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17 - Sucessão Ecológica

A sucessão ecológica é o processo de colonização gradual de um habitat, que pode ser primária ou secundária, dependendo se a área era previamente habitada ou não. A mata primária é altamente biodiversa e estável, enquanto a mata secundária passa por estágios de regeneração com diferentes características de biodiversidade e estrutura. Estudos mostram que reflorestamentos não conseguem recuperar totalmente a biodiversidade e variabilidade genética de florestas primárias, além de levarem muito tempo para restabelecer os níveis de nutrientes do solo.

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A sucessão ecológica é o processo de colonização gradual de um habitat, que pode ser primária ou secundária, dependendo se a área era previamente habitada ou não. A mata primária é altamente biodiversa e estável, enquanto a mata secundária passa por estágios de regeneração com diferentes características de biodiversidade e estrutura. Estudos mostram que reflorestamentos não conseguem recuperar totalmente a biodiversidade e variabilidade genética de florestas primárias, além de levarem muito tempo para restabelecer os níveis de nutrientes do solo.

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SUCESSÃO ECOLÓGICA

“Nenhuma atividade no bem é insignificante... As mais altas árvores são


oriundas de minúsculas sementes”. – Chico Xavier (1910 – 2002).
SUCESSÃO ECOLÓGICA
É o processo gradativo de colonização de um hábitat, em que a
composição das comunidades vai se alterando ao longo do tempo.

tem início em áreas antes desabitadas,


Sucessão primária como dunas e rochas vulcânicas nuas.

ocorrem em áreas antes habitadas


Sucessão secundária como campos de cultivo abandonados
e florestas recém derrubadas.

processo de sucessão é independente


Sucessão alógama da comunidade local, como gramíneas
colonizando uma duna recém formada.

processo de sucessão é desencadeado


Sucessão autógama pela própria comunidade, como árvores
crescendo numa clareira aberta na
floresta.
MATA PRIMÁRIA
Também chamada mata clímax ou mata virgem, é aquela em que a
ação humana não provocou grandes alterações das suas
características originais, estando ela em alto grau de evolução e
diversidade.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
• grande biodiversidade de plantas e animais;
• ecossistema muito estável em relação aos fatores ambientais e
aos nichos ecológicos(homeostase);
• árvores altas e grossas (grande quantidade de biomassa);
• presença de epífitas como: bromélias, orquídeas, cactos e cipós;
• fotossíntese (produção) = respiração (consumo).
MATA SECUNDÁRIA
É aquela resultante de um processo de regeneração (natural ou
artificial) da vegetação em áreas que no passado houve
desmatamento da mata primária;

Possui quatro estágios de regeneração (definidos pelo CONAMA):

ESTÁGIO PIONEIRO DE REGENERAÇÃO

• fisionomia campestre com muita grama e ervas (plantas


heliófilas);

• muitas espécies exóticas e invasoras de culturas;

• não ocorrem epífitas e trepadeiras.


ESTÁGIO INICIAL OU CAPOEIRINHA

• ainda ocorre presença de gramas, ervas e arbustos;

• árvores (pioneiras) em início de desenvolvimento, com até


quatro metros de altura;

• não ocorrem epífitas e as trepadeiras quando existem são


herbáceas;

• pouca quantidade de serrapilheira;

• baixa diversidade de espécies;

• duração: seis a dez anos.


ESTÁGIO MÉDIO OU CAPOEIRA

• fisionomia florestal com árvores de quatro a doze metros de altura;

• diversidade aumenta, mas predominam as espécies pioneiras;

• ocorre o aparecimento das palmeiras e das primeiras epífitas;

• a quantidade de serrapilheira aumenta, principalmente na estação


seca;

• duração: vinte anos.


ESTÁGIO AVANÇADO OU CAPOEIRÃO

• alta diversidade biológica devido a complexidade estrutural e


número de espécies;

• ausência de gramas e ervas;

• presença de epífitas e trepadeiras em grande quantidade;

• árvores com atura superior a doze metros;

• começam a aparecer as espécies clímax, como o jequitibá, o


mogno, etc.;

• serrapilheira em alto grau de decomposição;

• duração: inicia-se após quinze anos de regeneração, podendo


levar de sessenta a duzentos anos para alcançar características da
mata primária.
COMO NASCE UMA FLORESTA SECUNDÁRIA?

