Módulo - Slide 2
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PRODUÇÃO
DE LEITE A PASTO
02 Gênero Brachiaria
(Urochloa ) 06 Leguminosas
1. Introdução
Devemos levar em consideração alguns aspectos importantes na
escolha da forrageira para produção leiteira, como:
Produção
Qualidade
Condições de solo e clima local
1. Introdução
Para a formação da pastagem, a forragem deve apresentar bons índices de produtividade de Matéria Seca e de Proteína
Bruta, com equilíbrio estacional e aceitabilidade pelos animais.
A produção de forragem é um dos principais fatores capazes de afetar a produtividade de um sistema de produção
animal.
1. Introdução
Os gêneros mais utilizados para a formação de pastagens nos sistemas de
produção de leite nas diferentes regiões do Brasil são:
Brachiaria
Cynodon
1. Introdução
Gênero Brachiaria (Urochloa)
Brachiaria decumbens: Basilisk
Brachiaria brizantha: BRS Ipyporã, BRS Paiaguás, BRS Piatã, Marandú e Xaraés.
Brachiaria humidícula: BRS Tupi
Brachiaria ruziziensis: BRS Integra e Kennedy
Gênero Cynodon: Tifton 85, Grama Estrela Roxa e Coast cross e Jiggs,
Vaqueiro e Tierra Verde
Foto:Introdução
Ricardo Costa
Outras forrageiras utilizadas nos sistema de produção leiteira:
1.
Leguminosas: Estilosantes, Guandu e Amendoim forrageiro
Palma forrageira
02
Gênero Brachiaria
(Urochloa )
2. Gênero Brachiaria
As Brachiarias são muito usadas nas pastagens tropicais e adaptam-se
às mais variadas condições de solo e clima, proporcionando produções
de forragem satisfatórias em solos com baixa e média fertilidade.
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Porte subereto, crescimento em touceiras decumbentes
Folhas rígidas, eretas, curtas e com pouco pelo
Altura de 60 cm a 1,0 m
Florescimento a partir de dezembro
Produção em t de MS/ha/ano: de 8 t/ha a 20 t/ha
Digestibilidade da MS: Época das águas de 55% a 60%
Época da seca de 53% a 55%
Proteína bruta, % da MS: Época das águas de 9% a 10%
Época da seca de 7% a 8%
Solos: de baixa a mediana fertilidade, elevada tolerância à acidez e à seca
Foto: Rosangela Zoccal
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e Doenças
Semeadura: profundidade máxima de 4 cm, de 5 kg/ha a Quando ocorre o manejo inadequado da pastagem,
6 kg/ha de sementes puras viáveis (SPV) que permite muita sobra de pasto e
Tempo de formação: 90 dias após a semeadura consequentemente muita massa de forragem em
decomposição, proporciona as condições favoráveis
Primeiro pastejo: leve, com poucos animais, depois de 90
ao desenvolvimento do fungo Phitomyces
dias
chartarum, responsável pelos problemas
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 25 cm
decorrentes da fotosensibilização dos animais.
Saída dos animais com 15 cm
Não tolera encharcamento do solo e temperaturas frias
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Crescimento cespitoso
Altura de 20 cm a 60 cm
Folhas sem pelos no dorso e poucos na face ventral
Florescimento em março
Produção em t MS/ha/ano: de 8 t/ha a 20 t/ha de MS
Digestibilidade da MS: Águas de 55% a 65%
Seca de 50% a 55%
Proteína bruta: de 9% a 11% (Águas) e 7% a 8% (Seca)
Palatabilidade: elevada
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e doenças
É resistente às cigarrinhas-das-pastagens e
Plantio: semeadura de 3cm a 6 cm de profundidade e taxa
susceptível à cigarrinha da cana-de-açúcar
superior a 4 kg/ha de sementes puras viáveis (SPV)
Boa tolerância a seca por seu sistema radicular vigoroso e
profundo
Não tolera o encharcamento do solo
Tempo de formação: 90 dias após a emergência
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Crescimento em touceiras de porte baixo (hábito prostrado)
Folhas lanceoladas, eretas e pilosa em ambas faces
Florescimento entre março e abril com espiguetas unisseriadas
Produção em t MS/ha/ano: de 8 t/ha a 15 t/ha, podendo chegar a
16 t
Digestibilidade da MS: Águas de 60% a 70%
Seca de 59% a 62%
Proteína bruta, % da MS: Águas de 10% a 11%
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e doenças
Semeadura: profundidade de 2 cm a 6 cm, e taxa de 4 Apresenta elevada resistência às cigarrinhas
kg/ha a 6 kg/ha de sementes puras viáveis
Primeiro pastejo: leve e poucos animais depois de 60 dias
Pastejo rotacionado: Entrada do animais com 30 cm
Saída dos animais com 20 cm
Não tolera encharcamento do solo
A produtividade do pasto e o valor nutritivo da forragem são É a cultivar de Brachiaria que apresenta maior resistência
dependentes da adubação e do manejo imposto à pastagem. às cigarrinhas-das-pastagens.
