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CEJAS - ÉTICA

O documento aborda a ética profissional na advocacia, destacando as novidades legislativas e as prerrogativas dos advogados, incluindo a Lei 14.365/2022 que fortalece os direitos dos profissionais. Também discute a intervenção da OAB, o processo disciplinar e as sanções por infrações éticas, além de regulamentações sobre busca e apreensão em escritórios de advocacia. O material é parte de um curso preparatório para a 1ª fase da OAB, com capítulos que detalham diversos aspectos da prática jurídica.

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Larissa Lopes
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CEJAS - ÉTICA

O documento aborda a ética profissional na advocacia, destacando as novidades legislativas e as prerrogativas dos advogados, incluindo a Lei 14.365/2022 que fortalece os direitos dos profissionais. Também discute a intervenção da OAB, o processo disciplinar e as sanções por infrações éticas, além de regulamentações sobre busca e apreensão em escritórios de advocacia. O material é parte de um curso preparatório para a 1ª fase da OAB, com capítulos que detalham diversos aspectos da prática jurídica.

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Prof.

Matheus Biset
Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB – Centro de Estudos Jurídicos Aras (CEJAS)
Prof. Matheus Biset | Ética Profissional

SUMÁRIO ANOTAÇÕES

Capítulo 1. Materiais para Impressão e Leitura ............................... 3


Capítulo 2. Novidades Legislativas ........................................... 4
Capítulo 3. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) .................. 15
Capítulo 4. Eleições da OAB ........................................... 21
Capítulo 5. Intervenção ................................................................... 25
Capítulo 6. Quinto Constitucional ....................................................... 26
Capítulo 7. Tribunal de Ética e Disciplina (TED) ............................... 27
Capítulo 8. Processo Disciplinar na OAB ........................................... 29
Capítulo 9. Prescrição ................................................................... 32
Capítulo 10. Infrações e Sanções Disciplinares ............................... 34
Capítulo 11. Incompatibilidade e Impedimentos ............................... 41
Capítulo 12. Inscrição na OAB ....................................................... 43
Capítulo 13. Prerrogativas do Advogado ........................................... 46
Capítulo 14. Código de Ética e Disciplina (CED) ............................... 54
Capítulo 15. Advocacia Pro Bono ....................................................... 62
Capítulo 16. Honorários Advocatícios ........................................... 63
Capítulo 17. Sociedade de Advogados ........................................... 65
Capítulo 18. Nulidade dos Atos Advocatícios Praticados Ilegalmente
........................................................................................... 67
Capítulo 19. Procuração ................................................................... 68
Capítulo 20. Publicidade do Advogado ............................................ 70

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CAPÍTULO 1. MATERIAIS PARA IMPRESSÃO E ANOTAÇÕES


LEITURA.

→ Código de Ética e Disciplina (2015)


https://www.oab.org.br/publicacoes/AbrirPDF?LivroId=0000004085

→ Estatuto da Advocacia e da OAB


https://www.oab.org.br/publicacoes/AbrirPDF?LivroId=0000002837

→ Regulamento Geral da OAB


https://www.oab.org.br/publicacoes/AbrirPDF?LivroId=0000004095

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CAPÍTULO 2. NOVIDADES LEGISLATIVAS. ANOTAÇÕES

▪ A Lei 14.365/2022, publicada aos 03 de junho de 2022, reforça, ainda


mais, as prerrogativas profissionais da advocacia, fortalecendo o direito
ao justo recebimento dos honorários e conferindo maior segurança
jurídica às sociedades de advogados.

▪ A Lei 14.365/2022 alterou a Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB), a Lei


13.105/15 (Código de Processo Civil), e o Decreto-Lei 3.689/41
(Código de Processo Penal), incluindo disposições sobre a atividade
privativa de advogado, a fiscalização, a competência, as prerrogativas, as
sociedades de advogados, o advogado associado, os honorários
advocatícios, os limites de impedimentos ao exercício da advocacia e a
suspensão de prazo no processo penal.

▪ Nova infração disciplinar prevista no art. 34, inciso XXX, do EAOAB:


Art. 34. Constitui infração disciplinar:
[...] XXX - praticar assédio moral, assédio sexual ou discriminação.

A conduta praticada no exercício profissional ou em


razão dele, por meio da repetição deliberada de
Assédio > gestos, palavras faladas ou escritas ou comportamentos
Moral que exponham o estagiário, o advogado ou qualquer
outro profissional que esteja prestando seus serviços a
situações humilhantes e constrangedoras, capazes de
lhes causar ofensa à personalidade, à dignidade e à
integridade psíquica ou física, com o objetivo de excluí-
los das suas funções ou de desestabilizá-los
emocionalmente, deteriorando o ambiente
profissional.
A conduta de conotação sexual praticada no exercício
Assédio > profissional ou em razão dele, manifestada fisicamente
Sexual ou por palavras, gestos ou outros meios, proposta ou
imposta à pessoa contra sua vontade, causando-lhe
constrangimento e violando a sua liberdade sexual.

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ANOTAÇÕES

A conduta comissiva ou omissiva que dispense


Discriminação > tratamento constrangedor ou humilhante a pessoa ou
grupo de pessoas, em razão de sua deficiência,
pertença a determinada raça, cor ou sexo, procedência
nacional ou regional, origem étnica, condição de
gestante, lactante ou nutriz, faixa etária, religião ou
outro fator.

Observação: Pode ocorrer em qualquer


momento, dentro ou fora do exercício
profissional (exercício profissional ou ato
da vida privada).

Todas as infrações são puníveis com a sanção disciplinar


de suspensão (mínimo de 30 dias e máximo de 12 meses).

▪ Inclui-se na conduta incompatível, a prática reiterada de jogo de azar,


não autorizado por lei, incontinência pública e escandalosa, e
embriaguez ou toxicomania habituais.

▪ Entre as principais novidades trazidas pelo dispositivo, estão:


I) O processo administrativo faz parte da atividade do advogado,
que pode postular decisão favorável ao seu constituinte (atos
constituem múnus público).
 Não é ato privativo de advogado, mas, faz parte das
suas atividades.
II) O advogado pode contribuir com o processo legislativo e com a
elaboração de normas jurídicas, no âmbito dos Poderes da
República.
III) O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do
mandato.
IV) Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza,
técnicos e singulares, quando comprovada sua notória
especialização.

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 A advocacia é uma atividade singular, exercível à ANOTAÇÕES


maneira de cada um.
 A advocacia é uma atividade técnica. A notória
especialização é comprovada de forma prática e
objetiva (estudos, experiências, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica ou de
outros requisitos relacionados com suas atividades).
V) É possível prestar assessoria e consultoria jurídica (ato privativo
de advogado) independentemente de contrato escrito ou
procuração.
VI) O advogado é indispensável à administração da justiça. No
processo administrativo, o advogado contribui com a postulação
de decisão favorável ao seu constituinte, e os seus atos
constituem múnus público.
VII) Não há hierarquia nem subordinação entre advogados,
magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos
tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Por conta disso,
durante as audiências de instrução e julgamento realizadas no
Poder Judiciário, nos procedimentos de jurisdição contenciosa
ou voluntária, os advogados do autor e do requerido devem
permanecer no mesmo plano topográfico e em posição
equidistante em relação ao magistrado que as presidir.
VIII) As autoridades e os servidores públicos dos Poderes da
República, os serventuários da Justiça e os membros do
Ministério Público devem dispensar ao advogado, no exercício da
profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia
e condições adequadas a seu desempenho, preservando e
resguardando, de ofício, a imagem, a reputação e a integridade
do advogado nos termos desta Lei.
IX) O advogado pode fazer uso da palavra pela ordem, em qualquer
tribunal judicial ou administrativo, órgão de deliberação coletiva
da administração pública ou comissão parlamentar de inquérito,
mediante intervenção pontual e sumária, para esclarecer
equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, a documentos ou
a afirmações que influam na decisão. Não há uso da palavra pela
ordem para replicar ofensa.

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X) A ampliação da pena do crime de violação das prerrogativas do ANOTAÇÕES


advogado, cujos reflexos práticos estão no aumento do prazo
prescricional – de três para oito anos, com base na pena máximo
em abstrato – e, 2 a 4 anos de detenção e multa (na vioalçaõ das
prerrogativas dos incisos II, III, IV e V).
XI) A garantia do pagamento de honorários de acordo, como
previsto pelo Código de Processo Civil.
XII) Vedação à delação premiada de advogada e advogado contra
seus clientes, com sanção de exclusão.
XIII) A regulamentação da figura do advogado associado.
XIV) A fixação da competência do Conselho Federal para análise da
prestação efetiva do serviço jurídico realizado pelo advogado.
XV) A garantia da presença de representante da OAB e a preservação
da cadeia de custódia e do sigilo do material apreendido, nos
casos de quebra da inviolabilidade.

▪ A Lei 14.365/2022 altera também o Código de Processo Civil e o


Código de Processo Penal, com mudanças que impactam a advocacia.
As inovações mais importantes, nesse sentido, foram:
I) O art. 85, do CPC, foi alterado por essa lei com o acréscimo
dos parágrafos 8ª-A e 20. A preocupação da reforma, neste
ponto, diz respeito ao problema relacionado à possibilidade
de fixação equitativa dos honorários advocatícios quando a
causa tiver valor elevado.
- O parágrafo 8º-A, do EAOAB, estabelece que
deve ser observado o limite mínimo de 10% ou os
valores recomendados pelo Conselho da OAB.
II) A possibilidade de sustentação oral em recurso interposto
contra decisões monocráticas – a orientação que prevalecia,
sobretudo nos tribunais superiores, era de que não há
sustentação oral em julgamento de agravo interno contra
decisão monocrática.
III) Poderá o advogado realizar a sustentação oral no recurso
interposto contra a decisão monocrática de relator que julgar
o mérito ou não conhecer dos seguintes recursos ou ações:
Recurso de apelação, recurso ordinário, recurso especial,
recurso extraordinário, embargos de divergência, ação
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rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas ANOTAÇÕES


corpus, e outras ações de competência originária.
 Não pode sustentar em agravo de instrumento e
embargos de declaração.
IV) A adição no Código de Processo Penal do art. 798-A, no
sentido de que se suspende o curso do prazo prescricional
nos dias compreendidos entre os dias 20 de dezembro e 20
de janeiro. Com a reforma, o dispositivo foi incluído no CPP e
não há mais dúvida de que isso se aplica também aos
processos penais, salvo exceções previstas no próprio art.
798-A, como por exemplo, em processos que envolva réu
preso.
V) O art. 7º B, EOAB, que trata da pena por crime de violação de
prerrogativa de advogado. A pena foi aumentada para
detenção de 2 a 4 anos. Chama atenção o que foi vetado,
como as regras importantes que estavam no projeto de lei,
relacionadas a busca e apreensão a escritórios de advocacia.

▪ Apesar das conquistas advindas com a Lei, a Ordem dos Advogados do


Brasil luta para derrubar os vetos sobre busca e apreensão, que tiram
dessa Lei importantes dispositivos que coibiam abusos e excessos
arbitrários contra os escritórios de advocacia.

