Questões de Português - Pré-Vestibular
Questões de Português - Pré-Vestibular
de
Módulo 1 ........................448
Módulo 2 ........................ 450
da
Módulo 3 ........................ 452
Módulo 4 ........................ 455
1
15
Módulo 5 ........................ 453
i vi
Módulo 6 ........................ 459
At Resolução dos
Exercícios Extras .........462
Módulo 1 ........................464
Módulo 2 ........................466
Módulo 3 ........................468
Módulo 4 ........................ 471
2
Módulo 5 ........................472
15
Módulo 6 ........................473
Resolução dos
Exercícios Extras ......... 474
LP
Módulo 1 Veja Exercícios Propostos na página 18.
Com base no texto, assinale a alternativa correta. Disponível em: <http://www.ivancabral.com>. Acesso em: jul. 2012.
a. Nada pode substituir as palavras como forma de co-
municação. A palavra inglesa involution traduz-se como involução ou
b. A capacidade humana de comunicação limita-se às regressão. A construção da imagem com base na combinação
linguagens não verbais. do verbal com o não verbal revela a intenção de
c. A fala não é o único elemento a considerar em situa- a. a. denunciar o retrocesso da humanidade.
ções de comunicação simbólica. b. criticar o consumo de bebida alcoólica pelos humanos.
LÍNGUA PORTUGUESA 151
d. A fala é indispensável na mediação entre nosso mun- c. satirizar a caracterização dos humanos como primatas.
do interno e o externo. d. elogiar a teoria da evolução humana pela seleção natural.
e. Para comunicar conteúdos expressivos, é prioritário e. fazer um trocadilho com as palavras inovação e involução.
dominar as linguagens não verbais.
Resolução
Resolução A imagem normalmente usada para ilustrar a evolução
As situações de comunicação não se restringem ao uso humana por meio da utilização de ferramentas é reformula-
das palavras. Há vários códigos que podem ser utilizados para da com a introdução dos dois últimos vultos, associados a
transmitir uma mensagem, como afirma o autor na passagem: bebidas alcoólicas. Assim, a imagem e o elemento verbal in-
“Existem, na faixa de mediação significativa entre nosso mun- volution revelam a intenção de criticar o consumo de bebida
do interno e o externo, outras linguagens além das verbais”. alcoólica pelos humanos.
Alternativa correta: C Alternativa correta: B
Habilidade
Identificar as diferentes linguagens e seus recursos ex-
pressivos como elementos de caracterização dos sistemas
de comunicação.
ATIVIDADES
448
PV2D-17-10
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. Fuvest-SP a. pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.
LIVRO DO PROFESSOR
Leia o texto e responda à questão. b. pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
c. flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.
Essa vida por aqui d. redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata
é coisa familiar; em frô”.
mas diga-me retirante, e. pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.
sabe benditos rezar?
sabe cantar excelências, 05. Encceja
defuntos encomendar? Leia a letra de música de Racionais MC’S e responda
sabe tirar ladainhas, à questão.
sabe mortos enterrar? 12 de outubro
ATIVIDADES
Mas assum preto, cego dos óio Jogando bola lá, tal
Num vendo a luz, ai, canta de dor Como se nada tivesse acontecido
Ali marcou pra ele
Tarvez por ignorança Talvez ele tenha se transformando numa outra
Ou mardade das pió [pessoa aquele dia.
Furaro os óio do assum preto Vai vendo o barato
Pra ele assim, ai, cantá mio Dia das criança
Assum preto veve sorto O rap é um gênero de música popular em que os versos
Mas num pode avuá são declamados rapidamente. A linguagem segue o padrão
Mil veiz a sina de uma gaiola falado predominantemente pelos jovens de periferias urba-
Desde que o céu, ai, pudesse oiá nas. Na composição dos Racionais, os termos destacados
indicam uma tendência dessa variedade linguística, que é
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As marcas da variedade regional registradas pelos com- a. marcar uma só palavra para indicar o plural.
positores de “Assum preto” resultam da aplicação de um con- b. conjugar o verbo na segunda pessoa.
junto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, c. transformar a pronúncia ih em i.
PV2D-17-10
Variantes linguísticas
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. 02. C1-H1
Leia o fragmento de texto e responda à questão. Leia o fragmento de texto e responda à questão.
Crítica e história literária — Acho que é hoje que a gente vai s’embora...
Na verdade, não pode negar-se a permanência — Manuel Falho, por fim, abriu discurso.
de valores literários, que chegam a desafiar as inevi- — Pra mim... — Henrique Rebolo demorou com
táveis infidelidades da sua tradução e interpretação, a cuia na mão. Olhou o companheiro e deu de om-
resultantes de, por exemplo, terem sido originalmen- bros como a responder que, para ele, tudo seria uma
te realizados em línguas e instituições já mortas há coisa só. Ir ou ficar. — Já tô é leso de nom fazê nada.
muito. Mas tais infidelidades e, com elas, os proble- Penso é no gado lá da fazenda... E nós aqui... Quaje
mas das interpretações e valorizações surgem logo um mês! Isso é vida, sô Manué? A gente só amoita-
LIVRO DO PROFESSOR
depois que uma obra se publica. A própria estrutura do nesse buraco danado que nem criminoso... [...]
da obra nunca reduz todas as intuições do autor a — Penso que é hoje...
uma perfeita coerência; é bem sabido que os gran- — Tombém acho. Mas a gente tem é de esperá
des livros têm uma complicada história, de antes, hora à feição, sô Manué. Quem vai mandá é ela — o
durante e depois da sua redação. E as apreciações dedo rude apontou para a porta do buraco. — Ou tu
de uma obra antiga que se foram impondo através qué vortá pro tronco... pro relho?
de épocas sucessivas dão-nos, frequentemente, a — Tenho farta do gado mai nom quero sê cativo
impressão de inessenciais ou insuficientemente ade- de novo mai nunca! Antão? Trabaiá inté largá o cou-
quadas. Sente-se a cada passo a necessidade de li- ro? A gente tombém nom é de fero... Só panhá... só
bertar a estrutura essencial de uma obra de precon- panhá... Êta vida!
LÍNGUA PORTUGUESA 151
ceitos que, já a partir das próprias intenções mais SANTOS, João Felício dos. Benedita Torreão da Sangria
superficiais e por vezes ostensivas do seu autor, a Desatada. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Vitória:
Fundação Ceciliano Abel de Almeida, 1983.
desfiguram; tal necessidade pode considerar-se tão
viva como a obra: vive da sua vida. Nessa liberta- O texto revela que, possivelmente, os dois personagens
ção consiste o grande papel da crítica, ou, segundo falantes
uma tendência mais recente, de uma desconstrução a. apresentam uma fala artificial com o intuito de im-
sem metodologia fixa e definida, mas que permita pressionar alguém.
acender ao não dito ou não pensado oculto em cada b. dominam a norma-padrão da língua, mas preferem
texto (literário ou doutrinário). não utilizá-la.
SARAIVA, António José; LOPES, Oscar. Crítica e história literária. c. estão desempregados porque não dominam a norma-
In: História da literatura portuguesa. 17. ed. 1996. -padrão da língua.
d. provêm da zona rural e possuem baixa condição
Variantes linguísticas são as mudanças que a língua socioeconômica.
sofre diante de diferentes situações (formal ou informal), e. vivem no campo e possuem uma boa condição
regiões, culturas, condições sociais etc. O texto apresentado socioeconômica.
mostra-se
ATIVIDADES
Resolução
a. com variantes sociais, o que evidencia a origem hu-
milde dos autores. O fragmento do romance evidencia a fala de duas per-
b. com linguagem coloquial, que propõe a proximidade sonagens (escravos fugidos, abrigados num esconderijo)
autores-leitor. que certamente têm pouca escolaridade, baixa condição
c. com indícios de linguagem falada, evidenciando a socioeconômica e provêm da zona rural, já que utilizam uma
transcrição da oralidade. linguagem característica. A comprovação ocorre, entre outras
d. com erros gramaticais, de acordo com a norma-padrão passagens, em: “Penso é no gado lá da fazenda...”; “A gente só
da língua portuguesa. amoitado nesse buraco danado que nem criminoso...”; “Ou tu
e. com linguagem formal, característica comum do local qué vortá pro tronco... pro relho?”; “... nom quero sê cativo de
em que está publicado. novo mai nunca!”.
Alternativa correta: D
Resolução Habilidade
O texto está escrito em linguagem formal, pois foi publica- Identificar as diferentes linguagens e seus recursos ex-
do em um livro de história e crítica literária. Assim, ele segue
450
LIVRO DO PROFESSOR
Seu Ribeiro acumulava, sem dúvida, mas não
acumulava para ele. Tinha uma casa grande, sempre Trabalhando com recursos formais inspirados no Concretis-
cheia, o jerimum caboclo apodrecia na roça e por mo, o poema atinge uma expressividade que se caracteriza pela
aquelas beiradas ninguém tinha fome. a. interrupção da fluência verbal, para testar os limites
Graciliano Ramos. São Bernardo. da lógica racional.
b. reestruturação formal da palavra, para provocar o es-
Texto 2 tranhamento no leitor.