Cultivar BRS Paiaguás (Brachiaria brizantha)
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Crescimento cespitoso
Altura de 65 cm a 90 cm
Folhas finas, eretas e sem pelos
Florescimento em dezembro (precoce)
Produção em t de MS/ha/ano: 8t a 15t (chegando a 20 t)
Palatabilidade: boa
Digestibilidade da MS: Águas de 55% a 60%
Seca de 55% a 58%
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e doenças
Semeadura: de 3 cm a 6 cm e taxa de 3,5 kg/ha a 5 Apresenta baixa resistência às cigarrinhas
kg/ha de sementes puras viáveis Não apresenta sintomas expressivos de manchas
Tempo de formação: de 90 a 100 dias após a foliares
emergência das plantas Susceptível a viroses e ao nematoide das lesões
Primeiro pastejo: leve, com poucos animais, altura de radiculares, do qual é planta hospedeira.
30 cm a 40 cm e com 60 a 70 dias após a emergência
Pastejo contínuo: a altura do pasto deve permanecer
de 25 cm a 35 cm
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 40 cm
Uma das principais características dessa cultivar é a grande
Saída dos animais com 20 cm produção de forragem e o bom desempenho dos animais em
pastejo no período da seca.
Baixa tolerância ao encharcamento do solo
Cultivar BRS Piatã (Brachiaria brizantha )
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Crescimento cespitoso
Altura de 85 cm a 1,10 m
Folhas sem pelos com 45 cm de comprimento
Florescimento em janeiro e fevereiro e inflorescência com
até 12 racemos
Produção em t de MS/ha/ano: 8t a 12t, chegando a 20t
Digestibilidade da MS: Águas de 55% a 65%
Seca de 53% a 56%
Proteína bruta em % da MS: Águas de 9% a 10%
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e doenças
Plantio: semeadura de 2 cm a 5 cm de profundidade, e Apresenta boa resistência às cigarrinhas-das-
taxa superior a 4 kg/ha de sementes puras viáveis pastagens e pouca resistência à cigarrinha da cana-
Tempo de formação: 80 dias após a emergência de-açúcar
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Crescimento cespitoso
Altura de 1,5 m
Folhas lanceoladas, longas, verde-escura, poucos pelos
Florescimento em maio e junho (tardio) com grandes espiguetas
unisseriadas
Produção em t de MS/ha/ano: 20 t (chegando a 23 t)
Digestibilidade da MS: Águas de 53% a 60%
Seca de 50% a 52%
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e doenças
Plantio: semeadura com profundidade de 3 cm a 6 cm e Medianamente resistente às cigarrinhas-das-
taxa superior a 4,5 kg/ha de sementes puras viáveis pastagens e susceptível à cigarrinha da cana-de-
(SPV) açúcar
Tempo de formação: 80 dias após a emergência das Não apresenta sintomas expressivos de manchas
plantas foliares, mas susceptível à mela-das-sementes
Primeiro pastejo: leve com 30 cm a 40 cm de altura
Pastejo contínuo: manter a altura de 40 cm a 45 cm
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 35 cm
Saída dos animais com 15 cm
Moderada tolerância ao encharcamento do solo
Cultivar BRS Tupi (Brachiaria humidicola)
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e doenças
Plantio: semeadura em até 5 cm de profundidade e É resistente às cigarrinhas típicas das pastagens
taxa superior a 4,0 kg/ha de sementes puras viáveis Não apresenta sintomas expressivos de manchas
Estabelecimento: com 30 cm a 40 cm de altura foliares
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e Doenças
Mediana tolerância à seca É susceptível às cigarrinhas-das-pastagens
Plantio: semeadura com profundidade máxima de 5 cm e Resistente às doenças foliares
taxa entre 4 kg/ha e 5 kg/ha de sementes puras viáveis
Estabelecimento: 30 dias após o pastejo de formação
Primeiro pastejo: com 90 dias após a emergência
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 50 cm Na estação seca e veranicos, a produtividade é
comparativamente maior que aquelas de outras cultivares de
Saída dos animais com 25 cm Brachiaria ruziziensis. É uma gramínea muito responsiva à
adubação e pode atingir produtividade elevada.
