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Dinis Boa

O documento discute parasitoses causadas por protozoários, helmintos e artrópodes, abordando suas características epidemiológicas, clínicas e medidas de controle. O texto analisa diversas doenças como a tricomoníase, pediculose e miíases.
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Dinis Boa

O documento discute parasitoses causadas por protozoários, helmintos e artrópodes, abordando suas características epidemiológicas, clínicas e medidas de controle. O texto analisa diversas doenças como a tricomoníase, pediculose e miíases.
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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SANTA MARIA DO CENÁCULO

Tema:
Artrópodes de importância médica.
Protozoários de importância médica. AURIA GASPAR BILA……………….N°06
Helmintos de importância médica.
DINIS PEDRO BOA…………………N°16

GRACINDA CUSTÓDIO LUMBELA…….N°24

RICARDO QUINITA CUMBANE……….N°41

ROBSON JONAS…………………….N°42
2
Introdução

A prevalência de parasitoses transmitidas por artrópodes e helmintos continua a representar


um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. Essas doenças afetam
milhões de pessoas, principalmente em regiões tropicais e subtropicais, causando morbidade
substancial e, em alguns casos, mortalidade. Este trabalho tem como objectivo fornecer uma
visão abrangente das principais parasitoses causadas por protozoários e helmintos,
destacando sua epidemiologia, transmissão, manifestações clínicas e medidas de controle.
3
Objectivos

Objetivo Geral:
Fornecer uma revisão atualizada sobre parasitoses causadas por protozoários e
helmintos, abordando suas características epidemiológicas, clínicas e
diagnósticas. Discutir estratégias de prevenção e controle para reduzir sua
incidência e impacto na saúde pública.
4
Objectivos

Objectivos Específicos

 Revisar características de artrópodes e helmintos como agentes causadores.

 Analisar parasitoses por protozoários cavitários ou intestinais.

 Investigar parasitoses por protozoários teciduais e/ou sanguíneos.

 Examinar parasitoses por platelmintos da classe Trematoda.


5
Artrópodes

São um grupo extremamente diversificado de invertebrados caracterizados por


um exoesqueleto quitinoso, apêndices articulados e um corpo segmentado. Este
filo inclui uma ampla gama de organismos, desde insectos a aracnídeos,
crustáceos e miriápodes, com uma vasta distribuição em habitats terrestres e
aquáticos. Sua notável diversidade morfológica e ecológica os torna objetos de
estudo fundamentais.
6
Mecanismos pelos quais os artrópodes causam doenças

 Presença – Alguns artrópodes são ectoparasitos, e sua presença ou inserção


na pele já caracterizam uma doença (exemplo: um piolho na cabeça de uma
criança ou um berne na pele de. uma pessoa).
 Peçonhentos ou urticantes ao contacto – Alguns grupos de artrópodes
possuem um aparelho inoculador de peçonha (aranhas, escorpiões ou
lacraias) e outros podem ser urticantes ao contato (lagartas de mariposas,
alguns besouro).
7
Mosquitos

Características dos Mosquitos


• Ordem: Díptera
• Família: Culicídea
• Holo metábolos: Passam por estágios de ovo, larva, pupa e adulto.
• Larvas e pupas: Aquáticas; alimentam-se de matéria orgânica.
• Adultos: Machos e fêmeas alados.
• Larvas não hematófagas: Não transmitem doenças nesses estágios.
• Alvo de controle e vigilância epidemiológica.
• Duração do estágio larval: Variável conforme a espécie e fatores ambientais.
8
Ciclo de desenvolvimento dos mosquitos.
9
Simulídeos

Características dos Simulídeos


• Ordem: Diptera
• Ciclo de desenvolvimento: Ovo, larva, pupa e adulto.
• Fêmeas hematófagas: Somente a fêmea se alimenta de sangue.
• Oviposição: Após a cópula, as fêmeas depositam os ovos em ambientes aquáticos.
• Larvas: Desenvolvem-se em água corrente, ao contrário dos mosquitos.
• Alimentação: Larvas filtram a água para se alimentar.
• Estágios larvais: Passam por seis ou sete estágios.
• Transformação: As pupas são protegidas por um casulo e, após alguns dias, emergem como adultos.
10
Figura ilustrativa
11
Moscas de Interesse Médico

