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Implantodontia

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Implantodontia é um ramo da Odontologia que se destina ao tratamento do edentulismo com reabilitações protéticas suportadas ou retidas por implantes dentários. Com a Implantodontia são feitas desde reabilitações unitárias ate grandes reabilitações totais fixas ou removíveis. No Brasil, diferentemente de outros países é uma Especialidade da Odontologia RESOLUÇÃO CFO 168/90. De acordo com um estudo publicado pelo Journal of Dental Research, uma nova técnica de implante com células estaminais permite que um dente cresça na gengiva.[1][2][3]

O descobridor da osseointegração foi o médico sueco Per-Ingvar Brånemark; ao inserir câmaras de titânio na fíbula de coelhos em suas experiências, relatou certa dificuldade na hora de removê-las, ao estudá-las notou a intimidade entre osso e titânio. Bränemark faleceu em 20 de Dezembro de 2014 de complicaçoes relativas a um infarto cardíaco aos 85 anos em Gotemburgo, na Suécia.

A primeira parte do século 20 viu uma série de implantes feitos de uma variedade de materiais. Um dos primeiros implantes bem-sucedidos foi o sistema de implante Greenfield de 1913 (também conhecido como berço ou cesta Greenfield).[4] O implante de Greenfield, um implante de iridioplatina anexado a uma coroa de ouro, mostrou evidências de osseointegração e durou vários anos.[4]

Desde 1960 existiram vário tipos de implantes; porém os implantes radiculares ósseo-integrados foram os mais bem sucedidos com taxas de sucesso margeando os 95 % em 5 anos.

Nos tempos modernos, um implante de réplica de dente foi relatado já em 1969, mas o análogo de dente de polimetacrilato foi encapsulado por tecido mole em vez de osseointegrado.[5]

Tem como objetivo a implantação na mandíbula e na maxila, de materiais e mui aloplásticos destinados a suportar próteses unitárias, parciais ou removíveis e próteses totais e parciais.Ao redor do titânio ocorre a osseointegração que é caracterizada pela formação de tecido ósseo que irá incorporar este material ao organismo. E, é extremamente importante, que o tecido ósseo mantenha-se preservado mesmo quanto o implante dentário seja submetido aos esforços mastigatórios.

A integração óssea deve-se a incapacidade do nosso organismo em detectar o titânio intra-ósseo; devido a suas características bio-inertes (ao se expor ao ar, a superfície do titânio se transforma em óxido de Ti), não acontece a formação de tecido fibroso em volta do implante, permitindo assim o crescimento ósseo ao redor do mesmo, estando em contato íntimo osso e implante.

Entre 3 e 6 meses após a instalação do implante de titânio pode ser iniciada a prótese. Um processo mais recente propõe a instalação rápida de dentes, chamada carga imediata.

Root Analogue Dental Implant
IAR em comparação com implante convencional

Implantodontia Análogo Raiz (IAR) é um dispositivo médico para substituir uma ou mais raízes de um único dente imediatamente após exodontia.[6] Em contraste com implante convencional, estes implantes são feitos à medida para combinar com a pessoa, eliminando assim qualquer cirurgia adicional no tecido duro ou mole. Como o IAR corresponde ao alvéolo dentário, ele só pode ser colocado em conjunto com a extração dentária: se o dente já tiver sido perdido e o tecido duro e mole já tiver cicatrizado, um IAR não poderá mais ser colocado.

Não há diferenças particulares entre o osteointegração de um IAR e o implante convencional.

O IAR é geralmente fabricado a partir do dióxido de zircónio,[6] embora o titânio possa ser usado. O dióxido de zircónio é dopado com pequenas quantidades de óxido de ítrio(III), o que resulta em um material com propriedades térmicas, mecânicas e elétricas aprimoradas e maior resistência à fratura.[7][8]

Referências

  1. Body's Own Stem Cells Can Lead to Tooth Regeneration
  2. Stem-Cell Dental Implants Grow New Teeth Right In Your Mouth
  3. Dental Implants Using Body’s Own Stem Cells To Grow Them – Regenerative Dentistry In the Works
  4. a b Greenfield EJ (1913). «Implantation of artificial crown and bridge abutments». Dental Cosmos. 55: 364–369 
  5. «The porous vitreous carbon/polymethcarylate tooth implant: preliminary studies». Consultado em 15 de setembro de 2019 
  6. a b Pessanha-Andrade, Miguel; Sordi, Mariane B.; Henriques, Bruno; Silva, Filipe S.; Teughels, Wim; Souza, Júlio C. M. (novembro de 2018). «Custom-made root-analogue zirconia implants: A scoping review on mechanical and biological benefits». Journal of Biomedical Materials Research Part B: Applied Biomaterials. 106 (8): 2888–2900. doi:10.1002/jbm.b.34147 
  7. Bollen, CM (2017). «Zirconia: The Material of Choice in Implant Dentistry? An Update.». J Dent Health Oral Disord Ther. 6 (6). doi:10.15406/jdhodt.2017.06.00219 
  8. Custom made root analogue zirconia implants Universidade Fernando Pessoa. 2017.
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