Exige solos de boa fertilidade e baixa tolerância à acidez
Baixa tolerância ao encharcamento
2. Gênero Brachiaria
1 - Características
Crescimento intermediário entre cespitoso com touceiras
decumbentes
Folhas com aspecto aveludado e grande pilosidade
Florescimento em março com panículas de 5 a 7 racemos
Produção em t de MS/ha/ano: de 8 t a 20 t
Digestibilidade da MS: Águas de 60% a 70%
Seca de 50% a 62%
Proteína bruta, % da MS: Águas de 10% a 12%
2. Gênero Brachiaria
2 - Plantio/Manejo 3 - Pragas e Doenças
Baixa tolerância as geadas e mediana resistência à seca É susceptível às cigarrinhas-das-pastagens
2. Gênero Brachiaria
Basillisk BRS BRS BRS Marand Xaraés BRS Tupi BRS Kennedy
Ipyporã Paiaguá Piatã u Integra Basillisk BRS BRS BRS Marand Xaraés BRS Tupi BRS Kennedy
s Ipyporã Paiaguás Piatã u Integra
Produção de MS (t/ha/ano) 20 15 15 20 20 24 12 20 20 Proteína Bruta (% da MS) 10 11 10 10 11 10 9 12 12
Basillisk BRS BRS BRS Piatã Marandu Xaraés BRS Tupi BRS Kennedy
Ipyporã Paiaguás Integra
Digestibilidade (% da MS) 60 70 66 65 65 60 58 70 70
Brachiarias
2. Gênero Brachiaria
Altura de pastejo
50
40 40
35
Integra
30 30 30
25 25
25
20 20 20 20
15 15 15
10
Basillisk BRS Ipyporã BRS Paiaguás BRS Piatã Marandu Xaraés BRS Tupi BRS Integra Kennedy
Saida 15 20 20 15 Tupi 20 15 10 25 20
Entrada 25 30 40 30 40 35 25 50 30
Foto: Rosangela Zoccal
03
Gênero Cynodon
3. Gênero Cynodon
3. Gênero Cynodon
3. Gênero Cynodon
1 - Características
Alta produtividade
Elevada qualidade nutricional da forragem
Grande capacidade de resposta à adubação
Resistência ao pisoteio
Boa adaptação a diferentes tipos de solos e clima
3. Gênero Cynodon
As cultivares multiplicadas assexuadamente são: As cultivares multiplicadas por sementes são:
Tierra Verde
Coast cross e Tifton 85 (Cynodon spp. – híbrido)
Vaquero
Jiggs – Grama bermuda (Cynodon dactylon)
Tifton 68 (Cynodon nlemfuensis)
Florakirk (Cynodon spp)
3. Gênero Cynodon
2 - Plantio/Manejo
As plantas geralmente são multiplicadas assexuadamente utilizando estolões e
rizomas como mudas, apesar de duas cultivares comercializadas no Brasil são
multiplicadas por sementes.
