0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações25 páginas

Cap3-Lei de Gauss - v2

O documento aborda a Lei de Gauss e o fluxo de campo elétrico através de superfícies, explicando como calcular o fluxo em superfícies fechadas e a relação com a carga elétrica. Ele também discute a aplicação da lei em casos de cargas pontuais, placas uniformemente carregadas e condutores em equilíbrio eletrostático. Além disso, apresenta exercícios práticos para aplicar os conceitos discutidos.

Enviado por

Francisco Melo
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações25 páginas

Cap3-Lei de Gauss - v2

O documento aborda a Lei de Gauss e o fluxo de campo elétrico através de superfícies, explicando como calcular o fluxo em superfícies fechadas e a relação com a carga elétrica. Ele também discute a aplicação da lei em casos de cargas pontuais, placas uniformemente carregadas e condutores em equilíbrio eletrostático. Além disso, apresenta exercícios práticos para aplicar os conceitos discutidos.

Enviado por

Francisco Melo
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 25

Física Geral 3

Lei de Gauss

Capítulo 3

Prof. Carlos Batista


Departamento de Física – Universidade Federal de Pernambuco

1
Fluxo de um campo através de uma Superfície

A cada elemento de área associamos um vetor A cuja magnitude é o tamanho da área e cuja
direção é ortogonal à superfície. Em superfícies fechadas, o sentido de A é para fora da
superfície (ver figura do cubo, acima). Quanto maior a área, maior o fluxo do campo (mais linhas
passam pela área). Quanto maior o campo, maior o número de linhas em uma mesma região, de
forma que o fluxo também aumenta. Portanto, o fluxo deve ser proporcional a |E| e proporcional
a |A|. Por fim, o fluxo depende do ângulo entre o campo E e o vetor área A.
Fluxo de um campo através de uma Superfície

A integração é feita sobre toda a superfície S


Lei de Gauss
A chamada lei de Gauss afirma que o fluxo do campo elétrico em uma superfície fechada é
proporcional à carga elétrica total contida no interior dessa superfície.

Essas superfícies
fechadas imaginárias são
chamadas de superfícies
Gaussianas
Pode ser complicado calcular,
mas o fluxo do campo elétrico na
superfície S1 é nulo, o fluxo na
superfície S2 é positivo e o fluxo na
superfície S3 é negativo.
Carga Pontual e a Lei de Gauss

Se a superfície Gaussiana for escolhida respeitando a


simetria do problema, pode ser muito fácil calcular o fluxo
do campo elétrico. No caso de uma carga pontual, vamos
escolher uma superfície esférica de raio R centrada na
carga. Nesse caso, o campo E é sempre ortogonal à
superfície (paralelo ao elemento de área) e tem a mesma
intensidade em todos os pontos da superfície.

Logo, a lei de Coulomb é compatível com a lei de Gauss.


Placa Uniformemente Carregada

Consideremos uma placa plana infinita uniformemente


carregada. Nosso objetivo é descobrir o campo elétrico
gerado por ela. Por simetria o campo gerado pela placa
deve ser ortogonal à placa.

Como a placa é infinita, sua carga total é infinita. Portanto,


é mais conveniente falar da quantidade de carga por
unidade de área. Por exemplo, quantidade de carga por
centímetro quadrado. Essa grandeza é denominada
densidade superficial de carga e sua unidade no SI é o
Coulomb por metro quadrado.

Densidade Superficial de Carga:


Placa Uniformemente Carregada

Usemos um cilindro de altura L e base circular de raio r


como superfície Gaussiana, como ilustrado ao lado.
Placa Uniformemente Carregada

Notemos que esse campo não depende da distância L,


ou seja, não depende da distância que estamos em relação
à placa. Dizemos que a placa infinita produz um campo
elétrico uniforme, pois sua direção, sentido e magnitude
são constantes.

Mas, para que serve calcular o campo de uma placa


infinita? Esse resultado é uma boa aproximação para o caso
em que estamos muito próximos de qualquer superfície,
pois ela nos parecerá infinita. Ele também é útil para
situações em que o ponto de medição não está tão próximo
de uma placa finita mas está mais próximo do centro da
placa do que de suas bordas.
Campo do Disco Finito
Usando Lei de Coulomb

No limite x« R (x muito menor que R), estaremos muito próximos ao centro do


disco e ele parecerá um plano infinito.
Linha Infinita de Cargas

Consideremos uma barra infinita uniformemente


carregada. Por simetria, seu campo elétrico apontará na
direção radial ortogonal à barra.