área abandonada devido ao


desgaste do solo

manchas de floresta primária


floresta primária é fornecem sementes para as
devastada e na área se áreas degradadas e
instala a agropecuária abandonadas
nesse estágio é mais
comum a presença
de gramas e ervas,
com poucos
arbustos e nenhuma
árvore.

estágio pioneiro
espécies pioneiras se
instalam na área,
geralmente ervas e
gramas, seguidas de
arbustos como a
mamona e a jurubeba
e até certas árvores
como a embaúba, a
goiabeira, o falso ipê.

capoeirinha
• crescimento e reprodução rápidos, com
ciclo de vida pequeno (em média vinte
anos);
• produção de muitas sementes pequenas,
que apresentam “dormência” e que
germinam com bastante luz;
ESPÉCIES • pouca diversidade de espécies;
PIONEIRAS:
• capacidade de tolerar diferenças
ambientais;
• mudam as condições locais permitindo a
chegada de novas espécies;
• formam comunidades iniciais chamadas
pioneiras ou eceses.

embaúba araçá pimenta-de-macaco mamona


após mudanças
ambientais chegam ao
local as espécies
secundárias como o
angico, a araucária, o
jacarandá, a copaíba,
o angelim, o cedro;

capoeira
• reprodução e crescimento
intermediários;
• dividem-se em iniciais e tardias;
• sementes germinam em diferentes
ESPÉCIES
intensidades de luz;
SECUNDÁRIAS
• também participam dos processos de
mudanças ambientais;

• formam comunidades intermediárias


chamadas de séries.

guaçatonga cedro araucária jacarandá


por último, quando as
condições ambientais
ficam mais estáveis
chegam as espécies
clímax, como a
castanha-do-pará, a
peroba, a paineira, a
figueira, o guanandi, a
caviúna, o jatobá;

capoeirão
• crescimento lento e reprodução tardia;
• possuem um ciclo de vida muito grande;

ESPÉCIES • sementes grandes, que apresentam


CLÍMAX reservas e só germinam na sombra;

• grande diversidade de espécies altamente


especializadas;
• formam comunidades finais com alto grau
de evolução, chamadas clímax.

jequitibá, do tupi
guanandi paineira pau-brasil guarani – gigante da
floresta
ESQUEMA MOSTRANDO CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO
DE FORMAÇÃO DE UMA MATA SECUNDÁRIA

PIONEIROS SECUNDÁRIOS CLÍMAX


REFLORESTAMENTOS POSSUEM MENOS BIODIVERSIDADE

Estudo realizado pelo brasileiro Carlos Peres, em conjunto com a


Universidade West Anglia, na Inglaterra e o museu Emílio Goeldi,
em Belém (PA), divulgou no final de 2007:

reflorestamentos não são capazes de recuperar toda a


biodiversidade de uma mata primária;

Foram pesquisadas: 5 florestas primárias, 5 florestas secundárias e 5


reflorestamentos de eucalipto na região do Jarí, norte do PA:

• 25% das espécies pesquisadas só ocorrem em florestas primárias e no


caso de pássaros e árvores, o número sobe para 60%;
REFLORESTAMENTOS PERDEM VARIABILIDADE GENÉTICA
Pesquisa realizada em 2005 na Reserva Ecológica La Selva, Costa Rica pelo
turco Uzay Sezen e colaboradores da Universidade de Connecticut, com a
palmeira – Iriartea deltoidea – conhecida no Brasil como palmeira-barriguda
ou paxiubão indicou:

reflorestamentos possuem menor variabilidade (diferença) genética entre


os organismos de uma mesma espécie;

Estudo feito em uma área de 30 ha. (20 de mata primária e 10 de mata


secundária), em que o processo de reflorestamento já durava 25 anos
mostrou:

• 2 deixaram 56% dos


• das 66 descendentes na mata secundária
palmeiras • 23 geraram outros 44% dos
adultas da mata
descendentes na mata secundária
primária:
• 41 simplesmente não deixaram
descendentes na mata secundária
REFLORESTAMENTOS POSSUEM MENOS NUTRIENTES

Estudos feitos em 2007 junto à áreas de florestas secundárias


da Amazônia pelo pesquisador Luiz Martinelli, da ESALQ/USP
indicam:

reflorestamentos demoram 70 anos para recuperar seu nível


normal de nitrogênio no solo;

Outros nutrientes como fósforo e potássio demoram ainda mais


para se normalizarem;

Mesmo assim, depois desse tempo, a floresta retoma apenas 70 a 80%


de sua biomassa original e com uma vegetação bem menos diversa.

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