3. Gênero Cynodon
1 - Características
Planta perene e de porte alto
Colmos e folhas largas e verdes escuras quando comparada com outras
2 - Plantio/manejo
É utilizada para pastejo e produção de feno
3. Gênero Cynodon
3. Gênero Cynodon
1 - Características
A Grama Estrela Roxa é um material plantado no Brasil há vários anos,
porém não há registro do desenvolvimento em programa de
melhoramento. É menos exigente em relação à fertilidade do solo quando
comparado ao Tifton 85, indicada para área com alagamento intermitente
É cultivada em grandes áreas no estado do Acre por apresentar tolerância
a solos encharcados
É utilizada em sistemas de monocultivo ou em associação com o
amendoim forrageiro (Arachis sp)
3. Gênero Cynodon
Produção de MS/ha/ano:
5 t em sistemas pouco tecnificados
15 t em sistemas tecnificados
18,3 t com adubação de 250 Kg de N/ha/ano
Proteína Bruta em % da MS: de 12,4% a 13,95%
3. Gênero Cynodon
1 - Características 2 - Plantio/Manejo
O Coast Cross, quando comparado com outras cultivares
Não tolera solos ácidos e pobres em nutrientes
do gênero Cynodon apresenta fechamento da pastagem
mais lento, sendo pouco competitivo. Pouco resistente a solos mal drenados
O plantio pode ser feito por covas, superficial ou
Produção de MS/ha/ano: 11 t sulcos, tendo um gasto de mudas de:
3. Gênero Cynodon
1 - Características
A cultivar Jiggs tem origem indefinida, uma vez que não foi desenvolvida por
programas de melhoramento
No Brasil a disseminação ocorreu a passos largos, principalmente por
produtores de leite e criadores de cavalos
Não há muita informação sobre a Jiggs, porém nas condições do verão, as
3. Gênero Cynodon
1 - Características
A cultivar Vaquero e Tierra Verde podem ser propagadas por sementes, e são
formadas por uma mistura de genótipos
É formada por 80% das sementes pelo genótipo bermuda grass e 20% por CD
90160
Produção: 113 kg MS/ha/dia no verão
3. Gênero Cynodon
1 - Características
A cultivar Tierra Verde é formada pela mistura de duas variedades de
Cynodon, denominada Common e Giant que, segundo PEDREIRA (2010),
tendem com o tempo a se tornarem estandes puros de Common
A Giant desaparece com o tempo e com isso a pastagem implantada por
sementes seria uma pastagem semelhante à grama seda, uma vez que a
variedade Common deriva da mesma
4. Gênero Panicum
A primeira cultivar de Panicum maximum no Brasil foi o capim colonião, um dos mais conhecidos e utilizados
para a formação de pastos. A partir dele, evoluiu-se para outras cultivares que são superiores em produção, teor
de proteína, resistência a pragas e doenças
Essa forrageira, como a Brachiaria, também veio da África para nosso país na época da escravidão
O gênero Panicum é formado por gramíneas cespitosas que formam touceiras de elevado potencial de
produção, sendo recomendadas para sistemas intensivos e semintensivos de produção
As cultivares mais utilizadas são: Aruana, Massai, BRS Quênia, BRS Tamani, BRS Zuri, Mombaça e Tanzânia
As cultivares se diferenciam pela época de florescimento, adaptação ao tipo de solo, estratégia de manejo,
resistência a pragas e doenças e principalmente, a produção e qualidade da forragem
Normalmente são cultivares de maior exigência em fertilidade em relação às Brachiarias, mas apresentam maior
potencial de produção de forragem e melhor composição bromatológica
Cultivar Aruana (Panicum maximum)
4. Gênero Panicum
1 - Características 2 - Plantio/Manejo
Altura de 70 cm a 90 cm Plantio: semeadura em 2 cm de profundidade
Folhas estreitas, verde escuro, colmos finos e tenros com leve compactação e uso de 3 kg a 5 kg de
Florescimento em março em panículas e espiguetas sementes puras viáveis
3- Pragas e Doenças
Tolerante a cigarrinhas-das-pastagens
Cultivar Massai (Panicum maximum)
4. Gênero Panicum