Características
• Ordem: Diptera
• Principal interesse médico: Causadoras de miíases.
• Miíase: Infecção popularmente conhecida como bicheira.
• Mosca-varejeira: Principal inseto causador.
• Variação de cores: Nem todas as moscas verdes ou azuis são causadoras de miíases.
• Impacto em animais de criação: Várias espécies de moscas causam miíases em animais e podem causar
prejuízos aos criadores.
• Exemplo em humanos: Infecção pela larva da Dermatobia hominis, conhecida como berne.
• Ciclo de Desenvolvimento: O ciclo de vida das moscas envolve ovos, larvas, pupas e adultos, com o estágio de
larva sendo especialmente relevante para a ocorrência de miíases.
12
Ciclo de desenvolvimento
13
Piolhos

 A ordem Anoplura agrupa todos os insetos conhecidos como piolho. Esses insetos
não têm asas e são ectoparasitos de mamíferos e aves.

 Três espécies de piolho podem parasitar o homem:

 Pediculus capitis, ou piolho-da-cabeça;

 Pediculus humanus, ou piolho-do-corpo;

 Pthirus pubis, ou piolho-do-púbis, conhecido popularmente como chato.


14
Pediculose da cabeça

• Doença: Pediculose causada pela presença do Pediculus capitis.


• Comum em crianças: Principalmente entre crianças de idade escolar.
• Características dos piolhos: Insetos sem asas que se alimentam exclusivamente de sangue.
• Ciclo de Desenvolvimento: Hemimetabólico, com estágios de ovo, ninfa e adulto.
• Lêndea: Ovo do piolho preso ao fio de cabelo.
• Transmissão: Principalmente pelo contato direto ou indireto entre cabeças ou compartilhamento de objetos pessoais.
• Piolhos não voam: Não possuem asas e não voam de uma cabeça para outra.
• Prevenção: Evitar compartilhar roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos pessoais, além de evitar
contato direto com pessoas infectadas.
15
Figura ilustrativa
16
Pediculose do corpo

• Agente Etiológico: Pediculus humanus.

• Características: Morfologicamente semelhante ao P. capitis, mas vive no corpo, não formando lêndeas.

• Transmissão: Ocorre principalmente por contato direto com pessoas infestadas ou indireto por meio do
compartilhamento de roupas, roupas de cama ou outros objetos pessoais.

• Diagnóstico: Baseia-se na identificação visual dos piolhos adultos ou de seus ovos nas dobras de roupas.

• Tratamento: Geralmente envolve o uso de medicamentos tópicos, como loções ou xampus antipediculose, seguidos de
pente fino para remover os piolhos e seus ovos.

• Prevenção: Trocar de roupa ao dormir e evitar o compartilhamento de roupas e objetos pessoais podem ajudar a
prevenir a infestação por piolhos do corpo.
17
Pitiríase

• Agente Etiológico: Pthirus pubis.


• Características: Morfologicamente diferente dos Pediculus, coloca seus ovos em pelos, formando lêndeas.
• Localização: Mais comum nos pelos pubianos, mas pode ser encontrado em outras regiões pilosas, como barba, cílios,
axilas, etc.
• Transmissão: Principalmente por contato sexual, considerada uma doença sexualmente transmissível quando presente nos
pelos pubianos.
• Diagnóstico: Geralmente baseado na observação visual dos piolhos adultos ou de suas lêndeas.
• Tratamento: Pode incluir o uso de medicamentos tópicos, como loções ou cremes antipediculose, e a remoção mecânica
dos piolhos e lêndeas.
• Prevenção: Evitar o contato sexual com pessoas infestadas e manter uma boa higiene pessoal são medidas importantes para
prevenir a pitiríase.
18
Figura ilustartiva
19
Ácaros e carrapatos

• Classificação: Pertencem à classe Arachnida, subclasse Acarina ou Acari.

• Características: Possuem cabeça, tórax e abdome fundidos em uma única estrutura chamada idiossomo.

• Tamanho: Os carrapatos são maiores que os ácaros.

• Alimentação: Geralmente se alimentam sugando o sangue de animais vertebrados.

• Transmissão de Doenças: Podem transmitir doenças para humanos e animais de criação, como bovinos, equinos e suínos.

