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Apostila Produtos Químicos

O documento aborda o treinamento em emergências químicas, visando capacitar os alunos a reconhecer produtos perigosos e entender os riscos associados. Inclui tópicos sobre química básica, identificação de produtos, EPIs, e classificação de substâncias químicas. O curso é oferecido pela Academia Gaúcha de Bombeiro Civil e busca agregar conhecimento aos participantes.

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A.G.B.

EMERGÊNCIAS QUÍMICAS
INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO

Material de apoio e consulta.


Introdução

O assunto emergências químicas é muito vasto e complexo, necessitando de


muito estudo e dedicação. Em muitos casos os emergecencistas não conhecem o
básico dos produtos com os quais estão atuando. Temos como objetivo neste curso
proporcionar ao aluno a compreensão do assunto, o conhecimento amplo do
conceito de emergência química, assim como capacitá-lo a reconhecer os produtos
e entender quais são os riscos de cada um dos materiais tanto para o operador
quanto para o meio ambiente.

A Equipe da AGBC, espera que seja proveitoso o seu treinamento e que sinta
que este curso realmente agregou conhecimento ao seu curriculu.

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1 - QUÍMICA BÁSICA

1.1 – TABELA PERIÓDICA E ELEMENTOS

1.2 – CONCEITOS QUÍMICOS (peso molecular, densidade)

1.3 – FUNÇÕES QUÍMICAS

1.4 – REAÇÕES QUÍMICAS

2 - IDENTIFICAÇÃO

2.1 – CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS

2.2 – PAINEL DE SEGURANÇA

2.3 – CONTROLE DE SINISTROS (NFPA, OSHA)

2.4 – ATUAÇÃO NO SINISTRO

3 – EPI’S

4 – KIT DE ATENDIMENTO

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Emergência Química: são oriundas de fatos anormais ocorridos no curso de
atividades de extração, produção, utilização, transporte, armazenagem e destinação
final de produtos perigosos e requerem ação de resposta imediata. São
caracterizadas não somente por sua capacidade de causar grande número de
óbitos mas também pelo potencial de gravidade e magnitude dos seus efeitos que
podem ultrapassar limites espaciais e temporais.

EMEGÊNCIAS QUÍMICAS NO MUNDO

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Fórmulas Químicas e Peso Molecular

A fórmula química é constituída por 2 entidades:

1 - SIMBOLO DO ELEMENTO QUÍMICO

2 - ÍNDICE

C2H2

(12g X 2) + (1g X 2) = 26g/mol

HCl - (1g X 1) + (35g X 1)= 36g/mol

NaOH - (23g X 1) + (16g X 1) + (1g x 1)= 40g/mol

Al2(SO4)3 (27g X 2) + (32g X 3) + (16g x 12)= 342g/mol

OU

(27g X 2) + (32g X 3) + ((16g x 4)x3)= 342g/mol

DENSIDADE

Facilmente definida como volume ocupado por determinada massa, daí sua
representação em unidade de medida: g/cm³ ou g/ml

Não confundir com concentrações: g/L, mol/L.

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DENSIDADE RELATIVA DE FASE GASOSA

PM
___
dr =
29

Acetona PM 58 g - dr 2

Hidrogênio PM 1 g - dr 0,1

Propano PM 44 g - dr 1,5

Metano PM 16 g - dr 0,6

Acetileno PM 26g - dr 1,1

DENSIDADE RELATIVA DE FASE LÍQUIDA

Esta informação basicamente nos dirá se um líquido é mais leve ou mais


pesado que o mesmo volume de água.

Considera-se a densidade da água igual a 1, ou seja 1g/ml ou 1g/cm³, logo


todo líquido com densidade superior irá afundar enquanto aqueles com densidade
inferior flutuarão.

• Acetona 0,8 g/ml

• Diclorobenzeno 1,5 g/ml

• Gasolina 0,7 g/ml

• Ác.Sulfúrico 98% 1,8 g/ml

SOLUBILIDADE EM ÁGUA

É a capacidade que uma substância possui em dissolver outra.


(Sólido/líquido)

Miscibilidade: solubilidade de uma substância em outra. (Líquido/Líquido).