Teríamos ficado ainda muito tempo lá fora, apre- c. dispersão das unidades verbais, para questionar o
ciando o vaivém dos vendedores ambulantes, em sentido das lembranças.
verdadeira feira onde vendiam amendoins, tremo- d. fragmentação da palavra, para representar o estreita-
ATIVIDADES
entregou a Deus e nunca mais soube do filho que,
04. ENEM C1-H1 com doze anos, vivia pelas ruas, ora nas esquinas,
Leia o poema de Arnaldo Antunes e responda à questão. ora no Juizado. Com dezesseis mandou dois para
o saco e foi para a Febem. Com vinte e três cruzou
da sua memória com a Rota, e recebeu como lembrança uma bala
mil alojada numa perna manca.
e GABRIEL, Carlos. Picumã. In: Cadernos negros 22: contos afro-brasileiros.
mui Organização de Quilombhoje. São Paulo: Quilombhoje, 1999.
tos
out No texto apresentado, a linguagem vulgar é utilizada
ros com o propósito de realçar a situação de marginalidade ex-
ros perimentada pelo personagem desde a infância. A expressão
tos “mandou dois para o saco” significa que Picumã:
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Semântica I
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. Ufla-MG (adaptado)
Leia os textos e responda à questão.
Texto 1
A ordem é se assumir
As expressões ou palavras que entram na moda erudita das cidades são muito significativas. Mas se massifi-
cam tanto pelo uso abusivo, que se acaba ficando com o ouvido raivoso de tanto as escutar.
Observo nas minhas próprias crônicas a insistência com algumas palavrinhas da moda que se tornaram cha-
tas. Uma que uso muito é “mobilizar”. Outra é “empatia”. Uma terceira, “feedback”. Tenho um amigo que, depois
de descobrir o que quer dizer “feedback”, a utiliza até para comprar um cachorro-quente naquelas carrocinhas
da praia. Já está chamando o troco de “feedback”...
LIVRO DO PROFESSOR
O mais engraçado dessas palavras é que todo mundo sabe mais ou menos o que significam, mas ninguém lhes
conhece o sentido exato. Por isso ganham tanta notoriedade. A partir do momento em que uma palavra pode
significar várias coisas, estamos salvos. É só usá-la e dar a explicação que se quiser.
Outra em grande evidência é “gratificar”. Vinda da psicanálise e atingindo as normas cultas do falar urbano-zona-
sul-carioca, portanto ganhando jornais, artistas e televisão e, por aí, o grande público, “gratificar” serve para tudo.
“Fiquei muito gratificada com o que você disse”, diz a menininha, saborosa de doer, frente a qualquer coisa.
“Ah – diz o intelectual – isso é altamente gratificante.” E tome gratificação a torto e a direito. E a gente escutando.
Gratificação pra cá, gratificação pra lá, mas gratificação no duro, aquele tutu que sempre achamos merecer, essa
que é a boa, nunca vem.
“Eu fui, sabe, até a praia. Lá naquela duna, sabe, eu vi aquele cara, sabe, aí, sabe, ele estava escutando o rádio
LÍNGUA PORTUGUESA 151
Não haverá um compositor bondoso e baiano (também é moda) para botar música de samba ou rock nesta
letra-modelo da atual temporada? O estribilho seria assim:
“gratificação, gratificação,
com você eu derroto a inflação.” (bis)
Artur da Távola
452
Texto 2
“O lado negativo da gíria é que ela nos oferece um tremendo aspecto de imprecisão. Acontece com ela um
PV2D-17-10
LIVRO DO PROFESSOR
02. Enem C7-H21
Leia a charge e responda à questão.
Resolução
ATIVIDADES
Trata-se de polissemia da expressão “rede social”, pois tanto pode aludir à interligação de computadores para uso da inter-
net como designar uma espécie de leito/balanço em que dorme toda uma família.
Alternativa correta: A
Habilidade
Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
453
PV2D-17-10
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. Fuvest-SP
Leia o texto, referente a um anúncio de produto alimentício, e responda à questão.
LIVRO DO PROFESSOR
05. Unirio-RS
Leia o fragmento de poema de João Cabral de Melo Neto
e responda à questão.
Semântica II
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01.
Leia a tira e responda à questão.
Alexandre
Beck ARMANDINHO
LIVRO DO PROFESSOR
ALEXANDRE BECK
02. C8-H27
Assinale a alternativa escrita adequadamente.
a. Houve um equívoco no documento, que deve ser retificado.
b. Infelizmente, será necessário reincidir o contrato.
ATIVIDADES
c. Ontem fui ao banco e tirei meu estrato.
d. O Presidente da República tem um mandado de quatro anos.
e. Precisamos conversar a cerca dos seus estudos para o vestibular.
Resolução
A única alternativa correta é a A: “Houve um equívoco no documento, que deve ser retificado”. Isso porque o termo retificado
(sinônimo de “corrigido, consertado”) foi usado adequadamente e não confundido com ratificado (sinônimo de “confirmado”).
Habilidade
Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do
mundo e da própria identidade.
455
PV2D-17-10
EXERCÍCIOS EXTRAS
LIVRO DO PROFESSOR
praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o so- Leia o fragmento do poema de Vinicius de Moraes e res-
nho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. ponda à questão.
Padre Cabral levara os deveres para corrigir em
sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, Soneto de fidelidade
anunciou a existência de uma vocação autêntica de De tudo, ao meu amor serei atento
escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afir- Que mesmo em face do maior encanto
mou, que o autor daquela página seria no futuro um Dele se encante mais meu pensamento.
escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acaba-
ra de completar onze anos. Assinale a alternativa em que a palavra destacada na es-
Passei a ser uma personalidade, segundo os trofe apresenta equivalência de significado.
cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos a. “Pai, para onde fores,/ irei também trilhando as mes-
campeões de matemática e de religião, dos que obti- mas ruas...” (Augusto dos Anjos)
nham medalhas. Fui admitido numa espécie de Cír- b. “Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da
culo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. vida interior, que é modesta, com a exterior, que é
Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação ruidosa.” (Machado de Assis)
ATIVIDADES
permanente durante os dois anos em que estudei no c. “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o re-
colégio dos jesuítas. Houve, porém, sensível mudan- médio não surtiu efeito, mesmo em doses variáveis.”
ça na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral (Raimundo Faoro)
tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas d. “Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo.”
mãos livros de sua estante. Primeiro As viagens de (Aurélio)
Gulliver, depois clássicos portugueses, traduções de
ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época 05. UEL-PR
minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda Os pares acidente/incidente; cheque/xeque; vultoso/vul-
a conhecer Mark Twain: o norte-americano não fi- tuoso; verão/estio são, respectivamente,
gurava entre os prediletos do padre Cabral. a. sinônimos, homônimos, parônimos e antônimos.
Recordo com carinho a figura do jesuíta portu- b. parônimos, homônimos, parônimos e sinônimos.
guês erudito e amável. Menos por me haver anun- c. parônimos, parônimos, sinônimos e sinônimos.
ciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor d. homônimos, homônimos, parônimos e sinônimos.
456
aos livros, por me haver revelado o mundo da cria- e. sinônimos, parônimos, sinônimos e antônimos.
ção literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois
anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão,
PV2D-17-10
Ortografia
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. FGV-SP Texto 2
Reescreva o texto, corrigindo-o no que for necessário, levan-
do em consideração as normas do padrão culto da linguagem.
LIVRO DO PROFESSOR
Entregaram-se ao professor os relatórios de estágio de
que precisávamos para a obtenção dos créditos finais e, a
partir daí, ficamos à espera dos resultados que serão divulga-
dos em breve pela secretária.
