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Aula 4 Destilação - Intro.batelada

O documento aborda a destilação como uma operação de transferência de massa na indústria química, destacando sua importância e consumo de energia. São apresentados os tipos de destilação, incluindo a destilação em batelada e seus princípios básicos, como a equação de Rayleigh. O texto também discute modos de operação e estratégias para otimizar a pureza do destilado.
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O documento aborda a destilação como uma operação de transferência de massa na indústria química, destacando sua importância e consumo de energia. São apresentados os tipos de destilação, incluindo a destilação em batelada e seus princípios básicos, como a equação de Rayleigh. O texto também discute modos de operação e estratégias para otimizar a pureza do destilado.
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Departamento de Engenharia Química

Escola Politécnica – USP

PQI0410 - Operações Unitárias da Indústria Química V

Aula 4: Destilação
- Introdução
- Destilação em Batelada
Prof. Moisés Teles
moises.teles@usp.br
Destilação
 Introdução

 Tipos
Destilação: motivação

•Operação de transferência de massa.


•Diferença de volatilidade (enriquecimento através de
vaporização)

7% etilenoglicol 98% etilenoglicol


93 % água 2% água

Mais de 40.000 colunas de destilação nos EUA:

 Consumo de energia: 40 % da energia total usada em refinarias


e plantas químicas;
 Mais de 90% dos processos de separação;
 Investimentos da ordem de US$ 8X109
Separation and Purification Technology 56 (2007) 270–277
Operações de separação: Destilação

Indústria do petróleo.
Histórico. Separação de hidrocarbonetos.

Biorefinarias: interesse renovado.


Reações que produzem soluções aquosas
diluídas. Processo de downstream: destilação
(custos de operação). Normalmente envolve
misturas líquidas não ideais (necessidade de
modelos termodinâmicos rigorosos).
Tipos de Destilação

Tipos fundamentais

 Destilação de Equilíbrio (Flash)


 Destilação por arraste (com vapor)
 Destilação em Batelada (diferencial, descontínua, de Rayleigh, simples)

 Destilação contínua

Se 2 ou mais componentes diferem em seus pontos de


ebulição em menos de 50 °C e formam solução não-ideal.
 i , j  1.1

Separação por destilação comum economicamente inviável ou fisicamente impossível.

Alternativas

 Destilação azeotrópica (homogênea/heterogênea)


 Destilação extrativa (solvente/sal)
 Pressure swing distillation
 Destilação reativa
Destilação: princípios básicos: destilação Flash

 Definição: flash é uma separação


de 1 estágio em que uma
alimentação líquida é parcialmente
vaporizada
– Condensação parcial de um vapor
é uma operação análoga T, P
 O flash ocorre por:
– Redução de pressão (válvula)
– Fornecimento de calor
 Cálculos flash também são usados
para verificar o estado de uma
corrente (V, V/L ou L)

T, P
Destilação: princípios básicos: destilação Flash

 Fase líquida em equilíbrio com fase vapor.

Modelagem

Fx F  ( F  V ) x  Vy
xF  x
V F
yx
Destilação: princípios básicos: destilação em batelada

A carga líquida é colocada no fervedor e aquecida até vaporizar.


O vapor formado é recolhido através de um condensador.

Usos:

-Indústria farmacêutica
-Indústria de bebidas destiladas
- Indústria de Química Fina
Destilação em Batelada (Diferencial)

 Definição
 Equação de Rayleigh
 Aplicação
Destilação em batelada: diferencial ou de Rayleigh

 Sem refluxo.
 Vapor saindo do fervedor em equilíbrio com o líquido.
 Para condensação total: yD=xD.
 1 único estágio de equilíbrio (o fervedor).

Intervalo de tempo infinitesimal: BM para qualquer componente


vapor produzido dV (composição y)
entrada  saida  acumulo

 ( ydV )  d ( Lx) dV  dL

ydL  Ldx  xdL

( y  x)dL  Ldx
Equação de Rayleigh

dL x dx L x dx

L
L0 L

x0 y  x
ln
L0 x0 y  x
Exercício: destilação diferencial

 (LISTA 1: Exercício 13) A indústria OP3 SA produz benzeno com grau de pureza 99,75 %,
sendo o restante água. No entanto, um cliente X exige que a concentração em água seja ainda
reduzida a um milésimo do valor. Como engenheiro da OP3, você propõe uma destilação
diferencial para desidratar o benzeno a 1 atm, mas por questões de análise do custo energético
da operação, você é solicitado a determinar a porcentagem da carga que deve ser vaporizada
para se conseguir tal pureza. Determine essa porcentagem, dada a seguinte relação de
equilíbrio:

y = 31,7x (y = fração molar da água no vapor; x = fração molar da água no líquido).

