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Capítulo 2 - Eletrostática

O documento discute conceitos fundamentais de eletrostática, incluindo campo elétrico, lei de Coulomb, linhas de campo, fluxo de campo elétrico e lei de Gauss.

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PAULO JUNIOR
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Capítulo 2

Eletrostática

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2.1 O campo elétrico
2.1.1 Introdução
O problema fundamental da teoria eletromagnética é (Figura 2.1):
temos algumas cargas elétricas, q1, q2, q3, . . . (cargas fontes); que
força exercem em outra carga, Q (carga de prova)?

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A solução é simplificada pelo princípio da
superposição, porque a força em Q não só
depende da distância 𝑟 que separa as cargas
(Figura 2.2), como também depende da velocidade
e da aceleração de q.

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2.1.2 Lei de Coulomb

(2.1)

A força é proporcional ao produto das cargas e é


inversamente proporcional ao quadrado da distância de
separação. Como sempre é o vetor separação entre r’ e
r:
(2.2)

A lei de Coulomb e o princípio da superposição são os


ingredientes físicos da eletrostática

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2.1.3 O campo elétrico
Se tivermos várias cargas pontuais q1,q2,...,qn, às distâncias
de Q, a força total sobre Q será
(2.3)
onde
(2.4)

E é campo elétrico das cargas fontes. é uma função da


posição (r), porque os vetores de separação dependem da
localização do ponto de observação P (Figura 2.3).

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O que é um campo elétrico? Recomendo que pense no campo como
uma entidade física ‘real’ que preenche o espaço em torno de qualquer
carga elétrica.

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Problema 2.2 (a) Encontre o campo elétrico (magnitude, direção e
sentido) a uma distância z acima do ponto central entre duas cargas
iguais, q, que estão separadas por uma distância d (Figura 2.4). Verifique
se o resultado é coerente com o que se espera quando z >> d.
(b) Repita a parte (a), fazendo carga do lado direito igual a −q em vez de
+q.

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2.1.4 Distribuições contínuas de carga
Se, em vez de uma série de cargas pontuais discretas, a carga
for distribuída continuamente sobre uma determinada região, a
soma torna-se uma integral (Figura 2.5a)
(2.5)

Se a carga se espalhar ao longo de uma linha (Figura 2.5b), com


carga-por-unidade-de-comprimento λ, então dq = λd’. Se for
espalhada sobre uma superfície (Figura 2.5c), com carga-por-
unidade-de-área σ, então dq = σ da’. Se preencher um volume
(Figura 2.5d), com carga-por-unidade-de-volume ρ, então dq =
ρdτ’.

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Figura 2.5

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Então, o campo elétrico de uma distribuição linear de carga é

o de uma distribuição superficial de carga é

e o de uma distribuição volumétrica de carga é

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Exemplo 2.1
Encontre o campo elétrico a uma distância z acima do ponto central de
um segmento de linha reta com comprimento 2L, com densidade linear
de carga uniforme λ (Figura 2.6).

Solução: cortar a linha em pares colocados simetricamente (em ±x), já


que assim os componentes horizontais dos dois campos se cancelam e
o campo líquido resultante do par é

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Aqui cos θ = e x vai de 0 a L:

e aponta na direção z.
Para pontos distantes da linha (z >> L), este resultado assume uma
forma mais simples:

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No limite L→∞, obtemos o campo de um fio reto infinito:

ou, mais genericamente,

(2.9)

onde s é a distância do fio.

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Problema 2.3 Encontre o campo elétrico a uma distância z acima de
uma das extremidades de um segmento de linha reta L (Figura 2.7) e
que tem distribuição linear de carga uniforme de densidade λ. Verifique
se sua fórmula é coerente com o que seria de se esperar para o caso de
z >> L.
Problema 2.4 Encontre o campo elétrico a uma distância z acima do
centro de uma espira quadrada (lado ɑ) com uma densidade linear de
carga uniforme λ (Figura 2.8).
Problema 2.5 Encontre o campo elétrico a uma distância z acima do
centro de uma espira circular de raio r (Figura 2.9), que tem uma
densidade linear de carga uniforme λ.

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Problema 2.6 Encontre o campo elétrico a uma distância z acima do
centro de um disco circular plano de raio R (Figura 2.10), que tem uma
densidade superficial de carga uniforme σ. O que a sua fórmula revela
no limite R→∞? Verifique também o caso z >> R.
Problema 2.7 Encontre o campo elétrico a uma distância z do centro de
uma superfície esférica de raio R (Figura 2.11), que tem uma
distribuição superficial de carga elétrica de densidade uniforme σ.
Aborde o caso z < R (interno), bem como z > R (externo). Expresse
suas respostas em termos da carga total q na esfera.

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Problema 2.8 Use o resultado obtido no Problema 2.7 para encontrar
os campos interno e externo de uma esfera de raio R, que tem uma
distribuição volumétrica de carga com densidade ρ. Expresse sua
resposta em termos de carga total da esfera, q. Desenhe um gráfico de
|E| como função da distância a partir do centro.

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2.2 Divergente e rotacional de campos eletrostáticos
2.2.1 Linhas de campo, fluxo e lei de Gauss
As integrais envolvidas no cálculo de E podem ser complicadas. Caso simples:
uma única carga pontual q, localizada na origem:
(2.10)

Na Figura 2.12a, como o campo diminui como 1/r2, os vetores ficam mais curtos à
medida que você se afasta eles sempre apontam radialmente para fora:

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Fica fácil desenhar o campo de qualquer configuração simples de cargas
pontuais: comece desenhando as linhas nas proximidades de cada carga e
depois as conecte ou estenda ao infinito (figuras 2.13 e 2.14).

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Fluxo de E através de uma superfície S,
(2.11)

O produto escalar seleciona a componente de da ao longo da direção


de E, como indicado na Figura 2.15.

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As linhas de campo que se originam em uma carga positiva devem
passar através da superfície ou terminar em uma carga negativa no
interior da superfície (Figura 2.16a). Já uma carga externa à
superfície não contribuirá para o fluxo total, pois suas linhas de campo
entram por um lado e saem pelo outro (Figura 2.16b). Essa é a essência
da lei de Gauss.

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Em uma carga pontual q na origem, o fluxo de E através de
uma esfera de raio r é

(2.12)

Para qualquer superfície fechada,

(2.13)

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A lei de Gauss é uma equação integral, mas podemos transformá-la
em uma equação diferencial:

(2.14)

A Equação 2.14 traz a mesma mensagem que a Equação 2.13; é a lei


de Gauss na forma diferencial. A versão diferencial é mais ajeitada,
mas a forma integral tem a vantagem de acomodar cargas pontuais,
distribuições lineares e superficiais com mais naturalidade.

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Problema 2.9 Suponha que o campo elétrico em determinada região é
dado por em coordenadas esféricas.
(a) Encontre a densidade de carga de ρ.
(b) Encontre a carga total contida em uma esfera de raio R, centrada na
origem.
Problema 2.10 Uma carga q fica no vértice traseiro de um cubo, como
mostra a Figura 2.17. Qual é o fluxo de E através da face sombreada?

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2.2.2 O divergente de E
Calcular o divergente de E diretamente da Equação 2.8:
(2.15)

A dependência em r está contida em = r − r’, temos

Este é o divergente que calculamos na Equação 1.100:

Assim,

(2.16)

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2.2.3 Aplicações da lei de Gauss
Quando a simetria o permite, ela oferece de longe a maneira mais rápida
e fácil de calcular campos elétricos.
A lei de Gauss é sempre válida, mas nem sempre é útil. A simetria é
crucial para esta aplicação da lei de Gauss.
1. Simetria esférica. Faça a sua superfície gaussiana uma esfera
concêntrica.
2. Simetria cilíndrica. Faça a sua superfície gaussiana um cilindro coaxial
(Figura 2.19).
3. Simetria plana. Use uma superfície gaussiana na forma de ‘caixa de
pílulas’ ancorada na superfície plana (Figura 2.20).

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Exemplo 2.2
Encontre o campo externo a uma esfera sólida uniformemente
carregada de raio R e carga total q.
Solução: desenhe uma superfície esférica com raio r > R (Figura 2.18);
no nosso meio, esta é a chamada ‘superfície gaussiana’. A lei de Gauss
diz que, para essa superfície (como para qualquer outra)

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Exemplo 2.3
Um cilindro longo (Figura 2.21) tem uma densidade de carga que é
proporcional à distância ao eixo: ρ = ks, sendo k uma constante.
Encontre o campo elétrico no interior desse cilindro.

Solução: desenhe um cilindro gaussiano de comprimento l e raio s. Para


essa superfície, a lei de Gauss diz que:

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A carga encerrada é

A simetria dita que E deve apontar radialmente para fora, de


forma que para a porção curva do cilindro gaussiano temos:

enquanto a contribuição das bases do cilindro é nula (aqui E é


perpendicular a da). Assim,

ou

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Exemplo 2.4
Um plano infinito tem densidade superficial de carga uniforme σ. Encontre seu
campo elétrico.
Solução: desenhe uma superfície gaussiana ‘caixa de pílulas’, deixando
distâncias iguais acima e abaixo do plano (Figura 2.22). Aplique a lei de Gauss
para esta superfície:

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Neste caso, Qenc = σA, onde A é a área da tampa da caixa de pílulas. Por
simetria, E aponta para fora do plano. Assim, as superfícies superior e inferior
resultam em

enquanto a contribuição dos lados é nula. Assim,


(2.17)

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Exemplo 2.5
Dois planos infinitos paralelos têm densidades de carga uniformes de
mesma magnitude, porém opostas ±σ (Figura 2.23). Encontre o campo
em cada uma das três regiões: (i) à esquerda de ambos, (ii) entre eles,
(iii) à direita de ambos.

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Solução: a placa da esquerda produz um campo (1/2ε0)σ que aponta
para fora dela (Figura 2.24), para a esquerda na região (i) e para a direita
nas regiões (ii) e (iii). A placa da direita, de carga negativa, produz um
campo (1/2ε0)σ, para si ̶ para a direita nas regiões (i) e (ii) e para a
esquerda na região (iii). Os dois campos se cancelam nas regiões (i) e
(iii); e se somam na região (ii). Conclusão: o campo é (1/ε0)σ, e aponta
para a direita entre os planos; nas demais partes é nulo.