▪ O Decreto-Lei nº 3.689/1941 (Código de Processo Penal), passa a


vigorar acrescido do art. 798-A, que trata da suspensão do prazo
processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de
janeiro, inclusive, salvo nos casos que envolvam réus presos, nos
processos vinculados a essas prisões, nos procedimentos regidos pela
Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), e nas medidas consideradas
urgentes, mediante despacho fundamentado do juízo competente.
Durante esse período, fica vedada a realização de audiências e de
sessões de

BUSCA E APREENSÃO NO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA


▪ A inviolabilidade do escritório de advocacia não é absoluta, logo, a
busca e apreensão nesse local é situação excepcional.

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 O magistrado só permite que ocorra caso a situação seja ANOTAÇÕES


excepcional.

▪ Para que a busca e apreensão tenha valor jurídico, necessariamente,


precisa respeitar alguns critérios (cumulativos), sob pena de nulidade,
quais sejam:
I) O advogado precisa estar sendo investigado (polo passivo
da ação criminal);
II) Os membros da OAB devem acompanhar;
III) O mandado de busca e apreensão precisa ser
pormenorizado (delimitação do objeto);
IV) Decisão fundamentada;
V) Não pode ser baseada apenas numa delação (precisa de
mais elementos);
VI) Outros dados/documentos permanecem protegidos pelo
sigilo.
▪ O membro da OAB deve acompanhar o momento da investigação,
visando garantir que somente o objeto da busca e apreensão seja
vistoriado.
▪ A OAB deve ser informada com 24h de antecedência, ao menos, para
que possa providenciar um representante para acompanhar a busca e
apreensão.
 Em situação de urgência, decretada pelo juiz, a OAB pode ser
chamada urgentemente (menos de 24h).

CRIME DE VIOLAÇÃO DE PRERROGATIVAS PROFISSIONAIS


▪ O crime de violação de prerrogativas tem como sanção 2 a 4 anos de
detenção e multa.
▪ Esse crime só ocorre se houver violação dos incisos II (busca e apreensão
no escritório de advocacia), III (direito de conversar, pessoal e
reservadamente, independentemente de procuração, ainda que seja
preso incomunicável), IV e V (prisão do advogado), do art. 7º, do EAOAB.
▪ O advogado fica preso em sala de estado maior (crime trabalhando ou
em ato civil). Se não houver sala de estado maior, fica em prisão
domiciliar.

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o O advogado fica preso em sala de estado maior em situações de ANOTAÇÕES


flagrante, preventiva, temporária, etc. No cumprimento de
sentença, fica na prisão comum (não cabe sala de estado maior!).
▪ O advogado preso durante atuação profissional terá direito a presença
do representante da OAB, para assegurar suas prerrogativas.
▪ O advogado preso durante ato da sua vida civil terá direito à
comunicação a OAB, mas não presença.

INSCRIÇÃO COMO ESTAGIÁRIO


▪ O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos,
realizado nos dois últimos anos do curso jurídico ou nos últimos quatro
períodos, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino
superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e
escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o
estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
▪ O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito
que queira se inscrever na Ordem.
▪ Em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que
impossibilitem as atividades presenciais, declaradas pelo poder público,
o estágio profissional poderá ser realizado no regime de teletrabalho
ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não, por qualquer
meio telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de
qualquer uma dessas modalidades.

JORNADA DE TRABALHO
▪ A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar
serviço para empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito)
horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas semanais.

SOCIEDADE DE ADVOGADOS
▪ Nas sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador
poderá recair sobre advogado que atue como servidor da administração
direta, indireta e fundacional, desde que não esteja sujeito ao regime de
dedicação exclusiva, não lhe sendo aplicável o disposto no inciso X do
caput do art. 117 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no que
se refere à sociedade de advogados.

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 Advogado que atua como servidor público pode ser sócio- ANOTAÇÕES
gerente da sociedade.
▪ A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia
podem ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de uso individual
ou compartilhado com outros escritórios de advocacia ou empresas,
desde que respeitadas as hipóteses de sigilo previstas nesta Lei e no
Código de Ética e Disciplina.
▪ O advogado poderá associar-se a uma ou mais sociedades de
advogados ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam
presentes os requisitos legais de vínculo empregatício, para prestação
de serviços e participação nos resultados.
▪ Nos cargos temporários, o advogado não precisa
abandonar/desconstituir a sociedade.
▪ O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do
advogado não o excluí da sociedade de advogados à qual pertença e
deve ser averbado no registro da sociedade, observado o disposto nos
arts. 27, 28, 29 e 30 desta Lei e proibida, em qualquer hipótese, a
exploração de seu nome e de sua imagem em favor da sociedade.

CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM


▪ Criada para dirimir conflitos entre sócios, ex-sócios e associados.

INCOMPATIBILIDADES
▪ Policiais e militares não poderão advogar em causa própria (proibido)
– ADI 7227.
▪ Servidor público pode advogar, desde que não seja contra quem o
remunera.
▪ A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as
seguintes atividades:
I) chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder
Legislativo e seus substitutos legais;
II) membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério
Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados
especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de
todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de
deliberação coletiva da administração pública direta ou
indireta;
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III) ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da ANOTAÇÕES


Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações
e em suas empresas controladas ou concessionárias de
serviço público;
IV) ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que
exercem serviços notariais e de registro;
V) ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou
indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
VI) militares de qualquer natureza, na ativa;
VII) ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de
lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e
contribuições parafiscais;
VIII) ocupantes de funções de direção e gerência em instituições
financeiras, inclusive privadas.
▪ A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou
função deixe de exercê-lo temporariamente.
▪ Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder
de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do Conselho
competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente
relacionada ao magistério jurídico.
▪ As causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e
VI do caput deste artigo não se aplicam ao exercício da advocacia em
causa própria, estritamente para fins de defesa e tutela de direitos
pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB, vedada a
participação em sociedade de advogados.
▪ A inscrição especial a que se refere o § 3º deste artigo deverá constar
do documento profissional de registro na OAB e não isenta o profissional
do pagamento da contribuição anual, de multas e de preços de serviços
devidos à OAB, na forma por ela estabelecida, vedada cobrança em
valor superior ao exigido para os demais membros inscritos.

HONORÁRIOS
▪ No caso de bloqueio universal do patrimônio do cliente por decisão
judicial, garantir-se-á ao advogado a liberação de até 20% (vinte por
cento) dos bens bloqueados para fins de recebimento de honorários e
reembolso de gastos com a defesa, ressalvadas as causas relacionadas
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aos crimes previstos na Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de ANOTAÇÕES


Drogas), e observado o disposto no parágrafo único do art. 243 da
Constituição Federal.

SUBSTABELECIMENTO
▪ O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode
cobrar honorários diretamente ao cliente sem a intervenção daquele que
lhe conferiu o substabelecimento.
 Não se aplica na hipótese de o advogado substabelecido, com
reservas de poderes, possuir contrato celebrado diretamente
com o cliente. Ou seja, se houver contrato escrito com o cliente,
poderá cobrar diretamente.

DECISÕES
▪ O STF decidiu que não existe mais a sanção (suspensão do advogado)
por inadimplência.
 Caso não pague, poderá ser executado, mas não poderá mais ser
suspenso.
▪ O STF decidiu que o defensor público está dispensado de ter inscrição
na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
 A inscrição é facultativa.
 Posição criticada, já que dificulta a fiscalização.

SÍNTESE DAS MUDANÇAS LEGISLATIVAS


▪ Art. 3-A, EAOAB. Os serviços profissionais de advogado são, por sua
natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua notória
especialização, nos termos da lei.
Parágrafo único. Considera-se notória especialização o
profissional ou a sociedade de advogados cujo conceito no
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho
anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu

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trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à ANOTAÇÕES


plena satisfação do objeto do contrato.
▪ Crime de violação de prerrogativas profissionais (prerrogativas
previstas no art. 7, II, III, IV e V, e no § 12, EAOAB). A lei de abuso de
autoridade trouxe a criminalização prevista no art. 7-B, EAOAB.
▪ Em razão da Lei 14.365/2022, ampliou-se a pena do crime de violação
das prerrogativas do advogado para de 2 a 4 anos de detenção.
o Bem como, foram vetados vários incisos do art. 7º, da Lei 8.906.
▪ O advogado fica preso provisoriamente em sala de estado maior (não
é cela especial!).
o Caso o estado não tenha uma, ele irá para prisão domiciliar.
o A sala de estado maior é antes da condenação, em caráter
provisório. Após condenação, o cumprimento de pena não será
em sala de estado maior.
o A definição e reconhecimento da sala de estado maior cabe à
administração pública, e não a OAB.
o A prerrogativa de ficar em sala de estado maior será garantida ao
advogado que for preso durante o exercício da advocacia ou
preso num ato pessoal da sua vida.
▪ O membro da comissão da OAB somente tem que estar presente para
acompanhar, se o advogado preso estivesse exercendo ato de
advocacia (no exercício da profissão).
▪ O advogado preso num ato pessoal da sua vida terá sua prisão
comunicada à comissão da OAB.
▪ A OAB é competente para medida de desagravo, efetivada na defesa
do advogado que tenha sido ofendido no exercício da profissão ou em
razão dela. É um instrumento de defesa dos direitos e das prerrogativas
da advocacia, previsto no inciso XVII, do artigo 7, do EAOAB.
▪ O advogado tem direito de estar presente em perícia médica para
confortar o paciente/cliente.

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CAPÍTULO 3. ORDEM DOS ADVOGADOS DO ANOTAÇÕES


BRASIL (OAB).

▪ É um serviço público “sui generis”, um órgão único, pois, é um órgão de


representação, seleção, julgamento e fiscalização, a fim de garantir os
direitos próprios dos advogados, a Constituição Federal, a justiça social,
direitos humanos e o aprimoramento da cultura e instituições jurídicas.
▪ Nos moldes do art. 44, do EAOAB, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
é um serviço público, autarquia dotada de personalidade jurídica e forma
federativa, que tem por finalidade:
I) defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático
de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa
aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
II) promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a
seleção e a disciplina dos advogados em toda a República
Federativa do Brasil.
▪ Sua sigla e símbolo são de uso exclusivo da entidade.
▪ Não possui vinculo funcional ou hierárquico com nenhum órgão da
administração pública.
▪ Possui autonomia administrativa e financeira, por ser uma autarquia sui
generis.
▪ Seus atos conclusivos são publicados no Diário Eletrônico da OAB.
▪ O Tribunal de Contas da União não fiscaliza a OAB.
▪ A OAB possui imunidade tributária total em seus bens e serviços (não paga
impostos).
▪ O membro da OAB não ganha remuneração, mas ganha certa projeção
profissional. Os membros da Comissão exercem suas funções sem qualquer
forma de remuneração, sendo considerado um trabalho de relevante
interesse público.
▪ Em razão da Lei 14.365/2022, é assegurada a competência exclusiva da
OAB para fiscalizar o efetivo exercício profissional e o recebimento de
honorários.

Observação:
→ A OAB não é fiscalizada por qualquer Órgão ou
Entidade Pública, tendo seu próprio sistema de
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fiscalização interna (3ª Câmara do Conselho ANOTAÇÕES


Federal).
→ A OAB participa da realização dos concursos
públicos.
o Quando o Concurso abarcar mais de um
estado, a participação compete ao Conselho
Federal.
o Quando o Concurso abranger apenas um
estado, a participação compete a Seccional.

1) FINALIDADE DA OAB
a) Defender a CRFB, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito,
os direitos humanos, a justiça social, sempre lutando pela boa aplicação
das leis;
b) Promover com exclusividade a representação, a defesa, a seleção e a
disciplina dos advogados em todo o Brasil;
c) Defender a justiça social;
d) Defender os direitos humanos;
e) Defender a rápida aplicação da justiça;
f) Prover o aprimoramento da cultura e das instituições jurídicas.