ATIVIDADES
Resolução
A vida em Barretos nunca mais foi a mesma de-
pois que peão de boiadeiro virou caubói e música Se fosse aportuguesada, a palavra chantili não receberia
caipira passou a ser chamada de country. Integrada acento gráfico, por tratar-se de uma oxítona terminada em i.
ao calendário das maiores comemorações nacio- Alternativa correta: D.
nais, a 44a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos Habilidade
está para abrir as porteiras, estilizando a rotina do Compreender e usar a língua portuguesa como língua
campo para o fascínio de legiões urbanas. [...]. É materna, geradora de significação e integradora da organiza-
uma multidão de turistas vestidos a caráter e ape- ção do mundo e da própria identidade.
lidados de “peões de butique”. Chegam de todos os
cantos do país, enfiados em calças jeans, imaculadas
botas de couro, cintos e chapéus vistosos. Os boia-
deiros urbanos capricham na indumentária (chegam
a importá-la) e vivem uma fantasia que só fica a
457
III. Os dirigentes governamentais que, verdadeiramente, imagino na morte, creio que você sabe disso. Aboli
respeitam a liberdade dos indivíduos não deveriam a morte do mecanismo da minha vida e embora já
ser uma exceção. esteja com meus trinteoito anos, faço projetos pra
a. I, II e III estão corretas. daqui a dez anos, quinze, como si pra mim a morte
b. Somente I está correta. não tivesse de “vim”... como todos pronunciam. A
c. Somente II está correta. idea da morte desfibra danadamente a atividade,
d. Somente III está correta. dá logo vontade da gente deitar na cama e morrer,
e. Somente I e III estão corretas. irrita. Aboli a noção de morte prá minha vida e te-
nho me dado bem regularmente com êsse pragma-
04. Unesp C8-H26 tismo inocente. Mas levado pela sua carta, não sei,
LÍNGUA PORTUGUESA 151
Leia os textos e responda à questão. mas acho que não me desagradava não me pôr em
Texto 1 contacto com a morte, ver ela de perto, ter tempo
pra botar os meus trabalhos do mundo em ordem
Alma fatigada que me satisfaça e diante da infalivel vencedora,
Nem dormir nem morrer na fria Eternidade! regularisar pra com Deus o que em mim sobrar de
mas repousar um pouco e repousar um tanto, inutil pro mundo.
os olhos enxugar das convulsões do pranto, Mário de Andrade
enxugar e sentir a ideal serenidade.
Envolvido, como declara mais de uma vez em suas car-
A graça do consolo e da tranquilidade tas, na criação de um discurso literário próprio, culto, mas
de um céu de carinhoso e perfumado encanto, com aproveitamentos de recursos e soluções da linguagem
mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto, coloquial, Mário de Andrade apresenta nos textos de suas
sem o tédio senil da vã perpetuidade. cartas soluções de ortografia, pontuação, variações colo-
quiais de vocábulos e de regência que podem surpreender
Um sonho lirial d’estrelas desoladas, um leitor desavisado. Escreve, por exemplo, no último perío-
onde as almas febris, exaustas, fatigadas do do trecho citado, “ver ela de perto”, tal como se usa co-
ATIVIDADES
possam se recordar e repousar tranquilas! loquialmente. Aponte a forma que teria essa passagem em
discurso formal, culto.
Um descanso de Amor, de celestes miragens,
onde eu goze outra luz de místicas paisagens 05. Mackenzie-SP
e nunca mais pressinta o remexer de argilas! Assinale a alternativa que apresenta total correção quan-
Cruz e Sousa to à ortografia e à acentuação ortográfica dos verbos desta-
cados.
Texto 2 a. Quando você o vir, notará que, no passado, ele creu
nos homens, já pôde, portanto, ser feliz um dia.
Carta a Manuel Bandeira, b. Os tios provêm a casa com alimentos e frutas, convém
S.Paulo, 28-III-31 que as crianças deem valor a tudo.
Manú, c. Ele interveio na discussão para que nós reavêssemos
bom-dia. Amanhã é domingo pé-de-cachimbo, e o dinheiro perdido e víssemos uma saída.
458
levarei sua carta, (isto é vou ainda rele-la pra ver si d. Se você repuser o que gastou, prometo que o advoga-
a posso levar tal como está, ou não podendo con- do não mais intervirá em nossas vidas, como também
tarei) pra Alcantara com Lolita que tambem ficarão desfazerá os mal-entendidos com a sua família.
PV2D-17-10
satisfeitos de saber que você já está mais fagueiri- e. Hoje, enquanto enxagúo a louça, abençoo a água e
nho e o acidente não terá consequencia nenhuma. reúno forças para enfrentar a luta.
Módulo 6 Veja Exercícios Propostos na página 59.
Acentuação gráfica
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. Unesp (adaptado)
Leia o texto de Monteiro Lobato e responda à questão.
LIVRO DO PROFESSOR
lilás, sonorização dolente da saudade.
O caçador passarinheiro sabe como ela morre sem luta ao mínimo ferimento. Morre em U...
Já o sanhaço é todo AS. Ferido, debate-se, desfere bicadas, pia lancinante.
A juriti apaga-se como chama de algodão. Frágil torrão de vida, extingue-se como se extingue a vida do torrão
de açúcar aos simples contacto da água. Um U que se funde.
O autor interpreta os valores expressivos dos sons com que representamos o canto dos pássaros, bem como de vocábulos
onomatopaicos que a língua portuguesa herdou do tupi. Com base nesse comentário,responda às questões.
a. Para exprimir relações entre som e sentido, os escritores muitas vezes se servem da sinestesia, ou seja, da mescla de
diferentes impressões sensoriais, por exemplo o sintagma “ruído áspero e frio”, em que se misturam sensações audi-
ATIVIDADES
02. C8-H27
A palavra distraído é acentuada porque:
a. a letra i do hiato está sozinha e é tônica. d. é paroxítona terminada em ditongo.
b. a palavra é paroxítona terminada em o. e. a palavra tem homônimos, e o acento diferencia.
c. a palavra é proparoxítona.
Resolução
Apenas a alternativa A apresenta a justificativa correta para a acentuação da palavra distraído.
Habilidade
Reconhecer os usos da norma-padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
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PV2D-17-10
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. IMED-SP Sobre determinados vocábulos, destacados no texto,
Leia o texto de Jussara de Barros e responda à questão. considere as afirmações e assinale a alternativa correta.
I. A palavra país, ao ser pluralizada, deve perder o acen-
Dia da Proclamação da República to gráfico.
Há exatos 125 anos, em 15 de novembro de II. O vocábulo república, caso perdesse o acento gráfico,
1889, foi proclamada a república do Brasil. transformar-se-ia em um verbo, flexionado no presen-
Na época, o país era governado por D. Pedro II e te do indicativo.
passava por grandes problemas, em razão da aboli- III. A retirada do h da palavra havia, constituiria outro vo-
ção da escravidão, em 1888. cábulo da língua portuguesa.
Como os negros não trabalhavam mais nas la- a. Somente I está correta.
vouras, os imigrantes começaram a ocupar seus lu- b. Somente II está correta.
gares, plantando e colhendo, mas cobravam pelos c. Somente I e II estão corretas.
trabalhos realizados, o que gerou insatisfação nos d. Somente II e III estão corretas.
proprietários de terras. e. I, II e III estão corretas.
As perdas também foram grandes para os coro-
LIVRO DO PROFESSOR
néis, pois haviam gasto uma enorme quantidade de 04. IFSP C8-H27
dinheiro investindo nos escravos, e o governo, após Leia o texto e responda à questão.
a abolição, não pagou nenhuma indenização a eles.
A guerra do Paraguai (1864 a 1870) também aju- Quantos seres humanos a Terra
dou na luta contra o regime monárquico no Brasil. seria capaz de suportar?
Soldados brasileiros se aliaram aos exércitos do O número ideal seria entre 1,5 a 3 bilhões de
Uruguai e da Argentina, recebendo orientações para pessoas. Atualmente, porém, a população é de 7 bi-
implantarem a república no Brasil. lhões. Ou seja, já somos mais do que o dobro do que
Os movimentos republicanos também já acon- a Terra conseguiria abrigar de forma sustentável. De
teciam no país, a imprensa trazia politização à po- acordo com o Fundo de População das Nações Uni-
LÍNGUA PORTUGUESA 151
pulação civil, para lutarem pela libertação do país das (UNFPA), três fatores devem ser considerados
dos domínios de Portugal. Com isso, vários partidos para o cálculo: disponibilidade de comida, água e
teriam sido criados, desde 1870. terra; padrão de consumo e capacidade do planeta
A Igreja também teve sua participação para que de absorver a poluição; e número de pessoas. Para
a república do Brasil fosse proclamada. Dois bispos o pesquisador Alan Weisman, autor de Contagem
foram nomeados para acatarem as ordens de D. Pe- regressiva: a nossa última e melhor esperança para
dro II, tornando-se seus subordinados, mas não acei- um futuro na Terra, há um paradoxo. Não adianta
taram tais imposições. Com isso, foram punidos com aumentar a nossa capacidade de alimentar e manter
pena de prisão, levando a igreja a ir contra o governo. bilhões de pessoas vivas se cada vez mais pessoas
Com as tensões aquecendo o mandato de D. Pedro continuarem nascendo. “No início do século 20 éra-
II, o imperador dirigiu-se com sua família para a cida- mos 2 bilhões e tínhamos vastas florestas, qualidade
de de Petrópolis, também no estado do Rio de Janeiro. de vida, comida para todo mundo e pouca emissão
Porém seu afastamento não foi nada favorável, de combustíveis fósseis. Ou seja, tínhamos um pla-
fazendo com que fosse posto em prática um golpe neta saudável”, afirma Weisman.
