O documento aborda os fundamentos do escoamento multifásico, destacando a importância do transporte de fluidos gasosos e líquidos em processos industriais. Ele descreve diferentes padrões de fluxo, como fluxo de bolhas dispersas e fluxo estratificado, e discute a necessidade de medir as fases individuais, especialmente na indústria de petróleo e gás. Além disso, o texto menciona variáveis operacionais e geométricas essenciais para calcular o gradiente de pressão e o holdup do líquido durante o escoamento.
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Dfii Aula 10
O documento aborda os fundamentos do escoamento multifásico, destacando a importância do transporte de fluidos gasosos e líquidos em processos industriais. Ele descreve diferentes padrões de fluxo, como fluxo de bolhas dispersas e fluxo estratificado, e discute a necessidade de medir as fases individuais, especialmente na indústria de petróleo e gás. Além disso, o texto menciona variáveis operacionais e geométricas essenciais para calcular o gradiente de pressão e o holdup do líquido durante o escoamento.
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Dinâmica de Fluidos II
Fundamentos do Escoamento Multifásico
2016 Fluxos multifásicos
Em vários processos industriais, como por exemplo, no
transporte de vapor, industria de bebidas, circulação de fluidos em sistemas de refrigeração é comum encontrar-se escoamentos de fluidos multifásicos onde uma das fases é gasosa e a outra líquida. O Fluxo bifásico pode ocorrer em trechos verticais, inclinados ou horizontais, e alguns métodos tiveram que ser desenvolvidos a fim de permitir a determinação da queda de pressão ao longo da tubulação, com qualquer ângulo de inclinação. Fluxos multifásicos
Nunca houve qualquer demanda real para medir as fases
individuais ou componentes dessas indústrias. No entanto, na indústria de petróleo e gás, devido a necessidade economica de estimar o custo do que se transporta, há uma demanda crescente para medir os componentes individuais do escoamento (gás, óleo e água). Fluxos multifásicos
Os componentes de uma mistura multifásica escoam a
velocidades diferentes. De um modo geral, a velocidade do gás é muito maior do que a velocidade do líquido e portanto, porque o gás flui a uma velocidade maior que a do líquido, ocorre o deslizamento e o “holdup” líquido se verifica. “holdup” - é a área da secção transversal do tubo ocupado com líquido. Fluxos multifásicos
Portanto, alguns processos industriais obrigam a que fluidos
multifásicos (gás e líquido) sejam transportados por longas distâncias antes de serem separados. Além do dimensionamento dos dutos de produção com base na perda de carga, é importante que se possa determinar a composição do fluido na conduta, em diversas condições de fluxo, a fim de possibilitar o projecto adequado do sistema de separação na na zona e ou momento protendido. Fluxos multifásicos
Os padrões dos escoamentos multifásicos dependem de
vários factores, sendo as velocidades do gás e do líquido a variável principal para classificação dos fluxos multifásicos. Assim sendo, considerando a velocidade do gás e do líquido bem como a relação gás/líquido, pode-se destacar os seguintes tipos de fluxos multifásicos:
Fluxo de bolhas dispersas - Para velocidades muito altas do
líquido e baixas relações gás/liquido. Fluxos multifásicos
Fluxo de bolhas dispersas - Para velocidades muito altas do
líquido e baixas relações gás/liquido.
Fluxo estratificado liso ou estratificado ondulado – que
ocorre para baixas velocidades de líquido e gás. Fluxos multifásicos
Fluxo de ondas rolantes de líquido – Ocorre para
velocidades intermédias do líquido.
Fluxo de tampões ou golfadas – resulta da modificação do
fluxo de ondas rolantes, quando se aumenta a velocidade, pois, com o aumento da velocidade as ondas rolantes crescem até o ponto de formarem tampões ou golfadas. Fluxos multifásicos
Fluxo anular – Ocorre para velocidades de gás muito altas.
Fluxos multifásicos
Para que se possa calcular o gradiente de pressão do
escoamento, o “holdup” da fase líquida e os padrões de fluxo que ocorrem durante o escoamento simultâneo de gás e líquido ao longo da tubulação, é necessário que se conheçam algumas condições do escoamento em questão, tais como:
a) propriedades dos fluidos: densidade, viscosidade, tensão
superficial, etc. Fluxos multifásicos
b) varáveis operacionais: vazão, velocidade, temperatura.
c) varáveis geométricas: profundidade, afastamento,
diâmetro, inclinação, isolamento.
O escoamento multifásico é diferente do monofásico e
portanto, possui as suas terminologias específicas.
Fracção de massa da fase - fase é o caudal de massa de um
componente em relação à taxa de fluxo de massa total da mistura multifásica. Fluxos multifásicos
Por exemplo, para o gás a fracção do fluxo mássico da fase
gasosa pode ser estimada como: . mgas Gmass _ fraction . Onde: M
mgas – representa o fluxo mássico do gás;
M - é o fluxo mássico total.
NOTA: O mesmo é aplicável para a fracção do fluxo
volumétrico Deslizamento de fase
Já foi dito anteriormente que os componentes de uma mistura
multifásica escoam a velocidades diferentes e essa diferença de velocidade é denominada deslizamento.
Portanto, o deslizamento VR = Vg-VL
Onde Vg e VL representam as velocidades do gás e do líquido
respectivamente. Deslizamento de fase
A razão entre as velocidades, também conhecida como razão
de deslizamento K, pode ser estimada como: vg K vL
E portanto, para um fluxo homogéneo, K=1.
Considerando a parte ocupada pelo gás como a fracção
vazia, a fracção do volume do gás pode ser determinada de: Deslizamento de fase Hg K G volume _ gas 1 H H K Onde: g g
Hg = representa o espaço ocupado pelo gás ou fracção vazia.
Assim sendo a parte ocupada pelo líquido ou “holdup” será:
H L 1 H g
Volume _ gas H g Volume _ total no segmento Holdup do liquido sem deslizamento
O “holdup” do líquido sem escorregamento, é definido como
a relação do volume de líquido em um segmento de tubo, dividido pelo volume do segmento de tubo que existiria, se o gás e o líquido fluíssem à mesma velocidade (sem escorregamento). O cálculo pode ser feito directamente, usando as vazões conhecidas do gás e do líquido (qL e qg). . qL L . . qL qg Holdup do liquido sem deslizamento
Assim sendo, para o gás, a fracção vazia pode ser estimada
como. . qg g 1 L . . qL qg Velocidade
Muitas correlações de fluxo bifásico estão baseadas em uma
variável chamada de velocidade superficial. A velocidade superficial de uma fase fluida é definida como a velocidade na qual essa fase estaria sujeita se fluísse só pela secção transversal total do tubo. Velocidades
A velocidade superficial. do gás é calculada por:
qg v sg A A velocidade real do gás é calculada por: . qg vg A Hg Onde A – é a secção transversal do tubo.
Velocidade da mistura é a soma das velocidades superficiais
das fases: vm vsg v sL Velocidades
A velocidade de escorregamento é definida como a diferença
entre as velocidades reais da fase gasosa e líquida. vsg vsL vs v g v L Hg HL
Usando as definições anteriores para velocidade, o “holdup”
sem escorregamento, pode também ser calculado como: vsL L vm