2) PRESIDENTE DA SECCIONAL OU SUBSEÇÃO DA OAB


▪ O advogado pode se tornar Presidente.
▪ O Presidente terá prerrogativas importantes, como:
I) Fazer valer todos os direitos do advogado (delegável);
II) Designar um advogado assistente da OAB em inquéritos ou
processos de interesse da OAB, em que faça parte inscrito, em
razão do exercício da profissão;
III) Requisitar cópias de processos ou inquéritos de interesse da
OAB;
o Em processo sigiloso, é necessária a procuração do
investigado.
o A OAB fica responsável por pagar a cópia e justificar a
requisição.

3) ÓRGÃOS DA OAB (ART. 54 E SS., DO EAOAB)


3.1. CONSELHO FEDERAL
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 É o órgão do Supremo da OAB, localizado em Brasília. ANOTAÇÕES


 É onde exaure o caminho administrativo (“transita em julgado”).
 Responsável por criar o Conselho Seccional, através de Resolução.
Também fiscaliza e, caso necessário, intervém.
o A intervenção requer 2/3.
 Responsável por editar e alterar o Código de Ética, o Regulamente
Geral e os Provimentos.
 Composto por três conselheiros federais por Estado (não ganham
remuneração).
 Os ex-presidentes também irão compor o Conselho Federal, com
caráter de membros vitalícios, tendo somente direito a voz.
 O Instituto dos Advogados Brasileiros e a Confederação do
Instituto dos Advogados Brasil também ganharam cadeiras,
porém, com direito somente a voz.
 A delegação não vota assunto do seu interesse direto, bem como,
profere somente um voto por delegação (três conselheiros).
 O presidente tem o voto de minerva, de qualidade.
 Só terão direito a voz e voto aqueles que estejam investidos no
cargo.
 Em caso de abertura de curso de direito, o Conselho Federal vai
opinar, ficando a cargo do MEC a decisão final, tendo em vista que
o parecer é apenas opinativo.
 É de atribuição do Conselho Federal as ações que discutem a
Constituição Federal (Ação Direta de Inconstitucionalidade, Ação
Civil Pública, Mandado de Segurança Coletivo, Mandado de
Injunção Coletivo). A competência da Ação Civil Pública e MS
Coletivo foi estendida para o Conselho Seccional. Também
compete ao Conselho Federal criar a Câmara de Conciliação e
Arbitragem para dirimir conflitos sobre assuntos versando sobre
sócio, ex-sócio e associados.
 Para alienar ou dar em garantia um patrimônio da OAB, deve ser
aprovado pelo pleno.

3.1.1. Composição do Conselho Federal:


 O Conselho Federal da OAB é composto por três
Conselheiros Federais por Seccional.
 A Diretoria do Conselho Federal da OAB é composta por:
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Presidente ANOTAÇÕES
Vice-Presidente
Secretário Geral
Secretário Geral Adjunto
Tesoureiro

Observação: O Presidente do Conselho


Federal é o único da diretoria que não
precisa ser Conselheiro Federal
Seccional, devendo ser apenas
Advogado.

3.2. CONSELHO SECCIONAL – $$$$$


 É o Conselho Seccional que edita o seu Regimento Interno.
 A ação discutindo a constituição estadual é de competência do
Conselho Seccional, e cada Estado tem a sua Seccional.
 Responsável por criar a Caixa de Assistência. Também fiscaliza e,
caso necessário, intervém.
 Tudo relacionado a dinheiro ($) fica sob responsabilidade da
Seccional, responsável por fixar a tabela de honorários e as
anuidades.
 A inscrição é de competência da Seccional, seja do advogado
pessoa física ou do escritório de advocacia, pessoa Jurídica.
 É a Seccional que cria o TED (Tribunal de Ética e Disciplina da
OAB).
 É a Seccional que cria as Subseções.
 A competência da Ação Civil Pública e MS Coletivo foi estendida
para o Conselho Seccional.

3.3. SUBSEÇÕES
 É uma área autônoma que não possui personalidade jurídica
própria, podendo compreender um ou mais municípios, ou até
mesmo um bairro de uma cidade.
 Criada por meio de Resolução, autorizada pela Seccional.
 É requisito ter no mínimo 15 advogados para sua criação.
 Se a Subseção possuir mais de cem advogados, vai ser criado o
Conselho da Subseção.
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 A Subseção é responsável por colher os documentos de inscrição ANOTAÇÕES


dos advogados e escritórios de advocacia e enviá-los para a
Seccional. Bem como, responsável por instruir representações
contra o advogado (princípio da territorialidade).

3.4. CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS


 Serve para prestar assistência aos inscritos.
 Metade do dinheiro da Seccional vai para a caixa de assistência
aos advogados (50% do $$$$$).
 Cada seccional tem sua caixa de assistência.
 Para sua criação deve ter no mínimo 1.500 advogados.
 Caso a caixa de assistência aos advogados seja extinta, o dinheiro
dela retorna para a Seccional.
 Divisão do dinheiro da seccional (anuidade dos advogados):
10% - Conselho Federal;
3% - Fundo Cultural;
2% - Fundo de investimento e desenvolvimento da cidadania
(FIDA)

4) QUINTO CONSTITUCIONAL
▪ Requisitos para o advogado participar:
I) Lapso temporal de 10 anos de efetivo exercício da
advocacia;
II) Notório saber jurídico e reputação ilibada;
III) Membros do Conselho não podem participar, ainda que
peçam exoneração.
▪ A OAB (advogados) vota a lista sêxtupla e leva para o Tribunal, que
escolhe três nomes. O Chefe do Poder Executivo escolhe um, de forma
discricionária.

5) ELEIÇÃO NA OAB
▪ A gestão na OAB dura três anos (não ganha nenhuma remuneração).
o É um cargo honorífico.
▪ Perde o cargo se faltar mais de três sessões seguidas.
▪ A eleição acontece na 2ª quinzena de novembro.
▪ Cria-se uma comissão eleitoral, com seis advogados (cota racial e cota
da paridade de gênero).
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▪ Se as cotas não forem obedecidas, a chapa pode ser nula. ANOTAÇÕES


▪ Os requisitos para candidatura são:
a) Lapso temporal de três anos para Conselheiro Seccional ou de
Subseção, e de cinco anos para os demais cargos (Diretorias e
Conselheiro Federal);
b) Estar em dia com a tesouraria;
c) Ser ficha limpa, salvo reabilitação;
d) Não posso ter cargo demissível ad nutum;
e) Inscrição ativa.

5.1. Chapa Completa


I) Diretoria da Seccional
II) Conselheiros Seccionais (30 a 80)
III) Conselheiros Federais (+ 3 suplentes)
IV) Diretoria caixa de assistência

5.2. Posse Presidente


 Posse do Conselho Federal no dia 1º de fevereiro, iniciando os 3
anos de gestão.
 Na eleição da Diretoria do Conselho Federal, é um voto por
conselheiro, e não por delegação.
 O candidato a Presidente do Conselho Federal precisa ter apoio
de, ao menos, 6 Seccionais para que possa concorrer.
 Não há restrição quanto a reeleição.
 No 2º ano, a Conferência Nacional da Advocacia Brasileira (CNAB)
é obrigatória. Participam advogados e estagiários que se
inscrevem. Quem vota nos temas dos painéis são os advogados e
estagiários inscritos na OAB.
 No 3º ano, na 2ª quinzena de novembro temos as eleições da
OAB. O edital convocando todos a se registrarem e votarem é
publicado 45 dias antes.
 Dia 1º de janeiro começa a posse da chapa que ganhou, salvo o
Conselho Federal.
 A diretoria se encontra no dia 31 de janeiro para votar para o
Conselho Federal.

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CAPÍTULO 4. ELEIÇÕES DA OAB. ANOTAÇÕES

▪ A gestão é de três anos.


▪ O voto é obrigatório a todos os advogados.
▪ Se o advogado não votar e nem justificar os motivos que o impediram de
votar, será multado em 20% do valor da anuidade.
▪ Acontece na segunda quinzena do mês de novembro.
▪ Os cargos não são remunerados, são cargos honoríficos.

Observações:
→ O voto não é obrigatório para aqueles que
possuem 50 anos de exercício profissional.
→ Caso o advogado que componha a gestão
da OAB tenha três faltas consecutivas e sem
justificativa, será excluído do cargo que
possui.

1) REQUISITOS PARA SER CANDIDATO NAS ELEIÇÕES DA OAB


a) Três anos de efetiva inscrição;
b) Estar em dia com o pagamento das anuidades da OAB ($);
c) Não possuir cargo demissível “ad nutum” (cargo de livre nomeação e livre
exoneração – cargo em comissão);
d) Ter a “ficha limpa” (não possuir qualquer sanção disciplinar em sua ficha);
e) A inscrição deve estar ativa > não pode estar incompatível, impedido ou
licenciado da OAB.

2) ELEIÇÕES DO CONSELHO FEDERAL


▪ A eleição para o Conselho Federal ocorre em 31 de janeiro, após à posse
da Seccional.
▪ A votação é realizada pelos Conselheiros Federais eleitos de cada
Seccional.
▪ A votação se dá por representante e não por delegação, ou seja, cada
Conselheiro Federal profere seu voto, ou seja, os próprios Conselheiros
Federais votam.

Observações:
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→ A votação para a nova Diretoria do ANOTAÇÕES


Conselho Federal é presidida pelo
Conselheiro Federal mais velho.
→ A posse do Conselho Federal ocorre em 1
de fevereiro.

▪ A votação é apenas para a Diretoria do Conselho Federal, que é


composta por:
I) Presidente do Conselho Federal > não precisa ser
Conselheiro Federal, bastando ser advogado;
II) Vice-Presidente do Conselho Federal > precisa ser
Conselheiro Federal;
III) Secretário Geral do Conselho Federal > precisa ser
Conselheiro Federal;
IV) Secretário Geral Adjunto do Conselho Federal > precisa ser
Conselheiro Federal;
V) Tesoureiro do Conselho Federal > precisa ser Conselheiro
Federal.
Observação: Para concorrer às eleições do
Conselho Federal deve ser apresentada a
carta de apoio de, no mínimo seis
seccionais.

3) ELEIÇÕES DA SECCIONAL
▪ A chapa deve estar completa para concorrer às eleições Seccionais,
devendo ser compostas:
a) Diretoria Seccional (5 integrantes > Presidente, Vice-
Presidente, Secretário Geral, Secretário Geral Adjunto e
Tesoureiro);
b) Conselheiros Seccionais (mínimo 30 e máximo 80);
c) Conselheiros Federais (3 efetivos e 3 suplentes);
d) Diretoria da Caixa de Assistência ao Advogado (5 integrantes
> Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Secretário
Geral Adjunto e Tesoureiro).

Observação: Começa com 30 conselheiros, e a


cada 3.000 (três mil) novos advogados inscritos na
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Seccional, aumenta 1 Conselheiro Seccional, até o ANOTAÇÕES


limite de 80 Conselheiros.

▪ Ou seja, a chapa deve ser composta de noventa e seis advogados,


todos possuindo os cinco requisitos para ser candidato, trabalhando de
graça por três anos.
▪ As eleições da OAB são geridas pela Comissão Eleitoral, a qual é
composta por cinco advogados. A posse ocorre em 1 de janeiro.