militar, onde o Marechal Deodoro da Fonseca cons- Saco sem fundo
pirava a derrubada de D. Pedro II. Com o avanço da tecnologia e da medicina, mais
ATIVIDADES
Boatos de que os responsáveis pelo plano seriam gente vive por mais tempo. Também produzimos
presos fizeram com que a armada acontecesse, re- mais grãos utilizando o mesmo espaço – atualmen-
cebendo o apoio de mais de seiscentos soldados. te, nos EUA, cerca de 70% dos grãos alimentam
No dia 15 de novembro de 1889, ao passar pela gado (que geram alimento para o homem). Porém,
Praça da Aclamação, o Marechal, com espada em quanto mais comida produzimos, mais pessoas sur-
punho, declarou que, a partir daquela data, o país gem para serem alimentadas.
seria uma república. Alívio temporário
Dom Pedro II recebeu a notícia de que seu gover- A taxa de natalidade mundial está diminuindo.
no havia sido derrubado e um decreto o expulsava do Atualmente muitas pessoas vivem nas cidades e as
país com sua família. Dias depois, voltaram a Portugal. famílias não precisam ter tantas crianças (antiga-
Para governar o Brasil República, os responsáveis mente, os filhos eram importante força de trabalho
pela conspiração montaram um governo provisório, na lavoura). Além disso, os lares estão cada vez me-
mas o Marechal Deodoro da Fonseca permaneceu nores e o custo de vida maior. Por tudo isso, pessoas
460
como presidente do país. Rui Barbosa, Benjamin urbanas têm cada vez menos filhos.
Constant, Campos Sales e outros foram escolhidos Somos exagerados
para formar os ministérios. Desenvolvimento também não é garantia de
PV2D-17-10
LIVRO DO PROFESSOR
porque é Conviver com as diferentes cores de pele, in-
a. paroxítona, terminada em ditongo oral. terpretações dos gêneros, formas de amar e casar,
b. paroxítona terminada em ditongo decrescente nasal. vestimentas, religiões ou a falta delas, línguas faz
c. oxítona terminada em a. com que todos sejam estrangeiros. Isso produz a
d. paroxítona em que há um hiato oral. mágica sensação de inclusão universal: se formos
e. oxítona terminada em hiato. todos diferentes, ninguém precisa sentir-se excluí-
do. Movimentos migratórios misturam povos, a
05. IFSUL-RS (adaptado) eliminação de barreiras de casta e de preconceitos
Leia o texto e responda à questão. também. Já pensou que delícia se, no futuro, en-
tendermos que na vida ninguém é nativo. A exis-
ATIVIDADES
no horário do Pai Nosso diário. ( ) Os verbos deveríamos e imaginávamos estão con-
Certamente todos conhecem esse sentimento de jugados no mesmo tempo verbal, o pretérito perfeito
sentir-se estrangeiro, ficar de fora, de não ser tão au- do modo indicativo.
têntico quanto os outros, ou não ser escolhido para ( ) O vocábulo mal-estar necessita de hífen porque o se-
o que realmente importa. Na infância, tudo é grande gundo termo começa por uma vogal.
demais, amedronta e entendemos fragmentariamen- ( ) Na frase destacada no final do terceiro parágrafo, a
te, como recém-chegados. Na puberdade, perdemos mudança do sujeito de 1a pessoa do plural para a
a familiaridade com nossos familiares: o que antes 1a pessoa do singular implica duas alterações, a fim
parecia natural começa a soar como estrangeiro. Na de manter a sintaxe de concordância adequada.
adolescência, sentimo-nos estranhos a quase a. F – V – F – V – F
tudo, andamos por aí enturmados com os da b. V – V – F – V – V
mesma idade ou estilo, tendo apenas uns aos c. V – V – V – F – F
outros como cúmplices para existir. d. F – F – V – V – V
461
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Resolução dos Exercícios Extras
LÍNGUA PORTUGUESA 151 Módulo 3
03. C
Módulo 1 O autor usa o recurso da polissemia da palavra natureza,
03. E repetida quatro vezes no anúncio, com dois significados dis-
As excelências e as ladainhas, muito comuns na cultura tintos (na segunda e terceira ocorrências, como “conjunto de
nordestina, são cânticos religiosos entoados no momento da elementos do mundo natural” e, na primeira e quarta, como “o
encomendação (espécie de funeral, velório) do morto, em que compõe a substância do ser; essência”), conforme sua
que se ora pela alma do defunto. aplicação no contexto.
04. E 04. B
Os termos “tarvez” e “sorto”, característicos da linguagem O diálogo que se estabelece entre as duas personagens
coloquial em algumas regiões rurais do Brasil, sofreram pro- do cartum, assim, como os acessórios que as acompanham,
cesso de rotacismo (fenômeno linguístico de troca do R pelo permitem deduzir que pertencem a meios diferentes; o pri-
L ou vice-versa) das formas cultas equivalentes “talvez” e meiro, à esquerda, é do meio urbano, e o segundo, do meio
“solto”. rural. Assim, é correta a opção B, pois a pergunta do condutor
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A variação linguística geográfica (ou regional) apresenta do) foi usado adequadamente e não confundido com ratifica-
diferenças conforme a cultura de um determinado local. As- do (sinônimo de confirmado).
sim, a mesma palavra pode ser conhecida por formas diferen- Nas opções A, B, C e D, os significados dos pares de parô-
tes em diversas regiões do país, como é o caso de jerimum, nimos estão invertidos. A única opção em que o valor semân-
no Norte e no Nordeste, e de abóbora, no Sul e no Sudeste. tico das palavras está correto é a E.
04. D 04. C
A característica principal do Concretismo é a ruptura do Nos dois últimos versos do primeiro quarteto, a palavra
conceito tradicional do verso para definir o poema como con- mesmo adquire o valor adverbial de inclusão (até), o que
junto de elementos que estruturam a mensagem através de acontece também na frase em C. Em A e B, é adjetivo (seme-
signos verbivocovisuais, (valorização do conteúdo verbal, lhante) e em D, advérbio de afirmação (realmente).
sonoro e visual, por meio do aproveitamento do espaço do Habilidade
papel), permitindo a possibilidade de diversas leituras de Relacionar informações sobre concepções artísticas e
acordo com diferentes ângulos. No poema “da sua memória”, procedimentos de construção do texto literário.
a fragmentação de palavras dispostas na vertical dá origem a
uma coluna estreita em que os termos precisam ser interliga- 05. B
dos para manterem o nexo semântico primitivo. Se aliarmos Os pares dos vocábulos são, respectivamente, parôni-
essa disposição gráfica ao título do poema, podemos inferir mos, homônimos, parônimos e sinônimos.
que o poema se caracteriza pela fragmentação da palavra,
para representar o estreitamento das lembranças. Módulo 5
Habilidade 03. D
Identificar as diferentes linguagens e seus recursos ex- I apresenta vocábulo incorreto em caçado – o correto se-
pressivos como elementos de caracterização dos sistemas ria cassado, que significa cancelamento ou anulação; II apre-
de comunicação. senta erro ortográfico em subjulgar – o correto seria subjugar.
A expressão “mandar para o saco”, no contexto do con- teria a seguinte forma: vê-la de perto.
to de Carlos Gabriel, significa “matar”, “assassinar”, “cometer Habilidade
homicídio”. Em consequência desse crime, a personagem Compreender e usar a língua portuguesa como língua
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Picumã é internada na Febem (atual Fundação Casa), confir- materna, geradora de significação e integradora da organiza-
mando sua vida criminosa. ção do mundo e da própria identidade.
H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações Habilidade
específicas de uso social. Reconhecer os usos da norma padrão da língua portu-
guesa nas diferentes situações de comunicação.
05. A
A alternativa A apresenta os vocábulos destacados grafa- 05. A
dos corretamente. A primeira afirmativa é falsa, pois existem diferenças en-
tre os termos destas e dessas, neste e nesse no que diz res-
Módulo 6 peito à proximidade daquele que fala; quando o falante está
03. A próximo do momento em que se fala, ele faz uso do pronome
A alternativa I está incorreta, pois, segundo as regras da neste, e quando está longe, usa nesse; quando o falante não
gramática normativa, acentuam-se i e u tônicos quando for- está próximo daquilo a que se refere, ele faz uso do pronome
mam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na desse, e quando está perto, usa deste.
sílaba ou acompanhados apenas de s, desde que não sejam A terceira afirmativa é falsa, pois deveríamos está no fu-
seguidos por -nh: países. turo do pretérito, e imaginávamos está no pretérito imperfeito.
A quinta afirmativa é falsa, pois a frase ficaria com
04. A separação das sílabas de abundância deve ser: a-bun- mais alterações: “Na adolescência, senti-me (1a alteração)
dân-cia. Assim, é considerada uma paroxítona, que termina estranho (2a alteração) a quase tudo, andei (3a alteração)
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em ditongo oral, pois há duas vogais orais pronunciadas so- por aí enturmado (4a alteração) com os da mesma idade ou
mente pela boca (ia). estilo [...].”
RESOLUÇÃO
463
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Módulo 1 Veja Exercícios Propostos na página 74.