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Problema 2.11 Use a lei de Gauss para encontrar o campo elétrico
dentro e fora de uma casca esférica de raio R, que tem uma densidade
superficial de carga uniforme σ. Compare sua resposta ao Problema 2.7.
Problema 2.12 Use a lei de Gauss para encontrar o campo elétrico
dentro de uma esfera uniformemente carregada (com densidade de
carga ρ). Compare ao Problema 2.8.
Problema 2.13 Encontre o campo elétrico a uma distância s de um fio
reto de comprimento infinito, de densidade linear de carga uniforme λ.
Compare à Equação 2.9.
Problema 2.14 Encontre o campo elétrico dentro de uma esfera com uma
densidade de carga proporcional à distância da origem, ρ = kr, k sendo
uma constante.

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Problema 2.15 Uma casca esférica oca tem a densidade de carga para
o caso b = 2a.

na região a ≤ r ≤ b (Figura 2.25). Encontre o campo elétrico nas três


regiões: (i)r < a, (ii) a < r < b, (iii)r > b. Faça um gráfico de |E| como
função de r

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Problema 2.16 Um cabo coaxial longo (Figura 2.26) possui densidade
volumétrica de carga uniforme ρ no cilindro interno (raio a), e uma
densidade superficial de carga uniforme na casca externa do cilindro (raio
b). Essa carga superficial é negativa e de magnitude exata para que o
cabo, como um todo, seja eletricamente neutro. Encontre o campo
elétrico em cada uma das três regiões: (i) dentro do cilindro interno (s <
a), (ii) (entre os dois cilindros a < s < b), (iii) externa ao cabo (s > b). Faça
um gráfico de |E| como função de s.

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Problema 2.17 Uma placa plana infinita, de espessura 2d, possui uma
densidade volumétrica de carga uniforme ρ (Figura 2.27). Encontre o
campo elétrico, como função de y, onde y = 0 no centro. Faça um gráfico
de E versus y, chamando E de positivo quando apontar na direção +y e
de negativo quando apontar na direção −y.

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Problema 2.18 Duas esferas, cada uma com raio R e com distribuições
volumétricas de carga de densidades uniformes +ρ e −ρ,
respectivamente, estão posicionadas de forma que se sobrepõem
parcialmente (Figura 2.28). Chame o vetor do centro positivo ao centro
negativo de d. Mostre que o campo na região de sobreposição é
constante e encontre seu valor.

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2.2.4 O rotacional de E
Calcularemos o rotacional de E estudando primeiro a configuração mais
simples possível: uma carga pontual na origem.
Vamos calcular a integral de linha deste campo, a partir de um ponto a até
um outro ponto b (Figura 2.29):

Em coordenadas esféricas, portanto

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Consequentemente,
(2.18)

A integral em torno de um caminho fechado é,


evidentemente, zero (porque, então, ra = rb):
(2.19)

e então, aplicando o teorema de Stokes,


(2.20)

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Problema 2.19 Calcule ∇× E diretamente a partir da Equação 2.8, pelo método
da Seção 2.2.2. Consulte o Problema 1.62 se tiver dificuldade.

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2.3 Potencial elétrico
2.3.1 Introdução ao potencial
O campo elétrico E não é uma função vetorial qualquer; é um tipo de
função vetorial especial, cujo rotacional é sempre zero.
Vamos explorar esta propriedade dos campos elétricos para reduzir um
problema vetorial a um problema escalar.
Como ∇ × E = 0, a integral de linha de E em torno de qualquer caminho
fechado é nula (Figura 2.30). Como ∮E· dl = 0, a integral de linha de E do
ponto a ao ponto b é a mesma para todos os caminhos.
Como a integral de linha é independente do caminho, podemos definir
uma função

(2.21)

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Aqui ϑ é algum ponto de referência padrão o qual acordamos
previamente; V, então, depende somente do ponto r. Ele é chamado de
potencial elétrico. Evidentemente, a diferença entre dois pontos a e

(2.22)

Finalmente, como isto é verdade para quaisquer pontos a e b, os


integrandos devem ser iguais:
(2.23)

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Problema 2.20 Uma destas expressões é um campo eletrostático
impossível. Qual delas?

Aqui, k é uma constante com as unidades adequadas. Para o campo


possível, encontre o potencial usando a origem como seu ponto de
referência. Verifique suas respostas calculando ∇V.

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Exemplo 2.6
Encontre o potencial dentro e fora de uma casca esférica de raio R
(Figura 2.31), que tem uma carga distribuída uniformemente na
superfície. Coloque o ponto de referência no infinito.

