Estação Ecológica Águas de Cuiabá
A Estação Ecológica Águas do Cuiabá, antigo Parque Estadual das Águas do Cuiabá, é uma estação ecológica do estado de Mato Grosso, Brasil, uma unidade de conservação totalmente protegida no bioma cerrado. Houve polêmica sobre a aquisição de terreno para ampliação da área da unidade quando ela foi transformada em estação ecológica.
Localização
[editar | editar código-fonte]A estação ecológica abrange partes dos municípios de Nobres (82%) e Rosário Oeste (18%) no estado de Mato Grosso. Possui uma área de 11 328 hectares.[1] Está inserido na Área de Proteção Ambiental Cabeceiras do Rio Cuiabá.[2] Está no bioma cerrado, com cerca de 57% de formações pioneiras de contato com savana e 43% de savana.[3]
História
[editar | editar código-fonte]O Parque Estadual Águas do Cuiabá foi criado em 10 de junho de 2002.[4] O rio Cuiabá estava muito contaminado com lixo e esgoto bruto. A criação do parque pelo governador Rogério Salles fez parte de um programa para melhorar a qualidade da água.[5]
O parque estadual tinha uma área de 10 600 hectares.[6] O parque era administrado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso. O objetivo era garantir a proteção dos recursos hídricos e a viabilidade da movimentação de espécies da fauna nativa, preservar amostras significativas dos ecossistemas da área e proporcionar oportunidades controladas de uso público, educação e pesquisa científica.[7]
O parque estadual foi reclassificado como estação ecológica em 13 de novembro de 2014, com limites redefinidos, cobrindo agora 11 328 hectares.[4] O decreto foi feito pelo governador Silval Barbosa nos últimos dias de sua gestão. Foi acrescentada uma área de 727,9 hectares de propriedade do médico Filinto Correa da Costa. O valor do pequeno acréscimo era questionável, pois ficava abaixo e não acima do parque, e continha apenas uma nascente.[8] Uma auditoria subsequente encontrou diversas irregularidades na compra. O proprietário sugeriu a desapropriação, a área foi superestimada em quarenta hectares e a indenização de 7 milhões de reais foi baseada em uma avaliação de mais que o dobro dos preços de mercado.[9]
Referências
- ↑ ESEC Águas do Cuiabá – ISA, Informações gerais.
- ↑ ESEC Águas do Cuiabá – ISA, Informações gerais (mapa).
- ↑ ESEC Águas do Cuiabá – ISA, Características.
- ↑ a b ESEC Águas do Cuiabá – ISA, Historico Juridico.
- ↑ MT ganha novo parque de preservação – Diário de Cuiabá.
- ↑ Conservação Internacional 2005, p. 159.
- ↑ PE Águas do Cuiabá – WWF.
- ↑ Fogo Amigo 2016.
- ↑ Auditoria executada pela CGE ... Mato Grosso Mais.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- «Auditoria executada pela CGE subsidia investigação da Operação Seven», Mato Grosso Mais (em Portuguese), 2 de fevereiro de 2016, consultado em 24 de maio de 2016
- Conservação Internacional (2005), Megadiversidade, consultado em 24 de maio de 2016
- ESEC Águas do Cuiabá (em Portuguese), ISA: Instituto Socioambiental, consultado em 24 de maio de 2016
- Fogo Amigo (2 de fevereiro de 2016), «O ambientalista», Midia News, consultado em 24 de maio de 2016
- «MT ganha novo parque de preservação», Diário de Cuiabá (em Portuguese), 6 de junho de 2002, consultado em 24 de maio de 2016
- PE Águas do Cuiabá (em Portuguese), WWF, consultado em 24 de maio de 2016