Observação: Para o advogado fazer parte da Diretoria da


Caixa de Assistência aos Advogados, ele deve compor a
chapa Seccional.

4) ELEIÇÕES DA SUBSEÇÃO
▪ As subseções possuem chapa própria dissociada da chapa da Seccional.
▪ Nas eleições para Subseção o advogado vota, em cédulas de votação
diferente, nas Chapas que concorrem nas Eleições Seccionais e as Chapas
que Concorrem as Eleições da Subseção.
▪ Tendo a Subseção mais de cem advogados, será criado o Conselho da
Subseção.
▪ A quantidade de membros do Conselho da Subseção obedecerá ao
Regimento Interno de cada Subseção.

5) COMISSÃO ELEITORAL
▪ Quem administra as eleições da OAB é o Conselho Eleitoral, composto
por no mínimo 5 advogados, os quais tem o poder de gerir as eleições e
decidir sobre as impugnações.

6) RECURSOS NAS ELEIÇÕES


▪ Os recursos interpostos referentes às eleições não têm efeito
suspensivo.
▪ A eleição continua a ocorrer enquanto o recurso é julgado, pois, a
eleição tem que acontecer independente de recurso.
▪ Se for dado provimento (julgado procedente) ao recurso, após a
realização das eleições será convocada nova eleição.

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7) GESTÃO TRIENAL ANOTAÇÕES


▪ 1º ANO
o 1 de janeiro é a posse da OAB, com Exceção do Conselho
Federal.
o 31 de janeiro é a primeira reunião do Conselho federal, onde é
feita a escolha da Diretoria do Conselho Federal.
o 1 de fevereiro é a posse do Conselho Federal.
▪ 2º ANO
o Tem a Conferência Nacional da Advocacia Brasileira
o Não tem local definido.
o As Seccionais se habilitam para sediar a conferência.
o Cada Seccional apresenta um filme demonstrando os atrativos
que possui para sediar a Conferência Nacional da Advocacia
Brasileira.

Observação: Os advogados e estagiários


votam nos painéis da Conferência Nacional
da Advocacia Brasileira.
▪ 3º ANO:
o É realizada a nova Eleição para o novo triênio de gestão na
segunda quinzena de novembro.
o A Abertura do Edital para as novas Eleições acontece com
45(quarenta e cinco) dias antecedência das eleições.

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CAPÍTULO 5. INTERVENÇÃO. ANOTAÇÕES

 É a última ratio.
 É a ferramenta onde órgão hierarquicamente superior faz valer as normas
e regulamentos em relação ao órgão hierarquicamente inferior, afastando a
diretoria e colocando uma nova (nomeada pelo órgão hierarquicamente
superior).

CONSELHO FEDERAL → SECCIONAL → SUBSEÇÃO

Observação: Situações de
natureza gravíssima
precisa do quórum de 2/3
para utilização da
Intervenção.

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CAPÍTULO 6. QUINTO CONSTITUCIONAL. ANOTAÇÕES

▪ É o instituto pelo qual o advogado se torna desembargador, sem que


precise passar pela magistratura.
▪ 2/3 dos tribunais são compostos por Desembargadores advindos do quinto
constitucional.

REQUISITOS:
I) 10 anos de efetivo exercício profissional – comprovação com 5 ações
novas por ano durante esses 10 anos;
II) Notório saber jurídico – presumido;
III) Reputação ilibada – não ter condenação ético ou criminal.

Observações:
→ Não pode estar em um cargo eleito da OAB (e
se foi eleito não pode sair no meio da gestão,
tem que esperar acabar para se candidatar).
→ A OAB faz a lista sêxtupla.
→ O tribunal transforma a lista sêxtupla em lista
tríplice;
→ O chefe do Poder Executivo (Governador)
escolhe entre a lista tríplice quem será o
Desembargador.
→ Prazo impróprio de 20 dias para a escolha
(Constituições Estaduais).
→ Se a vaga do Quinto Constitucional for para um
Tribunal Interestadual (que seja composto por
mais de uma Seccional), a realização da lista
sêxtupla ficará a cargo do Conselho Federal. O
Tribunal escolhe a lista tríplice e o Presidente da
República escolhe, dentre os 3(três) da lista, o
Desembargador.

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CAPÍTULO 7. TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA ANOTAÇÕES


(TED).

 Órgão que julga os advogados.


 Os integrantes do TED têm cargo honorífico (voluntários).
 O Tribunal de Ética determina a absolvição ou aplicação de penalidade ao
advogado.
 O julgamento é colegiado, mediante três advogados.

Relator
Revisor
Vogal

1) SUSPENSÃO PREVENTIVA DO ADVOGADO


▪ Disposto no art. 70, § 3º, do EAOAB, e aplicada pelo TED.
▪ O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete
exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha
ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho
Federal.
§ 1º. Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho
Seccional competente, julgar os processos disciplinares,
instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio
conselho.
§ 2º. A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente
comunicada ao Conselho Seccional onde o representado tenha
inscrição principal, para constar dos respectivos assentamentos.
§ 3º. O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado
tenha inscrição principal pode suspendê-lo
preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à
dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial
para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se não
atender à notificação. Neste caso, o processo disciplinar deve
ser concluído no prazo máximo de noventa dias.
▪ Ocorre quando o advogado pratica um ato que traga repercussão
prejudicial à imagem da dignidade da advocacia (ampla repercussão na
mídia).

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▪ Será suspenso preventivamente pelo prazo mínimo de trinta dias e ANOTAÇÕES


máximo de noventa dias, caso o TED entenda ser necessário (não é
punição).
o Só acontece quando tem repercussão midiática.
o Não é uma sanção, é medida cautelar.
▪ É instaurado um processo principal, que deverá ser processado e
julgado em até 90 dias, com direito a ampla defesa ou contraditório. É
esse processo que irá sancionar ou não o advogado.
▪ O recurso da suspensão preventiva não possui efeito suspensivo.
▪ Quem aplica é o Tribunal de Ética e Disciplina, onde o advogado tenha
a sua inscrição principal.

2) PROCESSO PRINCIPAL
▪ Da penalidade aplicada no processo principal, aplica-se o instituto da
detração.
▪ Detração é a subtração da pena aplicada no processo principal da pena
já cumprida na suspensão preventiva.

Observações:
→ Não é observado o princípio da territorialidade > na
suspensão preventiva, o advogado será julgado no local
onde possui sua inscrição principal, e não no locar onde
ocorreu o fato.
→ O advogado é convocado a estar presente na seção do
TED onde tem sua inscrição principal.
→ Na suspensão preventiva, o recurso não tem efeito
suspensivo, pois a finalidade é o afastamento do
advogado que praticou o ato que manchou a imagem da
dignidade da advocacia, tirando-o de circulação.
→ Os fatos gravíssimos que não tiverem ampla repercussão,
mesmo manchando a imagem da dignidade da advocacia,
não são passíveis de aplicação da suspensão preventiva.
→ O Conselho Federal pode aplicar a suspensão preventiva,
desde que a repercussão dos fatos seja em âmbito
Nacional.

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CAPÍTULO 8. PROCESSO DISCIPLINAR NA OAB. ANOTAÇÕES

 O processo que nasce da suspensão preventiva deve ser julgado em até


90 dias, em caráter urgente.
 Em regra, o advogado é julgado onde o fato ocorreu, por conta do princípio
da territorialidade (exceção na suspensão).
 O processo disciplinar está previsto no Código de Disciplina e Ética da
OAB, a partir do art. 55.
 O processo disciplinar pode ser instaurado de ofício ou mediante
requerimento do representado.
• A instauração de ofício se dá mediante o conhecimento dos fatos
pela autoridade.
 A denúncia anônima não é cabível.
 A denúncia pode ser recebida se vier de uma fonte idônea, como uma
reportagem confiável (terá representação).
 Todos os processos disciplinares são sigilosos.
• Somente as partes terão acesso.
• O sigilo termina com o trânsito em julgado, onde a pena seja pública.
 Se houver lacuna na OAB (código ou estatuto), usa-se, subsidiariamente, as
normas penais, administrativas e civis (PAC), visando o julgamento
adequado.
 A denúncia não aceita prazo decadencial. A prescrição nasce do
conhecimento dos fatos.
 A representação contra o advogado é endereçada para o Presidente do
Tribunal de Ética e Disciplina.
 Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional
competente, julgar os processos disciplinares, instruídos pelas Subseções
ou por relatores do próprio conselho.
• Da decisão do TED cabe recurso, interposto para o conselheiro da
seccional.
• O recurso pode ir para o conselho federal, se decidido por maioria.
 Recebida a Representação na OAB, é distribuída para que, em 30 dias, o
relator opine pelo arquivamento liminar ou a instauração do processo.
• A decisão do relator vai para a mesa do Presidente do TED.
 O arquivamento liminar é a extinção da representação, sem qualquer
instrução procedimental ou apreciação de mérito, do processo ético-

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disciplinar destituído dos pressupostos legais de admissibilidade (“ad ANOTAÇÕES


referendum” do presidente).
 Assim que a representação for recebida/admitida, o advogado deverá
apresentar a sua defesa prévia, no prazo de 15 dias.
• Todos os prazos, inclusive, o prazo dos embargos de declaração, na
OAB, é de 15 dias.
 É dever do advogado manter seu endereço atualizado, porque presume
entregue a correspondência da OAB no endereço fornecido pelo inscrito.
• A publicação pode ser feita no edital eletrônico da OAB. Caso o
advogado não responda, ainda assim, a OAB irá nomear um defensor
dativo.
• O advogado dativo da OAB não ganha remuneração, mas ganha um
incentivo curricular pela prestação de serviços. Caso faça 5 atos
privativos de advogado diferentes por ano, comprova a efetiva
prática profissional.
• O defensor dativo criminal recebe os honorários pagos pelo Estado
(tabela de honorários da OAB).
 O termo de ajuste de conduta (TAC) serve para advogados com ficha limpa
que seriam punidos com censura ou por conta de publicidade irregular,
visando desobstruir a pauta do Tribunal ao não instaurar processo
disciplinar.
 O foro privilegiado é cabível na OAB, conforme o art. 58, do CED.
• Os advogados são julgados pelo TED (sem foro privilegiado).
• A diretoria da subseção é julgada diretamente pela Seccional (foro
privilegiado).
• Os conselheiros federais e o presidente da seccional são julgados
pelo Conselho Federal, em Brasília (2ª câmara).
• Os advogados que ganharam a medalha Ruy Barbosa, a diretoria do
conselho federal e os ex-presidentes do conselho federal serão
julgados pelo Pleno.

1) AS CÂMARAS DO CONSELHO FEDERAL


▪ 1ª Câmara: Responsável por julgar os recursos sobre inscrições dos
advogados, as incompatibilidades e prerrogativas. Conhecida como a
Câmara do Apito.
▪ 2ª Câmara: Responsável pela parte disciplinar (ética e disciplina). Divide-
se em três turmas.
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▪ 3ª Câmara: Responsável pela aprovação das finanças da OAB ($$$), ANOTAÇÕES


bem como, assuntos sociais (sociedade, advogado empregado, etc) e
eleições.

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CAPÍTULO 9. PRESCRIÇÃO. ANOTAÇÕES

Prescrição no Processo Disciplinar X Prescrição


- Art. 43 e ss., EAOAB. X - Arts. 25 e 25-A, EAOAB.
- A prescrição ocorre em 5 anos, contada - É a prescrição do dinheiro
a partir do conhecimento oficial dos fatos ($$$$).
pela OAB (dia do protocolo). → Trata de - Trata-se do direito que o
prescrição quinquenal. cliente tem de buscar os
- Existem causas de interrupção da valores que o advogado não
prescrição (zerar o prazo), quais sejam: repassou → prescreve em 5
I) Dia da instauração do anos, a contar do ato que
processo de representação; conclui/encerra a relação do
II) Notificação válida (citação do advogado com seu cliente
advogado para apresentar sua (trânsito em julgado).
defesa); → o edital pode ser - O advogado tem prazo de 5
considerado como notificação anos para buscar os
válida! honorários que o cliente
III) Dia da decisão condenatória levantou e não quer pagar.
recorrível.

 A prescrição trienal é da representação do processo que fica 3 anos parado,


pendente de julgamento. → Apura-se quem deu causa, para ser
responsabilizado.

1) INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL NO PROCESSO


DISCIPLINAR
▪ Interrompe a instauração do processo > zera o prazo e recomeça a
contagem.
▪ A notificação válida do advogado > zera o prazo e recomeça a contagem.
▪ A decisão condenatória recorrível > zera o prazo e recomeça a
contagem.
Observação: A decisão absolutória não
interrompe o prazo prescricional → continua
contando.

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2) PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DISCIPLINAR ANOTAÇÕES


▪ Se o processo ficar três anos parado, ocorre a prescrição intercorrente.
▪ Apenas ocorre quando o processo já está instaurado.
▪ Aquele que der causa à prescrição intercorrente responde por sua
ocorrência.

3) PRESCRIÇÃO PARA O RESSARCIMENTO DE VLAORES LEVANTADOS


▪ Serve tanto para o cliente quanto para o advogado.
▪ A prescrição para o ressarcimento de valores levantados, tanto para o
cliente quanto para o advogado, é de cinco anos.
▪ O início do prazo se dá:
i. Vencimento do contrato;
ii. Trânsito em julgado;
iii. Última ação no serviço extrajudicial;
iv. Dia da transação em juízo;
v. Dia da desistência da ação;
vi. Dia da renúncia do mandato.

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CAPÍTULO 10. INFRAÇÕES E SANÇÕES ANOTAÇÕES


DISCIPLINARES.

Censura Suspensão Exclusão Multa


• É uma pena leve. • É uma pena grave. • É uma pena • Pena
• Pena sigilosa → • Prazo de 30 dias gravíssima acessória
somente as (mínimo) a 12 meses (quórum de → sempre
partes sabem (máximo) → 2/3). aplicada
(OAB e podendo ser • Se aplicada 3x junto a
advogado). prorrogável. a suspensão, uma pena
• A partir de duas • Poderá passar 12 receberá a principal.
censuras pode- meses no caso em exclusão. • Aplicada
se aplicar uma que o advogado se • É a morte da como
suspensão. recusar a prestar inscrição do acessória
• A censura pode contas terá que advogado → na censura
ser convertida pagar → fica perde o ou na
em advertência, suspenso até quitar a número da suspensão.
sem constar na dívida (pode inscrição na • A multa vai
ficha do inscrito, parcelar). OAB para de uma a
nos casos de • Também poderá sempre. dez
relevantes passar 12 meses no • O legitimado anuidades.
serviços, cargo, caso em que o para excluir é
agiu em defesa advogado seja a Seccional.
das inepto → até fazer • É dada
prerrogativas e prova da aptidão. publicidade.
com bons • É dada publicidade. • Art. 34, incisos
antecedentes. • Possui ampla defesa, XXVI ao
• O advogado contraditório e XXVIII,
censurado devido processo EAOAB.
continua legal.
trabalhando. • Art. 34, incisos XVIII
• Art. 34, incisos I ao XXV, EAOAB.
ao XVII, EAOAB.

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 A licença da inscrição da OAB é uma autorização concedida pelo Conselho ANOTAÇÕES


Seccional responsável, para que o advogado se afaste provisoriamente de
seu exercício da profissão
o Licenciamento não é sanção.
▪ O cancelamento da inscrição é algo mais sério do que apenas o
licenciamento. Regulado pelo art. 11 do EAOAB, ocorre mediante processo
administrativo, iniciado pelo próprio advogado, por ofício do Conselho
Seccional ou qualquer outra pessoa – a depender dos motivos pelo qual será
iniciado.
▪ A advertência, prevista no art. 40 do EAOAB, é uma alternativa à sanção de
censura diante de circunstância atenuante.
o Não consta na ficha do inscrito.

1) CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO DAS SANÇÕES


I. Grau de Culpa
II. Consequências
III. Ficha pregressa

2) HIPÓTESES DE PERMANÊNCIA DA SUSPENSÃO (PODENDO


ULTRAPASSAR 12 MESES)
▪ O advogado permanece suspenso quando:
I) Se recursar a prestar contas do dinheiro da parte, ficando
suspenso até quitar a dívida (art. 34, inc. XXI, EAOAB);
II) Se inepto profissionalmente, situação do advogado que não
reúne as condições mínimas de advogar, e fica suspenso até
fazer prova de sua habilitação (art. 34, inc. XXIV, EAOAB).

Observação: Para a prova da OAB


não é necessário fazer novo exame,
apenas fazer prova de sua habilitação
(diferente do entendimento
jurisprudencial).

3) REABILITAÇÃO DO ADVOGADO (ART. 41, EAOAB)


▪ A reabilitação é cabível em todas as sanções, desde que cumpra todos
os requisitos.

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▪ Instituto pelo qual o advogado excluído também volta a advogar, pois, ANOTAÇÕES
todas as irregularidades são apagadas da sua ficha.
▪ Os requisitos para reabilitação são:
a) Lapso temporal de 1 ano (ainda que excluído > não precisa de
novo exame);
b) Prova de idoneidade moral; e
c) Se o fato tiver sido crime, precisa levar a reabilitação criminal para
apresentação na OAB.

4) ADVERTÊNCIA
▪ A advertência não é uma pena, é uma chance dada ao advogado.
▪ Caso o advogado não tenha recebido nenhuma penalidade e possuir os
requisitos que autorizem a conversão, a censura será convertida em
advertência, sem constar nos assentos do advogado, ou seja, em sua
ficha funcional.
▪ Havendo a conversão da censura em advertência, o advogado continua
ficha limpa (réu primário), como se não tivesse existido qualquer sanção
disciplinar imposta a ele.
▪ Não há limite de vezes para a conversão da censura em advertência,
pois não existe a anotação na ficha do advogado.
▪ O julgador tem que justificar a conversão.

5) REQUISITOS PARA CONVERSÃO DA CENSURA EM ADVERTÊNCIA


a) Relevantes Serviços a OAB (ex.: defensor dativo);
b) O advogado que tem cargo na OAB;
c) Quando o advogado estiver atuando em defesa de suas prerrogativas
(deslize ético em defesa das prerrogativas);
d) O réu que tem bons antecedentes; é ficha limpa (a critério do julgador).

Observação: Quando o réu é primário, não tem


obrigatoriedade de converter → PODE
CONVERTER, não sendo obrigatório.

MACETE DO FIC FRIC


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ANOTAÇÕES

Exclusão Incisos XXVI ao XXVIII


Falsa prova para ingresso na OAB (não possui efeito
F
suspensivo)
Inidoneidade (ex.: condenado criminalmente, violência
I contra mulher, criança, adolescente, pessoa com
deficiência, lgbtqia+, etc)
Crimes infamantes (mancham a boa fama do
C
advogado, como tráfico de drogas ou furto de cargas)
DE Delação Premiada (o advogado é proibido de fazer
PRE delação premiada do seu cliente > proteção ao cliente).
Suspensão ($) Incisos XVII ao XXV
F Fraudar a lei junto com terceiros
Retenção ou extravio dos autos físicos (exige notificação
R
para devolução)
Inépcia profissional (advogado inepto
I
profissionalmente)
Conduta incompatível com a advocacia (ex.: usuário
C de tóxicos, alcolismo, jogos de azar e a incontinencia
pública e escandalosa)

Observações:
→ Todas as outras infrações são sancionadas
com CENSURA! → Incisos I (se não for
reincidente), II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI,
XII, XIII, XIV, XV e XVI. Nos casos de censura
de réu primário, é possível assinar o TAC.

6) ATO PRATICADO POR ADVOGADO SUSPENSO


▪ Ato praticado por advogado suspenso é nulo → responderá perante a
OAB pelo descumprimento da suspensão determinada.
o Atos privativos, não privativos de advogado e os atos que o
estagiário pode praticar sozinho.

7) ATOS PRIVATIVOS DE ADVOGADO


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ANOTAÇÕES

Atos Privativos de Atos não privativos de Advogado (ou que


Advogado qualquer pessoa pode praticar)
I) Assessoria I) Habeas corpus;
Jurídica; II) Postulação na Justiça do Trabalho, 1º e 2º grau,
II) Consultoria com a exceção do TST, onde o advogado é
Jurídica; necessário;
III) Gerência Jurídica; III) A postulação nos Juizados Especiais Cíveis até
IV) O visto em 20 salários mínimos;
Contratos. IV) A postulação nos Juizados Especiais Federais
até 60 salários mínimos;
- Obs.: Quem faz V) Por força da súmula vinculante 5, não é
“o visto” não pode ter necessário a defesa técnica de Advogado nos
vínculo com a Junta Processos Administrativos Disciplinares (PAD).
Comercial.

8) ATOS QUE O ESTAGIÁRIO PODE PRATICAR SOZINHO


I) Fazer carga de processos;
II) Obter certidões;
III) Petição de juntada de documentos (confecção e assinatura).

Observações:
→ Os demais atos, o estagiário deve praticar conjuntamente
com o advogado.
→ Os atos do estagiário são supervisionados pelo advogado.
→ O estagiário é punido com censura quando exceder sua
competência.

9) PRESCRIÇÃO

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ANOTAÇÕES

Prescrição no Processo
Prescrição
Disciplinar
• Art. 25 e 25-A, EAOAB.
• Art. 43 e ss., EAOAB. • Trata de dinheiro.
• A prescrição ocorre em 5 • O direito do cliente buscar os valores
anos, contada a partir do que o advogado não repassou
conhecimento oficial dos prescreve em 5 anos.
fatos pela OAB (protocolo) → • O advogado tem prazo de 5 anos para
prescrição quinquenal. buscar os honorários que o cliente não
quer pagar.

10) INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL NO PROCESSO


DISCIPLINAR
▪ Interrompe a instauração do processo > zera o prazo e recomeça a
contagem.
▪ A notificação válida do advogado > zera o prazo e recomeça a contagem.
▪ A decisão condenatória recorrível > zera o prazo e recomeça a
contagem.

Observação: A decisão absolutória não


interrompe o prazo prescricional → continua
contando.

11) PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DISCIPLINAR


▪ Se o processo ficar três anos parado, ocorre a prescrição intercorrente.
▪ Apenas ocorre quando o processo já está instaurado.
▪ Aquele que der causa à prescrição intercorrente responde por sua
ocorrência.