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Quando não existe solubilidade entre as substâncias, dizemos que elas são
imiscíveis (não-misturáveis).

De certa forma relacionamos a solubilidade:

• Acetona CH3COOH Sim

• Pentano C5H12 Não

• Metanol CH3OH Sim

• Octano C8H18 Não

PRESSÃO DE VAPOR

Se um recipiente for aberto eventualmente e o líquido evaporar-se, todo


líquido desaparecerá depois de um certo tempo, porque as moléculas que escapam
do líquido para a fase vapor difundem-se prontamente na atmosfera, numa dada
temperatura.

A pressão exercida por essas moléculas, que coletivamente chamamos de


vapor, constitui a denominada pressão do vapor.

Verificamos que existe sempre para cada substância, uma pressão do vapor
associada a uma dada temperatura.

Exemplos:

PONTO DE EBULIÇÃO

É a temperatura em que as substâncias passam do estado líquido para o


estado gasoso. Esta temperatura varia de acordo com a substância que é aquecida
e com a pressão atmosférica no momento.

É bem sabido que o ponto de ebulição da água ao nível do mar (pressão


atmosférica igual a 1 atm ou 760 mmHg e altitude igual a zero) é igual a 100ºC. No
entanto, se fervermos a água em Brasília, o valor da temperatura de ebulição será
um pouco menor, aproximadamente igual a 98,3ºC. Isso ocorre porque Brasília

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possui uma altitude acima do nível do mar, possuindo uma pressão atmosférica
menor e, com isso, o ponto de ebulição da água também será menor.

Quanto maior a altitude, menor será o ponto de ebulição. Por exemplo, o


Monte Everest fica na Cordilheira do Himalaia, cuja altitude é de 8848m e sua
pressão atmosférica é de 240 mmHg. Nesse local, a água entra em ebulição muito
mais rápido do que ao nível do mar, possuindo um ponto de ebulição de
aproximadamente 71°C.

T= 100°C P= 760 mmHg (Nível do mar)

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Substâncias Ponto de Ebulição(nível do mar)

Água 100ºC

Benzina 80ºC

Etanol 78ºC

Acetona 56ºC

Ác.Cianídrico 27ºC

VOLATILIDADE

Deno minação dada a certas substâncias líquidas e sólidas que, em


condições ambientais, facilmente passam à fase de vapor.

Dessa forma, quanto maior for a pressão de vapor de uma substância nas
condições ambientais (25°C) mais volátil ela será.

Exemplos:

Escala de volatilidade

Éter Etílico > Acetona > Etanol > Água

TENSÃO SUPERFICIAL

É a tendência, apresentada por um líquido, de reduzir ao mínimo sua área de


superfície.

O fato de uma agulha ou alfinete poderem “flutuar” na água decorre da


tensão superficial da água ser relativamente alta, a qual , por sua vez, é uma
consequência da existência de forças intermoleculares fortes.

No caso da água, podemos diminuir sua tensão superficial adicionando


detergente, deixando a água com mais características de molhar.

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VISCOSIDADE

Capacidade de um líquido formar gota ou ainda a facilidade de um líquido


deslizar-se facilmente sobre as outras superfície.

INSTABILIDADE

Instabilidade é uma terminologia relacionada com a reatividade.

Instabilidade pode ser descrita , como a susceptibilidade que um dado material


oferece em liberar energia de si mesmo ou em combinação com outros materiais.

No caso instável com água, ar ou Temperatura.

PONTO DE FULGOR (Flash Point)

É a menor temperatura em que uma substância combustível emite vapores


(fase gasosa), que ao entrarem em contato com uma fonte de ignição inflamam-se.
Porém, as chamas não se mantêm devido ao baixo estado energético (temperatura)
em que se encontra a substância, não possibilitando a emanação de vapores em
quantidade suficiente para mantê-las.