• Variedade de Espécies: Existem inúmeras espécies de carrapatos, todas hematófagas.

• Morfologia: Ausência de segmentação, composta por um único idiossomo, quatro pares de patas na forma de ninfa e
adulto, e três pares de patas na forma de larva.
20
Figura ilustartiva
21
Tricomoníase

Descrição: A tricomoníase é uma infecção parasitária transmitida principalmente por relação sexual, sendo
classificada como uma DST (doença sexualmente transmissível). É uma das DSTs mais comuns em todo o mundo
e afeta principalmente mulheres jovens.

Agente Etiológico:

• Família: Trichomonadidae

• Espécie: Trichomonas vaginalis

Transmissão: Principalmente por contato sexual sem proteção, mas também pode ser transmitida de mãe
infectada para o feto durante o parto e, em menor grau, por contato com objetos úmidos contaminados (fômites).
22
Cont…

• Ciclo Biológico: O parasito se replica na forma trofozoíta por divisão binária longitudinal nas
cavidades geniturinárias. Não forma formas císticas e é um organismo anaeróbio facultativo,
crescendo em pH de 5 a 7,5 e utilizando açúcares e carboidratos como fontes de energia.
• Diagnóstico: O diagnóstico clínico é geralmente feito pela observação de sinais
característicos da infecção, especialmente em mulheres. No entanto, é confirmado por
exames laboratoriais, como coleta de material uretral ou de secreção vaginal para
identificação do parasita.
• Tratamento: A tricomoníase pode ser tratada com eficácia com medicamentos como
metronidazol, tinidazol e secnidazol. É importante tratar ambos os parceiros, mesmo que um
deles seja assintomático, para evitar a reinfecção e disseminação da doença.
23
Ciclo biológico
24
Giardíase A giardíase

• Descrição: A giardíase é uma parasitose que causa diarreia e é comumente conhecida


como “a diarreia dos viajantes” devido à sua fácil transmissão pela água contaminada.
• Agente Etiológico:
• Família: Hexamitidae
• Espécie: Giardia intestinalis (também conhecida como Giardia lamblia ou Giardia duodenalis)
• Transmissão: Principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com
cistos do parasita ou contato direto com fezes infectadas. Os sintomas incluem diarréia,
cólicas abdominais, gases e náuseas.
25
Cont

• Prevenção: Medidas de higiene, como lavar as mãos antes de comer ou preparar


alimentos, beber água filtrada ou fervida e evitar contato com águas contaminadas,
são essenciais. Além disso, o saneamento básico adequado é fundamental para
reduzir a disseminação da doença.
• Diagnóstico: Realizado através da identificação de cistos ou trofozoítos do parasita
em amostras de fezes por exames laboratoriais, como o exame de fezes ou testes
imunológicos.
• Tratamento: Geralmente envolve o uso de medicamentos antiparasitários, como
metronidazol ou tinidazol, prescritos por profissionais de saúde
26
Cont

Ciclo Biológico da Giardíase:


1. Ingestão de Cistos: A infecção ocorre quando os cistos maduros da Giardia intestinalis são ingeridos junto com água ou
alimentos contaminados.
2. Desencistamento: No estômago e no duodeno/jejuno, os cistos se transformam em trofozoítos.
3. Colonização: Os trofozoítos colonizam o intestino delgado, onde se reproduzem por divisão binária.
4. Formação de Cistos: Com a absorção de água e o avanço do bolo fecal, os trofozoítos se diferenciam novamente em
cistos.
5. Eliminação nas Fezes: Os cistos, agora infectivos, são eliminados nas fezes, facilitando a disseminação do parasito,
especialmente pela água.
6. Zoonose Suspeita: A Giardíase pode ser uma zoonose, já que a mesma espécie que infecta humanos também pode
parasitar animais domésticos como cães e gatos.
27
Cont…
28
Amebíase

• Causa: Entamoeba histolytica

• Transmissão: Água e alimentos contaminados com cistos do parasita

• Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes e testes imunológicos

• Tratamento: Metronidazol, tinidazol ou nitazoxanida

• Prevenção: Higiene adequada, consumo de água potável e saneamento básico

• Ciclo Biológico: Ingestão de cistos maduros, desencistamento no intestino delgado ou grosso, multiplicação

dos trofozoítos na mucosa intestinal, transformação em cistos novamente, possibilidade de amebíase

extraintestinal com disseminação dos trofozoítos pelo organismo.