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Solução: a partir da lei de Gauss, o campo fora da casca é

onde q é a carga total na esfera. O campo dentro da esfera é nulo. Para


pontos fora da esfera (r > R),

Para encontrar o potencial dentro da esfera (r < R), temos que dividir a
integral em duas seções, usando em cada região o campo que nela for
pertinente:

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Problema 2.21 Encontre o potencial dentro e fora de uma esfera sólida
uniformemente carregada cujo raio é R e cuja carga total é q. Use o infinito como
ponto de referência. Calcule o gradiente de V em cada região e verifique se ele
fornece o campo correto. Esboce V (r).
Problema 2.22 Encontre o potencial a uma distância s de um fio reto infinitamente
longo que possui uma densidade linear de carga uniforme λ. Calcule o gradiente
do potencial e verifique se ele fornece o campo correto.
Problema 2.23 Para a configuração de carga do Problema 2.15, encontre o
potencial no centro usando o infinito como seu ponto de referência.
Problema 2.24 Para a configuração do Problema 2.16, encontre a diferença
potencial entre um ponto no eixo e um ponto no cilindro externo. Observe que não
é necessário vincular-se a um ponto de referência em particular se você usar a
Equação 2.22.

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2.3.2 Comentários sobre o potencial
(i) O nome. A palavra ‘potencial’ lembra energia potencial. Isso pode gerar
confusão, já que existe uma ligação entre ‘potencial’ e ‘energia potencial.
Uma superfície sobre a qual o potencial é constante é chamada de
equipotencial.
(ii) Vantagem da formulação do potencial. Se V é conhecido, para obter E
basta calcular o gradiente: E = −∇V.
(iii) O ponto de referência . Há ambiguidade intrínseca na definição de
potencial, pois a escolha do ponto de referência foi arbitrária.
(iv) O potencial obedece ao princípio da superposição. O princípio original
da superposição na eletrodinâmica aplica-se à força sobre uma carga de
prova Q.
(v) Unidades de potencial. A força é medida em newton e a carga em
coulomb; portanto, os campos elétricos são medidos em newton por
coulomb. Assim, o potencial é medido em newton vezes metro por
coulomb, ou joule por coulomb. Um joule por coulomb é o que se chama de
volt.

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2.3.3 Equação de Poisson e equação de Laplace

A lei de Gauss então diz que


(2.24)

Essa expressão é conhecida como equação de Poisson. Nas


regiões onde não há carga, de forma que ρ = 0, a equação de
Poisson se reduz à equação de Laplace,
∇2V = 0. (2.25)

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2.3.4 O potencial de uma distribuição de carga
localizada
Em geral, o potencial de uma carga pontual q é
(2.26)

(Figura 2.32) Recorrendo ao princípio da superposição, o potencial de


um conjunto de cargas é
(2.27)
ou, para uma distribuição contínua,
(2.28)

os potenciais das distribuições linear e superficial de carga são


(2.30)

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Exemplo 2.7
Encontre o potencial para uma casca esférica de raio R com
distribuição uniforme de carga (Figura 2.33).

Solução: é o mesmo problema do Exemplo 2.6, mas desta vez vamos


utilizar a Equação 2.30:

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Vamos colocar o ponto r no eixo z e usar lei dos cossenos para
expressar em termos do ângulo polar θ:

Um elemento de área desta esfera é R2 sen θ’ dθ’ dφ’, portanto

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Neste ponto devemos tomar muito cuidado para usar a raiz
positiva.

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Problema 2.26 Uma superfície cônica (um cone de sorvete vazio) tem
uma densidade de carga uniforme σ. A altura do cone é h, assim como o
raio do topo. Encontre a diferença potencial entre os pontos a (o vértice) e
b (o centro do topo).
Problema 2.27 Encontre o potencial no eixo de um cilindro sólido
uniformemente carregado, a uma distância z do centro. O comprimento do
cilindro é L, seu raio é R, e a densidade de carga é ρ. Use o seu resultado
para calcular o campo elétrico nesse ponto. (Considere que z > L/2.)
Problema 2.28 Use a Equação 2.29 para calcular o potencial dentro de
uma esfera sólida de raio R com densidade de carga uniforme e carga
total q. Compare sua resposta ao Problema 2.21.
Problema 2.29 Verifique se a Equação 2.29 satisfaz a equação de
Poisson, aplicando o laplaciano e usando a Equação 1.102.

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2.3.5 Resumo: condições de contorno na eletrostática

Em um problema típico de eletrostática, é dada uma distribuição de


cargas fonte ρ, e o objetivo é encontrar o campo elétrico E que ela
produz. Equações resumidas na Figura 2.35.

Suponha uma superfície gaussiana na forma de ‘caixa de pílulas’, fina


como um wafer e que se estende pouco para cada um dos lados da
superfície (Figura 2.36). As laterais da caixa de pílulas não contribuem
para o fluxo, no limite em que a espessura ε tende a zero, de forma que
nos resta
(2.31)

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A componente normal de E é descontínua por um valor σ/ε0 em qualquer
contorno. A componente tangencial de E, por outro lado, é sempre
contínua. Se aplicarmos a Equação 2.19, à espira retangular fina (Figura
2.37), as pontas não contribuem, portanto,
(2.32)

As condições de contorno para E (equações 2.31 e 2.32) podem ser


combinadas em uma única fórmula:
(2.33)

Entretanto, o potencial é contínuo através de qualquer contorno (Figura


2.38), já que à medida que o comprimento do caminho tende a zero, o
mesmo acontece com a integral:
(2.34)

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No entanto, o gradiente de V herda a descontinuidade de E; já que E =
−∇V, a Equação 2.33 implica que
(2.35)

ou, mais convenientemente,


(2.36)

onde
(2.37)

denota a derivada normal de V (ou seja, a taxa de mudança na direção


perpendicular à superfície).

