Infantil Aula 2
Infantil Aula 2
Psicossexuais do
desenvolvimento
Profa Me. Danielle Carvalho Ferreira
Longitudinal
X
Transversal
Métodos de pesquisa que focam em
variações presentes em indivíduos,
analisados ao longo de um
consistente tempo.
Métodos
Oportunizam um acompanhamento
longitudinai
do indivíduo por um tempo amplo,
s implicando uma oportunidade de
controlar diversas variáveis
envolvidas no desenvolvimento
individual do sujeito pesquisado.
São aquelas que realizam
comparações entre indivíduos
diferentes, ao mesmo tempo.
Um exemplo seria se “um estudo
sobre desenvolvimento linguístico
Estudos pode comparar o número de
Transversa palavras utilizadas por crianças de
is 2 e 3 anos de idade” (MOTA, 2010,
p. 145).
Esses estudos podem acontecer em
um curto período, com as
habilidades dos mais diversos
indivíduos.
Teorias da As teorias do desenvolvimento
Psicologia humano são teorias diferentes,
do Historicamente construídas por
longos tempos, consolidadas por
Desenvolvi pesquisas conduzidas por
mento pensadores do desenvolvimento
humano humano e seus seguidores.
Sigmund Freud (1856-1939) era um
A médico interessado em descobrir
psicanális novas metodologias para tratar
e de seus pacientes que sofriam com
Sigmund doenças solucionadas com o
Freud método desenvolvido por ele e
que trazia à tona reminiscências
da infância, o que causavam
sofrimentos psíquicos.
Ganharam notoriedade os
famosos estágios psicossexuais
de Freud.
“Freud acreditava que os estágios do
desenvolvimento da personalidade
Sigmund eram fortemente influenciados
Freud pelo amadurecimento.
Em cada um dos cinco estágios
psicossexuais, a libido está centrada
na parte do corpo que é mais
sensível naquela idade” (BEE; BOYD,
2011, p. 36).
Corresponde ao momento em que a zona de
erotização está concentrada na boca.
Eventos como amamentação, levar brinquedos à
boca e pequenas mordidas são típicos e trazem
prazer.
Fase oral É um misto de gratificação e necessidade a se
concentrarem na região de lábios, língua e dentes.
(Até os 2 Amamentar um bebê vai além de saciar a fome,
anos) trazendo-lhe carinho, conforto e aconchego, a cada
novo momento de amamentação (MAIA, 2017).
Nessa fase é instaurado o momento inicial da
constituição da subjetividade, com o apoio da figura
materna, aquela pessoa que cuida, protege, canta e
vai trazendo um mundo para habitar.
Na fase anal, a criança cresce,
começa a ter um controle motor
maior, movimenta-se pelo espaço,
experimenta-se com a linguagem
falada pelos queridos adultos ao
seu redor.
Por volta dos 2 anos, além de tudo
isso, ela começa a exercitar um
novo poder, o controle de seus
esfíncteres anais e bexiga.
Fase anal Assim começará a ter seus maiores
(2 a 4 anos) controles e poderá abandonar as
fraldas.
A figura materna está lá
comemorando essas conquistas
ligadas à evacuação (fezes) e
Um caminho de autodescoberta
está relacionado aos novos poderes
ligados ao toalete.
E a criança vai estabelecendo, com
relação aos seus êxitos de controle
fisiológico, novas fontes de prazer.
Recebe elogios ou advertências da
figura materna ou exerce
perfeitamente seus controles
esfincterianos ou não.
Com certeza as crianças ficam
muito atentas às informações
fornecidas pelos pais sobre esse
desenvolvimento (MAIA, 2017).
. Aqui as diferenças sexuais entre
meninos e meninas ficaram mais
visíveis.
O foco das atenções é perceber
quem possui ou não pênis,
Fase fálica associado a um temor de perdê-lo.
(3 a 5 Todos os adultos passaram por
anos) essas investigações (MAIA, 2017).
No decorrer dessa fase fálica, é
instaurada, a partir do foco das
crianças nas diferenças sexuais,
identificações com as figuras
paternas e maternas, em um
processo essencial para a formação
dos sujeitos e para a constituição
da subjetividade, é o
Nesse momento, meninos e
meninas ficarão atentos às suas
figuras maternas e paternas, na
busca incessante dos que lhe
faltam para serem futuros pais e
mães. Olham com atenção as
relações que se estabelecem entre
pais e mães.
A fase de latência é o momento em
que todas as investigações sexuais
darão um tempo até que a
maturação biológica sexual
aconteça no corpo das crianças, lá
na puberdade e adolescência.
Período de
Coincide com os tempos de
latência
escolaridade elementar.
(5 a 6 anos
Tempos de permanência nas salas
até a
de aula, as descobertas que os
puberdade) conhecimentos escolares
oportunizam sobre os mais diversos
assuntos, trazendo a possibilidade
de sublimar as pulsões sexuais com
conhecimentos dos mais diversos
(MAIA, 2017).
A fase genital é marcada com todo o
progresso advindo do
desenvolvimento biológico, a
chegada na puberdade, a potencial
canalização da energia libidinal aos
Fase genital órgãos sexuais.
(puberdade) O amadurecimento das identificações
sexuais e que começaram lá atrás,
na fase fálica, no atravessamento do
Complexo de Édipo.
A fase genital é o momento de
consolidação.
Será possível começar a planejar os
caminhos que enfrentará, por escolha
pessoal e na vida adulta, para a
satisfação de suas pulsões eróticas e
interpessoais (MAIA, 2017).
Enganam-se os que pensam e defendem
que somente na puberdade existe um
querer saber da criança sobre a
sexualidade.
Enganam-se também até mesmo os que
desacreditam da existência da
sexualidade infantil e do inconsciente e
da teoria psicanalítica que Freud
desenvolveu.
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