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Jards Macalé (disco de 1972)

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Jards Macalé é o primeiro álbum solo do cantor Jards Macalé, lançado em 1972 pela Phonogram[1]

Jards tinha acabado de trabalhar como diretor musical de Caetano Veloso, gravando em Londres o LP Transa, em que tocou com os músicos Tutty Moreno (bateria) e Lanny Gordin (guitarra). A gravação histórica levou a uma briga entre os dois cantores, porque Macalé se sentiu desprezado por Caetano ao não ter seu nome incluído na ficha técnica do disco. De volta ao Brasil, reuniu-se com Tutty e Lanny para gravar seu primeiro LP solo. O trio assina os arranjos e toca em todas as faixas[2].

Um dos problemas enfrentados na gravação foi a censura de algumas das músicas. Revendo Amigos, com letra de Capinam, foi revisada 12 vezes até ser finalmente aprovada[3].

Faixa Título Compositores
1 Farinha do Desprezo Jards Macalé/José Carlos Capinam
2 Revendo Amigos Jards Macalé/Waly Salomão
3 Mal Secreto Jards Macalé/Waly Salomão
4 78 Rotações Jards Macalé/José Carlos Capinam
5 Movimento dos Barcos Jards Macalé/José Carlos Capinam
6 Meu Amor Me Agarra E Geme E Treme E Chora E Mata Jards Macalé/José Carlos Capinama
7 Let's Play That Jards Macalé/Torquato Neto
8 Farrapo Humano Gilberto Gil/Luiz Melodia
9 Hotel das Estrelas Jards Macalé/Duda Machado[4]

Com um tom melancólico, Jards Macalé inaugura o pós-tropicalismo numa vertente de "fossa", que se opõe ao clima festivo de Acabou Chorare, lançado no mesmo ano pelos Novos Baianos[5]. O disco teve uma vendagem baixa e acabou sendo retirado de circulação. Com isso, a Phonogram rescindiu seu contrato com Jards Macalé, que, desempregado, reuniu diversos artistas no ano seguinte para a gravação de Banquete dos Mendigos[6].

Referências

  1. Jards Macalé - Discografia. Dicionário Cravo-Albin da Música Brasileira
  2. O brilhantismo descontente de Jards Macalé. Arte!Brasileiros, 3 de março de 2018
  3. Discos de 1972: 12 – O pós-tropicalista Jards Macalé. Jornal do Commercio, 1 de julho de 2012
  4. Jards Macalé - 1972. Discos do Brasil
  5. DINIZ, Sheila Castro. Desbundados e marginais: A MPB “pós-tropicalista” no contexto dos anos de chumbo. XII BRASA: Congresso Internacional da Brazilian Studies Association. Londres, 2014. P. 9
  6. A profundidade musical de Jards Macalé em seu disco de 1972. ALATAJ, 17 de abril de 2018
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