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2.4 Trabalho e energia na eletrostática
2.4.1 O trabalho feito para movimentar uma carga
Suponha que você tem uma configuração estacionária de cargas fontes e
quer movimentar uma carga de prova Q do ponto a ao ponto b (Figura
2.39). Pergunta: quanto trabalho você terá que realizar? Em qualquer
ponto ao longo do caminho, a força elétrica sobre Q é F = QE; a força que
você deve exercer, em oposição a essa força elétrica, é −QE.
Em mecânica, chamaríamos a força eletrostática de ‘conservativa’.
Dividindo por Q, temos
(2.38)

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A diferença de potencial entre os pontos a e b é igual ao trabalho por
unidade de carga necessário para transportar uma partícula de a a b;
se você estabeleceu o ponto de referência no infinito,
(2.39)

Assim, potencial é energia potencial (o trabalho necessário para criar o


sistema) por unidade de carga (da mesma forma que o campo é a força
por unidade de carga).

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2.4.2 A energia de uma distribuição de cargas pontuais
Quanto trabalho seria necessário para reunir todo um conjunto de cargas
pontuais? Imagine aproximar as cargas, uma por uma, de uma longa distância
(Figura 2.40).

Regra geral: tome o produto de cada par de cargas, divida pela sua distância
de separação e some tudo:
(2.40)

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A condição j > i serve apenas para lembrá-lo de não contar o mesmo par
duas vezes. Uma maneira mais elegante de chegar ao mesmo resultado
é contar intencionalmente duas vezes cada par e depois dividir por 2:

(2.41)

Observe que, nesta forma, a resposta simplesmente não depende da


ordem na qual as cargas são agrupadas, já que todos os pares
aparecem na soma. Todas as cargas, e não apenas as que estavam
presentes em algum estágio do processo de agrupamento.
(2.42)

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Problema 2.31 (a) Três cargas estão situadas nos vértices de um
quadrado (de lado a), como a Figura 2.41. Quanto trabalho será
necessário para trazer outra carga, +q, de uma grande distância e colocá-
la no quarto vértice?
(b) Quanto trabalho é necessário para agrupar o conjunto inteiro de
quatro cargas?

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2.4.3 A energia de uma distribuição de carga contínua
Para uma densidade volumétrica de carga ρ, a Equação 2.42 torna-se:
(2.43)

Use a integração por partes (Equação 1.59) para transferir a derivada de E


para V, mas ∇V = −E, então:
(2.44)

Voltando à Equação 2.44, o que acontece quando aumentamos o volume além


do mínimo necessário para conter toda a carga? A integral E2 só aumenta; a de
superfície deve diminuir na mesma proporção para manter a soma intacta.
Então, a integral de superfície vai aproximadamente como 1/r. por que não
integrar sobre todo o espaço? Assim, a integral de superfície anula-se e
ficamos com
(2.45)

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Exemplo 2.8
Encontre a energia de uma casca esférica uniformemente carregada,
com carga total q e raio R. Solução 1: use a Equação 2.43, na versão
apropriada para cargas superficiais:

Agora, o potencial na superfície da esfera é (1/4πε0)q/R, então

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Solução 2: use a Equação 2.45. Dentro da esfera E = 0; fora,

Portanto,

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Problema 2.32 Encontre a energia armazenada em uma esfera sólida
uniformemente carregada de raio R e carga q. Faça-o de três formas
diferentes:
(a) Use a Equação 2.43. Você encontrou o potencial no Problema 2.21.
(b) Use a Equação 2.45. Não se esqueça de integrar sobre todo o espaço.
(c) Use a Equação 2.44. Tome um volume esférico de raio a. O que
acontece quando a→∞?
Problema 2.33 Aqui está uma quarta maneira de calcular a energia de
uma esfera uniformemente carregada: monte a esfera camada por
camada, trazendo, de cada vez, uma carga infinitesimal dq de uma grande
distância, espalhando-a uniformemente sobre a superfície e,
consequentemente, aumentando o raio. Quanto trabalho dW é necessário
para aumentar o raio em dr? Integre isso para encontrar o trabalho
necessário para criar a esfera inteira com raio R e carga total q.

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2.4.4 Comentários sobre a energia eletrostática
(i) Uma ‘inconsistência’ desconcertante. A Equação 2.45 indica que a
energia de uma distribuição de cargas estacionárias é sempre positiva.
Por outro lado, a Equação 2.42 pode ser positiva ou negativa. O que
houve de errado? Qual é a equação certa? Ambas estão certas, mas
estão em situações ligeiramente diferentes. A ‘falha’ está entre as
equações 2.42 e 2.43: na primeira, V (ri) representa o potencial devido a
todas as outras cargas exceto qi, enquanto na segunda, V (r) é o potencial
total. Para uma distribuição contínua, não existe distinção, já que a
quantidade de carga exatamente no ponto r é nula e sua contribuição ao
potencial é zero.

