O2) = ⇒
2,58 × 1021 1 mol O2 x
n O2 = = 4,286 × 10–3 mol. ⇒ x = 0,0250 mol O2.
6,02 × 1023 mol–1
Como a quantidade de O2 utilizada (0,0804 mol) é superior à quan-
Cálculo da quantidade total de moléculas no volume de ar inspi-
tidade necessária para fazer reagir completamente 0,0500 mol de
rado: como a quantidade de matéria é, nas mesmas condições
NO, conclui-se que o dioxigénio é o reagente em excesso.
de pressão e temperatura, diretamente proporcional ao volume, a
Cálculo da quantidade de NO2 obtido:
quantidade total de moléculas, ntotal, obtém-se da proporção:
0,112 dm3
ntotal 1 nO2 4,286 × 10–3 mol nNO2obtido = = 0,00500 mol.
= , logo ntotal = = = 2,041 × 10–2 mol. 22,4 dm3 mol–1
nO2 0,21 0,21 0,21 nobtida 0,00500 mol
Cálculo do rendimento da reação: η = = = 0,10.
Cálculo do volume molar: admitindo que o ar se comporta como nprevista 0,0500 mol
um gás ideal, segue-se que o volume molar de um gás nas condi-
ções de pressão e temperatura consideradas é:
V 0,500 dm3
Vm = = = 24,5 dm3 mol–1.
n 2,041 × 10–2 mol GRUPO III
53,33 g
3.1 (A). Em 100 g do composto há = 3,33 mol de O, 1.1 Cálculo das quantidades de O2 e SO3 no equilíbrio:
16,00 g mol–1
40,00 g 6,67 g SO2 O2 SO3
= 3,33 mol de C e = 6,60 mol de H.
12,01 g mol–1 1,01 g mol–1 Início / mol 0,32 0,17 –
A proporção em que os átomos se combinam no composto é
Variação / mol –2x –x +2x
3,33 3,33 6,60
= 1 O, =1Ce = 2 H, ou múltiplos desta proporção.
3,33 3,33 3,33 Equilíbrio / mol 0,062 0,17 – x = 0,17 − 0,258 = 0,041 0,258
2
3.2 (D). Os compostos orgânicos são normalmente compostos mo-
leculares em que os átomos de carbono estabelecem, entre si, 0,32 mol – 2x = 0,062 mol ⇒ 2x = 0,258 mol.
ligações covalentes, ou seja, ligações por partilha localizada de Cálculo da constante de equilíbrio da reação considerada, a 700 °C:
eletrões de valência. O número de eletrões partilhados por cada como o volume do recipiente é 1,00 L, as concentrações, em mol L−1,
átomo numa ligação carbono-carbono pode ser 1 (ligação sim- são numericamente iguais às quantidades de matéria.
ples), 2 ou 3 (ligações múltiplas). Nas ligações múltiplas (duplas ou |SO3|e2 0,2582
Kc = = = 4,2 × 102.
triplas) entre átomos de carbono as forças atrativas são mais inten- |SO2|e |O2|e
2
0,0622 × 0,041
sas, aproximando mais os núcleos dos átomos ligados, pelo que 1.2 Se a concentração de O2 (g) aumentar, o quociente da reação
apresentam menores comprimentos de ligação. À medida que o |SO3|2
número de pares de eletrões ligantes aumenta a ligação fica mais será menor do que a constante de equilíbrio, Qc = < Kc.
|SO2|2 |O2|
forte, pelo que a energia de ligação aumenta. Assim, a energia
O sistema deixa de estar em equilíbrio, evoluindo de forma que o
de uma ligação dupla é menor do que a de uma ligação tripla.
quociente da reação irá aumentar até igualar o valor da constante
Nas moléculas de metano, CH4, e de clorometano, CH3C, existem
de equilíbrio à temperatura de 700 °C, sendo a reação direta favo-
4 ligações covalentes simples, pelo que a repulsão mínima entre
recida até se atingir um novo estado de equilíbrio.
os 4 pares de eletrões pressupõe uma geometria tetraédrica. Mas
a presença do átomo de cloro, C, gera uma assimetria de carga 2. (D). A partir dos valores da tabela, à medida que a temperatura
na molécula do clorometano, pelo que a molécula é polar. diminui a constante de equilíbrio, Kc, da reação aumenta, o que
permite concluir que a reação direta é favorecida com a diminui-
Metano: Clorometano: ção da temperatura. Consequentemente a quantidade de produ-
H H
to aumenta, logo a fração molar de SO3 (g) deverá aumentar. De
H C H H C Cℓ acordo com o Princípio de Le Châtelier, uma diminuição da tempe-
H ratura favorece a reação exotérmica, pelo que a reação de forma-
H
ção de SO3 (g) (reação direta) será exotérmica.
3. (D). A força de um ácido e da respetiva base conjugada estão
relacionadas pela expressão: Ka × Kb = KW, sendo que, a uma dada
GRUPO II temperatura, o produto iónico da água é constante. Assim, o ácido
1.1 (D). nNO que reagiu = 0,85 × 4,0 mol = 3,40 mol ⇒ nNO no equilíbrio = que tem maior constante de acidez (H2SO4) terá uma base con-
jugada mais fraca, ou seja, com menor constante de basicidade.
= (4,0 − 3,40) mol = 0,600 mol. De acordo com a estequiometria
da reação, 2 mol de CO reagem com 2 mol de NO para formar
2 mol de CO2 e 1 mol de N2. Então, reagiram 3,40 mol de NO com
3,40 mol de CO e foram originadas 3,40 mol de CO2 e 1,70 mol de N2.
nCO no equilíbrio = (6,0 − 3,40) mol = 2,60 mol.
ntotal de gases no equilíbrio = (2,60 + 0,600 + 3,40 + 1,70) mol = 8,3 mol.