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H25 Resolução
02. Cusc-ES
De acordo com Antonio Candido, a literatura do Brasil Para o crítico Antonio Candido, a literatura brasileira é vin-
a. vincula-se intimamente às literaturas ocidentais, culada diretamente a outras literaturas, como as europeias.
como a portuguesa, a francesa e a italiana. Alternativa correta: A
b. é inaugurada em momento preciso, que coincide com Habilidade
a independência do país, em 1822. Estabelecer relações entre o texto literário e o momen-
c. tem um começo absoluto, com o descobrimento, to de sua produção, situando aspectos do contexto histó-
quando a cultura europeia encontra a população local. rico, social e político.
d. sobreviveu à chegada do europeu, diferente do que
aconteceu com a literatura mexicana.
e. configurou-se em um processo contínuo, integrado à
lenta formação do idioma e da cultura.
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EXERCÍCIOS EXTRAS
ATIVIDADES
grandes civilizações andinas. Considerando-se as informações abordadas no texto, ao
iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como ob-
O termo destacado refere-se jetivo principal
a. ao processo brutal de imposição. a. expor as características comuns entre os povos indí-
b. à imposição. genas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.
c. ao conquistador. b. trazer uma abordagem inédita sobre os povos indíge-
d. ao conquistado. nas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especia-
e. ao afastamento máximo. lista no assunto.
c. mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão
05. Enem com a natureza e, por isso, sugerir que se deve respei-
Leia o texto e responda à questão. tar o meio ambiente e esses povos.
d. usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como
Na verdade, o que se chama genericamente uma forma de respeitar a maneira ultrapassada como vi-
465
de índios é um grupo de mais de trezentos povos vem os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.
que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. e. apresentar informações pouco divulgadas a respeito
Cada um desses povos possui diferentes histórias, dos indígenas no Brasil, para defender o caráter des-
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lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, ses povos como civilizações, em contraposição a vi-
sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. sões preconcebidas.
Módulo 2 Veja Exercícios Propostos na página 81.
O negócio
Grande sorriso do canino de ouro, o velho Abílio
propõe às donas que se abastecem de pão e banana:
— Como é o negócio?
De cada três dá certo com uma. Ela sorri, não
responde ou é uma promessa a recusa:
— Deus me livre, não! Hoje não...
Abílio interpelou a velha:
LIVRO DO PROFESSOR
— Como é o negócio?
Ela concordou e, o que foi melhor, a filha também
aceitou o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele
se chegou:
— Como é o negócio?
Ela sorriu, olhinho baixo. Abílio espreitou o come-
ta partir. Manhã cedinho saltou a cerca. Sinal combi-
Zero hora, 2 mar. 2006. nado, duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu
para o quintal, cuidadosa de não acordar os filhos.
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente Ele trazia a capa de viagem, estendida na grama
LÍNGUA PORTUGUESA 152
um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, orvalhada. O vizinho espionou os dois, aprendeu o
painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição sinal. Decidiu imitar a proeza. No crepúsculo, pum-
provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Es- -pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em
panha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe viagem, mas não era dia do Abílio. Desconfiada, a
destaque a figura do carro, elemento introduzido por Iotti no moça surgiu à janela e o vizinho repetiu:
intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui — Como é o negócio?
para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a char- Diante da recusa, ele ameaçou:
ge ao explorar — Então você quer o velho e não quer o moço?
a. uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, es- Olhe que eu conto!
clarecendo-se o referente tanto ao texto de Iotti quan-
to à obra de Picasso. Quanto à abordagem do tema e aos recursos expressi-
b. uma referência ao tempo presente, com o emprego da vos, essa crônica tem um caráter
forma verbal é, evidenciando-se atualidade do tema a. filosófico, pois reflete sobre as mazelas sofridas pe-
abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo char- los vizinhos.
gista brasileiro. b. lírico, pois relata com nostalgia o relacionamento
c. um termo pejorativo, trânsito, reforçando-se a imagem da vizinhança.
ATIVIDADES
negativa de mundo caótico presente, tanto em Guernica c. irônico, pois apresenta com malícia a convivência en-
quanto na charge. tre vizinhos.
d. uma referência temporal, sempre, referindo-se à per- d. crítico, pois deprecia o que acontece nas relações
manência de tragédias retratadas tanto em Guernica de vizinhança.
quanto na charge. e. didático, pois expõe uma conduta a ser evitada na re-
e. uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, re- lação entre vizinhos.
metendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto
Resolução
de trânsito brasileiro.
O texto tem caráter irônico, já que trata do relacionamento
Resolução entre os vizinhos de forma maliciosa.
A palavra dramático pode ser entendida de duas formas: Alternativa correta: C
como o gênero do quadro e como a situação em que se encon- Habilidade
tra o trânsito brasileiro. Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assun-
466
LIVRO DO PROFESSOR
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo pro- e. originalidade, pela concisão da linguagem.
sa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um
ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas 05. Enem
personagens e situações que, azar dele, criou por- Leia o texto e responda à questão.
que quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa
fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, Jogar limpo
olha através da janela e busca fundo em sua imagi- Argumentar não é ganhar uma discussão a
nação um fato qualquer, de preferência colhido no qualquer preço. Convencer alguém de algo é, antes
noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as de tudo, uma alternativa à prática de ganhar uma
suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue questão no grito ou na violência física – ou não físi-
ATIVIDADES
de uma crônica.
No fragmento, opta-se por uma construção linguística
04. Fuvest-SP C5-H25 bastante diferente em relação aos padrões normalmente
Leia o fragmento da letra de música de Gabriel O pensa- empregados na escrita. Trata-se da frase “Não física, dois-
dor e responda à questão. -pontos”. Nesse contexto, a escolha por se representar por
extenso o sinal de pontuação que deveria ser utilizado
Até quando? a. enfatiza a metáfora de que o autor se vale para desen-
Não adianta olhar pro céu volver seu ponto de vista sobre a arte de argumentar.
Com muita fé e pouca luta b. diz respeito a um recurso de metalinguagem, evidencian-
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer do as relações e as estruturas presentes no enunciado.
e muita greve, você pode, você deve, pode crer c. é um recurso estilístico que promove satisfatoria-
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver mente a sequenciação de ideias, introduzindo apos-
Se liga aí que te botaram numa cruz e tos exemplificativos.
467
só porque Jesus sofreu não quer dizer que você d. ilustra a flexibilidade na estruturação do gênero
[tenha que sofrer! textual, a qual se concretiza no emprego da lingua-
gem conotativa.
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As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto e. prejudica a sequência do texto, provocando estranhe-
a. caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. za no leitor ao não desenvolvê-la.
Módulo 3 Veja Exercícios Propostos na página 87.
É um não querer mais que bem querer; Para que aí receba um novo corpo,
é um andar solitário por entre a gente; E banhada em teu hálito celeste
é nunca contentar-se de contente; Outra vida comece…
LIVRO DO PROFESSOR
__________ reflete __________ experimentada por aqueles que amam. belecem um diálogo com a seguinte passagem de padre
As lacunas são preenchidas, correta e respectivamente, por Antônio Vieira.
a. O soneto – a servidão a. “O trigo que semeou o pregador evangélico diz Cristo
b. A ode – a alegria que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o
c. O soneto – a contradição caminho e a terra boa em que o trigo caiu são os diver-
d. O poema – a solidão sos corações dos homens.” (Sermão da Sexagésima)
e. O poema – o desgosto b. “Muitos pregadores há que vivem do que não colhe-
ram e semeiam o que não trabalharam. Depois da sen-
Resolução
tença de Adão, a terra não costuma dar fruto, senão a
O texto é um soneto que revela as contradições do amor. quem come o seu pão com o suor do seu rosto.” (Ser-
Alternativa correta: C mão da Sexagésima)
c. “O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando
a terra se vê tão corrupta como está a nossa, haven-
do tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou
qual pode ser a causa desta corrupção?” (Sermão
de Santo Antônio)
ATIVIDADES
Sobe à eterna morada, revestido são temática e para a organização e estruturação de textos de
De formas luminosas. diferentes gêneros e tipos.
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. UFPR Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de
Leia os textos e responda à questão. repente para ela todo o interesse picante. A sua ma-
lícia cheia, enfunada até aí, caiu, engelhou-se como
Texto 1 uma vela a que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo!
Carregado de mim ando no mundo, Subiu à cozinha, devagar – lograda.
E o grande peso embarga-me as passadas, – Temos grande novidade, Sra. Joana! O tal pe-
Que como ando por vias desusadas, ralta é primo. Diz que é o primo Basílio.
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. E com um risinho:
— É o Basílio! Ora o Basílio! Sai-nos primo à últi-
O remédio será seguir o imundo ma hora! O diabo tem graça!
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas, — Então que havia de o homem ser senão paren-
Que as bestas andam juntas mais ousadas, te? – observou Joana.
