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Tenente-coronel

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Tenente-coronel é uma patente militar de oficial superior, situada entre a de major e a de coronel. Existe em quase todos os exércitos e forças aéreas do mundo, bem como em muitas outras forças militares, paramilitares ou de segurança. É equivalente à patente de capitão de fragata nas marinhas de Portugal e do Brasil.

Nesse posto, o militar pode receber o comando de um Batalhão.

O posto de tenente-coronel foi introduzido nos exércitos europeus no século XVII. "Tenente-coronel" resulta da contração do termo "tenente do coronel", ou seja o oficial que coadjuva ou substitui o coronel.

Nos exércitos da época, os coronéis comandantes dos regimentos eram, muitas vezes, aristocratas nomeados para o cargo, com pouca ou nenhuma experiência militar. O cargo de coronel era, assim, quase honorário e os seus titulares encontravam-se, muitas vezes, ausentes dos seus regimentos. Foi necessária a criação de um posto de oficial profissional, com experiência militar, que auxiliasse o coronel nas suas funções de comando. Os tenentes-coronéis acabaram por assumir o comando e a administração efetiva dos regimentos. Tal como aos coronéis, aos tenentes-coronéis, além do comando regimental, estava atribuído o comando de uma das companhias da unidade.

Insígnias e distintivos

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Em Portugal, o posto de tenente-coronel (TCOR) existe no Exército, na Força Aérea e na Guarda Nacional Republicana. Tradicionalmente, estava-lhe atribuída a função de 2º comandante de um regimento ou de comandante de um batalhão independente. Hoje em dia, as suas funções têm uma elevada importância operacional, já que incluem o comando do principal escalão das unidades operacionais das Forças Armadas Portuguesas: o batalhão e o grupo no Exército e na GNR, e a esquadra na Força Aérea.

Já em 1642, os comandantes efetivos dos terços dos quais o Príncipe D. Teodósio foi feito coronel, eram designados "tenentes do Príncipe" ou seja, "tenentes do coronel". No entanto, o posto de tenente-coronel só foi introduzido no Exército Português, na sequência da reorganização definida pelo "Regimento das Novas Ordenanças" de 15 de novembro de 1707. Essa reorganização levou à transformação dos antigos terços de infantaria em regimentos e à alteração da designação dos seus comandantes (até aí "mestres de campo") para "coronéis". Nessa altura, foi também criado o posto de tenente-coronel, com a função de coadjuvar o coronel de cada regimento. Como a Cavalaria e a Artilharia foram também organizadas em regimentos, foram igualmente criadas as patentes de coronel e de tenente-coronel daquelas armas. Os tenentes-coronéis, tais como os coronéis, acumulavam o comando geral dos regimentos, com o comando particular da suas 2ªs companhias (também chamadas "companhias do tenente-coronel"). Nas Milícias, o posto só foi criado em 1763, altura em que os terços auxiliares foram transformados em regimentos de Milícias.

O tenente-coronel é o segundo posto do círculo dos oficiais superiores no Exército Brasileiro, acima do major e abaixo do coronel. Um tenente-coronel comanda uma unidade de tropa (batalhão, regimento de cavalaria ou grupo).[1]

Referências

  1. Faria, Durland Puppin de; Pedrosa, Fernando Velôzo Gomes (2022). «Hierarquia militar brasileira». In: Silva, Francisco Carlos Teixeira da, et al. (org.). Dicionário de história militar do Brasil (1822-2022): volume II. Rio de Janeiro: Autografia . p. 35.
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