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ENDOMETRIOSE

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ENDOMETRIOSE

Professor: Carlos Wagner de Freitas

Alessandra D. M. Morais - 600830449 Ketllin Soares Pinheiro - 600890864


Anna Júlia Duarte dos Santos - 600851273 Lucilene dos Santos Silva - 600911159
Carla Moraes Costa - 600812245 Sheila do nascimento da Silva Almeida - 600882917
Emilly Regina de Souza Figueiredo - 600916581
São Gonçalo
Juliane Antunes de Assis Cardozo - 600951786 2025
Kamila Alves Cabral - 600877018
Introdução

 A endometriose é uma condição ginecológica crônica e inflamatória caracterizada pela


presença de tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina, podendo acometer
órgãos como ovários, tubas uterinas, intestinos, bexiga e peritônio pélvico.

 Essa doença acomete cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo considerada
uma das principais causas de dor pélvica crônica, infertilidade e redução da qualidade de vida
(VILELA et al., 2021). No Brasil, estima-se que mais de 7 milhões de mulheres convivam com
a doença, o que a torna um problema de saúde pública relevante, com impactos diretos no
bem-estar físico, psicológico e na capacidade produtiva das pacientes (BRASIL, 2022).
Conceito e Fisiopatologia

 A fisiopatologia da endometriose ainda não é completamente compreendida, mas a


teoria mais aceita é a da menstruação retrógrada, descrita por Sampson, na qual o
fluxo menstrual retorna pelas tubas uterinas para a cavidade abdominal, permitindo o
implante do endométrio em locais ectópicos. Além disso, fatores imunológicos e
genéticos também contribuem para sua gênese (Chapron et al., 2019).
Diagnóstico

 A avaliação por imagem é uma ferramenta valiosa para o diagnóstico não invasivo. A
ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal permite visualizar lesões
profundas, enquanto a ressonância magnética oferece detalhamento anatômico das
áreas acometidas (Hudelist et al., 2021). A laparoscopia, no entanto, continua sendo o
padrão ouro, por permitir visualização direta das lesões e sua biópsia.
Tratamento e Abordagem
Interdisciplinar

 O tratamento da endometriose varia conforme a gravidade dos sintomas, idade da


paciente, desejo reprodutivo e resposta às terapias anteriores. O tratamento clínico
envolve contraceptivos hormonais combinados, progestagênios, análogos do hormônio
liberador de gonadotrofina (GnRH), anti-inflamatórios e, mais recentemente, inibidores de
aromatase (Vercellini et al., 2014). Quando os sintomas são intensos e não respondem ao
tratamento clínico, pode-se recorrer à cirurgia conservadora, com ressecção das lesões.
Impactos Psicossociais

 A endometriose vai além dos aspectos físicos e compromete de forma significativa o bem-
estar psicológico e social da mulher. A dor crônica, a infertilidade e as dificuldades nas
relações sexuais geram sofrimento emocional, afetando autoestima, relações afetivas e
produtividade no trabalho (Moradi et al., 2014). Estudos mostram associação da
endometriose com quadros de ansiedade, depressão e estresse.
Atuação da Enfermagem e Cuidados à
Mulher com Endometriose

 A atuação da enfermagem é estratégica na atenção à mulher com endometriose,


especialmente no contexto da Atenção Primária à Saúde. O enfermeiro deve realizar
consultas de enfermagem que incluam investigação detalhada do ciclo menstrual, sintomas
dolorosos, impactos na vida cotidiana e saúde reprodutiva. Além disso, cabe ao profissional
desenvolver ações educativas para desmistificar a dor menstrual intensa e fortalecer o
autocuidado (SANTOS et al., 2021).
Atuação da Enfermagem e Cuidados à
Mulher com Endometriose

 Além das atividades assistenciais, o enfermeiro pode atuar como educador em saúde,
promovendo espaços de diálogo com a comunidade sobre a endometriose. Essas ações são
fundamentais para combater a naturalização da dor menstrual e reduzir o estigma
associado à doença. Palestras, rodas de conversa e distribuição de materiais informativos
são estratégias eficazes para ampliar o conhecimento das mulheres sobre os sintomas e
facilitar a busca por atendimento precoce (SILVA et al., 2022).
Políticas Públicas e Acesso ao Cuidado

 No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), o enfermeiro exerce papel crucial na


triagem e identificação precoce dos sintomas, sendo responsável por ações de educação
em saúde, promoção do autocuidado e encaminhamento adequado para serviços
especializados. A inclusão da temática nos programas de educação permanente em saúde
fortalece a qualificação da assistência e contribui para a diminuição das desigualdades
regionais no acesso ao cuidado (OLIVEIRA et al., 2022).
CONCLUSÃO

 É fundamental que a formação em Enfermagem contemple conteúdos que promovam a


sensibilidade para com as questões de gênero e dor crônica, ampliando a capacidade crítica e
a atuação humanizada dos futuros profissionais. O cuidado à mulher com endometriose precisa
ser integral, empático e interdisciplinar, pautado no conhecimento técnico e no compromisso
com a qualidade de vida da paciente.
Referências

 BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Endometriose. Brasília: MS, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/.

 VILELA, M. C. B. et al. Prevalência da endometriose e seus impactos na vida das mulheres brasileiras. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 43, n. 1, p. 14–20,
2021. Disponível em: https://www.thiem
e-connect.de/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0040-1717015.
 CHAPRON, C. et al. Rethinking mechanisms, diagnosis and management of endometriosis. Nature Reviews Endocrinology, London, v. 15, n. 11, p. 666–682, 2019.

 HUDELIST, G. et al. Diagnostic accuracy of transvaginal ultrasound for non-invasive diagnosis of bowel endometriosis: systematic review and meta-analysis. Ultrasound in
Obstetrics & Gynecology, [S. l.], v. 47, n. 5, p. 573–582, 2021.

 MORADI, M. et al. Impact of endometriosis on women's lives: a qualitative study. BMC Women's Health, London, v. 14, p. 123, 2014.

 VERCELLINI, P. et al. Medical treatment of endometriosis-related pain. Best Practice & Research Clinical Obstetrics & Gynaecology, London, v. 28, n. 5, p. 727–736, 2014.

 SANTOS, L. C. A. et al. A escuta qualificada no cuidado à mulher com dor pélvica: contribuições da enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 74, n. 4, p.
e20201033, 2021.

 SILVA, R. P. et al. Atuação do enfermeiro na atenção à mulher com endometriose: revisão integrativa. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, Divinópolis, v. 12,
e4493, 2022.

 OLIVEIRA, A. S. et al. A importância da escuta ativa no cuidado às mulheres com endometriose. Revista de Enfermagem Atual In Derme, v. 96, p. e022121, 2022.

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