Do que anda o engenho mais profundo. Juliana não respondeu. Quis saber se estava o
ferro pronto, que tinha uma carga de roupa para
Não é fácil viver entre os insanos, passar! E sentou-se à janela, esperando. O céu baixo
LIVRO DO PROFESSOR
Erra, quem presumir que sabe tudo, e pardo pesava, carregado de eletricidade; às vezes
Se o atalho não soube dos seus danos. uma aragem súbita e fina punha nas folhagens dos
quintais um arrepio trêmulo.
O prudente varão há de ser mudo, — “É o primo!” – refletia ela. — “E só vem
Que é melhor neste mundo, mar de enganos, então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda
Ser louco c’os demais, que só, sisudo. no ar quando ele sai; e é roupa-branca e mais
Gregório de Matos roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para o pas-
seio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda! Tudo fica
Texto 2 na família!”
A poesia satírica de Gregório de Matos empre- Os olhos luziam-lhe. Já se não sentia tão lograda.
ATIVIDADES
d. apresenta um sujeito poético “sisudo e só”, o que re-
tira do soneto o tom cômico que caracteriza a sátira. 05. ITA-SP
e. apresenta a crítica aberta e racional como solução Leia a crônica de Rubem Braga e responda à questão.
para o estado insano do mundo.
Imigração
04. UNIFESP H13 José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flo-
Leia o trecho do romance O primo Basílio, de Eça de Quei- res, onde ficam os imigrantes logo que chegam. E
rós, e responda à questão. falou dos equívocos de nossa política imigratória.
As pessoas que ele encontrou não eram agriculto-
O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava res e técnicos, gente capaz de ser útil. Viu músi-
na sala, ao piano. cos profissionais, bailarinas austríacas, cabeleirei-
— Está ali o sujeito do costume – foi dizer Juliana. ras lituanas. Paul Balt toca acordeão, Ivan Donef
Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão: faz coquetéis, Galar Bedrich é vendedor, Serof
469
— Ah! meu primo Basílio? Mande entrar. Nedko é ex-oficial, Luigi Tonizo é jogador de fu-
E chamando-a: tebol, Ibolya Pohl é costureira. Tudo gente para o
— Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, asfalto, “para entulhar as grandes cidades”, como
PV2D-17-10
destino terão no Brasil essas mulheres louras, esses tontos porque dentro de algum deles, como sor-
homens de profissões vagas. Eles estão procuran- te grande da fantástica loteria humana, pode vir a
do alguma coisa: emigraram. Trazem pelo menos nossa redenção e a nossa glória.
o patrimônio de sua inquietação e de seu apetite
de vida. Muitos se perderão, sem futuro, na vaga- O objetivo do autor é
bundagem inconsequente das cidades; uma mulher a. discutir a reportagem de José Leal sobre a chegada de
dessas talvez se suicide melancolicamente dentro imigrantes ao Brasil.
de alguns anos, em algum quarto de pensão. Mas é b. apoiar a imigração europeia, independentemente da
preciso de tudo para fazer um mundo; e cada pes- condição social dos imigrantes.
soa humana é um mistério de heranças e de taras. c. mostrar que o Brasil não precisa de imigrantes sem
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Módulo 4 Veja Exercícios Propostos na página 97.
Trovadorismo
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. ESPM-SP 02. UFRGS-RS C5 H15
O amor cortês foi um gênero praticado desde os trovado- Sobre o Trovadorismo em Portugal, assinale a alterna-
res medievais europeus. Nele, a devoção masculina por uma tiva incorreta.
figura feminina inacessível foi uma atitude constante. A op- a. Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do
ção cujos versos confirmam o exposto é ponto de vista feminino.
a. “Eras na vida a pomba predileta b. Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento
[...] entre senhor e vassalo na sociedade feudal: distância
Eras o idílio de um amor sublime. e extrema submissão.
Eras a glória, – a inspiração, – a pátria, c. A influência dos trovadores provençais é nítida nas
O porvir de teu pai!” cantigas de amor galego-portuguesas.
Fagundes Varela d. Durante o Trovadorismo, ocorre a separação entre poe-
LIVRO DO PROFESSOR
b. “Carnais, sejam carnais tantos desejos, sia e música.
Carnais sejam carnais tantos anseios, e. Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros
Palpitações e frêmitos e enleios ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
Das harpas da emoção tantos arpejos...”
Cruz e Sousa
Resolução
c. “Quando em meu peito rebentar-se a fibra, As cantigas trovadorescas são, ao contrário do que se
Que o espírito enlaça à dor vivente, apresenta na alternativa D, a junção entre poesia e música.
Não derramem por mim nenhuma lágrima Alternativa correta: D
Em pálpebra demente.” Habilidade
Álvares de Azevedo Estabelecer relações entre o texto literário e o momento
Resolução
Nos versos de Alphonsus de Guimaraens, a devoção por
uma senhora inacessível está presente.
Alternativa correta: D
Humanismo
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. PUC-SP 02. ENC-SP C5 H16
O Auto da barca do inferno pertence ao movimento literá- Se o teatro vicentino é acentuadamente religioso e me-
rio do Humanismo, em Portugal, porque Gil Vicente dievalizante, como se explica sua classificação nos limites
a. critica a Igreja pela venda indiscriminada de indulgên- do Humanismo? Sobre o Auto da barca do inferno, assinale a
cias e pela vida desregrada dos padres. alternativa correta.
b. se preocupa somente com a salvação do homem após a a. Analisa o homem em suas relações sociais, na busca
morte, sem se voltar para os problemas sociais da época. do melhor caminho para o encontro com Deus e a mo-
c. equilibra a concepção cristã da salvação após a mor- ralidade religiosa.
te com a visão crítica do homem e da sociedade do b. Analisa o homem em suas relações com Deus, na busca
seu tempo. do melhor caminho para o encontro com o semelhante.
d. tem como única preocupação criticar o homem e as ma- c. Investiga o homem em suas relações com a Igreja, des-
LIVRO DO PROFESSOR
zelas sociais do momento histórico em que está inserido. tacando a crítica aos padres que não se voltam para os
e. critica a Igreja, ao defender com entusiasmo os princípios valores humanos.
reformistas disseminados pela Reforma protestante. d. Analisa o homem em suas relações com a nobreza, o cle-
ro e o povo, tendo em vista a vida transitória da religião e
Resolução
do mercado ascendente.
Gil Vicente revela uma visão crítica do homem de seu
e. Critica a Igreja, ao defender com entusiasmo os princípios
tempo juntamente à concepção de salvação ou condenação
reformistas disseminados pela Reforma protestante.
humana após a morte.
Alternativa correta: C Resolução
Gil Vicente analisa o homem de seu tempo mostrando como
LÍNGUA PORTUGUESA 152
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. 05. UFU-MG
O Humanismo segue a filosofia da corrente Na Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente
a. teocêntrica. d. concretista. a. retoma a análise do amor do velho apaixonado, desen-
b. antropocêntrica. e. transcendente. volvida em O velho da horta.
c. relativista. b. mostra a humilhação da jovem que não pode escolher
seu marido, tema de várias peças desse autor.
04. Unifap-SP C5 H16 c. denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços
As primeiras peças teatrais portuguesas escritas com ob- domésticos, o que confere atualidade à obra.
jetivo de serem levadas a público são de autoria de d. conta a história de uma jovem que assassina o marido
472
LIVRO DO PROFESSOR
em que se localiza a produção do autor.
É querer estar preso por vontade; Alternativa correta: B
É servir a quem vence, o vencedor; Habilidade
É ter com quem nos mata lealdade. Estabelecer relações entre o texto literário e o momento
de sua produção, situando aspectos do contexto histórico,
Mas como causar pode seu favor social e político.
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. Fuvest-SP (adaptado) Cessem do sábio Grego e do Troiano
Assinale a alternativa incorreta sobre Os lusíadas. As navegações grandes que fizeram;
a. O herói tido como coletivo é o povo português. Cale-se de Alexandre e de Trajano
b. As epopeias Ilíada e Odisseia são bases para a produ- A fama das vitórias que tiveram.
ção de Camões. Que eu canto o peito ilustre lusitano
c. Há uma mistura do histórico e do mitológico. A quem Netuno e Marte obedeceram.
ATIVIDADES
d. Os portugueses que participaram das navegações Cesse tudo que a antiga Musa canta
são exaltados. Que outro valor mais alto se alevanta!
e. Há aspectos medievais entre os aspectos renascen-
tistas na obra. Sobre o texto, assinale a alternativa incorreta.
a. A estrofe corresponde à primeira parte do poema (pro-
04. Fuvest-SP C5 H16 posição) e indica a matéria épica de Os lusíadas.
Na lírica de Camões, b. O verso empregado na estrofe abordada é o decas-
a. o metro usado para a composição dos sonetos é a re- sílabo (ou verso de medida nova), verso tipicamen-
dondilha. te clássico.
b. a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada c. A estrofe recebe o nome de oitava rima ou oitava real (oito
de espiritualidade. versos decassílabos com esquema de rima AB/AB/AB/CC).
c. cantar a pátria é o centro das preocupações. d. O subjetivismo do texto fica no emprego da primeira
d. encontra-se fonte de inspiração de muitos poetas bra- pessoa (que caracteriza a função emotiva da lingua-
473
05. E
O autor do texto busca divulgar algumas informações Módulo 5
desconhecidas a respeito dos indígenas, colocando-as em 03. B
contraposição ao que é comumente divulgado. O Humanismo é o período literário que segue a corrente
antropocêntrica, uma vez que coloca o homem como respon-
Módulo 2 sável por suas ações e atitudes.