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(ii) Onde é que a energia está armazenada? No contexto da teoria da
radiação (Capítulo 11), é útil (e na relatividade geral é essencial) considerar a
energia como armazenada no campo, com uma densidade
(2.46)
Mas em eletrostática, pode-se também dizer que ela está armazenada na
carga, com uma densidade
(iii) O princípio da superposição. Como a energia eletrostática é quadrática
nos campos, não obedece a um princípio da superposição. A energia de um
sistema composto não é a soma das de suas partes; existem também ‘termos
cruzados’:

(2.47)

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Problema 2.34 Considere duas cascas esféricas concêntricas de raios a e
b. Suponha que a esfera interna tem uma carga q, e que a externa tem
uma carga −q (ambas uniformemente distribuídas sobre a superfície).
Calcule a energia desta configuração,
(a) usando a Equação 2.45
(b) usando a Equação 2.47 e os resultados do Exemplo 2.8.

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2.5 Condutores
2.5.1 Propriedades básicas
Propriedades eletrostáticas básicas dos condutores ideais:
(i) E = 0 dentro de um condutor. Porque se houvesse algum campo,
essas cargas livres iriam se movimentar e ele não seria mais
eletrostático. (Figura 2.42)
(ii) ρ = 0 dentro de um condutor. Decorrência da lei de Gauss: ∇·E =
ρ/ε0. Se E = 0, então ρ também é.
(iii) Qualquer carga líquida fica na superfície. Esse é o único lugar onde
ela pode estar.
(iv) Um condutor é equipotencial. Pois, se a e b são dois pontos dentro
(ou na superfície) de um condutor, V (b) − V (a) = − portanto,
V (a) = V (b).
(v) E é perpendicular à superfície imediatamente fora de um condutor.
Caso contrário, como em (i), a carga irá fluir ao longo da superfície até
anular a componente tangencial (Figura 2.43).

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(v) E é perpendicular à superfície imediatamente fora de um
condutor. Caso contrário, como em (i), a carga irá fluir ao longo da
superfície até anular a componente tangencial (Figura 2.43).

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2.5.2 Cargas induzidas
Se você mantiver uma carga +q próxima a um condutor não carregado
(Figura 2.44), os dois irão se atrair mutuamente pois q irá puxar cargas
negativas para o lado mais próximo e repelir as positivas para o lado
distante. Se houver alguma cavidade no condutor e dentro houver
alguma carga, o campo dentro da cavidade não será zero. Mas a
cavidade e seu conteúdo ficam eletricamente isolados do mundo exterior
pelo condutor que a cerca (Figura 2.45).

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Exemplo 2.9
Um condutor esférico sem carga centrado na origem tem escavada em si
uma cavidade de um formato esquisito (Figura 2.46). Em algum lugar
dentro da cavidade, há uma carga q. Qual é o campo fora da esfera?

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Solução: à primeira vista pode parecer que a resposta depende do
formato da cavidade e da localização da carga. Mas isso está errado. A
resposta é

de qualquer maneira. O condutor oculta de nós toda a informação com


relação à natureza da cavidade, revelando apenas a carga total que ela
contém. A carga +q induz uma carga −q na parede da cavidade que se
distribui de tal forma que seu campo cancela o de q, em todos os pontos
externos à cavidade. Como o condutor não tem carga líquida, sobra +q
para ser distribuído uniformemente sobre a superfície da esfera.

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Se uma cavidade cercada por material condutor estiver sem carga, então
o campo dentro da cavidade será nulo. Qualquer linha de campo teria de
começar e terminar na parede da cavidade, indo de uma carga positiva
para uma carga negativa (Figura 2.47). Segue-se que E = 0 dentro de uma
cavidade vazia, e de fato não existe carga na superfície.

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Problema 2.35 Uma esfera metálica de raio R, com carga q, está cercada por uma
grossa casca metálica concêntrica (raio interno a, raio externo b, conforme a
Figura 2.48). A casca não tem carga líquida.
(a) Encontre a densidade superficial de carga σ em R, em a e em b.
(b) Encontre o potencial no centro, usando o infinito como ponto de referência.
(c) Agora a superfície externa foi encostada em um fio de aterramento que baixa
seu potencial para zero (o mesmo que no infinito). Como as suas respostas para
os itens (a) e (b) se alteram?

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Problema 2.36 Duas cavidades esféricas de raios a e b são escavadas no interior
de uma esfera condutora (neutra) de raio R (Figura 2.49). No centro de cada
cavidade é colocada uma carga pontual — chame essas cargas de qa e qb.
(a) Encontre as densidades superficiais de carga σa, σb e σR.
(b) Qual é o campo fora do condutor?
(c) Qual é o campo dentro de cada cavidade?
(d) Qual é a força em qa e qb?
(e) Qual dessas respostas mudaria se uma terceira carga, qc, fosse aproximada do
condutor?