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FUNÇÕES QUÍMICAS

Substâncias químicas estão divididas basicamente em 2 grupos:

Orgânicos – formados basicamente por carbonos

Inorgânicos – todo o resto dos compostos

Funções INORGÂNICAS:

- ÁCIDOS;

- BASES;

- ÓXIDOS;

- SAIS;

Funções ORGÂNICAS:

- ÁCIDOS CARBOXÍLICOS;

- CETONAS;

- ÉTERES;

- ÉSTERES;

- ÁLCOOIS;

- ALDEÍDOS;

- AROMÁTICOS;

- HALETOS ORGÂNICOS;

- SAIS ORGÂNICOS;

- AMINAS;

- AMIDAS;

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

ÁCIDOS: substâncias que disssolvidas em água liberam como único íon


positivo o H+ ou H3O+. São líquidos de odor caracterísitico e sabor azedo. Na prática
sua fórmula começa sempre com H.

H2SO4, HCl, HNO3, HCN

BASES: substância que dissolvidas em água liberam como únicó íon


negativo o OH-.

Podem apresentar-se nas forma sólida ou líquida, brancos ou incolores e tem


sabor adstringente. Sua fórmula termina em OH.

NaOH, KOH, Al(OH)3

ÓXIDOS: frutos da reação do oxigênio com outros elementos. Sua fórmula


termina com O.

SO2, Fe2O3, CaO, K2O

SAIS: resultado da reação de um ácido com uma base. São sólidos e podem
ser brancos ou coloridos.

KCl, NaCl, KCl, KCN

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FUNÇÕES ORGÂNICAS

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DIAMANTE DE HOMMEL

(Diamante do perigo NFPA 704)

AZUL - RISCO À SAÚDE

VERMELHO – INFLAMABILIDADE

AMARELO - RISCO DE INSTABILIDADE

BRANCO - RISCO ESPECÍFICO

AZUL VERMELHO
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
AMARELO BRANCO
0 ACID
1 ALK
2 COR
3 OXI
4 NOC
TOX

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CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS
Resolução 420

EXPLOSIVOS GASES LÍQUIDOS


(1) (2) INFLAMÁVEIS
(3)
SÓLIDOS SUBSTÂNCIAS SUBSTÂNCIAS
INFLAMÁVEIS OXIDANTES TÓXICAS
(4) (5) (6)
SUBSTÂNCIAS SUBSTÂNCIAS PRODUTOS
RADIOATIVAS CORROSIVAS PERIGOSOS
(7) (8) DIVERSOS
(9)

1 - EXPLOSIVOS

2 - GASES

3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS

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5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES

6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

7 - MATERIAIS RADIOATIVOS

8 - SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS

9 - PRODUTO PERIGOSO DIVERSO

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PAINEL DE SEGURANÇA

23
1049
X266 Vários Produtos

1017
Único Produto
0 - Ausência de Risco
2 - Emana Gás
2 - Gás 3 - Inflamabilidade de Líquido
3 - Líqüido Inflamável 4 - Inflamabilidade de Sólido
4 - Sólido Inflamável 5 - Efeito Oxidante
5 - S. Oxidante 6 - Toxicidade
6 - S. Tóxica 7 - Radioatividade
7 - S. Radioativa 8 - Corrosividade
8 - S. Corrosiva 9 - Risco de Violenta Reação
9 - P. P. Diverso Expontânea
X - Reage Perigosamente com a
Água

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A B C D

B C

A A AB A A A AC A

A B X C D

B B AB B B B B B BC BD B X B

A B C D X

A B C D X

A X B C D X

C B AB C BC C C C C CD C X C

D D BD D D D CD D

B C

A X X X X X D

B C
Legenda:
X – Incompatível

A – Incompatível para produtos da subclasse 2.3 que apresentação oxidade


por inalação LC50 <1.000 ppm

B - Incompatível para produtos da subclasse 4.1 com os seguintes números


da ONU 3221, 3222, 3231 e 3232.

C - Incompatível para produtos da subclasse 5.2 com os seguintes números


da ONU 3101, 3102, 3111 e 3112.

D - Incompatível somente para produtos da subclasse 6.1 do grupo de


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NÍVEIS DE RESPOSTA A EMERGENCIAS COM PRODUTOS QUÍMICOS

OSHA

Occupational Safety and Health Adminitration

NFPA 472

National Fire Proteccion Association

O atendimento a emergências que envolvem materiais perigosos congrega vários


níveis de responsabilidades operacionais, desta forma, os níveis de resposta devem
diferenciar-se adequadamente, definindo de forma clara a atuação de cada um
deles.