03. E
O texto traz em sua função linguística a intenção de mos- 04. E
trar as dificuldades de se escrever uma crônica por meio de Gil Vicente inaugurou o teatro português.
uma crônica, ou seja, faz uso de metalinguagem. Habilidade
Relacionar informações sobre concepções artísticas e
04. D procedimentos de construção do texto literário.
A linguagem do texto confere-lhe espontaneidade, por
RESOLUÇÃO
04. E 05. D
A obra literária faz uma crítica à sociedade da época em A linguagem emotiva, com o emprego da primeira pessoa,
que se localiza, revelando seus costumes. não é característica da narrativa épica de Camões.
Habilidade
Analisar as diversas produções artísticas como meio de
explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
05. D
O autor do texto pretende defender a imigração, sugerin-
do uma política que não seja necessariamente vinculada a
474
aspectos profissionais.
PV-EMI-16-XX
Módulo 1 Veja Exercícios Propostos na página 118.
Funções da linguagem
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01. Enem 02. Enem C6-H19
Leia o texto e responda à questão. Leia o fragmento de texto e responda à questão.
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• poeira de varrição de casa; nervoso. Estou zangado.
• fio de cabelo e pelo de animais; CARNEIRO, J. E. Veja, set. 2002.
• tinta que não seja à base de água;
• querosene, gasolina, solvente, tíner. Nos textos, em geral, é comum a manifestação simultânea
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto,
deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, de uma sobre as outras. No texto apresentado, a função da lin-
podem ser levados a pontos de coleta especiais, que guagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
lhes darão a destinação adequada. a. o discurso do enunciador tem como foco o próprio
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta código.
sustentável, jul.-ago. 2013. Adaptado. b. a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está
ATIVIDADES
sustentabilidade está sendo compreendida. Analisar a função da linguagem predominante nos textos
e. explorar o uso da linguagem, conceituando detalha- em situações específicas de interlocução.
damente os termos utilizados de forma a proporcionar
melhor compreensão do texto.
Resolução
A alternativa A está incorreta, pois a ideia de despertar
sentimentos não pode ser associada à função referencial; C
está incorreta, pois o caráter subjetivo não é o propósito da
função referencial; D está incorreta, pois é a função fática que
estabelece a comunicação; E está incorreta, pois não é obje-
tivo do texto explorar o uso da linguagem; B está correta, pois
vem ao encontro do que está pedido no enunciado – função
referencial –, sendo que tal função da linguagem busca infor-
475
Alternativa correta: B
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LÍNGUA PORTUGUESA 153
EXERCÍCIOS EXTRAS
03. 05. Insper-SP
Leia o texto e responda à questão. Leia o texto e responda à questão.
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conflito direto com as autoridades republicanas, da a toda partida. Ou de constatar, na literatura como
mesma forma como outrora lutara contra os tirane- no futebol, que a “prosa” pode ser bela, íntegra, arti-
tes da monarquia. Nunca haveria democracia dig- culada e fluente, ou burocrática e anódina, e a “poe-
na desse nome enquanto prevalecesse o ambiente sia”, imprevista, fulgurante e eficaz, ou firula retóri-
mesquinho e corrupto da “república dos medíocres” ca sem nervo e sem alvo. [...] o futebol é o esporte
[...]. Gente incapaz e indisposta a romper com as que comporta múltiplos registros, sintaxes diversas,
mazelas deixadas pelo latifúndio, pela escravidão e estilos diferentes e opostos, e gêneros narrativos, a
pela exploração predatória da terra e do povo. [...] ponto de parecer conter vários jogos dentro de um
Euclides expôs a mistificação republicana de uma único jogo. A sua narratividade aberta às diferenças
“ordem” excludente e um “progresso” comprometi- terá relação, muito possivelmente, com o fato de ter
ATIVIDADES
de Euclides da Cunha. Segundo Nicolau Sevcenko, alvo”, ou seja, uma ação que não alcança seu objetivo.
Euclides da Cunha defendia o protagonismo do povo b. Segundo o autor, o futebol se assemelha a uma “língua
brasileiro, que só seria alcançado pela educação das geral” porque é um esporte que faz uso de diversas
“camadas subalternas”, as quais seriam capazes de formas de narrar, de diversas sintaxes, e é capaz de
atuar como agentes de uma mudança social, em rela- absorver e expressar culturas diversas nessa espécie
ção a si mesmas e à própria nação. de língua de todos.
b. O lema “Ordem e Progresso” é questionado por Eucli- Habilidade
des da Cunha, pois o autor da obra Os sertões defen- Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produ-
dia a educação das massas. Diante disso, o lema da tor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimen-
bandeira mostra-se uma mistificação da República, tos argumentativos utilizados.
visto que a “ordem” caracteriza a exclusão das cama-
das mais necessitadas da população, e o “progresso”
só chega aos latifundiários, os quais, desde a monar-
477
da da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em que se com- Leia o texto de Fernando Reinach e responda à questão.
binam elementos verbais e não verbais para se abordar a es-
treita relação entre imprensa, cidadania, informação e opinião. Nosso andar é elegante e gracioso, e também
Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que, para extremamente eficiente do ponto de vista energé-
a. a imprensa exercer seu papel social, ela deve transfor- tico. Somos capazes de andar dezenas de quilôme-
mar opinião em informação. tros por quilo de feijão ingerido. Até agora, nenhum
b. a imprensa democratizar a opinião, ela deve selecio- sapato, nenhuma técnica especial de balançar os
nar a informação. braços, ou qualquer outro truque foram capazes de
c. o cidadão expressar sua opinião, ele deve democrati- melhorar o número de quilômetros caminhados por
zar a informação. quilo de feijão consumido. Mas, agora, depois de
d. a imprensa gerar informação, ela deve fundamentar- anos investigando o funcionamento de nossas per-
-se em opinião. nas, um grupo de cientistas construiu uma traqui-
e. o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso tana simples, mas extremamente sofisticada, que é
à informação. capaz de diminuir o consumo de energia de uma
caminhada em até 10%.
04. Enem C7-H24 Trata-se de um pequeno exoesqueleto que re-
ATIVIDADES
Leia o texto e responda à questão. cobre nosso pé e fica preso logo abaixo do joelho.
Ele mimetiza o funcionamento do tendão de Aqui-
Embalagens usadas e resíduos devem les e dos músculos ligados ao tendão. Uma haste
ser descartados adequadamente na altura do tornozelo, a qual se projeta para trás,
Todos os meses são recolhidas das rodovias bra- segura uma ponta de uma mola. Outra haste, logo
sileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. abaixo do joelho, segura uma espécie de embrea-
Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulis- gem [...].
tas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar Disponível em: <www.estadao.com.br>. Acesso em: jun. 2015. Adaptado.
embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro
pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últi- a. Transcreva o trecho do texto em que o autor explora, com
mos anos. O problema é que o lixo acumulado na fins expressivos, o emprego de termos contraditórios.
rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode b. Esse excerto provém de um artigo de divulgação
impedir o escoamento da água, contribuir para as científica. Aponte duas características da linguagem
478
enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito nele empregada que o diferenciam de um artigo
e até causar acidentes. Além dos perigos que o lixo científico especializado.
PV2D-17-10
Módulo 3 Veja Exercícios Propostos na página 137.
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— Um pedaço do cérebro? Por que vou tirar um Os avanços da genética nos filmes
pedaço do seu cérebro? Uma boa forma de se pensar as possibilidades
— Porque eu quero. e riscos no avanço das ciências é se aventurar nas
— Sim, mas precisa me explicar. Justificar. ficções literárias e cinematográficas. Enquanto os
— Não basta eu querer? cientistas devem zelar para não fazer especulações
— Claro que não. infundadas, os autores de ficção tratam de dar asas
— Não sou dono do meu corpo? à imaginação e projetar em histórias emocionantes
— Em termos. as possíveis aplicações da ciência e alguns de seus
— Como em termos? efeitos inesperados.