29
Fasciolose 30

• Agente Etiológico: Fasciola hepatica


• Transmissão: Principalmente através da ingestão de vegetais contaminados e água não tratada
• Tratamento: O triclabendazol é eficaz, mesmo para casos graves, evitando a necessidade de tratamento cirúrgico
• Prevenção:
• Educação e Conscientização: Informar comunidades sobre os riscos e áreas endêmicas da fasciolose
• Higiene: Lavar vegetais antes do consumo e garantir acesso à água potável
• Diagnóstico: Realizado através de métodos laboratoriais, como exame de fezes e detecção de cistos
• Tratamento: Medicamentos como metronidazol e ornidazol são comumente utilizados
• Prevenção:
• Higiene Pessoal e Ambiental: Lavar as mãos e desinfetar alimentos e utensílios de cozinha
• Água Segura: Consumir água potável e evitar fontes não tratadas.
31
Toxoplasmose

• Agente Etiológico: Toxoplasma gondii

• Transmissão: Principalmente através da ingestão de alimentos contaminados e contato com fezes de gatos infectados

• Ciclo Biológico: Complexo, envolvendo felídeos, roedores e outros animais, com oocistos contaminando o ambiente e

infectando seres humanos

• Diagnóstico: Realizado através de exames sorológicos como RIFI e ELISA, com diagnóstico clínico variando entre

toxoplasmose congênita e adquirida

• Tratamento: Indicado em casos específicos, como em pessoas imunocomprometidas ou gestantes de risco,

considerando a toxicidade dos medicamentos


32
Cont..

• Prevenção:
• Higiene Alimentar: Evitar consumo de carne crua ou mal cozida,

especialmente de carne de porco, carneiro e bovina

• Higiene Pessoal: Lavar as mãos cuidadosamente após o manuseio de carne

crua, solo ou materiais potencialmente contaminados


33
Doença de Chagas

• Agente Etiológico: Trypanosoma cruzi, da família Trypanosomatidae

• Transmissão: Principalmente por triatomíneos infectados, também por transfusão sanguínea,


transplante de órgãos, via congênita, acidentes laboratoriais ou ingestão de alimentos
contaminados

• Ciclo Biológico: Heteroxênico, envolvendo um hospedeiro vertebrado e um vetor


invertebrado, com triatomíneos adquirindo formas infectivas durante o repasto sanguíneo e
mantendo a infecção no intestino médio
34
Cont…

• Diagnóstico: Na fase aguda, observação de formas tripomastigotas circulantes em sangue


fresco ou corado, além de métodos indiretos como sorologia e PCR. Na fase crônica,
diagnóstico mais difícil baseado em sorologia e aspectos clínicos.

• Tratamento: Não há tratamento efetivo para a cura, com fármacos como benznidazol e 5-
nitrofurano limitados na fase crônica. Tratamento definido caso a caso, considerando a
evolução da doença e os quadros clínicos envolvidos.

• Prevenção: Baseia-se na redução do contato com o vetor, incluindo o uso de telas nas
janelas, aplicação de inseticidas e melhoria das condições de moradia.
35
Malária

• Agentes Etiológicos: Plasmodium falciparum (febre terçã maligna), Plasmodium vivax (febre terçã benigna),
Plasmodium malariae (febre quartã) e Plasmodium ovale (restrita ao continente africano)

• Transmissão: Através da picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles infectadas com Plasmodium spp.

• Prevalência: Ocorre nas áreas tropicais e subtropicais do mundo todo, com a maior incidência de óbitos na África.

• Manifestações Clínicas: Febre, calafrios, sudorese intensa, dor de cabeça, náuseas e vômitos são sintomas comuns.

• Complicações: Se não tratada, pode levar a complicações graves, incluindo anemia grave, insuficiência renal, coma e
até mesmo óbito.
36
Cont..

• Diagnóstico: Realizado através de exame de gota espessa, esfregaço de sangue e testes


de diagnóstico rápido (TDR).

• Tratamento: Baseado no tipo de parasita e na gravidade da infecção, envolvendo


medicamentos antimaláricos como a cloroquina, a artemisinina e seus derivados.

• Prevenção: Uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas, repelentes de insetos,


medicamentos profiláticos e controle de vetores são medidas importantes para prevenir
a malária.
37
Esquistossomose mansônica, ou barriga-d’água

• Agente Etiológico: Schistosoma mansoni

• Transmissão: Principalmente pela água contaminada por caramujos infectados, liberando


larvas (cercárias) que penetram na pele humana.

• Ciclo Biológico: Heteroxênico, envolvendo dois hospedeiros: humano e caramujo. Larvas


penetram na pele humana, migrando para vasos sanguíneos, onde se desenvolvem em vermes
adultos, reproduzindo-se nos vasos mesentéricos.

• Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes para detectar ovos do parasito, além de métodos
38
Cont…

• Tratamento: Oxamniquina e praziquantel são drogas comuns. A dieta leve e rica em


proteínas é recomendada durante o tratamento. Monitoramento pós-tratamento é
crucial.

• Prevenção: Melhoria do saneamento básico, educação em saúde para promover


práticas de higiene e evitar contato com águas contaminadas são medidas preventivas
essenciais.
Fasciolose 39

• Agente Etiológico: Fasciola hepatica

• Transmissão: Ingestão de água ou alimentos contaminados com metacercárias, liberadas

por animais hospedeiros nas fezes.

• Ciclo Biológico: Envolvendo um hospedeiro intermediário, o caramujo, onde o parasita

passa por fases larvais antes de se tornar infectante para humanos. No hospedeiro definitivo,

como humanos e animais, atinge a fase adulta no fígado.

• .
40
Cont…

• Tratamento: Triclabendazol e albendazol são medicamentos comuns.

• Prevenção: Evitar consumo de água e vegetais contaminados, inspecionar

alimentos antes do consumo e evitar contato com áreas contaminadas são

medidas essenciais de controle.


41
Complexo teníase-cisticercose

Teniase

• Agente Etiológico: Taenia solium.

• Transmissão: Ocorre pela ingestão de carne de porco malcozida ou crua contaminada com cisticercos (larvas) do parasita.

• Ciclo Biológico: No ser humano, a Taenia solium se desenvolve em uma forma adulta no intestino delgado, produzindo
ovos que são eliminados nas fezes.

• Sintomas: Geralmente assintomática, mas pode causar desconforto abdominal, diarreia, náuseas e perda de peso.

• Diagnóstico: Realizado através da identificação de proglotes ou ovos do parasita nas fezes.

• Agente Etiológico: Taenia solium.


42
Cont…

• Transmissão: Ocorre pela ingestão de carne de porco malcozida ou crua


contaminada com cisticercos (larvas) do parasita.
• Ciclo Biológico: No ser humano, a Taenia solium se desenvolve em uma
forma adulta no intestino delgado, produzindo ovos que são eliminados nas
fezes.
• Sintomas: Geralmente assintomática, mas pode causar desconforto
abdominal, diarreia, náuseas e perda de peso.
• Diagnóstico: Realizado através da identificação de proglotes ou ovos do
parasita nas fezes.
43
Cisticercose

• Agente Etiológico: Taenia solium.

• Transmissão: Ocorre pela ingestão de ovos do parasita, presentes nas fezes humanas
contaminadas, ou pela autoinfecção fecal-oral.

• Ciclo Biológico: No hospedeiro intermediário (geralmente o ser humano), os ovos se


desenvolvem em cisticercos, que podem se alojar em diferentes tecidos do corpo, como o
cérebro, músculos e olhos.
44
Cont…

• Sintomas: Variam de acordo com a localização dos cisticercos, podendo


incluir convulsões, dor de cabeça, alterações visuais, disfunções
neurológicas e musculares.