Admita uma única fase líquida e que o vapor que sai do fervedor está em equilíbrio com o líquido.

RESOLVIDO EM SALA
Destilação em batelada: diferencial ou de Rayleigh

Equação de Rayleigh

L x dx Relaciona quantidade de líquido no fervedor num dado instante


ln  com sua composição (sistema dinâmico).
L0 x0 y  x

 Analiticamente: y=f(x) conhecido (Relação de Equilíbrio)


 Graficamente: diferenças finitas, Regra de Simpson ou similar.

Para volatilidade relativa constante (binário):


Relação de Equilíbrio: Nesse caso, resultado da integração:
 A, B x A L0 1 x0 (1  x) 1 x
yA  ln  ln  ln
1  ( A, B  1) x A L  A, B  1 x(1  x0 ) 1  x0
(LISTA 1: Exercício 9)
Destilação em batelada: diferencial ou de Rayleigh

Alternativa à equação de Rayleigh

Temperatura varia no fervedor, mas  i, j não muda muito e um valor médio (constante)
pode ser usado.

yA x
  AB A
yB xB
nA x A

nB x B
y A dn  dn A  y A dn A
  
yB dn  dnB  yB dnB
dn A n dn A dn
  AB A    AB B
dnB nB nA nB
1/  AB
nB  n A 
 
válida para qualquer par a,b de um sistema
n0 B  n0 A  multicomponente
Destilação em batelada: diferencial ou de Rayleigh

Alternativa à equação de Rayleigh

Temperatura varia no fervedor, mas  i, j não muda muito e um valor médio pode ser usado.

1/  A ,B
yA x
  A, B A nB  n A 
yB xB 0
  0 
nB  n A 

nA
nB
n A0
n B0
Destilação em Batelada com Múltiplos Estágios

 Refluxo constante (composição do destilado variável)

 Refluxo variável (composição do destilado constante)


Destilação em batelada: modos de operação

Refluxo constante Vs Refluxo Variável

 Por que refluxo?

 Vantagens e desvantagens.

 Obter a máxima quantidade de destilado.


 No menor tempo.
 Com menor consumo de energia.
Destilação em batelada: modos de operação

 Fração do componente mais volátil no destilado


(xD) vai gradualmente diminuindo com o tempo à V
medida que mais destilado vai sendo produzido.

 Refluxo pode ser manipulado para manter a


qualidade (pureza) do produto de interesse.

Múltiplos estágios
Destilação em batelada: modos de operação

Uma quantidade fixa de carga é adicionada ao refervedor.


 Composição do destilado varia com o tempo. É função de:
- Composição do líquido no refervedor (que varia com o tempo).
- Número de estágios.
- Razão de refluxo.

Estratégias
V
 Aumentar a razão de refluxo para manter a composição
constante.
- Baixo refluxo no início e gradativamente aumentando.

 Manter o refluxo e parar o processo quando xD < limite.

Razão de refluxo = R/D


Destilação em batelada: modos de operação

 Refluxo constante.

- Geralmente o consumo de energia é maior


(especialmente em destilações para alta pureza).
- Relativamente simples.
- Destilação de alta pureza pode ser inviável.

 Refluxo variável.

- O processo é parado quando o refluxo atinge


um limite.
- Mais laboriosa.

 Combinação dos 2 métodos.

- Campanhas com períodos de R constante e períodos de R variável, podendo incluir


períodos
de refluxo total.
Destilação em batelada: relação de equilíbrio

Relações de
equilíbrio

y=Kx
Destilação em batelada: linha de operação

Balanço de massa do componente i

Vn1 yn1  Ln xn  DxD


Ln Dx
L yn 1  xn  D
R= L/D
Vn 1 Vn 1
...................
Hipótese: vazão constante.

Vn 1  Vn  ...  V
Ln  Ln 1  ...  L

L DxD
yn 1  xn 
V V
R 1
yn1  xn  xD
R 1 R 1
Linha de operação
Destilação em batelada: relações fundamentais

Reta de operação

R 1
yn1  xn  xD
R 1 R 1

Relações de
equilíbrio

yn,i  K n,i xn,i


Destilação em batelada: relações fundamentais

R 1
Linha de yn 1  xn  xD
operação R 1 R 1
Relações de yn,i  K n,i xn,i
equilíbrio
Destilação em batelada: estágio de equilíbrio
Destilação em batelada: estágio de equilíbrio
Destilação em batelada: estágio de equilíbrio

Pratos

Seader, Henley e Hoper, 2011.