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SOLUÇÕES
GRUPO IV GRUPO VI
1. (D). Na descida a altura vai diminuindo (Δh < 0), logo, a energia po- 1. (A). Após ser emitida, a radiação sofre refração ao passar do ar
tencial gravítica também diminui, (ΔEpg = m g Δh < 0). O trabalho da para o vidro, reflexão total na superfície exterior do para-brisas e,
força gravítica, como é o simétrico da variação de energia potencial, novamente, refração ao passar do vidro para ar, antes de atingir
é igual porque as massas e as variações na altura são iguais. o detetor.
2. (B). A energia mecânica diminui na descida, ou seja, é maior 2. Para que o sistema funcione adequadamente, é necessário
para maiores alturas (h maior), o que exclui as opções (C) e (D). que a luz sofra reflexão total na superfície exterior do para-brisas
Para o esquiador 2 a diminuição de energia mecânica é mais quando está seco. Assim, o ângulo de incidência na superfície de
acentuada (o esquiador 2 dissipa 20% da energia mecânica, en- separação vidro-ar deve ser superior a um ângulo limite 1, αlim 1:
1 2 1 2
quanto o esquiador 1 apenas 10%). nar 1,000
nvidro sin αlim 1 = nar sin 90° ⇒ αlim 1 = arcsin = arcsin =
3. (D). A dissipação de energia mecânica é maior para o esquiador nvidro 1,49
2, logo, também o é o módulo da soma dos trabalhos realizados = 42,1°. Por outro lado, quando o para-brisas está molhado, a luz não
pelas forças de atrito (Edissipada = –ΔEm = – WFa ). Quanto maior for a
→ deve sofrer reflexão total, sendo refratada do vidro para a água.
energia dissipada, menor será a soma dos trabalhos realizados Para que não sofra reflexão total, o ângulo de incidência na superfí-
pelas forças que atuam no esquiador (∑W = WFg + WN + WFa = WFg +
→ → → → cie de separação vidro-água deve ser inferior a um ângulo limite 2,
1 2
+ 0 – Edissipada), uma vez que o trabalho realizado pela força gravíti- nágua
αlim 2 : nvidro sin αlim 2 = nágua sin 90° ⇒ αlim 2 = arcsin =
ca, que depende do desnível Δh, é o mesmo (WFg = ΔEpg = –m g Δh).
→
nvidro
1 2
1,33
4. A →Segunda Lei de Newton para aquele troço do movimento é: = arcsin = 63,2°. Conclui-se que para que o sistema funcio-
→ → → 1,49
N + P + Fa = m a . Como o movimento é retilíneo, a resultante das ne, a amplitude do ângulo de incidência deverá estar contida no
forças que atuam na direção perpendicular ao movimento é nula: intervalo [42,1°, 63,2°].
N – P cos 30° = 0 ⇔ N = m g cos θ ⇒ N = m × 9,8 × cos 30° = 8,49m.
Fa = 0,12N = 0,12 × 8,49m = 1,02m.
Aplicando a Segunda Lei de Newton na direção do movimento, ob-
tém-se: P sin 30° – Fa = m a ⇔ P sin 30° – 1,02m = m a ⇔ m × 9,8 ×
× sin 30° – 1,02m = m a ⇔ a = 3,9 m s–2.
5. (D). Sendo constante a componente tangencial da resultante
das forças, é também constante a componente tangencial da ace-
leração do esquiador. Assim, a distância percorrida será dada por
1 1
uma expressão do tipo d = v0 t + a t2 = a t2, dado que o es-
2 2
quiador parte do repouso (v0 = 0). Como o esquiador não está em
queda livre, a < 9,8 m s–2, logo, d < 4,9 t 2.
6. A energia mecânica do sistema esquiador 1 + Terra na posição
A é Em A = m g h = m × 9,8 × 24. Em C, a energia mecânica será
Em C = 0,90 × m × 9,8 × 24, o que permite determinar o módulo da
velocidade em C, pois para o nível de C a energia potencial é nula:
1
m vC2 = 0,90 × m × 9,8 × 24 ⇔ vC2 = 2 × 0,90 × 9,8 × 24 m2 s–2 ⇒
2
⇒ vC = 21 m s–1.
GRUPO V
1. (A). As linhas de campo divergem das cargas positivas e conver-
gem para as cargas negativas. O campo elétrico é tão mais inten-
so quanto maior for a densidade de linhas de campo.
2.1 (A). No instante tA a perpendicular ao plano das espiras é pa-
ralela ao campo magnético, logo, o módulo do fluxo do campo
magnético é máximo, portanto, tA poderia corresponder a um dos
seguintes instantes: 25 ms, 75 ms, 125 ms, 175 ms. No instante tB
a perpendicular ao plano das espiras faz um ângulo próximo de
90° com a direção do campo magnético, podendo concluir-se
que o módulo do fluxo magnético é muito menor do que o fluxo
magnético máximo, portanto, poderá corresponder a 45 ms (fluxo
próximo de zero) mas não a 70 ms (em que o módulo do fluxo é
próximo do máximo).
2.2 O módulo do fluxo magnético máximo que atravessa as super-
fícies delimitadas pelas espiras da bobina é |Φm|max = NBA cos 0°
(situação em que o plano das espiras é perpendicular às linhas
de campo magnético), o que permite determinar a intensidade do
|Φ | 0,200 Wb
campo magnético: B = m max = = 8,0 × 10–3 T.
NA 800 × π × 0,102 m2
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