• Diagnóstico: Realizado através de exames de imagem, como tomografia


computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), e exames
sorológicos para detecção de anticorpos.
45
Prevenção e Tratamento

• Prevenção da teníase: Cozimento adequado da carne de porco, boa


higiene alimentar e sanitária.
• Prevenção da cisticercose: Melhoria das condições sanitárias, educação
em saúde e diagnóstico e tratamento adequados da teníase.
• Tratamento: Envolvem o uso de medicamentos antiparasitários, como o
praziquantel e o albendazol, além de medidas específicas para o controle
das convulsões e outras complicações associadas à cisticercose.
46
Hidatidose

• Agente Etiológico:
• Echinococcus granulosus
• Transmissão:
• Ocorrência pela ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos do parasita, eliminados nas
fezes de cães infectados.
• Contato direto com cães infectados.
• Ciclo Biológico:
• Hospedeiro Intermediário: Ovelhas, bovinos, cavalos, humanos.
• Hospedeiro Definitivo: Cães.
47
Cont…

• Sintomas:
• Dor abdominal, desconforto, náuseas, vômitos.
• Ruptura do cisto pode levar a complicações sérias.
• Diagnóstico:
• Exames de imagem: Ultrassonografia, TC, RM.
• Testes sorológicos para detecção de anticorpos.
48
Cont…

• Tratamento:
• Remoção cirúrgica dos cistos hidáticos.
• Medicamentos antiparasitários como albendazol e mebendazol.
• Prevenção:
• Controle de cães errantes e tratamento regular de cães domésticos.
• Educação em saúde sobre práticas de higiene.
49
Ascaridíase

• gente Etiológico:
• Ascaris lumbricoides
• Transmissão:
• Ingestão de ovos do parasita presentes em solo contaminado.
• Comumente através de alimentos ou água contaminados.
• Ciclo Biológico:
• Ovos ingeridos eclodem no intestino delgado, liberando larvas.
• Larvas penetram na parede intestinal, migram para o sistema circulatório e chegam
aos pulmões.
50
Cont…

• Sintomas:
• Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia.
• Possível obstrução intestinal em casos graves.
• Diagnóstico:
• Identificação de ovos do parasita em amostras fecais através de exames laboratoriais.
51
Cont..

• Tratamento:
• Uso de medicamentos como albendazol, mebendazol ou ivermectina.
• Medidas de suporte para complicações graves, como obstrução intestinal.
• Prevenção:
• Lavagem adequada de alimentos.
• Melhoria do saneamento básico.
52
Tricuríase

• Agente Etiológico:
• Trichuris trichiura (tricocéfalo)
• Transmissão:
• Ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos do parasita presentes no solo.
• Ciclo Biológico:
• Ovos ingeridos eclodem no intestino delgado, liberando larvas.
• Larvas penetram na parede intestinal e se desenvolvem em vermes adultos no intestino grosso.
53
Cont..

• Sintomas:
• Geralmente assintomática em casos leves.
• Dor abdominal, diarreia com sangue, anemia e perda de peso em casos graves.
• Diagnóstico:
• Identificação de ovos do parasita em amostras fecais através de exames
laboratoriais.
54
Cont…

• Tratamento:
• Uso de medicamentos como albendazol ou mebendazol.
• Medidas de suporte para complicações graves, como anemia.
• Prevenção:
• Melhoria do saneamento básico.
• Higiene pessoal adequada.
• Lavagem cuidadosa de alimentos.
55
Enterobiose, ou Oxiuríase

• Agente Etiológico:
• Enterobius vermicularis (oxiúro)
• Transmissão:
• Ingestão de ovos do parasita presentes em alimentos, água, poeira contaminada ou autoinoculação oral-fecal.
• Ciclo Biológico:
• Ovos ingeridos eclodem no intestino delgado, liberando larvas que se desenvolvem em vermes adultos no intestino grosso.
• Fêmeas grávidas migram para a região perianal durante a noite para depositar ovos.
• Sintomas:
• Coceira intensa ao redor do ânus, principalmente à noite.
• Irritação na área afetada.
56
Cont…

• Diagnóstico:
• Identificação de ovos do parasita na região perianal através de exames de fita adesiva.
• Tratamento:
• Uso de medicamentos como mebendazol, albendazol ou pirantel pamoato.
• Tratamento de todos os membros da família para evitar reinfecção.
• Prevenção:
• Boa higiene pessoal, incluindo lavagem adequada das mãos.
• Manter as unhas curtas para evitar a retenção de ovos.
• Trocar roupas de cama regularmente e desinfetar áreas contaminadas para interromper o ciclo de
transmissão.
57
Ancilostomose e Necatoríase, ou Amarelão