— Bem, o senhor é e não é. Há certas coisas que A possibilidade de recriação da vida humana ou
ATIVIDADES
minar a memória. nologias sofisticadas que aparecem sob variadas
— Já que o senhor veio a mim para fazer esta ope- formas nos enredos de diversos filmes. Metrópolis,
ração, tenho ao menos o direito dessa informação. Frankenstein, Blade runner, Inteligência artificial, Eu,
— Não quero mais me lembrar de nada. Só isso. Robô e Matrix são alguns que se tornaram clássicos,
As coisas passaram, passaram. Fim! pois foram marcantes para gerações e continuam
— Não é tão simples assim. Na vida diária, o se- sendo referidos e revisitados. De maneira geral, re-
nhor precisa da memória. Para lembrar pequenas tratam como boas ideias podem ter desdobramen-
coisas. Ou grandes. Compromissos, encontros, coi- tos imprevistos e indesejáveis. É o que acontece,
sas a pagar etc. por exemplo, nas narrativas utópicas que descrevem
— É tudo isso que vou eliminar. Marco numa sociedades ideais, mas que se revelam sombrias e
agenda, olho ali e pronto. nada atraentes quando conhecidas de perto, como
— Não dá para fazer isso, de qualquer modo. A nos filmes 1984 ou Brazil.
medicina não está tão adiantada assim. Isto obviamente não invalida, nem deveria de-
479
— Em lugar nenhum posso eliminar a minha sestimular, os avanços do conhecimento. Pelo con-
memória? trário! Juntamente com as dúvidas que essas histó-
— Que eu saiba não. rias lançam sobre nossas certezas e expectativas,
PV2D-17-10
— Seria muito melhor para os homens. O dia elas suscitam interrogações e recolocam questões
a dia. O dia de hoje para a frente. Entende o que fundamentais. Se a engenharia genética pode fazer
as pessoas melhores, mais saudáveis, mais desejá- 02. UNESP C6-H18
veis, por que não seguir em frente? Quais seriam as Depois de comparar os dois textos, demonstre que,
implicações dessa seleção artificial? quanto à questão da memória, a personagem do texto 1, que
Assistir e conversar sobre o filme GATTACA é procura o médico, e o autor do texto 2 manifestam opiniões
uma boa forma de entrar nessa discussão. O nome bem distintas.
da produção e do local onde se passa vem das le-
Resolução
tras com que representamos as sequências do DNA
(G, A, T, C). Mais precisamente, as iniciais das bases Trata-se de posições distintas: no texto 1, a personagem
químicas dessas moléculas: guanina, adenina, timi- acredita que a eliminação da memória acabaria com o sofri-
na e citosina. O filme retrata uma sociedade orga- mento das pessoas. No texto 2, há argumentos que permitem
nizada e estratificada de forma racional, tomando inferir que na ficção há exemplos de que seres configurados
como base o levantamento genético dos indivíduos. geneticamente ou narrativas utópicas tornaram o homem
Aparentemente, uma forma de se aproveitar melhor, melhor. Assim, o autor do texto 2 vê a memória como algo po-
e para o bem comum, as características e o poten- sitivo, pois a possibilidade de “baixar” lembranças ou implan-
cial de cada um. Acontece que um jovem, inconfor- tá-las faria com que as pessoas não precisassem aprender
mado com o destino que seus genes “defeituosos” com erros ou com experiências negativas.
lhe reservara, falseia sua identidade genética para Habilidade
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assumir a profissão com que sempre sonhara, a de Identificar os elementos que concorrem para a progres-
espaçonauta. Boa parte da trama e do suspense do são temática e para a organização e estruturação de textos de
filme advém do fato de que sua verdadeira identi- diferentes gêneros e tipos.
dade biológica, inválida para aquela atividade, tinha
que ser ocultada todo o tempo e com muita astúcia,
pois a manutenção da ordem social se baseava em
constantes escaneamentos genéticos. As situações
enfrentadas pela personagem nos levam a compar-
tilhar sua percepção de injustiça, e torcer pela sub-
versão ao sistema.
LÍNGUA PORTUGUESA 153
01. UNESP
A personagem do texto 1, em suas tentativas de demons-
trar ao médico que seria bom eliminar a memória, apresenta,
entre seus argumentos, no último parágrafo, um de ordem
emocional, sentimental. Identifique esse argumento e justi-
fique-o do ponto de vista da personagem.
Resolução
Para a personagem do texto 1, eliminar a memória signifi-
ca apagar as experiências do passado: “nenhuma lembrança
ruim ou boa, nenhuma neurose”. Dessa forma, segundo ele, a
ATIVIDADES
PV2D-17-10
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EXERCÍCIOS EXTRAS
03. UNESP Um leitor interessado nas decisões governamentais escre-
De acordo com o texto 2, ao apresentar uma sociedade ve uma carta para o jornal que publicou o edital, concordando
organizada e estratificada de forma racional, tomando como com a resolução sintetizada no edital da Secretaria de Cultura.
base o levantamento genético dos indivíduos, o filme GATTACA Uma frase adequada para expressar sua concordância é:
focaliza uma utopia cuja aplicação, como em todas as uto- a. Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo estado de
pias, acaba não funcionando perfeitamente. Indique qual é o conservação devem ser derrubados.
aspecto da natureza humana que a organização da sociedade b. Até que enfim! Os edifícios localizados nesse trecho des-
de GATTACA ignorou e que acabou gerando toda a complicação caracterizam o conjunto arquitetônico da Rua Augusta.
exposta no filme. c. Parabéns! O poder público precisa mostrar sua força
como guardião das tradições dos moradores locais.
04. UNESP C5-H15 d. Justa decisão! O governo dá mais um passo rumo à eli-
No primeiro parágrafo e em outras passagens do texto 2, minação do problema da falta de moradias populares.
ATIVIDADES
destaca-se que os literatos e os cineastas desfrutam de uma e. Congratulações! O patrimônio histórico da cidade me-
liberdade que os cientistas não têm ante suas próprias des- rece todo empenho para ser preservado.
cobertas científicas. Que liberdade é essa?
05. Enem
Leia o texto e responda à questão.
Secretaria de Cultura
EDITAL
NOTIFICAÇÃO — Síntese da resolução publicada no Diário Ofi-
cial da Cidade, 29/07/2011 — página 41— 511a Reunião Ordi-
nária, em 21/06/2011.
Resolução n° 08/2011 — TOMBAMENTO dos imóveis da Rua
Augusta, n° 349 e n° 353, esquina com a Rua Marquês de Para-
481
pois o texto tem linguagem conotativa e não denotativa. Em apresentado distancia-se dessa tipologia, pois o autor
E, há o trabalho estético evidenciado no texto, levando-se em faz uso de expressões cotidianas, mais acessíveis aos
consideração o aspecto gráfico do poema e a conotação dos leigos. Além disso, o uso de expressões da primeira
elementos que o formam. pessoa do plural (nosso, somos) gera uma interlocução
Habilidade que aproxima o texto do leitor. Outro recurso que distan-
Analisar a função da linguagem predominante nos textos cia o texto dos artigos científicos especializados é o uso
em situações específicas de interlocução. da metáfora em “haste... espécie de embreagem”.
05. E Módulo 3
A preocupação com o clima sempre foi considerada 03. O filme ignorou a capacidade de superação do ser hu-
exemplo de “conversa de elevador” aquela que serve, sim- mano, o qual nem sempre segue o destino genético que lhe
plesmente, para estabelecer uma comunicação, sendo utili- foi determinado.
zada, para tanto, a função fática. Dessa forma, a preocupação
RESOLUÇÃO
dos moradores da região metropolitana de São Paulo não tem 04. A liberdade que literatos e cineastas têm é a de utilizarem
mais o objetivo de testar a comunicação, mas revela uma real a imaginação e a criatividade com base em ideias científicas,
preocupação com o volume do sistema Cantareira. Sendo as- gerando narrativas utópicas e filmes de ficção. No entanto, os
sim, excluem-se as outras funções: emotiva, apelativa, refe- cientistas não desfrutam de tal liberdade, visto que não lhes
rencial e metalinguística. é dado afirmar sem comprovação científica.
Habilidade
Módulo 2 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento
03. E de sua produção, situando aspectos do contexto histórico,
Analisando-se os elementos verbais e não verbais, é social e político.
possível compreender que só é possível ao cidadão formar
sua opinião se ele tiver acesso à informação. Diante desse 05. E
argumento, implícito na propaganda, a alternativa adequada A alternativa A está incorreta, pois o edital não trata da demo-
é a E. lição de prédios; B está incorreta, pois o texto não fala da desca-
racterização arquitetônica da Rua Augusta; C está incorreta, pois
04. E o tombamento não se refere à guarda de tradições locais; D está
O texto faz uso de argumentos e elementos que informam incorreta em razão da falta de referência ao problema das mora-
sobre a quantidade de lixo descartado nas rodovias, alertan- dias populares. Diante de tal análise, percebe-se que a alternati-
do, dessa forma, para a possibilidade de acidentes e sobre o va E trata do processo de preservação do patrimônio histórico da
prejuízo para o meio ambiente. cidade e é a única adequada às informações contidas no texto.
482
PV-EMI-16-XX