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2.5.3 Carga superficial e força sobre um condutor
Como o campo dentro de um condutor é nulo, a condição de contorno 2.33
requer que o campo imediatamente fora seja
(2.48)

o que é coerente com nossas conclusões de que o campo é perpendicular


à superfície. Em termos do potencial, a Equação 2.36 resulta em
(2.49)

Na presença de um campo elétrico, uma carga superficial irá sofrer a ação


de uma força. Como o campo elétrico é descontínuo em uma carga
superficial, devemos usar a média de Eacima, Eabaixo

(2.50)

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A descontinuidade deve-se à carga na pequena área, que gera um
campo (σ/2ε0) em cada lado, apontando para fora da superfície (Figura
2.50).

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A média é na realidade apenas um recurso para remover a contribuição da
própria pequena área. isso se aplica a qualquer carga superficial; no caso
particular de um condutor, o campo é zero dentro e fora, de forma
que a média é e a força por unidade de área é

(2.51)
Isso corresponde a uma pressão eletrostática sobre a superfície de
dentro para fora. em termos do campo imediatamente fora da superfície,
(2.52)

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Problema 2.37 Duas placas metálicas grandes (cada uma delas com
área A) são mantidas a uma distância d uma da outra. Suponha que
coloquemos uma carga Q em cada placa; qual será a pressão
eletrostática sobre as placas?
Problema 2.38 Uma esfera metálica de raio R tem uma carga total Q.
Qual é a força de repulsão entre o hemisfério ‘norte’ e o hemisfério
‘sul’?

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2.5.4 Capacitores
Suponha que temos dois condutores e que colocamos uma carga +Q em
um e −Q no outro (Figura 2.51).

Como E é proporcional a Q, V também o é. A constante de


proporcionalidade é chamada de capacitância do conjunto:

(2.53)

Em unidades SI, C é medida em farads (F); um farad equivale a um


coulomb por volt.

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Exemplo 2.10
Encontre a capacitância de um ‘capacitor de placas paralelas’ que
consiste de duas superfícies metálicas de área A mantidas a uma
distância d uma da outra (Figura 2.52).

Solução: se colocarmos +Q em cima e −Q embaixo, as cargas irão se


espalhar uniformemente sobre as duas superfícies, desde que a área seja
razoavelmente grande e a distância de separação, pequena.

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A densidade superficial de carga, é σ = Q/A na placa de cima, de forma
que o campo, conforme o Exemplo 2.5, é (1/ε0)Q/A.
A diferença de potencial entre as duas placas, portanto, é

e então

(2.54)

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Exemplo 2.11
Encontre a capacitância de duas cascas metálicas esféricas e
concêntricas, com raios a e b.
Solução: coloque a carga +Q na esfera interna e −Q na externa. O
campo entre as esferas é

de forma que a diferença de potencial entre elas é

Como prometido, V é proporcional a Q; a capacitância é

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Conforme a Equação 2.38, o trabalho que você precisa fazer para
transportar a próxima porção de carga, dq, é

Então, o trabalho total necessário para ir de q = 0 a q = Q é, como Q =


CV,

(2.55)

onde V é a diferença de potencial final do capacitor.

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Problema 2.39 Encontre a capacitância por unidade de comprimento de dois tubos
cilíndricos coaxiais metálicos, com raios a e b (Figura 2.53).

Problema 2.40 Suponha que as placas de um capacitor de placas paralelas se


aproximem de uma distância infinitesimal , como resultado de sua atração mútua.
(a) Use a Equação 2.52 para expressar a quantidade de trabalho feito pelas forças
eletrostáticas, do campo E e da área das placas A.
(b) Use a Equação 2.46 para expressar a energia perdida pelo campo nesse
processo.
(Este problema é supostamente fácil, mas ele contém o embrião de uma dedução
alternativa da Equação 2.52, usando a conservação de energia.)

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Mais problemas do Capítulo 2
Problema 2.41 Encontre o campo elétrico a uma altura z acima do centro
de uma folha quadrada (lado a) que tem uma carga superficial de
densidade uniforme σ. Verifique seu resultado para os casos limites
a→∞e z ⪢ a.
Problema 2.42 Se o campo elétrico em uma região é dado (em
coordenadas esféricas) pela expressão

onde A e B são constantes, qual é a densidade de carga?


Problema 2.43 Encontre a força líquida que o hemisfério sul de uma
esfera uniformemente carregada exerce sobre o hemisfério norte.
Expresse sua resposta em termos do raio R e da carga total Q.

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Problema 2.44 Uma meia-esfera invertida de raio R tem uma densidade
superficial de carga uniforme σ. Encontre a diferença de potencial entre o
‘polo norte’ e o centro.
Problema 2.45 Uma esfera de raio R tem uma densidade de carga ρ(r) =
kr (onde k é uma constante). Encontre a energia da configuração.
Verifique sua resposta calculando de pelo menos duas formas diferentes.
Problema 2.46 O potencial elétrico de uma determinada configuração é
dado pela expressão

onde A e λ são constantes. Encontre o campo elétrico E(r), a densidade


de carga ρ(r) e a carga total Q.