• Agente Etiológico:
• Ancilostoma duodenale (ancilostomose) e Necator americanus (necatoríase).
• Transmissão:
• Penetração ativa das larvas filarioides através da pele, principalmente dos pés, em contato com solo
contaminado.
• Ciclo Biológico:
• Larvas infectantes penetram na pele, migram pela corrente sanguínea até os pulmões e, em seguida, são
engolidas, alcançando o intestino delgado.
• No intestino delgado, as larvas se desenvolvem em vermes adultos que se fixam na mucosa intestinal e
se alimentam de sangue.
58
Cont…

• Sintomas:

• Anemia, fraqueza e fadiga devido à perda de sangue.

• Palidez da pele, daí o termo "amarelão".

• Dor abdominal, diarreia e perda de peso em casos mais graves.

• Diagnóstico:

• Identificação de ovos do parasita nas fezes através de exames laboratoriais.


59
Cont..

• Tratamento:

• Uso de medicamentos como albendazol ou mebendazol para eliminar os vermes adultos.

• Tratamento sintomático para anemia e outras complicações.

• Prevenção:

• Uso de calçados adequados para evitar a penetração das larvas através da pele.

• Boa higiene pessoal, especialmente após o contato com o solo.


60
Estrongiloidíase

• Agente: Strongyloides stercoralis.

• Transmissão: Penetração ativa de larvas pelo contato com solo contaminado.

• Ciclo Biológico: Larvas penetram na pele, migram para pulmões, são engolidas

e desenvolvem-se no intestino delgado.

• Sintomas: Variação de assintomática a sintomas gastrointestinais, respiratórios

e cutâneos.
61
Cont…

• Diagnóstico: Exame de fezes para identificação de larvas ou exames de imagem

para larvas migratórias nos pulmões.

• Tratamento: Ivermectina, albendazol ou tiabendazol para eliminar os parasitas.

• Prevenção: Evitar contato com solo contaminado, usar calçados adequados e

manter boa higiene pessoal.


62
Filariose Linfática (Elefantíase)

• Agente: Wuchereria bancrofti.


• Transmissão: Picada de mosquitos infectados, que transmitem larvas infectantes
(microfilárias).
• Ciclo Biológico: Microfilárias são transmitidas aos humanos pelos mosquitos vetores,
onde se desenvolvem em vermes adultos nos vasos linfáticos.
• Sintomas: Inchaço crônico dos membros (elefantíase), dor, inflamação e deformidades.
63
Cont..

• Diagnóstico: Exame de sangue para detecção de microfilárias.


• Tratamento: Dietilcarbamazina (DEC), ivermectina e
albendazol são comumente usados, dependendo da fase da
infecção.
• Prevenção: Controle de mosquitos vetores, uso de repelentes,
mosquiteiros e melhoria do saneamento básico.
Oncocercose (Cegueira dos Rios) 64

• Agente: Onchocerca volvulus.

• Transmissão: Picada de mosquitos do gênero Simulium, vetores para larvas infectantes


(microfilárias).

• Ciclo Biológico: Microfilárias são transmitidas por mosquitos vetores e se desenvolvem


em vermes adultos nos tecidos subcutâneos e nódulos cutâneos.

• Sintomas: Lesões cutâneas, inflamação, coceira intensa, danos oculares e, em casos


graves, cegueira.
65
Cont…

• Diagnóstico: Exame de pele para detecção de nódulos cutâneos e microfilárias em amostras


de pele.

• Tratamento: Ivermectina e albendazol são comumente usados para matar as microfilárias.


Tratamentos adicionais visam aliviar sintomas e complicações.

• Prevenção: Controle de mosquitos vetores, uso de repelentes, mosquiteiros e melhoria do


saneamento básico.
66
Conclusão

O entendimento aprofundado das características epidemiológicas,


clínicas e de controle das parasitoses transmitidas por protozoários e
helmintos representa um passo fundamental na formulação de estratégias
mais eficazes para prevenir e controlar essas doenças. A disseminação do
conhecimento e a implementação de medidas preventivas são pilares
essenciais para reduzir significativamente a carga dessas enfermidades e
promover a saúde e o bem-estar das populações afetadas.

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