1 - Características
Planta que forma touceiras, com altura média de 60 cm
Folhas estreitas, quebradiças, sem cerosidade e 9 mm de largura
Florescimento ano todo com pico em maio
Produção em t de MS/ha/ano: de 12 t a 19 t
Palatabilidade: boa
Proteína bruta em % da MS: Águas de 8 % a 18%
Seca de 6 % a 12%
2 - Plantio/Manejo
Plantio: uso de 2 kg a 2,5 kg de sementes puras viáveis
de 3 kg a 4,0 kg em plantio direto
Solos: de média a alta fertilidade, média tolerância a solos encharcados
4. Gênero Panicum
Temperatura: baixa tolerância às baixas temperaturas e geadas
Pastejo contínuo: 40 cm a 50 cm de altura
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 55 cm de altura
Saída dos animais com 25 cm de altura
3 - Pragas e doenças
Boa resistência às cigarrinhas-das-pastagens e susceptível ao
nematoide das lesões radiculares. Alta resistência à mancha
das folhas
4. Gênero Panicum
1 - Características
Planta que forma touceiras com altura mediana
Folhas finas, colmos delgados e intenso perfilhamento
Florescimento em janeiro e fevereiro
Produção em t de MS/ha/ano: de 13,2 t a 18 t
Palatabilidade: boa
Digestibilidade da MS: boa
Proteína bruta em % da MS: Águas de 9% a 20%
Seca de 7% a 15%
2 - Plantio/Manejo
Plantio: uso de 3 kg a 4 kg de sementes puras viáveis
Solos: de média a alta fertilidade, baixa tolerância a solos encharcados
4. Gênero Panicum
Temperatura: média tolerância à seca e ao frio
4. Gênero Panicum
1 - Características
Planta que forma touceiras de porte baixo
Folhas finas, longas com poucos pelos e sementes com manchas roxas
Produção em t de MS/ha/ano: de 11 t a 17 t
Palatabilidade: muito boa
Digestibilidade da MS: boa
Proteína bruta em % da MS: Águas de 10% a 22%
Seca de 8% a 14%
2 - Plantio/Manejo
Plantio: uso de 3kg a 4 kg de sementes puras viáveis (SPV)
Solos: de média a alta fertilidade, baixa tolerância a solos encharcados
4. Gênero Panicum
Pastejo rotacionado:
Entrada dos animais com 50 cm de altura
Saída dos animais com 20 cm a 25 cm de altura
3 - Pragas e Doenças
4. Gênero Panicum
1- Características
Planta de touceiras de porte ereto e alto
Folhas escuras, longas e sem pelos
Produção em t de MS/ha/ano: de 12 t a 23 t
Palatabilidade: excelente
Digestibilidade da MS: boa
Proteína bruta em % da MS: Águas de 8% a 18%
Seca de 7% a 12%
2 - Plantio/Manejo
4. Gênero Panicum
Temperatura: tolerante ao frio
Pastejo rotacionado:
Entrada dos animais com 75 cm de altura
Saída dos animais com 35 cm de altura
3 - Pragas e Doenças
4. Gênero Panicum
1 - Características
Planta de porte ereto e alto
Folhas longas e pouco pelo
Florescimento: março e abril
Produção em t de MS/ha/ano: de 11 t a 26 t
Palatabilidade: boa
Proteína bruta em % da MS: Águas de 8% a 18 %
Seca de 7% a 12%
2 - Plantio/Manejo
4. Gênero Panicum
Temperatura: média tolerância ao frio
Pastejo rotacionado:
Entrada dos animais com 90 cm de altura
Saída dos animais com 45 cm e 50 cm de altura
3 - Doenças e Pragas
4. Gênero Panicum
1 - Características
Planta de touceira, porte médio-alto e ereto
Folhas longas e sem pelo
Florescimento: março e abril e sementes com manchas roxas
Produção em t de MS/ha/ano: de 11 t a 29 t
Palatabilidade: ótima
Proteína bruta em % da MS: Águas de 8 % a 20 %
Seca de 7 % a 12%
2 - Plantio/Manejo
Plantio: uso de 3 kg de sementes puras viáveis por ha
4. Gênero Panicum
Temperatura: média tolerância a seca e ao frio
Pastejo rotacionado:
Entrada dos animais com 70 cm de altura
Saída dos animais com 35 cm e 40 cm de altura
3 - Pragas e Doenças
5. Gênero Pennisetum
Conhecido como capim-elefante, é uma gramínea perene originária da África que
apresenta elevada produção de forragem de ótimo valor nutritivo. A forrageira é
utilizada principalmente como capineira, e para as cultivares de porte baixo na
forma de pastejo.