12) PRESCRIÇÃO PARA O RESSARCIMENTO DE VLAORES LEVANTADOS


▪ Serve tanto para o cliente quanto para o advogado.
▪ A prescrição para o ressarcimento de valores levantados, tanto para o
cliente quanto para o advogado, é de cinco anos.
▪ O início do prazo se dá:
vii. Vencimento do contrato;

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viii. Trânsito em julgado; ANOTAÇÕES


ix. Última ação no serviço extrajudicial;
x. Dia da transação em juízo;
xi. Dia da desistência da ação;
xii. Dia da renúncia do mandato.

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CAPÍTULO 11. INCOMPATIBILIDADE E ANOTAÇÕES


IMPEDIMENTO.

1) INCOMPATIBILIDADE
▪ Previsto no art. 28, do EAOAB.
▪ Proibição total para advogar, ainda que em causa própria.
▪ Poderá advogar se for exonerado do outro cargo.

RAP DA INCOMPATIBILIDADE!!
“Governador e o membro da mesa, mas que beleza, juiz e o promotor, e o
assessor, o diretor, a polícia e o militar. Na outra mão, a galera do carvão $
(auditor, gente maneira, gerente de instituição financeira), e a exceção, eu
digo na moral, inciso II, juiz eleitoral!”

Observações:
→ O estagiário que esteja revestido pelo manto da
incompatibilidade, ou seja, que esteja inserido em alguma
dessas hipóteses de incompatibilidade, não poderá se
registrar como estagiário na OAB, apenas podendo
frequentar para ver como é.
→ Exceção do art. 28, II, EAOAB, referente ao Juiz Eleitoral
advindo da advocacia (máximo de 2 anos, prorrogável por
mais 2), que pode advogar, salvo contra a justiça eleitoral.
→ O art. 29, do EAOAB, fala da atividade limitada da
advocacia, em razão do advogado ser o Procurador-Geral
e o Advogado-Geral.
→ Policiais e militares não podem advogar, nem mesmo em
causa própria.

2) IMPEDIMENTO
▪ Previsto no art. 30, do EAOAB.
▪ Proibição parcial para advogar.
▪ O indivíduo não pode advogar contra o Ente que o remunera, mas,
poderá advogar perante outras causas.
▪ Parlamentares não poderão advogar contra a administração pública,
porém, poderão advogar contra particulares.

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Observações: ANOTAÇÕES
→ Exceção para os docentes de curso jurídico, que
poderão advogar, inclusive, contra quem o
remunera.

HIPÓTESES:

IMPEDIDOS (ART. 30
INCOMPATÍVEIS (ART. 28 EAOAB)
EAOAB)
Chefe do Poder Executivo (inciso I) e seus
substitutos legais.
Membros da Mesa Diretora do Poder
Legislativo (inciso I) e seus substitutos
legais.
Pessoas com função de julgar > juízes e
Servidores da administração
membros do MP.
direta, indireta ou
Membros do Poder Judiciário e os auxiliares
fundacional, contra a Fazenda
(inciso II).
Pública que os remunera ou à
Serviços notariais e de registro (inciso IV).
qual seja vinculada (inciso I) →
Atividades policial e militar, na ativa (inciso
O procurador geral,
V e VI).
advogado geral, defensores
Responsável por lançamento, arrecadação e
gerais e dirigentes de órgãos
contribuições parafiscais/tributos >
jurídicos da administração
auditores (inciso VII).
pública direta e indireta.
Aquele que tem função ou cargo de direção
na administração pública.
Direção e gerência em instituições
financeiras (inciso VIII).
Afastamento temporário (Art. 28, 1º,
EAOAB).

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CAPÍTULO 12. INSCRIÇÃO NA OAB. ANOTAÇÕES

 Para os profissionais que se formam em Direito, além do título da graduação,


o exercício da função depende da inscrição na OAB. Caso contrário, todas
as ações realizadas serão invalidadas e o profissional pode ser processado
por exercício irregular ou ilegal da advocacia.

1) REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO


I) Capacidade civil;
II) Diploma ou Certificado de Conclusão de Curso de Direito,
acompanhado do histórico escolar de ensino superior;
III) Regularidade eleitoral e militar;
IV) Aprovação no exame da ordem;
V) Ausência de incompatibilidade;
VI) Comprovação de idoneidade moral;
VII) Não ter praticado crime infamante;
VIII) Prestar compromisso perante a OAB.

Observação:
→ Crime infamante significa qualquer crime que
provoque forte repúdio ético a comunidade, que
manche negativamente a imagem da advocacia.
→ Na inscrição do estagiário não exigem o diploma e
a aprovação no exame.
→ O bacharel (pessoa formada) pode fazer o estágio.

2) INIDONEIDADE
▪ A inidoneidade impede o registro na OAB.
o Instaura-se processo, com ampla defesa e contraditório, para
analisar se o registro na OAB ocorrerá ou não.
o Ex.: Violência contra a mulher, violência contra idosos, violência
contra criança, violência contra deficiente, violência contra
indígenas, violência contra a comunidade LGBTQIA+, etc.

3) ADVOGADO ESTRANGEIRO

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▪ Exigências para ser inscrito na OAB, antes mesmo da prática de ANOTAÇÕES


qualquer ato privativo de advogado:
a) Prestar exame de ordem;
b) Prestar compromisso perante a OAB.

Observações:
→ Precisa demonstrar que conhece o direito brasileiro.
→ O diploma de graduação e os demais documentos
oficiais devem ser autenticados no consulado
Brasileiro no país onde foi emitido e depois traduzidos
para português, por tradutor público juramentado ou
tradutor judicialmente compromissado.
→ É possível a dispensa da autenticação, quando os
documentos são enviados do governo estrangeiro
para o governo brasileiro, por via diplomática.
→ O diploma deve ser revalidado por órgão educacional
brasileiro competente.

4) INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR
▪ O advogado que possuir habitualidade do exercício da advocacia em
outra seccional, que não aquela da sua inscrição principal, deverá
realizar sua inscrição suplementar na seccional.
▪ Será necessária caso ocorra habitualidade na advocacia, que se dá
caso possua mais de 5 ações novas por ano.
▪ Também é necessária a inscrição suplementar se o advogado virar sócio
de escritório de advocacia em seccional diversa daquela que possui a
inscrição principal.

5) CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
▪ Ocorrerá cancelamento da inscrição caso o advogado:
i. Assim o requerer;
ii. Sofrer penalidade de exclusão;
iii. Falecer;
iv. Passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível;
v. Perder os requisitos para inscrição.

6) LICENÇA DA INSCRIÇÃO
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▪ Ocorrerá a licença da inscrição caso o advogado: ANOTAÇÕES


i. Assim o requerer, por motivo justificado;
ii. Passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível;
iii. Sofrer doença mental curável.

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CAPÍTULO 13. PRERROGATIVAS DO ADVOGADO ANOTAÇÕES


(ART. 7º, EAOAB).

ESTATUTO DA OAB
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de
seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita,
eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da
advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008)
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo
sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos
em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados
incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante,
por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto
respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação
expressa à seccional da OAB;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado,
senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades
condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão
domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos
cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias,
cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro,
e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de
expediente e independentemente da presença de seus
titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione
repartição judicial ou outro serviço público onde o
advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação
útil ao exercício da atividade profissional, dentro do
expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se
ache presente qualquer servidor ou empregado;

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d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ANOTAÇÕES


ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este
deva comparecer, desde que munido de poderes
especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais
indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de
trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra
condição, observando-se a ordem de chegada;
IX-A - (VETADO);
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal judicial ou
administrativo, órgão de deliberação coletiva da administração pública
ou comissão parlamentar de inquérito, mediante intervenção pontual e
sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos,
a documentos ou a afirmações que influam na decisão;
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal
ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou
regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação
coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo,
ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a
sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com
possibilidade de tomar apontamentos;
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de
investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos,
em meio físico ou digital;
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer
natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos
prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo
prazo de dez dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da
profissão ou em razão dela;
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XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; ANOTAÇÕES


XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de
quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado
pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato
judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não
tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante
comunicação protocolizada em juízo.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações,
sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos; (Incluído pela Lei nº
13.245, de 2016)
b) (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 2º-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 2º-B. Poderá o advogado realizar a sustentação oral no recurso
interposto contra a decisão monocrática de relator que julgar o
mérito ou não conhecer dos seguintes recursos ou ações:
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
I - recurso de apelação; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
II - recurso ordinário; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
III - recurso especial; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
IV - recurso extraordinário; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
V - embargos de divergência; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
VI - ação rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus
e outras ações de competência originária. (Incluído pela Lei nº 14.365,
de 2022)
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por
motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável,
observado o disposto no inciso IV deste artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em
todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e
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presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com ANOTAÇÕES


uso e controle assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8)
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da
profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho
competente deve promover o desagravo público do ofendido,
sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o
infrator.
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de
crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente
poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso
II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo
mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a
ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em
qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das
mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado
averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que
contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei
nº 11.767, de 2008)
§ 6º-A. A medida judicial cautelar que importe na violação do
escritório ou do local de trabalho do advogado será determinada
em hipótese excepcional, desde que exista fundamento em
indício, pelo órgão acusatório. (Promulgação partes vetadas)
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-B. É vedada a determinação da medida cautelar prevista no
§ 6º-A deste artigo se fundada exclusivamente em elementos
produzidos em declarações do colaborador sem confirmação por
outros meios de prova. (Promulgação partes vetadas)
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 6º-C. O representante da OAB referido no § 6º deste artigo tem
o direito a ser respeitado pelos agentes responsáveis pelo
cumprimento do mandado de busca e apreensão, sob pena de
abuso de autoridade, e o dever de zelar pelo fiel cumprimento do
objeto da investigação, bem como de impedir que documentos,
mídias e objetos não relacionados à investigação, especialmente
de outros processos do mesmo cliente ou de outros clientes que
não sejam pertinentes à persecução penal, sejam analisados,

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fotografados, filmados, retirados ou apreendidos do escritório de ANOTAÇÕES


advocacia.
§ 6º-D. No caso de inviabilidade técnica quanto à segregação da
documentação, da mídia ou dos objetos não relacionados à
investigação, em razão da sua natureza ou volume, no momento
da execução da decisão judicial de apreensão ou de retirada do
material, a cadeia de custódia preservará o sigilo do seu
conteúdo, assegurada a presença do representante da OAB, nos
termos dos §§ 6º-F e 6º-G deste artigo.
§ 6º-E. Na hipótese de inobservância do § 6º-D deste artigo pelo
agente público responsável pelo cumprimento do mandado de
busca e apreensão, o representante da OAB fará o relatório do
fato ocorrido, com a inclusão dos nomes dos servidores, dará
conhecimento à autoridade judiciária e o encaminhará à OAB
para a elaboração de notícia-crime.
§ 6º-F. É garantido o direito de acompanhamento por
representante da OAB e pelo profissional investigado durante a
análise dos documentos e dos dispositivos de armazenamento de
informação pertencentes a advogado, apreendidos ou
interceptados, em todos os atos, para assegurar o cumprimento
do disposto no inciso II do caput deste artigo.
§ 6º-G. A autoridade responsável informará, com antecedência
mínima de 24 (vinte e quatro) horas, à seccional da OAB a data, o
horário e o local em que serão analisados os documentos e os
equipamentos apreendidos, garantido o direito de
acompanhamento, em todos os atos, pelo representante da OAB
e pelo profissional investigado para assegurar o disposto no § 6º-
C deste artigo.
§ 6º-H. Em casos de urgência devidamente fundamentada pelo
juiz, a análise dos documentos e dos equipamentos apreendidos
poderá acontecer em prazo inferior a 24 (vinte e quatro) horas,
garantido o direito de acompanhamento, em todos os atos, pelo
representante da OAB e pelo profissional investigado para
assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo.
§ 6º-I. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada
contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância
disso importará em processo disciplinar, que poderá culminar
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com a aplicação do disposto no inciso III do caput do art. 35 desta ANOTAÇÕES


Lei, sem prejuízo das penas previstas no art. 154 do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
§ 13. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo
aplica-se integralmente a processos e a procedimentos
eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo.