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Problema 2.47 Dois fios de comprimento infinito dispostos paralelamente
ao eixo x têm densidades de carga uniforme +λ e −λ (Figura 2.54).
(a) Encontre o potencial em qualquer ponto (x, y, z) usando a origem como
referência.
(b) Mostre que as superfícies equipotenciais são cilindros circulares e
encontre o eixo e o raio do cilindro que correspondem a um dado potencial
V0.
Problema 2.48 Em um diodo a vácuo, os elétrons são emitidos por
aquecimento de um catodo, em potencial zero, e acelerados por uma
distância até o anodo, que é mantido em um potencial positivo V0. A
nuvem de elétrons em movimento (chamada carga espacial) rapidamente
se acumula ao ponto em que reduz o campo na superfície do catodo a
zero. A partir daí, uma corrente estacionária I flui entre as placas.

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Suponha que as placas sejam grandes se comparadas à separação (A ⪢ d2 na
Figura 2.55), de forma que os efeitos de bordas podem ser negligenciadas. Então V,
ρ e v (a velocidade dos elétrons) são todos funções somente de x.
(a) Escreva a equação de Poisson para a região entre as placas.
(b) Presumindo que os elétrons partem do repouso no catodo, qual é a sua
velocidade no ponto x, onde o potencial é V (x)?
(c) No estado estacionário, I é independente de x. Qual é, nesse caso, a relação
entre ρ e v?.

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(d) Use estes resultados para obter uma equação diferencial para V,
eliminando ρ e v.
(e) Resolva esta equação para V como uma função de x, V0 e d. Faça
um gráfico de V (x) e compare-o ao potencial sem carga espacial.
Encontre também ρ e v como funções de x.
(f) Mostre que

(2.56)

e encontre a constante K.

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Problema 2.49 Imagine que novas medições, extraordinariamente
precisas, revelaram um erro na lei de Coulomb. Constatou-se que, de fato,
a força de interação entre duas cargas pontuais é

onde λ é uma nova constante da natureza. Você está encarregado de


reformular a eletrostática, de forma a acomodar a nova descoberta.
Considere que o princípio da superposição continua verdadeiro.
(a) Qual é o campo elétrico de uma distribuição de carga ρ (substituindo a
Equação 2.8)?
(b) Esse campo elétrico admite um potencial escalar? Explique
brevemente como chegou à sua conclusão.

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(c) Encontre o potencial de uma carga pontual q — análoga à Equação
2.26.
(d) Para uma carga pontual q na origem, mostre que

onde S é a superfície e V o volume de qualquer esfera centrada em q.


(e) Mostre que este resultado pode ser generalizado:

para qualquer distribuição de carga.

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(f) Desenhe o diagrama triangular (como na Figura 2.35) para este
mundo, colocando nele todas as fórmulas apropriadas. (Pense na
equação de Poisson como a fórmula para ρ em termos de V, e na lei
de Gauss (forma diferencial) como uma equação para ρ em termos de
E.)
Problema 2.50 Suponha que um campo elétrico E(x, y, z) tem a forma

onde a é uma constante. Qual é a densidade de carga? Como você


explica o fato de que o campo aponta em uma determinada direção,
sendo a densidade de carga uniforme?

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Problema 2.51 Toda a eletrostática decorre do caráter 1/r2 da lei de
Coulomb, aliado ao princípio da superposição. Uma teoria análoga pode,
portanto, ser construída para a lei da gravitação universal de Newton. Qual
é a energia gravitacional de uma esfera de massa M e raio R, presumindo
que sua densidade seja uniforme? Use o seu resultado para estimar a
energia gravitacional do sol (consulte os números relevantes). Observe
que esta energia é negativa — massas se atraem, enquanto cargas (de
mesmo sinal) se repelem. À medida em que a matéria é ‘consumida’, para
produzir a luz solar, a energia potencial é convertida em outras formas de
energia (tipicamente térmica), e subsequentemente liberada na forma de
radiação. O sol irradia a uma taxa de 3,86 × 1026 W; se tudo isso viesse da
energia gravitacional armazenada, quanto tempo o sol duraria?

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Problema 2.52 Sabemos que a carga de um condutor vai para a
superfície, mas não é fácil determinar exatamente como ela se distribui.
Um exemplo famoso no qual a densidade de carga superficial pode ser
explicitamente calculada é o elipsoide:

Neste caso

(2.57)

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onde Q é a carga total. Escolhendo valores apropriados para a, b e c,
obtenha (a partir da Equação 2.57): (a) a densidade líquida (de ambos os
lados) da carga superficial σ(r) em um disco circular de raio R; (b) a
densidade líquida da carga superficial σ(x) em uma ‘fita’ condutora infinita
no plano xy que se sobrepõe ao eixo y entre x = −a e x = a (considere
que Λ é a carga total por unidade de comprimento da fita); (c) a carga
líquida por unidade de comprimento λ(x) em uma ‘agulha’ condutora que
fica entre x = −a e x = a. Em cada caso, desenhe o gráfico do seu
resultado.

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