Existem mais de 140 espécies desse gênero, como o Capim Quicuio e o Milheto.
Atualmente, as cultivares de Pennisetum de maior destaque são o BRS Capiaçu que
foi desenvolvido para produção de silagem ou para capineira, e o BRS Kurumi para
pastejo.
A maior exigência em fertilidade e baixa adaptação ao encharcamento é
compensada por sua rusticidade, boa tolerância à seca, fogo e pisoteio, com
relativa resistência ao frio.
5. Gênero Pennisetum
1 - Características
5. Gênero Pennisetum
2 - Plantio/Manejo
Solos: profundos, bem drenados e de alta fertilidade, tolerância moderada ao
estresse hídrico
Colheita para silagem: plantas com 18% a 20% de MS, com 90 a 110 dias de
rebrota, colheita mecanizável
Plantio em sulcos de 20 cm a 30 cm de profundidade e espaçados entre si de 0,80
a 1,20
3 - Pragas e Doenças
Susceptível às cigarrinhas-das-pastagens (Mahanarva spectabilis)
5. Gênero Pennisetum
1 - Características
5. Gênero Pennisetum
2 - Plantio/Manejo
Plantio : por mudas com espaçamento entre linhas de 0,5 m
Taxa de lotação: entre 4 UA/ha e 7 UA/ha
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 75 a 80cm
Saída dos animais com 35 a 40 cm
3 - Pragas e Doenças
Susceptível às cigarrinhas-das-pastagens (Mahanarva spectabilis)
6. Leguminosas
São árvores, arbustos, lianas e ervas, geralmente com raízes que possuem nódulos que contém bactérias fixadoras de
nitrogênio. São utilizadas em consorciação com pastagens, formação de bancos de proteínas e também para a
adubação verde.
A consorciação permite cultivar numa mesma área diversos tipos de plantas com o objetivo de aumentar o
rendimento, melhorar a vida biológica do solo e o valor nutricional da forragem disponível.
A consorciação de gramíneas e leguminosas em pastagens produz:
Melhoria na qualidade do pasto
Redução dos gastos com adubação nitrogenada
Auxilia na recuperação de áreas degradadas
Acelera a cobertura do solo
Melhora o valor nutricional e a digestibilidade da forragem
As leguminosas mais utilizadas são os estilosantes, guandu e amendoim-forrageiro.