1989 x 2008

Norma NFPA - 472 (ed.2008)

“Capacitação Profissional para atendentes a incidentes com materiais perigosos e


armas de destruição massiva”, estabelece diferentes níveis de resposta.

A Normativa OSHA

“Qualificação profissional para aqueles que respondem emergências com produtos


químicos”, estabelece 5 (cinco) diferentes níveis de resposta, sendo:

Primeira Resposta - Nível de Alerta;

Atendentes Operacional;

Técnico em Materiais Perigosos;

Especialistas em Materiais Perigosos;

Comandante Emergencial

Norma NFPA - 472 (ed.2008)

Pessoal de Nível de Alerta

Atendentes Operacionais

Compêtencias Centrais

Compêtencias Específicas

Equipamentos de Protec. Pessoal

Descontaminação Massiva

Descontaminação Técnica

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Preservação de Evidências e Amostragem

Controle de Produtos

Amostragem e Monitoramento de Ar

Resgate e Recuperação de Vítimas

Incidentes em Laboratórios Ilícitos

Atendentes Técnicos

Comando de Incidentes

Funcionários Especialistas (A,B e C)

* Oficiais em Materiais Perigosos

* Oficiais de Segurança

* Técnicos Espec. em Tq. ferroviários

* Técnicos Espec. Caminhões Tqs

* Técnicos Espec. Tq . Intermodais

* Técnicos Espec. Tq. Marítimos

A Normativa OSHA

Nível de Alerta

Este primeiro nível de alerta é exercido pelas pessoas que devido a característica
de suas funções normais podem ser os primeiros a estarem presentes em um
Cenário emergencial químico.

Tais como: Policiais, bombeiros, equipes de resgate..

Nível Operacional

São aqueles que respondem a missões reais ou potenciais de Produtos Químicos,


de forma defensiva.

Uma guarnição de bombeiros devidamente equipada e treinada esta dentro deste


escopo.

Responsabilidades – Nível Técnico

São as pessoas que atendem aos acidentes, assumindo uma forma ativa/ofensiva
nos trabalhos de controle de vazamentos de produtos químicos.

Em outras palavras, são os quem Executam/Desenvolvem”.

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Especialistas em materiais perigosos

São aqueles que respondem na companhia dos técnicos em produtos químicos. As


atividades são semelhantes, porém para os especialistas exige-se um conhecimento
mais direto e específico a respeito de produtos ou tipos de modais.

Comandante emergencial (OSHA)

É a pessoa que têm a responsabilidade de assumir o controle das atividades no


local do incidente, coordenando os recursos e funções no local.

SOLUÇÕES DE DESCONTAMINAÇÃO

Solução A - 2 kg carbonato de sódio 5%


(alcalina) 2 kg fosfato trissódico 5%
38 litros de água

Solução B- 4 kg hipoclorito de sódio 10%


(oxidante) 38 litros de água

Solução C - 2 kg fosfato trissódico 5%


(levemente 38 litros de água
alcalino)

Solução D- 0,5 litro de ácido clorídrico 5%


(ácida) 38 litros de água
Solução E - solução concentrada de detergente em pó e água
(água e sabão)

Composto Químico Solução para


Descontaminação
ácidos inorgânicos, PCB A, E
metais (Hg, Pb, Cd, etc) B, E
pesticidas, fenóis clorados e dioxinas B, E
-
inorgânicos (CN ,amônia) B, E
solventes e organoclorados A, C, E
PBB ou PCB A, C, E
óleos e graxas C, E
bases, álcalis e cáusticos D, E
radioativos E
substâncias infectuosas A, B, E
Outros contaminantes A, B, E

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3 - EPI

Equipamento ou conjunto de equipamentos destinados a garantir a


integridade física do trabalhador, em virtude da redução do grau de exposição.
Os EPIs não reduzem o “risco e/ou perigo”, apenas adequam o indivíduo ao meio
ambiente e ao grau de exposição.