▪ O art. 7º-B, da EAOAB, dispõe que constitui crime violar direito ou


prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V, caput do art.
7º, desta Lei, com pena de detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa. NOVIDADE!!

Observações:
→ Da violação de prerrogativas, será cabível o
desagravo.
→ Requisitos para a busca e apreensão no
escritório de advocacia:
a) O advogado tem que estar sendo
investigado o no polo passivo da ação
criminal;
b) Acorrer membro da OAB;
c) Tem que ser pormenorizada;
d) Tem que ser justificado;
e) Os outros documentos permanecem
invioláveis.

 Se a OAB não for notificada da busca e


apreensão ela é nula.
 Tem que ser delimitado o objeto,
constando no mandado.

1) DESAGRAVO
▪ Ocorre quando o advogado é ofendido por motivo relacionado ao
exercício profissional.
▪ É uma maneira de tornar pública a solidariedade da classe ao colega
ofendido, mediante ato da OAB.
▪ Tem que ser no calor dos fatos.
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▪ Não depende da anuência do ofendido. ANOTAÇÕES


▪ Prazo para o Desagravo: 60 dias para analisar e 30 dias para realizar.

2) PRERROGATIVAS DA ADVOGADA (ART. 7º-A, EAOAB)


Estatuto da OAB
Art. 7-A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de
2016)
I - gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a
detectores de metais e aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos
tribunais;
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche,
onde houver, ou a local adequado ao atendimento das
necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz,
preferência na ordem das sustentações orais e das
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante
comprovação de sua condição;
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos
processuais quando for a única patrona da causa, desde
que haja notificação por escrito ao cliente.
§ 1. Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante
aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado
gravídico ou o período de amamentação.
§ 2. Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à
advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo
previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).
§ 3. O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada
adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no
§ 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil).

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DIREITOS ANOTAÇÕES

Gestante Mãe Lactante


 Creche ou fraldário local para as
 Direito à vaga de
necessidades do bebê;  Prioridade
estacionamento;
 Suspensão do prazo processual de pauta,
 Não se submete aos
por 30 dias, se for a única pelo
detectores de metais
advogada nos autos; prazo de
e aparelhos de raio-x;
 Prioridade de pauta, pelo prazo 120 dias.
 Prioridade de pauta.
de 120 dias.

Gestante Adotante Lactante


Entrada sem detectores de
metais ou aparelhos de SIM NÃO NÃO
raio x
Reserva de vaga SIM NÃO NÃO
Preferências na ordem de
sustentação oral e SIM SIM SIM
audiências do dia
Acesso a creche e local
NÃO SIM SIM
adequado

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CAPÍTULO 14. CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA ANOTAÇÕES


(CED).

 Art. 2º, CED. O advogado, indispensável à administração da Justiça, é


defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e
garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz
social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua
elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[....]
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos
sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a
honestidade e a dignidade da pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha
patrono constituído, sem o assentimento deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais
perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou
familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.

DAS RELAÇOES COM O CLIENTE

 Art. 9º, CED. O advogado deve informar o cliente, de modo claro e


inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das
consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente,
denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer
circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou
confiar-lhe a causa.

 Art. 10, CED. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança


recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é
recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as
dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato
ou a ele renuncie.
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• O advogado e cliente precisam ter uma relação de reciprocidade. ANOTAÇÕES


• O cliente não pode prejudicar sua própria defesa.
• Se o cliente não confia no advogado, ele precisa I) alertar o cliente
sobre a demanda, e/ou II) renunciar ou substabelecer.

 Art. 11, CED. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da


parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça
mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas,
antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.

 Art. 12, CED. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não,


extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores
e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder,
bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de
esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e
necessários. Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços
até então prestados não se inclui entre os valores a ser devolvidos.

 Art. 13, CED. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se


cumprido e extinto o mandato.

 Art. 14, CED. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha
patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo
plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e
inadiáveis.
• O advogado precisa ser cientificado caso outro advogado participe
do processo.

 Art. 15, CED. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo


as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de
dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que
lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.

 Art. 16, CED. A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do motivo
que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo
acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei
(EAOAB, Art. 5º, § 3º).
• Ao renunciar, o advogado não pode mencionar as razões para tal.

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§ 1º A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos ANOTAÇÕES


eventualmente causados ao cliente ou a terceiros.
§ 2º O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente
quanto a documento ou informação que lhe devesse fornecer para a
prática oportuna de ato processual do seu interesse.

 Art. 17, CED. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não
o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como
não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em
eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em
face do serviço efetivamente prestado.

 Art. 18, CED. O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo


decurso de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo
instrumento.

 Art. 19, CED. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional,


ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem
representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.

 Art. 20, CED. Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e


não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com
prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais,
resguardado sempre o sigilo profissional.

 Art. 21, CED. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-


cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o
sigilo profissional.
• Não existe tempo ou prazo para advogar contra seu ex-cliente ou ex-
empregador (pode ser algo imediato), mas, é necessário resguardar
o sigilo.

 Art. 22, CED. Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária


à validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado
ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu
impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de
interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se
prenda ao patrocínio solicitado.
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ANOTAÇÕES
 Art. 23, CED. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem
considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. Parágrafo único.
Não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir,
como defensor, no sentido de que a todos seja concedido tratamento
condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias
constitucionais.

 Art. 24, CED. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que


pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência
de aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no
processo.
• Independência do advogado.

 Art. 25, CED. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo,


simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.

 Art. 26, CED. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes,


é ato pessoal do advogado da causa.
§ 1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o
prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar
antecipadamente seus honorários com o substabelecente.

ADVOCACIA PRO BONO

 Art. 30, CED. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor
nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a
dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta
amparada e confie no seu patrocínio.
§ 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e
voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins
econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não
dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
§ 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas
naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo
do próprio sustento, contratar advogado.

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§ 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político- ANOTAÇÕES
partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais
objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de
clientela.

DO EXERCÍCIO DE CARGOS E FUNÇÕES NA OAB E NA REPRESENTAÇÃO


DA CLASSE

 Art. 33, CED. Salvo em causa própria, não poderá o advogado, enquanto
exercer cargos ou funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em qualquer
condição, nos seus Conselhos, atuar em processos que tramitem perante a
entidade nem oferecer pareceres destinados a instruí-los.
Parágrafo único. A vedação estabelecida neste artigo não se aplica aos
dirigentes de Seccionais quando atuem, nessa qualidade, como
legitimados a recorrer nos processos em trâmite perante os órgãos da
OAB.

SIGILO PROFISSIONAL

 Art. 37, CED. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias


excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça
ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.

 Art. 38, CED. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou


procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito
deva guardar sigilo profissional.

PUBLICIDADE PROFISSIONAL

 Art. 39, CED. A publicidade profissional do advogado tem caráter


meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não
podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.

 Art. 40, CED. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser
compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e
televisão;
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II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas ANOTAÇÕES


de publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em
qualquer espaço público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de
outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e
telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos
ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de
eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência
a e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou
formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação
de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos
escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis
luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as
diretrizes previstas no artigo 39.

 Art. 41, CED. As colunas que o advogado mantiver nos meios de


comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão
induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela.

 Art. 42, CED. É vedado ao advogado:


I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos
meios de comunicação social;
II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio
de outro advogado;
III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e
da instituição que o congrega; IV – divulgar ou deixar que sejam
divulgadas listas de clientes e demandas;
V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

 Art. 43, CED. O advogado que eventualmente participar de programa de


televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem
televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação
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profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais ANOTAÇÕES


e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados
pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de
profissão.
Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por
qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de
interesse geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de
promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter
sensacionalista.

 Art. 44, CED. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e


material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome,
nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de
inscrição na OAB.
§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e
as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as
instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se
dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e
a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que
o cliente poderá ser atendido.
§ 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos
cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego,
cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou
instituição, salvo o de professor universitário.

 Art. 45, CED. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de


eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a
divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural
de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a
clientes e a interessados do meio jurídico.

 Art. 46, CED. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios
eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo.
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo
de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos,
desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem
forma de captação de clientela.
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ANOTAÇÕES
 Art. 47, CED. As normas sobre publicidade profissional constantes deste
capítulo poderão ser complementadas por outras que o Conselho Federal
aprovar, observadas as diretrizes do presente Código.

 Art. 47-A, CED. Será admitida a celebração de termo de ajustamento de


conduta no âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para
fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários.
Parágrafo único. O termo previsto neste artigo será regulamentado
mediante edição de provimento do Conselho Federal, que estabelecerá
seus requisitos e condições.

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CAPÍTULO 15. ADVOCACIA PRO BONO. ANOTAÇÕES

▪ A advocacia pro bono é a advocacia gratuita, para quem não pode pagar.

▪ Permitido em favor das pessoas físicas e para as pessoas jurídicas (ONG’s


e associações sem fins lucrativos).

▪ Não é permitida para fins político-eleitorais.

▪ Não pode ser realizada como meio de angariar clientes.

▪ Os honorários de sucumbência caracterizam uma verba disponível, ou


seja, poderão ser direcionadas para o advogado, para a parte ou para ambos.

▪ Não há limite para advocacia pro bono.

Observação:
→ Quem tem cargo na OAB não pode firmar
contrato oneroso com a própria OAB.

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CAPÍTULO 16. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ANOTAÇÕES

1) HONORÁRIO CONTRATUAL OU CONVENCIONAL

▪ Honorário de tratativa com o cliente. Em regra, o compactuado é 20%


do total na 1ª instância e 30% na 2ª.
▪ O contrato e a forma de pagamento são pactuados entre o advogado
e o cliente, salvo se feito na forma da lei.
o Feito por escrito.
▪ A tabela de honorários é o patamar mínimo. O valor não poderá
ultrapassar metade do valor final.
▪ O cliente é responsável pelo pagamento das custas.
▪ O advogado prestará contas a qualquer tempo (fornece recibo).
▪ Se a forma de pagamento for sob a forma da lei, será:
i. 1/3 na assinatura do contrato;
ii. 1/3 quando sai a sentença;
iii. o restante é pago ao final.
▪ Poderá ser cobrado todo ao final, salvo disposição contrária.
▪ O advogado pode juntar o contrato de honorários e o juiz deverá deferir
que os honorários sejam deduzidos do montante do cliente, antes da
expedição do alvará.
▪ A Lei 14.365/2022 assegurou o pagamento de honorários, de acordo
com o previsto pelo Código de Processo Civil, nos termos da decisão
recente da Corte Especial do STJ.

2) HONORÁRIOS DE ARBITRAMENTO
▪ Honorários fixados pelo magistrado, visto algum problema, observando:
I) O valor da causa;
II) O trabalho realizado;
III) A tabela de honorários da OAB.