Estilosantes (Leguminosa)
6. Leguminosas
As vantagens de utilização dos estilosantes nas pastagens são:
6. Leguminosas
1- Características
Cultivar Campo Grande (80% Stylosanthes capitata e 20% Stylosanthes macrocephala)
Planta de crescimento horizontal com até 1 m de altura
Plantio: 2 kg a 3 kg de sementes para formação de pastagem
3 kg a 5 kg de sementes em áreas de pastagem degradada
Florescimento: de abril a maio
Produtividade (MS): 10 t/ha/ano a 14 t/ha/ano
Digestibilidade ( % da MS): de 65% a 70% (chuva) e 50% a 55% (seca)
Proteína bruta( % da MS) : de 9% a 10% (seca) e 14% a 16% (chuva)
Grande adaptação a solos arenosos, de baixa fertilidade e úmidos
Baixa resistência ao sombreamento e solos mal drenados
6. Leguminosas
1 - Características
Cultivar BRS Bela (Stylosanthes guianensis BRS GROF 1463 r BRS GROF 1480)
Plantas herbáceas, semiperene (2 anos), crescimento semiereto, com altura
média de 80 cm a 130 cm
Plantio: 3 kg de sementes para formação de pastagem com 1 cm a 2 cm de
profundidade e 5 kg/ha de semente no plantio direto
Florescimento: maio
Produção de MS em t/ha/ano: de 10 t a 13 t
6. Leguminosas
1 - Características
Cultivar BRS Mandarim (Cajanus cajan)
Plantas arbustivas, semiperene (4 anos), crescimento ereto
Plantio: 10 plantas / metro linear e espaçamento de 0,5 m a 1,0 m entre linhas
Ciclo de Florescimento: indeterminado
Produção de sementes puras : 500 Kg/ha
Utilização: em pastejo, como banco de proteína, fornecida no cocho in natura,
6. Leguminosas
1 - Características
Cultivar BRS Mandobi (Arachis pintoi)
Planta perene, crescimento estolonífero com folíolos longos e largos
Plantio: 12 kg de sementes puras viáveis, no início do período chuvoso,
ou plantio por mudas (estolões)
Florescimento: indeterminado
Produção de sementes puras – 3 kg/ha a 4 kg/ha
Utilização: em pastejo consorciado, como banco de proteína
Produção de MS (t/ha/ano) – 7 t a 18 t
Digestibilidade (% da MS) : de 60% a 75%
Proteína bruta (% da MS) : de 16% a 25%
7. Forrageiras
As forrageiras de inverno utilizadas como pastagem se Estas espécies se dividem de acordo com o período de
desenvolvem no período de temperaturas baixas. desenvolvimento (inverno ou verão), quanto ao ciclo
de vida (anual ou perene) e quanto à família botânica,
Ao escolher uma espécie, além da produtividade e qualidade sendo as mais utilizadas as gramíneas (Poaceae) e as
nutritiva, deve-se considerar também a adaptação ao clima e leguminosas (Fabaceae).
tipo de solo do local.
7. Forrageiras
1 - Características
Azevém (Lolium multiflorum)
Gramínea anual, tipo C3 (baixo teor de fibra)
Plantio: semeadura deve ser realizada no outono, de março a maio É
recomendado o uso de 20 kg a 25 kg de sementes/ha, semeado a
lanço ou em linhas em profundidade inferior a 1 cm
Produção de MS em t/ha/ano: 8 t
Pastejo rotacionado: Entrada dos animais com 20 cm de altura
Saída dos animais com 7 cm e 10 cm de altura
Resistente ao pastejo e a alta taxa de lotação
Resistente a excessos de umidade
7. Forrageiras
1 - Características
Aveia (Avena strigosa, Avena sativa e Avena brevis)
Gramínea anual utilizada para formação de pastagens
Produção de MS em t/ha/ano: 6,5 t
7. Forrageiras
O trigo, o centeio, a cevada e o triticale são gramíneas anuais e podem ser utilizadas como forrageiras. As cultivares
de duplo propósito permitem ao produtor, após alguns pastejos, decidir quanto à oportunidade de colheita dos
grãos. Além desta flexibilidade, tem como vantagem a rapidez no desenvolvimento inicial.
7. Forrageiras
Este gênero reúne importantes espécies leguminosas de inverno.
Uma espécie que vem sendo incorporada aos sistemas produtivos da Região Sul do
Brasil é o trevo persa.
Em geral não são utilizados em estande puro, mas em mistura com o azevém e a
aveia.
7. Forrageiras
O trevo branco caracteriza-se por tolerar umidade e pastejo intenso.
É uma espécie perene e que também se mantém por ressemeadura natural.
7. Forrageiras
Leguminosa de inverno, as plantas dessa espécie são anuais, mas a pastagem
persiste por ressemeadura natural.
7. Forrageiras
Leguminosa perene de inverno, possui ciclo bastante tardio, produzindo sementes
em fevereiro e chegando a ter algum crescimento durante o verão.