Aspectos Indispensáveis

CA - Certificado de Aprovação

O EPI deve ter gravado em seu corpo o nome do fabricante e o número de


fabricante.

CRF- Cartão de Registro do Fabricante: Documento emitido pelo Ministério do


Trabalho às empresas autorizadas para fabricar os EPIs.

1. Em caso de dúvidas ou desconhecimento do grau de exposicão e/ou


contaminação a que o trabalhador estará exposto, deverão sempre ser utilizados os
EPIs de proteção máxima.

2. Após a avaliação da situação deverá ser adequado o uso dos EPIs as reais
situações.

Resistência Química dos Tecidos

Capacidade dos tecidos resistir às trocas químicas;

É a mais importante característica a ser considerada na seleção dos E.P.Is;

Nenhum tecido é totalmente resistente a todos os produtos.

Resistência dos Tecidos

A capacidade do tecido em suportar o contato com produtos químicos está


baseada na sua resistência à:

Penetração;

Degradação;

Permeação

PENETRAÇÃO

Penetração é o transporte do produto através de aberturas na roupa (imperfeições


na roupa, costura, orifícios de botões, zipers e o próprio tecido). Uma roupa bem
projetada e confeccionada previne a penetração através da existência de zipers
selados, juntas vedadas com fita colante e não utilização de tecidos. Rasgos, furos,
fissuras ou abrasão à roupa também permitem a penetração.

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DEGRADAÇÃO

Degradação é uma ação química envolvendo uma ruptura molecular do material


devido ao contato químico. Sinais:

. alterações físicas;

. contração ou expansão;

. material quebradiço ou macio;

. leve descoloração;

. superfície áspera ou pegajosa;

. rachaduras no material.

Tais alterações podem aumentar a permeação ou permitir a penetração do


contaminante.

PERMEAÇÃO

Permeação é uma ação química envolvendo a movimentação de uma


substância, a nível molecular, através de um material. É um processo que envolve a
sorção (adsorção e absorção) de uma substância na superfície externa, difusão e
desabsorção da substância da superfície interna do material de proteção.

A permeação é medida como uma taxa. Taxa de permeação é a quantidade de


substância que se moverá através de uma área do material de proteção num dado
tempo. É normalmente expressa em µg/cm2/min.

Fatores Que Influenciam a Permeação

 TIPO E ESPESSURA DO MATERIAL;


 CONCENTRAÇÃO DA SUBSTÂNCIAS;
 TEMPO DE CONTATO;
 TEMPERATURA E UMIDADE;
 SOLUBILIDADE DO MATERIAL NA SUBSTÂNCIA.
 UMA REGRA GERAL É QUE A TAXA DE PERMEAÇÃO É INVERSAMENTE
 PROPORCIONAL A ESPESSURA

TEMPO DE PASSAGEM

É outra medida da permeação e representa o tempo decorrido entre o contato


inicial de uma substância com a superfície externa de um material e a sua detecção
na superfície interna.

O melhor material de proteção a uma substância específica é aquele que


apresenta nenhuma ou baixa taxa de permeação e longo tempo de passagem
através da roupa. No entanto, estas propriedades não devem ser correlacionadas,
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ou seja, um longo tempo de passagem não significa, necessariamente, uma baixa
taxa de permeação e vice-versa.

O valor desejado é, normalmente, um longo tempo de passagem através da


roupa.

Roupas de proteção

NÍVEL A

É composto por:

* aparelho autônomo de respiração com pressão positiva ou linha de ar


enviado;

* roupa de encapsulamento;

* luvas internas, externas e botas;

* capa interna da roupa e rádio.

NÍVEL B

É composto por:

* aparelho autônomo de respiração com pressão positiva;

* roupa de proteção contra respingos químicos (em 1 ou 2 peças);

* luvas internas, externas e botas resistentes à produtos químicos;

* capacete e rádio.

NÍVEL C

* aparelho autônomo de respiração, sem pressão positiva ou máscara com filtro


químico ;

* roupa de proteção contra respingos químicos confeccionada em 1 ou 2 peças;

* luvas internas, externas e botas resistentes a produtos químicos;

* Capacete e rádio.