3) HONORÁRIO ASSISTENCIAL
▪ Honorário que incide na justiça do trabalho, nas ações coletivas
movidas por associações de classe e sindicatos, devidos ao advogado,
sendo indisponível.

4) HONORÁRIO DE SUCUMBÊNCIA

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▪ Honorários devidos pela parte vencida ao advogado da parte ANOTAÇÕES


vencedora.
▪ Serve para filtrar “aventuras jurídicas” e incentivar a boa advocacia.
▪ Caracterizam verba disponível, permitindo que o advogado a negocie.
▪ Devidos ao advogado, que poderá repassar ou dividir, com o cliente ou
a sociedade de advogados.

5) PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
▪ É permitido o pagamento parcelado, em cartão de crédito, cheque,
boleto ou dinheiro.
▪ Não é permitido o pagamento de honorário por meio de título de
crédito.
▪ É vedado ao advogado reter valores, a título de compensação, sem
autorização escrita do cliente.
▪ Em caso de falência ou concordata, o crédito do advogado é chamado
de credito privilegiado > recebe antes dos últimos (quirografários).
▪ Os honorários possuem caráter alimentar, não podendo ser
penhorados.
▪ Podem ser levados a protesto o cheque e a nota promissória.
▪ É direito do advogado juntar o contrato de honorários aos autos para
que seja deduzido do montante do cliente.
▪ Os honorários são executados nos próprios autos, independente do
tipo de ação.
▪ A fatura não pode ser levada a protesto em ação de cobrança de
honorários.

6) CLÁUSULA DA QUOTA LITIS (ART. 50, DO CED)


▪ Do produto da ação, o advogado não pode ganhar mais do que o
cliente vai ganhar.

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CAPÍTULO 17. SOCIEDADE DE ADVOGADOS. ANOTAÇÕES

 Não tem caráter mercantil.


 Registrada junto à Seccional.
 A sociedade não admite nome fantasia.
 A procuração deve ser individualizada e deverá constar o nome de
todos os sócios.
 A sociedade não possui vínculo trabalhista.
 Os sócios de um mesmo escritório não podem defender interesse
contrários (representação de autor e réu).
 A Lei 14.365/2022 regulamentou a figura do advogado associado,
assegurando a autonomia contratual interna dos escritórios de
advocacia.
 A criação da mesma sociedade com os mesmos sócios em outra
seccional é chamada de Filial.
 A sociedade não assina as peças processuais (atos postulatórios), que
devem ser assinadas pelos sócios.
 A sociedade poderá assinar atos necessários para sua manutenção.

1) SOCIEDADE SIMPLES
▪ Sociedade composta por dois ou mais advogados.
▪ O nome da sociedade é o nome ou o prenome de um ou mais sócios.
▪ O sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados
pela sociedade a terceiros.
▪ O nome de sócio falecido será retirado da sociedade. Pode ser mantido,
caso expresso em contato.
o Se tiver previsão em contrato, mantém o nome do sócio falecido
na sociedade, sendo desnecessária a autorização dos herdeiros
ou cônjuge do sócio falecido.
▪ A sociedade simples poderá ser convertida em sociedade unipessoal.

2) SOCIEDADE UNIPESSOAL
▪ Sociedade composta apenas por um advogado.
▪ O nome da sociedade é o nome ou prenome do advogado integrante.
▪ A sociedade é extinta em caso de morte do único sócio.
▪ O advogado só pode figurar como sócio de uma sociedade por
seccional (Estado).
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▪ Paga imposto reduzido. ANOTAÇÕES

3) ADVOGADO EMPREGADO
▪ O advogado empregado submete-se ao comando, bem como ao
poder disciplinador do empregador que tem o direito de dirigir a
prestação pessoal de seus serviços (art. 2º, da CLT).
▪ Iniciativa privada (não cabe para os advogados públicos).
▪ O advogado não perde sua autonomia ou independência profissional.
▪ O advogado empregado não é obrigado a praticar qualquer ato que
não concorde ou que venha a prejudicá-lo.
o Não é obrigado a propor ação ou recurso cujo fundamento o
advogado empregado tenha tese contrária.
▪ Não é obrigado a ter outro advogado atuando conjuntamente com ele.
▪ Não é obrigado a fazer favores de cunho pessoal.

4) ADVOCACIA PÚBLICA
▪ O advogado público, antes de tudo, é advogado, observando,
igualmente, as regras gerais e éticas próprias legalmente definidas pela
OAB.
▪ O advogado público não licencia e nem cancela a OAB, mantém sua
inscrição ativa para a prática dos atos postulatórios.

5) JORNADA DE TRABALHO
▪ O advogado deve trabalhar 4 horas por dia, e 20 horas por semana.
▪ Em casos excepcionais, o advogado trabalha 8 horas por dia, e 40 horas
por semana.
▪ A dedicação exclusiva não se presume, já que a regra é a 4 horas por dia
e 20 horas por semana.

6) HORA EXTRA
▪ A hora extra das pessoas normais é de 50%, já a hora extra do
advogado é de 100%. E se trabalhar de 20 horas até as 5 horas da
manhã, o advogado ganha mais 25% de adicional noturno, ou seja, ele
recebe 125%.

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CAPÍTULO 18. NULIDADE DOS ATOS ANOTAÇÕES


ADVOCATÍCIOS PRATICADOS ILEGALMENTE.

 A prática ilegal dos atos privativos de advogado por pessoas que não
estejam regularmente inscritas na OAB é nula de pleno direito do ato
praticado, a qual pode:
I. ser declarada de ofício
II. a requerimento do interessado ou do Ministério Público
III. é imprescritível
IV. não pode ser ratificada pela parte interessada
V. não convalesce com o tempo
VI. ao ser declarada, apaga os efeitos produzidos
VII. não pode ser suprida ou sanada

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CAPÍTULO 19. PROCURAÇÃO. ANOTAÇÕES

 Instrumento pelo qual o cliente outorga poderes ao advogado.


o O cliente pode revogar a procuração.
 O advogado poderá renunciar a procuração, porém, a razão não
poderá ser mencionada.
o Caso renuncie, precisará garantir o andamento por 10 dias
(continua advogando).
o Será liberado caso outro advogado ingresse na causa antes antes
dos 10 dias.
o Para renunciar, o cliente terá que receber a ciência
inequivocamente.
 O advogado não pode aceitar procuração de quem já tenha patrono
constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por justo motivo ou
para a prática de atos urgentes e inadiáveis.
 O advogado pode realizar atos urgentes sem procuração, desde que
realize a juntada posterior no prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15
dias.
o Art. 5º, § 1º, EAOAB. O advogado, afirmando urgência, pode
atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de
quinze dias, prorrogável por igual período.
o Art. 104, CPC. O advogado não será admitido a postular em juízo
sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou
prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
 Em razão da Lei 14.365/2022, o trabalho da advocacia pode ser
prestado de forma verbal ou por escrito, independente de mandato ou
formalização de contrato.

1) RENÚNCIA AOS PODERES


▪ Caso o advogado não queira mais atuar no processo, poderá renunciar
aos poderes conferidos pelo cliente.
▪ Para ocorrer a renúncia, o advogado tem que dar a ciência inequívoca
ao cliente, preferencialmente por carta com aviso de recebimento (AR).
▪ Após a comunicação da renúncia, o advogado ainda permanece
vinculado ao processo, representando o cliente pelo prazo de dez dias,
para que ele possa constituir novo advogado.

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o O cliente precisará ter ciência de que não terá mais um advogado ANOTAÇÕES
naquele processo (precisa de novo patrono).
o A renúncia no processo não supre a ciência inequívoca do cliente.
▪ No momento em que o cliente não queira mais os serviços do advogado,
poderá revogar os poderes conferidos.

2) SUBSTABELECIMENTO
I) Substabelecimento sem reservas: O processo deixa de ser do advogado
que substabeleceu, ficando sob total responsabilidade do advogado
substabelecido (novo).
• Sem reservas = “tchau”.
• O advogado, antes de deixar a causa, terá que dar ciência inequívoca
do cliente > continua patrono por 10 dias.
II) Substabelecimento com reservas: Ato pessoal do advogado. O processo
continua sendo do advogado que substabeleceu, que dividirá os poderes
com o novo advogado (substabelecido).
• Com reservas = “meu”.
• Não precisa da ciência do cliente.
• O advogado substabelecido é impedido de cobrar valores
diretamente ao cliente.
• Qualquer cobrança de honorários deve ser feita ao advogado que
substabeleceu a causa.

3) ADVOGADO COMO TESTEMUNHA


▪ O advogado pode figurar como testemunha (e depor) quando o fato
for relacionado a um ato da vida privada (quando não estava
trabalhando). Como, por exemplo, numa batida de carro.
▪ O advogado não pode figurar como testemunha (não vai depor)
quando teve ciência do fato por conta do exercício profissional (quando
estava trabalhando). Como, por exemplo, num fato relacionado a um
cliente.

4) ADVOGADO E O PREPOSTO
▪ O advogado não pode figurar no mesmo processo como advogado e
preposto.

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CAPÍTULO 20. PUBLICIDADE DO ADVOGADO. ANOTAÇÕES

A publicidade na advocacia é meramente informativa, para manter


os novos advogados e aqueles que estão no marcado a mais tempo em
pé de igualdade.

O QUE NÃO PODE:


• Anunciar conjuntamente outro exercício profissional com o da advocacia
• Panfleto
• Adesivar carro
• Outdoor ou busdoor
• Carta de clientes
• Descontos especiais
• Foto ➜ A foto pessoal ou com outras pessoas é vedada, mas a foto do
espaço físico do escritório de advocacia é autorizada.
• Rádio
• Televisão
• Dar entrevistas para imprensa com habitualidade, tratando e
comentando casos sensacionalistas.

Observações:
→ Pode a publicidade meramente informativa (ex.:
Revistas e periódicos), desde que sejam
endereçados a outros advogados, aos clientes ou a
pessoas que manifestem seu interesse.
→ O anúncio do escritório ou da sociedade poderão
ser veiculados em jornais, revistas, catálogos
telefônicos, folders de eventos jurídicos ou
publicações do gênero, bem como sítios da
internet, sendo vedado fazê-lo por mensagens
dirigidas a telefones celulares, televisão ou cinema,
nem podendo ser a mensagens publicitárias
transmitidas por outro veículo próprio de
publicidade empresarial.

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→ O cliente sempre procura o advogado, e não o ANOTAÇÕES


advogado que vai atrás do cliente.
→ Nas entrevistas realizadas nos meios de
comunicação, o advogado apenas pode fornecer
seu e-mail como forma de contato.
→ Não pode dar o telefone.
→ Pode ter perfil profissional no facebook e
instagram.
→ Pode placa indicativa do escritório (se for
iluminada, tem que ser discreta).

1) CARTÃO DO ADVOGADO
O que pode:
• Nome;
• Número da OAB;
• Especialidades;
• Horário de trabalho;
• QR Code;
• Atividades de docência.
• Redes Sociais.

Observações:
→ Não é permitida a veiculação no cartão de
outras atividades que possam angariar
clientes. Ex.: Juiz aposentado, promotor
aposentado, etc.
→ É proibida a prática de qualquer outra
atividade profissional no domicílio
profissional do Advogado. Ex.: Escritório de
Advocacia e Consultório Médico.

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