Separation Process Principles: Chemical and Biochemical Operations,
3rd Edition
Destilação em batelada: estágio de equilíbrio
Destilação em batelada: estágio de equilíbrio

Transferência de massa: requer contato eficiente entre as fases.

Pratos Recheio

Número de placas? Altura do recheio?


Destilação em batelada: representação gráfica (McCabe–Thiele)

L DxD
yn 1  xn 
V V
R 1
yn1  xn  xD
R 1 R 1
Destilação em batelada: concentração no destilado

Concentração média no destilado.

Qual pureza do destilado produzido?

Qual composição no refervedor?

W0 W (t1 )
W (t 2 )
Destilação em batelada: concentração no destilado

Concentração média no destilado.

- R constante: no início, xD está acima da especificação; no fim, abaixo.


- Balanço material: fração média no destilado em um instante t:

W0 x0  W (t ) xw (t )
xDmédio (t ) 
W0  W (t )

W0 W (t1 )
W (t 2 )
Destilação em batelada:

Balanço material

 dW  dD

Wxw  (W  dW )( xw  dxw )  dWxD

W xw  Wxw  dWxw  Wdxw  dWdxw  dWxD

w wx
dW dxw
w W x ( xD  xw )

0 w0

w x
W dxw
ln  
W0 xw 0 ( xD  xw )

 Relação entre a quantidade remanescente Dados tabulados:


no refervedor e sua concentração. Integração gráfica/numérica
 Existe um compromisso entre a quantidade de destilado e a concentração do
componente mais volátil.

REFLUXO VARIÁVEL
Destilação em batelada: refluxo variável

Do balanço de massa no componente-chave


mais volátil:

W0 x0  W (t ) xw (t )  x x 
xDmédio (t )  W (t )  W0  D 0 
W0  W (t )  xD  xw (t ) 
xD constante

Carga em t

t0 t
W0 W(t)
Destilação em batelada: campanhas combinadas de R constante e variável

 Sistemas multicomponentes de difícil separação. Ciclohexano


N-heptano
Tolueno
- Períodos de xd constante: R crescente

2h

Razão de refluxo = R/D


Destilação em batelada: exemplo industrial

 Sistemas multicomponentes de difícil separação.

+
+

Razão de refluxo = R/D


Destilação em batelada: exemplo industrial

 Sistemas multicomponentes de difícil separação.

Pureza desejada: 80%

Em que momento iniciar a recuperação do thymol?


Pureza Vs quantidade.
Destilação em batelada: simuladores

Fundamentos e simuladores comerciais.

http://www.aspentech.com/prod
ucts/aspen-batch-modeler.aspx

http://www.prosim.net/fr/logiciels-
batchcolumn-9.php
Destilação em batelada: aspectos econômicos
Destilação: princípios básicos: destilação em batelada

 Vantagens:

-Flexibilidade no esquema de produção: resposta a flutuações na demanda dos produtos

-Produção de misturas com especificações para cada cliente

-Mais econômica quando pequenas quantidades de diferentes produtos devem ser produzidas
(uma planta, vários produtos Vs uma planta, um produto)

-Indústria farmacêutica/alimentos: rastreamento de produtos é fundamental devido às exigências


de controle de qualidade (batch identity)

- Adequada quando a alimentação contém sólidos ou materiais que


podem se solidificar ou resinas que podem causar incrustações
em colunas contínuas.

-Adequada quando a alimentação tem composição que


varia com o tempo ou com a batelada.

- Aumento de produção de especialidades químicas de valor agregado.


Destilação: princípios básicos: destilação em batelada

 Desvantagens :

-Mistura permaneçe durante longo período de tempo a altas temperaturas (decomposição).

-Consumo energético geralmente maior comparado ao processo contínuo.

-Dificuldade de identificar quando mudar de tanque acumulador.

-Se produto na alimentação muito diluído: concentração e reprocessamento em outra batelada

- Dificuldade de determinar a razão ótima de refluxo.

-Produção de misturas intermediárias contendo produtos fora


de especificação.

reprocessamento

Próxima batelada (adicionada à alimentação).

Resíduos.
Mais consumo de energia.

Aiche Kister Distillation Symposium 2013


(62e) Comparison of Batch and Continuous Industrial
Distillation
Destilação: princípios básicos: destilação em batelada

O produto de interesse pode ser tanto o vapor como o líquido residual.


Sistema dinâmico: propriedades variam com o tempo.

Problemas típicos

 Avaliar se uma dada planta é adequada para um novo processo.

 Projetar uma nova planta para uma separação específica.


FIM

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