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NÍVEL D

* macacões, uniformes ou roupas de trabalho;

* botas ou sapatos de couro ou borracha resistentes a produtos químicos;

* óculos ou viseira de segurança;

* Capacete.

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Seleção da Roupa

Consiste em :

· avaliar o ambiente do trabalhar;

· identificar o produto envolvido e suas propriedades;

· avaliar se a substância representa algum risco à pele;

· selecionar a roupa de proteção confeccionada em tecido que forneça as menores


taxas de permeação e degradação pelo maior período de tempo;

· determinar se é necessário a roupa de encapsulamento completo ou não.

É possível selecionar a roupa de proteção baseado no cenário e na experiência.

Se houver dúvida quanto à resistência química:

selecionar o material que forneça a proteção contra o maior número de substâncias


(borracha butílica, viton ou teflon);

roupas confeccionadas em 2 materiais também estão disponíveis: borracha butílica-


viton, neoprene-viton e neoprene-borracha butílica.

Concentração de Vapor Desconhecido e Nível de Proteção

Concentrações de gás/vapor Nível de proteção recomendado


desconhecido (ppm)

0 - 5 C

5 - 500 B

500 - 1000 A

> 1000 Possível perigo de explosão. Não


entre na área.

Quando Utilizar Roupa de Encapsulamento Completo

· indicação em instrumentos de presença contaminantes no ar;

· visível emissão de gases, vapores, pó ou fumaça;

· existência de gases ou líquidos pressurizados;

· presença de substâncias tóxicas à pele;


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· áreas fechadas e pouco ventiladas;

· atividade a ser realizada expõe o técnico a altas concentrações de produtos


tóxicos à pele.

Situações desconhecidas requerem bom planejamento quanto a necessidade de


utilização de encapsulamento completo ou de um conjunto calça/jaqueta, ou do tipo
macacão.

Sinais e Sintomas do Estresse por Calor

Irritação da pele Câimbras


. pele avermelhada . espasmo muscular
. brotoejas . dores nos braços e pés
. transpiração . aumento da frequência respiratória
. intolerância ao calor . aumento da pulsa-ção
. pele úmida e pálida
. temperatura corpórea normal
. fraqueza

Exaustão Insolação
. pele pálida, fria e úmida . pele seca e quente
. transpiração excessiva . pulsação rápida e forte
. tontura e náuseas . perda da consciên cia
. pulsação rápida . convulsão e morte
. respiração fraca
. temperatura corpórea normal ou menor

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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Outros Oxigênio
1% 21%

Nitrogênio
78%

Ar respirável, em condições normais, significa:

1 Conter, no mínimo 19,5% de oxigênio;


2 Estar livre de substâncias estranhas;
3 Estar com pressão e temperatura que não causem lesões ao organismo
humano.
TRABALHO CONSUMO DE OXiGÊNIO VOLUME RESPIRATÓRIO EM RENDIMIENTO EM
LITROS/MINUTO LITROS/MINUTO WATT
Deitado 0,25 6 *
Descansando Sentado 0,30 7 *
De pé 0,40 9 *
Trabajo leve Andar 3,2 Km/h 0,70 16 30
Nadar devagar 0,9 Km/h 0,80 18 40

Trabalho médio Andar 6,5 Km/h 1,2 27 80


Nadar 1,6 Km/h 1,4 30 95

Nadar 1,85 Km/h 1,8 40 130


Trabalho pesado Andar de bicicleta 21 Km/h 1,85 45 140
Correr a 13 Km/h 2,0 50 145
Nadar 2,2 Km/h 2,5 60 185
Trabalho Correr a 15 Km/h 2,6 65 200
pesado Escada, 100 degraus/mim. 3,2 80 250
Correr morro acima 4,0 95 290

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CÁLCULO DE AUTONOMIA DE UM EQUIPAMENTO AUTÔNOMO

EXEMPLO:

Pressão de cilindro 200bar;

Volume interno do cilindro:7Litros

Portanto a reserva de ar :200x7=1400litros de ar

Autonomia considerando consumo de 27 litros de ar por minuto é de

Aut.= 1400 Litros de ar /27 Litros de ar/min.

Autonomia = 52 minutos

Aspectos a ser observados na seleção da proteção:

Aspectos a ser observados na seleção da proteção respiratória

Referentes ao riscos:

% de oxigênio no ambiente;

existência de contaminantes;

classe toxicológica ;

concentração no ambiente.

Referente ao ambiente:

Confinamento do ambiente (poços, silos, porões);

Posição do ambiente em relação à atmosfera segura (distância e acessibillidade);

Arranjo físico e limitações de mobilidade.

Referentes a atividade:

características da operação (mobilidade x frequência);

atividade respiratória do operador (atividade física).

Uso pretendido da proteção:

Necessário durante toda a permanência (contínuo);

Uso apenas durante a operação (intermitente);

Em emergências.

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TIPOS DE EQUIPAMENTOS

DEPENDENTES:

São máscaras faciais ou semifaciais que atuam com elementos filtrantes,


removendo do ambiente contaminado o ar necessário a respiração.

Restrições:

Não atuam em ambientes com menos de 18% de oxigênio;

Baixa durabilidade em atmosferas saturadas de umidade;

Limites de concentração de poluentes para uso;

Nunca devem ser utilizados em condições desconhecidas.

INDEPENTENTES:

Normalmente são conjuntos autônomos portáteis ou linhas de ar, que fornecem o


suprimento de ar necessário independetemente das condições (grau de
contaminação) do ambiente de trabalho.

Proporcionam o isolamento do trato repiratório do usuário da atmosfera


contaminada.

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4 - KIT DE CONTENÇÃO E ADSORÇÃO

Contenção - Este método consiste em evitar que o líquido se espalhe. O sucesso


deste método depende das condições climáticas.

Skimmers - utilização de equipamentos/dispositivos para recuperar o óleo/líquido da


superfície da água.

Sorbents - Materiais utilizados para absorver/adsorver os óleos/líquidos

TIPOS DE SORBENTS

Materiais Inorgânicos - Terra Diatomacea, Vermiculite, Perlite/Vidro Expandido e


Argila particulada;

Materiais Orgânicos- Turfa, algodão, palha de milho picada, fibra de celulose, jornal,
casca de arroz e casca de amendoim;

Materiais fibrosos sintéticos (Nãotecidos)

LIMITAÇÕES ABSORÇÃO INORGÂNICOS

Geralmente possuem baixo teor de absorção;

São difíceis de aplicar e recuperar. Necessidade de usar luvas, óculos e máscara de


segurança (poeira);

Não são recomendados para incineração;

Alto custo de descarte;

Não possuem seletividade água/óleo.

LIMITAÇÕES DOS ADSORÇÃO ORGÂNICOS

Possuem dificuldade em transmitir o óleo/líquido dentro de sua estrutura. Não


alcançam sua máxima utilização sem trabalho adicional;
Não possuem seletividade água/óleo;
Alto custo de incineração e descarte;
Quando incinerados geram alto teor de cinza residual (2 a 5%).
ADSORVENTES FIBROSOS/SINTÉTICOS

Alta capacidade de adsorção - Devido a sua estrutura de fibras finas, elevada área
superficial e poros pequenos possuem máxima adsorvência e grande capacidade de
retenção de líquidos;

Seletividade - Adsorve óleos, diesel, gasolina, hidrocarbonetos, solventes orgânicos,


óleos vegetais e líquidos não aquosos enquanto repele água;

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Retém óleo permanentemente;

Pode-se recuperar o óleo;

Reutilizáveis;

Flutuam indefinidamente, mesmo saturado de óleo.

Fácil aplicação e disposição (quando incinerado gera água e gás carbônico, teor de
cinzas inferior a 0,2% e alto teor calórico 20.000 Btu/lb);

Segurança - não tóxico para os seres humanos, peixes e outros animais;

Alta resistência química;

Não inflamável e resistente a frio, calor e umidade;

Não se deteriora, nem mofa;

Resistência mecânica;

Alta flexibilidade de aplicação.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO

• Bóias de Adsorção;
• Almofadas (Pillows);
• Salsichas (Socks);
• Rolos / Bobinas;
• Toalhas / Tapetes (Pads);
• Fibras Adsorventes

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