8. Palma Forrageira
A palma forrageira pertence a família das cactáceas, Nopalea cochenilifera,
Opuntia fícus-indica, Opuntia spp., constituída de várias espécies adaptadas às
condições de longos períodos de estiagem.
8. Palma Forrageira
Solos: de boa fertilidade e sem risco ao encharcamento
Precipitações: ideais de 400 mm a 800 mm / ano
Umidade relativa do ar: superior a 40%
8. Palma Forrageira
8. Palma Forrageira
As vantagens do uso da palma forrageira são:
A restrição da palma é que deve ser fornecida juntamente com outras fontes de
proteína e de fibras, como capim verde picado, feno e silagem, para aumentar o
teor proteico da dieta e evitar a ocorrência de diarreia nos animais.
As principais espécies de forrageiras utilizadas para alimentação de bovinos são: do gênero Brachiaria, Cynodon,
Panicum e Pennisetum
A produção de matéria seca das gramíneas é variável conforme adubação, manejo e condições climáticas. Esses
fatores interferem também no valor nutricional
O primeiro pastejo, também chamado de pastejo de formação, tem o objetivo de estimular a brotação das plantas
e promover o perfilhamento que contribui para o estabelecimento da pastagem e maior cobertura do solo
As Brachiarias são muito usadas nas pastagens tropicais e adaptam-se às mais variadas condições de solo e clima,
proporcionando produções de forragem satisfatórias em solos com baixa e média fertilidade
O Cynodon foi introduzido no Brasil nas décadas de 1960 e 1970 e a gramínea se destaca pela elevada qualidade
nutricional da forragem e resistência ao pisoteio
Você viu no módulo 2
O gênero Panicum é formado por gramíneas cespitosas, que formam touceiras, de elevado potencial de produção,
sendo recomendadas para sistemas intensivos e semintensivos de produção. As cultivares mais utilizadas são:
Aruana, Massai, BRS Quênia, BRS Tamani, BRS Zuri, Mombaça e Tanzânia.
O gênero Pennisetum, conhecido como capim-elefante é uma gramínea perene, originária da África, que
apresenta elevada produção de forragem de ótimo valor nutritivo. A forrageira é utilizada principalmente como
capineira e para as cultivares de porte baixo, sob pastejo
As leguminosas são árvores, arbustos, lianas e ervas, geralmente com raízes que possuem nódulos que contém
bactérias fixadoras de nitrogênio. São utilizadas em consorciação com pastagens, formação de bancos de
proteínas e também para a adubação verde. A consorciação tem o objetivo de aumentar o rendimento, melhorar a
vida biológica do solo e o valor nutricional da forragem disponível
As forrageiras de inverno se desenvolvem no período de temperaturas baixas. As principais espécies são: azevém,
aveia, cereais de duplo propósito como: trigo, cevada, centeio e triticale, trevos e cornichão
Você viu no módulo 2
Os cereais de duplo propósito utilizados na alimentação animal são o trigo, o centeio, a cevada e o triticale, que
são gramíneas anuais e podem ser utilizados como forrageiras. Os cereais permitem ao produtor, após alguns
pastejos, decidir quanto à oportunidade de colheita dos grãos. Além desta flexibilidade, tem como vantagem a
rapidez no desenvolvimento inicial
A palma forrageira é uma planta altamente eficiente no uso de água e boa produção de matéria verde e seca,
constituindo importante reserva forrageira para as regiões secas e semiáridas
Concluindo o módulo 2
O foco do aprendizado foi as principais características agronômicas e nutricional das forrageiras, como produção de
matéria seca, adaptação às condições climáticas, teor de proteína bruta e digestibilidade das cultivares de gramíneas e
leguminosas utilizadas na formação de pastagem. Você aprendeu também sobre algumas espécies de forrageiras de
inverno e sobre a palma forrageira.
Leia o material, assista aos vídeos que estão na biblioteca virtual, faça os exercícios de fixação, a avaliação e participe
dos fóruns deste módulo.
No próximo módulo você vai conhecer as recomendações para a implantação e manutenção das pastagens para que o
pasto seja produtivo por muitos anos.