Como a barra é infinita, sua carga total é infinita. Portanto,


é mais conveniente falar da quantidade de carga por
unidade de comprimento da barra. Por exemplo,
quantidade de carga por centímetro. Essa grandeza é
denominada densidade linear de carga e sua unidade no SI
é o Coulomb por metro.

Densidade Linear de Carga:


Linha Infinita de Cargas
Barra Finita – Usando Lei de Coulomb

No limite d« L (d muito menor que L), estaremos muito


próximos ao centro da barra e ela parecerá uma barra
infinita.
Provando o Teorema das Cascas Usando a Lei de Gauss

Por simetria, sabemos que o campo


elétrico tem a direção radial e deve ter
a mesma magnitude em todos os
pontos que estão a uma mesma
distância do centro.

Superfície Gaussiana fora da casca.


Provando o Teorema das Cascas Usando a Lei de Gauss

Por simetria, sabemos que o campo


elétrico tem a direção radial e deve ter
a mesma magnitude em todos os
pontos que estão a uma mesma
distância do centro.

Superfície Gaussiana dentro da casca.


Condutores Elétricos em Equilíbrio Eletrostático

► Nos condutores, há elétrons livres que podem se mover sem resistência.

► Quando o condutor tiver atingido o equilíbrio eletrostático, o campo elétrico


em seu interior deve ser nulo. Caso contrário, esse campo faria com que as
cargas livres se movessem e, portanto, não estaríamos na condição de
equilíbrio.

► Na superfície de um condutor, o campo elétrico não pode ter componente


tangencial, apenas componente perpendicular. Caso contrário, as cargas
livres se moveriam ao longo a superfície, violando a hipótese de equilíbrio
eletrostático.
Colocando uma superfície gaussiana dentro do
condutor carregado, como ilustrado ao lado,
podemos ver que o não há cargas acumuladas no
interior do condutor em equilíbrio. Todo o excesso
de cargas vai para a superfície.

De fato, como o campo elétrico é zero na


superfície Gaussiana ao lado, segue que o fluxo
de campo elétrico será nulo. Então, usando a lei
de Gauss, concluímos que a quantidade de carga
dentro da superfície Gaussiana é zero.

Não há cargas no interior de um condutor


em equilíbrio, todas as cargas movem-se
para a superfície.
Exercício

Uma carga pontual Q é colocada em um vértice de um cubo de aresta d. Qual é o fluxo de


campo elétrico através de cada uma das faces do cubo?
Figura Auxiliar
Exercício

Um longo cabo metálico de comprimento L tem carga total positiva q e está dentro de uma
casca cilíndrica metálica de comprimento L e raio R2. Essa casca tem carga total negativa -
2q.
(a) Determine o campo fora da casca em função da distância r até o cabo.
(b) Encontre a densidade superficial de carga nas duas superfícies (interna e externa) da
casca cilíndrica.
(c) Determine o campo elétrico entre o cabo e a casca em função da distância r até o cabo.
Exercício

Uma esfera de raio R e carga elétrica total Q é feita de pequenas partículas de poeira
carregadas. As partículas de poeira estão homogeneamente distribuídas. Determine a
magnitude do campo elétrico gerado por essa esfera de poeira em função da distância r
até o centro da esfera. Considere, inclusive, o caso r<R (podemos penetrar a esfera, pois
ela é feita de poeira). Faça um gráfico da magnitude do campo elétrico em função de r.
Exercício

(a) Considere uma esfera isolante maciça de raio R e uniformemente carregada com carga
total Q (figura da esquerda). Calcule o campo no interior da esfera, ou seja, quando r<R.
Prove que ele é proporcional ao vetor r. (b) Suponha que façamos uma cavidade esférica
nessa esfera, conforme listrado na figura da direita. Usando o princípio da superposição,
prove que, dentro dessa cavidade o campo é uniforme e aponta na direção do vetor b.
Figura para auxiliar solução
Exercício

Considere uma certa distribuição volumétrica de carga com simetria esférica porém não
uniforme (a densidade volumétrica de carga dentro da esfera variar com a distância r). Ela
tem carga total Q e sabe-se que o campo elétrico dentro da esfera é radial e sua
magnitude cresce com r elevado à quarta potência, E = K r4. Determine função densidade
de carga ρ(r).

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy